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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 664 - 18 de junho de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Aneel concede reajuste de tarifa

A Aneel autorizou reajuste de 19,33% para as tarifas de energia elétrica da Companhia Força e Luz Cataguases-Leopoldina (CFLCL) e de 16,25% para a Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo (Cenf). As novas tarifas entram em vigor no dia 18.06.2001. Os percentuais autorizados são limites máximos, sendo permitido às empresas a aplicação de reajustes em patamares inferiores aos autorizados. As tarifas de fornecimento de energia elétrica são reajustadas anualmente, na data de assinatura dos contratos de concessão firmados entre as concessionárias e a Aneel. No cálculo dos índices, a Aneel considera o repasse da variação dos custos que as empresas tiveram no decorrer de 12 meses: custos não gerenciáveis (energia comprada, Conta de Consumo Combustível (CCC), Reserva Global de Reversão (RGR), taxa de fiscalização e encargos de transmissão); e custos gerenciáveis, sobre os quais incide o IGP-M, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. (Valor - 18.06.2001)

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2- Asmae vai passar por nova fiscalização

O diretor geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, anunciou, no dia 15.06.2001, que o órgão regulador fará nova fiscalização na Asmae, a partir do dia 18.06.2001, para, em no máximo de três semanas, indicar causas da demora na implantação da estrutura da entidade, já que cerca de R$ 90 mi foram gastos nesse processo pelas concessionárias. Com relação à fiscalização, Abdo revelou que a iniciativa da agência tem por objetivo aprofundar a auditoria realizada no MAE a partir de abril de 2001. Ele justificou a medida pelo fato de que os resultados da auditoria não agradaram à diretoria do órgão regulador. Entre outros itens, a nova fiscalização deverá analisar os critérios de contratação de funcionários e a destinação dos recursos até o momento investidos na montagem da infra-estrutura da entidade. 'A fiscalização produzirá resultados em duas, no máximo, três semanas. Só não vamos incorrer em pré-julgamentos sem antes dispormos das informações coletadas', disse. (Gazeta Mercantil - 15.06.2001)

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3- Sai novo substitutivo ao projeto de lei de energia

O deputado José Carlos Aleluia preparou uma terceira versão para substitutivo ao projeto de lei 2.905, que reestrutura o setor elétrico. A nova versão será discutida no dia 18.06.2001, a partir das 14h30, em reunião das concessionárias de distribuição, no Rio. O novo texto incorpora as modificações que o MME considerou necessárias por causa da crise. Com o substitutivo de Aleluia, completa-se o arcabouço legal para que o Sistema Eletrobrás possa aliviar a crise de energia elétrica. O novo texto também estabelece que o planejamento da expansão da transmissão passa a ser determinativo e da responsabilidade do MME. Além disso, o texto elaborado pelo deputado permitirá que a totalidade da energia gerada pela Eletronuclear e por pequenas centrais hidrelétricas, que não for negociada diretamente pelos produtores, seja adquirida e vendida pela própria Eletrobrás, que tem autorização da Aneel para atuar como comerciante de energia. (Gazeta Mercantil - 18.06.2001)

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4- Novo projeto prevê que energia será vendida com base no custo do serviço

O novo substitutivo ao projeto de lei de energia introduz uma mudança considerada 'da maior importância' para especialistas do setor. De acordo com a Lei 9.427, a energia elétrica compreendida nos contratos iniciais assinados entre as geradoras e as distribuidoras seria liberada para venda no mercado, a partir de 2003, na base de 25% a cada período de 12 meses. Então, a partir de 2006 as geradoras teriam autorização para vender 100% da energia produzida aos preços do mercado. Contudo, o substitutivo de Aleluia muda essa regra do jogo no que se refere à energia das geradoras federais. E assinala que essa chamada energia velha prevista nos contratos iniciais será repartida igualmente entre as concessionárias, através de um preço regulado pela Aneel. Ou seja, o governo, na realidade, está dizendo, por meio da proposta de Aleluia, que a energia produzida por Furnas, Chesf e Eletronorte será vendida com base no custo do serviço e não pelo preço do mercado. (Gazeta Mercantil - 18.06.2001)

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5- Eletronorte vai à Justiça para construir hidrelétrica

A Eletronorte inicia na penúltima de junho de 2001 uma batalha jurídica para manter acesa a construção, a partir de 2002, de uma hidrelétrica quase do tamanho de Itaipu: a usina de Belo Monte, em Altamira (PA), com capacidade de 11 mil MW. Uma liminar concedida no início de junho de 2001, pela Justiça Federal do Pará, determinou a suspensão dos estudos para a elaboração dos relatórios de impacto ambiental na área do futuro reservatório de Belo Monte. A Eletronorte quer derrubar a liminar o quanto antes para concluir os estudos ambientais até agosto de 2001. Depois disso, a Aneel prevê licitar o empreendimento até dezembro de 2001. (Jornal do Brasil - 18.06.2001)

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6- Câmara aprova projeto sobre conservação de energia

O plenário da Câmara aprovou no dia 12.06.2001, em votação simbólica, projeto de lei que estabelece a política nacional de conservação e uso racional de energia. A proposta, apresentada em 1993, foi modificada pelos deputados e terá que ser submetida novamente à apreciação do Senado. Pelo texto aprovado, o Poder Executivo estabelecerá níveis máximos de consumo específico de energia ou níveis mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou comercializados no País. Os níveis máximos de consumo específico de energia ou os níveis mínimos de eficiência energética e o programa de metas terão que ser submetidos à apreciação do Conselho Nacional de Política Energética. (Jornal do Commercio - 13.06.2001)

