1- Aneel leiloará linhas de transmissão |
No
dia 13.06.2001, a Aneel leiloará as linhas Bateias (PR) - Jaguariaíva
(PR), de 300 KV (baixa tensão) e 137 km de extensão; a linha Ouro
Preto 2 (MG) - Vitória (ES), de 500 KV e 370 km de extensão; e
Itumbiara (GO) - Marimbondo (MG), de 500 KV e 212 km. A primeira
tem receita anual máxima fixada em R$ 5,81 mi pela Aneel, que
também estabeleceu um teto de R$ 29,8 mi para a linha de Ouro
Preto 2. Por sua vez, o consórcio que arrematar a linha de Itumbiara
terá direito a uma receita de até R$ 20,6 mi. No dia 12.06.2001,
encerra-se o prazo para o depósito das garantias. (Gazeta Mercantil
- 11.06.2001)
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2- Seis grupos disputam linhas de transmissão |
Os seis grupos pré-qualificados para o leilão de linhas de transmissão
da Aneel, previsto para o dia 13.06.2001, na Boverj, começam a
fazer as contas finais para a disputa, que deve resultar em investimentos
de até R$ 280 mi. Além do consórcio brasileiro Schahin/Alusa,
que concorrerá às três linhas, e da PEM Participações, que disputará
os lotes B, da linha Ouro Preto 2 (MG) - Vitória (ES), e C, da
linha Itumbiara (MG) - Marimbondo (MG), foram pré-qualificados
para a disputa os consórcios Inter Expansion (Cobra, Elecnor,
Abengoa e Isolux), que também disputará os três lotes; e Earth
Tech-Cemig, cuja participação está limitada ao lote B. Também
estão qualificadas a Cemig, que isoladamente disputará o lote
C; a Copel, que tentará o lote A; e a Escelsa, que manifestou
interesse apenas pelo lote B. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
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3- Aneel cobrará explicações à EPTE |
A Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), controlada
pelo governo paulista, terá que explicar à Aneel as causas dos
apagões ocorridos no dia 10.06.2001 em São Paulo. Técnicos da
EPTE afirmaram que, como dois transformadores foram afetados pelas
falhas, o sistema ficou menos confiável e, por isso, não está
afastada a possibilidade de acontecerem novos problemas da mesma
natureza. O superintendente de fiscalização da Aneel, Hélio Puttini,
disse que está enviando no dia 11.06.2001 um pedido de esclarecimentos
a EPTE, porque ficou caracaterizado que o defeito ocorreu na subestação
da empresa. A agência também deverá solicitar dados ao ONS, responsável
pelo funcionamento da rede básica. (O Globo - 11.06.2001)
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4- Aneel quer solução para rombo de R$ 400 mi |
A Aneel busca amparo legal para encontrar a origem de um rombo
superior a R$ 400 mi, montante estimado por agentes do setor referente
a encargos de serviço de sistema. O passivo foi acumulado entre
setembro de 2000, quando foi criada a figura de encargo de serviço
de sistema e instalado o MAE, até hoje. Na prática, esse ônus
existe quando uma usina produz energia mas, por alguma restrição
operacional, não consegue entregá-la no submercado de destino.
Grosso modo, a conta do encargo é feita com base na diferença
entre o preço, em reais, da energia inicialmente programada para
o despacho na usina, custo de geração, e aquela que foi efetivamente
entregue, calculada com base no preço do MAE, multiplicada pelos
montantes dessas fatias, em MW. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
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1- Governo vai ao STF tentar manter plano de racionamento |
O governo tentará, no dia 11.06.2001, uma cartada decisiva para
a manutenção do plano emergencial de racionamento de energia elétrica.
A AGU apresentará ao STF uma ação declaratória de constitucionalidade,
com pedido de liminar, numa tentativa de minar as decisões contra
as medidas de economia que vêm sendo emitidas pela Justiça Federal
mesmo depois da flexibilização da medida provisória do racionamento.
