1- Governo volta atrás e permite ligações novas |
Em 24.05.2001, foi divulgada a resolução número seis da CGCE,
que permite às concessionárias de energia atender a pedidos de
novas ligações. O governo, no entanto, manteve a proibição para
as ligações de novas cargas industriais não contratadas até o
dia 16.05.2001, o que na prática atingirá em cheio os chamados
consumidores eletrointensivos. No atendimento às novas instalações,
não serão aprovados os pedidos para iluminação ornamental e de
propaganda, como as luzes para fachadas de prédios, chafarizes
e luminosos nos outdoors. O setor rural poderá se beneficiar com
a mudança das regras, desde que seja atribuída uma meta equivalente
a 90% do consumo de referência, que poderá ser o gasto médio correspondente
à classe e tipo de ligação ou então o consumo médio de instalações
similares. A CGCE concordou que poderão ser feitas novas ligações
de cargas comerciais e industriais, inclusive para a construção
civil, mas até 500 kVA, com meta de 80% do consumo de referência.
(Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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2- Instalação nova terá de adotar cota de consumo |
A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) recuou e
decidiu permitir que as distribuidoras façam ligações de novas
cargas comerciais e industriais, inclusive para a construção civil,
mas com restrições. As indústrias eletrointensivas e todas as
demais unidades que recebem energia em alta tensão (acima de 500
kVA) continuarão proibidas. "Havia necessidade de dar um sinal
de flexibilização das medidas radicais adotadas anteriormente.
A nova resolução beneficiará as pequenas e médias empresas, que
são intensivas em mão-de-obra", explicou o presidente de Itaipu,
Euclides Scalco, que também é integrantes da GCE. Em termos de
energia, 500 kWa corresponde a 600 residências que gastem 200
kW. A resolução nº 6 da GCE baixada, dia 24.05.2001, determina
que mesmo as novas ligações de cargas estão condicionadas ao cumprimento
de metas de consumo. Haverá um consumo de referência para as novas
ligações. A meta a ser fixada pelas distribuidoras será de 80%
dessa referência. (Valor - 25.05.2001)
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3- Indústrias terão cortes seletivos para indústrias |
A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica deverá divulgar,
no dia 25.05.2001, uma resolução que estabelece metas de redução
de 15% a 25% para os setores industriais. A relação completa é
a seguinte: na faixa de 25%, o governo enquadrará as empresas
que operam no segmento de não-ferrosos (cobre), além de alumínio,
metalurgia, gases industriais, soda-cloro, siderurgia não-integrada,
papel, ferro-ligas e cimento. Na meta de 20%, a Câmara relacionou
as empresas petroquímicas, siderurgia integrada, celulose, madeira,
móveis, mineração, pelotização, comércio, supermercados, hotéis
e uma categoria designada como 'outros ou não citados'. Os setores
de alimentos, bebidas, têxtil, couro, calçados, automóveis, autopeças
e bens de capital farão um esforço menor de reduzir o consumo,
pois a meta será de 15%. Quem descumprir a meta terá o fornecimento
de energia elétrica suspenso pela concessionária. (Gazeta Mercantil
- 25.05.2001)
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4- Cortes também vão atingir quem gasta menos de 100
kWh |
Os pequenos consumidores residenciais, com gasto mensal de até
100 kWh mês, também serão atingidos pelos cortes de energia. Segundo
o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, esse
público não poderá exceder a média de consumo dos meses de maio,
junho e julho de 2000. Eles estão fora do cumprimento da meta
de redução de 20% sobre a média. Mas se esses consumidores gastarem
mais do que a média, estarão sujeitos a cortes. Isso significa
que o consumidor que tiver um consumo médio de 90 kWh por mês
equivalente ao gasto de uma geladeira ligada 24h por dia durante
30 dias, não poderá exceder essa média. O problema é que esses
consumidores já consumem tão pouco que existem poucas meditas
a ser adotadas para não exceder a média mensal de gastos com energia.
Pelos números da Câmara de Gestão da Crise de Energia, 39% dos
consumidores residenciais das regiões Sudeste, Centro-Oeste e
Nordeste consomem até 100 kWh por mês. (Folha Online - 25.05.2001)
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5- Resolução da CGCE define casos de consumidores com
excepcionalidades |
A resolução número cinco da CGCE definiu os casos de consumidores
com excepcionalidades, para os quais as distribuidoras deverão
dar um tratamento especial. Nos casos de ligações residenciais
feitas após julho de 2000, por força de mudança de endereço o
cálculo das metas utilizará qualquer período que tenha registrado
consumo regular dentro dos últimos 12 meses. Caso não seja possível,
a distribuidora observará a média do consumo do interessado no
endereço antigo, o consumo médio correspondente à classe residencial,
ao tipo da ligação ou então a média de consumo de residência similar.
