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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 659 - 07 de junho de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Aneel qualifica 34 interessados em hidrelétricas

A Aneel qualificou 34 dos 55 interessados, entre empresas nacionais e estrangeiras, isoladas ou em consórcios, para participar do leilão no dia 28.06.2001, na Boverj, para construção e operação de oito usinas hidrelétricas. A relação dos pré-qualificados será divulgada no dia 07.06.2001 no Diário Oficial. Segundo dados da agência, as obras das usinas gerarão cerca de 16 mil empregos e necessitarão de investimentos privados de cerca de R$ 3,5 bi. As novas hidrelétricas serão construídas no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Tocantins e devem entrar em operação em até sete anos. (Jornal do Commercio - 07.06.2001)

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2- Aneel autoriza sistema de transmissão no Paraná

A Aneel autorizou a Copel a dar início ao empreendimento Cascavel Oeste, que reforça o sistema de transmissão de energia no Paraná e em parte do Mato Grosso do Sul. A autorização foi dada por meio de resolução, com data de 18.05.2001 e publicada no dia 04.06.2001, que possibilitará à companhia ampliar sua receita para cobrir os investimentos já feitos. O empreendimento inclui a implantação da subestação Cascavel Oeste, com potência de 600 MVA e ligada a tensão de 525 kV, e de linhas que vão levar energia para as regiões Oeste, Nordeste e Norte do Paraná. (Gazeta Mercantil - 06.06.2001)

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3- Aneel autoriza expansão da rede básica na Bahia

Resolução publicada no dia 04.06.2001 pela Aneel autorizou a Coelba a investir na expansão da rede elétrica para atender à região Sudoeste do Estado. O empreendimento deverá ser concluído em 30.06.2001. O conjunto de obras para a ampliação inclui a nova subestação Brumado II, com potência para 200 MVA e tensão de 230 KV; ampliação da subestação Funil, operada pela Chesf; implantação de linha de transmissão pertencente à rede básica; e ainda reforço na linha no trecho Funil/Poções. (Gazeta Mercantil - 05.06.2001)

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4- Governo monta engenharia financeira para Belomonte

O governo já tem pronta a engenharia financeira para tirar do papel a usina de Belomonte, o complexo hidrelétrico com capacidade para gerar 11 mil MW. A obra está orçada em US$ 5,5 bi e está prevista para 2007. Segundo o projeto do governo, a Eletrobrás entrará com 30% do investimentos, cerca de R$ 1,65 bi. A Eletrobrás deve criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPC), com a missão de captar recursos no exterior. O BNDES entrará com mais R$ 1,65 b. O banco estuda fazer esse aporte ou através de financiamento direto ou através da BNDESPar, que está disposta a comprar debêntures das empresas que investirem na usina. Pelo projeto, os 40% restantes, US$ 2,2 bi, seriam investidos pela iniciativa privada. A Eletrobrás e o BNDES já saíram em campo atrás de parceiros. A CVRD aceitou conversar, já que as empresas do grupo consomem 4,5% de toda a eletricidade brasileira. Além da Vale, o governo tem como alvo grupos eletrointensivos da região. São a Alcoa, Alcan e outras. (Jornal do Brasil - 07.06.2001)

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risco e racionamento

1- Ação questiona constitucinalidade do racionamento

O Supremo Tribunal Federal recebeu a primeira ação direta de inconstitucionalidade contra a última edição da medida provisória que criou a CGE. A ação é do Partido Social Liberal. A Justiça continua concedendo liminares contra o corte e a sobretaxa para os consumidores que não conseguirem reduzir o consumo de energia em 20%. A OAB-SP obteve liminar, em 04.06.2001, na 6ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, que proíbe as distribuidoras de cobrar a sobretaxa e cortar a energia em São Paulo e em 21 cidades da região metropolitana. (Folha - 07.06.2001)

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2- Ministério Público de SP entra com ações contra distribuidoras

O Ministério Público do Estado de São Paulo protocolou na Justiça, no dia 06.06.2001, duas ações civis públicas que impedem a aplicação do plano de racionamento de energia em todo o Estado. Diferentemente dos processos abertos até o momento, em que os acusados são a União e Aneel, nas ações do Ministério Público os acusados são as concessionárias de energia. Segundo o promotor de Justiça do Consumidor, Edgard Moreira Silva, são as concessionárias que vão colocar em prática as determinações da MP que cria sobretaxas e cortes de energia. "As concessionárias é que têm de ser impedidas de aplicar a MP", disse. O grupo de promotores da Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital entrou com as ações, sendo uma delas contra a Eletropaulo e a Bandeirantes. A outra é contra a Elektro, a CPFL e a Cesp. (Folha Online e Estado - 06.06.2001)

