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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 676 - 04 de julho de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Audiência pública estabelece reposição das tarifas de energia da Escelsa

No dia 10.07.2001, a Aneel realiza audiência pública, que estabelece o reposicionamento das tarifas de energia reguladas da Escelsa, que entrará em vigor no dia 08.08.2001. O prazo para inscrição de expositores termina no próximo dia 06.07.2001. A audiência pública será realizada nos salões Gaivota e Albatroz do Hotel Porto do Sol, com capacidade total para 130 pessoas. O hotel fica na Avenida Dante Michelini, 3957, na cidade de Vitória - ES. Inscrições para a audiência podem ser feitas através do e-mail ap005_2001@aneel.gov.br .(Canal Energia e Aneel - 03.07.2001)

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2- Tarifas de transmissão têm reajuste de 11,65%

A Aneel autorizou, no dia 03.07.2001, reajuste de 11,65% para as tarifas de transmissão de energia, com validade retroativa a 1º de julhode 2001. Segundo a Aneel, o último reajuste foi há 13 meses, por isso foi levado em conta a variação do IGP-M do período. A Aneel informou que, com o reajuste, as tarifas de uso de rede pagas pelas distribuidoras nos contratos iniciais passarão de R$ 3.235,40 para R$ 3.612,19 por MW. Ainda segundo nota divulgada pela Agência, o impacto será de até 0,7% nas tarifas pagas pelo consumidor quando ocorrerem os próximos reajustes anuais das distribuidoras. A tarifa de transporte da energia proveniente de Itaipu passará de R$ 1.755,49 para R$ 1.955,38 por MW. O reajuste vale para 14 empresas de transmissão de energia, além de conter uma provisão de receita para três novas concessões de linhas de transmissão licitadas pela Aneel, e que entrarão em operação em um ano. Os novos empreendimentos são os seguintes: linha Taquaruçu-Assis-Sumaré, em São Paulo, da ETEO; linha Campos Novos-Blumenau, em Santa Catarina, da ECTE, e subestação de Itajubá em 500 kV, em Minas Gerais, de propriedade da Cemig. (Jornal do Commercio - 04.07.2001)

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3- Secretaria analisa 17 projetos de energia em SP

O Departamento de Análise de Impacto Ambiental (Daia), vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo, corre para conseguir analisar os projetos de usinas geradoras de energia. Segundo Roselice Duarte, coordenadora de licenciamento ambiental e proteção de recursos naturais da Secretaria, 17 projetos de energia estão sendo analisados pelo Daia atualmente. Grande parte foi apresentada ao órgão ambiental a partir do segundo semestre de 2000. Eles abrangem uma diversidade de matrizes, como gás natural, biomassa e bagaço de cana, mas há um destaque maior para os projetos de termelétricas. Até a febre de projetos de geração, o Daia levava, em média, entre 6 e 9 meses para concluir a análise sobre o impacto ambiental do empreendimento. Hoje, por conta da crise no abastecimento de energia, Roselice conta que esse prazo foi reduzido para quatro meses. (Gazeta Mercantil - 04.07.2001)

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risco e racionamento

1- Bacias registram queda de armazenamento de água

Três das quatro principais bacias hidrográficas que abastecem o sistema elétrico brasileiro registraram queda em seus índices de armazenamento de água na comparação entre os dias 25 de junho e 2 de julho. Segundo o ONS, a bacia do Rio Grande, responsável por 31% do armazenamento do subsistema Sudeste, teve queda no nível de água de 22,3%, na semana passado, para 22,1%, nessa semana. No subsistema Nordeste, a bacia do Rio São Francisco, responsável por 99% do armazenamento das águas, está com um índice de 24,1%, enquanto na semana anterior esse volume era de 24,7%.Já a bacia do Rio Paranaíba, que responde por 39% dos estoques de água do subsistema Sudeste, teve seu nível diminuído de 22,6% para 22,5%, na comparação entre as duas semanas. No início do racionamento, o índice da bacia era de 23%. A única bacia com certo conforto, nesse momento, é a do Rio Iguaçu, que responde por 69% do estoque de águas da região Sul. Ali, no início do racionamento, o volume de armazenamento era de 79,9%. (Diário do Nordeste - 04.07.2001)

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2- CGE divulga regras dos cortes e bônus

