1- Crise deve adiar privatizações |
As
próximas privatizações de empresas estaduais de energia poderão
ser adiadas para 2002 se forem considerados os obstáculos criados
pelo racionamento. Com lucratividade incerta a médio prazo, as
geradoras e distribuidoras estão depreciadas. Ao mesmo tempo,
uma nova investida para privatizar empresas do setor custaria
um grande risco político ao Governo, cuja imagem pública já tem
sofrido abalos. De com analistas de investimentos, "neste momento,
uma tentativa de privatizar empresas elétricas traria um custo
político muito alto, que o Governo não deve bancar. Está havendo
muita pressão política por parte da oposição e das camadas populares.
Seria vender algo ótimo num momento péssimo". Além disso, privatizar
geradoras agora só afastaria investimentos privados em novas usinas.
(Jornal do Commercio - 28.05.2001)
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1- Supremo recebe Adin contra racionamento |
Chegou no dia 25.05.2001 ao STF a primeira ação direta de inconstitucionalidade
(Adin) questionando a Medida Provisória nº 2.148-1, que traça
as normas para o racionamento de energia elétrica. A Adin, impetrada
em conjunto por cinco partidos políticos e assinada por sete advogados,
centrou a contestação no artigo 25 da MP, que determina que o
Código de Defesa do Consumidor não se aplica às determinações
em relação ao racionamento. A argumentação constitucional dos
partidos é praticamente a mesma do presidente do Conselho Federal
da OAB, Rubens Approbato Machado. Segundo eles, o artigo 25 fere
os incisos 32, 35, 54 e 55 do artigo 5º da Constituição, que diz
que o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
E também o inciso 5º do artigo 170, que afirma que a ordem econômica
tem por fim assegurar a todos existência digna, observados, entre
outros, o princípio da defesa do consumidor. (Gazeta Mercantil
- 28.05.2001)
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2- Governo recua e reeditará MP da energia |
No dia 25.05.2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso fez
um pronunciamento no Palácio do Planalto para anunciar um recuo
do governo em relação à MP 2148-1. Embora o ministro da Casa Civil,
Pedro Parente, e o advogado-geral da União, Gilmar Mendes, afirmem
que a MP que atropela o Código de Defesa do Consumidor é legal,
o presidente acusou a força das contestações surgidas em todo
o País e optou por uma segunda reedição da MP, ainda na quinta
semana de maio de 2001, a partir de uma negociação que pretende
abrir no dia 28.05.2001 com os usuários de energia. Fernando Henrique
afirmou que percebeu 'um certo mal-estar com relação à questão
do Código de Defesa do Consumidor. Talvez as medidas não tenham
sido bem explicadas, bem compreendidas ou não sejam razoáveis'.
Ele quer uma 'discussão mais aprofundada'. 'Nós poderemos chegar
a conclusões que permitam, na reedição da medida provisória, corrigir
aquilo que possa parecer desnecessário, excessivo ou contrarie
alguns valores democráticos fundamentais e legais', disse o presidente.
(Gazeta Mercantil - 28.05.2001)
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3- Idec negocia fim dos cortes com Executivo |
Na reunião que terá na última semana de maio de 2001 com o governo,
o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) vai propor
um abrandamento no programa de racionamento, eliminando num primeiro
momento cortes de energia e elevando as faixas de consumo para
cobrança de sobretaxa. Se a redução do consumo não for suficiente
para evitar os apagões, a GCE poderia restabelecer as punições.
Segundo fontes da equipe econômica, o governo não deve abrir mão
dos limites de sobretaxa e cortes de energia, mas estaria disposto
a negociar mudanças na medida provisória que veta o uso do Código
de Defesa do Consumidor. (O Globo - 28.05.2001)
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4- Grande consumidor não pagará sobretaxa |
O governo federal não vai cobrar tarifa adicional de energia da
indústria e dos grandes consumidores do comércio sobre o volume
que exceder as cotas estabelecidas para cada segmento. O esclarecimento
foi feito no dia 25.05.2001 pelo secretário de Energia de SP,
Mauro Arce, ao anunciar o plano de metas para os setores industrial,
comercial e de serviços. As empresas que ultrapassarem as cotas
específicas terão a opção de comprar energia em leilões do MAE.
