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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 683 - 13 de julho de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Edital de venda da Celg será publicado no fim de julho

O governador de Goiás, Marconi Perillo, recebeu no dia 12.07.2001 a minuta do edital de privatização da Celg e vai editar um decreto aprovando o documento e anunciando o preço mínimo de venda da estatal nos próximos dias. O edital, segundo antecipou o secretário de Planejamento, Giuseppe Vecci, será publicado até o final de julho de 2001, depois de sancionado pela Aneel e pela CVM. Vecci prevê um valor econômico mínimo de R$ 1,5 bi para a empresa, sem descontar os passivos. A minuta do edital, que ainda será negociada, estabelece que a liquidação financeira do leilão, previsto para a Boverj, será realizada em duas parcelas e que a primeira vencerá no dia seguinte ao certame. A data da segunda parcela e o valor de cada uma delas serão ainda decididos por Perillo. Os candidatos à compra do controle da distribuidora terão que assumir o compromisso de investir, além dos R$ 100 mi fixados no contrato de concessão, em novas instalações, além de reservar 1,5% da receita operacional líquida para investimentos em eletrificação rural, programas de assentamento no campo, loteamentos sociais e atendimento à população de baixa renda. (Gazeta Mercantil - GO - 13.07.2001)

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2- Justiça cobra da União explicação sobre aumento autorizado à Eletropaulo

O juiz da 19ª Vara da Justiça Federal, Marcelo Souza de Aguiar, determinou, no dia 13.07.2001, que a União se manifeste em 72 horas sobre o pedido de liminar feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos de SP e Força Sindical, no dia 10.07.2001, para suspensão do aumento do reajuste de 16,61% na tarifa de energia elétrica, autorizado pela Aneel à Eletropaulo, e que entrou em vigor em 04.07.2001. O argumento das entidades para derrubar o reajuste é a média de reajuste salarial dos trabalhadores, entre 6% e 8%, e a inflação acumulada dos últimos 12 meses, de 7,4%.'O aumento da conta de luz é muito superior à inflação e ao reajuste salarial dos trabalhadores. Precisa ser derrubado'', disse o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva. (Folha Online - 13.07.2001)

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3- Estado do Rio firma acordo com Eletronuclear

O governo do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Cerj e a Eletronuclear, inauguram, dia 16.07.2001, às 11h, na Praia de Provetá, o programa de eletrificação da Ilha Grande. O projeto, iniciado no segundo semestre de 2000, com investimentos de cerca de R$ 3 mi, está proporcionando conforto a cerca de 5 mil pessoas, que estão tendo acesso a comodidades básicas como luz, televisão e geladeira, entre outras. Estarão presentes ao evento o governador Anthony Garotinho, os secretários de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, e de Agricultura, Abastecimento e Pesca, Christino Áureo da Silva, o presidente da CERJ, Javier Villar, e o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, entre outras autoridades. (O Globo - 13.07.2001)

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risco e racionamento

1- CGE revê meta de empresa de alimentos

No dia 12.07.2001, a Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGE) divulgou uma circular que aumenta a meta de consumo de energia para a empresa de alimentos Cirio do Brasil, que poderá gastar mais 210 MWh/mês em junho, julho e agosto. No entanto, essa energia deverá ser compensada em dobro até dezembro de 2001, quando a empresa terá de economizar mais ainda e buscar a diferença no MAE ou por geração própria. A compensação do montante utilizado deverá ser feito com 2 MWh para cada 1 MWh do acréscimo utilizado. A colheita da safra de tomates durante os três meses foi a justificativa para que a Câmara concedesse o benefício. A Cirio do Brasil produz, essencialmente, molhos de tomate para massas. (Gazeta Mercantil - 13.07.2001)

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2- CGE revisa meta de 13 empresas de equipamentos destinados ao setor elétrico

No dia 12.07.2001, a Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGE) revisou a meta de energia para 13 empresas que trabalham com equipamentos destinados ao setor elétrico. Entre as contempladas com a mudança de cotas estão a ABB - unidades de Osasco, Guarulhos e Betim -, a Voith Paper Máquinas e Equipamentos, a Alstom Brasil - unidade Itajubá -, a Gerdau - unidade Cotia -, a Vallourec & Mannesmann Tubes e a Inepar Indústria e Construções - unidade Jacareí. (Gazeta Mercantil - 13.07.2001)

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3- Sudeste não atingiu meta dia 11.07.2001