A CGE divulga no dia 04.07.2001 resolução que define as regras dos cortes de luz de quem descumpriu a meta de economia de energia. Os consumidores residenciais têm que economizar 20% com base no consumo médio dos meses de maio, junho e julho de 2000. Os cortes, que só começarão a ser feitos em agosto, podem durar até três dias. Os consumidores receberão um aviso durante este mês. A reincidência ao descumprimento das metas provocará corte de quatro a seis dias consecutivos. Os consumidores também, finalmente, saberão como o governo pretende pagar os bônus prometidos para quem economizar energia além da cota estipulada. (Diário do Nordeste - 04.07.2001)

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3- Distribuidoras entregarão contas às indústrias e definirão sobretaxas e cortes de fornecimento

Nos próximos dias as distribuidoras de energia elétrica entregarão às indústrias as contas referentes ao consumo no mês de junho de 2001. Serão, então, definidas sobretaxas e cortes de fornecimento para consumidores que não cumpriram as cotas do racionamento. Muitos deles, dizem as distribuidoras, esperavam a punição apenas na reincidência da cota não cumprida. Isso, porém, só vale para consumidores residenciais. A Cerj calcula que seus 31 grandes clientes, no total, ultrapassarão a cota em cerca de 10%. O gerente de operações comerciais da Cerj, João Carlos Curty, informa que, em julho de 2001, a distribuidora vai intermediar negociações bilaterais para a compra e venda de excedente e emitir os certificados para participação dos leilões do MAE. 'A legislação garante aos clientes que descumpriram cotas algumas saídas estratégicas, como a compra de energia no MAE', ressalta. Até 03.07.2001, dois clientes já recorreram à distribuidora: um para participar do leilão do MAE e outro, para contratos bilaterais. Os grandes usuários da Cerj consomem 30% do total distribuído. (Gazeta Mercantil - 04.07.2001)

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4- Governo ainda estuda compra de energia de indústria eletrointensiva

A CGE ainda não descartou a compra de energia das indústrias eletrointensivas pelo governo para manter o nível dos reservatórios. Segundo o ministro Pedro Parente, presidente da Câmara, a proposta ainda está sendo analisada pelo grupo que estuda o aumento emergencial da oferta de energia. Ele explicou que poderá ser definido um sistema de compras, com a definição de um preço para energia a ser adquirida para a redução da demanda das eletrointensivas, desde que não haja redução da força de trabalho. (Correio Brasiliense - 03.07.2001)

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5- Parente não descarta antecipação do horário de verão

A CGE ainda não estuda antecipar o horário de verão para economizar mais energia. O ministro Pedro Parente, presidente da Câmara, não descartou totalmente a antecipação, já que o horário de verão representa, além do deslocamento do pico, uma economia média de 1% nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. O ministro explicou que a medida teria um impacto mais significativo no horário de pico de consumo de energia, que já vem apresentando queda. (Correio Brasiliense - 03.07.2001)

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6- Feriados só serão decretados em caso extremo

O governo decidiu que os chamados feriadões só serão necessários se o nível de chuvas for inferior às estimativas do ONS. O ministro Pedro Parente, presidente da CGE, disse, no dia 03.07.2001, que o presidente Fernando Henrique espera que não seja necessário usar o feriado, mas a medida não está descartada. Na hipótese de poucas chuvas, a CGE pode ainda optar por esperar por uma queda maior nos reservatórios de água, de dois pontos percentuais, para adoção do feriado. Mas, neste caso, a necessidade de economia subiria para 16%, o que implicaria em decretar 16 feriados, comparou Antoninho Borghi, vice-presidente da Eletropaulo e integrante do grupo que estuda os apagões. Um desvio de 0,5% no nível dos reservatórios exigiria agora redução de 4% no consumo, disse Borghi. E haveria quatro feriados por mês porque a economia de energia é de 1% por dia de folga. (Jornal do Brasil - 04.07.2001)

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7- Minasgás é liberada de cumprir racionamento

O juiz da Primeira Vara Federal de Minas Gerais, Lourival Gonçalves de Oliveira, concedeu liminar à Minasgás Distribuidora de Gás Combustível contra a CGE, a União Federal e a Aneel. A decisão libera a empresa mineira de cumprir a meta de redução de consumo de energia elétrica pelo prazo de 150 dias e ainda de ter de comprar energia elétrica a preços diversos da tarifa regular. De acordo com a decisão, a empresa também está livre da penalidade que prevê a interrupção do fornecimento de energia elétrica. Segundo o titular da Primeira Vara Federal de Minas Gerais, a Minasgás reclama, apenas, a aplicação dos incisos II e VII do parágrafo 1º do artigo 5º da MP do racionamento, que prevêem tratamento diferenciado e prioritário a setores estratégicos e determinam a estimulação da produção independente de energia. (Gazeta Mercantil - 04.07.2001)

