1- LDO para 2002 não dá atenção ao setor energético
|
O
Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que determina quais
programas receberão mais atenção do Governo no próximo 2002, não
prioriza investimentos no setor energético. A constatação é de
um estudo feito pela Consultoria de Orçamento da Câmara. De acordo
com o trabalho, o projeto da LDO para o ano 2002 prevê investimentos
em nove projetos na área de energia, mas não incluiu programas
considerados essenciais para aumentar a oferta do setor nas regiões
Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do País. (Agência Câmara - 29.05.2001)
Índice
|
2- Revisão de tarifa vai baixar subsídios para a indústria |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, adiantou que o governo
quer rever a estrutura tarifária de energia, para reduzir o subsídio
hoje concedido à indústria e está, também, rediscutindo com as
empresas distribuidoras, algumas cláusulas contratuais relativas
aos reajustes tarifários. Uma das hipóteses é eliminar a possibilidade
de "reajustes extraordinários", que pode atualmente ser pleiteado
pelas empresas fora do período de reajuste anual, para fazer frente
a aumentos de custos inesperados, como, por exemplo, elevação
de alíquotas de impostos ou desvalorização cambial. Nessa discussão,
que foi objeto, dia 29.05.2001, de uma reunião das distribuidoras
com a Câmara de Gestão da Crise de Energia, uma alternativa, segundo
o ministro, seria transformar esses pedidos de reajustes extraordinários
em "automáticos", a cada revisão anual de tarifas. Hoje as empresas
distribuidoras de energia reclamam que a agência reguladora não
está autorizando reajustes extraordinários e várias já entraram
na justiça para estabelecer esse direito contratual. A redução
dos subsídios à indústria, que é mais pesada para o consumo residencial
é, segundo o ministro, um outro aspecto da redefinição do marco
regulatório do setor elétrico que o governo está tratando. Não
se pretende, contudo, fazer um realinhamento das tarifas entre
indústria, comércio, residência e setor público, de imediato.
A tendência é de que esse assunto fique para o ano de 2002, quando
se espera que a situação da oferta de energia esteja mais normalizada.
(Valor - 30.05.2001)
Índice
|
3- Confaz isenta lâmpadas do ICMS |
Conforme decisão tomada no dia 29.05.2001 pelo Conselho Nacional
de Política Fazendária (Confaz), colegiado que reúne todos os
secretários de Fazenda dos Estados, sob a coordenação do Ministério
da Fazenda, as distribuidoras de energia elétrica estão isentas
do ICMS na compra de lâmpadas que economizam energia para distribuição
gratuita com a população de baixa renda. No entanto, as concessionárias
terão um limite de compras para esse fim. A isenção aprovada não
alcança a venda de lâmpadas no varejo ao consumidor comum. (Gazeta
Mercantil - 30.05.2001)
Índice
|
4- Equipamentos para geração elétrica continuam tributados |
O Confaz deciciu no dia 29.05.2001 que os equipamentos para geração
elétrica continuam tributados. Representantes do governo federal
propuseram aos Estados a isenção do ICMS sobre esses produtos,
mas os representantes de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul se
negaram a aprovar as condições originais da proposta. 'O que o
governo federal queria era que somente os Estados arcassem com
o incentivo. Argumentamos que, já que a crise de energia afetará
a todos, é justo que a União também abra mão do IPI, do PIS e
da Cofins, pelo menos enquanto durar a crise', disse Geraldo Gomes,
secretário adjunto de tributação de Minas Gerais. O secretário
da Receita Federal, Everardo Maciel não abriu mão, porém, da cobrança
de PIS e Cofins, pois seria muito difícil, na opinião do governo
federal, discriminar as receitas das vendas para as geradoras,
o que poderia tornar inviável o benefício. (Gazeta Mercantil -
30.05.2001)
Índice
|
1- Câmara estuda corte até 2002 |
A extensão do plano de racionamento até maio 2002, quando acaba
a estação das chuvas, está em estudo na CGCE. A proposta foi levada
ao presidente da Câmara, Pedro Parente, pelo deputado e ex-ministro
dos Transportes, Eliseu Resende. O objetivo da medida seria a
plena recuperação dos reservatórios das hidrelétricas nas regiões
atingidas pela crise. Por enquanto, a decisão da Câmara é de encerrar
o racionamento no fim de novembro de 2001, mas tudo vai depender
dos resultados dessa primeira fase. Segundo Resende, 'o próprio
governo entende que o racionamento deve durar um ano. Tanto que
não fixou prazo'. (Gazeta Mercantil - 30.05.2001)
Índice
|
2- Governo recorre de liminares |
A Advogacia-Geral da União (AGU) apresentou no dia 29.05.2001,
no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo, pedido
de suspensão de liminar dada pela Justiça Federal de Marília (SP)
que impede a aplicação das medidas do racionamento, como tarifa
adicional e corte no fornecimento em todo o País. A AGU, segundo
a assessoria de imprensa, alega que a tarifa adicional não é taxa
e, por isso, não possui caráter tributário ou confiscatório. A
Aneel e a Cemig tentam, no TRF da 1º Região, em Brasília, derrubar
liminar concedida, no dia 25.05.2001, pela juíza Regina Maria
de Souza Torres, titular da 12ª Vara Federal de Minas Gerais,
que favorece usuários de todo o estado. (Gazeta Mercantil - 30.05.2001)
Índice
|
3- OAB-SP entra na Justiça Federal contra os cortes
de energia |
A OAB-SP entrou, dia 29.05.2001, na Justiça Federal com uma ação
civil pública para suspender os efeitos da medida provisória do
Governo Federal que determina o corte de energia dos consumidores
que não cumprirem a meta de redução de consumo fixada pela CGCE.