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risco e racionamento

1- GCE divulgará segundo balanço do racionamento

A GCE pretende divulgar no dia 20.06.2001, o segundo balanço oficial dos números do racionamento. No primeiro balanço, do dia 1º a 11 de junho, a economia de energia chegou a 16% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e a 18% no Nordeste. A avaliação dos números do consumo de energia e também do nível dos reservatórios que abastecem as hidrelétricas dessas três regiões será feita pelo núcleo executivo da GCE, que se reúne no dia 19.06.2001 pela manhã. Nesta reunião, será possível fazer um balanço com dados de quase dois terços de junho. Também será considerada a economia alcançada com o feriado prolongado de Corpus Christi, o que poderá subsidiar os integrantes da Câmara para uma eventual adoção do feriado às segundas ou sextas-feiras como medida adicional para a redução do consumo. (Hoje em Dia - 18.06.2001)

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2- Consumo de luz cai, mas fica abaixo da meta

O último relatório do ONS, fechado dia 17.06.2001 à noite, mostra que o consumo de energia no Nordeste caiu 19,1% desde o dia 1º deste mês em comparação à média de maio, junho e julho de 2000. No Sudeste e Centro-Oeste, a queda foi de 18,1%. Até o dia 15.06.2001, o Nordeste havia poupado 18,22% e o Sudeste/Centro-Oeste, 16,53%. Só no dia do feriado de Corpus Christi, a redução no consumo foi de 27% no Sudeste e Centro-Oeste e de 25,6% no Nordeste. Devido ao resultado obtido no final de semana prolongado, o governo pode voltar a estudar a possibilidade de adotar feriado semanal, medida que vinha sendo descartada. Uma das propostas é que o feriado às segundas ou sextas seja decretado apenas no Nordeste. O 'ministério do apagão'' vai analisar a redução do consumo de luz no feriado de Corpus Christi e a variação nesta semana para saber se realmente vale a pena prolongar todos os fins de semana. (Folha - 18.06.2001)

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3- CGE discutirá casos excepcionais

Na reunião do dia 19.06.2001, o GCE discutirá as medidas para os casos excepcionais, que faltam ser definidas para a implantação integral do plano de racionamento de energia. Entre elas estariam as regras para o setor de telecomunicações. Representantes da Associação dos Operadores de Telefonia Celular (Acel) se reunirão novamente nesta semana com integrantes da Câmara. Estão sendo estudadas regras específicas para as empresas de telefonia, como a geração própria de energia pelas operadoras para garantir o funcionamento das centrais de comutação e das estações radiobase, que concentram as ligações telefônicas. (Hoje em Dia - 18.06.2001)

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4- STF decide sobre constitucionalidade do racionamento

Ainda nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá decidir sobre a constitucionalidade ou não das medidas do programa de racionamento. Os ministros do STF julgam no dia 20.06.2001, a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) apresentada pelo governo para garantir a aplicação do programa. Os pontos mais questionados são os cortes de energia, a cobrança da sobretaxa para quem consome acima da 200 KW/h ao mês e não cumprir a cota de 20% de economia. A ADC deverá ser julgada pelos ministros do Supremo em conjunto com as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) que questionam a Medida Provisória das regras do racionamento. (Hoje em Dia - 18.06.2001)

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5- CGE deve mudar meta para produtores do Vale do São Francisco

A CGE deve definir nos próximos dias a mudança dos meses de referência para cálculo da meta de racionamento para os produtores do Vale do São Francisco. Os empresários reivindicam a troca dos meses de maio, junho e julho de 2000, período de pouca irrigação por ser chuvoso e, conseqüentemente, de menor consumo de energia, para agosto, setembro e outubro ou ainda setembro, outubro e novembro de 2000. A situação piora diante das perspectivas de seca para 2001, quando deverá ser necessário um maior volume de energia para bombear água nos 300 mil hectares de área irrigada. (Jornal do Commercio - PE - 18.06.2001)

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6- ANP é contra retomada de Angra 3

Na última reunião da GCE, o diretor brasileiro da estatal Itaipu, Euclydes Scalco, mencionou a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3, um projeto US$ 1,7 bi e quatro anos de obras, no mínimo. Quando Scalco encerrou sua fala, o diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn, discordou com veemência. "Esta não é uma proposta para a superação de uma crise com um horizonte de seis meses", disse. "É uma decisão estratégica de governo que envolve um debate muito mais profundo". Depois da reunião, Zylbersztajn resumiu tudo em três palavras: "Isso é delírio". O diretor-geral da ANP voltou a bombardear a proposta em audiência pública, quarta-feira passada, numa comissão especial da Câmara dos Deputados. "Isso vai acabar custando o dobro do que se diz, demorando o dobro do tempo calculado", afirmou. "Com esses R$ 1,7 bilhão é possível instalar, até o ano que vem, três usinas térmicas com bagaço de cana capazes de gerar a energia de dez Angras", calculou. (Valor - 18.06.2001)

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7- FHC defende hidrelétricas como base da matriz energética