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8- Light começará a enviar novas metas

A Light enviará aos consumidores a partir do dia 05.07.2001, duas metas de consumo: a chamada meta base, que considera o período de 30 dias - já enviada anteriormente - e uma meta proporcional, que calculará a meta diária no período entre as leituras do medidor de luz. Este mudança foi determinada pela Circular 001/01, de 11 de junho, da CGE. O que se procura evitar é que o consumidor seja penalizado porque a distribuidora demorou a fazer a leitura e registrou um valor maior. Das distribuidoras, a única a anunciar o envio da meta proporcional foi a Light. Este novo cálculo considera o intervalo da medição de luz que, de acordo com a Aneel, deve ser de aproximadamente 30 dias, variando de um prazo mínimo de 27 a um prazo máximo de 33 dias. (Jornal do Commercio - 04.07.2001)

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9- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui. aqui.

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empresas

1- CPFL faz proposta para aquisição de ações

A CPFL informou que enviou uma carta proposta para a usina Serra da Mesa e 521 Participações S.A com o objetivo de adquirir 518.887.616 ações nominativas de emissão da Rio Grande Energia S/A , sendo que 257.228.985 ações ordinárias e 60.130.858 ações preferenciais de titularidade da Serra de Mesa Energia S.A e 165.166.964 ações ordinárias e 36.360.809 ações preferenciais de titularidade da 521 Participações S.A . Essas ações correspondem a 66,916% do capital social da Rio Grande Energia. (Infoenergia - 03.07.2001)

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2- Começam obras da usina de Campos Novos

Iniciaram-se, no dia 03.07.2001, os trabalhos de construção da hidrelétrica Campos Novos, empreendimento que deve estar concluído até março de 2006, consumirá R$ 1,2 bi e terá potência instalada de 880 MW. A responsável pela construção da usina é a Campos Novos Energia S/A, sociedade que tem como integrantes o grupo VBC Energia, a Celesc e a CEEE. A primeira fase dos trabalhos, deve consumir R$ 13,5 mi, é a abertura de um trecho de 18 km de estrada. (Gazeta Mercantil - SC - 03.07.2001)

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3- Funcionários da CTEEP, EPTE e Emae entram em greve

Os funcionários da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), da Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE) e da Empresa Metropolitana de Águas e Energia Elétrica (Emae) entraram em greve de 24 horas, a partir da zero hora de 03.07.2001. Segundo o Sindicato dos Eletricitários do Estado de São Paulo, o motivo da paralisação é a falta de negociação entre as empresas e o governo sobre o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PRL) aos trabalhadores. Mesmo com a greve de advertência, o sindicato garante que os serviços essenciais serão mantidos à população, como determina a Lei de Greve. (Canal Energia - 03.07.2001)

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financiamento

1- Grupo de três agentes é eleito para dirigir Asmae interinamente

Nova turbulência abateu a Asmae na primeira semana de julho de 2001. Um grupo de três agentes foi eleito no dia 29.06.2001, em reunião do Conselho de Administração da Asmae, para tomar as rédeas da instituição. Desde 02.07.2001, a ausência de Mitsumori Sodeyama na presidência da entidade foi preenchida pelo trio, integrado pela vice-presidente da Eletropaulo, Solange Ribeiro, pelo diretor de Assuntos Regulatórios da Duke Paranapanema, Paulo Born, e pelo consultor da Coordenadoria de Comercialização de Energia da Cemig, Carlos Augusto Leite Brandão. O objetivo é de que o grupo responda pela presidência da Asmae até o dia 13.07.2001, quando será realizada a assembléia geral extraordinária do MAE, convocada pela Aneel e que definirá como será a constituição do conselho do MAE (Comae). (Gazeta Mercantil - 04.07.2001)

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2- Nova direção da Asmae interrompe liquidação financeira dos contratos do MAE

Uma das primeiras medidas do trio foi interromper o processo de liquidação financeira dos contratos do MAE. Desde setembro de 2000, o mercado de curto prazo nunca emitiu uma fatura sequer. Segundo fonte, o grupo pretende checar a validade das contas, que já contaram com o acompanhamento da Aneel, interventora na Asmae desde abril de 2001. A auditoria na contabilização da entidade, coordenada pela PWC e pela Deloitte Touche Tohmatsu, também foi interrompida. Dois diretores da Asmae estão demissionários. Os dados embargados referem-se ao período de setembro de 2000 a maio de 2001. As posições referentes a abril e maio de 2001 já embutem o efeito do racionamento, com grandes estragos sobre o caixa das geradoras de energia. A média de negociação em ambos os meses ficou próximo a R$ 500 mi/mês. (Gazeta Mercantil - 04.07.2001)