A ação, com pedido de tutela antecipada, foi impetrada na 2ª Vara
da Justiça Federal, em São Paulo, e argumenta que a medida provisória
do Governo é inconstitucional. "Ela fere incisos do artigo 5º
da Constituição Federal", afirma a Ordem. O artigo 5º determina
que o Estado deve promover a defesa do consumidor, na forma da
lei. (Jornal do Commercio - PE - 30.05.2001)
Índice
|
4- Eletrobrás perderá R$ 1,3 bi com racionamento |
Segundo cálculos do governo, a Eletrobrás deverá perder R$ 1,3
bi em receitas, apenas no período de junho a dezembro de 2001,
se o racionamento de energia elétrica for bem sucedido. A queda
de receitas com a venda de energia irá ocorrer justamente quando
a estatal será demandada para liderar os investimentos em geração
de energia. O governo traçou três cenários para o desempenho da
Eletrobrás durante o racionamento. No tido como o mais provável,
no qual a população cumpriria a meta de economizar 20%, o grupo
Eletrobrás perderia R$ 1,3 bi. Se a economia ficar em 15%, a perda
de receitas da Eletrobrás ficaria em R$ 1 bi entre junho e dezembro.
O terceiro cenário trabalha com economia de 10% e perda de R$
660 mi. (Folha - 30.05.2001)
Índice
|
5- Elektro quer repassar perdas a consumidor |
A Elektro quer repassar ao 1,6 milhão de clientes a perda de R$
130 mi da receita e um aumento de custos em R$ 7 mi devido ao
racionamento de energia. A distribuidora disse, dia 29.05.2001,
que deverá negociar o reajuste da tarifa com a Aneel após a contabilização
final do prejuízo. O repasse do prejuízo será feito só nas negociações
de 2002, segundo o diretor de operações e coordenador do programa
emergencial para racionamento da Elektro, Francisco Fernandes.
A concessionária, com sede em Campinas, prevê uma arrecadação
mensal de R$ 6 mi mensais com a cobrança da sobretaxa determinada
pelo governo. As distribuidoras têm uma parcela de 2% referente
à sobretaxa. "Não é suficiente nem para cobrir 10% dos nosso custo
adicional", declarou Fernandes. (Folha - 30.05.2001)
Índice
|
6- FH deverá falar à Nação sobre racionamento |
As notícias recebidas no dia 28.05.2001, de que o País está gastando
14% menos energia e que os reservatórios se mantiveram estáveis
durante o mês de maio, animaram o presidente Fernando Henrique
Cardoso a planejar um pronunciamento antes do dia 04.06.2001,
quando todos os lares brasileiros deverão receber das operadoras
elétricas as metas de racionamento para cada um. O pronunciamento,
se as primeiras informações se confirmarem e persistir o ânimo
atual do Planalto, deverá ser uma espécie de elogio à nação pela
reação ao anúncio da crise energética e um apelo para que o esforço
continue enquanto as medidas forem necessárias. Mas deverá ser
também um anúncio das medidas tomadas pelo governo para diminuir
o consumo em curto prazo e aumentar a produção de energia, em
médio prazo. (Último Segundo - 28.05.2001)
Índice
|
7- Estado do Rio quer compensação de perdas |
O governo do Rio quer compensações do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio para a indústria do estado por conta da perda
de competitividade provocada pelo racionamento de energia. Em
carta encaminhada no dia 28.05.2001 ao ministro Alcides Tápias,
o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer,
sugere não só a aceleração dos mecanismos de financiamento do
BNDES, como também a criação de novas linhas de crédito para exportação
e redução de alíquotas do Imposto de Importação para aquisição
de insumos do exterior. 'Não podemos permitir que as empresas
saiam do estado do Rio e da região Sudeste por causa de deficiências
do sistema energético causadas pelo próprio governo federal.'
(Gazeta Mercantil - 29.05.2001)
Índice
|
8- Pesquisa da Fiesp diz que cota reduzirá produção |
Segundo pesquisa apresentada, dia 29.05.2001, pela Fiesp e realizada
pelo instituto Vox Populi, uma entre cada cinco grandes indústrias
poderá demitir pessoal por causa do racionamento de energia. A
pesquisa constatou que 58,4% das empresas ouvidas não suportariam
uma redução superior a 15% sem alterar o nível de atividade. Dos
empresários ouvidos, 75% disseram que, antes do anúncio das medidas,
pensavam em expandir a produção. Desse total, 26,8% declarou intenção
de reduzir investimentos, enquanto 38,5% desistiram. Os planos
ficaram mantidos para 30%. 'No grupo que mantém os investimentos
estão setores pouco afetados pela redução do consumo e aqueles
que estão em um ponto em que não vale a pena parar', disse Pio
Gavazzi, diretor do departamento de infra-estrutura da Fiesp.
Os técnicos ouviram 401 indústrias nos dias 24.05.2001 e 25.05.2001.
