1- Aneel reajusta tarifas da Eletropaulo e da Celtins
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A
Aneel concedeu reajuste de 16,61% para as tarifas de energia elétrica
da Eletropaulo e 13,51% para as tarifas da Companhia de Energia
Elétrica do Tocantins (Celtins). Os reajustes passam a valer a
partir do dia 04.07.2001 e deverão vigorar durante um ano. A Eletropaulo
atende a 24 municípios, inclusive a capital, envolvendo 4,7 milhões
de unidades consumidoras. A Celtins atende a 226 mil unidades
consumidoras e 140 municípios no Estado, inclusive Palmas. (Estado
- 03.07.2001)
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2- Ministro diz que ainda não se pode dimensionar reajuste
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Em entrevista coletiva, no dia 02.07.2001, o ministro Pedro Parente
disse que ainda não se pode dimensionar reajuste nas tarifas de
energia, com os custos da nova geração do insumo, principalmente
em projetos de geração alternativa. Apesar de admitir que estes
empreendimentos têm custos superiores aos das usinas hidrelétricas,
Parente defende a tese de que tarifa cobrada de consumidor precisa
ser o resultado de um mix de preços de energia, que agrupam todas
as fontes do insumo. "Há questões que estão sendo analisadas,
não é só o custo. É certo que temos de diversificar as fontes,
principalmente no Nordeste, mas não se deve falar sobre o aumento
de tarifa agora", disse. (Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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3- Governo terá participação de 30% nos investimentos
previstos no Programa Emergencial |
O governo não pretende rever a meta de 15% para redução no consumo
até o dia 30.07.2001, quando a CGE e os governos estaduais reexaminarão
a cota. O ministro Pedro Parente afirmou que os consumidores de
menos de 100 kw que pourparam em junho, receberão o bônus na conta
de julho ou agosto. Na coletiva do dia 03.07.2001, o ministro
Parente afirmou também que o governo terá participação de 30%
nos investimentos nos projetos previstos no Programa Estratégico
Emergencial de Energia Elétrica, que será anunciado no dia 05.07.2001
pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. A maioria dos recursos
virá da iniciativa privada. No entanto, ele não quis antecipar
nenhuma das medidas, que devem incluir 21 novos projetos de geração.
(Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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4- Energia alternativa e produtos econômicos terão
apoio do Finep |
O Ministério da Ciência e Tecnologia e a Finep acabam de lançar
um edital onde pretendem levantar o que existe de tecnologia nova
na área de energia alternativa. A idéia é identificar produtos
e serviços já disponíveis mas que, por algum motivo, ainda não
foram postos no mercado nacional, ou aqueles em fase final de
experimentação. As propostas selecionadas vão contar com o apoio
da Finep que se propõe a fazer uma ampla divulgação em sites na
internet, feiras, eventos e mostras patrocinadas pelo ministério
em diferentes regiões do Brasil. Dependendo do estágio do projeto,
o Finep poderá apoiar a comercialização do produto ou o seu aprimoramento
por meio de projetos cooperativos. Empresas, universidades e centros
tecnológicos que tiverem interesse em participar devem encaminhar
suas propostas, via internet, para o endereço energia@finep.gov.br.
até o dia 31.07.2001. O processo de seleção levará em conta o
mérito, o resultado esperado em relação à eficiência energética
e a viabilidade econômica. (Agência Brasil - 01.07.2001)
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5- Licença para gerador sairá em 72 horas |
A licença ambiental para a instalação de geradores a diesel de
até 10 MW para fins industriais, e apenas para o período de racionamento
de energia, poderá ser concedida pela Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental (Cetesb) em 72 horas. As análises dos
pedidos permanentes, ou para equipamentos com capacidade superior
a 10 MW, levam de 30 a 360 dias, dependendo do caso. Dráusio Barreto,
presidente da companhia, diz que a fiscalização de rotina será
mantida e a indústria que não tiver a licença ou a autorização
temporária terá de providenciá-la. (Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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6- OCDE diz que setor de energia carece de regulamentação |
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
avalia que o Brasil tem de melhorar o quadro regulatório do setor
elétrico para conseguir atrair investimentos privados para o País.
Para o diretor da área econômica da organização, Val Koromzay,
o País tem de eliminar a incerteza regulatória. ''A questão da
energia no Brasil é séria e envolve não apenas a água, mas grandes
necessidades de investimentos de longo prazo'', disse Koromzay.
Para o economista da OCDE, Marcos Bonturi, ''o Brasil tem de investir
de US$ 4 bi a US$ 5 bi por ano para garantir o desenvolvimento
do sistema elétrico em medida suficiente para suprir a demanda
e o Estado não tem condições de fazer isso sozinho. E para atrair
os investimentos privados é necessário que o País se apresse na
formação de um quadro regulatório satisfatório''. (Jornal do Commercio
- 03.07.2001)
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1- Redução no SE foi de 19% em junho |
O balanço dos 30 primeiros dias de racionamento divulgado pelo
CGE no dia 02.07.2001, confirmou que a redução do consumo no Sudeste
e Centro-Oeste ficou em 19%, um ponto a menos do que o esperado.