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3- Leilão de excedente inicia primeira semana de julho de 2001 sem movimento de negócios

O leilão de excedente de energia do MAE, na Bovespa, começou a primeira semana de julho de 2001 sem registro de negociação. Durante todo o pregão da segunda-feira, dia 02.07.2001, foram feitas três ofertas de venda num total de 1.880 MWh, com preços que variaram de R$ 499,00 a R$ 600,00. Para a compra, foram ofertadas um total de 150 MWh por R$ 150,00. Esta é a terceira vez que não há movimento de negócios na Bovespa, desde o início dos negócios no dia 25.06.2001. Na primeira semana do leilão, foram negociados um total de 890 MWh. (Canal Energia - 03.07.2001)

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4- Negócio direto supera leilão do MAE

Os grandes consumidores industriais de energia elétrica estão preferindo fazer negociações bilaterais para ajustar-se às cotas impostas pelo plano de racionamento a ir ao MAE. Estimativas conservadoras calculam que o volume dessas operações supera em pelo menos três vezes o volume dos leilões de excedentes de energia promovidos pelo MAE e Bovespa. Dez dias após seu lançamento oficial, os leilões de sobras venderam 890 MWh, ao preço médio de R$ 580. Para profissionais do setor elétrico e financeiro, quem tem sobras para vender vai ao leilão do MAE, que opera com preços mais altos, enquanto os que têm de comprar partem para o bilateral. O presidente da União Corretora de Energia, Francisco Lavor, diz que os contratos bilaterais dão mais praticidade e liquidez às companhias. No dia 03.07.2001, pelo terceiro dia consecutivo, o pregão do MAE terminou sem fechar negócios. (Gazeta Mercantil - 04.07.2001)

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financiamento

1- BC intervém mas não segura dólar

O Banco Central fez dia 03.07.2001 mais uma intervenção no câmbio, com venda de dólares, mas não conseguiu conter a alta da cotação, que fechou a R$ 2,352, um aumento de 0,81% em relação ao dia anterior. Segundo os analistas, a cotação foi pressionada pela crise política na Argentina, que voltou a semear o pânico no mercado, e pela falta de liquidez devido ao feriado do dia da independência dos EUA. Acompanhando o movimento de alta no câmbio, os juros também subiram: o Tesouro Nacional pagou 21,88%, em média, para vender R$ 1,5 bi em LTN, contra 20,70% da última semana de junho.(Jornal do Brasil - 04.07.2001)

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2- Empresas brasileiras captaram R$ 5,8 bi com debêntures

As emissões de debêntures cresceram 88,7% no primeiro semestre de 2001 em relação ao mesmo período do ano 2000. Apesar da alta do dólar e dos juros, alimentada pelo racionamento de energia e pelo contágio da crise argentina, foram emitidos R$ 5,769 bi em debêntures no primeiro semestre em comparação com R$ 3,057 bi nos primeiros seis meses de 2000. A captação de recursos com o lançamento de debêntures sobe para R$ 8,841 bi em 2001 se forem somados os R$ 3,072 bi em emissões em análise na CVM - volume que já é superior aos R$ 8,7 bi emitidos em todo o ano 2000. O mercado vislumbra um ritmo mais lento de captações no segundo semestre, mas operações importantes começam a ser arquitetadas. (Gazeta Mercantil - 04.07.2001)

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3- Eletropaulo lança eurobônus

Depois de anunciar a intenção de tomar US$ 250 mi em empréstimos na última semana de junho, a Eletropaulo Metropolitana voltou ao mercado no dia 03.07.2001. A companhia anunciou uma emissão de eurobônus com objetivo de captar entre US$ 200 mi e US$ 250 mi, pelo prazo de 20 meses. Os papéis vencem em março de 2003 e prometem rendimento entre 10,38% a 10,63%. A Eletropaulo não deu maiores detalhes sobre a operação, mas o mercado calcula que a companhia esteja tentando captar recursos agora, se antecipando a uma piora do cenário e da demanda dos investidores a curto prazo, já que terá que pagar uma dívida de US$ 250 mi no final de agosto. Pelas condições atuais, o custo de rolagem dessa dívida para a Eletropaulo já será mais alto. Emitido em fevereiro de 2000, o papel que vence em agosto pagava 10% ao ano, abaixo portanto da taxa que a empresa deverá pagar para rolar essa dívida. A operação está sendo coordenada pelo Standard Bank. (Valor - 04.07.2001)