Segundo ele, só depois de 30 dias haverá condições de saber qual
o impacto do racionamento na indústria paulista. 'Mas já podemos
dizer que não vai dar para cumprir a cota sem diminuir a produção'.
(Gazeta Mercantil e Folha - 30.05.2001)
Índice
|
9- Tápias acha que Paraná não deve ser incluído no
racionamento |
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Alcides Tápias,
disse, no dia 28.05.2001, em Curitiba, que considera injusta a
inclusão no Paraná no esquema de racionamento de energia elétrica
que passa a vigorar a partir de 01.06.2001 para as regiões Sudeste
e Centro-Oeste do País. "Além de o Paraná ser superavitário em
energia, fez investimentos expressivos nesta área para evitar
problemas de fornecimento de energia", afirmou. (ABN - 29.05.2001)
Índice
|
10- Empresas do Sul já reduzem consumo |
As empresas da região Sul, mesmo sem estarem incluídas no programa
de racionamento do governo federal, preparam-se para essa possibilidade,
sinalizada pelo ONS e pela CGCE. Apesar de as distribuidoras de
eletricidade da região dizerem que não há necessidade de diminuir
o consumo, o setor produtivo prefere se antecipar, antes que a
ordem venha de cima. 'Vamos reduzir em 10% o nosso gasto de energia
em relação à média do ano passado', diz Johni Richter, gestor
da unidade brasileira da fabricante de compressores Embraco. 'Além
da economia, ficamos preparados para a eventualidade de qualquer
imposição de corte.' Segundo Richter, a diminuição pode chegar
a 15%, se for necessário. (Gazeta Mercantil - 30.05.2001)
Índice
|
11- Nordeste pode ter cota de redução do consumo acima
de 20% |
O
abastecimento de energia elétrica no Nordeste está chegando a
um ponto crítico. O governo já estuda elevar a cota de economia
da região para um patamar acima dos 20% fixados pela CGCE. O assunto
será debatido na reunião do dia 30.05.2001 da câmara, pelo ministro
Pedro Parente e David Zylbersztajn, diretor-geral da ANP. Na reunião,
Zylbersztajn vai mostrar um relatório dizendo que a cota de 20%
para o Nordeste foi feita com base em números equivocados fornecidos
pelo ONS, que estimou que a média de chuvas para o Nordeste ficaria
entre 75% e 70% do resultado dos últimos 70 anos. Na verdade,
a média de chuvas ficou em apenas 40%. (Jornal do Brasil - 30.05.2001)
Índice
|
12- Chesf desliga quatro hidrelétricas |
O baixo nível dos reservatórios levou o ONS a tomar uma atitude
extrema: mandou a Chesf desligar quatro usinas hidrelétricas.
Com isso, toda a água está sendo direcionada para a Usina de Paulo
Afonso 4. Mário Santos, presidente do ONS, diz que essa atitude
é emergencial e visa aumentar o rendimento da usina de Paulo Afonso
4. ''Estamos tentando tudo. Com essa medida, podemos ampliar a
produção em até 3%. Mas o nível dos reservatórios está realmente
muito baixo'', admite. Santos disse que, no momento, a medida
não apresenta riscos técnicos para a segurança das máquinas da
usina de Paulo Afonso. (Jornal do Brasil - 30.05.2001)
Índice
|
13- Usina de Tucuruí vai transferir 100 MW para a região
Nordeste |
O ONS também determinou que a Usina de Tucuruí passe a transferir
mais 100 MW para a região Nordeste. Com isso, a linha de transmissão
está trabalhando perto de sua capacidade máxima, que é de 1.100
MW. Mário Santos, presidente do ONS, disse que, por enquanto,
não há riscos técnicos para a segurança das máquinas da usina
de Tucuruí. (Jornal do Brasil - 30.05.2001)
Índice
|
14- Região Norte terá de entrar no racionamento |
Os estados da região Norte do Brasil também terão que racionar
energia a partir de julho de 2001, quando o ONS passará a oferecer
parte da produção gerada pela hidrelétrica de Tucuruí para as
regiões Centro-Oeste e Sudeste. A decisão deverá ser tomada no
dia 01.06.2001, na próxima reunião do conselho do ONS, quando
será avaliada a possibilidade de os estados do Sul do Brasil também
serem enquadrados no racionamento. (Gazeta Mercantil - 30.05.2001)
Índice
|
15- Racionamento no Sul poderá ocorrer após a conclusão
das obras da subestação de Tijuco Preto |
A decisão de racionar energia na região Sul poderá ser tomada
após a conclusão, entre o final de julho e início de agosto de
2001, das obras nos dois transformadores da subestação de Tijuco
Preto, no linhão de transmissão de Itaipu. A reativação da linha,
que opera com baixa capacidade desde o final de 2000, permitirá
a transferência de cerca de 800 MW adicionais de energia para
a regiões Sudeste e Centro-Oeste. 'Se o racionamento também for
adotado para o Sul, isso ocorrerá por essa época, quando ficarem
prontas estas obras', justifica o executivo. (Gazeta Mercantil
- 30.05.2001)
Índice
|
16- Telefônicas dizem que pode haver problemas no sistema |
A crise de energia elétrica pode provocar problemas sérios no
funcionamento do sistema de telefonia. Em reunião, dia 28.05.2001,
com o presidente da Anatel, Renato Guerreiro, representantes da
Associação Brasileira de Prestadoras de Serviço Móvel Celular
(Acel) disseram que a continuidade e a qualidade do serviço serão
prejudicadas se o segmento não receber 'tratamento diferenciado'
no plano de racionamento. Segundo a Acel, o segmento não tem condições
de reduzir o consumo em 20%, como prevê o programa. Caso haja
interrupção do fornecimento de energia, a situação ficaria ainda
pior. (Gazeta Mercantil - 29.05.2001)
Índice
|
17- Ministro descarta problemas com telefonia |
O ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, descartou no dia
29.05.2001 a possibilidade de haver danos ao sistema de telefonia
causados pelas medidas de racionamento de energia elétrica. Segundo
ele, o 'caladão' poderá ser evitado facilmente porque o setor
de telecomunicações utiliza menos de 1% do total da energia consumida
no país. Na primeira semana de junho de 2001, as operadoras deverão
apresentar ao governo o percentual de redução do consumo. A partir
da proposta das empresas, CGCE decidirá como o setor vai se adequar
ao racionamento. (Correio do Povo - 30.05.2001)
Índice
|
18- Prefeitura de SP se recusa desligar semáforos para
economizar energia |
A Prefeitura de São Paulo anuncia que não irá desligar os semáforos
da cidade. A medida faz parte do plano de racionamento de energia.