O consumo de energia elétrica das regiões Sudeste/Centro-Oeste no dia 11.07.2001 foi de 16,1%, representando um gasto de energia de 21.146 MW médios. Os estados nordestinos também não conseguiram atingir a cota de economia de 20% sobre maio, junho e julho do ano passado, ficando em 18,1% (4.636 MW médios). Na Região Norte, nos estados do Maranhão, Tocantins e Pará - que fazem parte do sistema interligado de energia, onde a meta de consumo é de 15% - a economia foi de 8,2% (ou 2.263 MW médios). Os dados do ONS indicam, no entanto, que de 1º a 11 de julho as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste conseguiram atingir a meta. A economia nesse período foi, respectivamente, de 21,9% e 22,1%. No Norte, o consumo caiu 8,7%. O nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste no dia 11.07.2001, segundo o ONS, estava em 27,94% (1,57% acima do nível de segurança), enquanto no Nordeste era de 23,21% (0,19% acima). (O Globo - 13.07.2001)

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4- Distribuidoras devem se preparar para plano B

As distribuidoras de energia devem começar a preparar os planos de apagões, com base nas regras divulgadas no dia 11.07.2001, mesmo que o plano B do racionamento não seja aplicado após agosto ou durante todo o racionamento. A recomendação é dos técnicos do Programa de Corte de Carga da CGE, responsável pela elaboração do plano. De acordo com Antoninho Borghi, técnico do Programa e vice-presidente da Eletropaulo, as empresas devem começar a preparar avisos aos consumidores e fazer seus planejamentos para que não sejam pegos de surpresa. (Gazeta Mercantil - 12.07.2001)

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5- Quatro planos de corte deverão ser preparados pelas distribuidoras

De acordo com as regras do plano B, as distribuidoras de energia deverão preparar quatro planos de corte contemplando patamares de redução de consumo de 2,5% até o limite de 10%. Os planos levarão em conta as metas de 2,5%, 5% ,7,5% e 10%. Os consumidores serão divididos em circuitos, ou seja, pelos alimentadores de energia de uma determinada área. Isto significa que, caso haja apagão, pessoas residentes em um mesmo bairro não terão, necessariamente, o mesmo tipo de corte. Além disso, consumidores localizados próximos a hospitais sem geração própria podem ser preservados dos cortes, pois este tipo de estabelecimento ficará isento do corte. Borghi disse ainda que algumas distribuidoras poderão até ficar fora dos cortes, desde que a redução do consumo seja muito expressiva. "Pode ocorrer de Brasília ficar de fora, desde que a CEB, hipoteticamente, consiga ultrapassar, e muito, a meta de redução", explicou. (Gazeta Mercantil - 12.07.2001)

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6- Distribuidoras terão perdas de 25% a 30% com racionamento

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Orlando González, a meta estabelecida pelo governo para economizar 20% de energia em todas as residências do País deve causar uma queda de 25% a 30% no faturamento das distribuidoras de energia. (Estado - 12.07.2001)

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7- Distribuidoras conversam com Governo para tentar compensar perdas no faturamento

O presidente da Abradee, Orlando González, informou, no dia 11.07.2001, que as distribuidoras estão contabilizando as despesas que o racionamento vai causar ao setor. E, para isso, segundo ele, as empresas iniciaram conversações com representantes do governo para achar uma saída e descobrir como essa perda no faturamento será compensada. Uma solução para que a queda nos lucros das distribuidoras não atinja o consumidor, explicou González, seria a redução de impostos. "Pode haver redução de impostos, e as despesas, não necessariamente, serão repassadas ao consumidor final", acrescentou. (Estado - 12.07.2001)

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8- Abradee diz que empresas estão trabalhando para preservar os serviços essenciais em caso de corte

O presidente da Abradee, Orlando González, garantiu que, em relação à possibilidade de o governo decretar "apagões" predeterminados, as empresas estão trabalhando para preservar os serviços essenciais, como os hospitais, aeroportos, portos e centros de hemodiálise. No caso dos presídios ou de unidades de tratamento de água, o governo considera a possibilidade de cortes programados com o reforço de segurança. Outra questão considerada complicada para as empresas distribuidoras é que não existe a possibilidade de cortar energia somente em um determinado ponto. Neste caso, as residências próximas de hospitais, por exemplo, seriam beneficiadas, pois seria inviável fazer cortes setorizados. (Estado - 12.07.2001)

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9- Duke Energy poderá recorrer à Justiça contra decisão da CGE

