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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 689 - 23 de julho de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Aneel e Inmetro fiscalizam medidores de energia

Técnicos do Inmetro vão intensificar a fiscalização dos medidores residenciais de energia de todas as concessionárias de distribuição do país. O trabalho, que será executado em convênio com a Aneel, começará pelas áreas de concessão da CEB, da Coelba, da Celtins e da Eletropaulo. A fiscalização dos medidores permitirá à Aneel obter maior confiabilidade nas informações relacionadas ao funcionamento desse equipamento. Até 2000, a Agência recebia informações das próprias distribuidoras sobre os medidores. Esse trabalho ganha mais importância no período de racionamento, uma vez que ajudará os consumidores a controlar com mais precisão seu consumo de energia. A checagem dos medidores foi iniciada em 07.02.2001 nas áreas de concessão das distribuidoras do Rio de Janeiro (Cerj, Light e Companhia de Eletricidade Nova Friburgo - Cenf). (Tribuna do Norte - 22.07.201)

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2- Presidente dá como certo lançamento de Belo Monte

O presidente Fernando Henrique Cardoso deu como certo o lançamento da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingú, município de Altamira (PA). A construção da usina deverá ser tema da próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e já provoca polêmica, principalmente quanto a aspectos ambientais. FHC falou, durante o lançamento oficial da operação da 10ª turbina da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera), que o lançamento será "em breve", provavelmente ainda em 2001. (Gazeta Mercantil - 20.07.2001)

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3- Aben prepara argumentos para defender Angra 3 na reunião do CNPE

Diversificar a matriz energética e diminuir a importação de combustíveis fósseis, como o gás natural, são os principais argumentos usados pelos defensores do uso da energia nuclear no Brasil para que as obras da Usina de Angra 3 sejam iniciadas ainda em 2001. No dia 31.07.2001, na reunião do CNPE, os membros da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben) e outros representantes do setor deverão enfrentar a resistência do governo federal em aprovar a construção da usina, com capacidade de gerar 1,3 mil MW e cujos investimentos chegam a US$ 1,7 bi. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)

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4- Para Aben, cenário internacional favorece a retomada do setor nuclear

O cenário internacional, segundo Guilherme Camargo, diretor da Aben e da Eletronuclear, sopra a favor da retomada de empreendimentos no setor nuclear no País. "Temos 32 usinas sendo construídas atualmente em todo o mundo, que agregarão cerca de 15 mil MW de energia e demandarão algo em torno de US$ 30 bi em investimentos", ressalta. Para representantes de países como Argentina e França, há uma retomada mundial de projetos na área nuclear, como as oito usinas em construção na China e quatro na Índia. Para o presidente da World Council of Nuclear Workers, o francês André Maisseu, na Europa, por exemplo, a geração de energia nuclear é uma das saídas para atender a demanda crescente por eletricidade. "A América Latina e o Brasil, especificamente, têm toda a estrutura tecnológica para ser bem-sucedidos no campo da energia nuclear", disse. Os Estados Unidos também poderá alavancar a indústria da energia atômica mundial nos próximos anos. O atual governo republicano de George W. Bush já deu sinal, segundo Carmargo, de estar estudando a construção de cerca de 50 usinas no País. O presidente do Federal Reserve, Alan Greenspan, também declarou ser favorável ao uso da energia nuclear como alternativa para assegurar o fornecimento de eletricidade no Brasil frente à escassez dos recursos energéticos. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)

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risco e racionamento

1- CGE se reúne para avaliar o racionamento na região Norte

No dia 23.07.2001, a CGE se reúne com os governadores dos Estados do Pará, Maranhão e Tocantins, para avaliar o racionamento na região, além de discutir a possibilidade de revisão da meta de 15% de economia para esses Estados. Segundo o governador do Pará, Almir Gabriel, o Estado deve alcançar a meta prevista pelo governo até o final do mês de julho de 2001. Até agora, o Pará já reduziu em 12% os gastos de energia. Ele não avaliou a possibilidade da meta de consumo da região ser ampliada para 20%, e disse que vai aguardar os números serem ou não apresentados pelo governo para se posicionar sobre a possível mudança. (O Tempo - 23.07.2001)

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2- Comissão Mista de Energia vai visitar hidrelétricas para verificar nível de reservatórios

A Comissão Mista de Energia que analisa a crise de energia vai visitar as usinas hidrelétricas das regiões dos vales dos rios São Francisco e Amazonas. Os parlamentares querem verificar o nível dos reservatórios e estudar a possibilidade de ampliação das usinas. No dia 24, os parlamentares estarão em Sobradinho e Itaparica; no dia 25, visitam as usinas de Paulo Afonso e Xingó; no dia 26, Belo Monte; e no dia 27, Tucuruí. A Comissão retoma seus trabalhos na primeira semana de agosto de 2001. No dia 7, vai ouvir os governadores de Minas, Rio Grande do Sul, Pará e Paraná. No dia 9, será a vez do empresário Antônio Ermírio de Moraes e dos presidentes da Eletronorte e de Furnas. (O Tempo - 23.07.2001)

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3- CGE apresentará plano de eficientização de energia em prédios públicos

A Comissão de Eficientização do Uso de Energia, criada pela CGE, entregará, na penúltima semana de julho de 2001, o plano de reestruturação dos prédios públicos. O plano recomendará a diminuição com o gasto de luz e a criação de linhas de financiamento para consumidores. Uma das idéias do grupo é flexibilizar os atuais contratos de prestação de serviço para órgãos públicos, permitindo que as instituições federais sem orçamento possam reestruturar seus prédios e pagar a conta com o lucro que tiverem na economia de energia. (Agência JB - 22.07.2001)