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4- Bradies voltam a cair nos EUA

O mercado de títulos da dívida soberana dos países emergentes fechou em queda pelo sexto dia consecutivo no dia 03.07.2001. Os negócios, no entanto, terminaram mais cedo devido ao feriado americano de Dia da Independência, que deve reduzir a liquidez a praticamente zero. A turbulência na Argentina continua preocupando os investidores de bradies e globals, o FRB e o novo Global 8 caíram 1,4% e 1%, respectivamente, para cotações de US$ 0,799 e US$ 0,737. O prêmio de risco país também teve um salto de 20 pontos para 1079 pontos, segundo o índice EMBI+ para mercados emergentes do JP Morgan. A véspera de feriado também contribuiu para que o investidor reduzisse as posições, o que prejudicou todos os papéis. O brasileiro C-Bond desvalorizou e valia US$ 0,741 com spread de 864 pontos no fim do dia. (Valor - 04.07.2001)

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5- Tensão argentina redobra busca por 'hedge'

A enrascada política em que a Argentina está metida tirou novamente o mercado de câmbio do sério. A inquietação de bancos e empresas é crescente quanto ao futuro incerto do país vizinho e as consequências para o Brasil. Resultado: a demanda por "hedge" aumentou novamente e o dólar chegou a valorizar 0,98%, sendo cotado na máxima do dia a R$ 2,356. No fechamento dos negócios o dólar estava ligeiramente abaixo do pico, a R$ 2,355. (Valor - 04.07.2001)

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6- Desconfiança na América Latina limita capital para empresas

A esperança das empresas latino-americanas de uma recuperação em 2001 está sendo minada por três fatores: queda na confiança do consumidor, redução das exportações e falta de liquidez nos mercados de capital. A constatação é da agência americana de classificação de crédito Fitch, que concluiu em estudo divulgado no dia 03.07.2001 que a expansão corporativa na América Latina está sendo limitada pelo contínuo declínio da confiança de investidores estrangeiros, que não dão sinais de mudança positiva no curto prazo. Intitulado "Empresas Latino-americanas: Fortunas Divergentes", o relatório analisa as principais tendências que afetam a qualidade de crédito das companhias da região, assim como o longo caminho por elas percorrido em busca da retomada do crescimento. O estudo prevê que o cenário de deterioração econômica causará um sério revés para os governos da região, que necessitam de altas taxas de crescimento para melhorar a infra-estrutura e atenuar a pobreza. (Valor - 04.07.2001)

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7- Governo recalcula câmbio e inflação no acordo com o FMI

Na última revisão do acordo com o FMI, o governo vai recalcular o valor da dívida pública líquida e a meta trimestral da inflação de 12 meses, com base na taxa de câmbio atual (na casa dos R$ 2,30), e na nova expectativa de inflação do IPCA, de 5,8% para 2001. Com a desvalorização do real, a dívida líquida, que deveria chegar a R$ 612,5 bi em setembro, já era de R$ 618,5 bi em maio. Quanto à taxa de inflação de 12 meses até setembro, pela última revisão do acordo, deveria ser de 4,1%, podendo chegar a 5,1% na banda estreita e em 6,1% na banda larga. Essa meta trimestral foi fixada tendo como o centro da meta para o IPCA, de 4%, mas essa taxa já foi abandonada pelo BC, que projeta o IPCA de 2001 em 5,8%, conforme o seu último Relatório de Inflação. Em um estudo sobre a evolução da taxa de câmbio real, no mesmo relatório, o BC conclui que "independente da metodologia de mensuração, em maio de 2001, a taxa de câmbio real observada estaria depreciada, entre 6% e 9%". (Valor - 04.07.2001)