'Qualquer pessoa jurídica na faixa de consumo a partir de 13,8
kVa/mês poderá comprar em leilão', disse Arce. Caso não consigam,
terão um dia de corte para cada 3% de consumo excedente. Os leilões
devem ser regulamentados até o fim da última semana de maio de
2001. Segundo Arce, as companhias têm ainda a alternativa de economizar
e acumular créditos para compensar o excedente no futuro. (Gazeta
Mercantil - 28.05.2001)
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5- CGCE publicará resolução que fixa o horário dos
postos de combustível |
A CGCE deverá publicar, na última semana de maio de 2001, a resolução
que fixa o horário de funcionamento dos postos de combustível
das 6h às 22h, durante o racionamento. A medida foi proposta por
representantes do setor. Eles temiam que, caso o novo horário
fosse adotado de forma voluntária, vários comerciantes não aderissem
à economia e houvesse concorrência desleal. O governo ainda estuda
a proposta, mas o ministro Pedro Parente adiantou que a medida
deverá ser adotada porque seu impacto na economia do país seria
muito pequeno. Segundo ele, o fechamento dos postos no horário
das 22h às 6h pode gerar uma economia correspondente à de uma
termelétrica de médio porte. (Correio do Povo - 28.05.2001)
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6- CGCE vai esperar para anunciar decisão sobre feriados
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A CGCE decidiu esperar pelo menos mais duas semanas antes de anunciar
qualquer decisão sobre a proposta de decretar feriados semanais
às segundas ou às sextas-feiras para reduzir o consumo de energia.
De acordo com Parente, o governo vai analisar todas as propostas
a partir de dois critérios: redução no consumo e repercussão na
economia. 'No caso dos feriados, ainda não temos nem uma avaliação,
nem outra', afirmou. Ele descartou a possibilidade de o governo
decretar 'estado de emergência' por causa da crise, mencionada
pelo ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias. 'Não é o caso
de falar em estado de emergência', concluiu. (Correio do Povo
- 28.05.2001)
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7- Concessionárias discutem prejuízos |
As concessionárias de geração e distribuição de energia informaram
ao governo que o racionamento irá acarretar perdas de 11,36% em
sua receita total. Para agravar ainda mais a situação, um rombo
de R$ 1,3 bi, fomentado pela adequação das regras do setor à situação
de racionamento, ainda está sem solução. Esse passivo, atrelado
à revisão dos contratos iniciais firmados entre as empresas de
geração e distribuição, será objeto de uma futura resolução da
Câmara de Gestão da Crise de Energia. O valor de R$ 1,3 bi envolve
o período de junho a novembro de 2001, datas de início do racionamento
e do período chuvoso, respectivamente. Arcar com esse déficit
poderia levar as geradoras à falência, aprofundando ainda mais
a crise elétrica. Lembrar que 80% da geração de energia está em
mãos estatais dimensiona a importância que esse problema teria
e a complexidade da negociação para contorná-lo. Na Câmara de
Gestão, o debate é coordenado pelo secretário de Energia de São
Paulo, Mauro Arce. (Gazeta Mercantil - 28.05.2001)
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8- Custos do racionamento serão repassados |
As distribuidoras de energia repassarão para seus consumidores
os custos extras por compra de energia adicional no MAE. As concessionárias
também estão sujeitas à redução de 20% do fornecimento de energia
e esperam que nos primeiros 15 dias de vigência do racionamento,
o fornecimento seja normal. A partir daí virão os cortes. Para
os consumidores industriais que excederem a meta, a distribuidora
poderá continuar fornecendo energia adquirida no MAE, mas repassará
o custo. Para os residenciais, a solução será o corte. O racionamento
trará queda na receita das empresas de distribuição por causa
do menor consumo e aumento nos custos devido a suas novas atribuições,
como o envio de correspondências e campanhas publicitárias. (Valor
- 28.05.2001)
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9- Distribuidoras já calculam reajuste |
O presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia
(Abrade), Luiz Carlos Guimarães, anunciou que um reajuste extra
nas tarifas de energia é 'praticamente inevitável' em 2002. Ele
lembrou que as empresas têm garantido, pela resolução nº 4 do
Plano de Racionamento, o direito de repassarem para as tarifas
não só os custos operacionais que terão com a implementação das
medidas, como também as perdas de receita que vão amargar com
a menor oferta de energia. Esses repasses serão adicionais ao
reajuste anual previsto nos contratos de concessão. A decisão
implica um recuo significativo do governo e um aumento ainda maior
da conta a ser paga pelo consumidor. O maior ou menor impacto
sobre as tarifas dependerá em grande parte da Aneel pois a resolução
da CGCE determina que a agência estabeleça quais as receitas e
despesas que poderão ser contabilizados para esse ressarcimento.
(Correio do Povo - 28.05.2001)
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10- Governo admite apagões em agosto |
Apesar dos apagões serem considerado como hipótese distante pelo
governo, alguns técnicos do mesmo admitem a necessidade de adotá-los
a partir de agosto de 2001. Das medidas anunciadas pelo governo,
apenas a redução do consumo residencial tem apresentado reação
positiva, com economia entre 5% e 8%. No entanto, o nível dos
reservatórios, principal indicador, continua sem dar razão a otimismo.