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4- Arce diz que apagão está a cada dia mais distante

O secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, afirma que os efeitos da economia estão afastando a adoção do Plano B A cada dia que passa, fica mais distante a possibilidade do apagão ou de uso do Plano B, para reduzir ainda mais o consumo de energia elétrica, disse o secretário de Energia, Mauro Arce, também membro da CGE, ao informar que os reservatórios do Sudeste e do Nordeste estão com o nível acima do previsto, graças a economia. Arce salientou que os reservatórios do Sudeste estão com sua curva de referência bem acima do previsto para este época. "Lembro que esses são os julho e agosto mais secos que temos. Mas, mesmo assim a economia de energia elétrica se transformou em uma realidade, com reflexo na manutenção dos reservatórios." (Estado - 20.07.2001)

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5- Indústria de MG ganha liminar contra sobretaxa

A Justiça Federal concedeu, no dia 19.07.2001, a primeira liminar em MG que suspende o corte de energia e a cobrança do consumo excedente à meta pelo preço do MAE. A autora da ação é uma fábrica de tijolos, Cerâmicas Mãos à Obra, localizada na Grande Belo Horizonte. Segundo o advogado da fábrica, João Augusto Drummond, com a liminar, ao invés de pagar R$ 0,834 pelo KW consumido além da cota, a empresa pagará a tarifa ordinária da Aneel, que é de R$ 0,132 pelo mesmo KW. Na decisão, a Justiça Federal determinou que a fatura de energia da fábrica, referente ao consumo verificado no mês de junho, deverá ser dividida entre a cobrança normal e a que tem acréscimo referente à multa pelo descumprimento da cota de redução do consumo. Drummomd sustentou que a meta de consumo da empresa foi estabelecida pela estatal de maneira "intempestiva". Segundo ele, a meta deveria ter chegado ao cliente no dia 6 de junho de 2001, mas isso só aconteceu efetivamente no dia 15 do mesmo mês. Além disso, a Cemig teria baseado o cálculo da cota de racionamento em meses nos quais a empresa funcionava apenas parcialmente. A empresa ultrapassou a meta estabelecida pela Cemig em 166,6% e, por isso, teve sua conta de energia onerada em R$ 4.611,16. Com a liminar, no lugar de um excedente de R$ 4.611,16, a punição será de R$ 728,15. (O Tempo - 20.07.2001)

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6- Mais de 30 mil vão ficar sem energia em Cuiabá

A Concessionária de Energia Rede/Cemat, de Mato Grosso, calcula que 37.183 residências da cidade deverão ter o fornecimento de energia interrompido. O número corresponde a 22,6% dos consumidores desta classe. Os cortes começarão nos primeiros dias de agosto de 2001. De acordo com empresa, no segmento comercial devem ficar sem energia 4.793 clientes ou 24,51% dos consumidores desta categoria. Na classe industrial 667 clientes sofrerão corte de energia, número que corresponde a 32,55% dos clientes do segmento. As propriedades rurais serão o segmento menos atingido pelo cortes de energia: apenas 53 consumidores, ou 28,4% da categoria terão os fornecimento suspenso. (Diário de Cuiabá - 20.07.2001)

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7- Para ONS, racionalização no Sul é essencial

O presidente do ONS, Mário Santos, considera essencial que a região Sul do País mantenha o esforço de racionalização dos gastos de energia elétrica. Segundo ele, apesar de não haver riscos de falta de eletricidade neste momento, a região deve manter seus reservatórios com a maior quantidade de água possível para enfrentar o período de falta de chuvas, a partir do final de 2001. Mário Santos explica que, quanto mais capacidade de geração tiverem as reservas do Sul, menos dependerão de eventuais transferências de energia do Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste quando aquela região estiver sujeita ao período de estiagem. "Racionalizar é muito importante no Sul para que em novembro, dezembro ou janeiro esta região não precise recorrer às demais, que estarão se recuperando da estiagem", disse. (Gazeta Mercantil - 18.07.2001)

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8- Cota mínima pode prejudicar aumento de geração em Porto Primavera

As turbinas número 11 e 12 da usina de Porto Primavera, que estão previstas para entrar em operação até o final de 2001, podem ficar sem função prática devido ao baixíssimo nível do reservatório da hidrelétrica. Segundo Carlos Augusto Kirchner, diretor do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (Seesp), operacionalmente, o reservatório está com o nível de 0% do volume útil. "Hoje, a água não passa mais no vertedouro, só nas turbinas. Ou seja, não há reserva de energia acumulada", afirma. (Canal Energia - 20.07.2001)

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9- Light envia meta revista com erro

Mais de três mil clientes da Light que pediram revisão das metas de consumo, receberam, no dia 16.07.2001, a correspondência com a resposta da concessionária apresentando erro em suas cotas revistas. Devido a problemas no programa de computador usado pela empresa, 6.762 cartas foram impressas sem o algarismo da direita na meta. Assim, quem tinha a meta revista para, por exemplo, 381 KWh, foi informado que poderia consumir apenas 38 KWh. A Light informou que o problema não teve grandes conseqüências, já que o erro foi percebido a tempo de reter 3.500 cartas das 6.762 emitidas. ''E os 3.262 clientes restantes, que receberam com erro, já haviam sido informados da meta na semana anterior, através da conta de luz'', disse o superintendente de Qualidade e Sistemas Comerciais da Light, Ernesto Haikewitsch. (Jornal do Brasil -20.07.2001)

