1- Executivo insiste em privatizar geradoras |
O
Executivo federal decidiu que é preciso aprofundar o debate no
sentido de privatizar as geradoras. E vai tentar aproveitar a
crise no abastecimento para levar adiante, no Congresso e na opinião
pública, sua tese de que a venda de Furnas, Chesf e Eletronorte
é a melhor forma de financiar a oferta de energia. Aprofundar
o processo de privatização das geradoras é a principal decisão
já tomada pela Presidência da República, que está convicto de
que esta é a melhor forma de atrair os investimentos necessários
para o setor. Um auxiliar próximo a Fernando Henrique revela que
é hora de travar um debate sério 'sem paixões regionais' sobre
o modelo de financiamento. A idéia central é abandonar a fórmula
estatal, baseada na busca de recursos externos para a construção
de usinas, como foi feito por exemplo em Itaipu. Essa fase é tida
como ultrapassada. Agora, a gestão das elétricas se inspira na
parceria com o capital privado, conforme o desenho idealizado
pelo então ministro Sérgio Motta para o setor de telecomunicações.
(Gazeta Mercantil - 21.05.2001)
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2- Privatização de Furnas pode ficar para sucessor
de FHC |
Integrantes do governo federal já começam a trabalhar com a hipótese
de a privatização de Furnas somente vir a ocorrer no mandato do
sucessor do presidente Fernando Henrique Cardoso. De forma reservada,
o ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, afirma considerar
inoportuna qualquer discussão sobre a privatização da estatal
energética em um momento em que o país vive uma grave crise no
setor de energia elétrica. O BNDES continua a fazer os preparativos
para a privatização, mas já reconhece considerar improvável concluir
a operação em março de 2002, como estipulado pelo presidente da
República. Na melhor das hipóteses, a oferta seria em meados do
ano 2002. Há dois tipos de argumentos contrários à venda de Furnas.
O principal deles é eleitoral. Desfazer-se da estatal quando o
país vive um racionamento de energia seria dar munição à oposição
na campanha de 2002. O outro argumento contra a privatização é
técnico: a estatal seria um importante canal para o governo aumentar
rapidamente a oferta de energia no país. (Folha - 18.05.2001)
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1- CGE reunirá-se com distribuidoras para detalhar
medidas |
No dia 21.05.2001, o grupo coordenado pelo ministro Pedro Parente,
se reúne com as 60 distribuidoras do país para detalhar as medidas
e tentar resolver pontos ainda obscuros do plano de racionamento.
Segundo declarou o secretário-executivo do MME, Luiz Gonzaga Perazzo,
a preocupação mais urgente é definir com as distribuidoras como
será a operacionalização das carta que informarão as metas de
consumo para o consumidor. Na reunião, também serão tratados assuntos
como o corte para os consumidores que não cumprirem a meta de
consumo. Ainda não está certo com quanto tempo de antecedência
o consumidor será informado sobre o corte. A reunião também servirá
para orientar o governo na definição das diretrizes para a atuação
das próprias concessionárias nos casos excepcionais. (Folha -
21.05.2001)
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2- Comissão do Senado terá audiência pública |
A Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado fará no dia
22.05.2001 uma audiência pública para debater a crise de energia
no país. Entre os convidados para o debate estão o ministro de
Minas e Energia, José Jorge, o diretor-geral da Aneel, José Maria
Abdo, o presidente do ONS, Mário Santos, e o ministro responsável
pela administração da crise energética, Pedro Parente. (Agência
Senado - 18.05.2001)
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3- São Paulo já reduziu consumo de energia em 10% |
Segundo o ONS, os consumidores do Estado de São Paulo já reduziram
em cerca de 10% o uso de energia nos primeiros 15 dias de maio
de 2001, em relação ao mesmo período do ano 2000. A redução do
consumo foi atribuída pelo governo ao destaque que os possíveis
apagões tiveram na mídia nas primeiras semanas de maio de 2001.
A população teria reagido instintivamente e reduzido o consumo.
(Folha - 18.05.2001)
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4- Indústrias já notam queda de atividades |
Dados preliminares sinalizam que a indústria desacelerou nas duas
primeiras semanas de maio de 2001. O setor de embalagens, tradicional
termômetro, vem registrando fraco desempenho no início do mês.
"Devemos ter um resultado idêntico ao de abril, quando houve queda
de 10% ante março", afirma o presidente da Associação Brasileira
de Embalagem (Abre), Sérgio Haberfeld. A previsão inicial de expansão
do setor, de 4% a 5%, já foi revisada para 2,5%." A arrecadação
de ICMS vem registrando desaceleração desde abril de 2001. Naquele
mês, o valor arrecadado cresceu 6,4% sobre igual mês do ano anterior.
Até março, o crescimento era de 8,9% sobre 2000. "A desaceleração
começou em março e os primeiros dados de maio indicam que ela
continuou em abril", diz Clóvis Panzarinni, coordenador de Arrecadação
Tributária do Estado de São Paulo. (Valor - 21.05.2001)
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5- Produção industrial deve cair no segundo semestre |
A crise de energia pode ter efeitos bastante expressivos na produção
industrial e, em conseqüência, no Produto Interno Bruto (PIB).