Também será possível que as distribuidoras retirem do cálculo
da média de consumo o período de consumo atípico em decorrência
de férias ou viagens ou dados errados de leitura dos medidores,
defeitos, fraudes ou desvio de energia elétrica. Consumidores
residenciais que tenham necessidade absoluta de continuidade do
serviço de energia elétrica, por motivo de saúde, não poderão
ter a eletricidade desligada, desde que sejam apresentadas provas
à distribuidora. (Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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6- CGE decide sobre suspensão dos contratos iniciais
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A Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGE) se reúne no dia 25.05.2001,
com as distribuidoras e geradoras para definirem sobre proposta
do governo de suspender os contratos iniciais feitos entre as
empresas. O objetivo da reunião é avaliar as medidas que podem
ser adotadas para as empresas dividirem os riscos da energia contratada
e da energia comercializada no MAE. (Canal Energia - 25.05.2001)
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7- Governo admite repassar custo do racionamento para
as tarifas de 2002 |
O preço do racionamento de energia poderá ser repassado para as
tarifas de energia, no reajuste de 2002. O advogado-geral da União,
Gilmar Mendes, admitiu, dia 24.05.2001, que o repasse para as
tarifas poderá ocorrer. O principal argumento das empresas para
pleitearem índices extras de reajuste é a manutenção do equilíbrio
econômico e financeiro. Segundo Mendes, o reajuste terá que ser
analisado no caso de cada distribuidora, caso o percentual do
que for arrecadado com a sobretaxa não seja suficiente para cobrir
os custos das distribuidoras com o racionamento. A Câmara de Gestão
da Crise de Energia definiu que as distribuidoras ficarão com
2% das sobretaxas para cobrirem os custos adicionais com a execução
das medidas de racionamento. O restante dos recursos será utilizado
para o pagamento de bônus a quem reduzir o consumo de energia
a partir do dia 04.06.2001. (Folha Online - 25.05.2001)
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8- Medida Provisória não pode desrespeitar contratos |
Distribuidoras e grandes consumidores de energia prejudicados
pelas medidas de racionamento podem recorrer à Justiça alegando
que nenhuma lei, medida provisória ou resolução pode desrespeitar
um 'ato jurídico perfeito', como seriam os contratos firmados
no setor. Além disso, ainda há outros argumentos para contestar
o plano do governo federal, apesar das mudanças na medida provisória
do racionamento, reeditada no dia 23.05.2001 para remover obstáculos
jurídicos. Na noite de 24.05.2001, por exemplo, foi concedida
liminar pelo juiz da 2ª Vara da Justiça Federal de Marília (SP),
Salem Jorge Cury, suspendendo , em todo o País, o corte de energia
e a tarifa adicional para quem não cumprir as cotas de racionamento.
Cury concedeu a liminar a uma ação civil pública apresentada pelo
procurador da República Jeferson Dias. (Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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9- OAB prepara ações públicas contra o plano |
Segundo avaliação do presidente do Conselho Federal da OAB, Rubens
Approbato Machado, a Medida Provisória que traça as regras para
o plano de racionamento de energia elétrica é inconstitucional,
principalmente no artigo que impede a aplicação do Código de Defesa
do Consumidor nas ações judiciais, e deixa evidente que o governo
pretendeu afastar o Judiciário da sua apreciação. Machado anunciou,
no dia 24.05.2001, que no dia 28.05.2001 a entidade estará com
um modelo de ação civil pública pronto, em cada uma de suas 27
seccionais nos estados, para contestar judicialmente o plano.
O modelo de ação está sendo elaborado desde 24.05.2001 pela Comissão
de Estudos Constitucionais da OAB, convocada extraordinariamente
também para estudar os termos da Ação Direta de Inconstitucionalidade
(Adin) que a entidade cogita impetrar no STF. Mas a ordem vai
aguardar os efeitos práticos das medidas do governo ou mesmo possíveis
alterações que sanem a inconstitucionalidade da medida provisória
para dar largada à Adin. (Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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10- Câmara cria grupo especial para estudar corte |
No dia 24.05.2001, foi divulgada a resolução número sete da Câmara
de Gestão da Crise de Energia Elétrica, que criou um grupo especial
para preparar o programa de corte de fornecimento, se o 'apagão'
for necessário em conseqüência do fracasso da atual estratégia.
'Não queremos chegar ao corte. O plano busca a racionalização
do sistema elétrico, mas, pela própria responsabilidade da Câmara
de Gestão, faremos um plano preventivo para a eventualidade de
ter que cortar', justificou Euclides Scalco, presidente da Itaipu
Binacional e um dos coordenadores da câmara. O grupo de preparação
tomará posse no dia 28.05.2001. Será formado por Paulo Gomes,
do ONS, Hélio Puttini Junior, superintendente de Fiscalização
dos Serviços de Eletricidade da Aneel e quatro especialistas que
trabalham em concessionárias de transmissão e distribuição: Celso
Cerchiari (que coordenará o grupo), Frederico Maranhão, Reni da
Silva e Antoninho Borghi. (Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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11- Feriado pode ser alternativa para economizar energia
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O
governo estuda adotar o feriadão nas sextas ou segundas-feiras,
como forma de economizar energia. A possibilidade foi admitida,
dia 24.05.2001, pelo coordenador da Câmara de Gestão da Crise
de Energia Elétrica (GCE) e ministro da Casa Civil, Pedro Parente.