No entanto, para chegar a este desempenho, na última semana de
junho foi registrada uma diminuição 21,6% do consumo. No Nordeste,
a economia ficou em 19,7%, ou seja, bem mais próximo do que o
registrado no Sudeste e Centro-Oeste. Na última semana de junho,
a redução de consumo no Nordeste ficou em 22%. "A minha estimativa
feita na semana passada era de que fecharíamos o mês de junho
com uma redução de 18,5%. O porcentual alcançado nos dá a legitimidade
para afirmar que atingimos a meta de 20%", admitiu Parente. (Estado
- 03.07.2001)
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2- Para CGE, só 10% de risco de apagão |
Para o secretário de Energia de São Paulo e integrante da CGE,
Mauro Arce, é de só 10% a probabilidade de o País ser vítima de
apagões. Para ele, a cada dia o Brasil está mais distante desses
cortes compulsórios no fornecimento elétrico. "É claro que o ponto
fundamental continua sendo a vazão das chuvas, mas os resultados
de queda de consumo têm sido surpreendentemente positivos." Apesar
do otimismo, Arce acredita que o racionamento vai até janeiro
de 2002, quando o governo poderá decidir sobre a continuidade
dos cortes no consumo. "A chance de (o racionamento) terminar
em novembro é muito pequena", diz Arce. (Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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3- Gatilho definirá adoção dos feriados semanais |
A CGE poderá adotar um gatilho para decretar os feriados semanais.
O ministro Pedro Parente, presidente da Câmara, explicou que o
gatilho será adotado caso a medida seja realmente indicada pelo
grupo de trabalho que avalia o impacto dos feriados na redução
do consumo. Parente explicou que a situação dos reservatórios
é que serviria de referencial. Assim que se chegasse a esse nível
de alerta, o feriado seria decretado. O ministro não adiantou,
no entanto, detalhes sobre o feriado e que níveis seriam considerados
para o gatilho. (Jornal do Commercio - PE - 03.07.2001)
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4- SC lidera a economia de luz no Sul |
O Estado de Santa Catarina economizou 6,9% de energia em junho
de 2001 comparado à projeção de consumo para o mês, segundo dados
da Celesc. Em junho do ano 2000 o Estado consumiu 1,49 mil MW
médios. Em 2001, o consumo do período foi de 1,484 mil MW médios,
diante de uma previsão de gasto que atingiria 1,594 mil MW médios.
Apesar de não se ter atingido a meta de racionalizar 7% da energia
consumida, o resultado em Santa Catarina é visto como positivo
pela Celesc. O desempenho está acima da média verificada na Região
Sul pelo ONS, que até o dia 29.06.2001 havia registrado percentual
de 5,2% de redução. (Diário Catarinense e Jornal de Santa Catarina
- 03.07.2001)
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5- DF reduz o consumo de energia em 24,70% |
Fechado o primeiro mês de racionamento de energia, o Distrito
Federal registrou um consumo 24,70% menor que o da média dos meses
de maio, junho e julho do ano 2000. Desde maio, quando teve uma
queda de consumo de 50 MW/médio, a CEB vem acumulando índices
positivos em relação ao racionamento. Este mês, a redução de consumo
alcançou 100 MW/médio, o equivalente a geração de uma hidrelétrica
como Corumbá IV e metade da produção de Corumbá III. (Jornal de
Brasília - 03.07.2001)
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6- RJ ultrapassa meta de redução de consumo |
O Estado do Rio de Janeiro conseguiu em junho de 2001 ultrapassar
a meta de 20% na redução do consumo de energia elétrica determinada
pelo Governo. Na área de concessão da Light a redução ficou em
21,9% em comparação com a média do período entre maio e junho
do ano 2000. A Cerj informou que a economia alcançada em junho
de 2001 foi de 28,5%, em relação ao consumo projetado pela concessionária
para o período. De acordo com o diretor comercial da Cerj, Mário
Rocha, o setor que mais economizou foi o residencial, com 34%,
seguido pelos setores comercial e industrial, com 23% e 22% respectivamente.
(Jornal do Commercio - 03.07.2001)
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7- Eletropaulo registra queda de 25,6% no consumo |
A Eletropaulo registrou uma queda de 25,6% no consumo de energia
em junho de 2001, em relação ao ano 2000. O número está dentro
das estimativas da empresa, que esperava por uma economia entre
25 % e 27%. No dia 30.06.2001, a redução foi de 32,9%. A comparação
é feita com base na soma das metas dos 4,6 milhões de clientes
da concessionária. A área de distribuição da Eletropaulo abrange
a capital e mais 23 municípios do Estado de São Paulo e representa
40% do consumo no Estado e 13% do Brasil. A Grande São Paulo será
a primeira do País a diminuir, em até 5%, a tensão da rede elétrica.
A Eletropaulo já está comunicando aos consumidores que a redução
começa na próxima semana. Nas outras regiões onde há racionamento
a queda na tensão vai ser feita nos próximos 30 dias. (Estado
- 03.07.2001)
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8- Coelba calcula queda de até R$ 150 mi com racionamento
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Com o racionamento, a estimativa inicial da Coelba para 2001 é
de perda de margem operacional em torno de R$ 140 mi a R$ 150
mi. O valor corresponde à queda de mercado e redução de receita,
mas ainda não há um estudo da distribuidora que defina o impacto
da economia de consumo de energia no resultado final do exercício
contábil de 2001, nem mesmo qual reflexo que o racionamento terá
no balanço patrimonial da empresa, que no ano 2000 registrou uma
receita operacional bruta de R$ 1.498.158.000 (faturamento sem
dedução de impostos). Mesmo com perda na arrecadação, a Coelba
deve manter os investimentos previstos, como expansão de rede,
por exemplo. (A Tarde - 03.07.2001)
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9- Racionamento está gerando prejuízo para a CEB |
Apesar dos números divulgados no dia 02.06.2001 mostrarem a adesão
d a população brasiliense ao racionamento, a economia também está
gerando prejuízo para a CEB. "A situação da empresa é muito ruim
por conta do racionamento. É preciso saber quem vai pagar esta
conta", questiona o presidente da CEB, Rogério Vilas Boas. Com
a queda no consumo a companhia deve deixar de faturar aproximadamente
R$ 10 mi este mês, em comparação com o mesmo período do ano 2000.