São grandes as chances de o governo sair vitorioso no STF. A expectativa
do governo é que o plenário do Supremo inclua a ação na pauta
de julgamento de 13.06.2001. (O Globo - 11.06.2001)
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2- CGCE apresentará balanço do racionamento |
A CGCE divulgará, no dia 11.06.2001, o primeiro balanço oficial
do racionamento de energia elétrica nas regiões Sudeste, Centro-Oeste
e Nordeste. A avaliação permitirá à CGCE a definição da relação
existente entre os agentes geradores, distribuidores e comercializadores
de energia elétrica. Segundo o secretário de Energia do Estado
de São Paulo, Mauro Arce, um dos integrantes do núcleo-executivo
da CGCE, até o dia 15.06.2001 estarão decididas algumas questões
prioritárias para o período de vigência do racionamento. (Jornal
do Commercio - PE - 11.06.2001)
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3- Novidades no projeto da LDO por conta da crise energética |
A Comissão Mista de Orçamento do Congresso começa a discutir no
dia 12.06.2001 o relatório da deputada Lúcia Vânia sobre o projeto
da LDO para 2002. Uma das novidades do projeto projeto, que fixa
as diretrizes para a elaboração do Orçamento Geral da União, é
que, embora estabeleça as metas fiscais a serem obedecidas pelo
governo no ano 2002, como exige a Lei de Responsabilidade Fiscal,
o relatório permite que tais metas sejam revistas pelo projeto
do Orçamento, que chegará ao Congresso só no fim de agosto de
2001. O motivo é a incerteza na economia por conta da crise energética.
O relatório confere prioridade aos projetos de geração de energia
elétrica. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
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4- Crise apressa decisão sobre construção de Angra
3 |
A crise de energia força o governo a apressar a decisão sobre
a construção da usina nuclear de Angra 3. O aval para o início
das obras já está praticamente decidido. Hoje a maioria dos integrantes
do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), é a favor
do projeto. A posição se consolidou nas últimas semanas devido
à percepção de que é preciso aumentar urgentemente a oferta de
energia nos próximos anos. As novas obras podem ser iniciadas
ainda em 2001 para que, em 2005, Angra 3 acrescente 1.350 MW ao
Sistema Elétrico Brasileiro. O CNPE, se reunirá em julho de 2001
para tomar a decisão final, mas poucos acreditam que a atual tendência
possa ser revertida. (O Globo - 11.06.2001)
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5- Ministro apresentará projeto para reduzir efeitos
da crise no emprego |
O ministro do Trabalho e Emprego, Francisco Dornelles, levará
ao Congresso no fim de junho de 2001 um projeto de lei ordinária
para reduzir os efeitos da crise de energia sobre o mercado de
trabalho e garantir a manutenção do maior número possível de empregos
no País. O projeto prevê modificações nas leis trabalhistas de
modo a permitir que trabalhadores e empresas negociem o melhor
para ambos de forma a evitar demissões. Hoje, segundo Dornelles,
há diversas negociações em curso que não podem ser concretizadas
porque não existem na lei instrumentos que garantam a implantação.