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10- Celg prepara cortes de energia

Os técnicos da Celg começam a trabalhar na penúltima semana de julho de 2001, tomando como base as leituras de consumo realizadas até aqui, nas projeções que vão indicar quais segmentos terão o suprimento de energia cortado a partir de agosto. A empresa não tem ainda uma indicação a respeito do número de consumidores que não conseguiram atingir a cota fixada pela Aneel, mas já sabe que terá que cortar o fornecimento das prefeituras que descumpriram a meta de reduzir o consumo com iluminação pública em 35%. De acordo com o secretário executivo da Câmara Estadual de Gestão da Crise Energética, José Tavares de Souza, as prefeituras conseguiram alcançar 80% da meta. "Estamos tomando providências para desligar a iluminação. Esta é uma exigência que a Celg terá de cumprir", afirmou Tavares. (Gazeta Mercantil - GO - 23.07.2001)

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11- UFRJ planeja tornar-se auto-suficiente

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), José Henrique Vilhena, declarou que a universidade vai desenvolver estudos de viabilidade para a construção de uma usina termelétrica a gás, ou de co-geração, para suprir a demanda da instituição. O sub-reitor, Maurício Arouca, explicou que os estudos iniciais, feitos em conjunto com a Light e a El Paso, deverão ser concluídos dentro de três meses. Segundo ele, para suprir o consumo de energia de todo o campus universitário na Ilha do Fundão, será necessário construir uma usina com cerca de 40 MW, com investimentos da ordem de US$ 28 mi. Se ficar decidido que o projeto fornecerá energia também para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, a Fiocruz e o Hospital de Bonsucesso, a usina terá que ter o dobro de sua capacidade. "Os estudos é que vão concluir se o melhor projeto é construir uma usina termelétrica ou duas ou três usinas de co-geração", disse Arouca. Segundo o sub-reitor, após ser escolhido o projeto, a UFRJ buscará parceiros, como empresas multinacionais, além da Petrobras. A UFRJ gasta 18% de sua verba com a energia, que chega a R$ 8,5 mi por ano. (O Globo - 20.07.2001)

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12- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Petrobras cria sua sexta subsidiária: Petrobras Energia

Até o final de 2001, a Petrobras vai criar uma das maiores companhias de eletricidade do País: a Petrobras Energia, para gerir os ativos da estatal na área de energia elétrica. A nova empresa ficará sob a tutela da área de gás e energia, comandada pelo diretor Delcídio Gomez, ao lado da Gaspetro, subsidiária responsável pela comercialização de gás natural. A Petrobras Energia nasce com uma carteira de projetos que lhe garantirão, em 2005, um total de 2,5 mil MW para negociar no mercado. Tal volume de energia virá dos 28 projetos de usinas térmicas onde a Petrobras tem participação. O planejamento estratégico da estatal prevê investimentos de aproximadamente US$ 1,9 bi até 2003, incluindo expansão nas redes de gás e distribuição para atender o programa de termogeração. Para as usinas, a estatal vai aportar US$ 560 mi nesse período. Além da geração e da comercialização, o estatuto da Petrobras Energia prevê a gestão de negócios nas áreas de transmissão e distribuição de energia elétrica. Uma fonte interna afirma que a inclusão dos dois segmentos não significa que a Petrobras pretenda entrar no ramo de distribuição de eletricidade. Trata-se apenas de filigrana jurídica, diz o executivo. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)

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2- Eletrobrás poderá dar ações como garantia em ação de execução

O TRF da Segunda Região acolheu o recurso movido pela Eletrobrás contra decisão que havia declarado ineficaz a nomeação de ações preferenciais da CEEE como garantia em ação de execução movida pela Indústria de Azulejos Eliane. A sentença suspensa pelo TRF determinava, ainda, que a Eletrobrás indicasse números de contas bancárias que tivessem depósitos superiores ao valor do débito questionado. A empresa contesta em primeira instância o pagamento de R$ 13,8 mi. A estatal ofereceu à penhora ações preferenciais da CEEE no valor de cerca de R$ 14,6 bi. A Justiça, no entanto, negou a penhora, sob a alegação de que a Eletrobrás não teria obedecido a ordem de nomeação de bens contida no artigo 655 do Código de Processo Civil. A estatal alega que optou pela nomeação de ações preferenciais por não ter recursos disponíveis que não prejudicassem a regular administração e o investimento no setor elétrico. A Primeira Turma do TRF da Segunda Região acolheu os argumentos da Eletrobrás. No entendimento da juíza federal convocada Simone Schreiber, os bens oferecidos possuem liquidez imediata, já que são lastreados em ações preferenciais comercializadas em pregão de bolsa de valores. Além disso, o TRF considerou a crise energética, que, segundo a magistrada, demanda uso racional de recursos. Nesse contexto, observa a juíza, ela não teria como forçar a Eletrobrás a desembolsar valor superior a R$ 13 mi, sob pena de prejuízo no desempenho financeiro-operacional das suas atividades. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)

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3- Guaraniana vai investir em novas hidrelétricas