A perda é ainda maior se forem levadas em conta as projeções de
expansão para o mercado de energia elétrica do DF. "A economia
em relação aos planos de crescimento da companhia ultrapassa 30%",
diz o presidente. (Jornal de Brasília - 03.07.2001)
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10- Cemig diz que não tem como efetuar cortes de energia
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A Cemig não terá condições de cumprir a determinação do governo
de cortar a energia dos consumidores que não cumprirem a meta
de redução de 20% do consumo. Segundo a empresa, 10% a 12% dos
consumidores residenciais da Cemig deverão pagar a sobretaxa por
não terem ficado dentro da meta de consumo estabelecida. A sobretaxa
deverá atingir mais de 420 mil clientes, mas a empresa só tem
condições de realizar de 50 a 60 mil cortes de energia por mês,
o que não atende nem mesmo o número total de inadimplentes do
mês. Segundo o coordenador da Operacionalização do Racionamento
na Cemig, Elmar de Oliveira Santana, a estatal não está preparada
para executar a punição por corte imposta pela CGE e não pretende
fazer qualquer investimento nessa área. (Jornal do Brasil - 03.07.2001)
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11- Cemig cumpre meta para iluminação pública |
Terminou
no dia 30.06.2001 o prazo para que os municípios brasileiros reduzam
em 35% o consumo de energia em iluminação pública, mas nem todos
conseguiram realizar os desligamentos no período estipulado CGE.
Em Minas Gerais, todos os 853 municípios do estado foram enquadrados
na meta determinada. A Cemig atingiu, no dia 01.07.2001, a meta
de corte em todos os 774 municípios de sua área de concessão,
que correspondem a 90,7% das cidades mineiras. De um total de
1,5 mi de lâmpadas em sua rede de distribuição, os técnicos conseguiram
desligar 504 mil lâmpadas a um custo de R$ 1,50 por cada poste
operado. A Cemig envolveu 400 homens nessa operação, com uma média
de 120 lâmpadas desligadas por dia. 'O problema não foi desligar,
será religar. Estamos calculando um custo mínimo de R$ 3,00 por
poste quando as religações forem autorizadas pelo governo', disse
o superintendente de operação e distribuição da Cemig, César Vaz
de Melo. (Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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12- Plano B do governo deixa delegacias e trânsito
a salvo de apagão |
A CGE deve concluir na primeira semana de julho de 2001 plano
que estabelece critérios para o corte de energia, e que será adotado
caso o racionamento fracasse. Segundo foi apurado, o plano prevê
que delegacias e presídios não podem ser cortados à noite e não
pode haver interrupção no fornecimento de energia para controle
de tráfego nas grandes cidades na hora de maior movimento. (Folha
- 02.07.2001)
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13- Especialistas dizem que racionamento ainda pode
ser questionado |
Ficou mais difícil, mas questões relacionadas ao racionamento
de energia elétrica ainda podem ser discutidas na Justiça, afirmam
especialistas. A dificuldade fica por conta da decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF), que declarou a constitucionalidade da
Medida Provisória (MP) 2.512. Arystóbulo Freitas, integrante da
Comissão de Defesa do Consumidor da seccional paulista da OAB-SP,
explica que com relação ao cerne da questão, se a MP é ou não
constitucional, pouco pode ser feito. 'Mas o consumidor pode brigar
com relação às questões periféricas, como as que dizem respeito
à meta de economia, às distorções no consumo e à sobretaxa.' (Gazeta
Mercantil - 03.07.2001)
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14- Governo estuda importação de grupos geradores flutuantes
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O secretário de Energia de São Paulo e integrante da CGE, Mauro
Arce, confirmou que, em breve, o governo vai anunciar o plano
de emergencial de fornecimento de energia. Segundo disse, o plano
prevê a adição de 4 mil MW ao parque gerador nacional, sendo 1
mil MW para o Nordeste e o restante para o Sudeste e Centro-Oeste.
O governo estuda que esse incremento venha, inclusive, por meio
de barcaças que levariam grupos geradores dentro de contêineres.
Segundo ele, a Câmara de Gestão já dispõe de dados suficientes
sobre os pontos para colocação dessas unidades. "Localizamos as
subestações mais próximas do litoral", afirma. O governo estuda
importar os complexos de países como Gana e Malásia. (Gazeta Mercantil
- 03.07.2001)
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15- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Racionamento pode virar grande negócio para distribuidoras
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O racionamento pode virar um excelente negócio para as distribuidoras
de energia. Elas poderão ganhar mais dinheiro sem vender eletricidade
do que com o fornecimento normal de luz. O anexo 5, item da legislação
dos contratos entre empresas de geração e de distribuição de energia,
coloca em jogo mais de R$ 5 bi, de acordo com o governo. Ao pé
da letra, o anexo 5 diz que as geradoras devem pagar às distribuidoras
por parte da energia que deixarão de entregar em razão do racionamento.