A Duke Energy admite recorrer à Justiça caso o governo, por intermédio da CGE, estipule a aplicação do Anexo 5 aos chamados "contratos iniciais". "Não é prática da Duke buscar defesa em juízo porque não queremos criar um ambiente de conflitos. Mas, caso o anexo venha a ser aplicado, teremos de recorrer à Justiça, como um instrumento de defesa da nossa empresa", afirma o diretor de Operações da Duke Energy, Delson Amador. A pedido da GCE, a análise da aplicação do anexo está nas mãos da Advocacia Geral da União (AGU). "Não queremos que os contratos iniciais sejam rasgados. No nosso entendimento, a legalidade da não aplicação do anexo é encontrada nos próprios contratos, pois ali há a informação de que o racionamento é uma situação excepcional e a União pode fixar condições especiais para o equilíbrio de fornecimento", argumenta Amador. (Estado - 12.07.2001)

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10- Light já reviu meta de consumo de mais de 22 mil clientes

A Light informou, dia 12.07.2001, que já reviu a meta de consumo de energia de, pelo menos, 22 mil consumidores. Desde o início do racionamento até anteontem, a distribuidora recebeu 110 mil pedidos de revisão de meta. Desse total, foram analisados 44 mil casos, dos quais 11 mil foram negados e outros 25% ainda dependem de provas com documentos. O prazo para pedir revisão da meta de consumo termina no dia 15.07.2001. A Light preparou um esquema especial de atendimento no fim de semana, quando suas agências estarão fechadas. No sábado e no domingo, cinco quiosques (Rio Sul, Carrefour-Duque de Caxias, Barra Shopping, Norte Shopping e Sendas-Volta Redonda) estarão preparados para receber as solicitações. A Cerj, que fará atendimento hoje nas suas 48 lojas, ainda deve informar se terá algum esquema especial. Os clientes também poderão enviar seu pedido de revisão usando os Correios, hoje e no fim de semana. (O Globo - 13.07.2001)

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11- Justiça devolve à Light direito de cobrar sobretarifa

O desembargador Severiano Aragão, da 17ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, caçou, no dia 12.07.2001, a liminar concedida pela juíza em exercício da 8ª Vara de Falência e Concordatas do Rio, que impedia a Light de cobrar sobretaxa dos consumidores que ultrapassassem a meta de economia de 20%, fixada pelo governo federal. A decisão abrange somente os consumidores da cidade do Rio de Janeiro, área atendida pela Light. Em seu despacho, o desembargador baseia-se no fato de a decisão do Supremo Tribunal Federal considerando constitucional o conjunto de medidas do racionamento, ter efeito vinculante nas Justiças Estaduais, conforme consta da Constituição. (Agência Brasil - 13.07.2001)

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12- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletronorte prevê para setembro conclusão de impactos ambientais de Belo Monte

A Eletronorte prevê para o final de setembro de 2001 a conclusão da análise dos impactos ambientais para conseguir a licença prévia e, assim, dar início à construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, de acordo com Osmar Vieira Filho, coordenador de Ações Energéticas e Ambientais da companhia. "Devido à liminar que foi movida contra a usina, os estudos do impacto ambiental foram interrompidos. Agora estamos trabalhando para acelerar o processo e dar início às obras de construção da hidrelétrica", afirma. O coordenador diz que os investimentos somente poderão ser definidos após a conclusão do estudo sobre o impacto ambiental na área e os programas que serão implementados, ambos elaborados pela Universidade Federal do Pará (UFPA). (Canal Energia - 12.07.2001)

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financiamento

1- Presidente da Asmae deve ser destituído

O comando da Asmae deve mudar de mãos. A assembléia do órgão se reúne, dia 13.07.2001, e deve decidir pelo afastamento do atual presidente, Mitsumori Sodeyama, e sua diretoria. Desde abril, a Asmae está sob intervenção da Aneel porque as distribuidoras e geradoras fizeram um regulamento que não definia as garantias que deveriam ser exigidas dos participantes do mercado nem as penas aos infratores. Segundo integrantes da direção da Asmae, Sodeyama pode cair por não ter conseguido separar a operação técnica do MAE das constantes interferências das empresas participantes. A avaliação é que havia muitas empresas dando palpites - e querendo se beneficiar -, o que dificultou o funcionamento do mercado. Por causa dessas interferências, as regras teriam sido mudadas várias vezes e as garantias não foram definidas. Isso inviabilizou o mercado, pois nenhum agente queria se arriscar a entregar a energia e depois não receber o pagamento. Por motivos de saúde, Sodeyama já está afastado da presidência da Asmae. Para gerir o mercado atacadista, serão eleitos, dia 13.07.2001, os novos membros do Comae, criado pela Aneel para substituir o Coex. (Folha - 13.07.2001)

