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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 603 - 02 de junho de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Acordo com Argentina pode se complicar

Dentre os itens que compõem o texto espanhol do 'memorando de entendimento em matéria energética', a ser assinado pelo Brasil e pela Argentina, em Assunção, no dia 21 ou 22 de junho de 2001, é o segundo o que sofre as maiores restrições pelas autoridades brasileiras do setor elétrico: 'Os sistemas de transmissão, tanto na Argentina como no Brasil, serão de acesso aberto para cumprir estes contratos, entendendo como tal que não se poderá negar o acesso aos mesmos a nenhum produtor argentino que tenha realizado um contrato de abastecimento com uma distribuidora brasileira.' Para os brasileiros, abrir o mercado é uma boa idéia, mas precisa ser aplicada nos dois lados da fronteira. Hoje, por exemplo, se houvesse energia disponível no Brasil e interesse em vender aos argentinos, o governo de Buenos Aires as limitaria a 300 MW. O documento proposto pelos argentinos é curto e lembra que Brasil e Argentina já assinaram um protocolo de intenções na área energética, em abril de 1996, e um memorando de entendimentos sobre o desenvolvimento de intercâmbios elétricos "e futura integração elétrica", um ano depois, em agosto de 1997. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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2- Argentina quer que investimentos em transmissão sejam privados

Segundo especialista no setor, outra dificuldade para conclusão do acordo entre o Brasil e a Argentina, que acertará a importação de energia para o Brasil, refere-se ao item três da proposta argentina. O governo de Buenos Aires sugere que as expansões do sistema de transmissão sejam efetuadas por empresas privadas e por sua conta e risco, desde que cumpridos os aspectos técnicos necessários para a interconexão. Segundo o mesmo especialista, será necessário alterar esse item, pois, embora o Brasil tenha aplicado um modelo de setor elétrico que prevê investimentos privados no segmento de transmissão, agora, em função da crise, será necessário utilizar recursos das estatais vinculadas à Eletrobrás. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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3- Técnicos criticam o acordo com Argentina

O Brasil e a Argentina vão assinar um 'memorando de entendimento em matéria energética' no dia 21 ou 22 de junho de 2001, em Assunção, durante reunião do Mercosul, mas, enquanto o Itamaraty pressiona para definir rapidamente uma contraproposta brasileira, técnicos do setor elétrico criticam o texto dos argentinos. Na avaliação de pessoal qualificado do Ministério de Minas e Energia, da Secretaria de Energia e da Aneel, a Argentina aproveita a fragilidade atual do Brasil na área energética, para abrir o mercado brasileiro para os geradores argentinos. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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4- Velocidade de implantação das reformas nos sistemas dificulta acordo

Falta pouco mais de uma semana para a assinatura do 'memorando de entendimento em matéria energética' entre o Brasil e a Argentina e outra dificuldade é a que reflete a velocidade de implantação das reformas nos sistemas elétricos dos dois países. Enquanto no Brasil o MAE e o ONS estão sob crítica, na Argentina os organismos correspondentes, o Mercado Mayorista e a Cammesa já funcionam com base numa regulação segura. Assim, harmonizar esses mecanismos demandaria muito tempo e teme-se que alguns pontos não sejam adequadamente avaliados. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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5- Aneel exime Eletropaulo de culpa por apagão

O diretor da Aneel, José Mário Abdo, disse no dia 11.06.2001 que o desligamento de energia ocorrido na noite de 10.06.2001 em seis bairros da região central da cidade de São Paulo não é responsabilidade da distribuidora Eletropaulo Metropolitana, mas da Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE). Assim, a EPTE terá agora um prazo de cinco dias corridos para se explicar à Aneel sobre o desligamento no fornecimento de energia elétrica que deixou seis bairros à escuras por cerca de 40 minutos. A Aneel enviou ontem à empresa ofício solicitando informações preliminares sobre os motivos do desligamento. (Gazeta Mercantil - SP - 12.06.2001)

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6- Governo vai rever contrato de Angra 3

O governo terá que rever as condições do contrato de cerca de R$ 500 mi firmado com a Andrade Gutierrez, em 1983, para a construção das obras civis da usina nuclear de Angra 3, caso decida tirar esse projeto do papel. A empreiteira recebe anualmente cerca de R$ 3 mi, desde que a obra foi paralisada em 1986, para fazer a manutenção do que já foi construído, ou seja, 150 casas e as escavações em rochas para erguer a usina. A revisão incluiria novos pagamentos e a reavaliação de valores. Nos contratos atuais o volume de recursos destinados a essas verbas é em torno de 15% do valor contratado, enquanto que no contrato firmado com a Andrade Gutierrez, esse percentual atinge 52%. A própria empresa admite uma releitura do contrato. Entretanto, a cláusula de desistência estabelece multa de R$ 50 mi. O custo da usina é estimado hoje em cerca de R$ 3 bi. Uma operação já montada dentro da Eletronuclear prevê que a estatal participe com metade dos recursos. Durante cinco anos previstos para a construção, a empresa colocaria cerca de R$ 300 mi por ano, oriundo de receita pela venda da energia gerada nas usinas 1 e 2. Os demais recursos viriam de financiamento externo -30%- e empréstimos do BNDES. (Valor Econômico 12.06.2001)