O presidente Fernando Henrique Cardoso rejeitou, no dia 12.06.2001, a proposta de inversão da base do sistema elétrico nacional e defendeu a manutenção do atual parque hidrelétrico. Com a crise no abastecimento de energia, segmentos do setor elétrico vêm defendendo a predominância de usinas termelétricas. "Que não se procurem soluções que possam ser bonitas no papel, mas sem viabilidade prática", disse o presidente. "A transformação de um parque hidrelétrico em um parque termelétrico é uma questão para 50 anos, e nem é conveniente que se faça", frisou. Na sua opinião, a hidreletricidade "tem superioridade clara" no que diz respeito aos custos e ao impacto ambiental. "A termeletricidade é complementar à hidreletricidade". (Estado - 13.06.2001)

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8- Impacto do racionamento pode ser menor do que o previsto

O impacto negativo do racionamento sobre o setor produtivo é inevitável, mas pode ser menos dramático do que o esperado. Segundo fontes do empresariado, Governo e mercado financeiro, a capacidade de adaptação das indústrias ao racionamento, por meio de mais eficiência no consumo e do aumento da parcela de autogeração, tem mostrado resultados iniciais positivos e, em muitos setores, não haverá queda expressiva do nível de produção ou de emprego. Segundo o presidente do Conselho de Infra-Estrutura da CNI, José Carlos Gomes Carvalho, "o impacto não será aquele terrível que se estava colocando". Entre os fatores que poderão minimizar o impacto do racionamento na indústria, além da otimização, ele cita a autorização para se dividir a cota de redução de consumo entre diferentes plantas (desde que dentro de um mesmo sub-sistema), o incentivo à co-geração das usinas e outras empresas com resíduos passíveis de queima para a geração (madeira, por exemplo) e o fato de a Região Sul ter ficado, até o momento, fora do programa de contenção. (Jornal do Commercio - 18.06.2001)

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9- Empresas de Avicultura não têm condições de reduzir consumo

Geradora de 2,4 milhões de empregos diretos e indiretos, a avicultura brasileira não tem condições de atender à meta de redução do consumo de energia elétrica estabelecida pelo Governo em 15% para o setor. Considerando que uma redução superior a 5% seria desastrosa para a atividade avícola e para a economia do País, a União Brasileira de Avicultura (UBA) enviou, na última semana, documento à Câmara de Gestão da Crise Energética expondo suas razões. É importante ressaltar, porém, que 55% da produção nacional de frangos estão concentradas nos estados de Santa Catarina e Paraná, regiões não atingidas pelo racionamento. O Sudeste e o Centro-Oeste ficam com 35% da produção e os restantes 10% nas regiões Norte e Nordeste. São Paulo concentra 40% da produção de ovos. Segundo o presidente da UBA, Zoé Silveira d'Avila, a dificuldade em obter uma economia maior está na complexidade da cadeia produtiva, que compreende desde a seleção das linhagens genéticas até o abate e a colocação das aves em frigoríficos, incluindo incubação de ovos, trato de pintos de um dia e finalização da passagem dos frangos de corte pelas granjas. (Jornal do Commercio - 18.06.2001)

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10- Rio quer R$ 267 mi para compensar queda na arrecadação

O governo do RJ entrou, no dia 13.06.2001,no STF com ação contra o governo federal pedindo ressarcimento das perdas provocadas pelo racionamento de energia. O Estado calcula que terá prejuízos de R$ 44,5 mi na arrecadação de ICMS por mês durante o período de racionamento. A idéia é compensar a perda com a diminuição do percentual pago ao governo por conta da dívida do Estado com a União. Atualmente, esse percentual eqüivale a 13% da receita líquida mensal do Rio, o equivalente a um repasse de R$ 100 mi por mês. A proposta é de reduzir a cota de repasse de 13% para 6,4%. (Estado - 13.06.2001)

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11- Crise de energia encarece apólices

A crise energética, que já causa perda de faturamento e encargos adicionais com a administração do racionamento, também está forçando um brutal encarecimento nos preços dos seguros para o setor. O aumento começa em 20% e pode chegar a até 60%, pois agora as companhias energéticas precisam contratar coberturas mais amplas e sofisticadas, para se protegerem dos riscos do apagão. De acordo com Clemens Freitag, diretor de infraestrutura da Aon Risk Service, uma das maiores corretoras de seguros do mundo, o aumento nos preços desses seguros é forçado pela combinação de dois fatores: o mercado ressegurador internacional está mais seletivo, com cotações mais altas, e a crise de eletricidade elevou muito os riscos no Brasil para as companhias do setor. (Valor - 18.06.2001)

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12- Cerj e Light cobrarão sobretaxa antes de reverem meta

Os clientes da Cerj e da Light que pedirem revisão das metas de consumo pagarão contas com sobretaxa num primeiro momento, mesmo que tenham entregue os formulários no prazo. As companhias alegam que a análise do processo dura 21 dias, após o pedido. E, nesse período, já terão enviado as faturas com a punição determinada pelo governo federal. O que for cobrado a mais será reembolsado. O prazo para reclamar das metas terminou em 15.06.2001. A forma de compensação pelas concessionárias pode esbarrar, no entanto, no Código de Defesa do Consumidor (CDC). A lei determina a restituição em dobro de quantias pagas indevidamente. (O Globo - 13.06.2001)

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13- Setor rural pede que governo suavize racionamento