Ele confirmou que o governo encomendou estudos nesse sentido às
empresas geradoras e distribuidoras sobre qual seria a economia
de energia se os trabalhadores tivessem um dia de folga por semana
além dos sábados e domingos. A adoção de um feriado semanal, como
forma de redução do consumo, foi defendida por economistas, entre
eles o professor da Universidade Federal de São Paulo (USP), José
Augusto Arantes Savazini, para quem a sobretaxa de 200% é pouco
para garantir uma economia de 20% no consumo de energia, conforme
quer o governo federal. (Jornal do Brasil - 25.05.2001)
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12- Nordeste e Sul podem ser incluídos |
O presidente do ONS, Mário Santos, afirmou, no dia 24.05.2001,
que, na próxima reunião do conselho da entidade, marcada para
o dia 30.05.2001, será discutida uma proposta para a inclusão
das regiões Norte e Sul no programa de racionamento. Contudo,
caso o Sul e o Norte sejam incluídos no plano racionamento, ainda
serão demandadas algumas semanas até que as regiões efetivamente
restrinjam o uso da energia elétrica pois, afinal, os reservatórios
do Sul e do Norte (usina de Tucuruí) estão vertendo água, isto
é, estão com a total capacidade de armazenagem. Se o racionamento
ocorrer nas duas regiões, será feito provavelmente por volta de
julho de 2001, de acordo com especialistas do setor elétrico.
(Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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13- Norte deve entrar no racionamento |
A afluência de água para o rio São Francisco está em 41% da média
dos últimos 70 anos, afirmou o presidente do ONS. A câmara de
gestão da Crise Energética (GCE) criou, dia 24.05.2001, o Grupo
de Preparação do Programa de Corte de Carga, pois o racionamento
deve ser estendido à região Norte em julho de 2001. Devido à falta
de água os reservatório das hidroelétricas do Nordeste estão com
28,52% de sua capacidade de armazenamento, quando o mínimo seria
de 31%. Se a situação se agravar, alertou o presidente do ONS
"poderemos partir para cortes gerais ou para cortes juntamente
com o sistema de cotas". A situação do Nordeste será a responsável
pela entrada do Norte no racionamento, pois esta região tem excedente
de 1100 MW que envia para a vizinha. A inclusão acontecerá para
que o consumo diminua e esse excedente possa continuar a ser enviado.
(Valor - 25.05.2001)
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14- ONS afirma que situação no Nordeste é mais difícil
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Mário Santos, presidente do ONS, disse, no dia 24.05.2001, que
a situação na região Nordeste é mais difícil do que a do Sudeste
e do Centro-Oeste. Isto porque o nível médio dos reservatórios
é de 28,52%, quando o próprio ONS acreditava que, nesta época
do ano, deveria atingir pelo menos 31%. A afluência, quantidade
de água armazenada nas usinas, alcançou 41%, enquanto a expectativa
do ONS era de 73%. No Sudeste, a afluência atual é de 71%, mas
a expectativa da empresa era de 75%. 'O rio São Francisco não
vai nada bem', afirmou o presidente da ONS. Entretanto, Santos
acredita que ainda é possível reverter o quadro na região. 'A
má situação do Nordeste não quer dizer que vamos mudar a terapêutica
das cotas. Nós estamos apostando que isso dará certo', salientou,
afirmando que 'o Nordeste não será desligado' para preservar o
parque industrial instalado na região Sudeste. (Gazeta Mercantil
- 25.05.2001)
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15- Risco de racionamento continua no MS |
A termelétrica da Gerasul, situada em Campo Grande e com potência
de 70 MW, funcionará com o gás natural boliviano já no início
de junho de 2001, mas não resolverá o problema do racionamento
de energia no Mato Grosso do Sul. A má notícia é do presidente
da Enersul, Francisco Luiz Sibut Gomide. De acordo com Gomide,
a auto-suficiência virá somente com a instalação de uma nova usina
em Campo Grande, 262,6 MW, com funcionamento previsto para 2003,
com a construção de outra em Corumbá, 88 MW, e uma em Três Lagoas,
240 MW, cujas obras devem terminar em janeiro de 2002. No total
são 590 MW. Os investimentos nesses projetos alcançam US$ 330
mi e envolvem a Petrobras, US$ 153 mi, Duke Energy, US$ 27 mi,
e Enersul, US$ 150 mi. (Gazeta Mercantil - MS - 25.05.2001)
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16- Indústria gaúcha será afetada com energia racionada
no Sudeste |
Estudo divulgado, dia 24.05.2001, pela Fiergs revela que os setores
metalúrgico, têxtil e de borracha vão sofrer os maiores efeitos
do racionamento de energia, que reduzirá o consumo nas regiões
Sudeste e Centro-Oeste. São setores que mantém relações comerciais
mais estreitas com os demais estados do País, especialmente os
do Sudeste. O presidente do Sindicato da Indústria de Artefatos
de Borracha do Estado, Geraldo Fonseca, reconhece que a indústria
gaúcha não ficará imune ao cenário de desaceleração que se vislumbra
para o conjunto da economia nacional. Porém, ressalva que o impacto
se dará com pesos diferentes em cada empresa, de acordo com o
tipo de produto e os mercados predominantes. A dificuldade de
fornecimento de matéria-prima, por sua vez, seria mais facilmente
contornada por meio de importações, mesmo com os preços elevados.