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risco e racionamento

1- Ação tenta garantir legalidade de MP do racionamento

O advogado-geral da União, ministro Gilmar Mendes, impetrou no dia 11.06.2001, junto ao STF, a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) com a qual pretende assegurar a legalidade da Medida Provisória do racionamento, a 2.152. A Advocacia Geral da União (AGU) quer convencer os ministros de que os artigos da MP que tratam das metas de redução de consumo de energia elétrica, sobretaxas e regras de comercialização de energia excedente são constitucionais. Principalmente porque o programa de racionamento foi elaborado 'em defesa do consumidor numa situação hidrológica crítica', o que legitimaria sua adoção. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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2- Presidente determina ponto facultativo em função do racionamento

O presidente Fernando Henrique Cardoso assinou, no dia 11.06.2001, decreto determinando ponto facultativo para os funcionários públicos federais no dia 15.06.2001, dia seguinte ao feriado de Corpus Christi. A informação foi divulgada pelo Ministério do Planejamento. De acordo com a assessoria do ministério, o decreto deverá ser publicado no dia 12.06.2001 no Diário Oficial da União (DOU). A medida foi tomada em função do racionamento de energia elétrica. A assessoria destacou que o decreto tem efeito apenas sobre a administração federal, e que os governos estaduais que quiserem aderir deverão baixar seus próprios decretos. (Gazeta Mercantil - SP - 12.06.2001)

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3- Nordeste e Sudeste não atingem meta de consumo

O Nordeste economizou mais energia elétrica que o Sudeste e o Centro-Oeste nos dez primeiros dias de junho de 2001. A redução entre os nordestinos ficou em 17,4% no período. Nas outras duas regiões, a queda foi de 16%, segundo o ONS. Nos dois casos, a comparação é em relação à media consumida de maio a julho de 2000. Mesmo assim, as três regiões ficaram abaixo da meta de 20% determinada pelo governo e válida para junho. O desempenho das três regiões foi melhor que nos primeiros sete dias do mês. Na ocasião, o ONS havia registrado uma economia de 15,3% no Nordeste e de 12,7% no Sudeste e no Centro-Oeste. O Norte (leste do Pará, Maranhão e parte do Tocantins, segundo a classificação do ONS) e o Sul, até agora poupados do racionamento, deverão começar a fazer esforços para economizar energia. O ONS fez uma recomendação técnica à GCE para iniciar um racionamento de 20% no Norte a partir do dia 15 de julho. (Folha - 12.06.2001)

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4- São Paulo reduz consumo em 21,9%

A Eletropaulo informou, dia 11.06.2001, que houve uma redução de 21,9% no consumo de energia entre os dias 1º e 10 de junho de 2001 com relação ao mesmo período do ano anterior. A medição foi feita na área de concessão da distribuidora, que inclui a capital e outros 23 municípios. De acordo com a empresa, até as 17h do dia 11.06.2001 foi verificada diminuição de 24,8%. Desde o dia 08.06.2001, a Eletropaulo mudou o método de medição do consumo. O controle é feito agora com base no consumo de 4,6 milhões de contas da distribuidora. Até o dia 07.06.2001, as informações eram divulgadas a partir de dados sobre a demanda de energia enviados pelo ONS à concessionária. (Folha - 12.06.2001)

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5- Minas Gerais reduz consumo em mais de 20%

A Cemig divulgou, dia 11.06.2001, dados mostrando que seus usuários reduziram o consumo médio em mais de 20% nos dez primeiros dias do mês. Segundo a estatal, foram consumidos, nesses dez dias, 985.224 MWh, sendo que a Aneel teria estipulado que a estatal poderia vender, no mesmo período, 1.008.772 MWh, já incluindo aí a meta de redução de 20%. (Folha - 12.06.2001)

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6- Secretária afirma que Sul não precisará racionar energia até dezembro de 2002

A região Sul não precisará fazer racionamento de energia até dezembro de 2002, segundo a secretária de Energia no Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff. Ela informou que isso será possível se o volume de chuvas se mantiver na média, com obras de ampliação da capacidade de geração em 3.300 MW associadas a uma economia voluntária no consumo de energia entre 8% e 12%. A secretária, que participou de reunião da Câmara de Gestão da Crise de Energia, ao lado de outros secretários dos Estados da região, disse que a principal ação deverá ser a de combate ao desperdício. "Há uma gordura no consumo", afirmou. Por enquanto, o CGE não deverá propor o racionamento de energia na região, mas o ONS indica uma economia de 7% no consumo para que sejam mantidas as transferências de energia da região para o Sudeste e Centro-Oeste. (Folha - 12.06.2001)