O problema é que a base de cálculo da fatura é a cotação da eletricidade
no mercado atacadista, cujos preços explodiram com a crise. A
cotação está em R$ 684,00 por MWh, mais de dez vezes o preço médio
da energia. Ou seja, a indenização pela energia que deixará de
ser vendida seria calculada com uma cotação muito mais generosa
do que os R$ 60,00 por MWh que a distribuidora receberia numa
situação normal. (Folha - 01.07.2001)
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2- Geradoras questionam anexo 5 |
As geradoras de energia questionam a validade do anexo 5. Segundo
as empresas, os contratos prevêem que o anexo não seja aplicado
em momentos de crise extrema, como agora. "A legislação tem termos
contraditórios", diz Marcos Severini, analista de energia da Sudameris
Corretora. "Podem ocorrer intermináveis brigas jurídicas em torno
do cumprimento do anexo." Oficialmente, Brasília diz que vai seguir
o que está em contrato. "A respeito do anexo 5, o governo honrará
contratos. Não pode haver governo sério que não honra contratos",
disse o presidente Fernando Henrique Cardoso no dia 28.06.2001.
Como não se sabe em que termos o governo vai cumprir o anexo 5,
a disputa é intensa. Os interesses das geradoras e do governo
se misturam porque a maior parte dessas companhias é controlada
pela União. Do outro lado, as distribuidoras mobilizaram todos
os recursos ao seu alcance para fazer pressão. (Folha - 01.07.2001)
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3- Prejuízo das geradoras pode ser repassado aos consumidores
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Além de decidir se o anexo 5 vale ou não, a grande dúvida é quem
vai pagar a conta final. Pelos cálculos do governo, a conta pode
superar os R$ 5,5 bi se o racionamento durar mais do que sete
meses. Entre as distribuidoras, cresce o movimento por um acordo
que inclua aumento de tarifas. Segundo o presidente de uma distribuidora,
a idéia é que as geradoras paguem o anexo 5 em dinheiro e títulos.
Dentro de um ano, as geradoras ganhariam um aumento de tarifa
como compensação. Para o consumidor, a conta de luz aumentaria
em 15%. "A expectativa das distribuidoras é que o prejuízo das
geradoras seja repassado aos consumidores por meio de aumento
de tarifa", diz Marcos Chaves Ladeira, advogado especializado
em energia. (Folha - 01.07.2001)
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4- Empresários demonstram pouco interesse por novas
PCHs |
O Programa para Contratação de Energia Elétrica de Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCH-Com), lançado pela Eletrobrás em março de 2001,
corre o risco de não se viabilizar. Embora a estatal ofereça aos
empreendedores a garantia de comprar toda a energia gerada, sem
contar o financiamento de 80% dos projetos, por intermédio do
BNDES, os empresários estão refratários ao valor de R$ 67 por
MWh fixado pela estatal. Consideram esse valor insuficiente para
viabilizar os projetos de PCHs. Na última semana de junho de 2001,
terminou o prazo para a entrega de propostas dentro do programa
PCH-Com. Segundo fontes do mercado, houve pouco interesse do empresariado:
as propostas se limitariam a 80 MW. A Eletrobrás não confirmou
as informações. (Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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5- CFLCL já possui projeto e equipamento para a instalação
de cinco PCHs |
A Cataguazes-Leopoldina já possui projeto e equipamento comprado
para a instalação de cinco novas pequenas usinas na região da
Zona da Mata mineira, que somarão uma potência instalada de novos
100 MW. A Cataguazes já possui licença prévia de construção concedida
pela Aneel e trabalha agora para obter as licenças ambientais.
Mas a maior dificuldade está nas negociações para a compra de
terrenos às margens dos reservatórios, que, segundo a empresa,
caminha para impasse com os proprietários. "Vamos entrar com pedido
para que a Aneel declare as áreas de utilidade pública", disse,
o que viabilizaria a desapropriação das áreas. Calcula-se que
se as construções começarem até o agosto de 2001, as PCHs estariam
concluídas em agosto de 2002. (Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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6- Empresas do Canadá se interessam pelo Brasil |
O Brasil, segundo pesquisa feita pelo Ministério da Indústria
do Canadá com 350 empresas do setor de energia, é considerado
hoje o terceiro mercado mais importante que elas gostariam de
desenvolver, depois de China e Índia. 'Podemos oferecer soluções
de curto prazo para ajudar o Brasil', diz Gerald Wright, analista
principal da divisão de manufaturas do ministério. 'Nós, canadenses,
temos consciência de que podemos ajudar a minimizar o problema;
se julgarem que é uma boa idéia, podem usá-la', diz Franz Brandemberg,
referindo-se à crise de energia brasileira e à Aneel. Ele vai
visitar, nas duas primeiras semanas de julho de 2001, especialistas
e empresas nas províncias de Québec e Ontário, com o brasileiro
Marcos José Almeida Duarte, da consultoria de energia Pró-Ativa,
de Porto Alegre. O relatório pretende mostrar a capacidade canadense
nas áreas de distribuição, transmissão e geração de energia elétrica,
no setor de equipamentos e até no campo de energias alternativas,
como solar e eólica. (Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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7- Crise energética acelera planos de empresas canadenses
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A SBB International e a Powerbase são dois exemplos do interesse
canadenses no setor de energia brasileiro. A primeira começou
a exportar torres de transmissão de energia para a Cemig no final
do ano 2000. O executivo para operações internacionais da SBB,
David Michael Crouch, explica que as torres de alumínio são usadas,
no Canadá e EUA, quando ocorre um tornado, por exemplo, e a rede
é derrubada. Mas no Brasil, em função da privatização do setor,
as torres estão sendo usadas para expandir as linhas e evitar
multas pelo não cumprimento de metas. A crise energética está
acelerando esses planos. A SBB já negocia novas exportações com
Furnas e Copel. A Powerbase, empresa que fabrica sistemas de controle
para usinas hidrelétricas de pequeno porte, está em busca de um
parceiro no Brasil que fabrique turbinas ou geradores a diesel.