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) lidera um movimento para suavizar efeitos econômicos negativos sobre as principais cadeias produtivas. Cooperativas agropecuárias, indústrias de calçados, pecuaristas e produtores de aves, suínos, frutas tropicais e café iniciam nesta semana as ofensivas setoriais para obter "resoluções específicas" e "tratamento diferenciado" da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (CGE). O principal argumento é baixa participação do setor no consumo total. Segundo o Ministério das Minas e Energia o setor rural consome apenas 3,9% da energia e possui matriz energética bem distribuída. Além disso, a CNA argumenta que o setor é sazonal, depende de fatores climáticos e biológicos e trabalha com produtos altamente perecíveis e isso justificaria o pedido de exceção. As consequências atingiriam a população de baixa renda, que gasta metade do orçamento com alimentação e as exportações. (Valor - 18.06.2001)

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14- Luz no Campo terá mais R$ 30 mi no MT

O programa de eletrificação rural Luz no Campo não será afetado pelo racionamento de energia. Em função da grande demanda, a Secretaria de Habitação e Infra-Estrutura do Mato Grosso negocia a liberação de mais US$ 30 mi para serem aplicados até o final de 2002, o que beneficiaria seis mil propriedades rurais do Estado. R$ 20 mi estão garantidos com a assinatura de um protocolo de intenções com o Ministério das Minas e Energia. A meta é atender até dezembro deste ano 32 assentamentos e 1,8 mil pequenos, médios e grandes proprietários rurais até o final do próximo ano. O Luz no Campo é desenvolvido em parceria entre o governo do estado e Ministério das Minas e Energia, com o objetivo de fixar o homem no campo por meio de estímulos à melhoria das condições de produção e da qualidade de vida. O programa não sofreu alterações negativas pois o consumo nas propriedades rurais é muito pequeno. (Diário da Manhã - 18.06.2001)

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empresas

1- Iberdrola investe até R$ 8 bi no país em 5 anos

A Iberdrola deverá investir no Brasil entre R$ 7 bi e R$ 8 bi nos próximos cinco anos para ter posição de liderança no setor elétrico e desenvolver novos negócios nas áreas de distribuição de gás e saneamento, informou no sábado, em Bilbao, o principal executivo do grupo espanhol para a América Latina, Esteban Serra Mont. O investimento será feito via Guaraniana, holding na qual a Iberdrola participa com a Previ e o Banco do Brasil Investimentos (BBI). A idéia da Iberdrola é desembolsar os recursos em parceria com os sócios brasileiros, que o grupo espanhol quer manter como minoritários no possível processo de reestruturação societária da Guarniana. "Devemos investir em novos negócios no Brasil um volume de recursos superior ao realizado e comprometido até hoje via Guaraniana, que é de cerca de R$ 6,5 bil", disse Serra Mont. Os investimentos já feitos ou em curso incluem projetos de geração e expansão das redes das distribuidoras controladas no nordeste: Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN). (Valor - 18.06.2001)

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2- Iberdrola quer aumentar fatia no mercado de distribuição

Segundo o principal executivo da Iberdrola para a América Latina, Esteban Serra Mont, uma das metas é passar dos atuais 8% no mercado de distribuição elétrica para uma fatia de 20%. Assim sendo, a Guaraniana estudará sua participação no leilão de venda da Copel. Outra das metas é entrar nas privatizações de empresas de saneamento como Embasa (BA), Caern (RN) e Compesa (PE), assim como analisar as oportunidades de compra de companhias de distribuição de gás nas regiões onde a Iberdrola está presente. Na Espanha, a Iberdrola já procura desenvolver outros serviços sobre a base da distribuição elétrica, disse o presidente do conselho de administração da Iberdrola, Iñigo de Oriol. (Valor - 18.06.2001)

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3- El Paso ampliará oferta de energia

El Paso Energy International do Brasil quer fazer do Rio a capital da energia na América do Sul em sistema de trading, mercado de balcão de energia que, nos EUA, ocupa 700 funcionários da empresa e movimentou US$ 140 bi no ano 2000. A companhia pretende investir US$ 5 bi em projetos que incluem transporte e geração térmica no mercado brasileiro. A meta da El Paso é de, a partir dos cerca de 2.700 MW que já estará produzindo no final de 2001, acrescentar 1.000 MW por ano, até 2005. No dia 18.06.2001, a multinacional inaugura escritório no Rio de Janeiro e no dia 19.06.2001, o presidente mundial, William Wise, tem audiência marcada com o presidente Fernando Henrique Cardoso, para expor os planos da empresa no Brasil. Entre esses planos, está o de ser player de energia em sistema de trading no País, em negócios que começarão a realizados a partir de julho de 2001, fora dos leilões do MAE no Rio. (Jornal do Commercio - 18.06.2001)

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4- Empresas dos EUA desistem de investir no País

Empresas americanas que ingressaram no País atraídas por bons empreendimentos que viriam na esteira das privatizações do setor elétrico estão desistindo dos investimentos no Brasil. O regresso para os Estados Unidos começou no fim de 2000 e já atingiu quatro grandes empresas: Florida Power Energy, Entergy, Sythe e LGE. Todas desfizeram acordos já firmados - incluindo para a construção de termoelétricas com início de operação previsto para este e para o próximo ano - e levaram de volta na bagagem a intenção de aplicar no mercado brasileiro, cada uma delas, pelo menos US$ 1 bi. Dispensando a diplomacia, o diretor da Florida Power, o brasileiro Olavo Nogueira Batista, foi direto ao alvo: a falta de uma política regulatória eficiente no setor empurrou a empresa de volta a seu país de origem. "Houve uma grande frustração porque nos dois anos em que ficamos aqui não conseguimos fazer absolutamente nada", declarou. "Tínhamos intenção de fazer três ou quatro usinas, com investimentos entre US$ 300 mi e US$ 400 mi em cada." A Entergy, que chegou ao País em 1999, colocou à venda terrenos adquiridos em Jundiaí, na Grande São Paulo, onde instalaria termoelétricas, e também fechou seu escritório no início deste ano. "Chegou-se à conclusão de que as melhores condições de negócios estavam nos Estados Unidos e Europa", disse a porta-voz da empresa, Kelle Barfield, em entrevista por telefone da sede da empresa, em Nova York. (Estado - 18.06.2001)