A Guaraniana, controladora de três distribuidoras no Nordeste: Celpe, Coelba e Cosern; vai apostar mais pesado na geração que o previsto antes da crise da energia. A holding mal começou a construção de sua térmica em Pernambuco (520 MW) e já pensa em antecipar a duplicação. Além disso, está programada a implantação de seis PCHs, cinco na BA e uma no RN. Também serão instalados geradores a diesel para atender aos grandes clientes de PE e BA durante o racionamento. No caso da Termopernambuco, a Guaraniana, até o ano 2000, incluía a expansão para 1,04 mil MW apenas como uma possibilidade no seu planejamento estratégico para os próximos 10 anos. A mudança destes planos foi anunciada pelo presidente da Guaraniana, Gilson Veloso Prado, ao assinar com o Governo de Pernambuco o contrato de arrendamento, por 50 anos e um valor total de R$ 50 mi, do terreno de 14 hectares em que usina está sendo construída. Na ocasião, Veloso Prado ressaltou que a empresa estuda antecipar a ampliação, mas não revelou os novos prazos. (Gazeta Mercantil - BA - 23.07.2001)

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4- Empresas do setor elétrico querem novo aumento de tarifa

As empresas do setor elétrico estão pedindo novos reajustes de tarifa à Aneel. Segundo o diretor financeiro do Grupo Rede, Evandro Camillo Coura, as tarifas de energia estão "muito baratas", principalmente as cobradas dos grandes consumidores. A preocupação das empresas energéticas, afirma Coura, é que a queda no consumo continue mesmo depois do fim do racionamento, o que comprometeria as receitas dessas companhias. "Como muitas empresas vão ficar mais eficientes depois da crise, vamos ter de encontrar novas soluções. A mais fácil e a mais simples é o aumento da tarifa", disse o executivo. (GloboNews - 20.07.2001)

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5- BK Energia Uruguaiana irá produzir energia com casca de arroz

Começa a operar na última semana de julho de 2001 a BK Energia Uruguaiana, uma usina de 8 MW que vai funcionar a partir da queima de casca de arroz. O empreendimento pertence as empresas pernambucanas Koblitz e Brennand, que investiram R$ 9,5 mi na BK Energia Uruguaiana. Mais de 80% da energia será vendida à concessionária AES Sul. O restante pertencerá ao engenho Zaeli, instalado ao lado da usina, que fornecerá a casca de arroz. A BK Uruguaiana consumirá oito toneladas do combustível por hora. (Gazeta Mercantil - RS -23.07.2001)

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6- Koblitz vai inaugurar três usinas a base de biomassa até o final de 2001

Até o final de 2001, a empresa pernambucana Koblitz vai inaugurar três usinas à base de biomassa no Rio Grande do Sul. Elas fazem parte de um convênio com a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) para geração, nos próximos anos, de 100 MW a partir de rejeitos de madeira ou casca de arroz. O acionista majoritário destes projetos é o grupo português CGDe, com 80% do controle. A usina de Piratini será a primeira do convênio a ser finalizada. São 10 MW gerados com a queima de 20 toneladas/hora de rejeitos de madeira. Serão ainda inauguradas, até o final de 2001, as usinas em Dom Pedrito e Capão do Leão, ambas à base da casca de arroz. Os demais projetos de geração previstos pelo convênio com a CEEE ainda estão em fase de estudos. (Gazeta Mercantil - RS -23.07.2001)

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financiamento

1- Governo estuda emitir certificados de energia nova

O governo estuda a possibilidade de promover a emissão de certificados de energia nova, a ser comercializada em leilões ainda durante o período de racionamento. A afirmação foi feita pelo secretário Estadual de Energia de São Paulo, Mauro Arce, e pelo presidente do ONS, Mário Santos. O novo mercado servirá para motivar a movimentação de excedentes energéticos, que ainda não estão contratados. Entre eles, energia gerada por usinas eólicas, térmicas tipo merchant e, até mesmo, pelas usinas térmicas embarcadas, que devem ser importadas nos próximos meses. Segundo Mauro Arce, as regras para esses leilões serão definidas em breve. Os certificados de energia nova serão semelhantes aos atuais certificados de Uso de Redução da Meta, utilizados atualmente como papel moeda nos pregões de excedentes realizados pela Asmae/Bovespa. (Gazeta Mercantil - 20.07.2001)

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2- Furnas pagará R$ 47,17 por MWh

Os credores de Furnas receberão pagamento de R$ 47,17 por MWh devido. O valor de referência foi definido pela Aneel e será aplicado retroativamente até junho, como base para a contabilização e liquidação dos contratos de venda da energia das usinas nucleares de Angra 1 e 2. A dívida é estimada em R$ 580 mi, mas a Aneel informa que apenas a Asmae poderá definir o volume de créditos com exatidão. A partir de julho, os contratos do complexo Angra serão faturados a R$ 57,91 por MWh, também por definição da Aneel. Atualmente, as duas plantas produzem 488 MW em energia excedente, que pode ser escoada no MAE, ao passo que 1.266 MW estão vinculados a contratos de longo prazo, sendo 454 MW de Angra 1 e 812 MW de Angra 2. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)

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3- Leilão de excedente fecha semana sem movimento de negócios

O leilão de excedente de energia do MAE fechou a terceira semana de julho de 2001 sem movimento de negócios. No pregão da sexta-feira, dia 20 de julho de 2001, foram colocadas à venda 1.900 MWh, a preços que variaram de R$ 300,00 a R$ 510,00. Para a compra, foi feita apenas uma oferta de 600 MWh, a R$ 220,00. Com o resultado de 20.07.2001, o leilão registra 2.290 MWh comercializada na Bovespa, com total de negócios no valor de R$ 1.013.530,00. (Canal Energia - 23.07.2001)