No dia 24.05.2001, os reservatórios da região Sudeste armazenavam
29,7% da capacidade. No Nordeste, onde a situação é mais crítica,
chegaram a 28,4%. A economia só servirá para abrandar a extensão
dos apagões. Se fossem aplicados isoladamente, em caso de corte
de 20%, os apagões durariam de cinco a oito horas, tempo que assustou
os integrantes da GCE. (Valor - 28.05.2001)
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11- Apagão deixa 11 bairros do Rio no escuro |
Um
pequeno apagão de quatro minutos ocorreu na manhã do dia 27.05.2001
em vários bairros da região central e das zonas sul e norte do
Rio, entre 7h57 e 8h01. De acordo com a Light, distribuidora de
energia elétrica da cidade, um problema em uma subestação de energia
elétrica de Furnas, que gera energia para a distribuidora, ocasionou
o apagão. Isto porque a subestação da geradora é ligada a 12 subestações
da Light. Furnas confimou o problema em sua subestação mas ainda
não identificou as causas. (Folha Online - 27.05.2001)
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12- Especialistas afirmam que risco de colapso ainda
existe |
Especialistas dizem que, na atual situação dos reservatórios brasileiros,
não há a certeza de que o plano de racionamento irá afastar o
risco de o sistema elétrico entrar em colapso. O governo demorou
para iniciar seu programa de economia de energia. O nível dos
reservatórios está abaixo do pior cenário até então imaginado.
Não se sabe se o governo fez mesmo os cálculos certos. A margem
de erro está pequena demais, qualquer deslize levará ao apagão
descontrolado. Essas foram algumas das respostas dadas por professores,
engenheiros e representantes do setor sobre a eficácia da meta
de redução em 20% definida pela Câmara de Gestão da Crise de Energia
Elétrica. (Folha - 28.05.2001)
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13- Governo e especialistas divergem sobre apagão |
Os técnicos do governo insistem que o sistema de cotas fará o
Brasil atravessar o período de estiagem sem esgotar os reservatórios
de água das hidrelétricas, os especialistas das universidades
afirmam que os cortes de energia já são praticamente inevitáveis.
'Mesmo que o cálculo do governo esteja certo, ele é muito apertado',
afirma o professor Mauricio Tolmasquim, coordenador do Programa
de Planejamento Energético da UFRJ. 'Para dar certo, o plano depende
de fatores imponderáveis'. Tolmasquim diz que, além de estar contando
com chuvas já em outubro de 2001 e com a adesão maciça da população,
o governo precisa apressar muito a execução das obras das termelétricas.
'Se não diminuir a nossa dependência da água para gerar energia,
o risco de cairmos na mesma situação, no ano que vem, é enorme'.
(Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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14- Pesquisadores apostam na resposta da população
para evitar os cortes |
O pesquisador da Universidade de Salvador (Unifacs) e um dos elaboradores
do plano de contingenciamento, James Correia, aposta na resposta
da população para evitar os cortes no fornecimento de energia.
'Só na Bahia houve uma redução de 10,5% sem a participação da
indústria', disse. No Rio de Janeiro, por exemplo, a redução chegou
a 16% e em São Paulo, 12%. De acordo com o professor Adriano Pires
Rodrigues, da UFRJ, esses índices são positivos, principalmente
porque a indústria ainda não iniciou seus cortes. 'Conseguimos
uma redução de 15%, em média, com a indústria trabalhando a todo
vapor para ter estoques', disse Rodrigues. Segundo ele, a economia
em São Paulo provavelmente vai ultrapassar a do Rio de Janeiro
uma vez que o estado concentra mais indústrias. No entanto, para
o professor Ildo Sauer, do Instituto de Engenharia Elétrica (IEE),
o plano do governo é uma 'aposta de risco'. 'O que vem sendo feito
é pouco e vem tarde', disse. (Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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15- Para especialistas, demora em aplicar cortes pode
custar caro |
O professor Mauricio Tolmasquim, coordenador do Programa de Planejamento
Energético da UFRJ, diz concordar que serão necessários trinta
dias para averiguar se o plano de contingenciamento governamental
surtiu os efeitos desejados. Para ele, contudo, a demora pode
custar caro. 'Quanto mais tempo passar, mais profundos tenderão
a ser os cortes', afirma. Segundo o professor, já se sabia da
gravidade da situação em março de 2001 e as providências não foram
tomadas. 'Naquela ocasião, a economia necessária era de, no máximo,
10%. Hoje é de 20%. Em julho, talvez seja de 25%'. Ericson de
Paula, consultor da DCT Energia e professor da matéria na Universidade
Mackenzie diz ser uma temeridade a aproximação dos limites mínimos
dos reservatórios das usinas. 'Um reservatório a 10% começa a
levantar lama, que pode entrar nas turbinas e geradores da hidrelétrica,
e fazê-la parar', diz. 'Além disso, com base na ocorrência de
chuvas dos últimos anos, dá para afirmar que demorará muito tempo
para os lagos voltarem a uma situação confortável, caso eles esvaziem
demais', diz. (Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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16- Arce acredita que ainda é possível manter afastada
a alternativa de apagão |
O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, vê com otimismo
a possibilidade de o sistema de cotas fazer o Brasil atravessar
o período de estiagem sem esgotar os reservatórios de água das
hidrelétricas. Ele acredita que ainda é possível manter afastada
a alternativa de apagão. Arce fundamenta seu otimismo justamente
na resposta da população ao pedido de redução do consumo de eletricidade,
mesmo antes do dia 01.06.2001. 'Nunca o governo garantiu que não
haveria cortes. Pela reação que tivemos, acredito que não teremos
apagão. O secretário reafirmou que a decisão final do governo
sobre a aplicação dos apagões virá um mês após o início do racionamento.
Segundo Arce, na terceira semana de maio de 2001, a demanda por
energia em SP, caiu 6,2%, comportamento que, para ele, permitiu
que os reservatórios no submercado Sudeste/Centro-Oeste se mantivessem
estáveis no período, com capacidade em 29,8%. (Gazeta Mercantil
- 25.05.2001)
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17- ANP afirma que probabilidade de apagão ocorrer
é remota |
Durante debate na USP sobre a crise da energia elétrica, o diretor-geral
da ANP, David Zylbersztajn, afirmou que a probabilidade de haver
apagões é 'muito remota'. Segundo ele, três fatores interferem
na decisão de promover cortes de eletricidade: as chuvas, o aumento
da oferta de energia e a adesão da população. Para Zylbersztajn,
diversas medidas estão sendo tomadas para agregar MW ao sistema
elétrico, como o incentivo à co-geração. Há ainda o fato de a
adesão da população ao plano já estar acontecendo. 'Foi a melhor
surpresa do programa até o momento. O consumo passou de 56 mil
MW/h para 48 mil MW/h em um curto espaço de tempo'. Zylbersztajn
disse ainda que, no caso de os cortes serem necessários, eles
terão duração de seis a oito horas. 'Já foram feitos vários estudos
e ficou provado que cortes mais curtos têm baixa efetividade'.
(Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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18- Indústria quer renegociar aplicação de medidas |
Grandes indústrias dos setores enquadrados pelo programa de racionamento
de energia na faixa de 20% a 25% de economia não estão satisfeitas
com a forma de implementação das medidas e querem que o governo
continue a negociar alternativas. As propostas incluem desde uma
cota de redução única por grupo de empresas interligadas, ao estabelecimento
de um percentual ainda maior de economia, desde que o governo,
e não o mercado, pague pela água que deverá ficar nos reservatórios.
Empresas que geram energia própria reivindicam que o percentual
produzido por elas mesmas fique fora do cálculo para corte. (Gazeta
Mercantil - 28.05.2001)
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1- Enron e El Paso esperam lucrar no atacado |
A Enron e a El Paso estão construindo térmicas no Rio a entrarem
em operação em setembro para vender energia somente no mercado
atacadista ou para empresas que assinarem contratos bilaterais.
As duas adotaram uma política comercial agressiva ao apostar no
mercado brasileiro e agora podem estar prestes a ganhar mais dinheiro
do que planejaram quando idealizarem os projetos. O faturamento
anual está previsto em US$ 1,1 bi. Juntas, as usinas terão potência
de 1.050 MW, sendo 350 MW da Eletrobolt da Enron em Seropédica,
com custo de US$ 250 mi. O restante virá da Macaé Merchant, da
El Paso, com potência de 700 MW e custo de US$ 450 mi e que entrará
em atividade em módulos de 170 MW para atingir potência máxima
em dezembro de 2001. As duas empresas não entraram no PPT, firmando
contratos de cinco anos com a Petrobras, sem garantias de fornecimento
do gás e nem firmaram contratos de compra dessa energia com qualquer
cliente ou distribuidora. Também não terão direito à proteção
contra variação cambial. (Valor - 28.05.2001)
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2- Coelba inaugura usina em 2003 |
A Coelba reforçou o compromisso do grupo Iberdrola, controlador
da companhia, de investir R$ 500 mi na construção de uma usina
hidrelétrica em Itapebi, no sul da Bahia. A afirmação foi feita
pelo gestor da unidade metropolitana da Coelba, Petrônio Teixeira.