O Ministério do Trabalho ainda não sabe ao certo o que deve acontecer
no mercado enquanto a crise de energia não for solucionada. Ele
mantém a projeção inicial do governo de criação de dois milhões
de novos empregos formais e informais para a economia brasileira
em 2001. (O Globo - 11.06.2001)
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6- RJ supera meta de redução do consumo de energia |
Nas áreas de cobertura das duas maiores distribuidoras de energia
do RJ, a Light e a Cerj, a redução do consumo já ultrapassou a
meta de 20%, estipulada pela CGCE. Nos 33 municípios da Light,
o consumo de energia caiu, desde a primeira semana de maio de
2001, mais de 21%. Na área da Cerj, 66 municípios fluminenses,
a redução nos sete primeiros dias do mês foi de 25,7% em relação
ao consumo previsto para o período. Segundo o gerente de coordenação
da Cerj, Ewandro Naegele, somente na última semana é que houve
uma adesão maior de todos os segmentos da sociedade, por isso
o consumo em junho caiu bastante. (Jornal do Commercio - 11.06.2001)
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7- Economia na área de Cemig supera meta de 20% |
Em Minas, a economia na área de concessão Cemig durante os 7 primeiros
dias do plano de racionamento do governo ultrapassou os 20%. A
Aneel tinha fixado um teto de fornecimento de no máximo de 706.219
MW/h. Mas os relógios da Cemig apontaram apenas 697.848 MW/h,
o que representa uma queda de 20,9% em relação a igual período
do ano 2000. Foram economizados 8.372 MW/h além da meta. A Cemig
previa chegar ao final do ano 2001 com uma receita bruta de R$
4,6 bi, mas, segundo o diretor financeiro da empresa, Cristiano
Corrêa de Barros, a projeção está sendo reduzida em 11%, com previsão
de perda de R$ 500 mi. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
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8- Dois apagões atingem São Paulo |
A cidade de São Paulo enfrentou no dia 10.06.2001 dois apagões,
um durante a tarde e outro no início da noite. Os cortes de energia
atingiram bairros centrais da cidade e partes da Zona Oeste. Em
algumas áreas, chegou a faltar luz por cerca de meia hora. Inicialmente,
a Eletropaulo, informou que os dois apagões foram motivados "pela
queda de tensão que provocou defeitos na chave seccionadora da
estação transformadora da Empresa Paulista de Transmissão de Energia
(EPTE)". Mais tarde, porém, a Eletropaulo disse que os cortes
no fornecimento de energia foram provocados por fatores distintos.
À tarde, o apagão deveu-se a uma queda de tensão no terminal da
EPTE. O problema na chave seccionadora teria ocasionado apenas
o segundo corte de luz, que ocorreu à noite. (O Globo - 11.06.2001)
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9- Maior parte do Brasil não atinge as metas |
O consumo de energia nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste
ainda está acima da meta de corte de 20%. De acordo com dados
do ONS, entre os dias 1º e 7 de junho de 2001, primeira semana
do racionamento, o consumo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
foi de 21.634 MW médios. A meta estabelecida para que os reservatórios
dessas regiões cheguem a novembro de 2001 com 12,8% de sua capacidade,
nível considerado ideal para a segurança do sistema, é de um consumo
de até 20.165 MW médios. O desvio entre a média real e a ideal
ficou, portanto, em 7,3%. Para o Nordeste, o consumo nos primeiros
sete dias de junho de 2001 ficou em 4.743 MW médios, 4,7% acima
da meta, que era de 4.531 MW médios. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
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10- Aneel atribui racionamento a excesso de otimismo |
O mea-culpa da Aneel no episódio da escassez de eletricidade se
deve ao excesso de otimismo. É dessa forma que a direção da entidade
responde às críticas que recebe por não ter defendido uma estratégia
de prevenção à crise, no início de março de 2001, quando a situação
dos reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste, do Centro-Oeste
e do Nordeste já se mostrava crítica. "Decidimos trabalhar o risco
com otimismo, contando com a certeza de que as chuvas cairiam
em março e em abril nos mesmos níveis médios dos últimos 70 anos.