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2- MP investiga irregularidades na Asmae

O Mistério Público Federal de São Paulo iniciou uma investigação para apurar a suposta prática de irregularidades na Asmae. O principal questionamento é sobre o fato de os custos de implantação da Asmae terem sido repassados pelas distribuidoras de energia a todos os consumidores. O Ministério Público questiona por que as despesas não foram arcadas somente pelos participantes do mercado atacadista - grandes consumidores, geradoras, distribuidoras e comercializadoras de energia. O procurador da República Duciran Faren, responsável pelo pedido, disse que, no momento em que os custos de implantação foram repassados ao usuário residencial, pode ter sido criada uma tarifa ilegal. "Esse é o foco das investigações. Os recursos teriam de vir dos próprios agentes do mercado." O procurador pede ainda que a Aneel aponte quais as atuais despesas e o orçamento da Asmae. Também quer saber por que o órgão está sob intervenção. (Folha - 13.07.2001)

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3- MAE quer prazo para rever normas de ação

Os integrantes do MAE esperam que a Aneel acate seu pedido de extensão do prazo para discussão do Acordo de Mercado, que estabelece princípios do mercado spot. A alternativa é encarada pelos agentes como um caminho para impedir o fracasso da assembléia geral extraordinária do MAE, convocada para 13.07.2001. A disposição inicial da agência reguladora era aprovar a versão final neste dia, conforme pauta da assembléia. (Gazeta Mercantil - 13.07.2001)

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financiamento

1- Spread do FRB prenuncia a moratória argentina

O investidor em títulos da dívida dos países emergentes está cada dia mais temeroso com uma possível desvalorização cambial e moratória na Argentina. O movimento dos títulos ontem mostrou bem este pessimismo, com o risco do país atingindo os níveis mais altos da história. Este salto não foi acompanhado na mesma proporção pelos bônus de outros países. O risco medido pelo índice EMBI+ do banco J.P. Morgan para a Argentina teve alta de 244 pontos, para 1.558, e a parte brasileira subiu 79 pontos, fechando em 1.033. Os títulos registraram forte desvalorização. O FRB caiu 13,4% - valendo US$ 0,631 com spread de 3.204 pontos- e o Global 8 desvalorizou 14,9% - fechando cotado a US$ 0,555 e spread de 2.000 pontos. (Valor - 13.07.2001)

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2- Aumenta o risco Brasil e o C-Bond cai 2,82%

Os títulos da dívida externa brasileira não escaparam do contágio pela piora na crise argentina. O C-Bond, papel brasileiro mais negociado, caiu 2,82%, dia 12.07.2001, para 69% do valor de face. O prêmio de risco do C-Bond - medido pelo juro pago acima da taxa do título do Tesouro norte-americano de igual prazo - fechou em 1.044 pontos básicos. No início do mês, antes do agravamento da situação, a taxa de risco do C-Bond era de 870 pontos. O dólar comercial subiu 2,16%, para R$ 2,553. Os juros para um ano saltaram para 26,95%. O comportamento dos mercados reflete a falta de confiança na solução da crise da Argentina. (Gazeta Mercantil - 13.07.2001)

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3- Brasil não pode recorrer ao novo empréstimo LCC

Um financiamento pela nova linha de crédito do Fundo, a chamada CCL (Contingence Credit Line), foi totalmente descartado pelo Chefe do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Claudio Loser. Segundo ele, esse tipo de recurso não pode estar disponível para um país que esteja sendo contaminado por qualquer crise financeira. ''E o Brasil já está contaminado pela crise da Argentina'', disse. Além disso, a linha de crédito CCL só pode estar disponível para países que não tenham recorrido anteriormente a financiamentos do Fundo, o que não é o caso do Brasil, que, em 98, recebeu um dos maiores pacotes de ajuda da história da instituição, que totalizava US$ 41,1 bilhões, entre recursos de outros organismos e países. Os jornais chegaram a publicar notícias de que o governo brasileiro estaria para obter crédito pela CCL. (Jornal do Brasil - 13.07.2001)

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4- FMI garante recursos para o Brasil