Teixeira frisou que a usina, que utilizará águas do rio Jequitinhonha,
deverá ser inaugurada realmente em 2003. Ela terá capacidade para
gerar 400 MW no total, podendo abastecer cerca de 80 municípios
do sul da Bahia. (Correio da Bahia - 28.05.2000)
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1- Distribuidoras temem "inchaço" do MAE |
As distribuidoras estão com medo da minuta que está em circulação
e pode se transformar na Resolução número sete da Câmara de Gestão
da Crise de Energia. Segundo a medida, a venda da energia excedente
nas empresas, após a economia compulsória determinada pelo governo,
será feita por meio de leilão no MAE e fechada em contrato direto
entre as duas empresas. O objetivo da medida seria dar mais chances
às companhias para negociar a energia sem depender exclusivamente
das distribuidoras. Para as concessionárias de distribuição, entretanto,
se a medida for aplicada haverá um caos no mercado atacadista,
pois significa colocar cerca de 100 mil empresas (soma das pequenas
e médias indústrias e lojas comerciais do país) num mercado restrito
atualmente a 62 empresas. (Valor - 28.05.2001)
Índice
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2- Distribuidoras criticam pontos da minuta de resolução
da CGE |
Uma questão levantada sobre a minuta que pode se transformar na
Resolução número sete da Câmara de Gestão da Crise de Energia,
é quem garantirá o risco de cumprimento do contrato por parte
das empresas se não há uma bolsa de negócios específica para o
setor. Ainda em referência à mesma minuta, a energia vendida entre
as empresas, para concretizar o negócio, passará, necessariamente,
pelo sistema distribuidor, independente da concessionária não
ter envolvimento com a operação. O problema, segundo as concessionárias
é que o sistema atual só prevê que esse montante de energia seja
contabilizado imediatamente para ser revendido, como se fosse
energia gerada para a distribuidora. A solução, um executivo de
concessionária, seria as distribuidoras implantarem um sistema
de acompanhamento dessa energia contratada no MAE. "Isso significa
dizer que terá que ser um esquema eficiente de informação e acompanhamento
em tempo real, principalmente com a potencialidade de contratos
que um mercado desse tamanho pode gerar", explicou. Por fim, executivos
do setor criticam a minuta porque ela autoriza as empresas que
começarem a atuar no MAE neste período de crise a continuarem
no mercado livre, mesmo após o racionamento. "Isso implica na
antecipação do mercado livre de 2005 para agora?", indaga o executivo.
(Valor - 28.05.2001)
Índice
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3- Preço do MAE pode ter teto para conter alta das
tarifas |
Uma das razões que move o governo no projeto de intervir nos preços
do MAE, fixando um teto para o período de racionamento, é o receio
de impacto exagerado na correção das tarifas no ano de 2002. Estudos
preliminares, já discutidos em reuniões da Câmara de Gestão da
Crise de Energia Elétrica (GCE), apontam peso de três pontos percentuais
nas tarifas apenas com a variação do mercado livre, se for mantida
a cotação atual do MW para a região Sudeste, de quase R$ 460.
As distribuidoras que pagarem a mais pela energia no mercado livre
terão seus custos compensados no reajuste anual. No fim do processo,
os consumidores é que pagarão a conta do racionamento. A GCE deve
anunciar nos próximos dias a alteração a ser feita nos preços
do MAE, uma negociação liderada por Mauro Arce, secretário de
Energia de São Paulo e integrante da Câmara. Já foram apresentadas
duas propostas: a de congelar a atual cotação ou reduzir o preço
do MW para R$ 320. (Valor - 28.05.2001)
Índice
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1- Desvalorização faz a dívida pública aumentar em
R$ 24 bi |
A desvalorização do real frente ao dólar produziu, só no primeiro
trimestre, um impacto superior aos juros no endividamento público.
Sozinha, a incidência de correção cambial provocou um acréscimo
de R$ 23,93 bi no saldo da dívida líquida consolidada da União,
estados, municípios e empresas estatais, segundo cálculos confirmados
pelo Departamento Econômico do BC. Os juros e a correção, decorrente
do atrelamento de parte da dívida a índices de preços, responderam
por uma elevação de R$ 17,84 bi. O custo da desvalorização para
o setor público foi quase 60% superior ao chamado superávit primário,
ou seja, ao esforço de economia feito com objetivo de compensar,
pelo menos parcialmente, a incidência de juros sobre a dívida.
O superávit primário obtido pelo conjunto do setor estatal foi
de R$ 15,01 bi no primeiro trimestre. (Valor - 28.05.2001)
Índice
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2- Spread do C-Bond passa o do FRB argentino |
A linha dos prêmios de risco do FRB e do C-Bond, títulos argentino
e brasileiro mais líquidos, já se inverteram no gráfico de spreads,
algo que não acontece desde o dia 09.05.2001. O do FRB fechou
em 831 pontos-base (mais baixo desde 14/3) e o do C-bond em 856
pontos. A variação foi de -15 pontos e +22 pontos, respectivamente.
O FRB terminou o dia cotado a US$ 0,884 e o C-Bond a US$ 0,736.
A crise de energia continua alarmando investidores, mas a atenção
está voltada à desvalorização do real e às declarações do senador
Antonio Carlos Magalhães, que foram os fatores que mais abalaram
o mercado no dia 25.05.2001. (Valor - 28.05.2001)
Índice
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3- Déficit em conta corrente foi menor em abril |
Depois de três meses seguidos de elevação, o déficit brasileiro
em transações correntes com o exterior caiu no mês de abril de
2001. Medido em doze meses, o saldo negativo do fluxo de comércio,
serviços e transferências de renda entre o Brasil e outros países
recuou de US$ 27,24 bi, nível do final de março, para 26,63 bi.