Já havíamos trabalhado com risco maior de déficit de energia no
final de 1999. Mas terminamos 2000 em situação tranqüila", afirmou
Jaconias de Aguiar, diretor da Aneel. (Jornal do Commercio - 11.06.2001)
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11- Tourinho preparou dossiê sobre crise energética
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O
ex-ministro de Minas e Energia Rodolpho Tourinho preparou um extenso
dossiê sobre a crise energética para contar uma história semelhante
à divulgada pelo Palácio do Planalto. O economista que foi ministro
de Minas e Energia de janeiro de 1999 a fevereiro de 2001 tem
opinião idêntica à de FHC: o problema maior da crise atual é a
falta de chuva. As 103 páginas de seu dossiê contêm inúmeras tabelas
e gráficos que explicam em parte como o Brasil entrou na atual
barafunda energética. Não é uma história que exime FHC e sua equipe
de culpa. Mas dilui a responsabilidade para todos os presidentes
desde 1987, ano a partir do qual houve uma queda brutal dos investimentos
no setor elétrico do país. Tourinho poupa FHC até no que considera
um dos erros do atual governo (sem nunca pronunciar a palavra
"erro"), que foi não ter resolvido o problema do preço do gás
para as 49 termelétricas anunciadas em fevereiro de 2000. O máximo
de crítica que se permite é uma citação velada ao ministro da
Fazenda, Pedro Malan: "Por que a equipe econômica demorou a ver
isso?". Nada mais. Ataque mais direto só para a Aneel, única entidade
identificada por Tourinho como frontalmente contra o regime de
proteção cambial para o gás importado. (Folha - 10.06.2001)
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12- Economistas sugerem criação de mercado de energia |
Um certificado, vale ou tíquete de consumo de energia, que poderia
ser trocado ou vendido entre pessoas e empresas. Quem poupasse
mais, ganharia dinheiro na venda desses títulos. Já o consumidor
pouco econômico teria que pagar para gastar além da cota. A idéia
faz parte de três diferentes propostas para o racionamento de
energia, feitas pelos economistas Eustáquio Reis, do Ipea; Paulo
Rabello de Castro, do Instituto Atlântico; e Gustavo Franco, ex-presidente
do Banco Central. "Seria a criação de um mercado varejista de
energia. Cada situação individual teria sua própria solução. Familiares
e empresas coligadas poderiam trocar vales entre si sem burocracia",
afirma Eustáquio. (O Globo - 11.06.2001)
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13- Consumo acima da energia garantida traz possibilidade
real de apagão |
O Brasil conta, atualmente, com pouco menos de 40 mil MW médios
de 'energia garantida', número que é inferior ao consumo médio
nacional até o momento, cerca de 41 mil MW, mesmo depois do início
do racionamento. Consumo médio maior do que energia garantida,
significa fragilidade estrutural do sistema de geração. A conseqüência
é a que se vê atualmente no País: racionamento e possibilidade
real de apagão. Na região Nordeste, por exemplo, a estiagem aproxima,
a cada dia, a potência garantida do que está sendo gerado pelas
hidrelétricas locais e, portanto, aumenta o percentual necessário
de racionamento. Junto, sobe a chance de corte no fornecimento.
O consumo nordestino de energia, hoje, beira os 6 mil MW e a energia
firme das usinas locais é de cerca de 5,7 mil MW, pelos dados
do ONS. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
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1- Cemig deixa de investir até R$ 200 mi |
Segundo declarou o diretor de finanças e participações da Cemig,
Cristiano Corrêa de Barros, no dia 07.06.2001, o racionamento
de energia em MG vai fazer com que os investimentos da Cemig em
2001, inicialmente previstos em cerca de R$ 800 mi, sofram uma
redução de R$ 150 mi a R$ 200 mi. A queda nos investimentos não
deverá atingir, contudo, os projetos programados no setor de geração
de energia, que deverão atingir a cifra de R$ 200 mi até dezembro
de 2001. Segundo ele, o faturamento bruto da concessionária, que
chegaria a R$ 4,6 bi em 2001, sofrerá uma redução de R$ 500 mi
em função da crise energética. (O Tempo - 08.06.2001)
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2- CEB conclui desverticalização exigida pela Aneel |
A CEB aguarda a aprovação, pela Aneel, dos estudos econômico-financeiros
realizados para a criação da CEB Distribuição S.A.. Em janeiro
de 2001, a empresa brasiliense criou a CEB Geração S.A.. A reestruturação
societária atende à exigência de desverticalização contida no
contrato de concessão assinado com a agência reguladora, e vale
para todas as companhias do setor no País. O parecer da Aneel
deve ser divulgado ainda em junho de 2001. A agência reguladora
exige a separação, por meio de pessoas jurídicas independentes,
das atividades de transmissão (a CEB não tem essa área), geração
e distribuição de energia elétrica. (Gazeta Mercantil - DF - 11.06.2001)
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1- Contrato entre Furnas e Angra deve sair até dia
29.06.2001 |
Até o dia 29.06.2001, todas as negociações de energia no MAE,
serão contabilizadas. Dentro do mesmo prazo deve ser fechado o
contrato entre Furnas e Eletronucelar para a comercialização da
energia gerada por Angra II. A partir disso, as operações serão
inteiramente liquidadas, como informou, no dia 08.06.2001, o presidente
da Asmae, Mitsumori Sodeyama. A homologação sobre o direito de
venda da energia nuclear é considerada condição para que o MAE
organize suas contas e passe a funcionar dentro de regras claras.