O secretário Municipal de Transportes, Carlos Zarattini, considerou
uma exigência inoportuna a medida anunciada pelo governo para
o desligamento de semáforos. Zarattini considera o serviço essencial
para garantia das boas condições de tráfego na cidade. Ele afirmou
também que o trânsito não pode receber do governo o mesmo tratamento
dispensado, por exemplo, para as empresas. (CBN - 29.05.2001)
Índice
|
19- Boletim diário do ONS |
O ONS, divulgou, dia 29.05.2001, o balanço da produção da energia
hidráulica produzida no dia 28.05.2001, que ficou na ordem de
838 GWh. Em maio de 2001, a produção atingiu 24.077 GWh. A produção
de energia térmica foi de 72 GWh e a acumulada no mês foi de 2.355
GWh. A demanda máxima registrada pelo ONS no sistema interligado
foi de 48.202 MWh. A energia armazenada no sistema está em 34,04%
na soma Sul + Sudeste/C. Oeste e 36,31 % na soma Nordeste + Norte.
(ONS - 28.05.2001)
Índice
|
1- Eletrobrás investirá em geração com recursos externos |
Até a primeira semana de junho de 2001, o CGE deverá receber a
lista de projetos prioritários do grupo Eletrobrás. No Orçamento
estava previsto investimento total de R$ 3,1 bi. A idéia é selecionar
os projetos que possam, no curto prazo, ampliar a oferta de energia.
A tendência é que seja ampliado o volume de recursos. O passo
seguinte será montar a engenharia financeira para bancar os projetos.
Nos últimos anos, os projetos eram tocados basicamente com o caixa
da empresa. Como as receitas vão cair, a empresa deve voltar a
se endividar. Para bancar seus projetos, a Eletrobrás deverá buscar
financiamentos no exterior. Os juros cobrados da estatal são muito
próximos daqueles pagos pelo Banco Central em lançamentos de bônus
da República. Os investidores estrangeiros estão receptivos aos
papéis da empresa porque atualmente ela tem baixo nível de endividamento.
As regras do ajuste fiscal obrigam a estatal a pagar pelo menos
20% dos empréstimos vencidos a cada ano. Para que a Eletrobrás
volte a captar no mercado, será preciso afrouxar esse limite.
(Folha - 30.05.2001)
Índice
|
2- Eletrobrás terá sócios e projetos de parceria |
A Eletrobrás deverá investir cerca de R$ 700 mi, adicionais ao
seu orçamento de 2001, em projetos emergenciais de termelétricas
e hidrelétricas, em parceria com empresas privadas. O ministro
de Minas e Energia, José Jorge, afirmou que a estatal terá crédito
suplementar para participações minoritárias em novos investimentos.
José Jorge também discute com a estatal as obras necessárias para
o aumento da oferta em 10 mil MW de térmicas a gás e 5 mil MW
de hidrelétricas até 2003, além da ampliação das linhas de transmissão.
Ele levará esse programa de emergência para aprovação da Câmara
de Gestão da Crise de Energia na próxima semana. O ministro disse
que a Eletrobrás e a Petrobras vão viabilizar a construção de
30 térmicas em três anos, por meio de participações minoritárias.
A Eletrobrás também entrará com 49% do capital da empresa que
fará o linhão Norte-Sul II. O governo está discutindo com as distribuidoras
os reajustes tarifários previstos nos contratos de concessão e
fará, para 2002, uma revisão da estrutura tarifária, que hoje
embute fortes subsídios à indústria. O aumento da oferta de energia
no curto prazo seguirá modelo misto, com setor público e privado
em projetos de parceria. (Valor - 30.05.2001)
Índice
|
3- Explosão de lucros na geração de energia |
O racionamento e a pressa do governo em aprovar investimentos
na área de geração de energia resultaram em uma explosão de projetos.
Enquanto o BNDES se prepara para atender à demanda por pequenas
usinas movidas a gás ou carvão, fabricantes de equipamentos e
turbinas, como Asea Brown Boveri, Voith Siemens e Alston do Brasil,
reprogramam a produção, renegociam prazos e festejam bons negócios.