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gás e termoelétricas

1- ANP encontra solução para atender à Petrobras

A ANP encontrou uma solução para que a Petrobras consiga gás suficiente para suas térmicas sem desrespeitar a norma que limita a participação da estatal na ampliação dos gasodutos já existentes no Brasil, incluindo o Gasbol. A Petrobras vai precisar de 40 milhões de metros cúbicos de gás por dia para as usinas, mas o Gasbol só pode transportar 30 milhões e, de acordo com portaria recentemente editada pela ANP, a estatal não pode fazer sozinha a ampliação. ''Poderia haver uma incompatibilidade entre as necessidades de gás da Petrobras e as regras do concurso aberto (que vai definir que empresas poderão participar da expansão do gasoduto). A gente chegou a uma solução que atende tanto às normas da ANP quanto aos interesses da Petrobras'', afirmou o diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn, que teve longas reuniões com representantes da Petrobras na segunda-feira e ontem. Zylbersztajn não quis revelar, no entanto, qual foi a solução encontrada, argumentando que seria uma ''descortesia'' com os outros participantes da negociação. ''Foi uma solução criativa para atender às determinações regulatórias, abastecer as térmicas e garantir o livre acesso'', afirmou. Expandir o gasoduto seria a solução mais óbvia para a Petrobras resolver seu problema, mas a portaria 176 da ANP determinou que um usuário que já utilize mais de 50% de um gasoduto - caso da Petrobras no Gasbol - pode participar em, no máximo, 40% da expansão. Os 60% restantes têm de ser oferecidos ao mercado através de um concurso público, processo semelhante ao de uma licitação. (Jornal do Commercio - 04.07.2001)

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2- Térmicas a gás poderão elevar repasse

A Aneel aprovou, para as termelétricas que usam gás natural para geração, a criação de novos valores normativos (VNs), o mecanismo de regulação cujo objetivo é limitar o repasse integral, para as tarifas de energia cobradas dos consumidores, dos custos que as distribuidoras têm com a compra de energia elétrica de geradoras. Os novos valores valem apenas para as usinas que integram o Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT) do Governo Federal. Os novos VNs, expressos em R$ por MWh, levam em conta a potência das usinas. O valor do VN para termelétricas a gás natural com potência de até 350 MW é de R$ 106,40 por MWh, um reajuste de 47% em relação ao valor anterior. Para termelétricas com potência acima de 350 MW, o VN é de R$ 91,06, o que representa um reajuste 26%. Os valores normativos para as demais fontes energéticas - competitiva, carvão nacional, PCH, biomassa, eólica, e solar - permanecem os mesmos estabelecidos pela resolução Aneel número 22, de fevereiro de 2001. (Gazeta Mercantil e Energia Brasil - 04.07.2001)

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3- Termelétrica Norte Fluminense consegue antecipar entrega de turbinas

A termelétrica Norte Fluminense fechou, no dia 30.07.2001, negociação com a Siemens-Westinghouse para antecipar em seis meses a entrega de duas das quatro turbinas da usina. As máquinas chegarão em junho e julho de 2002, permitindo a entrada em operação no segundo trimestre de 2003, em vez de dezembro, conforme previsão inicial. Para conseguir as turbinas mais rápido, a Norte Fluminense aceitou máquinas mais potentes, com preço quase 2% mais caro do que fora contratado. (Jornal do Brasil - 04.07.2001)

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grandes consumidores

1- Pesquisa da CNI revela que racionamento afetará nível do emprego industrial

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 918 indústrias de todo o País no fim de junho de 2001 revelou que 63,1% das empresas entrevistadas terão que demitir funcionários para se ajustar ao racionamento de energia elétrica. A pesquisa, divulgado no dia 03.07.2001, foi realizada quando o programa de racionamento já havia começado (entre 11 e 20 de junho). Em média, as indústrias estimam uma redução de 9,5% da produção. Um terço acredita que o corte será maior que isso, superior a 15%. Na região Sudeste, sobe para quase 80% o percentual de indústrias que esperam cortar a produção. Na classificação por setores, os que indicaram maior expectativa de fazer a redução foram o metalúrgico, o de vestuário e o fabricante de produtos de madeira. A dispensa de funcionários é prevista por 70,3% das pequenas empresas, segmento que indicou maior possibilidade de corte de funcionários. O percentual também foi considerado alto entre as grandes -chegou a 38,6%. Os setores com maior expectativa de anunciar demissões são o têxtil e o de vestuário. (Folha e Jornal do Brasil - 04.07.2001)

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2- Grande indústria recorre a gerador

Para mais da metade das indústrias do Estado de São Paulo, os custos de energia representam menos de 3% do custo total de produção. Mesmo com esse baixo índice, 60% das empresas devem recorrer a formas alternativas de geração de energia. Esses são os resultados de uma pesquisa sobre o "perfil energético" das indústrias divulgada, dia 03.07.2001, pela Fiesp. "O problema é que, mesmo representando uma proporção pequena dos custos, a energia é um insumo essencial", diz Clarice Messer, diretora da Fiesp. Segundo a pesquisa, 78% das grandes empresas têm ou estão providenciando fontes alternativas de geração de energia. O índice é um pouco menor no caso das empresas médias (57%) e pequenas (33%). "As pequenas e médias não estão nessa situação porque não sabem da crise energética. É um problema de capital. Conseguir um fonte alternativa custa dinheiro. Ou você tem financiamento fácil, o que não é o nosso caso, ou você tem capital próprio para investir", diz Clarice. Para cerca de 34% das pequenas indústrias, os custos de energia representam mais de 5% do custo total. No caso das médias, apenas para 28% esse custo corresponde a mais de 5% do total. A Fiesp ouviu 435 empresários durante todo o mês de junho, quando as empresas já estavam sujeitas às regras de restrição do consumo de energia do plano de racionamento da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica. (Folha - 04.07.2001)

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3- Indústria paulista cresce 1,9%

A produção da indústria paulista registrou em maio de 2001 crescimento de 1,9% em relação ao mesmo mês do ano 2000, segundo pesquisa da Fiesp. Esse desempenho mostra um ritmo mais lento na expansão do setor produtivo já que, no comparativo de abril de 2001 com o mesmo mês do ano 2000, o aumento foi de 6,4%. A Fiesp suspendeu as previsões para os próximos meses, mas mantém a expectativa de queda no nível de atividade. O Indicador do Nível de Atividade (INA) acumulado nos primeiros cinco meses do ano 2001 ficou em 6%. As vendas nominais de maio aumentaram 34,2% em relação ao mesmo período do ano 2000, as reais foram 21,6% maiores. (Gazeta Mercantil - 04.07.2001)

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4- Secretaria analisa 17 projetos de energia em SP

O Departamento de Análise de Impacto Ambiental (Daia), vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo, corre para conseguir analisar os projetos de usinas geradoras de energia. Segundo Roselice Duarte, coordenadora de licenciamento ambiental e proteção de recursos naturais da Secretaria, 17 projetos de energia estão sendo analisados pelo Daia atualmente. Grande parte foi apresentada ao órgão ambiental a partir do segundo semestre de 2000. Eles abrangem uma diversidade de matrizes, como gás natural, biomassa e bagaço de cana, mas há um destaque maior para os projetos de termelétricas. Até a febre de projetos de geração, o Daia levava, em média, entre 6 e 9 meses para concluir a análise sobre o impacto ambiental do empreendimento. Hoje, por conta da crise no abastecimento de energia, Roselice conta que esse prazo foi reduzido para quatro meses. (Gazeta Mercantil - 04.07.2001)

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5- Usiminas economiza energia e fatura mais

A Usiminas, segunda maior produtora de aços planos do País, cumpriu a meta de redução de energia elétrica em 20% em junho de 2001, determinada pelo governo federal para o setor em que atua, e mesmo assim fechou o semestre com um volume recorde de vendas para o mercado interno. A empresa vendeu 1,6 mi de toneladas, 11,9% a mais que no primeiro semestre do ano 2000. Em junho de 2001, primeiro mês do racionamento, foram entregues 283,2 mil toneladas. Segundo Rinaldo Campos Soares, presidente da Usiminas, esse foi o segundo melhor desempenho mensal da história da empresa. (Gazeta Mercantil - 04.07.2001)

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6- Honda e Toyota concedem férias coletivas e Mercedes interrompe produção em São Bernardo

Além da Volkswagen, da Fiat e da Scania, que já haviam anunciado férias coletivas em junho e julho de 2001, a Honda e a Toyota dispensarão os funcionários durante dez dias em julho. A Honda vai antecipar a parada prevista para setembro e a Toyota informou que já havia programado férias há vários meses. A Mercedes-Benz do Brasil interromperá a produção na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, entre os dias 06.07.2001 e 09.07.2001 para garantir a obtenção da meta de 15% de redução do consumo de energia elétrica em julho. Pelo menos 330 unidades de caminhões e chassis de ônibus deixarão de ser fabricadas no período. A montadora assegurou, entretanto, que o planejamento mensal de produção não será comprometido, pois o volume que deixou de ser produzido será compensado em outros dias do mês. (Jornal do Commercio - 04.07.2001)

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7- GE-Celma vai ter gerador para cumprir meta