Furnas tem uma dívida de aproximadamente R$ 570 mi com os agentes
do mercado, em função do atraso no início das operações de Angra
II, o que fez com que a estatal comprasse energia no spot, para
honrar contratos já assinados. Hoje Angra II produz cerca de 1,3
mil MW, dos quais aproximadamente 800 MW são comercializados por
Furnas. Com o contrato assinado, a diferença seria vendida no
mercado spot, que hoje tem um teto de R$ 684 o MW/h. Do dinheiro
proveniente da venda a este preço sairia o fundo para pagar a
dívida com o mercado. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
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1- BNDES amplia crédito para acelerar térmicas |
O BNDES decidiu ampliar de 35% para até 80% a parcela a ser financiada
do investimento em usinas termelétricas listadas no programa emergencial
do governo. O banco financiará a compra de equipamento importado,
que é o maior custo dos projetos. A decisão do BNDES aliada à
definição da Petrobras são passos fundamentais para incentivar
investimentos nesse setor. Segundo Octávio Castelo Branco, diretor
de infra-estrutura, haverá duas possibilidades de crédito para
equipamento importado. Uma delas será a correção por uma cesta
de moedas nos repasses de recursos que o BNDES está negociando
com o Bird para este fim. Na outra, em reais, a empresa emite
debêntures de dez anos corrigidas pelo IGP-M, com garantia de
recompra pelo BNDES, para cobrir parte do investimento. "O restante
será pela TJLP (Taxa de Juro de Longo Prazo)", explicou. Em três
anos, essas usinas deverão gerar aproximadamente 15 mil MW. O
custo dos projetos - considerando-se US$ 600 por MW - seria de
US$ 12 bi a US$ 15 bi. (Valor - 11.06.2001)
Índice
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2- Termelétricas vão demandar US$ 15 bi |
A crise de energia fará com que inúmeras empresas ponham o pé
no freio em seus projetos de investimento. Mas a necessidade de
construção de termelétricas deverá movimentar o setor de "project
finance" no segundo semestre de 2001. O BNDES deverá ajudar as
empresas no financiamento para construção das usinas, pois o assunto
energia é prioridade absoluta do governo agora. Mas os bancos
vão contribuir com parte do crédito, principalmente no que diz
respeito aos empréstimos-ponte que serão necessários para dar
o pontapé inicial nos projetos antes que operações estruturadas
de mais longo prazo e de custo menor sejam realizadas. Segundo
estima o mercado, se 50 termelétricas tiverem mesmo a construção
iniciada ainda em 2001, os recursos totais a serem demandados
podem chegar a nada menos do que US$ 15 bi. Seriam cerca de US$
300 mi por termelétrica. (Valor - 11.06.2001)
Índice
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3- Taxa de juros pode ser definida por resultados inflacionários |
Apesar de mais curta, devido ao feriado de Corpus Christi no dia
14.06.2001, a segunda semana de junho trará a divulgação de importantes
índices de inflação. O resultado desses indicadores vai ajudar
o BC a definir o rumo dos juros básicos da economia, a meta Selic,
que está em 16,75% ao ano. O Copom estará reunido nos dias 19
e 20 de junho de 2001 para definir se eleva ou mantém a taxa de
juros, que vai vigorar até julho. Se os índices indicarem alta
da inflação, é provável que o Copom suba os juros básicos da economia
para garantir o cumprimento da meta de inflação em 2001, que é
de 4% com a variação de dois pontos percentual. Se a inflação
ficar abaixo do esperado, o comitê pode até manter a taxa básica.