Cálculos finalizados pelo Instituto de Economia da UFRJ, apontam
que a produção industrial pode terminar o ano com uma queda de
2% sobre 2000, depois de ter encerrado o primeiro trimestre com
crescimento de 6%. O trabalho indica que a produção industrial
vai acumular, no segundo semestre, 9% de queda. O impacto é tão
expressivo porque a produção de hoje já está cerca de 7% acima
do trimestre maio-junho-julho do ano 2000, utilizado como parâmetro
para a redução de 20%, informa o professor Francisco Eduardo Pires
de Souza, da UFRJ, um dos responsáveis pelas estimativas. Além
disso, sazonalmente o trimestre utilizado como base para o cálculo
da redução é mais fraco que o período que vem pela frente. "O
período agosto-outubro sempre foi o maior em termos de produção
industrial", pondera Souza. A queda esperada para a indústria
derrubaria o crescimento do PIB anual para 1,2% sobre o ano passado.
Antes, a previsão da UFRJ era de um crescimento de 4,5% no PIB
do ano 2001. (Valor - 21.05.2001)
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6- Ipea acredita que medidas podem comprometer PIB
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As medidas de racionamento anunciadas pelo governo deverão afetar
o crescimento do PIB deste ano em um ponto percentual a dois pontos
percentuais, segundo cálculos de institutos de pesquisa e do próprio
mercado. Isso significa que a expansão do PIB, inicialmente estimada
em 4%, poderá ser de apenas 2%, no cenário mais negativo. E a
inflação não deverá ser menor do que 6%, meta máxima estabelecida
pelo governo junto ao FMI. Reunião de conjuntura realizada no
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), no dia 18.05.2001,
reunindo economistas do governo, inclusive o presidente do IBGE,
Sérgio Bessermann, consultores e acadêmicos, foi centrada na crise
energética e seu impacto no crescimento econômico, na inflação
e nas medidas de ajustamento macroeconômico. O Ipea reviu, de
acordo com Paulo Levy, coordenador do Grupo de Acompanhamento
Conjuntural, sua estimativa de impacto da crise energética no
crescimento do PIB. No boletim de conjuntura de abril de 2001,
a previsão do instituto era de que o racionamento de energia poderia
implicar em um ponto percentual a menos no crescimento do Produto
Interno Bruto em 12 meses, a contar da data de entrada em vigor
das medidas. Agora já admite que o impacto será de um ponto percentual
no PIB deste ano. Isso significa projetar uma taxa de crescimento
de 3%. (Valor - 21.05.2001)
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7- Comércio teme efeitos do racionamento nas vendas |
O racionamento de energia vai causar impacto dobrado no comércio
varejista. Além de alterar os ritmos de funcionamento para atender
às medidas de economia, o setor terá de arcar com quedas de consumo.
Segundo o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar
Burti, existe uma "desaceleração palpável da economia", que pode
ser medida pelo nível de inadimplência, que aumentou entre 5 e
6% apenas nas primeiras semanas de maio." Um levantamento feito
pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo mostra que o
pessimismo do consumidor já podia ser notado antes mesmo do racionamento.
Novo indicador da instituição, o Índice de Intenções do Consumidor
(ICC) revelou que fatores como crises políticas, níveis de desemprego
e ambiente internacional aumentaram o pessimismo em 5% na comparação
com o mês de abril. (Valor - 21.05.2001)
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8- Racionamento agrava déficit da balança comercial |
O impacto do corte de energia deverá ser maior nas importações
do que na inflação. Essa é a expectativa do secretário de Política
Econômica do Ministério da Fazenda, Edward Amadeo, que passou
as últimas duas semanas avaliando os efeitos macroeconômicos do
programa emergencial de redução de energia. Ele acha que os setores
que tiverem com demanda ainda aquecida vão optar mais por aumentar
as importações do que elevar preços. Isso agravaria o déficit
da balança comercial, estimado na casa dos US$ 1,2 bi para este
ano, deixando as contas externas em situação ainda mais delicada.
"É impossível quantificar, mas o impacto na balança comercial
é negativo", atesta. E será tão mais negativo quanto menor for
o desaquecimento do nível da atividade econômica. (Valor - 21.05.2001)
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9- Racionamento deverá reduzir receita dos Estados |
O racionamento de energia elétrica vai comprometer as finanças
estaduais e pode reduzir a participação dos Estados no superávit
primário do setor público. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços (ICMS) sobre energia elétrica no total representa quase
10% do total arrecadado por este tributo no país. Apesar desta
participação, o impacto maior deve vir da perda de receita com
a esperada desaceleração da economia nos próximos meses. Isso
porque o tarifaço embutido nas medidas de racionamento vai provocar
um aumento no preço médio das contas de energia e pode compensar
parte da perda que virá pela queda no consumo. "A sobretaxa é,
na verdade, um aumento de tarifa e o ICMS incidirá também sobre
ele", explicou Clóvis Panzarini, coordenador de arrecadação tributária
da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. (Valor - 21.05.2001)
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10- Ministro do trabalho negocia mudanças trabalhistas
durante racionamento |
O ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, vai começar na quarta
semana de maio de 2001 a negociar com as centrais sindicais a
pauta trabalhista do plano de racionamento de energia, que inclui
as propostas entregues pelas centrais sindicais ao presidente
da Câmara de Gestão da Crise de Energia, Pedro Parente. As centrais
pediram para Parente estabilidade no emprego durante o período
de racionamento, redução da jornada de trabalho, fim das horas-extras
e fim do trabalho no comércio aos domingos. A reunião com Dornelles
está marcada para o di 23.05.2001. Empresários e outras sindicais
também devem participar do encontro. Dornelles disse que acredita
numa solução para a crise energética que não coloque em risco
o nível de emprego. (Folha - 21.05.2001)
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11- Concessionárias informarão consumidor sobre racionamento |
As
concessionárias de energia elétrica terão até o dia 28.05.2001
para informar as metas individuais de consumo de energia, a cada
um dos consumidores quando entra em vigor o racionamento. Segundo
o secretário-executivo do MME, Luiz Gonzaga Perazzo, as empresas
enviarão cartas aos consumidores residenciais, comerciais e industriais
comunicando quanta energia poderão gastar, sem correr o risco
de ter o fornecimento cortado. Perazzo explicou que a data para
que as concessionárias enviem as cartas aos consumidores está
definida na resolução Câmara de Gestão da Crise de Energia, que
deverá ser divulgada no dia 21.05.2001. (Folha - 21.05.2001)
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12- Regra do corte pode não valer para todos |
O governo analisa pedido para que empresas produtoras de equipamentos
ligados à geração e eficiência energética sejam poupadas dos cortes
de energia. Mauro Arce, secretário de Energia de São Paulo, disse
que provavelmente elas terão condições especiais no fornecimento
de energia diretamente à produção. O corte seria só na área administrativa.
A distribuição do ônus do racionamento de energia entre os segmentos
da indústria deverá ser objeto de muita negociação entre empresários
e governo a partir desta semana. No dia 22.05.2001, a Câmara de
Gestão da Crise Energética se reúne para debater como aplicar
às empresas regras gerais de redução no fornecimento e ao mesmo
tempo evitar que se crie um grande balcão de negócios para barganhar
excepcionalidades nas cotas. (Valor - 21.05.2001)
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13- Discussão jurídica antes do texto final |
Para advogados e entidades de defesa do consumidor, o corte no
fornecimento de energia elétrica e a cobrança adicional na tarifa
são os pontos mais polêmicos do plano de racionamento de energia
anunciado no dia 18.05.2001. O corte de energia contraria o artigo
22 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e o artigo 175 da Constituição
Federal, que definem que os serviços públicos devem ser prestados
com continuidade. 'O corte já não está sendo permitido pela Justiça
nem mesmo quando o consumidor está devendo à concessionária',
comenta a assistente de direção do Procon-SP, Lúcia Helena Guimarães.
A cobrança adicional de 50% a 200% para quem ultrapassar o limite
de 201 KW também é considerada ilegal pois, segundo advogados,
não está prevista na política tarifária vigente, estabelecida
pela Lei de Concessões, em atendimento ao artigo 175 da Constituição.
(Gazeta Mercantil - 21.05.2001)
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14- Procon-SP vai à Justiça contra o racionamento |
O Procon de São Paulo deve ir à Justiça contra alguns pontos do
pacote de medidas do governo para reduzir o consumo de energia.
Segundo Maria Lumena Sampaio, diretora de atendimento, a entidade
estudará as medidas e buscará uma defesa jurídica do consumidor
com rápida eficácia, como exige o assunto. O principal ponto a
ser atacado deve ser a possibilidade de corte de energia, de três
a seis dias, no caso do consumidor que não cumprir a meta de redução
de 20% do consumo. "Há um entendimento de que o fornecimento de
energia é um serviço contínuo e essencial. O corte da energia
para o consumidor que estiver em dia com o pagamento da conta
fere o Código de Defesa do Consumidor e é arbitrário", disse.
(O Globo - 18.05.2001
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15- Grandes consumidores podem contestar pagamento
da tarifa pelo preço do MAE |
Os grandes consumidores têm também um ponto a contestar quanto
ao plano de racionamento de energia anunciado no dia 18.05.2001.
A obrigação de pagarem a energia usada além da meta pelo preço
estabelecido no MAE estaria desrespeitando contratos firmados
entre empresas e distribuidoras, que prevêem o pagamento pela
tarifa negociada com a companhia de energia. 'Essa obrigatoriedade
não tem justificativa legal e puniria as duas partes, já que o
preço do MAE é mais elevado e as distribuidoras também teriam
que usá-lo em descontos quando as empresas economizassem mais
do que 20%', afirmam advogados especialistas no setor. (Gazeta
Mercantil - 21.05.2001)
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16- Pedidos de revisão tarifária serão estudados |
Perguntado se o governo vai manter a posição de não permitir que
as distribuidoras repassem para o consumidor final a receita perdida
com o racionamento, o ministro das Minas e Energia, José Jorge,
explicou que o sistema tarifário vigente aplicado anualmente pela
Aneel dá direito às empresas de, havendo qualquer coisa excepcional,
de solicitarem alguma revisão. Segundo ele, as revisões solicitadas
serão estudadas e poderão ser atendidas ou não. (O Globo - 18.05.2001)
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17- Eletropaulo diz que apagar luz das ruas demora
até 40 dias |
Para atingir economia de apenas 1% no consumo de energia, com
o corte de 35% da iluminação pública, como quer o governo, as
distribuidoras podem demorar até 40 dias. A Eletropaulo, que fornece
energia para a região metropolitana e mais 23 municípios, informa
que, se desligar 35% do total de 1 milhão de lâmpadas sob seu
controle, a economia no consumo de energia será de 1%. No dia
17.05.2001, a previsão era desligar 10 mil lâmpadas nas principais
vias da capital. Apagar as lâmpadas, segundo as distribuidoras,
não é uma operação complicada, mas leva tempo porque a operação
é feita manualmente. (Folha - 18.05.2001)
Índice
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18- Embratel garante continuidade dos serviços |
Mesmo com os possíveis cortes no fornecimento de energia no país
em virtude do plano de racionamento do governo, a Embratel se
diz preparada para enfrentar o transtorno e garantir a continuidade
de seus serviços. A empresa conta com sistemas compostos por unidades
retificadoras e bancos de baterias programados para manter os
equipamentos de telecomunicações em funcionamento. Além disso,
a maioria das estações da companhia é equipada por grupos geradores,
alimentados por óleo diesel e com potências superiores às cargas
instaladas com o objetivo de suprir as fontes de corrente contínua
que alimentam os equipamentos da empresa nos casos de interrupções
de energia. (Canal Energia - 18.05.2001)
Índice
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1- Hidrelétrica Dona Francisca é inaugurada no RS |
Construída no prazo recorde de 30 meses, será inaugurada oficialmente
no dia 21.05.2001 a usina hidrelétrica Dona Francisca, no Rio
Grande do Sul. Localizada no rio Jacuí, entre os municípios de
Agudo e Nova Palma, e com capacidade para abastecer uma cidade
de 350 mil habitantes, é a primeira hidrelétrica a obter financiamento
de longo prazo no BID e no BNDES, que tem como garantia a própria
geração de energia. O empreendimento, orçado em R$ 205 mi, tem
capacidade para gerar 125 MW e foi implantado pela empresa Dona
Francisca Energética S.A. A empresa tem parceria com a CEEE e
recebeu da União concessão para explorar por 35 anos o potencial
hidráulico do rio Jacuí, entre os municípios de Agudo e Nova Palma.
É constituída por cinco acionistas (Inepar Energia, Companhia
Paranaense de Energia, Centrais Elétricas de Santa Catarina, Grupo
Gerdau e Desenvix) e vai gerar 3 mil empregos. (Gazeta Mercantil,
Agência JB e Folha - 21.05.2001)
Índice
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2- Eletropaulo prepara cartilha para instruir consumidores
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Victor Kodja, vice-presidente da Eletropaulo, disse que a empresa
está preparando uma cartilha para instruir os consumidores sobre
o uso de energia elétrica. O vice-presidente da Eletropaulo admitiu
que ainda existem muitas dúvidas a serem esclarecidas e informou
que a cartilha sobre o racionamento será lançada logo que as resoluções
anunciadas pelo governo forem devidamente definidas e avaliadas.
(Folha - 21.05.2001)
Índice
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1- Racionamento pode impulsionar MAE |
O racionamento poderá fazer decolar o MAE e, até mesmo, reduzir
o preço das cargas comercializadas entre geradores e consumidores
eletrointensivos no médio prazo. Segundo especialistas, as transações
realizadas no âmbito do MAE poderão ser impulsionadas por duas
medidas que constam do plano divulgado pelo governo federal. Para
os grandes consumidores de energia, ficou estabelecida uma cota
de redução de 15% a 25% no consumo. O volume economizado pela
empresa abaixo desse patamar poderá formar uma reserva futura
ou ser vendido em leilões no MAE. O plano estabelece, também,
que a indústria eletrointensiva poderá adquirir carga no mercado,
para aumentar o seu limite de consumo mensal. 'Foram duas medidas
bastante positivas porque mostram que o governo, mesmo num momento
de crise, quer incentivar o mercado', diz Walfrido Ávila, presidente
da Tradener. (Gazeta Mercantil - 21.05.2001)
Índice
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2- Governo poderá punir indústrias que cortarem produção
para gerar e comercializar energia |
O diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn, disse que o governo
poderá suspender a venda de energia de indústrias que promoverem
demissões significativas por conta da economia de luz imposta
pelas medidas de racionamento. Em muitos casos, segundo ele, as
indústrias ganharão mais vendendo energia do que em seu próprio
negócio. Por isso, o governo teme que as empresas eletrointensivas,
com maior volume de estoques, promovam um corte drástico de produção
para gerar e comercializar mais eletricidade. 'O governo ficará
atento às demissões e poderá proibir a venda de energia dessas
indústrias', disse. Na mira do governo estão as indústrias eletrointensivas,
como a de alumínio, a siderúrgica e a de ferro-ligas. (Gazeta
Mercantil - 21.05.2001)
Índice
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1- BNDES dará prioridade a projetos de geração |
O BNDES vai dar apoio agressivo e prioritário a projetos de geração
de energia e afirma que não faltarão recursos de financiamento
para empreendimentos do setor. 'Tantos quantos forem necessários',
afirma um executivo do banco, destacando que o BNDES quer induzir
projetos nessa área. Para isso, tem o respaldo de R$ 26 bi para
o financiamento de projetos gerais em 2001. As medidas operacionais
para incrementar financiamentos do BNDES em geração de energia
serão definidas na próxima semana. Além da garantia de recursos
de financiamentos, o BNDES deverá oferecer taxas diferenciadas
e favorecidas a investimentos em co-geração. Pleito que foi apresentado
ao presidente do BNDES, Francisco Gros, por empresários das indústrias
eletrointensivas. (Gazeta Mercantil - 18.05.2001)
Índice
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2- BNDES retoma programa de emissão para projetos de
geração |
Embora o BNDES seja peça fundamental na retomada dos investimentos
em energia pelo Estado, a instituição presidida por Francisco
Gros identifica na crise energética uma oportunidade para dividir
os riscos da expansão da oferta com o mercado. A partir de junho
de 2001, o BNDES retoma o programa de emissão de debêntures para
projetos de usinas hidrelétricas, com a captação de R$ 200 mi
para a usina de Itapebi (BA), responsável pelo acréscimo de 450
MW de energia para o sistema interligado. Ao todo, o banco prevê
a captação de R$ 630 mi em debêntures, entre junho e outubro de
2001. Desenvolvido pela Guaraniana, holding controladora das distribuidoras
Coelba (BA), Coelce (CE) e Celpe (PE), a usina de Itapebi demandará
investimentos totais R$ 550 mil, que serão arcados pelo banco,
o mercado de capitais e pelos sócios Iberdrola, Previ e BB Investimentos.
Prevista para final de junho e início de julho de 2001, a emissão
será a primeira de uma série de quatro captações previstas para
2001 pelo BNDES. Além das debêntures da usina de Itapebi, o BNDES
promoverá a emissão de R$ 50 mi em papéis da hidrelétrica de Jaraú
(MT), do grupo Queiróz Galvão, que terá capacidade de 150 MW.
Prevista para o final de julho de 2001, a captação representa
um terço dos R$ 150 mi necessários. Também está prevista uma captação
de R$ 300 mi, entre setembro e outubro de 2001, para o projeto
da hidrelétrica de Barra Grande (RS), de 690 MW, orçado em R$
900 mi. E está em fase final de análise a emissão da usina de
Corumbá IV (de 120 MW), no valor de R$ 80 mi, que deverá completar
os R$ 170 mi necessários. (Gazeta Mercantil - 21.05.2001)
Índice
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3- BNDES investiu pouco em geração durante governo
FHC |
Ao longo do Governo Fernando Henrique, o BNDES investiu cerca
de US$ 5 bi para financiar a compra de estatais do setor elétrico.
Esses recursos foram usados basicamente pelos compradores das
distribuidoras de energia e não significaram a geração de energia
adicional à capacidade do País. No mesmo período, o banco gastou
apenas R$ 2,3 bi - cerca de US$ 1,5 bi na cotação média do período
- no financiamento de novos projetos de geração. Só a americana
AES, recebeu US$ 3,1 bi para comprar a Light - o dobro do que
o banco destinou de financiamento a todas as empresas que investiram
em obras nas usinas de Canabrava, Machadinho, Itá, Dona Francisca,
Santa Clara, Copel-Segredo, Serra da Mesa, Rosal, Canoas, Lajeado
e Igarapava. Para este ano, a destinação de recursos vai aumentar,
mas na opinião de especialistas ainda será insuficiente para dar
ao próprio Governo a segurança de que o racionamento de energia
não irá se prolongar para além de 2001. Afinal, o tempo mínimo
de maturação de projetos de geração é de dois anos (nas usinas
térmicas) e a carência de investimentos no setor é muito grande.
(Jornal do Commercio - 21.05.2001)
Índice
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4- Crise energética tem impacto negativo sobre análises
de investidores |
A crise do fornecimento de energia está tendo forte impacto negativo
sobre as análises que os investidores fazem do Brasil. O problema
não é apenas a redução no crescimento da economia para 2001. Para
os analistas, o pior da crise é o seu efeito sobre a popularidade
do governo e as eleições presidenciais de 2002. Os mercados temem
que se reduza a influência do presidente FHC na eleição de seu
sucessor e cresçam as chances de candidatos de oposição dispostos
a mudar a política econômica. Há pouco mais de dois meses, o momento
vivido pelo Brasil, com um segundo ano de crescimento à vista,
estava sendo comparado ao "milagre brasileiro" do início dos anos
70. O cenário começou a mudar coma crise da Argentina, piorou
com os resultados da balança comercial, a preocupação do impacto
da desvalorização do real sobre a dívida, as contas fiscais e
os escândalos políticos, suspeitas de corrupção e violação do
painel de votação no Senado. Nesse quadro, a iminência de racionamento
e a escassez de energia eram o que faltava para acabar com o que
restava de bom humor do mercado internacional em relação ao Brasil.
A crise de energia também deve ter um impacto direto sobre o crescimento
da economia e é provável ainda que provoque pressões inflacionarias,
por falta de produtos. Em seu mais recente boletim sobre o Brasil,
o Dresdner Kleinwort Wasserstein reduziu sua previsão de crescimento
de 4,2% para 3,2%, como estão fazendo também outros analistas.
Segundo o banco, esse é o resultado da combinação do efeito Argentina
com a crise de energia e os " ruídos políticos " (Valor - 21.05.2001)
Índice
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5- Conservadorismo marca a renda fixa |
O conservadorismo está ditando a gestão dos fundos de renda fixa.
A expectativa de que os juros básicos da economia sejam elevados
na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está
fazendo com que os gestores de recursos não queiram correr riscos.
Os fundos de renda fixa investem parte do patrimônio em títulos
pós-fixados e parte em prefixados. Em momentos de incerteza sobre
o futuro das taxas de juros, os gestores preferem manter em carteira
somente os títulos pós-fixados, já que estes acompanham a variação
dos juros - se for positiva, o rendimento é maior. Já os títulos
prefixados podem vir a perder se a taxa de juros for elevada acima
das expectativas. A expectativa do mercado é que a taxa Selic
seja elevada em 0,5% para manter a inflação sob controle, na reunião
marcada para o dia 22 e 23 de maio. Os preços devem ser pressionados
pela alta do dólar e, também, pelo racionamento de energia. (Valor
- 21.05.2001)
Índice
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6- Tesouro dobra oferta de prefixados |
O mercado financeiro vai passar a semana analisando as novas projeções
macroeconômicas que foram refeitas após o anúncio das medidas
para contenção do uso de energia elétrica, no dia 18.05.2001.
Além disso, vai estar atento à definição da taxa básica de juros
da economia e ao Tesouro Nacional, que vai dobrar a oferta de
títulos prefixados (rentabilidade definida em leilão). No dia
22.05.2001, o Tesouro vende R$ 1 bi em LTN, prefixadas. Os títulos
vencem em 3 de outubro (cinco meses). No último leilão, na semana
terceira semana de maio, o Tesouro vendeu R$ 500 mi de LTN com
juros anuais médios de 20,65%. No dia 18.05.2001, papéis similares
tinham juros de 20,20% no mercado secundário de títulos da Bolsa
do Rio. A projeção para as taxas de juros recuaram. Entre os contratos
mais negociados, o de outubro saiu de 20,26% para 20,44% ao ano.
A projeção para janeiro de 2002 começou a ganhar liquidez e apontava
juros de 21,77%. O contrato a termo de DI, de ano, ficou estável
em 22,65%. (Gazeta Mercantil - 21.05.2001)
Índice
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7- Swap afasta risco de "default" mas não resolve problema |
A Argentina deve anunciar na última semana de maio os detalhes
da troca de títulos de sua dívida, que afastará o risco de "default"
e dará fôlego para o país enfrentar o seu principal problema:
a falta de crescimento. O secretário de Finanças, Daniel Marx,
afirmou no dia 18.05.2001 que o swap é apenas uma " ferramenta
"para aliviar vencimentos da dívida, mas não resolverá as deficiências
estruturais do país. A expectativa do mercado é que o risco país
continue a cair na medida em que sejam divulgados mais detalhes
da troca de títulos. A operação vai substituir papéis que vencem
antes de 2006 por outros de prazo mais longo. Entre 2001 e 2005,
a média de vencimento da dívida da Argentina é de US$ 15 bi ao
ano. Depois disso, os valores caem para cerca de US$ 5 bi. Com
o swap, o país espera distribuir melhor suas necessidades de financiamento.
Na opinião dos analistas, a troca de bônus é apenas o ponto de
partida para que a Argentina tome medidas drásticas de contenção
de gasto público e de ganho de competitividade. Um dos principais
desafios do governo é aumentar o nível de confiança do consumidor,
que se encontra próximo de seu piso histórico. Sem confiança,
os consumidores dificilmente realizarão os gastos necessários
para estimular os investimentos das empresas. (Valor - 21.05.2001)
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8- Apetite por fundos antiinflação |
Os fundos de investimento atrelados a índices de preços têm chamado
a atenção de investidores e gestores de recursos. A causa para
o maior interesse está na preocupação com o aumento da inflação,
que leva as fundações a buscarem a garantia de cumprimento de
suas metas atuariais. Para atender a demanda que pode se intensificar
em um cenário mais turbulento, alguns gestores estão estudando
o lançamento desse tipo de produto. Ainda há pouquíssimos fundos
referenciados em índices de preços no mercado. Ninguém apostava
no crescimento do produto porque a crença era de que a estabilidade
de preços era inabalável. Continua-se acreditando na estabilidade,
mas alguns gestores esperam momentos de turbulência que, acreditam,
podem justificar o investimento. O objetivo desses fundos é dar
um rendimento acima da inflação. Para isso, compram papéis federais
ou mesmo títulos privados que rendem juros mais o índice de preços
- em geral, o IGP-M. No atual cenário, gestores acreditam que
esses fundos passam a ficar mais atraentes por conta das turbulências
no mercado causadas pela alta do dólar, pela crise no setor elétrico
e pela aproximação das eleições presidenciais. (Valor - 21.05.2001)
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Na terceira semana de maio de 2001 a taxa usada em negócios com
prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre
1,84% e 3,18% mensais. As pequenas e médias empresas fecharam
negócios entre 1,93% e 3,86%. Em relação ao desconto de duplicata,
nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou
de 1,60% a 2,50% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação
foi de 2,36% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram
taxas entre 21,20% e 60,10% ao ano de capital de giro prefixado,
enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 33,23% a 67,65%.
Já a taxa do vendor e compror oscilou de 20,13% a 31,53% ao ano
para grandes empresas e de 25,93% a 45,93% ao ano para pequenas
e médias. A Conta Garantida, nas operações de 31 dias para grandes
companhias, ficou entre 1,70% e 3,50% ao mês. Pequenas e médias
empresas conseguiram taxas de 2,42% a 5% ao mês. Em relação ao
factoring, custo das operações de fomento mercantil, fechou a
semana com a taxa média baixa em 3,83% e a alta em 3,87% ao mês.
A taxa média para o cliente, resolução 63, ficou em 13,60% ao
ano. Já as operações prefixadas com prazo de 24 meses (leasing)
tinham taxas médias de 2,18% para carros e de 2,49% ao mês para
máquinas, equipamentos e informática. (Gazeta Mercantil - 21.05.2001)
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1- CGE discute proposta de fixação do preço do gás |
A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica discute, no dia
22.05.2001, a proposta que fixa o preço inicial do gás importado
em reais, correspondente a US$ 2,581 por milhão de BTU. Haverá
correção anual pela inflação americana e pelo Índice Geral de
Preços de Mercado (IGP-M), em proporções que ainda serão definidas
pelo MME. Para terem acesso aos benefícios, as empresas precisam
iniciar a operação das usinas até o dia 31.12.2003. Com isso,
terão garantia do preço em dólar por 15 anos. A partir do 11º
ano, o volume de gás natural contratado nestas bases será reduzido
anualmente em 20%. O risco cambial será bancado integralmente
pela Petrobras, que será ressarcida anualmente, quando houver
ajuste nas tarifas de energia. Dessa maneira, a estatal não será
prejudicada. Os contratos de suprimento de gás terão uma cláusula
que possibilita a repactuação a cada cinco anos. Também admite
que os contratos sejam transferidos para outra supridora estadual
de gás. (Gazeta Mercantil e Folha - 21.05.2001)
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2- Garantia do preço do gás anima investidores |
Os investidores em termelétricas ficaram animados com a definição
do preço do gás, que deve ser anunciada no dia 22.05.2001. O governo
assumirá o risco cambial das importações por 15 anos, o que reverte
as expectativas do setor. 'Nosso interesse no Brasil duplicou',
diz Oscar Prieto, executivo da British Gas no País e presidente
da Comgás. A empresa investiu US$ 2 bi e agora se diz disposta
a antecipar obras. O grupo norte-americano PSEG, que participa
da distribuidora RGE, também estuda ampliar investimentos no Brasil
com três novos projetos, além da térmica que já está em construção
no Paraná, numa parceria com a Petrobras. (Gazeta Mercantil -
21.05.2001)
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3- Termoelétrica argentina deve disponibilizar 3 mil
MW para o Brasil |
A Argentina exportará 3 mil MW a mais para
o Brasil em 2004. O projeto, a ser desenvolvido pela argentina
CTR e pela brasileira Tradener, inclui a construção de termoelétrica
de gás natural com capacidade para 3 mil MW em Puerto Iguazu.
O custo deve ser de US$ 3 bi e gerará vendas de energia de US$
650 mi por mês. A construção de gasoduto de 1200 Km ligando a
Bolívia à Argentina deve consumir US$ 800 mi, enquanto a usina
deve sustar US$ 1,6 bi. O restante dos investimento será destinado
à linha de transmissão de 815 Km. A termoelétrica deve consumir
14 mil metros cúbicos de gás por dia e deve fornecer mais 20 mil
metros cúbicos diários para o Brasil. As obras devem começar entre
o fim de 2002 e início de 2003. (Individual News - 17.05.2001)
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4- Petrobras antecipa construção de térmicas |
A Petrobras vai antecipar, de 2003 para 2001, o cronograma de
implantação das usinas termelétricas a gás incluídas no PPT e
nas quais tem participação. A iniciativa começará a ser viabilizada
na última semana de maio de 2001, quando a força-tarefa que discute
a participação estatal na expansão da capacidade de geração do
País deverá negociar, também, a entrada da Eletrobrás como sócia
minoritária nos projetos do PPT. Das 56 usinas incluídas originalmente
no programa, 14 já começam a sair do papel, sendo dez com participação
direta da Petrobras, e que serão responsáveis por um acréscimo
de 1,527 mil MW entre o final de 2001 e início de 2002. (Gazeta
Mercantil - 21.05.2001)
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5- Alstom faz parceria com Petrobras |
O complexo industrial da Alstom Brasil, divisão Power, em Taubaté
(SP), busca uma solução que lhe dê mais segurança para enfrentar
a crise: vai construir uma pequena usina termelétrica em Taubaté,
para tornar-se auto-suficiente na produção de energia. Segundo
o superintendente geral e de serviços e sistemas de qualidade
da Alstom, Mohamed Fawzy Mogawer, a empresa fechou uma parceria
com a Petrobras, Ford, Malteria do Vale e a concessionária de
energia Bandeirante para construir uma usina térmica movida a
gás natural. A unidade, de acordo com o superintendente, será
projetada para uma capacidade de geração de 30 MW/h e demandará
investimentos de R$ 15 mi. O excedente de produção será vendido
para a Bandeirante. A operação da usina deve ser iniciada em dois
anos e será gerenciada pela Petrobras. Sua localização ainda não
está definida, mas as empresas usuárias do gás estudam a possibilidade
de uma delas ceder uma área em suas instalações industriais para
a construção da usina. (Gazeta Mercantil - 21.05.2001)
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1- Setor empresarial propõe medidas de isenção tributária
para ampliar co-geração |
Para ampliar investimentos em co-geração, o setor empresarial
propôs ao governo medidas de isenção tributária, em caráter excepcional.
Segundo o vice-presidente executivo da Companhia Siderúrgica de
Tubarão (CST), José Armando Figueiredo Campos, a incidência da
carga tributária sobre investimentos é de 22%, incluindo o Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto de Importação,
o ICMS e PIS/Cofins. 'Isso contribui para um custo muito elevado
de investimento, de US$ 1.000 por kW instalado' diz o executivo
da CST, que tem três termelétricas próprias, auto-suficiente em
geração de energia elétrica. A construção de uma quarta usina,
por US$ 80 mi, já está prevista. (Gazeta Mercantil - 18.05.2001)
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2- Cervejarias apostam na co-geração de energia |
As principais cervejarias brasileiras apostam na geração própria
e no uso de geradores para manter a produção durante os meses
de racionamento de energia. O segmento vai tirar proveito do fato
de o período de economia forçada coincidir com o inverno, que
é a pior estação para a venda de cerveja. Com muita capacidade
ociosa, as cervejarias planejam o remanejamento interno da produção,
concentrando o trabalho nas unidades que funcionam em regime de
co-geração de energia ou já possuem geradores. Desse modo, a indústria
cervejeira espera conseguir a redução de 20% no consumo de energia
em relação ao inverno do ano 200 sem prejuízo para a produção.
(Valor - 21.05.2001)
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1- Califórnia pode ter previsão de blecautes |
A população da Califórnia pode ter um serviço de previsão de blecautes
semelhante ao de previsão de tempo. O Operador Independente do
Sistema, regulador do Estado, planeja, com o serviço, fornecer
informações para que as pessoas possam se planejar antecipadamente.
Uma das possibilidades é o Estado estabelecer um teto de preços,
que quando alcançado, fará o governo parar de comprar energia
para forçá-los a baixar, mas avise a população com antecedência.
Alguns dos maiores beneficiados com esse serviço seriam os fazendeiros,
que precisam regar suas plantações e dessa forma poderiam prever
quando isso não seria possível. (NYT - 21.05.2001)
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2- Elétricas da Califórnia podem ser processadas por
formação de cartel |
As entidades reguladoras de energia da Califórnia planejam entrar
na Justiça em junho contra um suposto cartel de companhias elétricas
que estariam desligando suas usinas para levantar os preços. De
US$ 200 o MW em dezembro de 2000, a energia já chegou a custar
US$ 2.000 na última semana. De acordo com matéria do LA Times,
a capacidade de geração ociosa nos últimos dois meses foi equivalente
a um terço do consumo da primavera no Estado. As últimas previsões
afirmam que a Califórnia pode sofrer até 15 horas sem luz por
semana nesse verão. (Financial Times - 21.05.2001)
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3- Iberdrola muda de presidente |
O Conselho Administrativo da Iberdrola deve
se reunir, dia 21.05.2001, para nomear Ignacio Sánchez Galán vice-presidente
executivo e conselheiro delegado da elétrica, substituindo Javier
Herrero, que seguirá como vice-presidente não executivo. As mudanças
implicam na criação de nova presidência com poderes executivos
(até agora haviam duas sem poderes executivos), cargo que terá
também função de conselheiro delegado. A nomeação conta com o
respaldo dos principais acionistas da empresa, como o BBVA. Sánchez
Galán, ex-presidente da Airtel, passou pela empresa de motores
de propulsão ITP, filial da IBV, controlada pela Iberdrola e BBVA
e conseguiu fazer bons contratos lucrativos para a empresa. O
novo vice-presidente afirmou que impulsionará a Iberdrola em novo
modelo de gestão, bem diferente do seu antecessor. (Enervia -
21.05.2001)
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4- Espanha pede à Bruxelas para analisar processo da
Hidrocantábrico |
O Ministério da Economia espanhol se propôs a realizar os estudos
dos efeitos da operação de compra de Hidrocantábrico na concorrência
com o argumento de que a atuação da empresa fora do país é mínima.
Desta forma, busca o afastamento da Comissão Européia da investigação.
À primeira vista, a entrada de novos acionistas na Hidrocantábrico
não traria problemas de concorrência, já que nem EDP nem EnbW
têm atividade significativa no país. Entretanto, a portuguesa
e a EDF, francesa dona da EnBW, controlam os mercados limítrofes
da Espanha, o que traria vantagens à Hidrocantábrico frente as
outras empresas de energia do país na hora de comercializar com
o exterior. O governo espanhol poderia aproveitar a oportunidade
para exigir maior transparência nas trocas de eletricidade entre
os países e forçar um aumento das conexões. (Enervia 21.05.2001)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
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Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
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de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
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As
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pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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