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4- Ceal perde disputa em compra de energia

Engessada pela burocracia oficial, a Ceal está perdendo a disputa para a compra da energia produzida em Alagoas por PCHs e pelas usinas de açúcar. Mantidas as condições atuais, tudo indica que as empresas geradoras vão vender o produto para a Celpe Guaraniana - a distribuidora do Estado de Pernambuco - que está apresentando propostas consideradas mais vantajosas. Um representante da Celpe esteve em Maceió durante a última semana e conversou com vários empresários do setor sucroalcooleiro e propôs um valor, no mínimo, 40% maior do que o máximo pago pela Ceal. "A Celpe está oferecendo R$ 72 por MWh ou um contrato vinculado ao MAE. A Ceal tem chegado, no máximo, a R$ 52. Se continuar assim, a tendência dos empresários alagoanos é vender a energia para Pernambuco", revela o vice-presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas, Robert Lyra. A estimativa é de que as usinas de Alagoas produzam um excedente de 20MW de energia durante a safra de cana, que começa em setembro. (Gazeta de Alagoas - 23.07.2001)

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5- Preço da energia para a região Sul sofre aumento de 2.073,5%

Para a penúltima semana de julho de 2001, que compreende os dias 21 e 27 de julho de 2001, os preços do MAE para a região Sul sofreram um aumento expressivo, passando de R$ 4,00 para R$ 86,94, um crescimento de 2.073,5%. Nas demais regiões o preço permanece em R$ 684,00, valor de déficit que vai vigorar até o final do racionamento. (Canal Energia - 23.07.2001)

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financiamento

1- Custo do Dinheiro

Na terceira semana de julho a taxa usada em negócios com prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 2,13% e 4,95% mensais. As pequenas e médias empresas fecharam negócios entre 2,22% e 5,56% ao mês. Em relação ao desconto de duplicata, nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 1,99% a 2,70% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi de 2,90% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram taxas entre 26,83% e 60,10% ao ano de capital de giro prefixado, enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 40,25% a 71,55%. A taxa vendor e compror oscilou de 26,38% a 39,45% ao ano para grandes empresas e de 32,61% a 53,76% ao ano para pequenas e médias. A Conta Garantida, nas operações de 31 dias para grandes companhias, o intervalo ficou entre 2,32% e 3,50% ao mês. Pequenas e médias empresas conseguiram taxas de 2,98% a 5% ao mês. Em relação ao factoring, custo das operações de fomento mercantil, fechou a semana com a taxa média baixa em 4,10% e a alta em 4,15% ao mês. Operações prefixadas com prazo de 24 meses - Leasing - tinham taxas médias de 2,88% para carros e de 3,07% ao mês para máquinas, equipamentos e informática. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)

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2- Brasil inicia negociações com o FMI

No dia 25.07.2001, começam as negociações com o FMI, para uma renovação do acordo em vigor, que expira em dezembro, por pelo menos mais um ano. Os secretários executivos dos ministérios da Fazenda, Amaury Bier, e do Planejamento, Guilherme Dias, embarcam no dia 24 de julho para Washington, encarregados de abrir as discussões com o FMI, para obtenção de financiamentos na casa dos US$ 11 bi. O presidente do BC, Armínio Fraga, terá encontros com dirigentes do Tesouro americano e FMI, além de participar de um debate no Bird. (Valor – 23.07.2001)

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3- Juro caro esfria os negócios com crédito

As taxas de juros dos empréstimos prefixados para empresas continuaram pressionadas e caras durante toda a terceira semana de julho, causando um 'esfriamento' nos negócios. Os bancos cobram os juros de seus clientes seguindo o comportamento das taxas futuras, que, apesar de fecharem em queda no dia 20.07.2001, continuaram no mesmo patamar das últimas semanas. As taxas de seis meses terminaram a terceira semana de julho cotadas a 24,5% ao ano na BM&F. Há um mês, elas não ultrapassavam os 20% ao ano. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)

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4- Empresas desmontam operações de 'hedging'

Quando a cotação do dólar atingiu R$ 2,60 na terceira semana de julho, algumas grandes empresas desmontaram as operações de 'hedging'. Essas transações são normalmente feitas com a compra de contratos de dólar no mercado futuro ou operações de 'swap'. A idéia é de que o ganho com esses contratos compense o impacto da desvalorização cambial nas dívidas em dólar das empresas. As empresas acreditaram que a cotação do dólar havia atingido seu ponto máximo e que a tendência futura seria de queda. Decidiram então liquidar o 'hedging' e realizar o lucro obtido no mercado futuro de dólar. Os recursos migraram para a renda fixa, onde o ganho nos contratos futuros de um ano chegou a 27% ao ano. A dívida da companhia fica desprotegida por alguns dias, mas o 'hedging' pode ser refeito a qualquer momento e a um custo mais barato. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)

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5- Eletropaulo suspende operação de US$ 250 mi

Os investidores estrangeiros fecharam as portas para papéis de companhias e bancos brasileiros. Diante das incertezas criadas pela crise da Argentina, o crédito para os mercados emergentes praticamente se esgotou na praça internacional. Sob este cenário a Eletropaulo Metropolitana suspendeu uma operação de US$ 250 mi. "O mercado está parado por causa dos problemas na Argentina. Por isso, decidimos suspender a renovação do financiamento", disse Fábio Solferini, do Standard Bank, instituição que coordenava a operação para a companhia. "Diante de uma crise desse tamanho, o mais indicado é esperar", completou Solferini. (Folha de São Paulo – 22.07.2001)