A aposta dos analistas econômicos é que os juros serão elevados
em 0,50 ponto percentual, passando para 17,25% ao ano. O consenso
entre os profissionais é que a desvalorização do real frente o
dólar, acumulada em 21%, em 2001, pode contaminar a inflação,
o efeito 'pass through'. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
Índice
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4- Projeções dos contratos de juros futuros acreditam
em elevação na taxa selic |
As projeções dos contratos de juros futuros também indicam que
os investidores acreditam em nova elevação nos juros básicos da
economia. Entre os contratos mais negociados na BM&F, o de julho
fechou em 17,17% ao ano, 0,92 ponto percentual acima da taxa básica,
indicando alta para os juros básicos. As taxas de juros futuros
fecharam a primeira semana de junho em baixa, reajustando os níveis
de preço após a conclusão da troca da dívida na Argentina e informações
mais consistentes sobre o racionamento de energia. O contrato
de outubro caiu de 18,66% para 18,58%. O contrato a termo de Depósito
Interfinanceiro, de um ano, caiu de 20,50% para 20,25%. A melhora
no mercado de juros fez o Tesouro Nacional aumentar a venda de
títulos públicos. Amanhã, vão a leilão R$ 2 bi em prefixados,
que vencem em 7 de novembro. O Tesouro venderá também R$ 3 bi
em pós-fixados, com resgate em 14 de junho de 2006. (Gazeta Mercantil
- 11.06.2001)
Índice
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5- Captações externas chegam a US$ 20 bi no 1º semestre |
Empresas, governo e bancos brasileiros aproveitaram o primeiro
semestre de 2001 e anteciparam rolagem de dívidas, preparando
um "colchão de liquidez" para enfrentar tempestades maiores no
futuro. Captaram até agora US$ 15,8 bi e têm operações de mais
de US$ 5 bi no forno para serem fechadas, o que totaliza mais
de US$ 20 bi no semestre e pode se transformar em um recorde absoluto
na história do país. Os números são do Valor Pesquisa Econômica.
Mesmo que apenas 35% das captações previstas para junho realmente
aconteçam, o total do primeiro semestre vai superar o recorde
anterior, do final de 2000, quando o Brasil captou US$ 17,54 bi
no exterior. Os prêmios cobrados pelos investidores externos e
inclusive pelos bancos, no entanto, já estão maiores do que os
verificados no final de 2000. Até mesmo as operações consideradas
mais seguras, como as vinculadas ao comércio exterior, pagam prêmios
mais altos. Os prazos estão ficando mais curtos para os empréstimos
"clean", sem cobertura de risco político ou comercial e sem vínculo
no comércio exterior. As crises da Turquia, da Argentina e o racionamento
de energia no Brasil atrapalharam a emissão de inúmeros bônus.
Empresas de primeira linha, no entanto, continuam conseguindo
crédito mais barato no exterior do que no mercado interno. (Valor
- 11.06.2001)
Índice
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Na primeira semana de junho a taxa usada em negócios com prazo
de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 1,89%
e 4,46% mensais. As pequenas e médias empresas fecharam negócios
entre 1,98% e 5,07%. Em relação ao desconto de duplicata, nos
negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 1,55%
a 2,50% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi
de 2,36% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram
taxas entre 21% e 56,45% ao ano de capital de giro prefixado,
enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 33,23% a 67,65%.