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7- Governo vai decidir adesão de Sul e Norte ao racionamento

O governo federal vai decidir sobre a inclusão das regiões Sul e Norte no programa de racionamento de energia elétrica somente no dia 13.06.2001. Nesse dia, a CGCE vai reunir os governadores dos Estados do Sul, do Pará e do Maranhão para definir as questões. Depois do encontro, o governo deve anunciar as medidas. As metas de diminuição de consumo podem ser de 20% no Norte e de 10% no Sul. Estarão presentes à reunião os governadores Olívio Dutra, do RS; Esperidião Amin, do SC; Jaime Lerner, do PR; Roseana Sarney, do MA; e Almir Gabriel, do PA. (Gazeta Mercantil - SP - 12.06.2001)

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8- GCE vai anunciar primeiro balanço da economia de energia

Acontece, no dia 12.06.2001, reunião com o núcleo executivo da CGCE onde será discutido o primeiro balanço da economia de energia registrada desde 1º de junho de 2001, início do racionamento. Depois, o ministro Pedro Parente, coordenador da Câmara vai anunciar os números. Sabe-se que as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste ainda não atingiram a meta de racionamento de energia elétrica prevista pelo governo. De acordo com resultado divulgado pelo ONS, o Sudeste e o Centro-Oeste economizaram 16% entre 1º e 10 de junho de 2001. De acordo com o ONS, o consumo de energia no Nordeste continua caindo. Até o dia 10.06.2001, a economia havia sido de 17,4%, superior à registrada entre os dias 1º e 6 de junho de 2001, 16%. (Gazeta Mercantil - SP - 12.06.2001)

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9- Secretários discutem com CGE a situação da Região Sul

Os três secretários de energia do Sul reúnem-se em 12.06.2001 com a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (CGE) para discutir a forma de tratamento para a região. Será discutida a diferenciação de tratamento no país: onde for necessário, haverá racionamento, onde a energia for suficiente, haverá racionalização. A possibilidade da região ser incluída no racionamento, com meta de corte de 10% a partir de setembro foi descartada. Conforme técnicos federais, não há justificativa técnica para impor essa redução ao Sul até lá, mas nada aponta, agora, que a partir de então seja necessária a economia compulsória de energia. (Zero Hora -12.06.2001)

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10- Abdo depõe e diz que faltou investimento no setor

O diretor-geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, prestou, na manhã de 11.06.2001, depoimento perante a comissão do governo que investiga as causas da crise atual do setor elétrico. Embora também tenha utilizado o argumento hidrológico como um dos fatores da crise, Abdo não hesitou em apontar o dedo para algumas questões que o governo provavelmente preferia passar distante. Afirmou que a crise 'está pautada na incapacidade de produção de energia elétrica em quantidade suficiente para cobrir os requisitos de consumo previstos até o início do próximo período chuvoso' e destacou que um dos aspectos significantes dessa incapacidade 'foi a redução dos investimentos por parte das empresas geradoras federais, por determinação estabelecida em decreto.' (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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11- Para Abdo, crise teve aspectos de natureza conjuntural e estrutural

Em seu depoimento perante a comissão do governo que investiga as causas da atual crise energética, o diretor-geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo , afirmou que a crise 'teve vários aspectos', de natureza conjuntural e estrutural. Entre os de natureza conjuntural, ele listou a questão hidrológica, as dificuldades na viabilização do programa térmico emergencial, os investimentos insuficientes e o atraso de obras de geração e transmissão, que aumentaram o risco do déficit. No lado das causas de natureza estrutural, Abdo listou a dependência da energia hidrelétrica e o aumento da oferta menor que o crescimento do mercado no período de 1980 a 2000. Assim, aumentou o risco de déficit e houve a perda de capacidade de regularização plurianual dos reservatórios, levando o País para um regime de extrema dependência das condições hidrológicas anuais. Agora, por exemplo, as chuvas não vieram, os reservatórios não se recuperaram e a crise simplesmente estourou. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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12- Aneel diz que cabia ao ONS detectar insuficiência energética e solicitar racionamento

O diretor-geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, compareceu, no dia 11.06.2001, à Comissão de Análise do Sistema Hidrotérmico de Energia Elétrica, que é coordenada pelo presidente da ANA, Jerson Kelman, com uma resposta em 25 páginas, inclusive gráficos e tabelas, para as 12 perguntas que foram-lhe previamente encaminhas pela comissão. Abdo respondeu ponto por ponto às dúvidas levantadas dizendo, por exemplo, que no caso do racionamento cabe aos responsáveis pela operação do sistema, ou seja, o ONS, detectar a insuficiência de energia elétrica e solicitar autorização para implantar o racionamento. Abdo informou que, no dia 16.02.2001, o ONS de fato apresentou à Aneel uma avaliação eletroenergética do sistema elétrico, 'indicando um ano crítico para o atendimento da energia'. Mas, segundo Abdo, na mesma reunião o ONS concluiu que 'seria provável uma reversão do quadro, devendo-se aguardar o mês de março de 2001 para uma avaliação definitiva.' (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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13- Ministro da Fazenda diz que gastos com energia foram autorizados

