1- Brasil e Argentina vão assinar acordo energético |
O
Brasil e a Argentina aproveitarão a realização da reunião do Mercosul,
em Assunção, nos dias 21 e 22 de junho de 2001, para assinar um
acordo definitivo de integração energética. No dia 07.06.2001,
o ministro de Infra-Estrutura da Argentina, Carlos Bastos, ofereceu
algumas alternativas de transferência de energia elétrica no curto
prazo ao Brasil, incluindo 500 MW gerados pela usina de Yaciretá.
E, segundo o ministro de Minas e Energia, José Jorge, a estatal
Furnas e a empresa Gener negociam a construção de uma linha de
transmissão, com investimentos de US$ 500 mi, para transportar
1,2 mil MW da Argentina para o Brasil, sendo 400 MW em 2002 e
800 MW em 2003. 'Reiteramos ao governo brasileiro a importância
que o Brasil tem para o Mercosul. Se o Brasil não for bem, a Argentina
também não irá e vice-versa', afirmou Carlos Bastos. Nas próximas
duas semanas, os especialistas dos dois governos se entenderão
para definir o texto final do acordo energético que será assinado
em Assunção. (Gazeta Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
2- TCU faz auditoria em contratos de venda de energia |
O Tribunal de Contas da União (TCU) realiza auditoria no MME,
na Aneel, na Eletrobrás e na Eletronuclear. O objetivo é apurar
se ocorreram prejuízos para os cofres públicos, que podem chegar
a R$ 600 mi, em razão dos acordos de compra e venda da energia
produzida pela usina nuclear Angra 2. Os acordos foram assinados
entre Eletrobrás, Furnas e as distribuidoras de energia, representadas
pela Asmae. A auditoria, que teve início no dia 21.05.2001, analisa
se cabe punição à Eletrobrás e à Eletronuclear. (Jornal do Commercio
- 07.06.2001)
Índice
|
3-Agência de Águas quer esvaziar lago de Furnas |
O governo estuda promover o esvaziamento progressivo dos reservatórios
localizados acima da usina de Ilha Solteira, a começar pelo lago
de Furnas, em Minas Gerais, para garantir a continuidade da navegação
na Hidrovia Tietê-Paraná, no período de pico do transporte da
soja para exportação. Essa é a proposta do encarregado de gerenciar
os recursos hídricos do país, o presidente da Agência Nacional
de Águas (Ana), Jerson Kelman. A decisão, que Kelman espera tomar
na próxima semana, depende de estudo técnico em preparação pelo
ONS, que vai verificar se a queda na produção de energia por Furnas
não comprometerá a estabilidade do sistema elétrico. "Estamos
buscando a alternativa de menor custo", disse Kelman. Ele encomendou
a especialistas da USP um estudo sobre os efeitos do esvaziamento
dos rios na hidrovia Paraná-Tietê, por onde escoa parte da safra
de soja do Centro-Oeste. Para não comprometer a hidrovia é necessário
deter o esvaziamento do reservatório de Ilha Solteira, em São
Paulo. Kelman acredita ser possível evitar que isso aconteça pelo
menos até agosto, quando termina o período de tráfego mais intenso
na hidrovia. "Para não esvaziar Ilha Solteira, teríamos de usar
o restinho, o fundo da panela dos reservatórios acima da usina".
(Valor - 08.06.2001)
Índice
|
1- Justiça estende efeito de liminar |
Nem mesmo a alteração feita na medida provisória que regulamenta
o plano de racionamento de energia foram suficientes para impedir
a enxurrada de liminares contra o plano que estão sendo concedidas
pela Justiça. Depois de conseguir no dia 05.06.2001 uma liminar
contra a aplicação da primeira MP do plano de racionamento, a
2148-1, a OAB-SP estendeu hoje os efeitos da decisão judicial
à nova MP do apagão, a 2.152. Na prática, a nova liminar impede
o governo de aplicar as medidas do plano de racionamento, que
incluem cortes de energia, cobrança de sobretaxa e tarifa de religação
nas cidades de São Paulo, Caieiras, Carapicuíba, Cotia, Embu,
Embu-Guaçu, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapecerica da
Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Mauá, Osasco, Pirapora do
Bom Jesus, Ribeirão Pires, Santana de Parnaíba, Santo André, São
Caetano, São Lourenço, Taboão e Vargem Grande. Segundo o presidente
da OAB-SP, Carlos Miguel Aidar, as mudanças introduzidas na nova
MP não aliviaram as medidas jurídicas do racionamento. " Continuamos
entendendo que a nova MP é inconstitucional, apesar de inserir
sutilezas, como notificar previamente os consumidores que não
cumprirem as metas de consumo fixadas, antes do corte." Para ler
a MP 2.152-2, de 1º de junho de 2001, clique aqui.