Já a taxa do vendor e compror oscilou de 20,27% a 27,57% ao ano
para grandes empresas e de 26,08% a 43,41% ao ano para pequenas
e médias. A Conta Garantida, nas operações de 31 dias para grandes
companhias, o intervalo ficou entre 1,65% e 3,50% ao mês. Pequenas
e médias empresas conseguiram taxas de 2,42% a 5% ao mês. Em relação
ao factoring, custo das operações de fomento mercantil, fechou
a semana com a taxa média baixa em 3,87% e a alta em 3,91% ao
mês. A taxa média para o cliente, resolução 63, ficou em 13,60%
ao ano. Já as operações prefixadas com prazo de 24 meses (leasing)
tinham taxas médias de 2,18% para carros e de 2,49% ao mês para
máquinas, equipamentos e informática. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
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1- ANP vai regulamentar transporte de gás para empresas
que investirem na ampliação do Gasbol |
Nas próximas semanas a ANP divulga portaria que regulamenta o
transporte de gás para as empresas que investirem na ampliação
do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). A agência já garantiu o uso
do gasoduto para a Enron e a BG, no entanto nenhuma das duas trouxe
sequer um metro cúbico de gás em virtude, principalmente, de atritos
com a Petrobras. A permissão de uso foi o primeiro passo dado
pela ANP, mas o objetivo de David Zylbersztajn, diretor da agência,
é estimular o investimento privado para ampliar a capacidade de
transporte do Gasbol para até 72 milhões de metros cúbicos por
dia, quando hoje transporta 24 milhões de metros cúbicos/dia.
A BG, por exemplo, manifestou interesse pelo gás adicional da
Bolívia e espera a portaria de livre acesso para solicitar a importação
de mais 3 milhões de metros cúbicos de gás, em contratos de longo
prazo. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
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2- Termelétricas alternativas são inviáveis |
A possibilidade de se construir termelétricas que usem hidrogênio
foi descartada por especialistas da área. Em tese, esse tipo de
usina poderia resolver o problema da poluição, principal entrave
à construção de mais unidades. Além disso, o gás metano usado
em algumas termelétricas é importado e seu preço é cotado em dólar.
As usinas a hidrogênio resolveriam os dois problemas de uma vez,
instaladas ao lado de hidrelétricas. Estas poderiam utilizar capacidade
ociosa à noite para obter hidrogênio a partir da eletrólise (separação
do hidrogênio do oxigênio). Da queima, resultaria apenas água.
'O problema é que, no momento, não há capacidade ociosa nas hidrelétricas,
pois o nível dos reservatórios está muito baixo', diz o professor
Waldir Bizzo, da faculdade de Engenharia Mecânica Unicamp. 'Esse
tipo de conversão teria um rendimento baixíssimo e só compensaria
se, além de disponibilidade das hidrelétricas, fosse resolvido
o problema da armazenagem, que é custosa e perigosa.' (Gazeta
Mercantil - SP - 11.06.2001)
Índice
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1- Basf cumpre a cota e tem excedente |
As fábricas da Basf, que consomem em média 10 mil MW/h, têm uma
capacidade de geração própria de 2,5 mil MW/h. Com a transferência
de excedentes de uma fábrica para outra, a empresa tem plenas
condições de cumprir sua cota de racionamento de 20% nos próximos
meses e está em condições de reservar alguma energia, cerca de
5% de seu consumo. 'A produção não está ameaçada', afirma Christiano
Burmeister, vice-presidente da Basf. 'Temos condições de cumprir
nossas entregas e, inclusive, atender pedidos adicionais, se for
o caso'. (Gazeta Mercantil - 11.06.2001)
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2- Shoppings querem gerenciar a própria energia |
Os administradores de shopping centers estão se organizando para
a criação de uma câmara de compensação de consumo de energia elétrica