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, defendeu, no dia 11.06.2001, o governo na questão da crise energética. Segundo o ministro, de 1990 a 1994 a Eletrobrás recebeu autorização para investir R$ 2,5 bi e de 1995 a 2000, os investimentos alcançaram R$ 2,7 bi ao ano. Malan disse que no quadriênio 1998/2001, em que o governo é acusado de se preocupar apenas com ajuste fiscal e estabilidade, foram autorizados, em média, R$ 3,2 bi por ano, o que proporcionou um aumento de 15 mil MW de energia gerada. Em termos de linhas de transmissão, disse, o governo instalou 3,4 mil km de rede entre 1990 e 1994, e outros 5.850 mil km de 1995 a 2000, quando foram investidos R$ 1,8 bi em cinco linhas de transmissão a longa distância, que entram em atividade em 2003. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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14- Governo estimulará transmissão

Uma das estratégias do governo federal para driblar a crise energética é a antecipação da construção de novos trechos de linhas de transmissão. Representantes do governo têm procurado os ganhadores das primeiras licitações e oferecido "prêmios" - possivelmente isenção fiscal - para os projetos que entrem em operação antecipadamente. É o caso do consórcio Schahin-Alusa nas linhas Tucuruí-Vila do Conde e na expansão da interligação Norte-Nordeste, que devem entrar em operação no final de 2001, antecipando em alguns meses seu prazo original. O contrato será assinado hoje, 12.06.2001, em Brasília. As empresas estão otimistas com o cenário atual, pois o crescimento nos negócios deve ser grande. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Infra-Estrutura de Base (Abdib), José Augusto Marques, houve um incremento médio nos investimentos do setor em 30% em maio, com relação ao mesmo mês do ano passado. (Valor - 12.06.2001)

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15- Crise leva Bird a rever crescimento

A crise energética está levando o Banco Mundial (Bird) a rever a previsão de crescimento para o Brasil de cerca de 4% para 3% em 2001. O economista-chefe do Bird, o colombiano Guillermo Perry, diz que o número é preliminar, pois o banco ainda não fez cálculos detalhados sobre o efeito do racionamento sobre a economia brasileira. "Estamos aguardando para ver os detalhes sobre como será o racionamento, pois o desempenho da economia dependerá da condução de todo este processo", avalia Perry. Segundo ele, a estimativa inicial do banco para a economia brasileira era de crescimento de 4,5% neste ano. O número foi revisto para uma faixa entre 3,5% e 4% com a crise argentina e o aumento das taxas de juros no Brasil. Agora com o racionamento a previsão caiu para 3%. (Valor - 12.06.2001)

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16- CNI espera até recuo do PIB no segundo semestre

O PIB do país pode fechar o segundo semestre com crescimento muito pequeno ou até negativo, segundo cálculos de Flávio Castello Branco, coordenador de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), lembrando que o impacto do racionamento, da política monetária restritiva e do ajuste cambial será muito forte sobre a produção. "A crise de energia vai afetar muito o crescimento econômico brasileiro este ano, e provavelmente o próximo, dependendo da velocidade de recuperação das empresas e do esforço para aumentar a oferta de eletricidade", analisa Castello Branco. A perspectiva de crescimento do nível de emprego, que antes era de mais de 1% neste ano, foi completamente abandonada pela CNI, assim como a previsão de crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 6% da produção industrial. (Valor - 12.06.2001)

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17- Pesquisa aponta que maioria não atingirá meta de consumo

Segundo levantamento realizado pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) com 573 empresas da capital paulista, a maioria das indústrias não conseguirá atingir a meta de redução de consumo de energia imposta pelo governo. E ainda sete entre cada dez irão demitir trabalhadores porque foram obrigadas a diminuir drasticamente a produção. "Esses números sobre demissão são os mais preocupantes", diz Marcel Solimeo, economista da associação. "Se trabalhadores forem demitidos, o mercado consumidor irá se retrair, pois teremos mais gente sem emprego e comprando menos. Logo, uma tentativa de aumento de preços será inócua", explica. A pesquisa revela que 74% das indústrias não devem alcançar a meta de redução no consumo. No caso do comércio, 43% acreditam nessa possibilidade. No setor de serviços, 44%. (Folha - 12.06.2001)

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18- Boletim Diário do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Multinacionais podem participar de Angra 3