Para conseguir atingir a meta de economia estabelecida pela CGE sem afetar a produção, a exportação e os 1,2 mil postos de trabalho, a GE-Celma, empresa da General Eletric especializada em manutenção de motores de avião, vem utilizando energia elétrica transferida de outras operações da GE no Brasil. Para os próximos meses, a GE-Celma e sua subsidiária GE-Varig, contarão com quatro geradores a diesel provisórios, cada um com 1MW de potência, que também gerarão energia para devolver o empréstimo. A partir do fim de setembro de 2001, entretanto, as duas empresas terão quatro geradores a gás próprios para suprir a demanda de consumo e prevenir contra o apagão. 'Os investimentos chegarão a alguns milhões de dólares', conta Alexandre Silva, presidente da empresa. (Gazeta Mercantil - RJ - 04.07.2001)

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internacional

1- Elétricas espanholas terão problemas com distribuição de energia

As companhias elétricas Endesa e Iberdrola voltaram a advertir que poderão ter problemas de distribuição de energia este verão em algumas zonas de grande demanda, como as áreas litorâneas, devido às concessões postas por alguns municípios para conceder permissões de ampliação da rede. A Unión Fenosa afirmou que não terá problemas com a sua rede. As empresas dizem que se cuidarão para que não haja "apagões" parecidos com os que vêm acontecendo na Califórnia. Fontes do setor apontam que, além das travas colocadas pelos municípios, as próprias elétricas se complicaram por terem investido mais no exterior ou em outras áreas, como telecomunicações, do que realmente na rede de distribuição espanhola. (El País - 04.07.2001)

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2- RWE consegue seus primeiros resultados

A RWE anunciou que sua divisão elétrica conseguiu seu primeiro crescimento em lucros depois de sete semestres consecutivos de queda de ganhos. Esses resultados indicam que os preços na Alemanha estão se tornando competitivos e que a liberalização do mercado de energia está finalmente dando resultados. A RWE ainda não detalhou o crescimento de seus lucros, anunciando um relatório completo para o dia 26.09.2001. Após a liberalização do mercado alemão de energia em 1998, os preços sofreram uma queda de quase 50%, mas começaram a se recuperar no final do ano passado, para a alegria de muitos investidores, inclusive da RWE. Mas alguns analistas afirmam que os lucros da empresa se deram mais por causa de um programa redutor de gastos lançado ano passado do que pelo aumento de preços. (Financial Times - 03.07.2001)

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3- Enersis lança oferta para adquirir 100% da Chilectra

A holding chilena Enersis abre, dia 03.07.2001, sua oferta de compra para ações extraordinárias nas distribuidoras chilenas Chilectra e Rio Maipo, na tentativa de chegar a 100% de posse das duas empresas. A Enersis vai gastar o valor estimado de US$ 28 mi na operação, que está prevista para terminar até o dia 26.12.2001. O processo deve terminar antes dessa data, de acordo com fontes do mercado. A empresa já possui 98,93% das ações da Chilectra e 98,46% da Rio Maipo. (Business News Americas- 03.07.2001)

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4- PSEG completa a compra da Edeersa

A companhia americana PSEG completou a compra de 49% da distribuidora de energia da província de Entre Rios na Argentina, Endeersa, elevando sua participação na empresa para 90%. Os empregados da empresa detêm os 10% restantes. A empresa argentina tem mais de 230 mil clientes. Este investimento mostra a "nossa confiança na companhia, em Entre Rios e neste país" disse o presidente da PSEG Americas, representante da PSEG na América Latina, Marcelo Figueira. (Business News Americas - 03.07.2001)

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5- Controle de preços da eletricidade piora a situação da Califórnia

Fontes oficiais na Califórnia e em Nevada afirmaram que o controle que o governo federal americano vem impondo aos preços da eletricidade nos estados da Costa do Pacífico levou, aparentemente, algumas empresas geradoras a segurar a produção, diminuindo o nível de energia na semana do dia 29.06.2001. A área de Las Vegas teve seu primeiro blackout no dia 02.07.2001. O grande calor na região e o fechamento de algumas usinas produtoras de energia para reparos contribuíram para o agravamento do problema. Esses e outros problemas devem esquentar o debate entre o governo federal americano e o governador da Califórnia, Gray Davis, sobre a necessidade do controle de preços. O governo federal, de início, não aprovava o controle, argumentando que a única maneira de resolver o problema da Califórnia seria a expansão da extração de petróleo, mas acabou cedendo as apelos do governador californiano, que temia a supervalorização da energia. (New York Times - 04.07.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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