(Valor - 08.06.2001)
Índice
|
2- Juizados estaduais continuarão recebendo ações contra
o racionamento |
Além da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) ajuizada no
STF, o governo também enfrentará outra dificuldade para impor
a nova MP do racionamento. Os coordenadores dos Juizados Especiais
estaduais, reunidos num fórum em Belo Horizonte, decidiram no
dia 06.06.2001 que os juizados vão continuar a receber as ações
judiciais contra o plano de racionamento, ao contrário do que
estipulou a MP, que concentra todos os questionamentos na Justiça
federal. 'A Justiça Federal não tem varas em todos os municípios
brasileiros', afirma o juiz Marcelo Anátocles, representante do
RJ no Fórum. 'Já os juizados especiais estaduais estão em todos
os fóruns municipais, com a vantagem de que neles não é preciso
pagar as custas do processo e nem contratar advogado, nas causas
até 20 salários mínimos.' (Gazeta Mercantil - 07.06.2001)
Índice
|
3- Redução do consumo de energia em Pernambuco atinge
23,7% |
De acordo com dados da Celpe, o Estado de Pernambuco alcançou,
no dia 04.06.2001, primeira segunda-feira do mês de junho de 2001,
uma redução de 23,7% no consumo de energia no comparativo com
o dia 07.05.2001, primeira segunda-feira do mês de maio de 2001.
No período de 29 de maio a 4 de junho de2001, houve uma queda
no consumo de 19% no comparativo com a semana de 6 a 12 de maio
de 2001, quando foi anunciado o programa de racionamento. (Jornal
do Commercio - PE - 07.06.2001)
Índice
|
4- Primeiro balanço de economia de energia sai no dia
12.06.2001 |
A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica deverá divulgar,
dia 12.06.2001, o primeiro balanço sobre a economia de energia
alcançada desde a implantação das medidas do plano de racionamento.
A idéia da Câmara é divulgar balanços semanais sobre o nível dos
reservatórios de água que abastecem as geradoras de energia e,
também, os índices de afluência de água a esses reservatórios,
além do consumo de energia nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e
Nordeste, onde está em vigor o racionamento. A apresentação dos
números deverá ficar a cargo do presidente do ONS, Mário Santos.
(Estado - 08.06.2001)
Índice
|
5- Decisão de MG ameaça plano de racionamento |
Se contornada as restrições judiciais, o sucesso do plano de racionamento
do governo Fernando Henrique Cardoso estará nas mãos do governador
Itamar Franco. Os técnicos do ONS dizem que, se Minas Gerais não
economizar os 20% de energia, a meta mínima para o nível dos reservatórios
das usinas das regiões Sudeste e Centro-Oeste em novembro de 2001
ficará comprometida. Isso poderá causar um descontrole na operação
do sistema interligado do setor elétrico no fim de 2001, avaliam.
Itamar Franco anunciara no dia 06.06.2001 que Minas Gerais não
cobrará a sobretaxa nem desligará a luz dos consumidores que não
cumprirem a meta de economia determinada pelo governo federal.
(Jornal do Brasil - 08.06.2001)
Índice
|
6- Imposto de Importação de geradores pode cair |
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
vai propor nos próximos dias à CGCE a inclusão de geradores elétricos
e outros equipamentos na lista de ex-tarifários, que teriam a
tarifa de importação reduzida a 4%. A medida, que está sendo discutida
com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq),
valeria por tempo determinado e condicionada a projetos para elevar
a geração e transmissão de energia e para a substituição por máquinas
mais econômicas. As tarifas de importação variam em torno de 14%.