As vendas de motores elétricos aumentaram e a Weg, por exemplo,
reavaliou para cima sua meta de crescimento em 2001, que era em
torno de 15%. A Stemac, líder no mercado de geradores e motores
a diesel, contabiliza um incremento de 25%. (Gazeta Mercantil
- 30.05.2001)
Índice
|
1- Agentes do MAE ainda não sabem como atuar |
A dois dias do início do racionamento, os agentes do MAE ainda
não sabem as regras de operação de compra e venda de energia que
regerão o mercado, o que preocupa analistas e empresários. O MAE
terá importante papel no racionamento. As empresas que paralisarem
sua produção terão a possibilidade de vender o excedente de energia
no mercado atacadista, a fim de minimizar seus prejuízos. O preço
do MWh está em R$ 484. O governo quer que as empresas com tensão
acima de 13,8 kV reduzam mais seu consumo para comercializar esse
excedente no MAE. Mas faltam mais regras claras sobre isso. "Ainda
não sabemos como funcionarão os leilões de compra e venda de energia,
como eles serão operacionalizados no MAE", diz o vice-presidente
da AES, Demóstenes Barbosa de Lima. Há dúvidas também quanto à
capacidade de o MAE receber novos agentes. No início do ano, o
mercado movimentava menos de R$ 50 mi. Agora, com a possibilidade
de muitas empresas entrarem, esse valor pode subir bastante. "A
indefinição é mais um componente, mas o mercado está tão claudicante,
que piorar não dá mais", afirmou o diretor do Grupo Rede, Fernando
Quartim. A dívida de Furnas com o mercado é outro ponto que traz
insegurança aos investidores e cuja solução ainda continua indefinida.
(Valor - 30.05.2001)
Índice
|
2- Sobra de energia pode não ter mercado para venda |
As empresas que quiserem, a partir de do dia 01.06.2001, vender
os excedentes de energia obtidos com a economia gerada no racionamento
correm o risco de não terem um canal para viabilizar as operações.
O MAE, que só existe formalmente pois está sob intervenção da
Aneel, só vai conseguir funcionar a partir de uma série de definições
sobre a sua operação e regulamentação jurídica. No dia 29.05.2001,
os representantes do MAE reuniram-se pela quarta vez, desde 26.04.2001,
para discutir o que fazer a respeito da intervenção da Aneel.
Não chegaram à conclusão alguma e marcaram nova reunião para 12.06.2001.
(Gazeta Mercantil - 30.05.2001)
Índice
|
3- Intervenção no MAE divide empresas |
Existe uma divisão entre os representantes das empresas quanto
à recente intervenção da Aneel no MAE. Uns acham que a medida
é boa, por torná-lo mais eficiente. Outros condenam a decisão,
por achar que retira poder demais dos agentes, e ameaçam entrar
na Justiça. Um impasse que pode complicar mais ainda o funcionamento
do MAE. A Aneel interveio no mercado no fim de abril de 2001,
reduzindo o poder dos agentes que participam do mercado e criando
garantias e penalidades para quem comercializar energia, a fim
de evitar problemas parecidos com o de Furnas. Como não chegaram
a uma solução única sobre a intervenção da Aneel e com incerteza
sobre as regras no racionamento, os representantes do MAE marcaram
para o dia 12.06.2001 uma nova Assembléia Geral. Mas, antes disso,
pretendem agendar uma reunião com a Aneel. (Valor - 30.05.2001)
Índice
|
4- Distribuidoras e geradoras podem ir a Justiça contra
alteração de contrato |
A alteração, pela CGCE, dos contratos iniciais entre geradoras
e distribuidoras pode levar a um novo tipo de disputa judicial
relacionada ao racionamento pois, caso as negociações entre as
empresas não sejam satisfatórias, ambas, geradoras e distribuidoras,
terão argumentos para recorrer à Justiça. Para as distribuidoras,
quanto maior for corte na energia contratada, maiores os encargos
que sofrerão, pois terão menos energia a baixo preço e precisarão
recorrer ao MAE. As geradoras também podem perder dinheiro, se
forem obrigadas a cortar mais energia do volume que vendem ao
MAE. Dentre os argumentos para contestações judiciais está a defesa
da manutenção do contrato por sua característica de ato jurídico
perfeito, ou seja, realizado de acordo com a lei e que não pode
ser modificado sem a aceitação das partes. 'Caso o governo imponha
uma mudança que não seja aceita por uma das partes, desrespeitaria
o ato jurídico perfeito, o que é inconstitucional', afirma Luís
Fernando Queiroz, do escritório Manhães Moreira Advogados Associados.
(Gazeta Mercantil - 29.05.2001)
Índice
|
5- Agrovale e Guaraniana podem assinar contrato para
explorar bagaço de cana |
A Agrovale (Agroindústria do Vale do São Francisco), mais importante
usina sucro-alcooleira da Bahia, está prestes a assinar um contrato
com a Guaraniana, controladora da Coelba, e tornar-se-á a primeira
usina de açúcar do Nordeste a vender energia gerada a partir do
bagaço de cana. O contrato prevê a comercialização de uma parte
do excedente de energia elétrica gerado na unidade de cogeração
da usina. Atualmente, a empresa produz 9 MW e consume algo em
torno de 5.2 MW. Para aumentar a oferta de energia, a Agrovale
está construindo mais uma termelétrica, com capacidade instalada
de 5MW e expectativa de início de operação em outubro de 2001.
(Gazeta Mercantil - BA - 29.05.2001)
Índice
|
1- BNDES fecha captação em ienes |
O BNDES fechou, dia 29.05.2001, uma captação no mercado japonês
de 90 bi de ienes, equivalente a US$ 750 mi, com emissão de bônus.
O prazo da operação é de cinco anos, com taxa 4,75% ao ano. Isabel
Aboim, chefe do Departamento de Captação do BNDES, informou que
a emissão chegou a ter demanda para 100 bi de iene. Mas a instituição
tinha registro autorizado somente para os 90 bi de ienes, montante
que representava o complemento de uma operação de 40 bi de ienes
realizada em 2000. Esta operação em 2000 foi fechada com bônus
de prazo de quatro anos e taxa de 4,75%. Isabel Aboim lembrou
que, comparando as duas emissões realizadas pelo banco, o resultado
da captação de 90 bi de ienes, liderada pelo Nomura Securities,
foi mais positiva porque tem um prazo mais longo dentro da mesma
taxa de juros do que a outra, de vencimento menor. A taxa de juros
paga pelo BNDES, segundo Isabel, representa em dólar 10,23% ao
ano. A executiva esclarece que esta taxa é mais baixa do que a
negociada no mercado secundário de títulos do governo federal
brasileiro, com vencimento em 2006, que paga 11,98% em dólar.
O custo financeiro para o BNDES ficou 1,75% inferior do que o
da República. (Gazeta Mercantil - 30.05.2001)
Índice
|
2- Contas do governo pressionadas por câmbio e juros |
O setor público teve em abril déficit de R$ 2,26 bi, 2,32% do
PIB, de acordo com dados divulgados no dia 29.05.2001 pelo BC.
Em março, o déficit foi de R$ 5 bi (5,21% do PIB). A melhora aparente
não esconde um quadro de grande pressão sobre as contas do governo,
que tende a aumentar o déficit com a crise energética, segundo
a área técnica do próprio BC. O resultado nominal de abril só
foi possível graças a um extraordinário esforço de arrecadação
e contenção de despesas, que proporcionou um ganho líquido de
R$ 8,2 bi nas contas consolidadas do setor público, o mais elevado
desde maio de 1991. Apesar disso, o saldo não foi suficiente para
cobrir toda a conta de juros que, em abril, chegou a R$ 10,5 bi
(10,77% do PIB). O gasto com juros vem crescendo desde o início
de 2001 em razão dos seguidos aumentos da taxa Selic e da desvalorização
cambial, que foi de 3,8% em abril. Em 2001, a despesa com juros
do setor público chega a R$ 40,5 bi, 49% a mais do que nos quatro
primeiros meses de 2000 (R$ 27,1 bi). Com o crescimento das despesas
financeiras, a dívida líquida do setor público chegou a R$ 596,7
bi no mês de abril, 50,2% do PIB. Em março, a dívida era de R$
588,7 bi (50,1%). Com endividamento crescente e PIB menor, a relação
dívida/PIB pode se deteriorar ainda mais. (Gazeta Mercantil -
30.05.2001)
Índice
|
3- O mercado de bradies deve fechar maio sem novidades |
O mercado de títulos da dívida dos países emergentes deve ter
a última semana de maio tranqüila até o 01.06.2001, quando serão
anunciadas as características da troca de títulos argentinos e
os EUA divulga o índice de desemprego . No entanto, o primeiro
dia de negócios após o feriado Memorial Day começou mal, com pouca
liquidez e a maioria dos títulos sofreu desvalorização. No dia
29.05.2001 era o último dia para que os investidores comprassem
títulos argentinos para participar do "swap". Mas analistas e
operadores afirmam que os investidores já marcaram suas posições
no dia 25.05.2001, antes do feriado nos EUA, e os negócios minguaram.
Os analistas apostam que o novo Global 8 argentino passará a ser
o título referência do país no mercado secundário, em substituição
ao FRB, após a operação de troca. Isto provocaria a mudança dos
índices internacionais e os fundos de investimento que os usam
com base teriam que se ajustar, dando sustentação aos novos bônus.