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6- Fundos de renda fixa estão rendendo menos do que os DI

Boa parte dos gestores de fundos de renda fixa, os que mais sofrem com a alta da taxa selic para 19%, já havia revisto sua estratégia e adotado uma postura conservadora. Essa ação defensiva, porém, não tem impedido que esses fundos apresentem rentabilidade média inferior à dos DI, que aplicam em papéis pós- fixados, que acompanham a oscilação do CDI e que têm a Selic como referência. Segundo dados da Anbid, até a última terça-feira, dia 17, o ganho dos fundos DI neste mês estava em 0,81%, enquanto o dos de renda fixa era de 0,71%. Não à toa a captação líquida dos fundos de renda fixa estava negativa em R$ 2,13 bi no período, enquanto a dos DI estava positiva em R$ 2,34 bi. (Folha de São Paulo – 23.07.2001)

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7- Volatilidade persiste para bradies

O mercado de títulos da dívida externa dos países emergentes está e continuará sendo embalado pela crise argentina, ao menos no curto prazo. A grande notícia da última semana de julho gira em torno, no entanto, dos títulos da dívida interna do país. O governo cancelou o leilão de Letras do Tesouro (Letes) marcado para o dia 24 de julho e a expectativa é com o detalhamento da troca desses papéis com vencimento de até um ano. A turbulência no país latino- americano vem puxando principalmente os títulos FRB e Global 8 -argentinos mais líquidos, que subiram 0,64% e 7% na segunda semana de julho, respectivamente. Os bradies Par e Discount estão menos voláteis, já que têm garantia do governo americano, ao contrário dos demais. O FRB era cotado a US$ 0,70 com spread de 2436 pontos e o Global 8, US$ 0,607 e spread de 1810 pontos. O brasileiro C- Bond terminava a última semana de julho em US$ 0,717 com spread de 959 pontos - alta de 3,11% na semana. (Valor – 23.07.2001)

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8- Argentina faz acordo com fundos e cancela leilão

O governo argentino fechou na sexta-feira acordo com bancos e fundos de pensão para garantir financiamento ao país até o fim do ano. Com isso, está cancelado o leilão de US$ 350 mi de Letes (Letras do Tesouro) que seria realizado no dia 24.07.2001. A estratégia montada pelo secretário de Finanças, Daniel Marx, inclui compra de um bônus pelos fundos de pensão no valor de US$ 2,3 bi e um swap de Letes que deverá ficar entre US$ 1 bi e US$ 1,7 bi. Essas duas operações permitiriam cancelar um volume de US$ 3,3 bi a US$ 4,0 bi dos US$ 4,3 bi em Letes que vencem antes do fim de 2001. O financiamento do restante seria garantido pela venda de Letes a fundos mútuos de investimentos e pequenos investidores. O desenho de Marx só vai funcionar se o governo cumprir a regra de déficit zero no segundo semestre. Do contrário, terá de buscar financiamento extra para cobrir o desequilíbrio das contas públicas. (Valor – 23.07.2001)

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gás e termoelétricas

1- Térmicas embarcadas sob crítica

Embora a aquisição de energia gerada por termelétricas embarcadas já seja dada como certa, setores do governo ligados principalmente à Eletrobrás tentam evitar a operação prevista para agosto de 2001. Além de questionar a necessidade de obter 4 mil MW nos próximos 12 meses para garantir a normalização do sistema, o grupo contrário ao projeto argumenta que o custo de aquisição e instalação das usinas, que forneceriam 3 mil MW, não sairá por menos de US$ 6 bi em um prazo de dois anos. Ou seja, pouco mais do que o custo total das 17 térmicas previstas pela Petrobras para o Programa Prioritário de Termelétricas (PPT), que está avaliado em cerca de US$ 5,5 bi. Um preço alto demais, argumentam, mesmo em tempos de crise. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)

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2- Amazonas vai utilizar barcaças para gás natural

O governo do Amazonas deverá anunciar no dia 24.07.2001, a abertura de concorrência para a adoção de um sistema diferenciado de transporte de gás para melhor aproveitamento do gas explorando no campo de Urucu, usando barcaças que transportariam cilindros com o gás comprimido para Manaus e outras cidades. A tecnologia, utilizada nos EUA e Canadá, seria usada pela primeira vez no país. Em Manaus, o gás seria utilizado em terméletricas que atualmente usam óleo combustível. Urucu é capaz de produzir 6 milhões de metros cúbicos por dia, mas 80% do gás não é aproveitado por falta de distribuição. Hoje, o gás vai até a cidade de Coari por gasoduto. (Valor - 23.07.2001)

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3- Preço do gás boliviano faz empresas estudarem alternativas