'Queremos um sócio brasileiro, fabricante de turbinas, para que
possamos acoplar nosso sistema e vender o pacote já pronto', diz
o vice-presidente para vendas e marketing da Powerbase, Yves Grandmaitre.
(Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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1- Na primeira semana de leilões, negócios reduzidos
e preços ainda longe do consenso |
Na semana de estréia, os leilões de energia realizados na Bovespa
pela Asmae confirmaram as previsões e tiveram volume de negócios
muito pequeno. Analistas divergem sobre o futuro deste novo mercado,
mas há uma certeza: os preços da energia nas ofertas de compra
e venda dos leilões estão longe de um consenso. Dos mais de 9,6
mil MWh ofertados, somente 890 MWh foram negociados nos cinco
leilões. O motivo não foi falta de ofertas de compra, mas a diferença
entre os preços dos vendedores e os dos compradores. O total de
propostas de compra ultrapassou 20,2 mil MWh. O menor preço do
MWh negociado foi de R$ 539. Até o dia 28.06.2001, 94 empresas
haviam se cadastrado para os leilões, segundo a Asmae. (Jornal
do Commercio - 02.07.2001)
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2- Na área da Light, empresas não demonstram interesse
por leilões |
Na área da Light, que distribui 75% da energia do Estado do Rio,
até o dia 29.06.2001 nenhuma empresa mostrou interesse nos leilões.
De acordo com o gerente de grandes contas da empresa, Luiz Carlos
Santiago Leal, somente cinco dos 97 clientes de alta tensão (classe
A) com demanda contratada acima de 2,5 MWh solicitaram o Certificado
de Direito de Uso de Redução de Meta, documento negociado nos
leilões ou em transações bilaterais. (Jornal do Commercio - 02.07.2001)
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3- CPFL vende energia em site |
A CPFL decidiu inovar e está permitindo que seus clientes corporativos
ofereçam no seu site o excedente da energia elétrica de suas cotas
àqueles que precisam gastar mais para manter o ritmo dos negócios.
Nos últimos três dias úteis em que a empresa lançou a novidade
foram vendidos o equivalente a R$ 300 mil em energia elétrica,
afirmou o diretor comercial da CPFL, Oswaldo Seltrin. Ele explica
que tão logo a Aneel regulamentou a possibilidade de venda do
excedente da cota das empresas que não utilizem a energia para
aquelas que precisam, a empresa pode lançar o serviço, via Internet,
porque já havia preparado sistemática para atuar no MAE. O site
www.cpflbusiness.com.br
ganhará também campanha publicitária enfatizando que a energia
elétrica pode não ser o negócio de uma empresa, mas ela pode ganhar
dinheiro com ela. Para Seltrin, como a sistemática do MAE já estava
pronto foi fácil adaptar o modelo de negócios via Internet. A
expectativa é que, face ao racionamento, esse mercado cresça.
(Estado - 03.07.2001)
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4- Bolsa de Energia vende 20 mil MWh em Minas Gerais |
A Bolsa de Energia coordenada pela Cemig e Federação das Indústrias
de Minas Gerais (Fiemg) comercializou cerca de 20 mil MWh na última
semana de junho de 2001, quando começou a operar. O valor negociado
do MWh na bolsa no Estado foi de R$ 300 a R$ 400. ''O MAE não
funcionou'', constatou Bernardo Alvarenga, superintendente de
Relacionamento Comercial com Clientes Corporativos da Cemig. (Jornal
do Brasil - 03.07.2001)
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1- Para BC, crise energética deverá trazer queda do
nível de atividade |
Segundo o relatório da última reunião do Copom o racionamento
de energia elétrica deverá trazer como principal conseqüência
a intensificação do processo de arrefecimento do nível atividade
que já apresentava sinais de perda de dinamismo nos meses que
antecederam à crise de energia elétrica. Esta perda de dinamismo
não é apenas pela restrição da oferta de energia, mas também pela
deterioração das expectativas, à medida que contribui para prolongar
a instabilidade política doméstica assim como a redução nos níveis
de consumo e de investimento. Entretanto, a intensidade do impacto
do racionamento sobre o nível do produto ainda é uma questão em
aberto. Ela dependerá, entre outros, da capacidade de racionalização
das empresas, da auto-geração, da transferência intersetorial
da produção e da substituição de fontes de energia. De qualquer
modo, espera-se redução no ritmo da atividade econômica. Como
conseqüência, devem-se observar impactos nos fluxos de exportações
e importações que poderão redundar em melhora no saldo comercial
nos próximos meses. Finalmente, os efeitos do racionamento sobre
o nível geral de preços da economia tendem a ser minorados, o
que restringe o repasse de elevação de custos para os preços ou
ainda aumentos decorrentes da redução de oferta. (Bacen e UFRJ
- 27.06.2001)
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2- Segundo o BC, reajuste de tarifas será responsável
por metade da inflação |
O reajuste das tarifas públicas será responsável por exatamente
metade da inflação prevista pelo Banco Central para 2001. A alta
dos preços administrados pelo governo terá um impacto de 2,9 pontos
percentuais na inflação de 2001, estimada em 5,8%. O impacto previsto
pelo Banco Central é o dobro do estimado há apenas três meses,
no relatório de inflação de março. A revisão se deve ao impacto
da alta do dólar e da cotação do petróleo sobre o preço dos combustíveis,
que deve ter reajuste em julho. Segundo o Banco Central, o principal
impacto da alta do dólar recai sobre as tarifas públicas. Quando
as tarifas públicas entram nas contas do Banco Central, o repasse
da alta do dólar sobre a inflação sobe a 20% no final de um ano.