A espanhola Iberdrola e a francesa EDF, multinacionais de energia, fizeram uma avaliação de quanto faltava para terminar a usina de Angra 3, conforme levantamento já feito pela Eletronuclear. As empresas multinacionais, contratadas pela Eletronuclear, concluíram que seria necessário gastar mais US$ 1,7 bi para terminar Angra 3. A francesa poderia vir a participar da montagem da usina caso o projeto seja levado adiante. Sua participação ocorreria indiretamente, pois é acionista da fabricante de reatores Framatore, que se fundiu com a alemã Siemens, que possui carteira de projetos em Angra 2 e 3. "Até agora cerca de 30% da usina de Angra 3 já foram realizados, entre compra de equipamentos e projeto de escavação. A usina já absorveu US$ 700 mi, mas a vantagem é que os equipamentos estão todos lá e intactos, pois são mantidos numa atmosfera seca com nitrogênio. Não haverá problema para esta montagem, como Angra 2", afirma Ronaldo Fabrício, ex-presidente da Eletronuclear e da Eletrobrás. (Valor - 12.06.2001)

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2- Eletropaulo investe em torres de transmissão

A Eletropaulo está substituindo os postes de concreto por torres de transmissão de energia elétrica. O principal objetivo da empresa é elevar os níveis de segurança e eficiência do sistema de transmissão. Atualmente, a área de concessão da Eletropaulo, composta pela capital e outros 23 municípios, conta com 5.421 torres, contra apenas 249 postes. Além de aumentar a capacidade nominal, evitando assim a sobrecarga do sistema, a estrutura das torres eleva os cabos de uma altura média de 10 metros para 23 metros. Isso assegura a distância exigida pelas normas de segurança da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece que o campo elétrico ao nível do solo não ultrapasse 5 KV/m, e do ICINIRP (International Comission on Non Ionizing Radiation Protection), que estabelece campo elétrico de 4,16 KV/m e campo magnético de 83uT. (Infoenergia - 11.06.2001)

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3- Gerasul bateu recorde de geração de energia

A Gerasul superou, em maio de 2001, o seu recorde mensal histórico de geração de energia elétrica. Nesse mês foram gerados 2.749.310 MWh, o que corresponde a 39% do consumo da Região Sul do Brasil e um incremento de 37% em relação ao compromisso de suprimento contratado com seus clientes. Em 2001, com a entrada em operação da última máquina da Usina Hidrelétrica de Itá e, recentemente, com o início da operação das unidades da Usina de William Arjona, com gás natural da Bolívia, a Gerasul vem batendo sucessivamente seus recordes de geração nos últimos meses. (Gerasul - 11.06.2001)

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financiamento

1- Sindaçúcar quer financiamento do BNDES para ampliar geração

O setor sucro-alcooleiro de Pernambuco se reúne no dia 12 e 13 de junho, no Rio de Janeiro, com a diretoria do BNDES para articular a captação de verbas do programa de financiamento à geração alternativa, lançado há duas semanas pela instituição financeira. O Sindicato Estadual das Indústrias do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar) vai pleitear US$ 18,4 mi a serem destinados a 23 usinas que estão investindo na ampliação dos seus parques geradores. Ao todo, este pool de empresas prevê aportar US$ 23 mi, sendo 80% financiados pelo BNDES e 20% de capital próprio. A partir desta injeção financeira, o setor pretende consolidar a geração de energia como uma nova divisão de negócios do segmento. A ordem geral é aproveitar as oportunidades do mercado energético, um dos mais atrativos do País. O presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha, afirma que, com este volume financeiro, o pool poderá chegar a um potencial de 110 MW, incremento de 144% com relação à capacidade. Hoje, a potência é de 45 megawatts (MW) - 40 de térmicas a biomassa e cinco MW de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Este pico é alcançado na safra do segmento (setembro a março), período de máxima disponibilidade de bagaço. (Gazeta Mercantil - NE - 12.06.2001)

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2- BC avaliará o impacto na inflação

O diretor de Política Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, afirmou no dia 12.06.2001 que o objetivo da instituição não é acalmar o mercado de câmbio; e sim controlar os impactos das oscilações da moeda norte-americana na inflação. "O objetivo da política monetária é a inflação. A importância que nós damos ao câmbio é seu impacto nos preços'" disse, acrescentando que essa preocupação está explícita na ata do Copom. Figueiredo, que participou do seminário Desenvolvimento do Mercado de Títulos da Dívida Pública, organizado pelo Banco Mundial e pelo Banco Central, reafirmou que a autoridade monetária não tem a intenção de modificar a atual política de câmbio flutuante. O presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, que também esteve presente ao evento, afirmou que, embora o Brasil não tenha a mesma credibilidade que o mercado europeu, já conseguiu emitir títulos de dívida pública com prazo de trinta anos. Em sua opinião, o maior prazo de tolerância para o pagamento da dívida é um bom sinal para o País. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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3- Projeções para os juros futuros fecham em alta

Depois de cinco pregões consecutivos em baixa, as projeções para os juros futuros mudaram de rumo. As taxas fecharam em alta com o movimento de realização de lucros dos investidores. Os contratos de juros futuros são negociados pelo PU (Preço Unitário), que é de R$ 100 mil. Quanto menor o PU, mais alta é a taxa de juros projetada pelo contrato. Para embolsar os lucros dos últimos dias, os investidores venderam os contratos por PUs mais baixos. O resultado foi a elevação nas taxas de juros. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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4- Renda fixa perde para CDI em 2001