entre os lojistas. A prerrogativa, incluída na Resolução N.º 13
editada na última semana de junho de 2001 pela CGCE, já está sendo
estudada pelos empresários do setor para ser implantada rapidamente,
informou Carlos Passos Filho, diretor do Administração de Empreendimentos
Comerciais (Commaps). A Commaps é responsável pela gestão de dez
shoppings no País. (Estado - 08.06.2001)
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1- EDP faz acordo político para controlar Hidrocantábrico |
Nos próximos dias os ministros da Economia da Espanha e Portugal
devem assinar acordo que permitirá à EDP exercer seus direitos
a voto na Hidrocantábrico. A empresa portuguesa deve aumentar
sua participação de 35% para 50% e assim desbloquear a gestão
da elétrica espanhola. A diferença a ser adquirida é da Ferroatlântica,
outra acionista da Hidrocantábrico, com 59,66%. A operação está
avaliada entre US$ 211 mi e US$ 400 mi. Segundo a lei espanhola,
empresas públicas que detenham participações superiores a 3% em
elétricas no país só podem exercer seus direitos a voto após aprovação
do executivo espanhol em conselho de ministros, que deve acontecer
ainda este mês. (Semanário Econômico - 08.06.2001)
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2- IBV vende 6% da Gamesa |
A IBV, holding industrial controlada pelo banco BBVA e pela Iberdrola,
vendeu, dia 8.06.2001, 6% do capital da Gamesa em operação que
proporcionou lucros de US$ 76,3 mi. A redução da participação
de 43,78% para 37,8% se deve ao interesse de dar maior liquidez
às ações da Gamesa após sua entrada no Ibex-35, bolsa de valores
das 35 maiores empresas espanholas. (El Mundo - 08.06.2001)
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3- Venezuela aumenta prazo para separação de empresas |
O
governo espanhol aumentou o prazo para que as empresas de energia,
principalmente as estatais, separem as atividades de geração,
transmissão e distribuição. A data agora é 31 de dezembro de 2003.
A lei original dava dois anos, a partir de setembro de 1999, para
o desmembramento. O prazo para a criação de uma Comissão Nacional
de Energia, que monitorará a qualidade do serviço, da eficiência
e os custos também foi prorrogado por mais seis meses. (BNAmericas
- 08.06.2001)
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4- Portugal e Espanha devem unificar regras do mercado
energético |
Os ministros da Economia da Espanha e Portugal irão se encontrar
nos próximos dias para tentar alcançar um acordo político que
dite a organização do mercado energético ibérico no futuro. A
compatibilização das regras passa por níveis de abertura similares,
sendo as diferenças, como a existência na Espanha de custos de
transição para a concorrência, atenuadas a médio prazo. (Semanário
Econômico - 08.06.2001)
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5- Linhas de transmissão da Argentina estão no limite |
As linhas de transmissão de alta tensão que levam energia à região
da Grande Buenos Aires estão funcionando no limite de sua capacidade
técnica. Isso porque os investimentos necessário não foram feitos.
De acordo com dados da Camesa (Companhia administradora do mercado
elétrico) entre 1992 e 2000 a demanda por eletricidade cresceu
quase 50%, enquanto a capacidade de transmissão só aumentou 15%.
Para solucionar o problema seriam necessários entre US$ 600 mi
e US$ 700 mi. O governo argentino definiu em 2000 o Plano Federal
de Transporte, que prevê a construção de mais interconexões com
investimentos de US$ 50 mi provenientes dos fundos específicos
do sistema elétrico. Especialistas estimam que no fim de 2004
poderiam estar prontas as conexões mais importantes, mas enquanto
isso o sistema permanecerá operando no limite (Clarín - 11.06.2001)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho
e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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