Em relação ao PIB, passou de 4,66% para 4,58%. Os pagamentos de
juros foram menores do que em abril de 2000, principal fator de
redução do déficit. Os dados do balanço de pagamentos de abril
foram divulgados no dia 25.05.2001 pelo chefe do Departamento
Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, que acredita em estabilização
do déficit ao longo de 2001. No que se refere ao movimento de
capitais, ele destacou que houve um refinanciamento superior a
100% dos vencimentos de principal da dívida externa de médio e
longo prazos. Com relação à conta de transações correntes, no
mês de abril o saldo negativo ficou em US$ 2,4 bi, cifra bem inferior
à de igual mês de 2000 (US$ 3,01 bi). Isso se refletiu num recuo
do déficit em doze meses. Os gastos líquidos com juros sobre dívida
externa caíram de US$ 2,29 bi para US$ 1,77 bi. (Valor - 28.05.2001)
Índice
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4- Governo conta com captações para financiar déficit
externo |
Diante da expectativa de uma retração ainda mais forte no fluxo
de investimentos estrangeiros diretos em função da crise de energia,
o governo conta com empréstimos de médio e longo prazo e captações
para financiar o déficit nas transações com o exterior. Já há
algum tempo, a taxa de rolagem das dívidas vem superando os 100%,
o que indica que as empresas e o setor público têm conseguido
rolar com folga as operações que estão vencendo e ainda ingressam
no País novos recursos. Os recursos a mais ajudaram a financiar
o déficit nas contas externas que foi de US$ 2,4 bi enquanto os
investimentos estrangeiros diretos foram de US$ 2 bi. Em 2001,
os desembolsos superaram as amortizações em US$ 2,82 bi. Esses
recursos somaram-se aos US$ 6,76 bi de investimentos diretos para
cobrir o déficit que foi de US$ 9,1 bi, no período. 'A tendência
é que essa taxa de rolagem se mantenha acima dos 100%', diz Altamir
Lopes, chefe do Departamento Econômico do Banco Central (Depec),
admitindo que há uma mudança na qualidade do financiamento externo.
O governo já trabalhava com uma retração nos investimentos. A
previsão era que esses recursos somariam, em 2001, algo próximo
a US$ 23 bi contra um déficit estimado em US$ 27 bil. Em maio,
até o dia 25.05.2001, o País já tinha recebido mais US$ 965 milhões
em investimentos, sem incluir os empréstimos intercompanhias,
e a previsão é de encerrar este mês com volume entre US$ 1,5 bi
e US$ 2 bi. Com a crise de energia a expectativa é de que os investimentos
diretos fiquem entre US$ 18 bi e US$ 19 bi. (Gazeta Mercantil
- 28.05.2001)
Índice
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5- BC já constata queda no volume de crédito |
O governo diz não ter a previsão exata do desaquecimento da economia
em virtude do racionamento de energia elétrica. Mas ao observar
o estoque de crédito, o propulsor do desenvolvimento do País,
o BC já nota que o crescimento do montante de recursos disponíveis
para empréstimos mostra uma retração. O total de crédito concedido
pelas instituições financeiras públicas, por exemplo, recuou 0,5%
em abril, com estoque de R$ 142,1 bi, enquanto o total das operações
do sistema financeiro, aí incluídos os R$ 198,6 bi emprestados
pelos bancos privados, subiu 1,4% em abril, somando R$ 340,66
bi. Essa pequena elevação conta também os juros incidentes sobre
o estoque a cada mês, daí supor que o crescimento real foi quase
nulo. (Gazeta Mercantil - 28.05.2001)
Índice
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6- Especulação com dólar continua |
O feriado nos Estados Unidos (Memorial Day), que vai manter o
mercado financeiro local fechado, pode dar uma pequena trégua
no dia 28.05.2001 aos negócios no Brasil. Muitas operações com
dólar norte-americano foram antecipadas na terceira semana de
maio. Desde o anúncio da crise energética, o mercado financeiro
está receoso quanto aos reflexos do racionamento na economia e
passou a demandar dólares. 'Até empresas que nunca fizeram 'hedging'
(proteção) agora querem fazer. Comprar dólares virou moda', afirma
o diretor de câmbio do Lloyds TSB, Marcelo Schmidt. No segmento
de juros, o Tesouro Nacional dá continuidade aos leilões de títulos
públicos. No dia 29.05.2001, será vendido R$ 1 bi em Letras do
Tesouro Nacional (LTN, prefixadas), com vencimento em 7 de novembro.
Também serão vendidos R$ 3 bilhões em Letras Financeiras do Tesouro
(LFT, pós-fixadas), com resgate em 17 de maio de 2006. 'O Tesouro
deve vender bem os prefixados porque o prazo é curto e o lote
pequeno', afirma Schmidt, do Lloyds TSB. As projeções para as
taxas de juros fecharam em baixa. Entre os contratos mais negociados
na BM&F, o de julho passou de 17,63% para 17,62% ao ano. A taxa
de outubro saiu de 20,27% para 19,92% ao ano. O contrato a termo
de Depósito Interfinanceiro, de um ano, passou de 22,70% para
22,52%. (Gazeta Mercantil - 28.05.2001)
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Na penúltima semana de maio a taxa usada em negócios com prazo
de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 1,89%
e 4,46% mensais. As pequenas e médias empresas fecharam negócios
entre 1,98% e 5,07%. Em relação ao desconto de duplicata, nos
negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 1,70%
a 2,50% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi
de 2,47% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram
taxas entre 21,65% e 56,45% ao ano de capital de giro prefixado,
enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 35,12% a 67,65%.
Já a taxa do vendor e compror oscilou de 20,13% a 31,53% ao ano
para grandes empresas e de 25,93% a 45,93% ao ano para pequenas
e médias. Já a taxa vendor e compror oscilou de 20,56% a 27,57%
ao ano para grandes empresas e de 26,38% a 42,58% ao ano para
pequenas e médias. A Conta Garantida, nas operações de 31 dias
para grandes companhias, o intervalo ficou entre 1,75% e 3,50%
ao mês. Pequenas e médias empresas conseguiram taxas de 2,54%
a 5% ao mês. Em relação ao factoring, custo das operações de fomento
mercantil, fechou a semana com a taxa média baixa em 3,85% e a
alta em 3,90% ao mês. A taxa média para o cliente, resolução 63,
ficou em 13,60% ao ano. Já as operações prefixadas com prazo de
24 meses (leasing) tinham taxas médias de 2,18% para carros e
de 2,49% ao mês para máquinas, equipamentos e informática. (Gazeta
Mercantil - 28.05.2001)
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1- Governo anunciará o preço do gás |
O presidente da CGCE, ministro Pedro Parente, disse que o governo
vai anunciar o regime tarifário para compra de gás natural da
Bolívia até o dia 29.05.2001. As regras para importação do produto
devem garantir o abastecimento das usinas termelétricas em construção
no Brasil, para evitar que o atual quadro de crise energética
volte a ocorrer no futuro. Hoje, o gás natural teria de ser importado
com preços em dólar, mas o governo quer adotar uma tabela que
permita a venda em reais. (Correio do Povo - 28.05.2001)
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2- Regra para o preço do gás provoca polêmica |
Especialistas no setor de petróleo acham que o Governo está expondo
a Petrobras a um risco excessivo ao determinar que a parcela de
gás nacional que compõe o mix de preço do gás das termoelétricas
emergenciais tenha seu valor fixado em reais. Até o dia 25.05.2001,
o modelo que prevalecia era o de correção pelo IGP-M. Sobre essa
parcela, a Petrobras não terá direito de compensar diferenças
caso ocorra uma variação brusca no preço do petróleo no mercado
internacional, por exemplo. Na avaliação de um ex-técnico do governo,
a decisão abre espaço para contestação por parte de acionistas
minoritários. Existe o risco, segundo esse técnico, de que a decisão
leve outros clientes a reivindicar o mesmo tratamento, pressionando
a estatal a corrigir o preço do gás com base no IGP-M e não pelo
preço do petróleo. (Valor - 28.05.2001)
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3- Repsol-YPF estuda construir temelétrica em São Paulo |
A Repsol-YPF estuda construir, em parceria
com a Gás Natural, termelétrica no sul do Estado de São Paulo
com capacidade para gerar 1000 MW. O presidente da espanhola considerou
que o fato de a Petrobras ter assumido o risco cambial nas operações
de compra de gás importado como forma de garantir a construção
de novas usinas deve ser encarado como solução de emergência.
Essa decisão do governo garante a continuidade do gasoduto Argentina-Brasil,
que levará gás até Porto Alegre e também da Termogaúcha, orçada
em US$ 300 mi e prevista para entrar em operação em 2003. O trecho
brasileiro, ligando Uruguaiana e Porto Alegre, terá 630 Km e custo
de US$ 260 mi. (Valor - 28.05.2001)
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1- Indústria de cloro-soda economizará 25% |
A indústria de cloro-soda irá atender à exigência de economizar
25% de energia, o que, na opinião de empresários do setor, terá
como conseqüência o aumento das importações do produto, no ano
2000 foram importados 260 mil toneladas do produto. Não há, até
agora, intenção de parar além do estipulado pelo programa e vender
energia no MAE. 'Trabalhamos na medida justa, não vai sobrar nada
depois de cortar os 25%', diz Martins Afonso Penna, diretor-executivo
da Associação Brasileira da Indústria de Cloro (Abiclor). (Gazeta
Mercantil - 28.05.2001)
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2- Indústria de Alumínio propõe redução de 45% |
A indústria de alumínio quer reduzir o consumo de energia em 45%
por até 18 meses. A proposta foi apresentada ao governo antes
da definição do percentual de corte de 25% para o setor. O plano
defendido pelos empresários das empresas de alumínio propunha
um corte no consumo de energia de 15% e de mais 30% que seriam
negociados com o governo federal, segundo o presidente da Alcan
Alumínio do Brasil, João Beltran Martins. O governo rejeitou a
idéia e determinou que o setor terá de economizar 25% de seu consumo.
Os empresários, no entanto, conforme informou um dos negociadores
do grupo que reúne as quatro grandes do setor - Alcan, Alcoa,
Valesul e Billinton -, continuam interessados em negociar com
o governo. (Gazeta Mercantil - 28.05.2001)
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3- Forças Armadas lideram gastos com energia no governo |
Os
comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são os campeões
de gastos em energia elétrica no governo federal. De janeiro a
maio de 2001, a conta de luz desses três órgãos chegou a R$ 27,6
mi, cerca de 25% da fatura da União. No ano 2000, a Marinha foi
quem mais gastou: R$ 32,7 mi. O Exército e a Aeronáutica gastaram,
respectivamente, R$ 28,9 mi e R$ 26,3 mi. O consumo total do governo
foi de R$ 346,3 mi. O Ministério da Fazenda está em quarto lugar
no ranking dos gastadores. Em 2000, o consumo foi de R$ 19,8 mi.
(Correio do Povo - 28.05.2001)
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4- Votorantim prevê prejuízo de R$ 160 mi |
A Votorantim, líder no mercado de cimento brasileiro, prevê prejuízo
de R$ 160 mi no final de um ano de produção com a crise energética.
A informação foi dada pelo vice-presidente do conselho administrativo
do grupo, Antônio Ermírio de Moraes, em entrevista à Rádio CBN.
O empresário disse que fará um grande esforço para não demitir
pessoal. Ele afirmou que está tentando transferir funcionários
de uma área para a outra para ter um melhor aproveitamento das
linhas que serão obrigadas a cortar a produção. A Votorantim deverá
abrir um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para atingir pelo
menos 100 de seus 4 mil empregados. (Globo On Line - 28.05.2001)
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1- Nova tentativa de fusão entre Endesa e Iberdrola
frustrada |
Os presidentes da Iberdrola e da Endesa mantiveram contatos recentemente
para tentar reavivar a fracassada fusão entre as empresas. Além
disso, membros do governo espanhol foram contatados para ficarem
cientes de que a esperança de materialização do projeto ainda
não morreu. Entretanto, o Ministro da Economia espanhol, Rodrigo
Rato afirmou que as elétricas devem ser eficientes com uma melhor
gestão e não somente às custas do consumidor e das margens de
lucro, antecipando assim, que não permitirá mais mudanças no setor
para breve. Com as negativas, as empresas se vêem de mãos atadas
no mercado espanhol, restando como única solução a expansão no
exterior. (El Mundo - 28.05.2001)
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2- Disputa da Enron da na Índia é intensificada |
A disputa entre a gigante Enron e a elétrica estatal indiana MSEB
foi intensificada antes da reunião marcada para amanhã, 29.05.2001,
para se discutir o futuro do controverso projeto de US$ 2,9 bi.
O maior problema está concentrado nas tarifas a serem cobradas
pela norte-americana, consideradas baixas pela empresa e altas
pelo governo indiano. Os dois lados vêm se enfrentando há mais
de seis meses pelo projeto, que está sendo construído em duas
fases. A primeira fase, de 740 MW já está pronta e funcionando
enquanto a segunda, de 1.444 MW deve ser aprovada no próximo mês.
A MSEB se nega a comprar energia da segunda fase alegando que
é muito custosa e que as taxas deveriam ser menores. (Reuters
- 28.05.2001)
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3- México permite venda de energia excedente a geradoras
privadas |
O
ministro mexicano da Energia emitiu ordem que permite às existentes
donas de geradoras de energia vender energia excedente à Comissão
Federal de Eletricidade, elétrica estatal, dentro das regras do
Produtor Independente de Energia. A maior parte das empresas de
energia mexicana privadas são geridas maioritariamente por mexicanos
ou corporações estrangeiras que geram energia para suprir suas
operações industriais. (El Economista - 25.05.2001)
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4- México prepara privatização |
Em breve o Congresso mexicano terá que aprovar ou não as reformas
propostas pelo governo no setor de energia. A intenção é abrir
o país para o investimento privado. A intenção não é privatizar
a CFE ou a Compania de Luz e Fuerza (que iriam ganhar maior autonomia)
e nem a Pemex (cujos impostos seriam reduzidos), mas sim formar
um setor misto com empresas privadas gerando energia, que seria
transmitida pelo Estado. O país precisa dobrar sua atual capacidade,
de 36000 MW, até 2008 para atender a demanda. O investimento necessário
é de US$ 59 bi. (El Economista - 24.05.2001)
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5- Windforce se fortalece |
Ex-executivos de grandes empresas de energia como Enron e Shell
lançam essa semana plano para atender a crescente demanda por
energia eólica. A Windforce, nova empresa do ramo, já está desenvolvendo
projetos de US$ 800 mi na Grécia, Letônia e Suécia. A capacidade
instalada desse tipo de energia em 2000 foi de 18500MW, ou 0,25%
de toda a produção mundial. Consultores afirmam que a produção
deve aumentar para 52000MW até 2005, sendo a Europa responsável
por 70% desse total. A União Européia pretende Ter 12% de sua
energia gerada por fontes renováveis. (Financial Times - 27.05.2001)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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