Os fundos de renda fixa estão apanhando do CDI em 2001, segundo análise elaborada pela consultoria Risk Office. O único mês bom para essas carteiras foi janeiro. De fevereiro a maio, só os fundos de volatilidade mais alta (categoria onde estão os fundos conhecidos também como 'derivativos', que aplicam em vários mercados e correm mais riscos) tiveram rendimento médio acima do indexador - e ainda assim, apenas em abril. Em maio, os fundos de volatilidade média e média-alta também superaram o CDI, mas por muito pouco. O IRF-M, índice de renda fixa que reflete a média dos juros prefixados pagos pelos papéis públicos que estão em poder do mercado (onde os fundos de renda fixa de volatilidade média-baixa, média e média-alta aplicam) superou largamente o CDI no mês de maio. Mas, pelo jeito, os fundos de renda fixa fugiram de papéis prefixados em maio, após amargar perdas em março e abril, devido à alta dos juros. Os fundos DI, por sua vez, estão conseguindo manter-se fiéis ao objetivo, que é render o mesmo que o CDI. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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5- Bradies sobem com menos fôlego

Os títulos da dívida dos emergentes começaram a segunda semana de junho em alta, mas nem tão significativa como no período anterior. O mercado de bradies e globals registrou poucos negócios na maior parte do dia 11.06.2001, com maior liquidez pela manhã. o C-Bond subiu para US$ 0,767 com spread de 796 pontos-base e o FRB valorizou até US$ 0,884 e spread de 818 pontos. A valorização dos brasileiros Global 4 (+0,35%) e Global 5 (+0,65%) mostra a confiança do investidor no curto prazo, mesmo com a pressão cambial. Rumores de uma possível troca de papéis brasileiros persistem, mas não há confirmação do governo. (Valor - 12.06.2001)

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6- Censo para capital externo

Nos últimos cinco anos, o número de empresas brasileiras que têm participação estrangeira aumentou quase quatro vezes. No censo do capital estrangeiro realizado pela última vez em 1996, o BC contabilizou 6.322 empresas que eram controladas ou tinham uma parte do patrimônio nas mãos de investidores internacionais. No dia 11.06.2001, o BC deu início à segunda rodada do censo e a expectativa do chefe do Departamento de Câmbio, José Maria Carvalho, é que esse número tenha subido para cerca de 24 mil companhias. O aumento do número de empresas com participação estrangeira está ligado ao volume de recursos que ingressaram no País desde 1996. O estoque de investimentos estrangeiros no final de 1995 era de US$ 42 bi. Nos cinco anos seguintes, o fluxo de dinheiro externo para o Brasil chegou a US$ 120,3 bi. Segundo o chefe do Decam, o objetivo do censo é aprimorar os dados sobre os recursos externo no Brasil e ter uma base de informações que ajude na definição de políticas global e setorial. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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7- Argentina pagará menos para captar

A Argentina poderá vender no dia 12.06.2001 letras do Tesouro de 91 dias pela menor taxa dos últimos quatro meses. Segundo a Bloomberg News, a queda é resultado do swap de bônus do governo, que reduziu as necessidades de captação de recursos em 2001 e aumentou a confiança dos investidores de que o país tem capacidade de pagar suas dívidas. O governo pretende vender US$ 350 mi em letras de 91 dias e US$ 350 mi em letras de seis meses em seu primeiro leilão desde a realização do swap, no último dia 03.06.2001. Os rendimentos das letras de 91 dias poderão cair para 8 a 9%, a partir dos 12,09% praticados no leilão anterior, de 22 de maio, disseram os investidores. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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gás e termoelétricas

1- Aneel afirma que cronograma das termelétricas foi frustrado por desacordos sobre cobertura cambial

Em seu depoimento à Comissão de Análise do Sistema Hidrotérmico de Energia Elétrica, no dia 11.06.2001, o diretor-geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, revelou que, no que concerne ao caso do programa prioritário de térmicas a gás, estava prevista a entrada em operação de 'várias centrais' ainda em 2001, o que contribuiria significativamente para a oferta de energia ao mercado consumidor, aliviando, em profundidade, a crise configurada. 'Entretanto, o cronograma de implementação foi inviabilizado pela frustração dos entendimentos a cerca da cobertura dos riscos cambiais associados ao preço do gás natural, cotado em dólares, no âmbito da celebração dos contratos de compra da energia elétrica a ser produzida', afirmou à comissão. Segundo José Mário Abdo afirmou à comissão governamental, o plano decenal de expansão do setor elétrico previsto para o período de 2000 a 2009 já indicava um risco de 12% para as regiões Sudeste e Centro-Oeste e de 11% para o Nordeste, no ano de 2001. O diretor da Aneel alegou que foi justamente o risco elevado - tradicionalmente, o setor elétrico brasileiro trabalhava com risco de déficit de 5% - que motivou a criação do programa térmico emergencial. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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2- Petrobras ampliará capacidade de geração de térmicas