"O custo mais alto da matéria-prima é não ter matéria-prima disponível",
afirma Fonseca. (Gazeta Mercantil - RS - 25.05.2001)
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17- Falta mão-de-obra para cortar luz |
A maior parte das distribuidoras de energia não está preparada
para fazer os cortes de luz dos consumidores que não cumprirem
a meta de redução de 20%. Hoje, elas trabalham com sua capacidade
máxima e, para se adaptar ao racionamento, precisarão contratar
mais funcionários ou rever contratos com terceirizadas. A ABCE
(Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica)
informou que cumprir o plano do governo é inviável com a estrutura
atual. A associação estimou que, se 20% do total de consumidores
estivesse sujeito ao corte de luz, seria necessário multiplicar
por oito a estrutura atual. (Folha - 24.05.2001)
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18- Coelba só tem infra-estrutura para realizar 110
mil cortes por mês |
A Coelba tem infra-estrutura e equipamentos para realizar mais
50 mil cortes de energia por mês, além dos 60 mil que pratica
atualmente. "Mais do que isso, é impossível. Não temos equipamentos
e técnicos disponíveis", disse o diretor de coordenação territorial
da empresa, Wilson Couto. A Coelba tem 2,9 milhões de clientes
nos 417 municípios do Estado. "Acho que a Coelba está preparada
para atender todas as medidas impostas pelo governo. Se houver
a necessidade de realizar mais de 110 mil cortes por mês, então
a solução é mesmo o apagão", afirmou Wilson Couto. (Agência Folha
- 24.05.2001)
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19- Cerj está pronta para fazer 150 mil cortes de energia |
A direção da Cerj garante que tem estrutura e efetivo suficientes
para fazer até 150 mil cortes de fornecimento de energia por mês,
porém, os técnicos da Cerj não sabem precisar o número de cortes
que acontecerão após a implantação definitiva do plano de racionamento.
Normalmente, a média de cortes mensais que a companhia faz por
inadimplência é de cerca 70 mil. A Cerj tem 1,6 milhão de clientes.
Até o dia 04.06.2001 a companhia vai enviar para cada cliente
uma carta especificando qual deverá ser o seu consumo médio de
energia. (Jornal do Commercio - 24.05.2001)
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1- Eletrobrás planeja investir R$ 7 bi para aumentar
oferta de energia |
A Eletrobrás vai apresentar à Câmara de Gestão da Crise de Energia
um plano de R$ 7 bi para investimentos de emergência na expansão
da geração em mais de 2.000 MW, além de melhorar os sistemas de
transmissão de energia até 2003. Desse total, R$ 3 bi virão do
caixa das controladas da Eletrobrás, sendo que o quinhão de Furnas
é o maior: ela poderá gastar R$ 2 bi de seu caixa para alavancar
R$ 6 bi em investimentos junto com o setor privado. Já a Chesf,
Eletronorte e Eletrosul, juntas, poderão gastar R$ 1 bi, sendo
que desse montante, a Eletrosul fica com a menor fatia do bolo,
cerca de R$ 130 mi. Como o objetivo é acelerar a expansão até
2003, o plano da Eletrobrás não contempla a usina nuclear Angra
III e a nem a gigantesca hidrelétrica de Belo Monte, da Eletronorte,
que terá potência de 11.000 MW. (Valor - 25.05.2001)
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2- Investimentos diretos de Furnas somam R$ 2 bi |
Furnas Centrais Elétricas será um dos principais agentes no plano
emergencial para investimentos de estatais em geração e em linhas
de transmissão que a Eletrobrás está desenhando e apresentará
ao governo para ser aprovado no dia 30.05.2001. Nos projetos Furnas
sozinha deverá ficar responsável por R$ 2 bi de investimentos
em construção de hidrelétricas, desenvolvimentos de termelétricas
e também linhas de transmissão. Dos projetos que envolverão Furnas
mesmo que indiretamente, os investimentos somarão R$ 6 bi, dos
quais R$ 4 bi com a participação da iniciativa privada, segundo
fonte do governo. A lista preliminar de projetos indica que Furnas
ficará com quatro hidrelétricas, duas termelétricas e três linhas
de transmissão. Alguns projetos são novos e outros são retomada
de empreendimentos ou ampliação de capacidade de geração. A lista
inclui as hidrelétricas Simplício, no Rio de Janeiro com 346 MW;
São Salvador, no Tocantins com 280 MW; Couto Magalhães, no Tocantins
com 220 MW e Serra Facão, em Goiás com 210 MW. (Gazeta Mercantil
- 25.05.2001)
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3- Greve na Eletrobrás está marcada para 01.06.2001 |
Cerca de 30 mil funcionários do sistema Eletrobrás farão uma greve
de advertência no dia 01.06.2001. Os eletricitários reivindicam
um reajuste de 7% por perdas salariais, garantia de emprego e
melhores condições de trabalho. "Nos últimos oito anos, 100 mil
postos foram perdidos no setor", disse Luiz Gonzaga, presidente
da Federação Nacional dos Urbanitários. "A greve deve fragilizar
ainda mais o sistema. Mas isso não é uma ameaça, é uma constatação",
disse Gonzaga, lembrando que a pauta foi entregue ao governo antes
da crise de energia. No dia 23.05.2001, representantes dos grevistas
tiveram um encontro com o ministro do Trabalho, Francisco Dornelles,
para alertar o Governo sobre a greve no setor e discutir o programa
de racionamento. (Jornal do Commercio - 24.05.2001)
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1- Mercado quer bolsa eletrônica |
Diante da crise e da intervenção do governo no MAE, o mercado
começa a se movimentar para reformular o modelo que mal saiu do
papel. Executivos de distribuidoras e comercializadoras negociam
a criação de uma bolsa eletrônica de energia. A diferença estaria
na agilidade. Hoje, o MAE fixa preços por de 30 dias, refletindo,
mais do que a oferta e a procura, o risco de déficit. Por conta
disso, a tarifa da energia saltou de menos R$ 60,00, no início
do ano 2001, para R$ 684,00 o MW/h em maio de 2001. Na bolsa eletrônica,
os preços seriam fruto da demanda e da oferta e oscilariam por
dia, hora ou minuto. O leilão será da energia excedente ou da
energia nova, gerada depois da assinatura dos contratos iniciais.