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3- Regiões em racionamento ainda não conseguiram atingir meta

O consumo de energia elétrica nas regiões Sudeste e Centro-Oeste caiu 14% nos primeiros cinco dias de junho, enquanto no Nordeste a queda foi de 16%. Em São Paulo, a Eletropaulo registrou, pelo terceiro dia consecutivo, redução do consumo acima de 20% nas medições pontuais feitas a partir de informações do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) no Estado. Como a redução verificada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste inicialmente está abaixo da meta estabelecida pela CGE, a diminuição até o final de junho deverá ser maior do que 20%. Isso é necessário para compensar a economia menor nos cinco primeiros dias do mês. (Folha - 07.06.2001)

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4- Nordeste correrá risco de apagão mesmo depois do racionamento

Na última avaliação do governo, a região Nordeste poderia terminar o período de duração prevista do racionamento ainda em situação de risco, mesmo se houvesse redução de consumo de 20% e se chover o que o ONS espera (56% da média histórica na região). Nessas condições, o Nordeste terminaria o período previsto de racionamento com os reservatórios com 4,3% de sua capacidade. O nível de segurança é de 5%. No Sudeste a situação é mais confortável. As chuvas no início do mês estão acima da previsão do ONS, e a economia, antes do início do racionamento, foi considerável (12% na semana que antecedeu ao racionamento). Além disso, desde ontem, 06.06.2001, a usina nuclear de Angra 1 voltou a funcionar na madrugada. A usina tem capacidade de geração de 635 MW, mas só aos poucos vai atingir esse limite. (Folha - 07.06.2001)

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5- Racionamento no Sul depende de chuvas no Paraná

O ONS afirmou que o racionamento no Sul está condicionado a capacidade da população economizar e ao nível das chuvas no período. `O ONS definiu que a Região deve poupar 7%, mas é um número estimado. Pode se exigir menos, caso haja chuvas no período`, afirmou o assistente da presidência do ONS, Darico Livi. A Região Sul concentra 5,2% do reservatório de águas do País e a maior parte desse volume, aproximadamente 4%, é estocado na bacia do rio Iguaçu, no norte do Paraná. `Para evitar o racionamento, não adianta chover bastante aqui no RS. Precisamos de chuvas no norte do Paraná`, afirma o presidente da CEEE, Vicente Rauber. (Gazeta Mercantil - RS - 06.06.2001)

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6- Governador do Pará protesta contra inclusão do Norte no racionamento

O governador do Pará, Almir Gabriel, disse na noite de 05.06.2001, em Brasília, que não concorda com a inclusão da Região Norte no racionamento de energia. Gabriel defendeu medidas de racionalização do consumo e não o racionamento. Segundo ele, o índice de economia de 20% proposto pela Câmara de Gestão é exagerado. "O ideal para o Pará é uma economia de 10%", disse. Gabriel se reuniu no dia 06.06.2001, às 9h30, com o ministro Pedro Parente. (Folha Online - 06.06.2001)

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7- Cemig só aplicará sobretaxa com ordem judicial

A Cemig não vai aplicar sobretaxas ou corte de energia em sua área de concessão 'a menos que venha uma decisão judicial nos obrigando a fazê-lo', anunciou o governador Itamar Franco. E, se houver essa decisão, Itamar Franco pretende exigir na Justiça o ressarcimento pelas perdas de receitas que o estado sofrer por causa do racionamento. A procuradora-geral do estado, Carmem Lúcia Antunes Rocha, disse que, 'além das cerca de 20 liminares já concedidas contra aquelas medidas, a maioria em vigor, a União pretende obter uma decisão vinculante do STF, por meio de uma Ação de Constitucionalidade. Enquanto não houver essa decisão de última instância, achamos que a Cemig estaria praticando uma inconstitucionalidade se sobretaxar ou cortar a energia dos consumidores que cumprirem o que tinham contratado com a concessionária'. (Gazeta Mercantil - 07.06.2001)

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8- Presidente do STF diz que Itamar tem respaldo legal