O secretário do Desenvolvimento do ministério, Reginaldo Arcuri,
disse que o governo deve adotar o mesmo tratamento para as indústrias
de chuveiros a gás e para incentivar as indústrias de lâmpadas
a produzirem modelos eletrônicos, que economizam mais energia.
(Gazeta Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
7- Ministro diz que medidas apenas aliviam racionamento |
O ministro das Minas e Energia, José Jorge, reafirmou que qualquer
medida para elevar a oferta de energia no País poderá até aliviar
o racionamento, mas não resolve totalmente o problema de escassez.
Ele lembrou que, como 90% do sistema brasileiro são hidrelétricas,
a dependência das chuvas é significativa. José Jorge acrescentou
que a maior parte dos investimentos feitos atualmente no setor
elétrico vem da iniciativa privada. Ele informou que, ainda em
2001, estarão em construção 20 hidrelétricas, das quais só uma
com capital público. (O Globo - 08.06.2001)
Índice
|
8- Governo oficializa Comitê Técnico de Atendimento
às Áreas Essenciais |
O governo formalizou no dia 08.06.2001 a criação do grupo técnico
que vai criar um plano para amenizar os efeitos de 'eventual interrupção
de energia' nas áreas de serviços essenciais, como hospitais e
presídios. O Comitê Técnico de Atendimento às Áreas Essenciais
será presidido pelo General Alberto Cardoso, chefe do gabinete
de Segurança Institucional da Presidência e terá como integrantes:
Pedro Alvarenga, do Ministério da Fazenda; Orlando de Almeida,
(Defesa); Márcio Fortes, (Agricultura); Roberto Vaz (Transportes);
Luciano Patrício, (Educação); Barjas Negri (Saúde); José Osvaldo
da Silva (Desenvolvimento); Antônio Carlos de Melo (Minas e Energia);
Juarez Quadros (Comunicações); Maria Laura da Rocha e Alan Paes
Harthou (Ciência e Tecnologia); e Pedro Augusto Sanguinetti Ferreira
(Integração Nacional). Representando a Casa Civil e o Gabinete
de Segurança Institucional, Murilo Barbosa e José Alberto Couto,
respectivamente. (Gazeta Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
9- Câmara da Sociedade Civil sofre divergências |
Integrantes da Câmara da Sociedade Civil (CSC), se reuniram no
dia 06.06.2001, pela primeira vez, para definir propostas ao projeto
de racionamento do governo. O problema é que já há dúvidas de
que a câmara sobreviverá. Paulo Pereira da Silva, presidente da
Força Sindical, que tem direito a três vagas na CSC, disse acreditar
que a câmara não irá a lugar algum. ''Dificilmente teremos um
acordo com as indústrias, pois há muitas divergências entre os
integrantes.'' Segundo ele, as empresas não aceitam a redução
na jornada de trabalho como forma de economizar energia. O comércio,
com três representantes na câmara, também não estaria aceitando
o fechamento das lojas aos domingos. (Folha - 07.06.2001)
Índice
|
10- Chuveiro elétrico registra queda de 25% nas vendas |
A venda de chuveiros elétricos em todo o País já caiu 25% desde
o início das discussões das medidas sobre o racionamento de energia.
Esta queda nas vendas, associada ao aumento do IPI sobre o produto,
de 10% para 40%, pode levar à perda de 16 mil empregos no setor.