Hoje há cerca de US$ 3,5 bi em FRB no mercado, mas o volume total
do papel já chegou a US$ 8,5 bi. Além disso, o vizinho brasileiro
também vai lançar o novo Global 18, que será comparado ao C-Bond
pois também tem a característica de capitalização, e por isso
muito interessante ao mercado, afirmam os analista. (Valor - 30.05.2001)
Índice
|
4- Sobem os juros dos títulos prefixados |
A expectativa em torno do discurso de renúncia do senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA), marcado para esta tarde, restringiu
os negócios no pregão do dia 29.05.2001 e deve manter os investidores
atentos no dia 30.05.2001. Mesmo com poucas operações, a cotação
do dólar comercial subiu 0,60%, para R$ 2,348 na venda. A projeção
para as taxas de juros também fechou em alta e o Tesouro Nacional
teve de pagar mais caro para vender títulos públicos prefixados
ao mercado financeiro. No dia 29.05.2001, o Tesouro Nacional vendeu
R$ 1 bi em títulos públicos prefixados, as Letras do Tesouro Nacional
(LTN), com vencimento em 7 de novembro. A taxa de juros média
definida em leilão ficou em 20,57% ao ano. O leilão também contemplou
a venda de R$ 3 bi em papéis pós-fixados, as Letras Financeiras
do Tesouro (LFT). Os papéis acompanham a rentabilidade da meta
Selic, que está em 16,75% ao ano, e terão resgate em cinco anos
(17.05.2006). Os títulos foram vendidos com deságio de 0,17% sobre
o valor de emissão (R$ 1.000). No mês de maio, foram vendidos
R$ 10,5 bi em pós-fixados, abaixo do cronograma que previa leilões
de até R$ 19 bi. As projeções para as taxas de juros futuros,
depois de registrarem baixa durante o dia, subiram. Entre os contratos
mais negociados na BM&F, o de julho passou de 17,52% para 17,53%
ao ano. A taxa de outubro saiu de 19,82% para 19,92% ao ano. O
contrato a termo de DI, de um ano subiu de 22,21% para 22,30%.(Gazeta
Mercantil - 30.05.2001)
Índice
|
5- Risco Brasil é maior que o da Argentina |
A crise de energia elétrica e as turbulências na cena política
fizeram com que a taxa de risco paga pelos títulos de dívida do
Brasil no exterior voltasse neste momento a superar a paga pelos
papéis da Argentina. A inversão de posições é visível nos juros
pagos pelos papéis mais líquidos e que melhor simbolizam o risco
dos dois países: o brasileiro C-Bond e o argentino FRB. Há um
mês, a chamada taxa de risco da Argentina bateu um recorde histórico
ao atingir 1.700 pontos básicos (17%) acima dos títulos do Tesouro
americano de mesmo prazo. Naquele momento, a taxa de risco do
Brasil era de 900 pontos básicos. No dia 29.05.2001, o C-Bond
pagava 867 pontos básicos, enquanto o FRB argentino oferecia retorno
de 822 pontos. O prêmio pago pelo C-Bond está acima do registrado
entre abril e maio de 2000, auge da queda da bolsa eletrônica
americana Nasdaq. O spread pago pelos títulos da dívida soberana,
isto é, de responsabilidade do governo, é importante balizador
para o custo dos empréstimos das empresas no exterior. (Gazeta
Mercantil - 30.05.2001)
Índice
|
6- BB condiciona liberação de recursos do FCO à geração
de energia no MT |
Segundo anunciado pelo superintendente do Banco do Brasil (BB)
em Mato Grosso, Sidnei Senhorini, a liberação de novos financiamentos
junto ao Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) ficará condicionada
à comprovação de que os estabelecimentos serão capazes de produzir
a própria energia, caso o consumo ultrapasse os 500 kVA. A etapa
seguinte são as análises dos projetos detalhados, que continuarão
a ser feitas normalmente pelos técnicos do banco. Porém a contratação
efetiva do crédito dependerá do tempo de duração do programa de
racionamento de energia. Por outro lado, o BB vai agilizar os
empréstimos solicitados para a implantação de sete Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCHs) no MT, que totalizam R$ 73,5 mi. (Gazeta
Mercantil - MT - 29.05.2001)
Índice
|
1- Governo define regras para gás |
O Governo Federal decidiu comercializar um volume diário de até
40 milhões de metros cúbicos de gás natural para as termelétricas
ao longo de 12 anos. Segundo portaria a ser divulgada no dia 30.05.2001
pelo ministro das Minas e Energia, José Jorge, a Petrobras fornecerá
o insumo às termelétricas com preço congelado, em reais, por 12
meses, período em que prejuízos ou ganhos da estatal com a variação
do valor do real em relação ao dólar serão registrados em uma
conta débito-crédito da empresa. No 13º mês, a Petrobras finalizará
essa conta. Se tiver registrado saldo negativo, poderá repassar
a média do prejuízo às tarifas dos 12 meses seguintes, com reajuste
adicional pela Selic, que hoje é de 16,75% ao ano. (Jornal do
Brasil e Jornal do Commercio - PE - 30.05.2001)
Índice
|
2- Térmicas do RJ estudam ampliação |
O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner
Victer, diz que três termoelétricas em construção no Rio poderão
ter sua potência aumentada em 750 MW. Segundo Victer, as térmicas
são a TermoRio, em Duque de Caxias, a Eletrobolt, em Seropédica,
e a Macaé Merchant, em Macaé. O secretário afirmou, ainda, que
estão avançadas as negociações com a americana El Paso Energy
para a construção de uma nova planta, com capacidade de gerar
200 MW, em Paracambi, interior do Rio. Se os planos forem adiante,
o Rio poderá acrescentar 950 MW ao seu parque gerador. "Todos
esses projetos têm máquinas", avisa Victer. Agora, os investidores
estão negociando os projetos com o governo, que dá isenção de
ICMS sobre todos os equipamentos importados para esses empreendimentos.
Também está sendo negociado com a Petrobras o aumento dos volumes
de fornecimento de gás natural e as bases comerciais, já que ela
é sócia na comercialização da energia de alguns empreendimentos.