Nessa conta está incluído, por exemplo, o impacto que a alta do
dólar tem no IGP-M, que é usado na correção dos preços da energia
elétrica. As tarifas de energia elétrica devem ter reajuste de
20% em 2001, sem considerar os impactos da sobretaxa, que não
entra no cálculo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo),
para os consumidores que excederem a meta. (Folha - 30.06.2001)
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3- OCDE: crise energética afetará crescimento |
A crise energética brasileira vai afetar o crescimento da economia
em 2001. A conclusão é do primeiro relatório da Organização de
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre o Brasil,
divulgado dia 02.07.2001, na Fundação Getúlio Vargas. Entretanto,
segundo o estudo, haverá uma redistribuição do crescimento em
diversos setores - como na área energética - e, se a crise não
se estender até 2002, a previsão do BC de crescimento do PIB entre
3,5% e 4% deverá se manter. Ao apresentar o estudo, o diretor
da OCDE, Val Koromzay, fez uma análise da atual situação econômica
do brasil e suas debilidades como a vulnerabilidade proveniente
da dívida externa, instabilidade financeira e problemas fiscais
e sociais. Apesar desses desafios, Koromzay disse estar muito
otimista no que concerne às políticas do governo de controle da
inflação e no sucesso da busca da estabilidade econômica. (Jornal
do Brasil - 03.07.2001)
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4- Bônus latino-americanos se valorizaram no 1º semestre |
Brasil e Argentina andaram na contramão dos países emergentes
no primeiro semestre: viram seus bônus desvalorizar, enquanto
todos os demais apresentaram altas que, em média, superaram os
10%. Os papéis argentinos foram os mais castigados, com uma queda
de 6,7%. Os brasileiros ficaram mais estáveis e perderam 0,2%.
A má performance dos dois principais integrantes do Mercosul fez
com que a média de valorização dos bônus das nações latino-americanas
fosse de 1,2% de janeiro a junho. Os títulos da dívida dos demais
emergentes tiveram valorização média de 17,4% no período. " De
todos os países emergentes, a Argentina é o único que registrou
uma queda importante na cotação dos títulos no primeiro semestre
" , afirma um analista. (Valor - 03.07.2001)
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5- Risco-país argentino volta a superar os 1.000 pontos
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Refletindo a insegurança no mercado com a instabilidade argentina,
o índice de risco argentino, medido pelo EMBI+, do JP Morgan,
rompeu no dia 02.07.2001 a barreira dos 1.000 pontos, fechando
o dia em 1.062 pontos-base acima do rendimento dos bônus do Tesouro
americano. A Argentina procura atrair novos investimentos e tranqüilizar
o mercado de que o plano para desvalorizar o peso em operações
de importação e exportação não causará uma desvalorização mais
ampla da moeda argentina. No dia 03.07.2001, o FRB, papel argentino
mais líquido, caiu 1,52% para 81,25% do valor de face. O prêmio
de risco ficou em 1.355 pontos básicos. O C-Bond, título brasileiro
mais negociado, fechou em alta de 0,17% e valia 74,50% do valor
de face. (Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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6- Dólar sobe para R$ 2,333 e juro cai |
O mês começou com poucos negócios no mercado financeiro. Mesmo
assim, a cotação do dólar comercial subiu 0,78% para R$ 2,333,
na venda. A proximidade do feriado nos Estados Unidos (04.07.2001),
e a instabilidade econômica na Argentina fizeram algumas operações
comerciais e de 'hedging' serem antecipadas. As projeções para
as taxas de juros fecharam em baixa. Entre os operadores existe
o consenso de que o Copom não irá reduzir a taxa básica de juros,
a meta Selic que está em 18,25% ao ano, antes de julho. Mesmo
assim, as taxas de juros futuros caíram. 'Foi um ajuste técnico
porque as taxas estavam muito elevadas', disse um operador. Os
juros para janeiro de 2002 saíram de 22,70% para 22,46% ao ano.
O contrato a termo de DI, de um ano, saiu de 23,40% para 23,18%.
(Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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7- Co-geração energética atrai recursos de US$ 50 mi |
Depois das termelétricas - flutuantes e não-embarcadas - e dos
parques eólicos, é a vez dos investimentos em co-geração. A Energy
Works do Brasil, produtora independente de energia, empresa do
grupo espanhol Iberdrola, projeta aplicar US$ 50 mi em oito projetos
de grandes indústrias para gerar 50MWh no Ceará. Os projetos serão
implementados em 18 meses, segundo Luiz Fernando Mendes, presidente
da Energy Works, que esteve em Fortaleza visitando clientes e
prospectando negócios. (Gazeta Mercantil Ceará - 03.07.2001)
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8- Fundos apresentam proposta de investimento em energia
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Os fundos de pensão propuseram ao ministro Pedro Parente a utilização
para investimento em geração de energia do dinheiro que vem sendo
provisionado para pagamento de Imposto de Renda. Há anos o governo
e os fundos brigam na Justiça para definir se eles devem ou não
pagar imposto. Enquanto não se decide, fundos são obrigados a
deixar os recursos provisionados. Até agora são R$ 8 bi. Só a
Previ tem R$ 2 bi. (O Globo - 03.07.2001)
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9- Risco Brasil não mudou para a S&P |
Pouco mudou na economia para que a Standard & Poor's mudasse a
classificação de risco soberano do Brasil, cujo 'rating' de BB-
para crédito de longo prazo em moeda estrangeira foi reafirmado,
no dia 30.06.2001, assim como mantidas as notas de BB+ para o
crédito longo em moeda local e B para o curto prazo. A analista
principal de Brasil na S&P, Lisa Schineller, enumerou como fatores
positivos 'uma estratégia macroeconômica consistente', incluindo
o regime de câmbio flutuante e o correlato sistema de metas para
a inflação. 'As intervenções do BC no câmbio não significam mudança
de regime. Continua sendo de livre flutuação', observou, lembrando
que bancos centrais, o Federal Reserve americano incluído, praticam
a chamada 'flutuação suja', quando entendem que o mercado está
sustentando paridades que não condizem com os fundamentos macroeconômicos
das moedas. 'O BC brasileiro adotou uma política mais pró-ativa
para fortalecer a moeda.' (Gazeta Mercantil - 02.07.2001)
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1- Usina térmica reforça a oferta de energia da CFLCL
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A Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina (CFLCL) inaugura
em setembro de 2001 a primeira fase da termelétrica que está construindo
em Juiz de Fora, em MG. No total, serão investidos R$ 165 mi,
para uma potência de 103 MW, pelo consórcio formado pela Cat Leo
Energia, subsidiária de geradora mineira, e a norte-americana
Alliant Energy. Com essa usina, a Cataguazes-Leopoldina será auto-suficiente
em geração e ainda terá excedente para oferecer ao sistema nacional.
A primeira turbina entra em operação em setembro próximo, com
40 MW de potência, e a segunda de igual capacidade, em dezembro.
Ambas em ciclo simples. A turbina a vapor aproveitará o calor
produzido pelas duas primeiras e fechará o ciclo combinado. Entra
em operação em outubro de 2002, injetando no sistema outros 23
MW. (Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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1- Economia do RJ se expandirá, apesar do racionamento
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O secretário estadual de Planejamento, Desenvolvimento e Turismo
do RJ, Tito Ryff, afirma que, apesar do impacto do racionamento
de energia, a economia fluminense tem condições de expandir-se
a passos largos também nos próximos anos. Como principais fatores
favoráveis para o estado, o secretário indica: 1) a maturação
dos R$ 53 bi que foram investidos nos diversos setores no biênio
1999/2000; 2) a segunda posição no ranking de intenção de investimentos
para 2001, registrada por pesquisa da consultoria Simonsen & Associados.
O PIB fluminense começou os anos 90 em queda de 0,94%, em 1990,
e, em 1991, registrou queda ainda maior: de 4,06%. A partir daí,
o desempenho foi melhor, e a economia do estado foi se recuperando
lentamente, registrando crescimento dois pontos percentuais a
cada ano, chegando a 7,17% em 1996. Em 1997, entretanto, o PIB
do Estado caiu quase seis pontos percentuais, fechando em alta
de apenas 1,71%. Tem se recuperado desde então. (O Globo - 02.07.2001)
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2- Rondônia terá primeira usina de briquetes do Ibama
para gerar energia |
Pimenta Bueno será o primeiro município de Rondônia a construir
uma usina de compactação de briquetes de alta densidade e qualidade
produzidos a partir do lixo madeireiro, pó de serra e pedaços
descartados nas serrarias, para geração de energia elétrica de
baixo impacto ambiental proveniente da biomassa vegetal. O modelo
foi desenvolvido pelo pesquisador do Laboratório de Produtos Florestais
do Ibama, Waldir Ferreira Quirino, para aproveitar resíduos na
substituição da lenha convencional usada nas termelétricas. O
Protocolo de Intenção foi assinado no dia 29.06.2001 pelo presidente
do Ibama, Hamilton Casara, e a prefeita do município, Maria Inês
Baptista da Silva Zano. (Agência Brasil - 01.07.2001)
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3- Vale investirá em energia no Norte |
O
Norte do Brasil será o próximo alvo da Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD) para investimentos em geração de energia. A disputa por
concessões para construção de hidrelétricas como Tocantis-Xingú
(TO), Serra Quebrada (TO), Santa Isabel (TO), Estreito (TO) e
Belo Monte (PA) vão marcar os novos passos da companhia nos leilões
da Aneel, segundo antecipou seu presidente, Jório Dauster. A expectativa
da Aneel é que o próximo leilão de aproveitamentos hidrelétricos
ocorra ainda em novembro de 2001. Na última semana de junho de
2001, a Vale venceu, em consórcio, a disputa pela concessão da
usina de Foz do Chapecó, que ficará localizada no Rio Uruguai,
em SC. Com a aquisição dos cerca de 850 MW que serão gerados com
a construção da usina, a empresa passará a produzir 6% da energia
que consome. (Gazeta Mercantil - 03.07.2001)
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4- Comércio é contra reescalonamento de horário |