A informação é do presidente da empresa Duchas Corona, Amilcar
Yamin, que juntamente com representantes da indústria de chuveiros
se reuniu no dia 07.06.2001 com o presidente Fernando Henrique
Cardoso, com o presidente da CGCE, ministro Pedro Parente, com
o ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, e com o ministro
das Minas e Energia, José Jorge. (Gazeta Mercantil - SP - 08.06.2001)
Índice
|
11- Relatório da OCDE analisa crise energética |
O
Relatório da OCDE divulgado dia 06.06.2001 faz uma análise da
questão energética no Brasil. Segundo o relatório, a OCDE anteviu
a atual crise energética há um ano, quando começou o estudo sobre
o Brasil, e diz que a crise pode ser repetir se não forem feitos
os investimentos necessários. Um dos autores, o economista da
OCDE Joaquim Oliveira Martins, disse que na época constataram
que o país enfrentaria dificuldades na geração e distribuição
de energia elétrica. As autoridades brasileiras estavam conscientes,
segundo ele, que não culpa o governo pela crise. Pelas contas
da OCDE, se a economia crescer 4% ao ano, a demanda por energia
elétrica aumenta em 7% e essa diferença não pode ser coberta apenas
com investimentos públicos. A ironia, segundo o texto, é que a
crise está sendo resolvida com o aumento da participação do Estado,
por meio da Petrobras e da Eletrobrás. Por isso, existe a preocupação
de que acabem sendo criados problemas para investimentos do setor
privado. Além disso, será preciso fixar regras claras para o funcionamento
do setor. De acordo com a análise da OCDE, o fato de a privatização
de uma parte do setor elétrico ter sido feita antes da elaboração
das regras de funcionamento é uma das razões da crise. No estudo,
a OCDE observa que o maior desafio é a privatização das grandes
geradoras, Furnas, Chesf e Eletronorte que juntas correspondem
a mais de 50% da energia gerada no Brasil. Para fazer o download
do "Policy Brief", que traz as recomendações da OCDE em termos
de política econômica para evitar uma nova crise, clique aqui.
(Valor - 07.06.2001)
Índice
|
1- Furnas elevará capacidade de produção em 65% |
Furnas vai aumentar sua capacidade de geração em 65% nos próximos
seis anos com os projetos que executará no Sudeste e no Centro-Oeste.
O plano de expansão da geração prevê até 2007 um acréscimo de
6.012 MW de energia em relação à atual capacidade instalada. Serão
investidos R$ 15,5 bi, dos quais R$ 6,3 bi por Furnas, com recursos
próprios, e o restante caberá à iniciativa privada. Em geração
hídrica serão investidos R$ 5,2 bi, outros R$ 5 bi em geração
térmica e R$ 3 bi em importação de energia. Na ampliação do sistema
de transmissão serão investidos R$ 2,3 bi. O plano engloba a construção
de sete novas usinas hidrelétricas, três usinas termelétricas,
além da modernização de duas usinas hidrelétricas e de três termelétricas
de Furnas. Além disso, o plano prevê a implementação de sistemas
de transmissão para permitir a importação de 3.200MW da Argentina
e da Bolívia. Furnas vai, ainda, ampliar o sistema de transmissão
de energia com a construção de 4.611 km de novas linhas. (O Globo
- 08.06.2001)
Índice
|
2- Furnas e Light ampliarão subestações no Centro-Oeste
e Sudeste |
Furnas Centrais Eltetricas e a Light foram autorizadas pela Aneel
a implantar duas subestações de suas propriedades. A de Furnas
é a subestação Bandeirante, em Aparecida de Goiânia, em Goiás,
com a implantação de um banco de autotransformadores de 225 MVA,
até o dia 30.10.2002. A subestação a ser ampliada pela Light é
a Nilo Peçanha, em Piraí, no interior do estado do Rio. A empresa
terá que implantar um banco de autotransformadores de 200 MVA,
até o dia 31.12.2001. (Canal Energia - 07.06.2001)
Índice
|
3- Copel estuda energia espacial |
O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), em
convênio com a Copel, está importando dos Estados Unidos células
a combustível (CC), equipamentos similares aos usados pela Nasa
para geração de eletricidade e aquecimento de água nos ônibus
espaciais. O objetivo principal é o desenvolvimento de pesquisa
e tecnologia. Ao todo, três CCs serão fornecidas pela americana
International Fuel Cells ao preço de US$ 862 mil (Fob) cada uma.