(Valor - 30.05.2001)
Índice
|
3- Enron e British dividem risco cambial |
O modelo para comercialização do gás natural
que abastecerá as termelétricas já está definido e também valerá
para empresas privadas. A extensão do risco cambial do gás natural
a companhias privadas como Enron e British Gas visa a igualdade
do mercado fornecedor do insumo que, no entanto, irá conviver
com distorções, na avaliação de executivos de empresas do mercado.
Enquanto a Petrobras terá como atenuar o risco com a venda de
gás nacional, as multinacionais ficarão mais expostas à moeda
americana, pois ainda não têm produção própria, analisam. Para
vender o gás às térmicas, BG e Enron, terão de arcar com o risco
cambial por 12 meses. Ao fim desse período, poderão repassar a
diferença entre a moeda estrangeira e a nacional para o consumidor
final através do reajuste de tarifas de energia. (Gazeta Mercantil
- 30.05.2001)
Índice
|
4- Wärtsilä tem motores para 2 mil MW |
A Wärtsilä, fabricante finlandesa de motores para termoelétricas,
tem visto aumentar o número de interessados em suas máquinas desde
o início da crise energética. Hoje, a empresa tem equipamentos
gerando 300 MW no Brasil, incluindo a instalação das máquinas
que permitem a realização do processo co-geração de energia na
gráfica do Infoglobo, no Rio, na Coca-Cola Refrescos, em Recife,
e na Kaiser, em Fortaleza. Agora a companhia tem 30 projetos em
andamento no Brasil, inclusive para indústrias eletrointensivas
que têm dificuldade de se adequar à cota de consumo e cujos nomes
não são revelados. O volume é três vezes maior do que no mesmo
período do ano 2000. Se todos forem adiante, vão representar um
acréscimo de potência de 1.000 MW ao sistema, o que inclui a térmica
da Eletrobrás. A estatal planeja construir uma usina "back up"
para Angra I e II, com potência de 500 MW em Macaé, no Rio de
Janeiro e a Wärtsilä é a única que se mantém na disputa. (Valor
- 30.05.2001)
Índice
|
1- Comissário europeu se opõe à ação de estatais em
empresas privatizadas |
O Comissário europeu de concorrência, Mario Monti, afirmou, dia
29.05.2001, em reunião com o presidente e o primeiro-ministro
francês, que a "situação atual do mercado de eletricidade na Europa
não é satisfatória e é inaceitável. É inaceitável, mas se queremos
ser francos, foi aceita pelos Estados Membros". Monti se mostrou
contrário a que empresas públicas, como a francesa EDF, adquiram
companhias privatizadas. Os governos da Espanha e da Itália recentemente
limitaram esse tipo de operação. Por outro lado, o comissário
reconheceu que sua capacidade de atuação contra as operações da
EDF é muito limitada. Os representantes franceses defenderam o
direito da empresa francesa de se associar e cooperar com outras
empresas européias. (El País - 30.05.2001)
Índice
|
2- Governador da Califórnia processará governo dos
EUA |
Gray Davis, governador da Califórnia, afirmou, dia 29.05.2001,
que irá processar a Comissão Federal de Regulamentação Elétrica
na tentativa de forçá-la a impor tetos ao preço de energia e diminuir
os prejuízos do Estado com a crise energia. A decisão piora o
relacionamento entre a Califórnia e o presidente Bush. Segundo
o governador, os custos com a crise energética podem atingir US$
50 bi neste ano, o que levaria o Estado à recessão e, consequentemente,
o país. O governo federal ofereceu ajuda de US$ 150 mi para que
pequenos consumidores possam pagar suas contas em dia. (Financial
Times - 30.05.2001)
Índice
|
3- Ofertas pela Electtrogen até 15.06.2001 |
A
estatal italiana Enel vai vender três produtoras elétricas por
ordem do governo, que quer abrir o mercado elétrico do país para
se encaixar nas determinações da União Européia. As ofertas para
compra da Electtrogen, uma das três, deverão ser entregues até
o dia 15.06.2001, segundo o jornal italiano "Il Sole 24 Ore".
A estatal deve se desfazer de 15 mil MW de capacidade instalada
até o final de 2002. (Diário Econômico - 30.05.2001)
Índice
|
4- Iberdrola fará a maior termelétrica do México |
A empresa de engenharia ICA Fluor Daniel assinou contrato em 29.05.2001
com a Iberdrola energia Altamira, filial da Iberdrola Espanha,
para a construção da maior termelétrica no México em Altamira.
O projeto vai demandar US$ 195 mi e a usina terá capacidade de
produzir 1.036 MW para abastecer o norte mexicano, em pleno desenvolvimento
industrial. A espanhola ganhou a concessão para a construção em
dezembro de 2000 e em janeiro obteve autorização para iniciar
as obras. O projeto deve ser concluído em 27 meses. (PRNews -
29.05.2001)
Índice
|
5- PG&E lança programa para poupar energia na Califórnia |
A Pacific Gas & Eletric (PG&E) firmou contrato com empresa de
tecnologia para computadores para desenvolver um programa que
ajude os consumidores a reduzir o consumo durante os horários
de pico. A empresa já possui 37 clientes, equivalentes a 43 MW,
ligados ao programa e prepara um recrutamento para o verão do
hemisfério norte. Os consumidores industriais e comerciais poderão
acessar os mesmos dados da elétrica para poder se programar contra
blecautes ou altas no consumo, além de terem acesso a análises
das contas. (Business Wire - 29.05.2001)
Índice
|
Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
|
|