O governo brasileiro recebeu a garantia do FMI de que, se necessitar de recursos, poderá sacá-los a qualquer momento. A saída para o Brasil, neste caso, seria a obtenção de um empréstimo Stand-by ou similar, para isto ser feito o governo brasileiro possivelmente terá de reafirmar alguns pontos do entendimento com o FMI, o que pode não significar, necessariamente, uma prorrogação de todos os itens do acordo. (Jornal do Brasil e Vaor - 13.07.2001)

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5- Bancos freiam crédito para empresas

As operações de crédito para empresas foram suspensas quase que totalmente em alguns bancos na segunda semana de julho. O agravamento da crise argentina e a nova disparada dos juros futuros deixaram os banqueiros apreensivos e por isso passaram a emprestar somente a clientes antigos. Mesmo assim, a um custo alto. Cliente novo que precisa de financiamento - e aceita pagar o preço alto - é visto com certa desconfiança pelos analistas de risco e, por essa razão, a concessão de crédito está extremamente rigorosa. As empresas que precisam rolar os financiamentos de curto prazo, como capital de giro ou conta garantida (espécie de cheque especial), também estão pagando muito caro. (Gazeta Mercantil - 13.07.2001)

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6- Eletropaulo espera crise passar para concluir captações

A Eletropaulo, que planejavam captar recursos no exterior, está avaliando se muda a data de uma captação prevista de cerca de US$ 250 mi, cujo marketing e início de precificação já havia começado. Se espera uma melhora nas condições de mercado para completar a operação. A demanda dos investidores por títulos brasileiros está deprimida e o custo subiu. Uma decisão sobre possível adiamento de data deve ser tomada até a terceira semana de julho e dependerá do custo que a empresa pode conseguir na emissão num momento turbulento. Segundo analistas, se a captação ocorresse no dia 12.07.2001, teria saído a um custo mais alto do que a expectativa inicial. (Valor - 13.07.2001)

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7- Sinais de alta do juro doméstico

O mercado não descarta a possibilidade de o BC anunciar repentinamente um aumento de taxa de juro, caso ocorra alguma ruptura no cenário argentino, mas está mais confiante na ação do Copom que se reúnir no início da terceira semana de julho. As especulações em torno da decisão do Copom já estão pipocando e as expectativas oscilam de aumento de juro básico (Selic) de 1 a 2 pontos percentuais ou de 100 a 200 pontos-base. Estes aumentos poderiam elevar a taxa a, respectivamente, 19,25% ou 20,25% ao ano. No mercado futuro de DI, porém, a projeção para o juro logo após a reunião do Copom é de aproximadamente 25%, calculam operadores. (Valor - 13.07.2001)

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8- S&P também rebaixa o rating do país

A turbulência política e econômica na Argentina levou no dia 12.07.2001 a agência internacional de rating Standard & Poor's a seguir o exemplo da véspera da Fitch e também rebaixar a qualidade do crédito soberano de longo prazo da República Argentina: da nota 'B', os papéis decaíram agora para 'B-'. Ou seja, ficaram seis pontos abaixo do grau de investimento. A dívida soberana de curto prazo manteve-se com a nota 'C-', mas as perspectivas do rating do país permanece negativo com possível novo rebaixamento. (Gazeta Mercantil - 13.07.2001)

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gás e termoelétricas

1- Térmica da Light terá turbinas da Siemens

O presidente da Siemens do Brasil, Herman Wever, disse no dia 12.07.2001 que a empresa fechou um negócio no valor de US$ 204 mi, para fornecer duas turbinas à Light, destinadas à usina termelétrica Norte Fluminense, que deverá gerar 450 MW a partir do segundo semestre de 2002. A Siemens, segundo Wever, terá um faturamento de US$ 1 bi, em dois anos, com o fornecimento de turbinas destinadas à geração elétrica. A empresa já fechou contratos com investidores de vários empreendimentos do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), com a venda de 20 turbinas, que produzirão 2 mil MW. (Gazeta Mercantil - 13.07.2001)

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2- Serveng e C&M assumirão construção de Corumbá IV

As construtoras Serveng Civilsan e C&M Engenharia terão que pagar, a título de indenização, R$ 4,8 mi, para assumir 55% de participação no consórcio Corumbá Concessões que será responsável pela construção da usina hidrelétrica Corumbá IV, em Luziânia (GO). Serveng e C&M substituirão a Via Dragados e a RV Construtora que juntas detêm 55% do consórcio, sendo 49,5% da Via e 5,5% da RV. As bases do contrato estão praticamente fechadas e a expectativa é que Serveng fique com 35% e a C&M assuma os 20% restantes, unindo-se à CEB no consórcio, que tem 45% das ações. Esse valor corresponde apenas às despesas com os projetos de viabilidade econômica e projeto básico para a instalação da usina. Noventa por cento deste montante será destinado à Via e 10% à RV. Além disso, a Via, que detém a maior parte das ações que estão sendo vendidas, negocia o valor de venda de sua participação. A expectativa é de que até segunda-feira o contrato esteja assinado. (Gazeta Mercantil - DF - 13.07.2001)

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3- Cuiabá I aumenta produção para 450 MW

A Usina Cuiabá I, termelétrica controlada pela Empresa Produtora de Energia (EPE), ampliou, no dia 12.07.2001, sua capacidade de geração para 450 MW. Até então, a unidade injetava no Sistema Interligado Nacional cerca de 220 MW. A ampliação atende solicitação feita em maio pelo Ministério das Minas e Energia e pela Aneel em função do racionamento de energia. Apesar da ampliação, a produção atual não corresponde à capacidade plena da usina, projetada para gerar até 480 MW com a chegada do gás natural da Bolívia. A previsão do consórcio responsável pelas obras do gasoduto é de que até outubro seja possível alcançar os 480 MW a partir do uso do gás. Atualmente, a produção da Cuiabá I é vendida para Furnas. (Gazeta Mercantil - MT - 13.07.2001)

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grandes consumidores

1- Crise energética reduz vendas da indústria gaúcha

Alguns setores da indústria gaúcha estão sofrendo queda de até 20% nas vendas, devido à crise energética, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Renan Proença. Por força da crise, a entidade revisou sua meta de expansão para 2001, inicialmente de 5,5% a 5,8%, para 3%. O percentual, já reformulado, está ancorado ao comércio com os outros países em ascensão especialmente nos setores de calçados, produtos alimentícios e materiais de transporte. Um dos setores mais atingidos é o de móveis, na Serra. A produção é redirecionada às pressas ao Exterior. Isso já ocorre também com o setor de materiais de transporte, atingido bruscamente pela baixa demanda do Sudeste, e com o de borracha. "Aqui, sobram MW e faltam encomendas. Junho começou como um mês de pânico e o RS teve de se inserir nessa realidade", enfatizou Proença. (Zero Hora - 12.07.2001)

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2- Gerdau reduz em 20% produção local de aço e laminados

O Grupo Gerdau diminuiu, em junho, 20% da produção de aço na fábrica Açonorte, unidade pernambucana da empresa. A produção de laminados também sofreu uma redução. Essa de 10%. A retração foi a forma encontrada pelo grupo gaúcho para conseguir atingir a meta de redução de 20% no consumo de energia. A unidade pernambucana tem capacidade de produção de 350 mil toneladas por ano. Representa 10% das nove plantas da Gerdau no Brasil. A estratégia da empresa é aumentar em até 30% a produção nas três plantas do Sul do País, região que não foi atingida pelo racionamento. Na fábrica do Rio de Janeiro também houve corte. "Passamos a produzir tarugos (o aço matéria-prima) no Sul. No Rio, concentramos os laminados, pois demanda menos energia", explicou o diretor financeiro da Gerdau, Osvaldo Shirmer. Além do remanejamento entre as unidades, outra medida adotada pela empresa foi diminuir as exportações. "No total vamos reduzir nossa produção global em 6% no ano. Assim estamos economizando 20% em energia" , disse Shirmer. (Jornal do Commercio - 12.07.2001)

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3- Crise freia a produção de 22 mil veículos no país

Cerca de 22 mil veículos deixarão de ser produzidos pelas montadoras instaladas no país até meados de agosto. Estimativa feita pelo mercado mostra que esse é o volume de automóveis que deixarão de ser fabricados no país em virtude das férias coletivas que estão sendo programadas pelas indústrias do setor automotivo. A última a comunicar para os funcionários a decisão de colocar um pé no freio da produção foi a Volkswagen, que deve antecipar dez dias de férias para de 8.000 a dez mil trabalhadores da área de produção da unidade Anchieta, em São Bernardo, região do ABC. Dentro da fábrica, a informação é que toda a produção será interrompida e setores inteiros serão paralisados durante os dez dias. As férias começam no dia 30.07.2001. Só na Volkswagen, a parada de dez dias - equivalente a oito dias úteis do mês- na produção deve significar a redução na produção de 7.200 veículos, já que a planta fabrica entre 900 e 950 unidades por dia. Levando em conta as outras montadoras (Renault, DaimlerChrysler, Fiat, Honda, Toyota) que já anunciaram férias ou anteciparão o descanso dos funcionários, a redução da produção deve atingir 22 mil veículos. (Folha - 13.07.2001)

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4- Racionamento coloca cerca de 29 mil em férias coletivas

Pelo menos 13 grandes empresas do Estado de São Paulo programaram férias coletivas para cerca de 29 mil funcionários. Entre os motivos que provocaram a antecipação das férias nessas indústrias está o racionamento de energia e a adequação da produção à queda nas vendas. Só na segunda semana de julho de 2001 4.400 trabalhadores de quatro empresas diferentes (Scania, DaimlerChrysler, BS Continental e Panasonic Componentes) entraram em férias coletivas. Algumas empresas já deram férias em junho. Mas a maior parte programou para meados de julho e começo de agosto a saída dos funcionários, como a Volkswagen, que suspenderá a produção de veículos entre os dias 30 de julho e 8 de agosto de 2001. (Folha Online - 13.07.2001)

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5- Fábrica de chuveiro de SP adota feriadão antes do governo

A fábrica de chuveiros Cardal, localizada no Bom Retiro, na região central de São Paulo (SP), se antecipou ao plano B da CGE e já implantou o feriadão. Pelo sistema de feriadão, os 450 trabalhadores da Cardal terão uma folga a mais por semana, além do sábado e domingo. Essa folga deve cair preferencialmente à segundas-feiras. Segundo a Cardal, a medida é uma reação ao impacto do racionamento de energia sobre as vendas de chuveiros. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, a Cardal não vendeu um chuveiro desde junho, quando começou o racionamento. A Cardal foi a primeira indústria a anunciar corte de funcionários por conta da crise de energia. No primeiro dia de implantação do racionamento para os setores industrial e comercial, 1º de junho, a Cardal anunciou a demissão de 50 funcionários. Mais tarde, depois de contar com a ajuda do sindicato na negociação da redução da carga tributária incidente na produção de chuveiros, a empresa voltou atrás e readmitiu os funcionários desligados. Para amenizar o problema, a Cardal está entrando no mercado de duchas frias e acessórios para banheiro. (Folha - 12.07.2001)

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internacional

1- Lucros da Enron aumentam 40% no segundo trimestre

A Enron Corp., maior comercializador mundial de energia, anunciou que seus lucros no segundo trimestre aumentaram 40%, à medida que as vendas maiores de eletricidade compensaram o prejuízo no negócio de telecomunicações. Segundo a empresa, o lucro líquido aumentou para US$ 404 mi, ou US$ 0,45 por ação, de US$ 289 mi, ou US$ 0,34 por ação, obtidos no mesmo período do ano 2000. A estimativa média dos analistas consultados pela First Call/Thomson Financial, a empresa deveria ganhar US$ 0,42 por ação. Os comercializadores de energia beneficiaram-se da alta dos preços da eletricidade na Costa Oeste dos Estados Unidos. As iniciativas para reduzir os preços na Califórnia e em outros estados da região não surtiram efeito até o final do trimestre. (Gazeta Mercantil - 13.07.2001)

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2- Oferta da Fiat-EDF pela Montedison deve ser forçada a aumentar

A Fiat e a EDF devem ser forçadas a aumentar sua oferta pela Montedison depois que o parlamento italiano reduziu os direitos de voto da Italenergia para 44,5%, apesar do consórcio possuir 52% das ações. O projeto deve ser votado no dia 13.07.2001. A decisão foi tomada por causa da participação da EDF no negócio. Segundo fontes, a empresa será rechaçada até a França abrir seu fechado mercado de energia para competição estrangeira. Essa decisão favorecerá a Mediobanca, que tenta impedir a Italenergia de adquirir a maioria das ações da Montedison. (Financial Times - 12.07.2001)

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3- Cogeradores confirmam uma onda de apagões na costa espanhola

A Asociación Catalana de Cogeneradores (ACC) anunciou no dia 11.07.2001 a possibilidade de cortes elétricos na Cataluña para este verão. Segundo os 210 cogeradores, os apagões se concentrariam na zona da Costa Brava, especialmente por causa da situação financeira delicada que a área enfrenta. A ACC insistiu em sua petição ao Governo espanhol para que este aprove uma nova regulamentação que diminua o preço de seu combustível, o gás natural. O preço deste material dobrou desde janeiro de 1999, enquanto o preço da eletricidade baixou 16%. Uma lei que controla o fornecimento de eletricidade impede as geradoras de repassar o custos que têm com o combustível para o público. Os cogeradores produzem 19% de toda a eletricidade produzida na Cataluña e 12% da gerada em toda a Espanha. (El País - 13.07.2001)

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4- Portugal nega compra de 10% da EDP pela Iberdrola

O Governo português desmentiu a notícia de que estaria negociando com a Espanha uma tomada de participação de 10% da Iberdrola na EDP. O boato surgiu no dia 12.07.2001, acrescentando ainda que a aquisição esta seria a concretização da vontade do vice-presidente do Governo espanhol e ministro da Economia, Rodrigo Rato. (Semanário Econômico - 13.07.2001)

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5- Juiz propõe valor menor para os reembolsos a serem pagos pelas elétricas americanas

O juiz administrativo que media a negociação entre o estado da Califórnia e as companhias energéticas afirmou que as empresas geradoras devem ao estado "centenas de milhões de dólares", ou seja, bem menos do que os US$ 8,9 bi que o estado vem pedindo. O Governador do estado, Gray Davis, e outras pessoas do governo que estavam na reunião pressionaram a favor do valor inicial, mas o juiz pareceu irredutível. Ele afirma que os reembolsos devem ser calculados a partir de Outubro de 2000, mas a Califórnia quer que o cálculo seja feito a partir de Maio do mesmo ano. As diferenças devem ser resolvidas numa audiência, ainda a ser marcada. (New York Times - 13.07.2001)

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6- Pequenas estações de força deverão ser construídas em Long Island

Como parte dos esforços para impedir os blecautes na Califórnia, o governo do estado de Long Island, nos EUA, e a KeySpan Energy Corporation anunciaram planos de construir duas pequenas termoelétricas no condado de Nassau. As elétricas, que serão construídas próximas a uma outra já existente, seriam usadas apenas nos períodos de pico de demanda de energia e gerariam, juntas, cerca de 79 MW. Se aprovadas rapidamente, estas estações, assim como outras três mini-estações de força, estariam prontas até junho de 2002. O estado tem investido bastante nesse tipo de estação, visando aumentar sua capacidade elétrica limitado pelo seu pequeno número de elos com as redes regionais. (New York Times - 12.07.2001)

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7- Secretário de energia argentino admite que preço da eletricidade deve aumentar

Uma segunda desregulamentação elétrica deve ocorrer na Argentina, por volta do dia 1° de setembro, tentará evitar que a Argentina sofra una crise energética como a que o Brasil viveu em 1988, com cortes programados por falta de meios de geração e de transporte. Segundo explicou o ministro de energia argentino, Alejandro Sruoga, o governo decidiu encarar uma reforma devido à diminuição do ritmo de investimentos privados. O objetivo da reforma é, segundo ele, que se realizem investimentos reais no setor elétrico, de modo a assegurar aos usuários um fornecimento de energia constante, a preços competitivos. Sem a intervenção governamental, o ministro admitiu que os preços podem subir em um prazo curto. Hoje, os preços são fixados segundo o custo mais baixo do combustível oferecido pelos geradores. Com a reforma, os geradores e distribuidores poderão transferir o valor fixado por ambos em contrato ao usuário final. (La Nación - 13.07.2001)

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8- Jorbelec afirma que manterá o controle das distribuidoras elétricas do Norte do Peru

A Jorbsa Eléctrica (Jorbelec) assegurou que, devido a ruptura do diálogo com os representantes do atual governo, será obrigada apresentar uma "petição arbitrária" para conseguir resolver o não comprimento das obrigações contratuais por parte do estado em relação às quatro empresas de distribuição elétrica do Norte do Peru. A empresa afirmou que mesmo que a situação não se resolva, o controle das distribuidoras continuará a cargo da Jorbelec. Segundo fontes oficias, o Estado havia recuperado o controle das quatros empresas em virtude de quatro medidas cautelares que exigiam a compra de mais 30% das ações das quatro empresas pela Jorbelec. Mas a Jorbelec afirma que, segundo uma cláusula específica dos contratos que outorgam o controle das empresas a ela, independentemente da decisão de comprar novos 30% das ações da empresa ou não, o controle seria mantido em suas mãos. A empresa espera decisão da justiça quanto ao assunto. (Gestión -13.07.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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