As células de combustível representam o que há de mais avançado
em novas tecnologias para gerar eletricidade, embora ainda de
uso restrito. São uma alternativa de grande interesse porque não
produzem poluição. (Gazeta Mercantil - 07.06.2001)
Índice
|
4- Cemig inicia obras para a construção da usina de
Aimorés |
A Cemig dará início, no dia 07.06.2001, à construção da Hidrelétrica
de Aimorés, no Rio Doce, que irá gerar 330 MW e entrará em operação
em dezembro de 2003. A usina será implantada em 30 meses, ao custo
de R$ 350 mi, em consórcio com a CVRD, que terá uma participação
de 51%. (Agência Brasil - 07.06.2001)
Índice
|
5- Servidores da Eletrobrás devem negociar com empresa
|
Apesar de haver o indicativo de greve, os servidores do grupo
Eletrobrás não devem paralisar as atividades. Na noite de 06.06.2001,
o comando geral da greve, no Rio de Janeiro, decidiu orientar
os empregados a ouvir uma nova proposta das empresas. O secretário-geral
do Sindicato Federal dos Eletricitários, Mauro Martinelli, afirmou
que a Eletrobrás chamou o comando para uma reunião no dia 08.06.2001.
"Eles vão fazer uma nova oferta e vamos analisá-la junto com a
categoria. Ainda pode haver a greve", adverte. Eles reivindicam,
entre outras coisas, aumento salarial no valor de 7,09%, abono
de produtividade, cujo valor ainda será calculado pelo Dieese,
52% de reposição de perda salarial, estabilidade no emprego e
maior segurança no trabalho. (Correio Brasiliense - 07.06.2001)
Índice
|
6- Itaipu atinge marca de 1 bilhão de MW/h produzidos |
A usina Itaipu Binacional alcançará no dia 07.06.2001 a marca
de 1 bilhão de MW/h produzidos desde que a primeira unidade geradora
entrou em operação, no dia 05.05.84. Somente no ano 2000, a hidrelétrica
gerou 93,4 milhões de MW/h, volume suficiente para garantir 24%
do consumo brasileiro e 95% das necessidades paraguaias. Com exceção
de cerca de 5% da energia, que é transmitida ao Paraguai, toda
a produção de Itaipu segue atualmente para as o Sudeste e Centro-Oeste.
O Sul não recebe a cota prevista em contrato porque tem volume
excedente. Com 18 turbinas em operação, Itaipu possui capacidade
instalada de 12,6 mil MW, produzindo hoje 10 mil MW médios. (Itaipu
- 07.06.2001)
Índice
|
7- Eletropaulo afirma que queda do investimento não
é grave |
Apesar da redução da receita nos negócios da Eletropaulo, conseqüência
do impacto na diminuição do consumo de energia pela crise, o vice-presidente
da maior distribuidora do país, Luiz Hernandes, acha que a provável
queda nos investimentos da empresa não será tão agravante quanto
se imagina. "A maioria dos investimentos nesse período é para
atender o crescimento de mercado, como obras de supercondutores
e recondutoramento de cargas. Mas esse próprio mercado está economizando
energia, ou seja, a situação de carga fica aliviada", explica.
Em função dessa compensação, a concessionária já está analisando,
pelo menos até o ano que vem, o adiamento de alguns desses investimentos.
Ele ressalta que os investimentos em melhoria de qualidade estão
mantidos. "Essas obras, como reforços de trechos de alimentadores
que apresentam altos índices de defeitos são estruturais, não
serão postergadas", afirma. (Canal Energia - 07.06.2001)
Índice
|
8- Philips inaugura fábrica de reatores |
A Philips começa a operar no dia 08.06.2001 a sua primeira planta
industrial de reatores para lâmpadas fluorescentes e para iluminação
pública no País. A nova fábrica, localizada em Varginha (MG),
recebeu investimento de R$ 10,5 mi para produzir 5 mi de peças
por ano, que vão abastecer o mercado brasileiro e os outros países
do Mercosul, além do Chile e Peru. Os reatores vendidos pela multinacional
holandesa na América do Sul até agora eram importados da filial
da empresa nos Estados Unidos. (Gazeta Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
1- Ienex oferece software para leilão de energia |
A americana Altra Energy Technologies, que desembarcará em breve
no Brasil, pretende emplacar sua solução em software para os leilões
de excedentes de energia. O grupo será representado pela Ienex,
braço brasileiro da Altra, que irá se encontrar com a CGCE e com
o MAE. Segundo o vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios
da Ienex, Luiz Fernando Macambira, a chegada da Altra no País
não é inviabilizada pela escolha feita pelo MAE, que definiu a
Bovespa como responsável pela contabilização dos leilões de sobras
de energia. 'Queremos ser agentes complementares à Bovespa', afirma.
(Gazeta Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
1- Bradies sobem pelo quarto dia consecutivo |
O anúncio de prisão do ex-presidente argentino Carlos Menem e
do ex-chefe do Exército de seu governo Martín Balza, acusados
de envolvimento com o tráfico de armas, abalou o mercado de títulos
da dívida dos países emergentes no começo do dia. Mas a falta
de notícias e a melhora no cenário financeiro nacional contribuíram
para sua recuperação. O bom resultado da balança comercial argentina
em abril -US$ 467 mi- divulgado ontem também puxou os papéis para
cima. No Brasil, o real teve forte valorização e isto ajudou muito
o mercado de bradies. Houve também boatos de que o governo estivesse
preparando um swap de sua dívida, algo considerado não factível
por analistas. Num dia de melhor liquidez, o C-Bond subiu 0,3%
para US$ 0,761 com spread de 809 pontos-base e o FRB fechou cotado
a US$ 0,883 e spread de 868 pontos.(Valor - 08.06.2001)
Índice
|
2- Empresas estão preferindo quitar suas dívidas |
O setor privado brasileiro tem rolado apenas uma pequena parte
de seus vencimentos em junho, seja em bônus seja em empréstimo
bancário, o que ajuda a manter a taxa de câmbio em patamares impensáveis
no início de 2001. No ano, a alta da moeda norte-americanas é
superior a 20%. A maior parte de bancos e empresas tem preferido
quitar suas dívidas, por causa da dificuldade encontrada para
lançar papéis no mercado de capitais internacional e também por
não saber qual o novo patamar em que o dólar vai estacionar. A
entrada de recursos no País nos últimos dias não tem sido suficiente
para saciar o apetite de tesourarias dos bancos e das empresas
que têm vencimentos de compromissos no exterior no mês de junho.
E uma das razões para que o mercado absorva toda essa oferta de
moeda é justamente a decisão das empresas de pagar suas dívidas
externas. Soma-se a tudo isso ainda a forte demanda por 'hedging'
para suas dívidas em dólar por parte das empresas, o que aumenta
os estragos num mercado com pouca liquidez. Mesmo as companhias
que estão fazendo empréstimos ou lançando papéis no exterior têm
buscado proteção para os recursos, o que acaba pressionando os
mercados de câmbio à vista e também o futuro. (Gazeta Mercantil
- 08.06.2001)
Índice
|
3- Projeções para as taxas de juros continuam em queda |
As projeções para as taxas de juros seguiram em queda pelo quarto
dia consecutivo. Os investidores começam a apostar que os juros
básicos da economia, a meta Selic, que está em 16,75% ao ano,
não devem subir mais. 'O choque de oferta gerado pelo racionamento
de energia elétrica fará o atividade econômica cair e deve impedir
novas altas na taxa. Se houver elevação será marginal', afirma
um especialista. O Copom estará reunido nos dias 19 e 20 de junho
para definir o rumo dos juros básicos da economia que irão vigorar
até julho. Entre os contratos de juros mais negociados na BM&F,
o de julho passou de 17,34% para 17,23% ao ano. A taxa de outubro
saiu de 18,83% para 18,66% ao ano. Os juros para janeiro de 2002
recuaram de 19,96% para 19,66% ao ano. O contrato a termo de DI
de um ano caiu de 20,70% para 20,50%. (Gazeta Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
4- Moody's muda criterio de avaliação |
A agência norte-americana de classificação de risco Moody's alterou
seus critérios de avaliação. Agora, as empresas poderão ter menor
risco de inadimplência do que o governo do seu país. Por isso,
a agência colocou em revisão o 'rating' da dívida externa de 15
bancos brasileiros e da Petrobras. A notícia animou o mercado.
A cotação do dólar comercial interrompeu a seqüência de altas
e caiu 0,96%, a R$ 2,364, na venda. Ajudou a derrubar o dólar
a expectativa de entrada de recursos do Banco Mundial e do seguro
da plataforma da Petrobras. (Gazeta Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
1- Plano para construir térmicas enfrenta obstáculos,
segundo OCDE |
O Relatório da OCDE divulgado dia 06.06.2001 destaca que a proposta
do governo de construir usinas termelétricas a gás é "ambiciosa"
e enfrenta obstáculos que podem comprometer o próprio projeto.
Entre as dificuldades, "o financiamento dos projetos, atrasos
burocráticos na concessão de licenças ambientais, escassez de
turbinas no mercado internacional e a falta de mão-de-obra treinada
para operar as usinas planejadas", segundo o relatório. Essa solução
é de emergência para uma crise que a própria OCDE anteviu há um
ano, quando começou o estudo sobre o Brasil, e que pode se repetir
se não forem feitos os investimentos necessários. Para fazer o
download do "Policy Brief", que traz as recomendações da OCDE
em termos de polítca econômica para evitar uma nova crise, clique
aqui. (Valor - 07.06.2001)
Índice
|
1- Anfavea diz que crise de energia deve afetar rentabilidade
de montadoras |
Segundo o presidente da Anfavea, Célio de Freitas Batalha, o setor
está fazendo todos os esforços para que o problema de crise energética
não afete o desempenho do setor em 2001. ''Mas é claro que algum
efeito o racionamento de energia trará para a nossa produção.''
Batalha, no entanto, disse que é cedo para alterar as previsões
de crescimento da indústria automotiva para 2001. Para conciliar
a meta de produção com o cumprimento da meta de racionamento de
15%, as indústrias devem registrar uma redução da sua rentabilidade.
''Não queremos penalizar nem o consumidor nem os empregados do
setor. Os primeiros a sofrer os efeitos do racionamento são os
próprios empresários, que devem ter perda de rentabilidade se
é que ainda existe alguma neste momento.'' (Folha Online - 06.06.2001)
Índice
|
2- Produção de papel e celulose pode diminuir em 350
mil toneladas |
O presidente da Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa),
Boris Tabacof, acredita que a capacidade de resposta aos efeitos
do racionamento será maior do que o esperado e que, na pior das
hipóteses, haverá uma redução entre 300 mil a 350 mil toneladas
na produção do setor, principalmente papel, em 2001. "Pode haver
também redução na mão-de-obra empregada e o impacto nas exportações
pode chegar a US$ 180 mi", afirmou. A Bracelpa encaminhou ao governo
pedido de reclassificação da cota de redução do consumo de energia
do setor para 15%. A CGCE determinou queda de 20% no consumo de
energia para os fabricantes de celulose e de 25% para a indústria
papeleira. (Gazeta Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
3- Operação da Vale pode ser afetada por racionamento
no Norte |
A
CVRD receia que o início do racionamento no Norte tenha impactos
sobre os negócios de alumínio da empresa, representados na região
pelo projeto Albrás, alimentado pela energia da hidrelétrica de
Tucuruí. Situado no Pará, o projeto Albrás, um dos maiores do
País no setor, consome cerca de 30% da energia de Tucuruí. A oferta
de energia é garantida mediante contratos de longo prazo, que
vencem em 2004 e implicarão novas negociações. A Vale ainda está
bastante cautelosa e prefere aguardar maior definição do governo
sobre o racionamento de energia no Norte, mas é na região que
está localizado, também, o coração da empresa, o projeto de Carajás,
com vendas acima de 100 milhões de toneladas por ano. (Gazeta
Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
4- Belgo reduz até 5% da produção |
A Belgo-Mineira está reduzindo em 24,2% a produção de vergalhões
projetada para 2001 em sua unidade de Juiz de Fora (MG). A empresa
pretende encolher a produção total do ano entre 3% e 5%, para
promover um corte médio de 20% no consumo de energia em suas quatro
unidades siderúrgicas. Mas como a usina de Juiz de Fora é do tipo
semi-integrada, isto é, trabalha com baixo forno elétrico, o corte
de energia naquela unidade terá de chegar a 25%, conforme determinação
da CGCE. O presidente da empresa, Antônio José Polanczyk, informou
que o programa de racionamento envolvendo todas as unidades siderúrgicas
e de trefilaria dá prioridade de funcionamento para as unidades
que gastam menos energia elétrica por tonelada de aço. A empresa
consome 140 MW e conta com geração própria de apenas 28,5 MW em
duas hidrelétricas. (Gazeta Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
5- Projetos eletrointensivos da Vale no Sudeste sofrerão
queda na produção |
Os projetos eletrointensivos da CVRD, localizados no Sudeste,
não terão a mesma sorte que as atividades não intensivas em energia
da empresa. Não escaparão de reduções de produção, decorrentes
de corte compulsório de 25% de energia. Pelas estimativas de Jório
Dauster, presidente da Vale, a produção de ferro-ligas da empresa,
nos próximos seis meses, cairá de 220 mil toneladas para 174 mil
toneladas. Isso, segundo ele, representará perda de receita de
US$ 26 mi no período. No caso do alumínio, a situação parece mais
complexa. E não está descartada a hipótese de paralisação temporária
da Valesul, medida considerada viável tecnicamente. Mas a decisão
depende de estudos que envolvem a relação custo-benefício de manter
a indústria de alumínio do Rio de Janeiro funcionando com menor
produção ou fechar a empresa e comercializar energia no mercado.
(Gazeta Mercantil - 08.06.2001)
Índice
|
1- Iberdrola agrupa ativos "limpos" em uma só empresa |
As mudanças na cúpula da Iberdrola estão trazendo novos planos
de negócio. Todos os ativos de energia renováveis da empresa serão
agrupados em uma só sociedade, que se chamará All Green e contará
com US$ 910 mi de patrimônio. Atualmente, os ativos estão distribuídos
em três empresas Iberdrola Energía Renovables, Iberdrola Diversificación
e Gamesa. Os investimentos para os próximos cinco anos supera
os US$ 2,5 bi. A nova sociedade contará com pequenas hidrelétricas,
parques eólios, usina de biomassa e de energia solar. (El País
- 08.06.2001)
Índice
|
2- Preços de energia caem na Califórnia |
Apesar das ameaças de blecautes ainda existentes, os preços de
energia na Califórnia, pela primeira vez em um ano, caíram. O
fato pode ser creditado a diversos fatores, entre eles o tempo
mais frio, o reativamento de de usinas paradas para manutenção,
menor preço do gás e o racionamento dos consumidores. Desde o
início da crise, a cotação diária da energia passou de US$ 70
MWh para US$ 400 MWh em maio, enquanto os contratos de eletricidade
a ser produzida em agosto estão previstos US$ 200 MWh, depois
de um ápice de US$ 700 Mwh para abril. (NYT - 08.06.2001)
Índice
|
3- EDP será obrigada a emitir fatura detalhada a partir
de 2002 |
A
EDP será obrigada a oferecer faturas detalhadas a seus clientes
a partir de 2002, de acordo com a proposta de revisão dos regulamentos
do setor elétrico apresentada pela ERSE, reguladora portuguesa.
Um dos objetivos da revisão dos regulamentos é dar mais direitos
aos clientes das empresas de eletricidade, por intermédio da melhoria
do nível e da qualidade da informação a prestar aos consumidores
de energia. A revisão é considerada necessária para permitir a
liberalização do setor elétrico. (Semanário Econômico - 07.06.2001)
Índice
|
4- Montedison congela voto da EDF |
O grupo italiano Montedison congelou os direitos de voto da EDF
em 2% medida surgida após a aplicação de decreto lei do governo
italiano, que permite congelar direitos de voto caso a Montedison
aumentasse sua capacidade de produção. Isso aconteceu com autorização
para importar gás da Argélia conseguida pela italiana, por intermédio
de sua filial Edison. (Diário Econômico - 08.06.2001)
Índice
|
5- Europa quer 22% da energia produzida por fontes
renováveis |
Bruxelas quer lançar nova diretriz sobre energia renováveis para
os países da União Européia. Em 1997, 14% da eletricidade européia
foi gerada com fontes renováveis (hidráulica, eólica, biomassa
etc). Segundo o projeto, os Estados membros serão obrigados a
produzir 22% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis
em 2020. A porcentagem é uma média a ser feita entre os países.
Cada um elegeu vias distintas para aumentar esse tipo de produção.
Alguns, como Espanha e Alemanha, estabelecem preços fixos maiores
do que os normais para estimular a instalação de usinas. (Enervia
- 08.06.2001)
Índice
|
Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho
e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
|
|