A instabilidade no preço do gás boliviano, a diferença de até 65% em relação ao produto brasileiro e a possibilidade de um novo aumento através da carga tributária leva o presidente da Cecrisa, Cesario Rogerio, a discutir a volta da lenha, turfa, carvão, diesel ou do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) no aquecimento dos fornos. "Um novo aumento vai inviabilizar o uso do gás", resume. "Se o preço do gás pular em 11%, com as novas alíquotas de PIS/Pasep e Cofins, não teremos outro jeito senão repassar um percentual igual aos valores finais dos pisos e azulejos. Temos que espernear para evitar a votação", resume. O lobby "direto e organizado" junto a líderes empresariais e, principalmente, a deputados e senadores, é o rumo apontado pelo diretor-superintendente da Infragás (que reúne as empresas consumidoras de SC e do PR), Luiz Fernando Francalacci, para impedir que o texto dos aumentos siga adiante. "Mais um aumento seria um baque e tanto para o setor", completa. Ele lembra que os usuários do combustível importado estão pagando até 65% a mais que as indústrias que só usam o produto nacional. Boa parte das cerâmicas optaram pelo gás boliviano - mesmo com o preço atrelado ao dólar - em substituição ao GLP (gás de cozinha) por duas vantagens básicas: índices menores de poluição e, claro, preços mais baixos. (Diário Catarinense - 23.07.2001)

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grandes consumidores

1- Indústria reduz consumo e mantém produção

Segundo pesquisa da Fiesp, a maioria das indústrias paulistas conseguiu reduzir seu consumo de energia em junho de 2001 sem ter de diminuir sua produção. No entanto, mesmo conseguindo gastar menos energia, uma grande parcela das empresas consultadas (42%) não conseguiu se enquadrar nas metas impostas pelo governo, reduzindo menos que o necessário. A partir desse mês, quando muitas empresas vão tentar se adequar às metas e os estoques preventivos feitos em maio começarão a acabar, a entidade prevê que a produção será mais afetada, contribuindo ainda mais para o cenário de desaquecimento da economia no segundo semestre, que poderá entrar no próximo ano em recessão. O presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, criticou ainda a decisão do governo de elevar mais uma vez os juros. "As pressões recessivas vão aumentar", alertou, estimando que o crescimento da economia no ano deverá ficar no máximo em 2,5%. (Valor - 20.07.2001)

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2- Fiesp prevê segundo semestre ruim para as empresas

Para o diretor de infra-estrutura da Fiesp, Pio Gavazzi, o segundo semestre será um "desastre". Não apenas por conta da alta dos juros e do câmbio, mas também pela pressão de alta dos custos que as empresas terão com o racionamento e pela queda do mercado consumidor interno. Haverá também, disse ele, forte pressão de custos nesse semestre, como encargos trabalhistas relativos ao FGTS e alta dos combustíveis. Segundo Gavazzi, o uso de geradores também deve aumentar os custos apontando. Nesse cenário de elevação de custos de produção, demanda retraída e alta do dólar, o emprego vira peça importante na equação. "Estamos trabalhando para que as empresas adiem suas decisões, dando, por exemplo, férias coletivas, já que demissões teriam reflexo ainda pior na demanda", afirmou Horacio Piva, presidente da Fiesp. (Valor - 20.07.2001)

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3- Fiesp diz que vendas no mercado interno devem cair

Pesquisa da Fiesp revela que 70% das empresas acreditam que haverá redução das vendas no mercado interno com o racionamento de energia. Entre as atitudes que as empresas deverão tomar para minimizar os efeitos da redução nas vendas estão: reduzir a produção (36%); diversificar mais a carteira de clientes no mercado interno (33%); aumentar as exportações (13%); demitir funcionários (6%) e comprar geradores (5%). Segundo o levantamento, 57% dos entrevistados não pretendem aumentar a meta de redução de energia. Dos 38% que se disseram favorável à redução de consumo, 41% vão gerar energia própria por meio da compra de geradores. Apenas 10% vão recorrer ao MAE. Outros 9% vão aumentar a meta de redução de consumo através de contratos bilaterais de compra e de venda de energia. (GloboNews - 20.07.2001)

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4- Comércio de SP revê projeção de vendas em 2001

A Associação Comercial de São Paulo revisou sua projeção de aumento de vendas em 2001 por causa dos sucessivos aumentos de juro promovidos pelo Copom. O economista da entidade, Emílio Alfieri, disse que a projeção é hoje de um aumento máximo de 4,5% em 2001, na comparação com 2000. No início de 2001, o aumento de vendas projetado era entre 8% e 10%. Segundo ele, as maiores quedas ocorrerão no setor de eletroeletrônicos, que será prejudicado pela alta dos juros, do dólar e, também, pelo racionamento de energia elétrica. (GloboNews - 20.07.2001)

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5- Gavazzi apoia feriados às sextas-feiras

Para Pio Gavazzi, diretor de infrestrutura da Fiesp, a proposta do governo de decretar feriados às sextas-feiras para reduzir o consumo é uma "forma civilizada de apagão", que evitaria as demisões em massa. A indústria do Rio encerrou o semestre com 17,5 mil trabalhadores a menos do que no início de 2001. Apenas em junho de 2001, desapareceram 4 mil postos de trabalho - 1,1% da mão-de-obra do setor e quase o mesmo número de vagas cortadas em todo o ano passado. Os números foram divulgados ontem pela Firjan e tidos pela chefe da Assessoria de Pesquisas Econômicas da entidade, Luciana de Sá, como um reflexo dos programas de cortes de custo das empresas, do cenário adverso marcado pela alta dos juros e do dólar e, por último, do programa de racionamento. (Valor - 20.07.2001)

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internacional

1- Espanholas pagarão US$ 2,6 bi por causa da paralisação da usinas nucleares

Endesa, Iberdrola e Unión Fenosa terão que pagar US$ 2,6 bi para compensar o dinheiro investido com a paralisação definitiva das centrais nucleares, segundo anúncio do governo. Estas companhias já haviam recebido cerca de US$ 32 mi desde 1984 até 2000, que foram pagos através do aumento de 3,54% da tarifa elétrica, para compensar a decisão de interromper os trabalhos das usinas nucleares espanholas que estavam em construção. A exigência do pagamento do reembolso foi uma adição feita à Lei de Ordenação do Sistema Elétrico, que agora determina que a Direção Geral da Energia fixe uma anualidade para cobrir a compensação. (El País - 23.07.2001)

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2- Oferta da Italenergia é aceita pela Montedison

O grupo italiano Montedison chegou a um acordo com a Italenergia sobre a oferta lançada para a compra da empresa italiana. O conselho de administração da Montedison, da sua filial Edison e da Italenergia se reuniram no dia 22.07.2001 para aprovar uma nova oferta que elevava o preço anteriormente proposto para US$4,1 bi. (El Mundo - 23.07.2001)

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3- Rússia exporta menos gás

A Rússia exportou 91,9 bi de metros cúbicos de gás no primeiro semestre de 2001, o que correspondeu a menos 13,5% face ao período homólogo de 2000, indicou o Ministério russo da Energia. Moscow extraiu 294,52 bi de metros cúbicos de gás, o que representou uma diminuição de 2,8 bi de metros cúbicos face ao mesmo período de 2000. As extrações de petróleo, por outro lado, estabeleceram-se em 167,74 milhões de toneladas no primeiro semestre, uma alta de 11 milhões de toneladas em relação aos primeiros seis meses de 2000. O gigante gasífero Gazprom, que garante cerca de 20% da produção mundial de gás natural, considera que são necessários investimentos superiores a 10 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos para travar a queda da produção. (Diário Econômico - 23.07.2001)

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4- Borealis seleciona Galpower para central

A Galpower, pertencente à Galpenergia, foi a empresa selecionada pela Borealis para a fase final de negociação referente à construção de uma central de cogeração e utilidades da Borealis, em Sines, orçamentada em US$112,4 milhões. O acordo prevê a modernização e exploração da atual central termoelétrica e de produção de ar comprimido, azoto, água desmineralizada e de arrefecimento industrial. Ao mesmo tempo se iniciará a construção de uma nova unidade de geração a gás natural, produzindo 100 MW de energia elétrica e 250 t/h de vapor, que será interligada com a anterior e explorada em conjunto, a partir de 2004. O consumo de gás natural da nova central de produção combinada de calor e de eletricidade será de cerca de 200 milhões de metros cúbicos por ano e prevê-se que sejam produzidos cerca de 770 GWh de energia elétrica por ano. Do montante global do investimento, cerca de 20 milhões de contos serão concretizados nos próximos dois anos e meio. A duração do contrato deverá ser de 15 anos. (Diário Econômico - 20.07.2001)

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5- REN deve lançar ações na Bolsa em 2002

A REN-Rede Elétrica Nacional de Portugal, responsável pelo transporte de eletricidade, estará pronta para estrear na Bolsa no segundo semestre de 2002. «Na seqüência das anteriores conversas com o anterior ministro da Economia, a REN estaria pronta para ir para a Bolsa no segundo semestre de 2002. Agora tudo depende do novo ministro», referiu o presidente da companhia José Penedos. A REN é detida a 30% pela EDP e em 70% pelo Estado. (Semanário Econômico - 23.07.2001)

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6- Nova proposta para ajuste de preços é lançada na Califórnia

Um acordo proposto entre o Estado americano e agência que compra energia para os californianos deve permitir a Califórnia ajustar os preços da eletricidade sem que eles passem por uma revisão externa. O acordo deve começar a valer a partir de agosto de 2001. A proposta explica como a comissão vai trabalhar com o Departamento de água americano para assegurar que o estado seja pago pelos bilhões de dólares que gastou comprando eletricidade de três grandes elétricas que corriam o risco de falir. No acordo, a comissão promete avaliar os preços da energia elétrica anualmente e ajustá-los de modo a fazer o departamento ter dinheiro suficiente para pagar a compra de energia e seus custos administrativos. (New York Times - 20.07.2001)

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1- Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia. "O Setor Elétrico e o Livre Mercado". São Paulo: ABRACE, Agosto/1999.

Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia. "O Setor Elétrico e o Livre Mercado". São Paulo: ABRACE, Agosto/1999. - Download - 36 páginas Resumo: este documento divulga uma visão abrangente dos componentes básicos do novo e moderno sistema elétrico brasileiro, iniciando-se com um relato de sua origem e princípios básicos, passando a uma breve análise da legislação e atos regulatórios, hoje em conflito com o conceito de competitividade que norteou o novo sistema, e terminando com algumas sugestões concretas para proteger uma concepção de mérito para a sociedade brasileira: a necessidade de redefinição do conceito de Rede Básica de Transmissão , a garantia do livre acesso do consumidor a esta rede, a necessidade de se rever a estrutura de participação no fórum do Mercado Atacadista de Energia, a necessidade de se excluirem restrições impostas aos consumidores livres, a recomendação de não se gravar novos custos de geração e de se rever a estrutura das tarifas de uso da distribuição recentemente publicadas, a proposta de se eliminar o prazo de carência para um consumidor se tornar consumidor livre e, finalmente, a necessidade de se consolidar o novo modelo através de uma lei abrangente, a Lei Federal de Eletricidade.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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