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5- Chesf propõe ao governo investimentos de R$ 630 mi

A Chesf propôs ao governo federal investimentos de aproximadamente R$ 630 mi em seus projetos, dentro do programa emergencial para aumento da oferta de energia. O diretor de engenharia da empresa, Leonardo Lins, diz que as principais obras serão a reativação da Termelétrica de Bongi, com capacidade de gerar 150 MW, e o aumento da potência na Termelétrica de Camaçari, de 50 MW para 350 MW. "Também existe a possibilidade de instalação de mais duas usinas de 100 MW nos mesmos locais onde estão as usinas de Bongi e Camaçari. Mas esse projeto ainda está em fase muito inicial", explica o executivo. A Chesf também pretende construir uma linha de transmissão entre Presidente Dutra (PA) e Teresina (PI), obra que vai se ligar à linha entre a Usina Hidrelétrica de Tucuruí e Vila do Conde, que foi licitada pela Aneel e será construída pela iniciativa privada. (Estado - 15.06.2001)

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6- MG terá 45 novas usinas em 2002

A oferta de energia elétrica em MG tem boas perspectivas a médio prazo. Para o segundo semestre de 2002, está prevista a inauguração de 45 novas pequenas usinas hidrelétricas, com capacidade de geração de 1.400 MW, segundo informa o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Stefan Salej. De acordo com ele, a partir de 2003 estarão em funcionamento 11 novas grandes usinas, sendo 9 hidrelétricas e 2 termelétricas, somando uma capacidade para produção de 4.000 MW de eletricidade. (Estado - 13.06.2001)

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7- Celesc venderá ativos

A Celesc vai colocar à venda ativos para honrar o pagamento da parcela de US$ 61,2 mi em euro commercial papers que venceu no dia 14.06.2001. A estatal estuda duas alternativas. Uma delas é acelerar a venda da participação de 19,7% que a Celesc tem no capital da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento. A outra é a venda da parcela de 23,03% na usina hidrelétrica Dona Francisca, que está em construção no rio Jacuí (RS). (Valor - 18.06.2001)

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8- Jari construirá em julho a maior usina da Amazônia

A Jari Energética, subsidiária do projeto de produção de celulose na Amazônia, vai iniciar a construção da maior hidrelétrica particular da região até o fim de julho. Com investimento previsto de R$ 100 mi, a usina vai gerar 100 MW com as turbinas funcionando a fio d'água, sem a necessidade de reservatório. O objetivo é resolver a demanda energética das principais consumidoras do Amapá: a Jari celulose e a Caulim da Amazônia. A usina deverá estar pronta no primeiro semestre de 2004 e a energia excedente será vendida para a Eletronorte. A futura hidrelétrica vai substituir a usina termelétrica de 50 MW trazida do Japão, pelo oceano, até o Amapá, numa megaoperação realizada em 1977. (Jornal do Brasil - 18.06.2001)

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9- Queda na receita deve comprometer investimentos da Cemig

Caso a Justiça dê ganho de causa, mesmo que liminarmente, à ação civil pública movida pelos consumidores contra o reajuste de tarifas da Cemig, as finanças da empresa devem ser comprometidas. Em maio, ao divulgar o balanço trimestral da Cemig, o diretor de finanças, Cristiano Corrêa Barros, explicou que a recuperação da empresa deveria se basear em dois pilares: a sobretaxa a ser cobrada de clientes que superassem metas pré-fixadas de consumo e a elevação das tarifas, autorizada pela Aneel. O diretor revelou ainda que a queda de receita da empresa, conseqüente do racionamento, deve comprometer os investimentos de cerca de R$ 813 mi previstos pela Cemig para o ano 2001, à exceção daqueles destinados à geração, considerados prioritários pelo governo do Estado. (Estado - 13.06.2001)

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financiamento

1- El Paso pode chegar a 150 posições de compra e venda

O vice-presidente senior da El Paso no Brasil, Roberto Almeida, acredita que, a partir de 2003, com a desregulamentação do mercado e tendo por base os quase 70 mil MW de capacidade instalada do País, cerca de 25 mil MW estarão disponíveis para comercialização tanto via MAE, quanto nas operações de trading. Roberto Almeida prefere não arriscar sobre quanto poderá ser movimentado financeiramente no mercado de trading, mas admite que a expectativa é de que as operações do Rio, em alguns anos, se equipararem às de Londres, com 150 posições, ou seja, 150 diferentes tipos de contratos de compra e venda, a termo ou não, ou mesmo Houston (Estados Unidos), que tem 300 posições. Em Houston, a cidade considerada a capital da energia na América do Norte, o volume de negócios este ano deve chegar a US$ 195 bi. (Jornal do Commercio - 18.06.2001)

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2- El Paso irá negociar energia da Macaé Merchant no MAE

A partir de agosto de 2001, os primeiros 200 MW da Usina Termelétrica Macaé Merchant já serão negociados no MAE e no sistema de trading. A Usina de Macaé, até fevereiro do ano 2002, estará operando com 20 turbinas, produzindo 870 MW. Segundo o vice-presidente senior da El Paso no Brasil, Roberto Almeida, "vamos trabalhar todo o espectro possível de negociação de energia, seja no MAE ou no mercado de balcão, onde serão feitos contratos bilaterais com compradores e vendedores. Nosso trade estará monitorando os mercados e será dedicado à comercialização de energia em contato direto com distribuidoras por meio do MAE. Neste, não se sabe quem está comprando, já no balcão lida-se diretamente com o comprador". (Jornal do Commercio - 18.06.2001)

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financiamento

1- Celesc busca renegociar dívida de US$ 61 mi

A Celesc espera concluir até o dia 19.06.2001 as negociações para repactuar por 90 dias uma dívida de US$ 61,2 mi em 'euro commercial papers' vencida no dia 15.06.2001. O não pagamento dos papéis deixa a empresa vulnerável a uma declaração de 'default' por parte do mercado. Segundo Ênio Branco, diretor financeiro da Celesc, até a tarde do dia 15.06.2001 cerca de 30 credores - que não representariam ainda a metade da dívida - já haviam se mostrado favoráveis à prorrogação do pagamento. Durante o novo prazo, Branco diz que a Celesc, estatal distribuidora de energia para 1,7 mi de clientes em SC, pode se desfazer de ativos e quitar a dívida. Entre as negociações possíveis estão a venda de 23% de participação que a empresa detém na Hidrelétrica de Dona Francisca - usina de 125 MW no RS - e que valem em torno de R$ 50 mi, e dos 19% que a distribuidora possui da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), com valor aproximado de R$ 110 mi. A prorrogação no prazo de vencimento dos Euro CP foi pedida pela Celesc na noite do dia 13.06.2001. (Gazeta Mercantil - 18.06.2001)

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2- Turbulência freia crédito para países emergentes

O total de diferentes tipos de crédito para os países emergentes se recuperou um pouco no primeiro trimestre de 2001, mas continua reprimido. Um dos fatores que contribuíram para reduzir os fluxos bancários para essas economias, segundo relatório do Bank for International Settlements (BIS, o banco central dos bancos centrais), foi a continuação dos distúrbios econômicos em países como Argentina e Turquia. Para as economias que não chegam à categoria de investimento (investment grade) na classificação geral de risco, como Brasil, Argentina e Turquia, os spreads subiram no mercado secundário. Se esse quadro continuar, os países poderão ter problemas quando precisarem ter acesso rápido ao mercado. (Valor - 18.06.2001)

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3- Reação nervosa ao novo câmbio argentino

O mercado de títulos da dívida externa deve abrir o dia 18.06.2001 com nervosismo, por conta da mudança na taxa de câmbio argentina para operações comerciais, decretada pelo ministro Domingo Cavallo no dia 15.06.2001. Analistas prevêem alta do prêmio de risco argentino a partir do dia 18.06.2001. O mercado acredita que dificilmente a Argentina conseguirá manter isolada a desvalorização cambial apenas para as transações comerciais, sem contaminar operações financeiras. Também há dúvidas sobre a eficácia da desvalorização de 8% sobre a competitividade das exportações argentinas- a desvalorização do real em 2001 já é três vezes maior que a do peso. (Valor - 18.06.2001)

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4- Investidores do exterior estão mais cautelosos

Projeções da diretora do Programa de América Latina da Agência Internacional de Energia (IEA), Sylvie D´Apote, indicam que a necessidade de investimento só na geração de eletricidade para atender a demanda deve ficar entre US$ 4 bi e US$ 5 bi por ano. "Para sustentar o crescimento anual de 5% a 6% de demanda por eletricidade, será preciso acrescentar cerca de 4000 a 4.500 MW por ano em geração. Isso é o equivalente a uma Itaipu a cada três anos", disse Sylvie D´Apote. Essa previsão de crescimento na demanda é realista, pois nos últimos 15 anos, o consumo de energia no Brasil aumentou 5% ao ano. Ao mesmo tempo, a capacidade de geração de energia se expandiu em apenas 3,3%, o que erodiu as reservas, segundo a diretora. Dada a magnitude do problema a participação do setor privado é indispensável. Para o investidor, porém, os efeitos da crise de energia sobre a popularidade do governo e o resultado da próxima eleição podem estar influindo na decisão de investidores estrangeiros de aplicar recursos em projetos de geração de energia elétrica. Há receio de que a crise favoreça um governo de esquerda que poderá mudar os rumos da privatização do setor. (Valor - 18.06.2001)

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5- Juros recuam para empréstimo prefixado

Os juros dos empréstimos prefixados arrefeceram nas últimas semanas para as empresas de excelente risco de crédito. Mesmo com custo de captação mais baixo para os bancos, houve um aumento dos 'spreads' para empresas de grande ou médio risco de crédito. O operador de um grande banco de varejo conta que mesmo com taxas mais baixas só as empresas que precisam de capital de giro é que têm se financiado no curto prazo. A taxa de ano no mercado futuro de juros, que baliza o custo do dinheiro, voltou ao patamar dos 20% ao ano. Chegou a 23% ao ano nos dias mais agitados e manteve em média os 22% ao ano. Já as taxas de curto prazo estão mais baixas. Segundo os especialistas, as empresas têm demandado principalmente as linhas para financiamento na compra de geradores de energia elétrica. Das propostas que chegam às mesa de operações, cerca de 40% a 50% são para esse tipo de empréstimo. As principais linhas solicitadas são as de leasing e repasse do BNDES. (Gazeta Mercantil - 18.06.2001)