A Petrobras ampliará a capacidade de geração das termelétricas como alternativa mais rápida para disponibilizar energia. A estatal está prestes a fechar com a fabricante de equipamentos Alstom a ampliação da usina TermoRio, em construção, pulando dos atuais 250 MW planejados para 1.000 MW até o final de 2002. As termoelétricas Termobahia e Piratininga também terão sua capacidade aumentada: a primeira dobrará seu tamanho, de 255 MW para 500 MW, e a segunda acrescentará 300 MW aos 500 MW programados. A principal vantagem desse tipo de iniciativa é pular etapas como a licença ambiental, compra de terreno e negociação com fornecedores. (Valor - 12.06.2001)

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3- ANP habilita 42 empresas para terceira rodada de licitação

A ANP anunciou que habilitou 42 das 44 empresas inscritas na terceira rodada de licitação para exploração de petróleo, marcada para os dias 19 e 20 de junho de 2001, no Rio de Janeiro. De acordo com declaração feita pelo presidente da ANP, David Zylbersztajn as duas companhias desabilitadas "não atenderam às exigências". Nesta terceira rodada, serão ofertados 53 blocos de exploração de petróleo e gás natural, localizados em 12 bacias sedimentares, 43 deles localizados em alto-mar e, o restante, em terra. (Reuters - 11.06.2001)

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4- Pequenas petroleiras podem levar a melhor em leilão da ANP

A terceira rodada de licitações para as áreas de exploração e produção de petróleo e gás natural da ANP pode ser mais uma oportunidade para petroleiras de menor porte ou independentes aumentarem seus portfólios de negócios no País. Na avaliação de especialistas e executivos do setor, o leilão tem tudo para repetir o anterior, marcado pela forte presença de empresas pequenas e atuação tímida das grandes companhias. A agência habilitou 42 empresas para a licitação. Segundo um executivo do setor, as grandes companhias estão atoladas de trabalho nos blocos nos quais já têm participação no e por isso devem ter um apetite menor nessa licitação. (Gazeta Mercantil -11.06.2001)

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5- RJ desenvolverá 40% dos projetos de gás do CTPetro

Instituições do Rio de Janeiro serão responsáveis pelo desenvolvimento de 40% dos projetos da CTPetro na área de gás natural, que concentra o maior número de programas encomendados pela Petrobras a 33 instituições de pesquisa em todo o País. Os programas nesse setor, que receberão aporte de R$ 23 mi e estão em fase final de avaliação, devem ser aprovados pela Finep até julho de 2001.Os números foram divulgados na abertura da II Reunião do Plano Nacional de Ciência e Tecnologia de Petróleo e Gás Natural (CTPetro), em um hotel no Centro do Rio. O CTPetro, que desde 1999 financia o desenvolvimento de tecnologias nas áreas de petróleo, gás e energia, recebe 25% dos royalties do petróleo para serem obrigatoriamente aplicados em desenvolvimento de tecnologias. (Gazeta Mercantil - 12.06.2001)

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grandes consumidores

1- Telemar estuda investir US$ 60 mi em termoelétrica

A Telemar estuda investir US$ 60 mi em uma usina termoelétrica movida a gás com capacidade para produzir 100 MW e assim gerar parte da energia que consome. A curto prazo, a empresa avalia alternativas como a compra de barcaças ou grupos motores geradores. O local da usina ainda não foi decidido, mas deve ficar em algum estado onde Telemar opere. A companhia consumirá parte da energia gerada e o restante será trocado ou vendido para que possa comprar energia em outros estados. O objetivo, além da economia, é que o governo declare o serviço como essencial e diminua de 20% para 10% o percentual a ser poupado. (Valor Econômico 12.06.2001)

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internacional

1- Comunidade Européia vetará entrada de estatais em mercados liberalizados

A vice-presidenta da Comissão Européia, Loyola de Palacio, anunciou que o executivo comunitário estudará, nas próximas semanas, a adoção de medidas transitórias para evitar que empresas energéticas públicas tomem posições em mercados liberalizados. Serão discutidos meios para enfrentar essa situação de diferença entre os mercados e evitar a distorção da concorrência que supõe a entrada de estatais nos mercados abertos. Segundo De Palacio, a diretriz da União Européia que fixa 1 de janeiro de 2005 como data limite para a abertura total dos setores de eletricidade e gás natural será aprovada em meados de 2002 ou no máximo no fim desse ano. (El Mundo - 11.06.2001)

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2- Alemanha ameaça parar de importar energia caso a França não abra seu mercado