O diretor da Asmae, Carlos Roberto Paschoal, anunciou que o novo
sistema de pagamentos do MAE será inaugurado em novembro de 2001,
após a conclusão da auditoria da Aneel na instituição. Em julho
de 2001, no entanto, já poderão ocorrer liquidações de contratos
do MAE, referentes ao período iniciado em junho de 1999. (Gazeta
Mercantil - 25.05.2001)
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2- Montadoras e autopeças vão criar Bolsa setorial
de energia |
As indústrias automobilística e de autopeças vão criar uma Bolsa
setorial de energia elétrica. Nessa Bolsa, as empresas que tiverem
sobra de energia poderão vender o excedente para outras quem precisam
de energia para manter as metas de produção. É mais fácil fazer
esse tipo de negociação entre as empresas do próprio setor. Se
uma empresa reduzir seu volume de produção, por exemplo, terá
energia sobrando para vender para outra, disse o presidente do
Sindipeças, Paulo Burtori. Segundo o secretário de Energia de
São Paulo, esse tipo de acordo bilateral é muito conveniente para
o setor automobilístico. De acordo com resolução da Câmara de
Gestão da Crise de Energia que será publicada nos próximos dias,
as indústrias do setor terão de cumprir uma meta de redução de
15% do consumo de energia. (Folha - 25.05.2001)
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3- Governo vai expandir bolsa de energia |
O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, informou, dia
24.05.2001, que os consumidores que estão ligados em redes de
alta tensão (acima de 13,8 KV), o chamado grupo A, poderão negociar
a compra ou a venda da energia economizada no MAE. Hoje, o MAE
só está disponível para os chamados consumidores livres (aqueles
que estão ligados a uma tensão de 69 KV). Os consumidores do grupo
B (abaixo de 13,8 kV) poderão negociar sua economia de energia
com suas respectivas distribuidoras ou com outras empresas. Em
reunião com representantes de montadoras, autopeças e sindicatos
na sede do Sindipeças, em São Paulo, Arce informou que a meta
de economia do setor automotivo é de 15%. As empresas do setor,
completou o secretário paulista, também poderão negociar entre
si as economias de energia para que todos fiquem dentro da meta
do racionamento. "A idéia é fazer um leilão mesmo, aberto para
os consumidores do grupo A", afirmou Arce. Segundo ele, essa negociação
de cotas já está prevista no plano de racionamento do governo
e deverá estar regulamentada até a semana que vem. (Globo On Line
- 24.05.2001)
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4- Valesul Alumínio pode comercializar energia no MAE |
A Valesul Alumínio não descarta a possibilidade de comercializar
energia no MAE, embora admita que não tem excedentes. Segundo
o diretor industrial da empresa, Carlos Augusto Góes Mesquita,
a decisão partirá dos acionistas do grupo. A Valesul possui atualmente
quatro PCHs com capacidade para gerar 62 MW, o que significa que
atende apenas 20% da necessidade da empresa. Segundo Mesquita,
elas servem para diminuir a dependência pela energia fornecida
pela distribuidora no horário de ponta, quando as tarifas são
cinco vezes mais altas. Caso o grupo decida comercializar no MAE
esta energia, a saída será reduzir a produção. 'A decisão partirá
dos acionistas e será uma posição responsável já que, se for vendida
esta energia, o contingenciamento na empresa terá que ser ainda
maior que os 25% exigidos pelo governo.' (Gazeta Mercantil - 24.05.2001)
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5- Indústria de soja estuda paralisar a produção e
passar a vender energia |
Maior indústria nacional de soja, a Caramuru Alimentos estuda
medidas drásticas para enfrentar um possível apagão: fechamento
temporário de suas unidades esmagadoras, o decreto de férias coletivas
para os funcionários e a venda da energia proveniente do seu sistema
de co-geração da sua maior unidade, a de São Simão (Goiás). Segundo
o diretor da companhia, César Borges, essas medidas seriam adotadas
caso a indústria for obrigada a reduzir em mais de 10% o seu consumo
de energia. A unidade de São Simão é auto-suficiente em energia
há cinco anos, pois a empresa resolveu investir no sistema de
co-geração, uma vez que não confiava no fornecimento da região.
Como funciona 24 horas por dia, a esmagadora precisa de energia
contínua. "Não podemos operar no liga e desliga", diz Borges.
(Folha Online - 25.05.2001)
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6- Distribuidoras podem ficar sem contratos com geradoras |
Se até 2003 demanda e oferta de energia não estiverem equilibradas,
as geradoras podem preferir vender energia no mercado atacadista
a firmar contratos com as distribuidoras. O alerta é de Luiz Maurer,
presidente da Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores
de Energia Elétrica. Segundo ele, com as distribuidoras mais vulneráveis
ao mercado atacadista, a crise brasileira será semelhante à da
Califórnia. (Jornal do Brasil - 24.05.2001)
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1- Crise pode afetar rolagem de dívida das empresas
do setor |
A crise de energia elétrica já ameaça de forma concreta a saúde
financeira das empresas do setor, principalmente aquelas que precisam
rolar dívidas nos próximos meses. O racionamento deve implicar
na diminuição das receitas das empresas elétricas, que já vêm
assistindo a sua dívida em dólar subir por conta da pressão no
mercado de câmbio. No pior cenário, essa perigosa conjunção poderá
provocar um descasamento entre o estoque da dívida e a geração
de caixa das empresas. A expectativa é de que as companhias terão
mais dificuldades, ao menos no curto prazo, em atrair os investidores
para comprar seus papéis no mercado local (debêntures e notas
promissórias) e externo (bônus). Caso aceitem comprar os papéis,
os investidores provavelmente pedirão taxas de juros maiores.
Algumas companhias do setor poderão também ser obrigadas a negociar
com os detentores de seus bônus possíveis (e prováveis, na opinião
da maioria) descumprimentos dos chamados 'covenants', espécie
de compromisso assumido pelo tomador de empréstimo com seu credor
ou donos de títulos de dívida. (Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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2- Celesc encontra dificuldades para rolar dívida de
US$ 61 mi |
O primeiro sintoma da situação delicada do setor foi emitido pela
Celesc, a companhia está tentando dar uma saída para evitar dar
calote em uma dívida de US$ 61 mi que vence no próximo dia 14
de junho. A Celesc está encontrando dificuldades para rolar no
mercado de capitais um euro commercial paper de US$ 61 mi. Nem
bancos nem investidores têm mostrado interesse na operação da
empresa, que ainda busca uma saída para a crise. (Gazeta Mercantil
- 25.05.2001)
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3- Para Eletropaulo, previsões são 'precipitadas' |
Para Orestes Gonçalves Jr., diretor-financeiro da Eletropaulo,
as previsões feitas até aqui sobre o impacto do racionamento nas
empresas, incluindo o da S&P, são 'precipitadas'. O reajuste das
tarifas - ainda não confirmado pelo governo -, e a atualização
do câmbio desse reajuste (está em R$ 1,80 o dólar desde julho
de 2000), vai deixar a situação financeira do setor mais fácil
de ser entendida. 'O fato é que a crise vai penalizar a todos,
inclusive quem fez a lição de casa, como nós', disse o executivo,
referindo-se ao refinanciamento da dívida da empresa iniciada
em 98. De acordo com o diretor da Eletropaulo, o prazo médio da
dívida da companhia aumentou de nove meses para 2,3 meses e o
custo foi reduzido, de até 27% ao ano para cerca de 8%. A dívida
total da Eletropaulo é de R$ 3,9 bi, sendo que 75% são denominadas
em dólares. (Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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4- Cemar lança R$ 150 mi em debêntures |
Fora do racionamento, por enquanto, a Companhia Energética do
Maranhão (Cemar) está lançando R$ 150 mi em debêntures com prazo
de cinco anos. No dia 25.05.2001 será realizado em SP o segundo
'road show' da operação para investidores. O primeiro ocorreu
no dia 24.05.2001 no Rio. Segundo Eduardo Feldmann Costa, presidente
da empresa, os recursos vão pagar CDI mais 1% ao ano com repactuação
anual e servirão para rolar dívidas de R$ 100 mi. Os restantes
R$ 50 mi serão aplicados em investimentos previstos para 2001.
A operação é liderada pelo Dresdner Kleinwort Wasserstein. 'Não
seremos afetados num primeiro momento pelo racionamento, mas precisamos
deixar a empresa preparada para turbulências', disse. (Gazeta
Mercantil - 25.05.2001)
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5- S&P revisou classificação da Light e Eletropaulo |
No dia 24.05.2001 a agência de classificação de risco norte-americana
Standard & Poor's (S&P) anunciar que revisou, de estável para
negativa, as perspectivas, em moeda local, das companhias distribuidoras
Light e Eletropaulo. A alteração é 'resultado direto da crise
de energia no Brasil e do objetivo do governo brasileiro de reduzir
o consumo de energia elétrica em cerca de 20%', afirmou a agência.
A expectativa da S&P é a de que as vendas de energia sejam reduzidas,
no mínimo, em 10% (com um impacto menor nas margens de lucro nas
vendas para meio ano) e de que o real seja desvalorizado cerca
de 10% em relação ao dólar em 2001. A S&P acrescenta que 'a maioria
das companhias de energia brasileiras apresenta parte substancial
de suas dívidas em títulos em dólar'. Além disso, 'a concentração
de vencimentos no curto prazo dos títulos das companhias nos leva
a concluir que a maioria delas enfrentará algum risco de refinanciamento
em 2001'. (Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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6- Investidor foge do risco e vai para fundo DI |
A turbulência no mercado nacional está levando os investidores
a fugir do risco. No mês de maio, os fundos de renda fixa repetem
o movimento verificado em abril e continuam perdendo recursos.
Já os fundos DI têm recebido novas aplicações. Até o último dia
18 de maio, os fundos de renda fixa tiveram perda líquida de recursos
de R$ 1,4 bi, segundo dados da Invest Tracker Thomson Financial.
Já nos fundos DI, as captações superaram os resgates em R$ 1,1
bi. Os números sugerem que houve migração de fundos de renda fixa
para os fundos DI. Os fundos de renda fixa podem registrar rentabilidade
negativa em caso de elevação das taxas de juros. Portanto, são
mais arriscados que os fundos DI, que por serem compostos de títulos
pós-fixados não sofrem com a alta das taxas. Como se esperava
uma elevação dos juros na última reunião do Copom e as taxas subiram
no mercado futuro, muitos investidores resolveram sacar os recursos
da renda fixa. Os investidores têm se assustado também com a alta
do dólar, por conta das dificuldades econômicas na Argentina e,
também, com o racionamento de energia - que terá como impacto
o aumento da inflação. (Valor - 25.05.2001)
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7- Bird libera US$ 404 mi para o Brasil |
O governo brasileiro já tem garantido o desembolso de US$ 1,16
bi em empréstimos do Bird para 2001 para financiar pagamentos
da dívida pública externa e, consequentemente, ajudar no financiamento
do BP do país. A aprovação da segunda operação de crédito deste
tipo, no valor de US$ 404,04 mi, foi anunciada no dia 24.05.2001
pelo Ministério da Fazenda. No início de 2001, a direção do Bird
já tinha aprovado um crédito de US$ 757,58 mi, dinheiro que agora
só depende de autorização final do Senado para entrar direto nas
reservas cambiais do BC. Os vencimentos de dívida pública externa
de responsabilidade federal - que o Banco Mundial ajudará a financiar
- totalizarão este ano cerca de US$ 10,2 bi. As amortizações correspondem
US$ 4,2 bi e o resto a juros. Além de contar com crédito do Bird,
o governo tem captado recursos externos via emissão de novos bônus
de dívida no mercado internacional para fazer frente a tais compromissos.
Até agora, foram captados desta forma US$ 5 bi. O secretário de
Assuntos Internacionais do Ministério, Marcos Caramuru, destaca
que já está negociando com o Bird novos empréstimos, pois do limite
previsto no orçamento daquele organismo para o Brasil ainda restam
US$ 900 mi, dinheiro que precisa ter sua liberação aprovada até
junho de 2002. (Valor - 25.05.2001)
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8- Argentina faz megaswap de até US$ 20 bi |
A Argentina iniciou finalmente no dia 24.05.2001 a troca de sua
dívida, pela qual espera adiar o pagamento de US$ 17,7 bi de vencimentos
até 2005 e assim atenuar os temores do mercado sobre um eventual
calote. A Argentina emitirá para a troca dos bônus globais com
vencimento em 2008 um na moeda local e outro em dólares - um papel
global com amortização em 2018 - e um terceiro nas mesmas condições,
mas com validade até 2031. Também emitirá uma nota promissória
em dólares de cinco anos, que, diferentemente dos bônus globais,
pagará juros mensais e a taxa flutuante. Por outro lado, o novo
bônus tem domicílio legal na Argentina. Em troca destes títulos
a equipe encabeçada por Domingo Cavallo, pretende receber dos
investidores uma grande variedade de papéis que incluem bônus
Brady, como o FRB, o Discount e o Par (todos denominados em dólares)
e outros como o Bocon, cotados em pesos. Além disso, o governo
procura resgatar do mercado notas promissórias e bônus do Tesouro.
Neste contexto, o risco país argentino caiu 16 pontos base, fechando
a 921 pontos base. O índice Merval, que reúne as principais ações
das empresas registradas na bolsa argentina, permaneceu quase
neutro: subiu apenas 0,01%. (Gazeta Mercantil - 25.05.2001)
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9- BC intervém no mercado, mas dólar volta a fechar
em alta |
O BC conseguiu restringir a especulação no pregão do dia 24.05.2001
e estancar a alta do dólar com a venda de títulos cambiais. Depois
do leilão de R$ 1 bi em papéis atrelados à variação do dólar,
a cotação da moeda norte-americana, que chegou a R$ 2,369, recuou
e fechou praticamente estável, com leve alta de 0,08%, negociada
R$ 2,348, na venda. O mercado ansiava por dólares para 'hedging'
e a demanda no leilão foi quase três vezes - R$ 2,997 bi - maior
do que a oferta. Com a forte demanda no leilão, a autoridade monetária
conseguiu selecionar as propostas das instituições financeiras
com as menores taxas de juros. Os títulos terão rentabilidade
média anual de 8,35% mais a variação cambial no período. Na última
venda de papéis semelhantes, em 15 de maio, a taxa de juros havia
ficado em 8,84% ao ano. Esta foi a quinta vez em 2001 que o BC
vendeu dólares para estancar a desvalorização do real que já está
acumulada em 20,35%. No total, a autoridade monetária já gastou
R$ 5,5 bi com as intervenções. A primeira delas foi em 15 de março
(US$ 290 mi), depois nos dias 19 e 20 de maio (R$ 2,8 bi em títulos
cambiais) e em 20 de abril (R$ 1,06 bi em papéis). (Gazeta Mercantil
- 25.05.2001)
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10- CEF lança linha de crédito de R$ 100 mi para energia
solar |
A Caixa Econômica Federal lançou no dia 24.05.2001 uma linha de
crédito de R$ 100 mi para financiar a compra de aparelhos residenciais
de aquecimento solar. O equipamento, que inclui placas solares,
tubulações e reservatório, permite abastecer a casa com água aquecida
para o chuveiro. A economia de energia com o aparelho pode chegar
a 80 KW/h, ou R$ 22, por mês, em uma casa com cinco pessoas que
tomam banhos diários de até dez minutos. Segundo técnicos da Caixa,
os recursos da linha de crédito serão suficientes para atender
a cerca de 125 mil residências. (O Globo - 24.05.2001)
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1- Detalhes atrasam definição de regras para termoelétricas |
Não houve consenso das áreas do governo quanto à solução para
o risco cambial das termelétricas a gás. A divulgação da resolução,
pronta há dois dias, fica para a próxima semana, pois a Petrobras
tem apresentado resistências. Caberá à petroleira assumir o risco
por 15 anos, sendo que nos primeiros 10 anos sobre a totalidade
do gás com preço assegurado. Nos anos seguintes, aplicará um redutor
de 20% ao ano sobre o volume de gás com risco cambial assegurado.
O gás hoje é cotado a US$ 2,475 por metro cúbico. O preço vai
passar para US$ 2,581 e convertido para o valor em reais do dia
em que começar a valer a nova regra. Esse valor será fixo por
um ano e depois será corrigido pela nova regra. A regra de correção
será válida até que se atinjam 40 milhões de metros cúbicos ou
até o final de 2003. Isso para estimular investimentos em 49 térmicas.
Falta apenas saber se o governo aplicará ou não correção pelo
IGP-M para o gás nacional. A variação será repassada ao consumidor
final. (Valor - 25.05.2001)
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1- Indústria de alumínio teme repassar cota a concorrentes |
A indústria do alumínio, com cinco fábricas afetadas pelo racionamento
no Sudeste e Nordeste, não concorda em cortar suprimento de energia
acima de outros setores e ter suas cargas negociadas no MAE. "Estamos
numa crise de falta de água e energia, por isso temos de poupar
os reservatórios e não entrar no negócio de comercialização",
disse João Beltran Martins, presidente da divisão de alumínio
primário da Alcan Brasil. Desde que seja compensada financeiramente
- para arcar com empregos, custos de desligamento e religamento
de fornos e continuidade de investimentos futuros -, a indústria
está disposta a disponibilizar excedentes voluntários que seriam
comprados pelo governo (Eletrobras ou ONS) a preço constante,
balizado nas tarifas do MAE. Com a ressalva de que o corte seja
para poupar os já baixos reservatórios de água das usinas. O temor
é que essa energia vá suprir as linhas de produção dos concorrentes
- fabricantes de aço, plásticos, vidro e papelão -, que brigam
com o alumínio em vários setores, como embalagens e automotivo.
O corte de 25% significaria perda de receita de US$ 255 mi. (Valor
- 25.05.2001)
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1- México pode expandir exportações de energia para
os EUA em quatro vezes |
O incremento do energia no Estado mexicano da Baixa Califórnia
permitirá o aumento das exportações de energia para a Califórnia
dos atuais 100 MW para 400 MW a partir de julho, anunciou o Ministro
da Energia mexicano Ernesto Martens. Entretanto, afirmou que esse
aumento pode depender da disponibilidade da capacidade das linhas
de transmissão. O Ministro assegurou que o país não sofrerá crises
semelhantes a dos EUA ou a do Brasil, pois o setor não estaria
sujeito a faltas de água ou má regulamentação. (BNAmericas - 24.05.2001)
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2- Venezuela abre seu mercado de gás |
O Ministério de Minas e Energia da Venezuela revelou que 36 empresas
competirão para conseguir algumas das licenças do processo de
abertura do setor de gás. Dessas, 11 são nacionais e 25 estrangeiras,
entre elas a TotalFinaElf, YPF e Chevron. O total depositado pelas
empresas qualificadas foi de US$ 680.500 e a distribuição das
cotas de participação resultou em apenas 19 participantes em todas
as áreas de licitação. São esperados investimentos entre US$ 6
mi e 13 mi, com a geração de pelo menos 8 mil empregos diretos.
O anúncio das ganhadoras será feito em 29 de julho. (Enervia -
24.05.2001)
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3- Central Guemes investirá US$ 120 mi |
A
central térmica de Guemes, na Argentina, iniciou seu plano de
expansão que deverá dobrar sua capacidade de geração de energia
para suprir a província de Salta e outras áreas. O investimento
deve ser da ordem de US$ 120 mi. A indústria tem produção de 260
MW no momento e está interessada em empresas relacionadas à produção
de gás. A crise energética brasileira e o anúncio da inauguração
de linha de transmissão ligando o Nordeste ao Noroeste argentino.
A linha de transmissão deve custar US$ 240 mi. A Guemes assinou
contrato com a Endesa de cinco anos estabelecendo preço de US$
28,20 por MW. (La Nación - 22.05.2001)
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4- Califórnia será avisada 48 horas antes de blecautes |
A comissão de energia da Califórnia e as empresas elétricas deverão
avisar a população até dois dias antes de promoverem blecautes.
Os responsáveis pelo sistema de energia do Estado deverão precaver
os consumidores com 48 horas de antecedência e as empresas com
24 horas quando for necessário o corte de energia. O plano anterior,
elaborado pelos Operadores Independentes de Sistema, previa avisos
com 30 minutos de antecedência. Essa mudança é para que os consumidores
possam se preparar antecipadamente e para que a polícia possa
se programar. A Califórnia já enfrentou seis dias de blecaute
este ano e devem ter mais dias sem luz. (Associated Press - 25.05.2001)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
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pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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