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6- DI capta R$ 690 mi em 30 dias

Os fundos DI são os que mais captaram recursos nos últimos 30 dias. A entrada líquida bateu em R$ 690 mi - o maior ingresso do setor de fundos. Os números são da Anbid. Desde maio, até o dia 12.06.2001, a entrada foi de R$ 1 bi. Já os renda fixa são os que mais perdem recursos em 30 dias. As saídas somam R$ 2,5 bi. Na avaliação dos especialistas o momento é de cautela absoluta. (Gazeta Mercantil - 18.06.2001)

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7- Custo do Dinheiro

Na segunda semana de junho a taxa usada em negócios com prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 1,89% e 4,46% mensais. As pequenas e médias empresas fecharam negócios entre 1,97% e 5,07%. Em relação ao desconto de duplicata, nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 1,68% a 2,50% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi de 2,49% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram taxas entre 22,46% e 56,45% ao ano de capital de giro prefixado, enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 22,46%a 67,65%. Já a taxa do vendor e compror oscilou de 21,84% a 27,57% ao ano para grandes empresas e de 26,53% a 43,41% ao ano para pequenas e médias. A Conta Garantida, nas operações de 31 dias para grandes companhias, o intervalo ficou entre 1,81% e 3,50% ao mês. Pequenas e médias empresas conseguiram taxas de 2,43% a 5% ao mês. Em relação ao factoring, custo das operações de fomento mercantil, fechou a semana com a taxa média baixa em 3,88% e a alta em 3,93% ao mês. A taxa média para o cliente, resolução 63, ficou em 13,60% ao ano. Já as operações prefixadas com prazo de 24 meses (leasing) tinham taxas médias de 2,22% para carros e de 2,49% ao mês para mâquinas, equipamentos e informática. (Gazeta Mercantil - 18.06.2001)

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gás e termoelétricas

1- ANP realizará seu maior leilão

Com as principais companhias de petróleo já envolvidas na exploração das áreas adquiridas nos últimos dois leilões, a expectativa em torno da Terceira Rodada de Licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás da ANP são bem mais modestas do que se poderia imaginar em meio a uma crise de energia. O leilão está marcado para os dias 19.06.2001 e 20.06.2001, no Rio de Janeiro, e será o maior já realizado pela ANP. Sem a aura de novidade das duas primeiras rodadas e com o número de áreas ofertadas - 53 - bem maior do que nos leilões anteriores, há expectativas de que o encalhe de blocos seja maior. "Estamos sentindo que o clima dessa vez está muito morno. As pessoas estão ocupadas em explorar as áreas adquiridas nos últimos leilões", afirma o consultor da EXPetro, Jean Paul-Prates, contratado por cinco empresas habilitadas a participar do leilão. Prates reconhece que a crise energética gera boas oportunidades de negócios no segmento de gás, mas lembra que o foco dos investimentos é a produção de petróleo. Além disso, a falta de um marco regulatório definido para o gás dificulta as decisões de investimento das empresas. Outro problema é que o Brasil ainda oferece muitas surpresas aos investidores, como a tentativa dos governos estaduais de cobrar ICMS sobre os equipamentos importados. A proposta só foi abortada depois de um intenso esforço da indústria do petróleo. (Valor - 18.06.2001)

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2- BP terá duas fábricas de gás no País

A British Petroleum está pronta para iniciar a construção de duas fábricas de gás natural, com um total de 350 MW, segundo informou o controle financeiro da subsidiária brasileira da BP. A expectativa é que a licença seja obtida e a exploração se inicie no terceiro trimestre de 2001. A BP supõe que os dois projetos, juntos orçados em US$ 100 mi, comecem a produzir em 2003. O local das instalações não foi revelado. A BP tem 12 projetos para levar adiante, mas por causa de dificuldades regulatórias de meio ambiente estão engavetados. (Gazeta Mercantil - 18.06.2001)

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3- Seguradoras farão cobertura de termelétricas

Um novo nicho de mercado para as seguradoras está na cobertura dos chamados "riscos de engenharia", ramo que deve ser impulsionado pela construção de pelo menos 49 usinas, dentro do PPT do governo federal. Uma das seguradoras que aposta no crescimento desse mercado é a subsidiária brasileira da britânica Royal & Sunalliance. "Estamos tentado ver a crise como oportunidade", resume Thomas Batt, presidente da companhia no Brasil, que já participa de uma concorrência para segurar a instalação de duas novas turbinas em Itaipu, avaliadas em US$ 185 mi. Até 1999, a apólices de riscos de engenharia - que cobrem as fases de instalação, montagem e testes de empreendimentos não só do setor elétrico - respondiam por 4% a 5% dos prêmios recebidos pela Royal. Neste ano, a participação avançou para 8% dos prêmios, estimados em R$ 70 mi, e em 2002 a previsão é alcançar 12%, avalia o diretor técnico da seguradora, Paulo Takenaka. Os valores envolvidos na cobertura de obras de termelétricas são elevados e exigem resseguros compartilhados com o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e companhias internacionais. A própria matriz da Royal, na Inglaterra, também atua nesse segmento, o que lhe dá maior liberdade para garantir apólices mais graúdas. (Valor - 19.06.2001)