Representantes da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio)
e da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado
do Rio de Janeiro (Faciarj) manifestaram-se contra a proposta
de reescalonamento ou mudança de horário de funcionamento do comércio
no Rio apresentada no dia 02.07.2001 pelas secretarias estadual
e municipal de Transportes para desafogar o trânsito da cidade
e contribuir para as medidas de racionamento de energia. A sugestão
é de expediente das 10 às 17 horas para o funcionalismo público
e municipal e horário de funcionamento, das 7 até 17 horas, para
a indústria. Para o comércio, a proposta é de fechamento às 18
horas. Não houve acordo e nova reunião será marcada para quinta-feira,
na tentativa de o governo fechar a tabela de horários. (Gazeta
Mercantil - RJ - 03.07.2001)
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5- Fecomércio discutirá horário de funcionamento para
o setor |
A Fecomércio reunirá seus principais executivos e representantes
dos sindicatos que engloba em todo o Estado no dia 09.07.2001,
para discutir um horário de funcionamento para o setor que não
prejudique o desempenho das vendas. 'Não podemos estabelecer um
horário fixo de abertura e fechamento para o comércio, uma vez
que cada segmento tem horário de pico e atividades específicas,
que não se aplicam a esse tipo de controle. Não mensuramos possíveis
perdas se esta proposta fosse aceita, porque é inviável que um
setor com 210 mil empresas funcione dessa maneira', comenta Natan
Schipe, diretor da Fecomércio. 'Vamos discutir as melhores formas
de atendimento ao cliente na reunião que realizaremos na segunda-feira,
na sede da entidade', assinala. (Gazeta Mercantil - RJ - 03.07.2001)
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1- Comissão européia deve dar parecer favorável a compensações
espanholas |
A Comissão européia planeja "resolver favoravelmente" o processo
aberto contra a Espanha por causa das compensações de US$ 6,657
bi concedidas às companhias elétricas se chegar a conclusão que
elas não foram ajudas estatais, consideradas ilegais. Fontes indicam
que a comissão pode resolver este assunto esse mês, o que retiraria
as sanções que recaíam sobre a Espanha. Há meses a comissão vem
tentando fazer com que as ajudas se autorizem somente em parte,
autorizando apenas as ajudas destinadas ao setor nuclear. As modificações
feitas pelo governo espanhol em fevereiro de 2000, que reduziram
as garantias oferecidas às empresas, foram fundamentais para que
a comissão revisse o assunto. As empresas fornecedoras têm reclamado
ao governo às ajudas estipuladas à princípio, mas com o novo sistema,
dificilmente elas receberão a ajuda pendente, já que o recebimento
do dinheiro estaria agora vinculado à evolução do preço do KW,
que não deve superar seis pesetas até o ano 2010. (El Pais - 03.07.2001)
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2- Proposta de compra da Montedison é aceita |
Lançada no dia 02.07.2001, a oferta de compra da Montedison feita
pela Italenergia parece já ter sido bem sucedida. No dia do lançamento
da oferta, a Fiat, a EDF e seus aliados já tinham a certeza de
ter obtido 52,09% do capital do conglomerado italiano. A operação,
apresentada pela Italenergia como a primeira etapa de um programa
ambicioso para se transformar num protagonista importante no processo
de abertura e renovação do mercado italiano de eletricidade não
enfrenta problemas. Assegurado pelo caráter nacional da união
de grandes empresas e dos três principais bancos do país, o governo
italiano anunciou sua neutralidade ativa dentro da ofensiva contra
Montedison. Dentro desta perspectiva, uma contra-oferta da Mediobanca,
adversária da Italenergia na compra, parece uma hipótese excluída.
O banco pode apenas tentar o impedimento da compra, já que a lei
italiana exige que a empresa tenha 69% do capital de uma empresa
para que esta possa ser divida. (Le Monde - 03.07.2001)
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3- Portugal tem novo grupo especializado em energia |
Acaba
de ser criado um novo grupo especializado no mercado energético
português, o Grupo Turbomar, que é constituído por cinco empresas
que pretendem afirmar-se na primeira linha deste setor. A Turbomar
Energia, a Grupitel, a Finamotor, a Turbodiesel e a Turborádio
passaram a ser participantes da Turbomar-Participações SGPS, se
beneficiando do aumento das competências e sinergias, e apostando
em "aumentar a qualidade dos serviços atualmente prestados e garantir
uma base sólida para o investimento em novas áreas de negócio".
O novo grupo pretende investir na área de negócio da cogeração,
bem como na expansão da área de negócio de sistemas estáticos.
Além disso, a Turbomar irá privilegiar a qualidade e sofisticação
dos equipamentos e serviços na área do aluguel de grupos electrogéneos.
Entre outras apostas do grupo encontram-se o lançamento de novos
produtos na área dos sobressalentes, acessórios e equipamentos,
e o aumento da eficiência e da qualidade dos serviços de assistência
pós-venda. (Semanário Econômico - 02.07.2001)
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4- Califórnia libera contratos de energia |
A Califórnia liberou detalhes sobre quatro dos contratos com companhias
de energia no dia 02.07.2001. O governador vinha recusando a meses
a liberação dos contratos assinados pelo estado, afirmando que
estes deveriam permanecer secretos, para evitar o aumento de preços.
Um juiz ordenou a liberação depois que diversas organizações,
incluindo a Associate Press, entraram com processos contra o Estado.
Os contratos revelam toda a estratégia da Califórnia sobre a compra
diárias de energia e, se os especialistas estiverem certos, as
empresas geradoras de energia poderão usá-los para controlar suas
vendas e subir seus preços. Alguns funcionários do Estado criticaram
os contratos, dizendo que estes são muito longos e que o estado
pode se complicar se os preços da energia caírem. (New York Times
- 03.07.2001)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho
e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
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de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
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pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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