O presidente do STF, ministro Marco Aurélio, disse no dia 06.06.2001 que nenhum governador está obrigado a seguir em seu estado as medidas instituídas pela medida provisória do plano de racionamento. Além de estar amparado na liminar concedida pela Justiça federal em Belo Horizonte, o governador Itamar Franco estaria amparado pela jurisprudência do Supremo. No primeiro caso sobre esse assunto, o plenário do tribunal desobrigou os administradores de cumprirem leis inconstitucionais. (O Globo - 07.06.2001)

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9- Governo diz que Cemig pode ter concessão cassada

O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, um dos coordenadores da CGCE, disse no dia 06.06.2001 que o governo poderá até mesmo cassar a concessão da Cemig. A medida pode ser tomada caso o governador de Minas Gerais mantenha o boicote da Cemig às medidas do plano de racionamento. Esta é uma das punições previstas em caso de quebra de contrato assinado pelas empresas com a Aneel. Além da perda da concessão, a quebra de contrato também pode resultar em aplicação de advertência, multa, encampação e até mesmo intervenção. (O Globo - 07.06.2001)

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10- Governo gaúcho implementa medidas de economia

Começou no dia 06.06.2001 a redução da iluminação pública pelo governo do Rio Grande do Sul e o desligamento do ar-condicionado nas repartições. As duas medidas e uma campanha publicitária com dicas para o consumidor, lançada há dez dias, foram as primeiras iniciativas do governador Olívio Dutra para atingir a meta de 7% de redução de consumo voluntário de energia, estipulada para o Sul. As ações se somam às já contidas num plano lançado há 20 dias, estabelecendo cota mínima de 20% de economia para o serviço público. A próxima etapa será negociar com prefeitos de 497 municípios a redução da iluminação das ruas. (O Globo - 07.06.2001)

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11- Governo do RJ e Light distribuirão lâmpadas econômicas

O Governo do Rio de Janeiro anunciou, no dia 06.06.2001, que a Light e o Estado entregarão lâmpadas fluorescentes para as 43 mil famílias que são beneficiadas pelo programa Cheque Cidadão, que distribui recursos para a população de baixa renda comprar alimentos. A medida servirá para ajudar o plano de racionamento de energia. "Este mês, além dos cheques, as famílias receberão três lâmpadas fluorescentes, cuja economia chega a 50%", disse o governador do RJ, Anthony Garotinho. (O Globo - 07.06.2001)

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12- Fim da sobretaxa vai aliviar índices de inflação

A mudança promovida pelo governo federal no plano de racionamento, livrando da sobretaxa os consumidores que cumprirem a meta de 20% de economia, fará com que o impacto do racionamento na inflação seja menor. Mesmo assim, segundo o coordenador do IPC da Fipe, Heron do Carmo, o efeito da sobretaxa será mantido nos cálculos da inflação. Segundo ele, pela metodologia aplicada, não se sabe se as famílias pesquisadas farão a economia de 20%. Se não o fizerem, a sobretaxa será cobrada. 'Isso pode gerar uma distorção no índice', disse Carmo. 'A crise energética, entretanto, influenciará muito mais o nível de atividade do que os preços.' (Gazeta Mercantil - 06.06.2001)

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13- IBGE afirma que impacto do racionamento será menor do que prevêem estudos

O IBGE acaba de concluir um trabalho sobre o consumo de energia dos setores industriais, classificando-os conforme gasto de energia, participação no PIB nominal e geração de emprego. Segundo o economista Sílvio Sales, do departamento de indústria do órgão, o impacto do corte de energia sobre a produção industrial e o PIB pode ser menor em 2001 do que prevêem bancos e institutos de pesquisa. "Quem vai sofrer mais na carne com os cortes não agrega tanto valor assim ao PIB", disse, referindo-se aos eletrointensivos, que segundo o estudo consomem 62% de toda energia adquirida pelo setor industrial no país, agregam 26,6% de valor ao PIB e empregam 27,6% da população ocupada. Os setores industriais classificados como consumidores médios, com compras da ordem de 24,6% do consumo total da indústria, como bens de capital e refino de petróleo, empregam 36,8% da população ocupada e contribuem com 33,2% para o PIB nominal. Os de baixo consumo gastam 13,4% da energia, são responsáveis por 40,1% do PIB e empregam 35,6% do contingente de pessoas ocupadas no país. (Valor - 07.06.2001)

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14- Abrace critica proposta do governo

A proposta do governo de que as indústrias eletrointensivas reduzam ainda mais sua produção, para vender a energia economizada além da meta de 25%, não agradou o setor. Na avaliação do diretor-executivo da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Ludmer, as empresas não economizarão energia para vender o excedente à concorrência. "Não vamos vender a energia que economizamos para os nossos concorrentes. Quero que o governo compre essa energia e armazene, sob a forma de água, nos reservatórios. Se for vender energia para alguém usar, uso eu", reagiu Ludmer. Ludmer, porém, ressaltou que a decisão de vender ou não o excedente de energia para o governo caberá a cada empresa. (O Globo - 07.06.2001)

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15- Firjan apoia proposta de compra de energia

O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, elogiou a decisão do governo de tentar comprar o excedente de energia produzida pelas empresas que têm geração própria. "Acho ótimo. As indústrias neste momento têm que ser brasileiras. Passamos por um drama e todos têm que fazer sacrifícios", afirmou. A declaração do presidente da Firjan foi uma resposta ao empresário Antonio Ermírio de Moraes, presidente do grupo Votorantim, que disse não estar disposto a vender nem um KW de energia. (O Globo - 07.06.2001)

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16- CPFL poderá ser multada por atraso de carta

A CPFL poderá ser punida pela Aneel devido ao atraso na entrega das metas de consumo de energia elétrica aos seus clientes no interior de São Paulo. A agência fixou, no dia 05.06.2001, as punições às concessionárias, que variam de advertência a multa de 2% sobre a receita líquida. A Aneel anunciou também que vai realizar uma auditoria nas empresas distribuidoras de energia e nas concessionárias que não cumpriram o prazo para distribuição das metas aos consumidores, que terminou no dia 04.06.2001. A auditoria será realizada por meio de amostragem mas ainda não há um cronograma estabelecido. A CPFL informou que não havia sido notificada oficialmente pela Aneel sobre a realização da auditoria e que, por isso, não iria se manifestar. (Folha - 06.06.2001)

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17- Grande consumidor pode ser pago para parar

O governo estuda pagar para que as indústrias eletrointensivas deixem de gastar energia. Isso pode ser feito comprando o contrato de energia da empresa ou adquirindo no exterior o mesmo bem produzido pela indústria para que ela não o produza. As hipóteses estão sendo analisadas pela CGCE. O ministro Pedro Parente, coordenador da CGCE, disse que o governo aguardará uma decisão sobre os critérios de racionamento na região Norte. "Essas empresas têm ramificações no Norte", disse. "Não sabemos o quanto pagar pela energia, mas não será o preço do MAE, R$ 684 por MW/h", disse. (Folha - 06.06.2001)

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empresas

1- Angra 1 volta a funcionar

A usina de Angra 1 voltou a funcionar na manhã de 06.06.2001. Estava parada desde o dia 17.04.2001 para troca de combustível. A oferta de energia na região Sudeste deve aumentar com o religamento da usina, que tem capacidade de geração de 635 MW. Porém, nos primeiros dias de funcionamento não será possível gerar toda essa quantidade de energia. A geração será aumentada em 3% a cada hora e será obrigada a fazer algumas interrupções para verificação do processo de geração. Assim que atingir sua capacidade máxima, a usina tornará mais estável o abastecimento no Sudeste (Folha - 07.06.2001)

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2- Missão do governo argentino vem ao Brasil vender energia

Uma missão do governo argentino, integrada por dois ministros e um secretário com status de ministro, se reúne no dia 07.06.2001 com autoridades brasileiras em Brasília. Os argentinos vêm dizer ao governo brasileiro que poderão vender 650 MW além dos 2 mil MW já contratados pela Companhia de Interconexão Energética (CIEN). Uma fonte explicou que a oferta argentina de mais energia elétrica para o Brasil compreende 150 MW que poderão ingressar imediatamente, segundo um projeto elaborado pela comercializadora Tradener, do Paraná, e 500 MW em poucas semanas, logo após a conclusão de uma linha de transmissão de apenas 16 km de extensão, entre a usina de Yaciretá e a subestação de Ayolas, em território paraguaio. O governo paraguaio já conta com financiamento do BID para construir a linha de transmissão. (Gazeta Mercantil - 07.06.2001)

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3- Distribuidoras de energia estudam diversificar serviços para amenizar perdas

As concessionárias de eletricidade buscam saídas para amenizar os estragos do racionamento em seus balanços financeiros e podem acelerar o processo de diversificação de serviços. Como os cortes de energia não têm data para terminar e ainda não se sabe como o governo federal irá proceder quanto à política tarifária, empresas como a Light, controlada pela francesa EDF, e grupo mineiro Cataguazes-Leopoldina admitem estudar com mais atenção oportunidades em telecomunicações, por exemplo. A intenção é compensar a diminuição de receitas e reduzir a dependência de uma única fonte. (Gazeta Mercantil - 07.06.2001)

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financiamento

1- Bovespa fará leilões de excedentes no MAE

O MAE elegeu o sistema da Bovespa para realizar os leilões de energia elétrica excedente ao plano de racionamento do governo federal. No processo de seleção, concluído no dia 06.06.2001, prevaleceu a semelhança entre o sistema da Bovespa e o mercado de energia. As sobras de eletricidade serão negociadas a partir do dia 25.06.2001. Poderão participar das ofertas os grandes consumidores, com demanda acima de 2,5 MW/h e fornecimento em alta tensão. Os preços obedecerão a lei da oferta e demanda, sem estabelecimento prévio de cifras. (Gazeta Mercantil - 07.06.2001)

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financiamento

1- Valorização do dólar afeta desempenho da Cesp

A Cesp foi afetada pela alta valorização do dólar e por esta razão deverá ter resultado negativo. O endividamento da empresa é de cerca de R$ 8 bi e a maior parte é em dólares. O endividamento foi um dos motivos do cancelamento do leilão de privatização da empresa, o que vinha puxando os preços da ação da empresa no mercado. No dia 06.05.2001, Cesp PN fechou com alta de 2,3%, mas ainda está longe de seu preço alvo de R$ 23,00, que já leva em conta seu endividamento. Em 2001 os papéis ainda estão com perda acumulada de 12,85%.(Gazeta Mercantil - 07.06.2001)

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2- Light deverá ser afetada pelo câmbio

A Light será muito afetada pelo câmbio. De acordo com os resultados do primeiro trimestre de 2001, a empresa deve R$ 5,2 bi e 79% do total em moeda estrangeira. Para os especialistas, é difícil até de prever sua situação no curto prazo. Sem uma mudança significativa no câmbio, suas perspectivas de melhorar seus resultados são remotas. Em 2001, Light PN tem uma das maiores perdas do setor, uma desvalorização de 35,89%. (Gazeta Mercantil - 07.06.2001)

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3- Brasil e Paraguai preparam 'swap' de energia

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, deverá anunciar nos próximos dias uma operação de swap de energia com o Paraguai. O projeto vem sendo conduzido pela Eletrobrás e a Ande, a estatal elétrica paraguaia. O governo do Paraguai aceitou vender mais 140 MW da usina de Itaipu para o Brasil. Em troca, o governo brasileiro pagará a compra de energia que os paraguaios farão da usina de Yacereta, que fica na fronteira com a Argentina. A compra de energia será de 140 MW. (Jornal do Brasil - 07.06.2001)

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4- Juros caem com recuo na produção industrial

A projeção para as taxas de juros futuros cederam depois da divulgação da produção industrial de abril. A produção foi menor do que a registrada em março e fez reacender entre os investidores o sentimento de que os juros básicos da economia podem não ser elevados do atual patamar de 16,75% ao ano. O IBGE informou que a produção da indústria brasileira em abril cresceu 6,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Entretanto, em comparação a março, houve queda de 1,6%. Em maio, o Banco Central (BC) subiu os juros básicos de 16,25% para 16,75% ao ano. Essa elevação, somada à desaceleração no crescimento econômico já registrada, que pode ser intensificada com o racionamento de energia, torna pouco provável que haja novas elevações nos juros básicos.. De acordo com profissionais do mercado, esse raciocínio percorreu as mesas de operação e contribuiu para a queda nas projeções das taxas de juros. Os poucos negócios durante o dia e a ausência de fluxo positivo - ingresso de dólares no País - ajudaram a manter a taxa de câmbio praticamente estável. (Gazeta Mercantil - 07.06.2001)

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5- Comportamento de investidor em maio reflete menor disposição em correr riscos

Maio foi marcado pela instabilidade financeira decorrente da crise na Argentina, pela alta do dólar e, também, pela expectativa de que o Brasil cresça menos por conta do racionamento de energia. A reação automática do investidor comum foi buscar a sensação de segurança. O comportamento dos investidores em referido mês refletiu claramente uma menor disposição de correr riscos na hora de aplicar seus recursos: enquanto a caderneta de poupança teve a maior captação líquida de 2001, a indústria de fundos de investimento registrou mais saques que aplicações. A captação líquida dos fundos ficou negativa em cerca de R$ 2 bi, e a da poupança foi positiva em R$ 411 mi. Ao buscar a caderneta, o investidor privilegiou a segurança e deu menos importância à rentabilidade, que para prazos mais longos geralmente é maior nos fundos de renda fixa e DI. (Valor - 07.06.2001)

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6- Giro de bradies com fôlego menor

O mercado de títulos da dívida dos emergentes operou em alta no dia 06.06.2001, mas com menor fôlego que nos outros dois dias da primeira semana de junho. A troca de títulos argentinos foi recebida com entusiasmo pelos investidores e contribuiu para a valorização dos papéis e ajuste de carteiras nos dias 04 e 05 de maio. A parcela argentina do índice foi reestruturada e alongada para incluir os novos papéis, e os fundos internacionais tiveram que se ajustar, contribuindo para a alta. O prêmio de risco argentino caiu 12 pontos-base para 911 pontos e o brasileiro subiu 2 pontos para 822 pontos. Houve também a redução da posição "underweight" (subinvestida) em títulos argentinos, que contribuiu para a alta. Os novos globals continuam subindo. O Global 8 terminava o dia cotado a US$ 0,83. O FRB fechou valendo US$ 0,884 com spread de 859 pontos e o brasileiro C-Bond ficou de lado em US$ 0,759 com spread de 820 pontos. (Valor - 07.06.2001)

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gás e termoelétricas

1- ANP vai mudar o cálculo do preço do transporte do gás

A portaria que redefine o cálculo do preço do gás natural estabeleceu também que a ANP terá trinta dias para mudar o cálculo do preço do transporte do gás, estabelecendo as novas regras. A intenção da reguladora é 'desdolarizar' também o preço do produto, mas só para o gás vendido às usinas térmicas. A estabilidade com a venda em reais será absolvida pelos fornecedores, entre eles Petrobras. A agência defendeu a indexação do gás produzido no País pelo IGP-M, ao invés do uso de uma cesta de óleos, como é feita hoje. O produto ficaria, assim, menos vulnerável às variações do dólar e do petróleo no mercado internacional. Nos próximos 30 dias, a ANP deverá publicar portaria referente ao transporte do gás em território brasileiro, desatrelando as tarifas da moeda norte-americana. (Gazeta Mercantil - 06.06.2001)

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2- Ramal de distribuição no MS do gás boliviano custará R$ 46,5 mi

A MSGás homologou no dia 05.06.2001 o resultado da licitação na qual foi escolhida para construir 120,5 km de dutos nas vias urbanas de Corumbá, Três Lagoas e Campo Grande. Por meio desses ramais, o gás boliviano será levado até as termelétricas, onde ativará os geradores de energia, para indústrias e para os postos de combustível. A obra custará R$ 46,5 mi e será executada pela UTC Engenharia S.A., sediada em São Paulo, conforme informou o presidente da MSGás, Luís Landes. A previsão é concluir os projetos até dezembro de 2001. O dinheiro usado na obra foi emprestado, por meio de contrato de mútuo, pela Petrobras, cuja subsidiária é a BR Distribuidora, dona 49% das ações da MSGás. O governo do estado detém 51%. (Gazeta Mercantil - MS - 06.06.2001)

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3- Petrobras e Marubeni vão investir US$ 650 mi em termoelétrica

Um despacho concedido a favor da Petrobras e da Marubeni Power International, trading japonesa, permite que as empresas continuem o processo legal para instalar uma usina termoelétrica na cidade de Cubatão (SP), com potência prevista de 950 MW. Uma ação civil pública, do juizado da cidade, impedia o empreendimento. A estimativa do vice-presidente da Marubeni, Eric Westberg, é de que a usina consuma investimentos de US$ 650 mi em três fases e seja concluída em meados de 2005. "Queremos utilizar a estrutura existente em Cubatão para abastecer toda a Baixada Santista", diz Westberg. Segundo o executivo, um banco japonês teria demonstrado interesse no projeto. Caso não tenha de mudar seus planos por determinação judicial, Westberg espera colocar em operação duas turbinas já em 2003, quando concluir a segunda fase do projeto, com capacidade de geração de 450 MW. Na última fase colocará em operação outras duas turbinas, completando o potencial máximo de 950 MW. (Valor - 07.06.2001)

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4- Petrobras vai reduzir gasto de gás

A Petrobras terá cinco anos para reduzir o volume de gás natural queimado nas plataformas de produção de petróleo da Bacia de Campos. Atualmente, a empresa queima seis milhões de m³/dia, cerca de um terço da produção nacional, e terá de investir para reduzir o volume a 'valores satisfatórios', segundo o superintendente de Desenvolvimento da Produção da ANP, Oswaldo Pedrosa. A Agência concluiu auditoria na da Bacia de Campos para verificar as causas do desperdício e discute agora, com a estatal, procedimentos para reverter a situação. O superintendente da ANP descartou a hipótese, levantada em 2000 pela própria Agência, de que a Petrobras estaria queimando gás nacional para não pagar pelo insumo boliviano sem utilizá-lo. (Gazeta Mercantil - 07.06.2001)

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5- Gás aumenta competitividade da Zona Franca de Manaus

Mesmo distante do risco de ter o ritmo de produção afetado por falta de energia elétrica, o setor industrial do Amazonas aposta na mudança da matriz energética do Estado. A substituição tem ainda mais peso quando considerada como fator de equilíbrio para as empresas já instaladas e de atrativo para novas indústrias, caso se concretize em 2013 anunciada extinção da Zona Franca de Manaus, com a suspensão dos incentivos fiscais. Conforme cálculos da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), a utilização do gás deverá se reverter em uma economia de 20% a 30% no custo final dos produtos. Com a nova matriz, as indústrias deverão reduzir em até 70% seus gastos com energia, afirmou o presidente da entidade, José Nasser. (Gazeta Mercantil - AM - 06.06.2001)

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grandes consumidores

1- Produção industrial brasileira recuou 1,6% em abril

A produção industrial brasileira caiu 1,6% em abril de 2001 na comparação com março. Em relação a abril do ano anterior, houve alta de 6,1%, segundo divulgou, dia 06.06.2001, o IBGE. No primeiro quadrimestre do ano, o IBGE apurou um aumento de 6,9% na produção industrial, frente ao mesmo período do ano anterior. Dos 20 gêneros pesquisados, 12 apresentaram queda em relação a março, ficando a indústria têxtil com uma queda 6,3% no acumulado do ano. Entre as categorias de uso, os bens de consumo duráveis sofreram em abril, na comparação com março, uma queda de 5%. Os bens intermediários recuaram 1,9% e os bens semi-duráveis e não duráveis, 0,8%. A fabricação de equipamentos de geração para energia elétrica foi a que mais cresceu entre janeiro a abril na produção de bens de capital, com aumento de 34% na produção. Em seguida, estão as máquinas e equipamentos agrícolas, com 30,2%, e os equipamentos de transporte, com crescimento de 28,4%. A média para os bens de capital nos quatro primeiros meses do ano apresentou alta 20%. (Folha - 06.06.2001)

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2- Usiminas produz mais aço para atender à demanda

A Usiminas foi surpreendida por forte pressão de demanda. A empresa bateu em maio de 2001 seus recordes de produção e de vendas ao mercado interno. 'E os pedidos para junho e começo de julho estão no mesmo ritmo. Pode ser para formação de estoques ou então estes clientes estão apostando que a economia não vai sofrer queda tão grande como se diz. O fato é que não temos qualquer sinal de desaquecimento', disse Rinaldo Campos Soares, presidente da Usiminas. 'Nossa programação para este ano é trabalharmos no ritmo de 4,6 milhões toneladas/ano de aço líquido. Mas em maio a usina trabalhou em ritmo de 4,8 milhões/ano', disse Soares.Soares se diz otimista quanto a cumprir a meta de fechar 2001 com a maior produção dos últimos anos, ainda que corte 20% em seu consumo de energia. (Gazeta Mercantil - 06.06.2001)

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3- Usiminas não descarta hipótese de comprar energia no mercado

A Usiminas, segunda maior fabricante de aços planos e principal fornecedora das indústrias automotiva e de eletrodomésticos de linha branca, não está disposta a perder seu espaço nos mercados dos quais é fornecedoras. 'Pretendemos manter nosso mercado abastecido, apesar da crise energética', diz Soares. Para isso, a Usiminas não descarta a hipótese de comprar energia no mercado e instalar geradores adicionais. Segundo Soares, a linha prioritária da Usiminas é exatamente a que mais consome energia, pois é a que tem mais tecnologia e valor agregados. Com a energia gasta para se produzir 8 toneladas de chapas grossas, produto mais simples e de menor preço, produz-se apenas uma tonelada de aço laminado a frio e galvanizado, principal produto fornecido às montadoras e autopeças. (Gazeta Mercantil - 06.06.2001)

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internacional

1- EDF pode ter mais do que 20% da Montedison

A entrada da EDF no mercado italiano de energia tem mais um capítulo. É entendido que o Deustche Bank está agindo como consultor financeiro da estatal francesa, que teria opção de comprar a participação de 3,14% do banco alemão na Montedison. Apesar de ter revelado suas ações, o Deustche Bank ainda não revelou seu relacionamento com a EDF ou se a elétrica tem direito a adquirir sua participação sob algumas circunstâncias. Esta semana o banco deve fazer declarações sobre o tema. Cogita-se que a francesa havia comprado 23,14% da Montedison, mas vendeu 3,14% por ordem do governo francês à instituição financeira alemã. A EDF insiste em afirmar que sua cota é de 20%e que o investimento é apenas estratégico. (Financial Times - 06.06.2001)

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2- Chilquinta pode entrar na geração

A distribuidora chilena Chilquinta Energia está considerando a possibilidade de entrar no mercado de geração de energia, afirmou o CEO da empresa, Cristian Arnolds. A decisão, segundo o diretor, é financeira e não faz parte de um plano para garantir futuro abastecimento. A companhia possui 450 mil clientes, 99% dos quais são residenciais. Este ano a Chilquinta, controlada pelas norte-americanas PSEG e Sempra, investirá US$ 60 mi, sendo metade no Peru, onde possui participação na distribuidora Luz del Sur, e US$ 10 mi no Chile. Mais US$ 10 mi serão destinados à expansão da rede de distribuição de gás natural no Chile, onde a empresa controla a distribuidora Energas. (BNAmericas - 06.06.2001)

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3- RWE interessada no mercado europeu e norte-americano

A RWE está interessada em aquisições no mercado elétrico europeu e norte-americano, afirmou o CEO da empresa, Dietmar Kuhnt, no encontro anual de acionistas. Apesar do fracasso na Hidrocantábrico, Kuhnt reiterou o interesse da RWE na Espanha, além de apontar o Reino Unido como mercado interessante na Europa no momento. Aos acionistas disse que devido às restrições do mercado alemão, a empresa deve se especializar em negócios no exterior com intuito de se manter entre as maiores elétricas do continente a longo prazo. Mas o mercado norte-americano também será alvo da empresa, que já possui a carvoeira Consol, que será a base de lançamento do crescimento. (AFXpress - 07.06.2001)

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4- Enel marca data final para Elettrogen

A italiana Enel marcou o dia 15.07.2001 como data final para a venda da geradora Elettrogen, que deve gerar US$ 2,18 bi, a serem usados na estratégia da Enel de diversificar suas operações. A empresa tem que vender três geradoras para cumprir a meta de liberalização do governo para o mercado de eletricidade e, caso queira concretizar a oferta pela empresa de telecomunicações Infostrada, deverá se desfazer de uma quarta, assunto que ainda vem sendo discutido com as autoridades. (Dow Jones - 07.06.2001)

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5- EDF estaria sendo assessorada por dois bancos para a privatização

A francesa EDF estaria usando os bancos Rothschild e Goldman Sachs para se preparar para o processo de privatização. A justificativa seria a necessidade de se ajustar aos padrões internacionais de contabilidade. A venda da EDF, entretanto, não deve acontecer antes da primavera do hemisfério norte de 2002, quando devem acontecer as eleições presidenciais e parlamentares na França. (AFXpress 07.06.2001)

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6- Liberalização energética européia pode vir em 2005

A Comissária de Transportes e Energia da União Européia, Loyola De Palacio, declarou hoje, 07.06.2001, que a diretriz sobre a liberalização dos setores de gás e eletricidade está sendo negociada para que seja votada no Conselho de Ministros, de modo que mesmo com a oposição francesa, ela seja aprovada. Afirmou ainda que o idela seria que houvesse consenso, mas o mercado único de energia não poderia ser bloqueado por apenas um dos membros. Os problemas registrados no setor energético se devem à abertura assimétrica dos mercados nacionais e por isso é preciso acelerar a liberalização total, aprovando as diretrizes pendentes, mas permitindo esse tipo de leis durante o tempo em que se mantenham as assimetrias. (Enervia - 07.06.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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