O ministro alemão da Economia, Werner Müller, ameaçou bloquear as importações de eletricidade francesa caso Paris não liberalize seu mercado. A posição alemã tem o respaldo da vice-presidenta da Comissão Européia, Loyola de Palacio. Müller afirmou que protegerá as empresas alemãs de um tratamento injusto e que, por enquanto, são as companhias que decidem se importam energia do estrangeiro, mas que isso não tem precisa seguir assim. A possibilidade de restringir importações está prevista em um projeto de lei ainda não apresentado ao parlamento. Em 1999, a França exportou 68,7 bilhões de KVh e só importou 5 bilhões. A Alemanha, por sua vez, exportou 39,5 bilhões de KVh e importou 40,5 bilhões, em parte para exportar. (El País 12.- 06.2001)

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3- Iberdrola compra 50% da Aesol

A Iberdrola Redes, subsidiária da Iberdrola, comprou ontem, 11.06.2001, 50% do capital social da Alternativa Energética Solares (Aesol) um investimento de US$ 890.216. A empresa se dedica principalmente à produção, distribuição, comercialização e instalação de energia térmica e solar. O principal objetivo da sociedade é se expandir por toda a Espanha. (Enervia 11.06.2001)

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4- Alemanha não produzirá energia nuclear a partir de 2020

O chanceler alemão Gehard Schrorder e executivos de elétricas alemãs (EnBW, RWE, Eon e HEW) assinaram ontem, 11.06.2001, acordo que irá parar a produção de energia de nuclear no país em 2020. As 19 usinas serão fechadas progressivamente, de acordo com sua vida útil e necessidade de produção. O acordo trará uma reformulação no setor energético alemão, já que a energia nuclear representa um terço da produção do país. A diferença seria compensada pelo maior uso de energias renováveis como eólica e solar, aumento da eficiência de outros tipos de usinas e incentivos à economia doméstica e comercial. (Financial Times - 12.06.2001)

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5- Endesa contrai empréstimo de US$ 28,49 mi para construir duas usinas

A Endesa anunciou empréstimo de US$ 28,49 mi com o banco Caja Madrid para financiar a construção de duas usinas de energia renovável na região Central da Espanha. As usinas devem entrar em operação no fim de novembro de 2001. (Dow Jones - 11.06.2001)

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6- Interconexão Brasil-Venezuela começa em 31.07.2001

O projeto de interconexão de 200 MW da Venezuela até Boa Vista, Roraima, está previsto para começar em 31 de julho deste ano, afirmou a Aneel, que autorizou a importação. A responsável será a Eletronorte, que comprará energia gerada pela venezuelana Edelca em sua usina de Guri. (BNAmericas 11.06.2001)

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7- Espanha quer menos energia eólica

A Comissão Nacional de Energia (CNE), organismo que regula o setor energético espanhol, quer restringir os investimentos das hidroelétricas em parques eólicos, pois teme o desequilíbrio do sistema elétrico. A posição da CNE alerta para a ausência absoluta de mecanismo regulatórios que promovam a incorporação eficiente da energia eólica nos sistema. O aumento da construção de parques eólicos se deve principalmente às altas margens de lucro envolvidas. De acorodo com a Comissão, cada Kw/h produzido é vendido pelo dobro do preço praticado pelas centrais tradicionais, vantagem aumentada devido ao baixo custo de instalação dos geradores eólicos. A produção desse tipo de energia representa atualmente 55 da produção total da Espanha, mas pode chegar a 60% caso se concretizem os objetivos da União européia e das empresas. (Diário Econômico 12.06.2001)

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8- Hidrocantábrico apresenta proposta pela Viesgo

Com intenção de crescer na Espanha, a Hidrocantábrico apresentou, dia 11.06.2001, oferta formal para adquirir a Viesgo da Endesa. Estão em jogo 5,4% do mercado espanhol, 560 mil clientes e 2.610 MW. Caso a Hidrocantábrico ganhe o leilão, terá 12% de participação no mercado, aproximando-se da Unión Fenosa, com 13%. As outras empresas envolvidas no negócio são as alemãs RWE e Eon, além da portuguesa EDP. A Endesa fará a pré-seleção das ofertas nos próximos dias por intermédio do banco JP Morgan, que levará em conta basicamente a parte financeira e em menor medida o plano industrial. (Enervia - 12.06.2001)

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1- Função Financeira da Eletrobrás

Pacheco, Carlos Wagner. "Função Financeira da Eletrobrás". Rio de Janeiro: Instituto de Economia - UFRJ, Junho/1999 (Monografia de MBA Energia Elétrica). Este trabalho faz um avaliação da função financeira da ELETROBRÁS no atual contexto de reforma do Setor de Energia Elétrica Brasileiro, e considerando as atuais inovações financeiras, apurando a disponibilidade financeira da empresa para novos investimentos, o custo do capital da mesma e os prazos requeridos pelos projetos do Setor afim de concluir se estas condições são condizentes com as necessidades dos investimentos que deverão ser feitos. O trabalho procura ainda avaliar, nas novas formas de captação de recursos, a relevância do papel da ELETROBRÁS como parceira dos novos empreendimentos, mitigadora de riscos e alavancadora de capitais. Para fazer o download do trabalho,clique aqui.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras