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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 678 - 06 de julho de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Aneel aprova modelo de cisão da Coelba

A Aneel aprovou no dia 05.07.2001 o modelo de reestruturação societária da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), com a criação de duas novas empresas, denominadas Coelba Geração e Coelba Transmissão, por meio da alienação dos bens e valores contábeis, para desverticalização de suas atividades. A reestruturação deverá ser concluída até 15.08.2001. A Coelba é controlada pelo consórcio Guaraniana, da espanhola Iberdrola. A aprovação da cisão está no 'Diário Oficial' da União do dia 05.07.2001, na Resolução nº 259. A reestruturação das empresas do setor está prevista na legislação como forma de consolidar a competição do novo modelo energético. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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2- Aneel abre processo contra Coelba

Apesar da aprovação da cisão da Coelba, a Aneel abriu um processo administrativo contra a empresa, que implicará em multa, porque houve descumprimento de uma cláusula prevista no contrato de concessão. Segundo o dispositivo, o modelo de reestruturação deveria ser submetido à Aneel até o início de 1998, o que não ocorreu. A próxima etapa do processo de reestruturação societária, representada pela cisão do patrimônio da empresa, deverá ainda ser submetida à prévia anuência da agência reguladora. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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3- Medidas da Aneel, sob a figura do Comae, desagradam empresas

De acordo com Pedro Paulo Schmidt, diretor de Relações com o Mercado da AES Sul, apontou que duas decisões da Aneel, sob a figura do Comae, geraram impacto econômico-financeiro nas empresas. Uma delas refere-se ao encargo de serviço do sistema, em que a agência determinou a divisão do ônus, calculado em R$ 400 mi, entre as distribuidoras do Sul e do Sudeste. Outro ponto está vinculado à produção adicional da usina de Itaipu. O regulador entende que toda a energia produzida pela planta binacional pertence à Eletrobrás e que não existe o conceito de energia excedente, reclamado pelos agentes. Em reunião, o antigo Comitê Executivo (Coex) concluíra, entretanto, que toda a produção excedente de Itaipu pertencia a seus cotistas. Somente a AES Sul calcula créditos de R$ 18 mi nesse item. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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4- Governo decide manter atual modelo de privatização do setor

O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou que o seu governo decidiu "insistir no atual modelo de privatização do setor elétrico" e afirmou que os investimentos públicos e privados vão garantir em 2003 o fornecimento de energia mesmo se o nível de chuvas alcançar apenas 66% da média anual, o que, segundo ele, seria uma "hipótese catastrófica", na qual não acredita.Segundo o presidente, "a crise energética que nós estamos vivendo não tem relação nenhuma com investimento na oferta de energia, tem a ver realmente com problemas de outra natureza, basicamente hidrológicos". "Então nós vamos insistir nesse modelo e vamos priorizar o processo de gestão e de controle do modelo de energia elétrica", disse ele, depois de afirmar que a privatização foi bem-sucedida em outros setores porque foi acoplada a mecanismos de controle através de agências reguladoras. (O Tempo - 06.07.2001)

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5- Ministro promete vender Furnas mas não diz quando

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou, no dia 05.07.2001, que a reafirmação do modelo adotado pelo governo para o setor elétrico mantém as privatizações previstas, entre elas a de Furnas Centrais Elétricas. Apesar disso, o ministro não soube informar se a empresa poderá ser privatizada ainda durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. `Tudo será feito na velocidade possível`, afirmou. Jorge lembrou que as privatizações do setor estão sendo analisadas pelo BNDES. (Agência Estado - 05.07.2001)

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6- Presidente anuncia reforço na gestão e no controle das ações no setor elétrico

Ao anunciar, no dia 05.07.2001, o Programa Estruturado de Aumento da Oferta de 2001-2003, o presidente Fernando Henrique Cardoso reafirmou a sua confiança no modelo atual do setor elétrico, baseado no investimento privado, na competição e na melhora dos serviços prestados aos consumidores. Ele afirmou que a aplicação dos cortes no fornecimento é uma alternativa a ser evitada e anunciou que, de agora em diante, haverá um reforço na gestão e no controle das ações no setor elétrico, que será gerenciado nos moldes do programa Avança Brasil: haverá gerentes responsáveis para cada projeto, de modo que as ações possam ser acompanhadas mais de perto pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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7- Tarifa de energia elétrica vai subir a partir de janeiro

A tarifa de energia elétrica deverá subir a partir de janeiro de 2002, quando entrarão em operação as usinas térmicas transportáveis, em caráter emergencial. O coordenador da CGE, ministro Pedro Parente, explicou que o objetivo da medida é garantir uma transição segura entre uma situação energética deficitária para o equilíbrio entre oferta e demanda, a partir de 2003. O governo pretende recuperar a capacidade de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas. "Este percentual de aumento de tarifa não será aplicado de forma linear a todos os consumidores. Se o aumento existir, o consumidor residencial pagará menos que os demais, porque ele hoje paga mais pela energia", disse o ministro. Ele explicou que entre 70% e 80% do percentual de aumento da tarifa serão fixados pelo tipo de combustível usado pelas usinas emergenciais. O mais barato é o gás natural, e o mais caro, o óleo diesel. (O Globo - 05.07.2001)

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8- Reajuste de tarifas será maior para indústrias

A compra de energia gerada em usinas embarcadas, de 4 mil MW, resultará em reajustes diferenciados de tarifas por categoria de consumidores, o que significa alta maior para a indústria. O governo ainda não sabe quais serão os percentuais, mas segundo o ministro Pedro Parente, eles serão aplicados de forma "inversamente proporcional" aos subsídios concedidos. A energia embarcada que o governo quer contratar atuará como uma espécie de "ponte" para atenuar os efeitos da crise até que a energia firme e constante, que virá das hidrelétrica e termelétrica em construção, entre no sistema. O governo criará uma empresa de propósito específico para fazer a aquisição dessa energia destinada ao Nordeste (1000 MW). Os 3000 MW para o Sudeste serão comprados por empresas privadas em leilões. Segundo Pedro Parente, a CGE identificou disponibilidade de 6.000 MW dessa forma de geração. "Mas a maior parte dessa energia não está no Brasil", informou Pedro Parente. (Valor - 06.07.2001)

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risco e racionamento

1- Sudeste e Nordeste superam meta de racionamento

A economia de energia nos quatro primeiros dias de julho foi de 22,1% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e de 24,1% na região Nordeste. A meta de economia estabelecida pela CGE é de 20% para estas três regiões, com base na média do consumo dos meses de maio, junho e julho do ano passado. Os reservatórios do Sudeste atingiram ontem 28,24% da sua capacidade e os do Nordeste, 24,23%. A média de consumo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, de 1º a 4 de julho, foi de 19.640 MW médios para um limite de consumo de 20.165 MW médios. No Nordeste, a média de consumo no mesmo período foi de 4.301 MW médios para um limite estabelecido em 4.531 MW médios. (Jornal do Commercio - 06.07.2001)

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2- Norte está longe de atingir meta de 15%

Segundo dados do ONS, a região Norte ainda está longe de atingir a meta de 15% de economia de energia elétrica estabelecida pela CGE. Nos quatro primeiros dias de racionamento voluntário na região, a economia foi de apenas 8,2%. Se considerado apenas o consumo do dia 05.06.2001, a economia foi ainda menor, 6,8%, ou uma carga de 2.297 MW, contra uma meta de 2.464 MW. Os consumidores da região não estão sujeitos ao corte de energia ou à sobretaxa caso a meta não seja atingida, mas se, durante o mês de julho, o consumo não for reduzido na proporção prevista, o racionamento pode passar a ser obrigatório. (Jornal do Commercio - 06.07.2001)

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3- Meta de racionamento na Região Norte pode aumentar

O racionamento de energia na Região Norte poderá ficar mais forte e chegar a uma necessidade de redução do consumo da ordem de 20%. Atualmente a redução do consumo da região deve ser de 15%, contra 20% das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. No dia 15.07.2001, o ONS vai apresentar à CGE um novo relatório sobre a situação da região Norte. A situação é delicada porque, para manter o percentual de economia de energia de 15%, é preciso chover 86% da média histórica dos últimos 70 anos. Porém, o período de chuvas na região termina neste mês. O racionamento na região é necessário para garantir a transferência de 1000 MW de energia de Tucuruí ao Nordeste, que também está recebendo 300 MW do Sudeste. O percentual de racionamento no Norte poderá se manter apenas se as chuvas do Sudeste e o nível dos reservatórios da região ficar acima do previsto. Dessa forma, o Sudeste poderá aumentar a transferência para o Nordeste.O racionamento praticado na região é diferente do plano implantado no Sudeste e Centro-Oeste. Os consumidores não estão sujeitos a aumento de tarifasem a ameaças de corte de luz. O racionamento é administrado pelos estados. (Diário do Nordeste - 06.07.2001)

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4- Três circulares da CGE revêem a meta de consumo de empresas automotivas

A CGE lançou três circulares que revêem a meta de consumo de empresas do setor automotivo. As revisões são relativas aos complexos industriais de São Paulo da General Motors do Brasil, à unidade de Porto Real, no Rio de Janeiro, da Peugeot Citroen do Brasil e à unidade de Sumaré, em São Paulo, da Honda do Brasil Automóveis. Veja aqui a íntegra das circulares: Circular nº 009/01 - Honda do Brasil Automóveis, Circular nº 010/01 - Peugeot Citroen do Brasil, Circular nº 011/01 - General Motors do Brasil. (Canal Energia - 06.07.2001)

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5- Crise energética pode levar empresas à Justiça para revisão de contratos

As empresas que têm entrega de produtos prevista para uma determinada data e que tiveram de atrasá-la por conta do racionamento de energia podem ficar tranqüilas. Isso porque há fundamentos jurídicos que possibilitam a revisão dos contratos. Segundo a advogada Mariana Mendes, do escritório L.O. Baptista Advogados, a legislação brasileira determina que a parte inadimplente não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior. 'Há também a possibilidade de se solicitar uma revisão das obrigações assumidas em razão da teoria da imprevisão', diz. Para ela, a empresa não pode ser penalizada pelo não cumprimento contratual devido ao racionamento de energia. 'As multas não devem ser cobradas caso o atraso ocorra por conta do racionamento.' (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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6- Mudança no padrão de consumo fazem governo rever previsões

Um dos motivos para o otimismo do governo em relação aos resultados do racionamento é o surgimento de novos hábitos de consumo, com tendência de restrições no uso de energia. Assim, o governo fez uma revisão das cargas para 2002 e 2003, que embute uma diminuição substancial. Anteriormente, no Nordeste, havia expectativa de carga de 6,4 mil MW médios para 2002 e 6,6 mil para 2003. Agora, caiu para 5,9 mil e 6,2 mil. No Sudeste e no Centro-Oeste, prevê-se redução de 2 mil MW médios no próximo ano e de 2,2 mil em 2003. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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7- Governo quer isenção de ICMS para usinas

O governo vai tentar novamente no dia 06.07.2001 um acordo com os Estados para isentar a compra de equipamentos para usinas termelétricas e hidrelétricas do pagamento do ICMS. A reunião com os Estados será em Goiânia (GO) no Conselho Nacional de Política Fazendária e começa no dia 05.07.2001. Na última reunião, no dia 29.05.2001, os Estados do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais foram contra a isenção do ICMS. Minas Gerais pediu a isenção das contribuições sociais, que são federais, como contrapartida para aprovar o benefício. O governo vai tentar demonstrar à Minas Gerais e ao Rio Grande do Sul no próximo encontro que não é possível isentar produtos específicos do pagamento das contribuições sociais. (Folha - 05.07.2001)

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8- Prefeitura do Rio vai religar luz em áreas essenciais