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grandes consumidores

1- Volkswagen suspende jornada extra

A Volkswagen decidiu cancelar a produção extra aos sábados para reduzir o consumo de energia elétrica nas fábricas de Taubaté e São Bernardo do Campo, em SP. A montadora havia programado três sábados de jornada extra até agosto de 2001. Com o cancelamento, só em Taubaté deixarão de ser produzidos cerca de 1,8 mil veículos Gol e Parati. A montadora já admite reduzir a produção em função do racionamento, e diz que o risco afeta principalmente as exportações, cujos maiores volumes saem da fábrica de Taubaté, que concentra a maior parte da produção do Gol, carro-chefe das exportações. As montadoras em geral previam para o ano 2001 um aumento da produção em torno de 15%. (Gazeta Mercantil - VP - 18.06.2001)

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2- Empresários do MT começam a demitir funcionários

Pesquisa do sistema Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso (Fecomércio) indica que 5% do empresariado das principais cidades do estado começam a reduzir o quadro funcional em função do racionamento de energia elétrica. A sondagem foi feita com 200 empresários de Cuiabá, Várzea Grande, Barra do Garças, Cáceres, Rondonópolis e Sinop e tinha o objetivo de saber se a classe produtiva teria condições de se adequar às metas definidas pelo governo. Mais da metade das empresas ouvidas (51%) afirmou não ter como cumprir a meta de racionamento. (Gazeta Mercantil - MT - 18.06.2001)

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internacional

1- Comissão Européia está disposta a baixar decreto para liberalizar energia

A ministra européia de Energia e Transportes, Loyola de Palacio, reconheceu que a Comissão Européia pode ter que baixar decreto para forçar a liberalização do mercado de energia elétrica caso o bloqueio de suas iniciativas continuar a acontecer no Conselho de Ministros. De Palacio afirmou que espera não ser necessário aplicar a drástica medida, apesar de não negar que Bruxelas se encontra em situação "limite". O mercado europeu de energia possui muitas distorções e assimetrias, segundo a representante. Enquanto alguns países já abriram seus mercados totalmente, outros nem tanto ou ainda mantém uma situação de quase monopólio estatal. (El Mundo - 18.06.2001)

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2- Iberdrola parte para aquisições

O Conselho administrativo da Iberdrola anunciou que fará investimentos numerosos nos EUA e Europa a partir do final de setembro. No seu continente, a empresa escolherá uma cidade central para ter conhecimento do mercado e desenvolver projetos de comercialização elétrica. Já na América, será instalada uma sede em Houston para administrar o comércio de energia e gás. A Iberdrola apresentou oferta para adquirir parte de uma distribuidora regional alemã na zona de Dusseldorf, mas não declarou qual. No México, apesar de estar construindo mais de 2000 MW, quer chegar a 5000 MW. No Brasil, pretende controlar a Guaraniana. O conselho de administração do grupo decidirá em breve se vende sua participação na Galp, Repsol YPF e EDP, além das participações na telefônica do Brasil. (El Mundo - 15.06.2001)

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3- Eletroggen atrai investidores

A italiana Enel afirmou em 15.06.2001 que sua unidade Eletroggen recebeu cinco propostas "atraentes" de consórcios italianos e internacionais, mas não declarou seus valores. A unidade possui capacidade de geração de 5.438 MW e 7% do mercado italiano e é a primeira de três geradora a ser vendida pela Enel para atender as regras da União Européia. A saída da Iberdrola do leilão f az com que os cinco ofertantes sejam as italianas Edison e Sondel; Endesa com banco Santander e a elétrica ASM Brescia; AES; Energia Itália; e consórcio Italpower, formado por elétricas italianas e bancos europeus. A Enel afirmou que há um prazo legal de 90 dias para selecionar uma das propostas, mas que o processo pode ser completado em uma semana caso uma das ofertas seja muito mais alta do que as outras. (Financial Times - 15.06.2001)

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4- AES visa usina da Enron na Índia

A AES está interessada em comprar a polêmica usina da Enron na Índia Dabhol Power, mas com novo acordo para vender energia aos clientes, afirmou fonte da Reuters em 16.06.2001. A Enron possui 65% da Dabhol, que possui como compradora de energia uma estatal indiana. A usina de 2.184 MW é o maior investimento estrangeiro no país, com US$ 2,9 bi, mas a controladora e a estatal entraram em conflito por causa dos preços cobrados. Representantes da AES devem visitar a Índia em julho para discutir com o governo a possibilidade de concretizar o negócio. (India Express - 16.06.2001)

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5- AES Gener investirá em geração

O presidente mundial da AES Gener, Dennis Bakke, anunciou em 15.06.2001 que o Chile deve receber investimentos de até US$ 1 bi nos próximos anos em diversos projetos elétricos. A usina Central Renca será a primeira a receber dinheiro (US$ 60 mi ) para ser convertida para gás natural e assim ajudar na despoluição de Santiago, além de aumentar sua potência de 100 MW para 160 MW até 2003. (Energy Press - 15.06.2001)

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6- México lançará plano para setor de energia

O ministro mexicano de energia, Niceforo Guerrero, afirmou em 15.06.2001 que lançará plano abrangente para reestruturar o setor de eletricidade controlado pelo Estado e incluirá a desregulamentação da indústria de eletricidade. As estatais Pemex e CFE devem ganhar maior autonomia dos ministros de energia e finanças. As reformas, porém, dependem da aprovação do Congresso, dominado pela oposição. (Infolatina - 18.06.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras