1- Licitação para construção e exploração de novas
usinas atrai 55 empresas |
A
Aneel recebeu ao todo documentos de 55 empresas interessadas na
construção e operação de oito novas usinas no Brasil. O resultado
da pré-qualificação será divulgado no dia 07.06.2001, e o direito
à concessão será leiloado pela agência no dia 28.06.2001, na BVRJ.
Os documentos foram entregues em São Paulo, à Companhia Brasileira
de Liquidação e Custódia (CBLC). Somados, os investimentos nas
oito geradoras de energia elétrica totalizam R$ 3,5 bi. Elas serão
capazes de produzir 2,3 mil MW. Os contratos de concessão terão
duração de 35 anos e a compensação financeira ao longo deste período
será de R$ 20 mi. As oito usinas são: Fundão e Santa Clara (PA);
Corumbá III (GO); São Jerônimo (PA); Baú I (MG); Foz do Chapecó
(RS e SC); Serra do Falcão (GO); e de Peixe Angical (TO). Dentre
outros, apresentaram documentos de habilitação a Cataguazes-Leopoldina,
Desenvix, Copel, Logus Engenharia, Construtora Queiroz Galvão,
Coteminas, Guascor, CEB, CSN, AES, Cemig, CVRD, Brascan Energética,
Construtora Norberto Odebrecht, Construtora Andrade Gutierrez,
Engevix Engenharia, Duke Energy e Grupo Votorantim. (Gazeta Mercantil
- 23.05.2001)
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2- Plano de oferta prevê mais 10 mil MW |
A Câmara de Gestão da Crise de Energia começou a discutir, na
noite de 23.05.2001, o plano de oferta da energia elétrica elaborado
pelo ministro José Jorge, que estabelece condições para que o
Sistema Eletrobrás possa investir novamente em projetos de geração
e linhas de transmissão. A proposta estima em 10 mil MW a quantidade
de energia que será agregada ao sistema interligado nos próximos
18 meses, inclusive mediante a construção de usinas térmicas a
gás natural. Na agenda da reunião também estava prevista a discussão
da minuta sobre a forma como a Petrobras bancará a variação cambial
do gás natural. Em 18.05.2001, o ministro de Minas e Energia entregou
a Fernando Henrique Cardoso projeto sobre a criação da conta de
compensação da variação cambial do preço do gás natural importado
que prevê que os benefícios sejam estendidos só às usinas térmicas
que entrarem em operação comercial até 31.12.2003. (Gazeta Mercantil
- 23.05.2001)
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1- MP será reeditada para acelerar cortes |
O ministro Pedro Parente revelou, no dia 22.05.2001, que a Medida
Provisória que criou a Câmara de Gestão da Crise de Energia será
reeditada, para que seja possível incorporar um artigo que desobriga
as empresas de distribuição a cumprir o prazo de 15 dias, previsto
no Código de Defesa do Consumidor, para que os usuários do sistema
de eletricidade possam sofrer desligamentos pelos distribuidores.
Assim, a Resolução nº 4 prevê que os cortes poderão ser feitos
apenas 48 horas depois de as distribuidoras identificarem o descumprimento
das cotas assinalando que o racionamento será aplicado no Distrito
Federal e nos estados de SP, RJ, MG, ES, MT, GO, BA, SE, AL, PE,
PB, RN, CE, PI, na parte de TO atendida pelo sistema interligado
Sudeste/Centro-Oeste e na parte do MA atendida pelo sistema interligado
Nordeste. No caso de MS, que é abastecido com parte da energia
produzida no Sul do País, livre do racionamento, e parte do Sudeste,
com racionamento, a redução do consumo será de apenas 10% e não
20%. (Gazeta Mercantil - 23.05.2001)
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2- Cortes atingirão primeiro maiores consumidores |
O governo reconheceu, com o anuncio da Resolução nº 4 da Câmara
de Gestão da Crise de Energia Elétrica, feito pelo ministro Pedro
Parente, no dia 22.05.2001, que as distribuidoras não têm estrutura
para cortar o fornecimento de eletricidade de todos os consumidores
residenciais que ultrapassarem as cotas previstas no racionamento.
Assim, a resolução estabelece um critério de prioridade: os desligamentos
serão efetuados de modo decrescente, ou seja, serão cortados em
primeiro lugar aqueles usuários que ultrapassarem mais os limites.
(Gazeta Mercantil - 23.05.2001)
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3- Metas serão contadas a partir do dia 04.06.2001 |
Segundo explicou o ministro Pedro Parente, as metas do plano de
racionamento serão contadas a partir de 04.06.2001, e não mais
01.06.2001, a pedido das distribuidoras. Para efeito da sobretaxa,
o que conta não é o mês-calendário e, sim, o período entre as
leituras dos medidores. Exemplo: quando for feita a leitura num
relógio de luz no dia 04.06.2001, o consumidor receberá um aviso
alertando-o para a possibilidade de cobrança da sobretaxa caso
não cumpra a cota. Um mês depois, quando for feita nova leitura,
se for o caso será acusada a ultrapassagem da cota. No primeiro
caso de descumprimento do limite, a punição será de três dias
de corte da energia; em caso de reincidência, de quatro a seis.
Os cortes efetivos, contudo, só ocorrerão a partir de julho de
2001, de acordo 'com a capacidade de cada distribuidora', disse
Parente. Para os consumidores residenciais e comerciais de baixa
tensão os limites serão comunicados pelos distribuidores por carta,
até o dia 04.06.2001, ou então pelos funcionários responsáveis
pela leitura dos medidores, por ocasião das visitas aos usuários
ao longo de junho de 2001. (Gazeta Mercantil - 23.05.2001)
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4- Indústria e comércio terão corte de 1 dia para cada
3% acima da cota |
O corte de energia para a indústria e comércio ligados em baixa
tensão será de um dia para cada 3% de ultrapassagem da meta estipulada
pelo governo federal. A economia para estes consumidores deverá
ser de 20% com relação à média de maio a julho de 2000. A informação
foi divulgada hoje pelo presidente da Comissão de Gestão da Crise
de Energia Elétrica, ministro Pedro Parente. Ele explicou que
os consumidores que economizarem mais energia do que a meta poderão
utilizar as 'sobras'' de um determinado mês para utilizar no futuro,
ou então vender o excedente ao mercado em leilões que serão regulamentados
pela Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica. Parente explicou
que as regras para os consumidores de alta tensão ainda não foram
detalhadas. O ministro lembrou que os grandes consumidores terão
de economizar entre 15% e 25%, conforme foi divulgado na última
sexta-feira pelo governo federal. Já os consumidores rurais, cuja
meta de redução de consumo é de 10%, terão sua energia elétrica
cortada por um dia para cada 6% de consumo que exceder a meta,
explicou Parente. (Agência Folha - 22.05.2001)
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5- Veto a novas ligações para indústria pode cair |
O governo deverá definir, em até um mês, se suspende a medida
que impede as distribuidoras de energia elétrica de fazerem novas
ligações de luz para a indústria e o comércio. A proibição consta
da primeira resolução da Câmara de Gestão da Crise Energética,
mas foi mal recebida pela indústria e pelo Congresso. O governo
define até o dia 25.05.2001 quais são os critérios para a redução
de consumo da indústria e do comércio que consome muita energia
- ligados à rede de alta tensão. (Folha - 23.05.2001)
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6- Empresas podem ter regras mais flexíveis |
O secretário de Energia do Estado de São Paulo e integrante da
CGCE, Mauro Arce, afirmou que o governo poderá flexibilizar as
regras para as companhias cumprirem as metas de redução do consumo.
Uma alternativa seria a criação de consórcios em que haveria a
definição da meta por cadeia produtiva. Assim, uma empresa poderia
reduzir mais e outra, menos. ''É o caso do setor automobilístico:
não adianta ter energia para fazer uma peça e não ter como fazer
o resto'', declarou Arce. (Folha - 23.05.2001)
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7- MP do racionamento sofre restrições no Congresso
e pode nem tramitar |
A medida provisória que trará as regras para a economia de energia
elétrica, com sobretaxa e previsão de cortes de fornecimento,
nem foi publicada no Diário Oficial da União e já sofre fortíssimas
restrições no Congresso. A MP do apagão, como é chamada, pode
nem sequer tramitar. O presidente do Senado, Jader Barbalho, disse,
no dia 23.05.2001, que, se algum parlamentar argüir a inconstitucionalidade
da medida provisória, pedirá um estudo jurídico à sua assessoria.
Se a conclusão for de que a MP fere a Constituição, determinará
o seu arquivamento. Deste modo, não terá nenhum valor jurídico:
acaba o plano de racionamento, pelo menos do jeito que tem sido
divulgado. (Gazeta Mercantil - 23.05.2001)
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8- AGU traça estratégia para barrar liminares contra
racionamento |
A AGU (Advocacia Geral da União) mobilizou toda a sua estrutura
para defender na Justiça as medidas do racionamento de energia
elétrica. Ao todo, são 600 advogados e 62 procuradores da União,
em todo o país. A AGU orientou os procuradores regionais da União
em todo o país a ingressarem como assistentes nas ações contra
o plano em que as rés sejam as centrais elétricas (e não a União).
A AGU vai tentar transferir para a Justiça Federal as ações que
deram origem às liminares, movidas no âmbito da Justiça dos Estados.
Para isso, vai argumentar que a União tem interesse nas ações.
Os advogados do governo cogitam também a possibilidade de se anteciparem
a uma eventual contestação da medida provisória do racionamento
no STF e entrar eles próprios com uma ação direta de constitucionalidade,
para que a medida provisória seja declarada constitucional. (Folha
e Gazeta Mercantil - 23.05.2001)
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9- Governo usará "atalho" para derrubar ações |
O Governo Federal vai utilizar a medida provisória que criou "atalhos"
na tramitação de processos contra a União para enfrentar a guerra
de liminares que deve ser provocada pelo racionamento. A MP, reeditada
com esses "atalhos" em 2000, tornou mais rápida a chegada de ações
contra a União às mãos dos presidentes do STF e do STJ, as duas
pessoas que darão a palavra final sobre a suspensão de liminares
em caso de batalha judicial. Um dos atalhos criados pela MP consiste
na possibilidade de o Supremo ou o STJ cassar a liminar quando
o processo ainda estiver tramitando na segunda instância. (Folha
- 23.05.2001)
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10- Distribuidoras ameaçam ir à Justiça por aumento
|
As empresas de energia estão cobram do governo aumentos de tarifa
para compensar as perdas financeiras que terão com o racionamento.
Se não obtiverem os reajustes, as companhias ameaçam entrar na
Justiça. ''O primeiro passo é requisitar a reposição das perdas
junto à Aneel. Caso o reajuste não venha, o passo seguinte é entrar
na Justiça'', diz David Waltenberg, coordenador do Comitê Jurídico
da ABCE (Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica).
A ABCE reúne 75 empresas de geração, transmissão, distribuição
e comercialização, ou seja, praticamente todo o setor de energia.
Seu presidente, Nelson Vieira Barreira, diz que o equilíbrio ''econômico
e financeiro'' das concessionárias é garantido por lei. A ABCE
ainda defende reajustes de tarifa mesmo depois do racionamento,
para compensar as perdas e ''garantir a competitividade do setor''.
Numa primeira estimativa, a ABCE fala em 5% a 10% de aumento acima
dos reajustes habituais. (Folha - 23.05.2001)
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11- ABCE afirma que concessionárias perdem com racionamento |
Segundo
a ABCE (Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica),
as empresas de energia estão perdendo em duas pontas. Com o racionamento,
as companhias vão vender 20% a menos e a receita cairá. Na outra
ponta, as companhias dizem que vão gastar mais para executar as
medidas de racionamento. Elas calculam que terão de multiplicar
por oito as equipes de corte de luz e por dois as de atendimento
por telefone. Para compensar essas perdas, diz a ABCE, o governo
teria de destinar o dinheiro da sobretaxa cobrada no racionamento
para as companhias elétricas. Ontem, o governo ofereceu 2% da
sobretaxa para as empresas. ''Isso é um mero paliativo'', diz
Barreira. (Folha - 23.05.2001)
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12- CNI elabora diagnóstico globalizado sobre a crise
de energia |
Segundo declaração do presidente da CNI, Carlos Eduardo Moreira
Ferreira, após reunião com os integrantes da CGCE, a confederação
vai entregar, no dia 30.05.2001, à comissão, um diagnóstico globalizado
sobre a crise de energia e sugestões da entidade para o racionamento.
Para debater os pontos abordados no documento, a CNI reunirá representantes
da indústria em Brasília, no dia 29.05.2001. O presidente da CNI
admitiu que a restrição de energia elétrica não é boa para a indústria,
mas procurou dar um tom otimista às suas declarações. ''É um remédio
amargo. É um limão azedo, mas temos que tentar fazer disso uma
limonada'', disse ele sobre o racionamento. Moreira Ferreira disse
ainda que a CGCE será flexível ao analisar as sugestões da indústria.
''O importante é que o governo analisará caso a caso as dificuldades
e excepcionalidades.'' Contudo, por enquanto, a indústria ainda
não sabe como funcionarão os cortes de energia. (Folha - 23.05.2001)
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13- Região Sul quer criar excedente de energia |
Os Estados do Sul do país querem criar um excedente de energia
elétrica de 3.314 MW para se garantirem de futuros problemas de
racionamento. A idéia é acelerar obras, economizar 20% do consumo
e ampliar a importação de energia da Argentina. A proposta foi
aprovada, dia 22.05.2001, em reunião entre representantes da indústria,
governo e companhias de energia elétrica do Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul. O encontro aconteceu na sede da Fiesc (Federação
das Indústrias do Estado de Santa Catarina), em Florianópolis,
e acertou a formação de um fórum permanente para traçar estratégias
políticas para o uso da energia. (Agência Folha - 22.05.2001)
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14- Sobretaxa de energia também terá incidência de
imposto |
As sobretarifas de 50% e 200% para os consumidores residenciais
de energia acima de 200kWh e 500 kWh sofrerão a incidência de
ICMS. Na prática, isso significa que o impacto da sobretaxa no
bolso do consumidor vai ser maior que o esperado. Para integrantes
do governo, a cobrança da tarifa adicional é uma fatura como outra
qualquer, portanto, sujeita à incidência de impostos. A Eletropaulo,
por exemplo, ainda não sabe como será calculado o imposto. Segundo
a superintendente Sílvia Maria Calou, as distribuidoras precisarão
analisar a resolução do governo com as sobretaxas para saber como
elas serão incluídas na conta. "Se a sobretaxa vier embutida na
conta, é um tipo de cálculo. Se vier por fora, é outro", declarou
a superintendente. (Folha - 21.05.2001)
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15- Barragem de Sobradinho está com 25% de sua capacidade
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Se o racionamento não der certo, a barragem de Sobradinho, a principal
do Nordeste, estará com seu volume útil para geração de energia
elétrica a zero em setembro de 2001. A declaração foi feita pelo
presidente da Chesf, Mozart de Siqueira Campos, com base nas projeções
que estão sendo feitas por técnicos da empresa. Hoje, a barragem
está com apenas 25% (sete milhões de metros cúbicos) de sua capacidade.
'O quadro é grave, mas os primeiros números indicam que o racionamento
vai dar certo', afirmou Campos. No final de junho, os técnicos
terão condições de verificar com precisão se haverá ou não necessidade
de adotar medidas mais rígidas de controle, como o apagão, por
exemplo. O presidente da Chesf avalia que, até lá, todos os pontos
do programa de economia estarão ativados e as projeções serão
feitas com uma margem mínima de erro. (Jornal do Brasil - 23.05.2001)
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16- Proposta de Tápias desagrada à Fiesp |
O ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, provocou polêmica
ao sugerir que empresas eletrointensivas transfiram suas atividades
para as regiões Norte ou Sul do País, ficando livres do racionamento.
O diretor do Departamento de Infra-Estrutura da Fiesp, Pio Gavazzi,
foi irônico. "Não se põe uma indústria num carro e se leva para
qualquer lugar", rebateu. Para o presidente da Fiesp, Horácio
Lafer Piva, em vez de mudar o endereço da fábrica, a estratégia
mais viável pode ser a realocação de parte da produção em unidades
de outras regiões. (O Globo - 23.05.2001)
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17- Febraban conclui propostas para redução do consumo
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A mesa diretora da Febraban (Federação Brasileira das Associações
de Bancos) conclui, no dia 23.05.2001, conjunto de propostas,
que deverá encaminhar ainda nesta semana ao BC, para a redução
do consumo de energia das instituições financeiras. São duas principais
medidas. A primeira prevê a antecipação em duas horas no horário
de atendimento ao público. As agências ficariam abertas entre
as 8h e as 14h, e não mais entre as 10h e as 16h. A segunda sugestão
é fechar a grande maioria dos caixas eletrônicos entre a meia-noite
e as 6h. Segundo a Febraban, cerca de 99% das transações nos caixas
eletrônicos são realizadas entre as 6h e a meia-noite. Por isso
a Febraban estuda manter ligado por 24 horas somente alguns caixas
eletrônicos que tenham maior movimento. (Folha - 23.05.2001)
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18- IBGE acredita que racionamento pode comprometer
salários |
O economista Paulo Gonzaga, do departamento de indústria do IBGE,
estima que a crise energética deverá ter impacto nos salários
pagos pela indústria e, principalmente no número de horas extras,
mas o nível de emprego deve permanecer estável. No dia 21.05.2001,
o IBGE divulgou a pesquisa de emprego industrial de março de 2001.
Apesar da estabilidade registrada naquele mês, no indicador dos
últimos 12 meses, o nível de emprego na indústria subiu 1,1%,
a maior marca desde agosto de 1990. (Valor - 22.05.2001)
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19- Prefeitura de Campo grande decide execução do racionamento |
O prefeito de Campo Grande, André Puccinelli, reúniu-se na manhã
do dia 21.05.2001, com técnicos da Enersul para discutir a forma
como será executado o racionamento de energia elétrica na rede
pública de iluminação na capital do MS. Puccinelli disse que vai
reiterar o pedido de que o desligamento de lâmpadas e postes para
a redução de 35% nos gastos não prejudique os bairros da periferia
e não comprometa a segurança da população. O prefeito destacou
que, antes de tomar qualquer decisão, a prefeitura quer parecer
da Secretaria de Estado de Segurança, que deve ser divulgado na
quinta semana de maio de 2001, apontando os locais mais perigosos.
Até a terceira semana de maio de 2001 a Enersul ainda não tinha
os critérios para reduzir em 35% o consumo da iluminação pública.
(Correio do Estado - MS - 21.05.2001)
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1- Funcionários da Light mantêm greve |
Os funcionários da Light decidiram, em assembléia realizada na
noite do dia 22.05.2001, manter a greve iniciada em 21.05.2001.
Segundo o diretor do sindicato da categoria, Urbano do Vale, na
audiência realizada em 22.05.2001 no Tribunal Regional do Trabalho
(TRT), o juiz Raimundo Soares de Matos determinou que as duas
partes apresentem propostas alternativas até 25.05.2001, às 15
horas, quando haverá uma nova audiência. Urbano do Vale disse
que a Light não abriu mão de manter as 364 demissões anunciadas
na terceira semana de maio de 2001. Por isso, a categoria decidiu
continuar a greve. Em 21.05.2001, o sindicato alertou que a greve
poderia prejudicar o fornecimento de energia. Em caso de sobrecarga
ou acidente, não haverá pessoal para fazer o conserto. (O Globo
- 23.05.2001)
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2- Quatro pequenas usinas poderão ser reativadas em
SP |
Quatro pequenas centrais hidrelétricas que interromperam suas
atividades no final do século passado poderão ser reativadas para
ampliar a capacidade de produção de energia elétrica do Estado
de São Paulo. O início do processo de recuperação das usinas depende
apenas dos entendimentos finais entre a Fundação Patrimônio Histórico
da Energia de São Paulo e empresas da iniciativa privada que deverão
investir cerca de R$ 8 mi necessários para a reforma. A Lalcam
Engenharia e Serviços, de Campinas, é responsável pelo programa
de recuperação das usinas de Salesópolis, na Grande São Paulo;
São Valentim, em Santa Rita do Passa Quatro; Jacaré, em Brotas,
e Corumbataí, em Rio Claro, e que juntas produzirão anualmente
47 mil MW/h. As negociações para concretizar as parcerias devem
estar concluídas até o final de junho de 2001. A partir daí, serão
necessários mais dois anos, em média, para que os serviços sejam
concluídos. (Estado - 23.05.2001)
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1- Governo poderá intervir no MAE |
O governo poderá intervir no MAE para garantir que o preço da
energia não suba dos atuais R$ 459 por MWh para R$ 684 por MWh.
Proposta em discussão na Câmara de Gestão da Crise de Energia
pretende que o preço atual seja mantido ou até reduzido para R$
320 por MWh. O objetivo do governo com a intervenção é reduzir
o custo dos grandes consumidores que tiverem de ir ao mercado
comprar energia para não ter o fornecimento cortado ou ter de
reduzir a produção. Ao fazer isso, o governo evita o aumento de
custo para esse tipo de empresa e tenta impedir a alta de preço
dos produtos fabricados pelos grandes consumidores. O MAE é encarregado
de negociar no mercado a compra e a venda de energia que sobra
nos contratos. De acordo com Mauro Arce, secretário de Energia
de São Paulo e membro da CGCE, a intervenção no MAE serve para
"evitar o desequilíbrio no âmbito do MAE entre geradores e distribuidores,
além de garantir incentivos para projetos novos de geração''.
(Folha e Gazeta Mercantil - 23.05.2001)
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2- Abraceel critica violação dos atuais contratos do
MAE |
O presidente da Associação Brasileira de Agentes Comercializadores
de Energia Elétrica (Abraceel), Luiz Maurer, disse que o governo
quer modificar os contratos iniciais assinados no MAE, entre distribuidores
e geradores de energia, para que as geradoras e distribuidoras
se enquadrem no plano de racionamento de energia. Ele entende
que a proposta que o governo rediscutirá no dia 23.05.2001 não
só engessa o MAE, como também provoca conseqüências negativas
junto aos investidores que eventualmente tenham interesse em ingressar
em projetos novos de geração. 'As medidas são descabidas. É violação
de regras contratuais e péssimo sinal para os contratos. Quando
as empresas têm prejuízos, devem ser acatados. É a regra do jogo.
Não é o caso de serem socializados as perdas de receita', disse
Maurer, que tinha expectativas que o governo não prosseguisse
com a proposta. (Gazeta Mercantil - 23.05.2001)
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3- CGCE propõe cancelamento de contratos iniciais |
Acontece no dia 23.05.2001, a terceira reunião apenas nesta semana
entre a Câmara de Gestão da Crise Energética, representada pelo
secretário de energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, e geradores
e distribuidores. Em pauta está a proposta de suspender os contratos
iniciais entre geradoras e distribuidoras, que passariam a pagar,
segundo as tarifas dos contratos, apenas pela energia efetivamente
consumida. Já a energia livre, negociada no mercado de curto prazo,
seria liquidada segundo os preços do MAE, porém os custos seriam
ratiados entre a geradora deslocada e a distribuidora, que posteriormente
poderia repassar a diferença para as suas tarifas quando as mesmas
forem reajustadas. (Canal Energia - 23.05.2001)
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4- Preço da energia no MAE pode explodir |
Os preços no mercado atacadista de energia podem explodir a partir
de novembro de 2001 se a Aneel conseguir emplacar uma proposta
que esteve em audiência pública até o dia 15.05.2001. O preço
máximo pode ir a R$ 1.736 o MWh. O valor representa o que a Aneel
classifica como custo do déficit de energia elétrica, ou seja,
o teto para a venda no MAE e a estimativa de até quanto seria
necessário cobrar pela energia em período de crise de abastecimento.
Acima desse preço as negociações no MAE seriam interrompidas.
Hoje, o custo do déficit é de R$ 684 o mWh e leva à utilização
dos recursos hídricos (reservatórios). O preço do MAE no Sudeste
está em R$ 459,89. A expectativa é que encoste no valor atual
do custo já a partir de junho de 2001, quando começa o racionamento.
Pelo estudo da Aneel, seria incluído também no cálculo do custo
do déficit o efeito da possibilidade de falta de energia sobre
o crescimento do PIB. A Aneel informa que a proposta, para entrar
em vigor, depende da aprovação da Câmara de Gestão da Crise Energética.
(Folha - 23.05.2001)
Índice
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1- BNDES prioriza dólar em carteira de financiamento |
O dólar ganhou mais espaço na carteira de financiamento do BNDES
nos últimos cinco anos. O movimento atende a demanda das empresas
nacionais, que têm compromissos e receitas mais expostos à moeda
norte-americana. Na composição da cesta de moedas, um dos custos
financeiros usados no reajuste de alguns contratos de financiamentos
junto ao banco, o dólar saiu de 19,7% de representatividade em
1996 para 73,5% em março de 2001. A meta da instituição é chegar
a 85%. Gil Bernardo Borges Leal, superintendente da área financeira
e internacional do BNDES, disse que o interesse dos tomadores
segue o movimento da captação do banco, que tem reforçado a busca
de recursos no mercado externo. Os tomadores de empréstimos em
cesta de moedas normalmente são companhias exportadores que tendem
a estar atreladas ao dólar em seus investimentos e não a outras
moedas, daí o interesse do banco em trocar a composição da cesta
dando um peso maior de participação ao dólar. A estimativa do
BNDES para 2001 é uma captação externa líquida, já descontados
os pagamentos de dívida, de R$ 2,42 bi, a maior desde 1997. Cerca
de 15% dos recursos para empréstimos do banco vêm de captação
externa. (Gazeta Mercantil - 23.05.2001)
Índice
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2- Desvalorização cambial é responsável pelo crescimento
do crédito |
As sucessivas altas da taxa básica de juro promovidas pelo BC
em março e abril de 2001 foram responsáveis pelo aumento de praticamente
todas as taxas das linhas de financiamento para pessoas físicas
e empresas disponíveis no País, no mês de abril de 2001. O estoque
do volume de crédito, que cresceu 3,5 pontos percentuais, de R$
170,2 bi para R$ 176,1 bi, contou com o efeito da desvalorização
do real sobre os empréstimos em dólar, feitos por meio das linhas
como o Adiantamento de Contrato de Câmbio e repasses da Resolução
63. Portanto, o crescimento do crédito foi vegetativo. Ao elevar
a Selic de 15,25% para 15,75% ao ano em março, e depois ajustar
para 16,25% ao ano em abril, o BC deu a senha que os bancos queriam
para equilibrar o custo de captação com o custo do crédito, já
que as projeções do juro no mercado futuro já estavam distorcidas.
Com isso, o 'spread' bancário, que é a diferença do juro pago
numa aplicação daquele cobrado no empréstimo, subiu de 48,3% para
50,7% nas linhas oferecidas às pessoas físicas, enquanto para
as empresas o 'spread' subiu de 19,1% para 20,7%. (Gazeta Mercantil
- 23.05.2001)
Índice
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3- Cenário mais otimista permite redução de juros na
Argentina |
O governo argentino deve anunciar até amanhã os detalhes da operação
de troca de bônus da dívida, num cenário de ligeira queda nos
custos de financiamento do país. A expectativa positiva em relação
à troca reduziu, dia 22.05.2001, pelo sexto dia consecutivo o
risco país da Argentina. O índice chegou a 908 pontos base ao
meio-dia, mas subiu depois da licitação de Letes. No fim do dia,
fechou a 926 pontos base, com queda de 28 pontos. No dia 22.05.2001,
a Argentina conseguiu captar US$ 500 mi no mercado local a taxas
inferiores às praticadas no início do mês de maio. Na emissão
de US$ 350 mi em Letes de 92 dias, o governo pagou taxa de 12,09%,
inferior aos 12,44% registrados em licitação semelhante realizada
em 8 de maio. Os restantes US$ 150 mi foram captados por meio
de Letes de 169 dias, vendidas a taxa de 12,44%. O índice é superior
ao exigido pelo mercado no dia 10 de abril (11,91%), mas está
abaixo das taxas do início. (Valor - 22.05.2001)
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4- Analistas estimam elevação de 0,5 % na taxa Selic |
No dia 23.05.2001 o mercado financeiro vai estar atento à decisão
do Copom sobre a taxa de juros que irá vigorar até o próximo mês
de junho. A expectativa dos analista é de que haja uma elevação
de 0,50 ponto percentual, passando de 16,25% para 16,75% ao ano.
As taxas de juros futuros sancionam a alta de 0,50 ponto percentual.
Entre os contratos mais negociados, o de outubro saiu de 20,10%
para 20,65% ao ano. O contrato a termo de Depósito Interfinanceiro,
de um ano, saiu de 22,10% para 22,54%. De acordo com pesquisa
da consultoria Global Invest, o Brasil é o terceiro país no mundo
com maior taxa de juros, atrás da Rússia e Polônia. Em abril,
a taxa real foi de 9,1%. (Gazeta Mercantil - 23.05.2001)
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1- Investidores dizem que resolução do risco cambial
não é suficiente |
Roberto Procópio Lima Neto, presidente da Câmara Brasileira de
Investidores em Energia Elétrica, que reúne 13 empresas do setor
elétrico, disse que a resolução do risco cambial, segundo a qual
a Petrobras assumirá o custo da variação cambial do preço do gás,
não é suficiente para a retomada dos investimentos nas térmicas.
De acordo com Lima Neto, as empresas querem que o governo cumpra
os contratos de concessão e faça os repasses dos custos não controlados
pelas distribuidoras. Segundo ele, as empresas têm projetos de
térmicas que representam 12 mil MW em um ano e meio, com investimentos
de US$ 7 bi. (O Globo - 23.05.2001)
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2- EDF diz que projetos de térmicas podem sair do papel |
De acordo com o representante da EDF no Brasil e presidente da
Light, Michel Gaillard, investidores poderão deslanchar os vários
projetos de usinas térmicas a gás natural, caso a Petrobras assuma
o custo da variação cambial do preço do gás. Ele ressaltou, contudo,
que as empresas ainda não foram oficialmente comunicadas sobre
a questão. "Existem outras pendências, como as questões ambientais,
mas certamente a cambial é a mais importante", disse. Ainda assim,
segundo Gaillard, a EDF poderá agora acelerar os projetos das
termelétricas Norte Fluminense, de 750 MW, e a de Cabiúnas, de
500 MW, ambas no Rio de Janeiro. (O Globo - 23.05.2001)
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3- EDF assumirá controle da UTE Norte Fluminense |
A estatal francesa Eletricité de France
(EDF), deve anunciar na quarta semana de maio de 2001 que assume
definitivamente o controle da termelétrica UTE Norte Fluminense.
São cerca de US$ 40 mi para a compra das participações da Cerj,
Escelsa e Eletrobrás, o que vai lhe garantir 90% do controle.
A Petrobras tem 10%. O prazo para encerrar a negociação societária
na UTE terminou em 15.05.2001, e a EDF pediu outros 15 dias. A
decisão dos franceses, no entanto, só veio depois que a Eletrobrás
resolveu assumir os 90% da termelétrica para concluir as obras.
(Jornal do Brasil - 23.05.2001)
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4- Termogaúcha pode ficar pronta em 2003 |
A norte-americana General Electric International assumiu um contrato
no valor de US$ 100 mi para fornecimento de equipamentos e prestação
de serviços associados à usina Termogaúcha (RS). O empreendimento
terá potência de 500 MW, com operações comerciais oficialmente
programadas para o início de 2004. O presidente da CEEE, Vicente
Rauber, afirmou, no entanto, que o consórcio está empenhado em
viabilizar a geradora ainda para 2003, com inclusão no Programa
Prioritário de Termelétricas. 'Estamos correndo contra o tempo.
Se houver máquinas, não teremos problema em antecipar a operação',
diz. A geradora, que também conta com a participação da Petrobras
(Refap), Repsol-YPF e Ipiranga, demandará investimentos de US$
300 mi e será instalada na Grande Porto Alegre, próxima ao Pólo
Petroquímico de Triunfo. (Gazeta Mercantil - 23.05.2001)
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1- Fiesp não acredita em fuga de indústrias para Sul
e Norte |
O presidente da Fiesp descartou a possibilidade de haver uma fuga
de indústrias para o Sul ou Norte do País, regiões onde inicialmente
não haverá racionamento. 'O máximo que pode acontecer é que decisões
de investimento sejam postergadas' disse. Sobre a possibilidade
de empresas saírem do País, disse que 'quem está aqui não sai,
mais uma vez o que pode mudar é a decisão de novos investimentos'.
(Gazeta Mercantil - 22.05.2001)
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2- Empresas da região sul aproveitam racionamento para
tentar ganhar mercado |
Empresas instaladas na região Sul aproveitam o momento de racionamento
no Sudeste e Nordeste para tentar ganhar mercado. Um exemplo é
a Companhia de Cimento Rio Branco (CRB), a maior fábrica do grupo
Votorantim, localizada em Rio Branco do Sul, região metropolitana
de Curitiba, que vai manter seus investimentos de US$ 6 mi na
instalação de um moinho. A expectativa é que a unidade possa atender
a eventuais faltas de produto no Sudeste. "Vamos manter o ritmo
da nossa produção e também os investimentos. Acreditamos que possa
haver uma queda de demanda no primeiro momento, mas que a tendência
geral é de estabilidade", diz Mário Fontoura, diretor operacional
para as regiões Sul e Sudeste. Segundo ele, a fábrica paranaense
poderá aumentar suas remessas para as filiais paulistas de Ourinhos
e Presidente Prudente para suprir possíveis faltas de produção
das fábricas locais. O investimento da CRC deverá aumentar em
34% a produção de cimento do complexo, que alcançará 390 mil toneladas
mensais. A fábrica produz também 12 mil toneladas de clínquer,
matéria-prima para o cimento, por dia e seu consumo é da ordem
de 31,6 mil MW/h. (Gazeta Mercantil - 22.05.2001)
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3- Empresas cearenses adiam expansões |
Empresas
cearenses que estão reconquistando mercados ou investindo para
ampliar a produção nem sequer cogitam a possibilidade de reduzir
temporariamente o consumo de energia e vender o excedente da cota
a outros segmentos, conforme sugere o governo federal. No máximo,
elas admitem adiar expansões de capacidade assim como novas contratações
de pessoal. 'Faremos de tudo para manter o nível de atividade
da empresa', afirma Carlos Gil Brasil, diretor da Construções
Eletromecânicas S/A (Cemec), do grupo J. Macedo. (Gazeta Mercantil
- 22.05.2001)
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4- AmBev investe em autogeração |
Antes do final do ano 2001, a AmBev terá autogeração energética
para suprir 50% das necessidades das fábricas instaladas em regiões
afetadas pelo racionamento. 'Como a economia imposta pelo governo
é de 15% a 20%, estaremos garantidos', diz Victório Carlos De
Marchi, co-presidente da AmBev. Para meados de 2002, o plano é
chegar à autogeração de 75% do total consumido pela empresa. Ele
acredita que, em pouco tempo, a AmBev terá até excedente de energia.
'Se isso ocorrer, colocaremos a geração extra no MAE.' (Gazeta
Mercantil - 23.05.2001)
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5- Cemec estima redução de 20% nos negócios no segundo
semestre de 2001 |
A Construções Eletromecânicas S/A (Cemec), do grupo J. Macedo,
uma das três maiores do País na fabricação de transformadores
elétricos de distribuição, projetava crescer 10% e repetir o faturamento
recorde de R$ 33 mi, obtido em 1998. Até o momento, não houve
quebra de contratos, mas Gil Brasil, diretor da empresa, estima
uma redução de 20% nos negócios no segundo semestre de 2001. 'Podemos
ser duplamente prejudicados, pois vendemos justamente para empresas
em expansão. Sem energia, ficamos operacionalmente limitados e
com mercado restrito. A saída será tentar elevar as exportações.'
(Gazeta Mercantil - 22.05.2001)
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1- Ferroatlântica e EDP tentam recuperar seus votos
na Hidrocantábrico |
O grupo Ferroatlântica-EnBW e a EDP já apresentaram, dentro do
prazo de 10 dias que determina a lei, as alegações contra a decisão
do Ministério da Economia espanhol de suspender seus direitos
a voto na Hidrocantábrico. A Ferroatlântica alega que a EDF, controladora
de 25% da EnBW, não terá em nenhum momento posição de controle
na elétrica espanhola, enquanto a EDP lembrou a intenção do governo
português, que detém mais de 30% das suas ações, de completar
sua privatização. (El País - 23.05.2001)
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2- Elétricas chilenas ganham 66% menos no primeiro
trimestre |
As companhias chilenas de eletricidade viram seus resultados do
primeiro trimestre diminuírem 66,7% em comparação com o primeiro
quarto de 2000, produzindo lucros de US$ 75 mi contra US$ 227
mi nos três primeiros meses de 2000. Esse decréscimo vêm apesar
de aumento de 7% nos rendimentos operacionais, que alcançaram
US$ 589,7 bi no período de 2001. As vendas cresceram 11,7% em
relação ao primeiro trimestre de 2000. Entre as 26 elétricas chilenas,
as mais lucrativas foram a distribuidora Chilectra (US$ 41 mi),
seguida da também distribuidora CGE (US$ 20,5 mi) e a holding
Enersis (US$ 10,9 mi). As que mais perderam foram as geradoras
Edelnor (perdas de US$ 16,15 mi), Colbun (US$ 7,94 mi), Pehuenche
(US$ 6,29 mi), Guacolda (US$ 5,71 mi), Electroandina (US$ 5,03
mi) e a empresa de transmissão Transelec (US$ 1,64 mi). (BNAmerias
- 23.05.2001)
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3- EDF confirma compra de 20% da Montedison |
A
EDF, controlada pelo governo francês, confirmou, dia 23.05.2001,
os boatos de que havia aumentado sua participação na Montedison
para 20%. A empresa tem sido criticada na Itália e Espanha por
comprar ações em mercados estrangeiros enquanto seu monopólio
na França é mantido. A compra da italiana foi feita em estágios,
sucessivamente adiando o comunicado. A EDF insistiu que o investimento
na Montedison é puramente financeiro e que sua participação não
deve ir além dos 20%. (Financial Times - 23.05.2001)
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4- Expansão do gasoduto Argentina-Chile é incerta |
A expansão do gasoduto GasAndes, que liga a Argentina ao Chile,
para os 20 mil metros cúbicos diários firmados em contrato é incerta
devida à falta de investimento do setor de eletricidade em termoelétricas.
Os clientes da GasAndes atualmente são as geradoras Gener, Endesa
e Colbun e a distribuidora de gás chilena Metrogás. A única que
está planejando a expansão de suas usinas, em especial a de Nehuenco,
mas novo contrato ainda não foi assinado. A GasAndes é controlada
pela francesa TotalFina Elf e tem 463 Km de extensão, ligando
a Argentina à capital chilena e deve se estender a Rancagua. (BNAmericas
- 23.05.2001)
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5- Endesa agrega ativos à Viesgo |
A Endesa comunicou, dia 23.05.2001, que irá agregar à Viesgo todos
os ativos que pretende vender. A reformada Viesgo operará em geração
e distribuição, com 2610 MW de capacidade e 560 mil clientes.
A venda desses ativos deve financiar os planos de expansão da
Endesa, orçado em US$ 17,5 bi nos próximos cinco anos. Serão incluídos
na Viesgo as usinas de Alta Esla, Pico, Navia e Aguayo, além da
participação de 50% que a Endesa possui na usina nuclear de Garona,
de 1% na nuclear de Trillo, assim como as térmicas de Algeciras,
Puentenuevo, Puertollano, Cercs, Escucha e Escatron. A nova empresa
terá participação de 5,4% no mercado espanhol de geração e 3%
do de distribuição. (Dow Jones - 23.05.2001)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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