Cumprida a meta de cortar 35% da iluminação pública, a prefeitura dr Rio de Janeiro iniciou na primeira semana de julho de 2001 uma reavaliação do racionamento aplicado na cidade. A idéia é apagar as áreas subutilizadas e devolver a luz aos pontos essenciais, como quadras que abriguem escolas, postos de saúde, hospitais, presídios e ruas residenciais, além de pontos de ônibus. O trabalho será concluído ainda em julho. "Tínhamos uma meta de cortes a ser cumprida rapidamente, por isso fizemos cortes intercalados. Só agora podemos avaliar a necessidade de devolver a iluminação a certos pontos", explicou presidente da Rioluz, Nelson Coutinho. O racionamento de energia elétrica obrigou a Rioluz a desligar 90 mil lâmpadas em toda a cidade. Os cortes diminuíram a conta da prefeitura com a Light de R$ 4,5 mi para R$ 3,9 mi em junho de 2001. Em julho, esse valor deve ficar em torno de R$ 2,4 mi. (O Globo - 05.07.2001)

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9- Governo anuncia Programa Emergencial de Energia Eólica

A CGE criou facilidades para tentar aumentar a oferta de energia eólica em 2000% até final de 2003. A Eletrobrás garantirá a compra por período mínimo de 15 anos e pagará de 10% a 20% a mais pela energia para as usinas que entrarem em operação de dezembro deste ano a dezembro de 2002. Resolução divulgada no dia 05.07.2001, cria o Programa Emergencial de Geração Eólica, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, que pretende aumentar de 50 MW para 1050 MW a produção desse tipo de energia alternativa até final de 2003. As usinas, já utilizadas atualmente no Ceará, funcionarão como complementaridade para os reservatórios. As regras definidas na resolução valem até o dia 31.12.2003. O valor pago pela energia eólica será definido pela Aneel. Quem entrar em operação em dezembro receberá 20% a mais. Até 31 de março de 2002, 17,5%; até 30 junho de 2002, 15%; até 30 de setembro de 2002, 12,5% e até 31 de dezembro de 2002, 10%. Os custos da Eletrobrás serão repassados integralmente às distribuidoras de energia, de forma compulsória. A estatal também poderá repassar seu contrato de compra para as concessionárias a qualquer momento. A implementação das usinas eólicas serão viabilizadas por acordos e convênios entre instituições públicas e privadas. (Valor - 06.07.2001)

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10- Geração depende do setor privado

Ao anunciar, dia 05.07.2001, o programa de ampliação da oferta de energia, o presidente Fernando Henrique Cardoso reafirmou o modelo do seu governo para o setor elétrico, baseado no investimento privado e na competição. "O setor público não dispõe de recursos para a expansão da oferta de energia", afirmou. De 2001 a 2003, o governo prevê investimentos privados de R$ 22,19 bi e de R$ 9,33 bi de empresas estatais, sendo quase metade da Petrobras. O total dos investimentos previstos neste período serão de R$ 31,52 bi e o governo esperar agregar, até o fim de 2003, 19.918 MW ao parque energético. A CGE aguarda estudo sobre reestruturação do modelo que está sendo coordenado pelo presidente do BNDES, Francisco Gros. Sua missão é retirar amarras que dificultam investimentos privados. Deve haver alteração, por exemplo, na forma de repasse de alterações tributárias às tarifas. Fernando Henrique citou os setores de telefonia e siderurgia e as ferrovias como exemplos de áreas baseadas no investimento privado que deram certo. Afirmou que o mesmo ocorrerá com a energia. (Valor - 06.07.2001)

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11- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- AES e EDF desfazem sociedade no Brasil

A última etapa da complexa reestruturação da Light e da Eletropaulo, com o descruzamento das ações das duas distribuidoras, e a separação das sócias AES e EDF, será apresentada oficialmente no dia 06.07.2001 ao mercado. Além de ficar com a Lightgas, controladora da Eletropaulo, a holding norte-americana AES assumirá toda a área de telecomunicações das duas empresas. Ficará também com os ativos que compõem a Usina Hidroelétrica de Santa Branca. À EDF caberá o controle isolado da Light, do Rio de Janeiro. Para tornar viável a troca, foi montada uma intrincada operação de engenharia financeira, que necessitará ainda da aprovação da Aneel, da Anatel e do BNDES, e do aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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2- Descruzamento acionário da AES e EDF será feito em seis etapas

O descruzamento das ações das sócias AES e EDF será dividida em seis etapas. Na primeira, a Lightgas fará um aumento de capital para integralizar as ações da Light Telecom e da Usina Hidroelétrica de Santa Bárbara, que serão transferidas do capital da Light. Em seguida, haverá uma redução do capital da Lightgas, que assumirá a dívida pela compra da Eletropaulo. Essa dívida encontra-se atualmente contabilizada na Light. O credor é o BNDES, que terá de autorizar a transferência. Em contrapartida, o crédito que a Lightgas detém na Light será anulado. Nas etapas seguintes, a Lightgas será transformada em companhia aberta com o mesmo número de ações da Light. Será feita, então, uma operação parecida com um 'split', com o capital da Light reduzido e os acionistas da distribuidora do Rio recebendo, em troca, ações da Lightgas. A operação terminará com a troca das participações das duas controladoras. A AES entregará à EDF as ações que atualmente detém na Light. A holding francesa, por sua vez, transferirá à norte-americana os papéis da Lightgas. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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3- CPFL fatura 23% menos em junho

A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) registrou em junho de 2001 uma queda de receita de R$ 70 mi, resultante da redução de 20% na distribuição de energia elétrica na sua área de concessão. A queda representa 23% do faturamento da companhia. 'Estimamos uma redução de consumo ainda maior para o mês de julho, em torno de 25%. Conseqüentemente o resultado financeiro será ainda pior', diz Wilson Ferreira Junior, presidente da CPFL, que estima um corte de R$ 500 mi no faturamento anual da empresa com o racionamento de energia. Entre os 2,79 milhões clientes da companhia, o segmento residencial - com 2,412 milhões e 29% das vendas - foi o que mais contribuiu com o racionamento, atingindo economia de 23%, 3% acima do estabelecido. Nessa classe de consumidores, 59% ultrapassaram a meta. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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4- Celg registra maior inadimplência e perdas de energia

Dona de um mercado formado por 1,564 milhão de consumidores, com faturamento bruto na faixa de R$ 1,050 bi no ano 2000, a Celg tem R$ 529,617 mi a receber, a maior parte relacionada a obras contratadas pelo governo estadual, dívidas de prefeituras, cerca de R$ 98,910 mi, e créditos não honrados pelo Estado relacionados a investimentos realizados em Tocantins, aproximadamente R$ 140 mi. Além daqueles créditos, que correspondiam a 47,2% da dívida total da empresa em dezembro de 2000, R$ 1,123 bi, foram atualizados até maio do ano 2000. Seus valores foram, em seguida, depurados e conciliados por uma comissão intersetorial comandada pela Secretaria de Planejamento e criada para promover um acerto de contas entre as estatais em fase de privatização ou liquidação, o governo estadual e prefeituras. De acordo com o secretário Giuseppe Vecci, o valor reconhecido aproxima-se dos R$ 500 mi. Dados da Celg mostram aumento de 159,5% nas perdas provocadas pela inadimplência de seus clientes nos primeiros quatro meses de 2001 diante de idêntico período do ano 2000. Além disso, as perdas de energia registradas no sistema voltaram a crescer em 2001, depois de dois anos de queda. (Gazeta Mercantil - GO - 05.07.2001)

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financiamento

1- Governo criará comercializadora de emergência

Governo criará comercializadora de emergência O governo decidiu criar uma espécie de seguro, por meio de um 'Programa Emergencial', de modo que seja possível efetuar uma transição tranqüila entre a atual situação de déficit de energia para um quadro de equilíbrio que deverá ocorrer em 2003. O programa vai permitir a compra de 4 mil MW médios, de modo que seja viabilizado o aumento da geração e da oferta, de qualquer fonte e no curto prazo. Por intermédio de uma comercializadora de emergência, que atuará em nome do Estado, será comprada energia elétrica pelo prazo máximo de três anos, em leilões, levando em consideração os critérios de preço, confiabilidade da energia que está sendo ofertada e prazo de instalação. O ministro Pedro Parente deixou claro que a comercializadora comprará a energia das usinas emergenciais em nome do governo, mas fará uma distribuição compulsória, pelo critério de cota-parte, para toda as concessionárias da rede de distribuição. O custo adicional dessa energia será repassado para as tarifas, mas Parente disse que ainda não há condições de dimensionar esse impacto, pois dependerá do tipo de energia, das condições de sua contratação e dos mecanismos de alocação aos diferentes tipos de consumidores. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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2- Integrantes do MAE pedem prazo para pendências

Os agentes do MAE vão pedir mais tempo para discutir as normas que regem suas relações dentro do mercado spot e amenizar a vulnerabilidade a decisões da Aneel. Pelo cronograma oficial, todas as pendências atuais teriam de ser resolvidas até o dia 13.07.2001, quando ocorrerá a assembléia geral extraordinária do MAE, encontro que homologará os integrantes do Comae, além de aprovar a estrutura organizacional do MAE e os ajustes do Acordo de Mercado. Neste último ponto, por exemplo, as empresas pedirão que a Aneel acate uma fase híbrida após o dia 13. Em vez de inaugurar a aplicação de um novo acordo, esta data serviria para traçar uma ponte, estimada em 90 dias, para que os agentes discutissem um texto final. Até 09.07.2001, as empresas trabalharão em um documento provisório, que agregará as sugestões dos agentes à minuta do Acordo de Mercado elaborada pelo regulador. No dia seguinte, o relatório será levado por um grupo de representantes à Aneel, juntamente com o pleito de postergação por 90 dias. Durante esse período intermediário, prevaleceria o referido texto provisório para mediar as relações entre os participantes do MAE. As deliberações são fruto de Assembléia Geral de Agentes, ocorrida no dia 05.07.2001. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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3- CST reavalia contrato de energia com Escelsa

A Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) já começa a rever as bases do contrato com a Escelsa, que terá que ser renovado no final de 2001. O contrato vence em 31.12.2001. Atualmente, a empresa produz um total de 192 MW, dos quais consome 160 MW, vendendo cerca de 29 MW à Escelsa. Até lá o fim do contrato, a CST continuará recebendo R$ 40 pelo MW entregue à distribuidora, enquanto o preço médio nos leilões de energia chega a R$ 577. Em contratos bilaterais de comercialização da energia excedente, nos quais é possível adquirir o insumo por um valor mais baixo, o MWh aproximado é de R$ 400. "O negócio que estamos fazendo é o melhor do mundo só para quem está comprando", diz o diretor industrial da CST, Jackson Chiabi Duarte. O executivo afirma que não é intenção da CST deixar de escoar a energia excedente por meio da Escelsa para então operar no mercado livre. "O que nós precisamos é de estabilidade para produzir aço." (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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4- APMPE afirma que valor normativo das PCH's é irreal

Com a incorporação de 1.050 MW de energia eólica no sistema elétrico nos próximos dois anos, anunciada no dia 05.07.2001, o setor de PCHs promete reforçar ainda mais as reivindicações feitas ao governo, para que os mesmos incentivos sejam ofertados aos pequenos produtores. "Se esses incentivos forem oferecidos da mesma forma às PCH's, teremos uma oferta de pelos menos 2.600 MW ", analisa Ricardo Pigatto, vice-presidente da Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia (APMPE). A APMPE espera que dentro de pouco tempo o governo reveja o preço do Valor Normativo para essas usinas. "Hoje, o VN das PCH's está em R$ 79,29. O valor real deveria estar em R$ 87, é o preço competitivo", afirma Pigatto. No dia 03.07.2001, um grupo formado pelos diretores da APMPE enviou uma carta ao presidente da CGE, solicitando a modificação imediata no valor de compra da energia pela Eletrobrás. (Canal Energia - 06.07.2001)

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5- Bandeirante já intermediou venda de 30 mil MWh

A Bandeirante Energia, distribuidora que atende a boa parte do interior paulista, já intermediou a comercialização de 30 mil MWh por meio de contratos bilaterais entre seus clientes. O volume de negócios foi registrado desde o dia 25 de junho de 2001, quando entraram em vigor as transações para compra e venda de energia, com o objetivo de facilitar a adequação às metas de consumo durante o racionamento. De acordo com o diretor comercial da concessionária, Joaquim Filipe, os 30 mil MWh são a somatória de aproximadamente 60 contratos bilaterais, fechados entre 40 clientes. Ao mesmo tempo, a Bandeirante registrou uma comercialização de apenas 190 MWh nos leilões de energia excedente, efetuados pela Bovespa e pela Asmae. Apenas dois grandes clientes da distribuidora recorreram ao ambiente dos pregões. (Gazeta Mercantil - 05.07.2001)

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financiamento

1- Light busca 'hedging' para US$ 250 mi

A Light continuará aproveitando as oportunidades do mercado para fazer 'hedging' de sua dívida atrelada ao dólar, segundo Lívia Sá Baião, superintendente de finanças da distribuidora de energia do RJ. Apesar de estar com todos os vencimentos de 2001 - US$ 300 mi - já protegidos, a empresa quer fechar 'hedging' para US$ 250 mi que vencem em 2002. Somente em 2001 a Light já protegeu US$ 700 mi. A dívida total da companhia é de R$ 5 bi, sendo 55% ainda atrelados à variação do dólar sem proteção. A variação cambial sobre a dívida da Light tem um grande impacto no balanço da companhia, segundo Lívia. A executiva destacou, no entanto, que não afeta o fluxo de caixa da distribuidora de energia. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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2- Piora dos fundamentos pressiona câmbio

A persistência da instabilidade nas cotações do dólar, quase duas semanas depois do anúncio de que o BC passaria a intervir de forma mais agressiva no mercado cambial, produziram uma série de dúvidas sobre a natureza da pressão altista sobre a moeda americana. A idéia de que se tratava de uma bolha especulativa, que seria furada com a demonstração de força do BC, está perdendo, rapidamente, o prestígio. Intervenções pontuais da autoridade monetária no mercado de câmbio funcionam, sem dúvida, para estourar bolhas. Mas, quando os movimentos de alta se devem, em primeiro lugar, a mudanças para pior nos fundamentos econômicos, intervenções são muito menos eficazes. Se às crescentes percepções desse último tipo são adicionados indicativos de retração nos fluxos internacionais de capital destinados ao mercado sob pressão, nem mesmo artilharias pesadas garantem a aquietação da manada assustada com a perda do valor da moeda. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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3- Sinal do BC eleva dólar e juros

O BC surpreendeu o mercado ao anunciar, dia 06.07.2001, que despejará US$ 6 bi até o fim de 2001 na tentativa de conter a disparada do dólar e salvar as metas de inflação. A intenção do BC é intervir nos negócios "quase diariamente", segundo o diretor de Política Monetária, Luiz Fernando Figueiredo. A nova atitude do BC não foi bem recebida, pelo menos num primeiro momento, e o resultado foi novo salto do dólar, para R$ 2,470, e um recorde absoluto nas projeções de juros feitas no pregão da BM&F. O juro de prazo mais curto disparou a 22,20%. (Valor - 06.07.2001)

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4- Ações à venda da Petrobras podem render US$ 1 bi para o governo

Eleazar de Carvalho, diretor do BNDES, refutou dia 05.07.2001 as críticas de que a venda de 8% do capital preferencial da Petrobras, e 3,5% do seu capital total, pertencentes ao Tesouro Nacional, esteja sendo feita às pressas para atender demanda de dólares do BC . A operação de venda de 35,9 mi de ações preferenciais da estatal, com um adicional possível de colocação de mais 5,5 mi, será feita no Brasil e no exterior. O negócio pode render aos cofres públicos cerca de US$ 1 bi. (Valor - 06.07.2001)

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5- BNDES quer vender 80% da oferta de Petrobras ao exterior

O diretor do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho, disse no dia 05.07.2001 que 80% dos 35,9 mi de ações preferenciais da Petrobras que estão sendo ofertados a investidores institucionais estrangeiros e nacionais e a investidores pessoas físicas locais, sejam vendidos no exterior. Um analista observa que a proporção de 80% para o exterior e 20% para o mercado local tem sido a tradição de colocações brasileiras similares. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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6- CEF abre crédito para financiar economia de energia

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Emílio Carazzai anunciou dia 05.07.2001 a abertura de uma linha de crédito que será oferecida aos clientes (ou não) da instituição, no valor de R$ 100 mi, para financiar a compra de eletrodomésticos. O executivo disse que os bancos federais foram " instados " pelo governo a incentivar programas que aumentem a compra de equipamentos de baixo consumo, e também diminuam os prejuízos dos fabricantes de eletrodomésticos com o racionamento. (Gazeta Mercantil e Valor - 06.07.2001)

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7- Eletropaulo pretende tomar US$ 250 mi em empréstimo sindicalizado

A Eletropaulo comunicou à Bovespa a autorização de seu Conselho de Administração para tomar US$ 250 mi em empréstimo sindicalizado. Mas, segundo fontes ligadas à operação, as tratativas com os bancos ainda estão em estágio inicial e não há definição sobre prazos, taxas ou garantias. (Valor - 06.07.2001)

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8- Empresas valem-se da criatividade e cardápio variado nas captações

Com cenários interno e externo conturbados, as grandes empresas estão usando cada vez mais a criatividade para conseguir dinheiro para capital de giro e investimentos. As empresas estão utilizando todos os recursos disponíveis de um variado cardápio - fornecedores, garantias em pré-pagamento de exportações, ativos, indexação a títulos, seguros etc. - para conseguir recursos. E estão conseguindo. Isso porque, segundo os analistas, existe espaço para empresas boas, grandes, com bom crédito, bons parceiros e boas perspectivas. "Mas só para elas, mais ninguém", segundo um analista. (Valor - 06.07.2001)

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9- Spread do FRB sobe para 1868 pontos

O mercado de títulos da dívida fechou, dia 05.07.2001, em forte queda e o C-Bond rompeu seu nível de suporte. Os prêmios de risco país também tiveram alta significativa, indicando o desconforto do investidor com a situação atual na Argentina. O risco Argentina, medido pelo índice EMBI+ do banco JP Morgan, saltou 87 pontos para 1165. O novo Global 8 mostra bem este movimento. Emitido a US$ 0,78, ele subiu até US$ 0,85 e fechou ontem em US$ 0,695 (-3,6%) e com spread de 1435 pontos. O FRB desvalorizou 3,8% e fechou em US$ 0,757 com spread de 1868 pontos. O C-Bond acompanhou e caiu 2% para US$ 0,72 e spread de 923 pontos. (Valor - 06.07.2001)

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10- Escassez de dólares pode durar dois anos

O BC anunciou no dia 05.07.2001 que tem US$ 6 bi para vender no mercado de câmbio até o final de 2001. Se pretendia deter a alta do dólar ao revelar sua munição, no mesmo dia o BC foi desafiado. Os analistas observam que o Brasil terá de girar US$ 50 bi em 2002 num ambiente rarefeito de dólares. Isso não é uma bolha, mas uma situação estrutural, que vai muito além das vicissitudes argentinas. E o mercado está descontando essa situação com os olhos postos num desaperto que se tornaria dominante lá pelo final de 2003 ou início de 2004. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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gás e termoelétricas

1- Anúncio público de leilões para térmicas flutuantes deve ocorrer em julho

Um comitê organizado pelo governo já fez o mapeamento de equipamentos de geração que se encontram disponíveis em outros países. 'Identificamos mais de 6 mil MW disponíveis, para diferentes prazos e condições', informou o ministro Pedro Parente. Na realidade, devido à gravidade da crise, o governo está aberto para comprar energia emergencial de térmicas transportáveis em barcaças, montadas em contêiners ou caminhões e que utilizem qualquer tipo de combustível. Segundo o cronograma anunciado no dia 05.07.2001 por Pedro Parente, o governo entende que, em julho de 2001, já será possível convocar os empresários interessados no negócio, por meio de um anúncio público. Em agosto, serão realizados os leilões, ocorrendo a contratação da energia no mês de setembro. Até o final de 2001, haveria tempo hábil para o licenciamento, autorizações, transporte e instalação de todas essas térmicas, de modo que possam entrar em operação já no início do ano 2002. Mas o governo reconhece a existência de dificuldades, como as de natureza ambiental, e a interconexão à rede principal de distribuição, sem contar a logística do combustível e a vinda dos equipamentos do exterior para o Brasil. (Gazeta Mercantil - 05.07.2001)

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2- Termelétricas têm prazo de 30 dias para entrega de documentos

A CGE publicou, dia 05.07.2001, a resolução número 23 que prevê um prazo de 30 dias para que as usinas termelétricas apresentem suas condições para entrar em funcionamento até o final de 2003. As empresas que não apresentarem os documentos, estarão excluídas do PPT e não terão assegurado oferta de gás para movimentar as turbinas. Os interessados terão que apresentar ao Ministério de Minas e Energia autorização da Aneel para a geradora, licença ambiental, contrato de engenharia, projeto e execução (EPC) e terem firmado contrato de fornecimento para as unidades geradoras. As imposições dessas condições se devem a limitação do gasoduto Brasil-Bolívia, que tem capacidade limitada em 70 milhões de metros cúbicos para o transporte do combustível que irá abastecer as novas usinas térmicas. A GCE fez a advertência de que as empresas que não cumprirem as regras e os prazos estabelecidos pelo governo, terão seus projetos substituídos por outros que estejam enquadrados nas regras estabelecidas para implementação dos unidades termelétricas. (Canal Energia - 06.07.2001)

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3- El Paso busca parceiros para investir em térmicas

A El Paso Energy vai negociar parcerias com os principais fundos de pensão do País para desenvolver novos projetos de usinas termelétricas a gás, caso o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) seja ampliado em um patamar de 25 milhões de metros cúbicos/dia nos próximos meses. O vice-presidente de comercialização e desenvolvimento de negócios da subsidiária brasileira da companhia, Eduardo Karrer, diz que o objetivo da El Paso é responder pelo equivalente a 30% de US$ 1 bi de investimentos avaliados como necessários pela empresa para a chamada segunda fase do gás no Brasil, o que inclui a expansão do Gasbol e a capilarização da rede nacional. A El Paso espera fornecer para terceiros em condições especiais e agregar, nos próximos quatros anos, uma média de 1 mil MW por ano de potência própria ao sistema interligado do País. Além dos pretendidos recursos dos fundos, a El Paso dispõe de um orçamento de US$ 3,5 bi para os próximos quatro anos. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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4- El Paso pretende desenvolver um conceito novo de comercialização do gás

Com a expansão do Gasbol, a El Paso pretende garantir inicialmente 3 milhões de metros cúbicos de gás para as três usinas térmicas que desenvolve no País , as de Araucária (PR), Macaé Merchant (RJ) e Paracambi (RJ). Dependendo da quantidade definida pela chamada pública da Petrobras, a empresa poderá até mesmo ampliar o número de projetos termelétricos do País na área de entorno do Gasbol ou mesmo comercializar o insumo para projetos de terceiros. No fornecimento para clientes, a companhia pretende desenvolver um conceito novo de comercialização no Brasil, que prevê a oferta de gás por diversas modalidades de contrato e preços. 'Dependendo das condições dos contratos, poderemos oferecer um produto mais ou menos barato. Se as condições de fornecimento forem mais flexíveis, por exemplo, poderemos pedir mais caro pelo gás. Agora, se forem menos flexíveis, com contratos do tipo 'take or pay', pagamento independente da utilização do gasoduto, a tendência é pedirmos preços mais baratos pelo produto', disse o vice-presidente de comercialização e desenvolvimento de negócios da subsidiária brasileira da companhia, Eduardo Karrer, que critica justamente a rigidez das condições de fornecimento no Brasil. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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5- RS já tem termelétricas a base de casca de arroz

A casca do arroz começa a ser disputado para geração de energia. Duas indústrias do Rio Grande do Sul, a Camil, de Itaqui, e a Urbano, de São Gabriel, já operam com auto-suficiência energética, a partir de termelétricas alimentadas a base de casca de arroz. A Santa Lúcia Alimentos, de Camaquã, planeja a instalação de uma e a Josapar, de Pelotas, pretende iniciar as obra no ano 2002. O investimento reduz o custo industrial e ainda gera receitas com a venda do excedente. Estudos técnicos indicam que a sobra de aproximadamente 1,2 milhão de toneladas de casca de arroz a cada safra seria suficiente para produzir entre 140 e 150 MW de energia. (Gazeta Mercantil - 05.07.2001)

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6- CEEE investe R$ 120 mi em termelétricas a casca de arroz e rejeitos de madeira

Paralelamente às iniciativas individuais das indústrias de arroz, a portuguesa CGDe, em parceria com a Koblitz e a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) também investem no aproveitamento da biomassa. O consórcio privado e estatal planeja um investimento da ordem de R$ 120 mi na instalação de dez termelétricas no Rio Grande do Sul, movidas a casca de arroz e rejeitos de madeira, cuja capacidade somada deve resultar em 100 MW em termos de potência instalada. (Gazeta Mercantil - 05.07.2001)

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grandes consumidores

1- Eletrointensivas paraenses cumpriram meta de consumo

As empresas Albras, Alunorte, Camargo Corrêa Metais e Vale do Rio Doce, que compram energia direto da Eletronorte, conseguiram, no primeiro dia do racionamento da região Norte, cumprir a meta de redução do consumo em 15% em relação à média de maio, junho e julho do ano 2000. Foi o que garantiu, no dia 04.07.2001, o diretor de Produção e Comercialização da Eletronorte, Jorge Palmeira. As três empresas consomem cerca de 700 MWh de energia, pouco mais que os 600 MWh distribuídos pela Rede Celpa para os demais consumidores do Pará. (Gazeta Mercantil - PA - 05.07.2001)

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2- Geradores garantirão produção da AmBev

A AmBev coloca em operação a partir do dia 06.07.2001 dez geradores móveis em nove fábricas - Jundiaí, Jacareí, (no estado de São Paulo), Agudos (RJ), Camaçari (BA), Juatuba (MG), Estância (SE), e Cuiabá (MT) - para garantir a capacidade produtiva durante período de racionamento de energia elétrica. A instalação dos geradores faz parte do Programa AmBev Conduta de Energia, que prevê a implantação de 38 geradores - 10 móveis e 28 fixos - nas 31 plantas industriais da companhia no Brasil. Os investimentos no programa somam US$ 15 mi. Com os novos equipamentos, a AmBev amplia a capacidade de geração própria em até 30% no segundo semestre de 2001 e viabiliza a meta de 15% de economia para a indústria de bebidas sem comprometer a produção de 6,2 bilhões de litros de cerveja e 1,7 bilhão de litros de refrigerantes por ano. A instalação de geradores faz parte de um programa ainda maior da companhia: o Programa AmBev de Co-geração, orçado em US$ 60 mi, que prevê a implantação de nove usinas de geração própria de energia, movidas a gás. 'A meta é chegar no segundo semestre de 2002 com 80% de geração própria de energia', diz Faviero. (Gazeta Mercantil - 06.07.2001)

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3- Setores calçadista e têxtil não pensam em demitir

Pelo menos dois setores industriais, o calçadista e o têxtil, não endossam integralmente os resultados globais da pesquisa da CNI que mostra que 76% das empresas só cumprirão a meta de racionamento se houver redução na produção e que 63% delas falam em demissão. No pólo calçadista de Franca (SP) não há, por enquanto, intenção explícita de demitir, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca e vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Élcio Jacometti. Representando cerca de 500 empresas da região - a maioria de pequeno e médio porte -, Jacometti afirma que a situação "não é catastrófica". Ele lembra que as empresas já estão racionalizando o uso da energia para dar conta da demanda, crescente no segundo semestre. Um fator que sustentou o otimismo de Jacometti foi a aprovação, na semana passada, de uma resolução que adequa a meta de racionamento à sazonalidade de cada setor. "Ela beneficou a indústria", diz. Avaliação semelhante é feita pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Paulo Skaf. Para ele, a decisão de tornar a meta compatível com meses de maior ou menor vendas de cada setor reduz os estragos provocados pelo racionamento. "Nos últimos 40 dias, visitei empresas em sete Estados e vi um esforço imenso dos empresários de acomodar a situação." (Valor - 06.07.2001)

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internacional

1- EDF rompe com Grupo americano

A EDF deverá colocar um fim no contrato que tem com o Goldman Sachs Group Inc. porque a empresa americana concordou em defender uma companhia que a francesa quer comprar. A questão envolve a oferta feita no dia 02.07.2001 pela EDF e pela Fiat SpA pela companhia italiana Montedison e sua unidade Edison. A Goldman Sachs estava prestando serviços para a EDF sobre planos de financiamento. No entanto, a Goldman também é o banco de investimentos da Montedison e, possui 1,8% de participação na empresa, segundo agências internacionais. Em 1999, a justiça britânica proibiu a Goldman de fornecer informações para o grupo de telefonia Vodafone, que tentava comprar a companhia alemã Mannesmann AG. (Jornal do Commercio - 05.07.2001)

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2- Elétricas espanholas investirão US$ 3,5 bi em suas redes até 2005

Tentando rechaçar a bateria de ataques que têm sofrido, as cmpanhias Endesa e Iberdrola estão anunciando investimentos para a melhora da qualidade de serviços, mas sempre salientando que muito de seus problemas se devem às travas burocráticas impostas pelas prefeituras. Com os valores à mão, as duas elétricas pretendem se livrar das acusações dos partidos de oposição espanhóis, que criticam a demora do governo em tentar resolver a situação. O presidente da Rede Elétrica espanhola acredita que não existem culpados, mas soluções. E acrescenta que as acusações dos partidos de esquerda de que as elétricas estariam chantageando o governo com as ameaças de apagões seriam falsas. (El Mundo - 06.07.2001)

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3- BP compra fábrica de bateria solares da Agere

A BP disse no dia 04.07.2001 que concordou em comprar uma empresa espanhola de semicondutores da Agere Systems, como parte do plano de crescimento da produção de baterias solares na Espanha. A nova indústria, que vai necessitar de um investimento de U$ 100 mi, vai ser uma das maiores fábricas de baterias solares no mundo com capacidade de produção de 60 MW por ano. O acordo deve ser terminado nos próximos meses, permitindo à indústria começar as operações até o final do ano. Fontes oficias da BP afirmam que as baterias devem ser vendidas globalmente mas ajudarão a ajustar a empresa à crescente demanda na Espanha, Alemanha e França, onde houveram incentivos fiscais para energia solar. (Finacial Times - 04.07.2001)

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4- Governo inglês tenta instalar fontes renováveis de energia

O governo inglês está dando os primeiros passos para tentar introduzir fontes de energia renováveis no Reino Unido, mas ainda não estará preparado para reduzir a emissão de gases provocadores de efeito estufa. Os responsáveis pelo programa dizem que a falta de de uma política coordenada entre os departamentos governamentais está impedindo iniciativas "verdes" e que as mudanças na compra e venda de energia elétrica estão prejudicando a viabilidade econômica de energias renováveis. (Financial Times - 05.07.2001)

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5- Comissão européia pede detalhes sobre a oferta da Fiat e da EDF

A Comissão européia pediu para analisar os termos do acordo da Fiat com a EDF na tentativa de compra da Montedison, para ver se o negócio respeita as regras da União Européia. Mario Monti, o Chefe da comissão européia, discutiu a oferta esta semana em Genebra com um chefe da autoridade italiana, mas a estrutura complexa do negócio não deixa claro quem vai regulá-lo. A comissão tem dado muita importância a negócios envolvendo a EDF, usando a ambição do grupo em se expandir no mercado de energia europeu como um meio de forçar a abertura de concessões para abrir o mercado de eletricidade francesa, onde a empresa tem o monopolio. De qualquer modo, fontes dizem que é muito difícil que a Comissão impeça o negócio. (Financial Times - 06.07.2001)

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6- Calpine entra no mercado inglês com a aquisição da Saltend

A Calpine Corporation carimbou, dia 04.07.2001, sua entrada no mercado inglês com a compra da estação de força da Saltend perto de Hull por U$ 784 mi. A estação de 1200 MW, uma das maiores e mais modernas termoelétricas da Inglaterra, foi vendida pela Entergy Corporation, outro grupo americano. Mais de U$ 7 bi foram gastos na aquisição de dez estações de energia inglesas, com energia combinada de mais de 16000 MW, nos últimos dois anos. As vendas foram parcialmente provocadas por políticas governamentais que exigiam que os grandes geradores reduzissem sua parte no mercado em troca de conseguirem a permissão para comprar eletrcidade integrada no mercado de varejo. Preços menores e a introdução de contratos mais competitivos também persuadiram geradores americanos, que estavam passando por sérios problemas nos EUA, a vender algumas de suas estações de energia inglesa. (Financial Times - 05.07.2001)

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7- Encanamento de gás de Cruz del Sur deve ser terminado logo

O encanamento de Cruz del Sur, que liga a Argentina e o Uruguai, deve terminar antes de Março de 2002, como era previsto. A linha deve exigir quase US$ 170mi de investimento e vai abastecer o Uruguai em quase 2.5 milhões de m³ por dia de gás, nos primeiros anos de operação. Mais tarde o consórcio planeja aumentar o fornecimento para 5 milhões de m³ por dia e tentar estender a linha até o Brasil, se a demanda aumentar. O segmento de 55km submersos da linha deve começar a ser construído na próxima semana. (Business New Americas - 06.07.2001)

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internacional

1- CPFL adquire ações da RGE e da CNEE

Em cumprimento à Instrução CVM nº 31, de 08 de fevereiro de 1984, e em consonância com as informações constantes do comunicado aos Acionistas publicado em 06.07.2001, a CPFL aprovou em AGE as seguintes operações:

1) aquisição de 518.887.616 ações nominativas de emissão da Rio Grande Energia S.A., sendo 257.228.985 ações ordinárias e 60.130.858 ações preferenciais de titularidade da Serra da Mesa Energia S.A. e 165.166.964 ações ordinárias e 36.360.809 ações preferenciais de titularidade da 521 Participações S.A., ao preço total de R$ 1.341.532.000,00, corrigido pela variação do IGP-M (pró rata temporis) a partir de 09.02.2001 até a data da efetiva liquidação, conforme divulgado ao mercado no Fato Relevante publicado em 23.02.2001. A concretização do negócio e a efetiva transferência do controle societário foi aprovado pela ANEEL, nos termos da Resolução nº 213, de 13.06.2001. Também, encontra-se em análise pelo CADE, conforme a legislação em vigor.

2) aquisição, por intermédio da sociedade controlada Nova I Participações S.A., de 2.334.174 ações nominativas, sem valor nominal, de emissão da Companhia Nacional de Energia Elétrica S.A., sendo 1.926.782 ações ordinárias e 407.392 ações preferenciais de titularidade da Caiuá Serviços de Eletricidade S.A., ao preço total de R$ 95.000.000,00, sujeito aos ajustes e condições suspensivas previstas no Instrumento Particular de Compra e Venda de Ações, firmado entre as partes em 05.03.2001, objeto do Fato Relevante divulgado ao mercado em 06.03.2001. A concretização do negócio e a efetiva transferência do controle societário foi autorizada pela ANEEL através da Resolução nº 124, de 13.06.2001. Também, encontra-se em análise pelo CADE, conforme a legislação em vigor.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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