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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 644 - 17 de maio de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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índice

 

regulação

1- Estatais vão retomar investimentos

Furnas, Chesf e Eletronorte vão voltar a investir tanto na expansão da geração quanto na transmissão. A medida provisória que regulamentou a Câmara de Gestão da Crise de Energia já adianta que será feita revisão nos limites de investimentos das empresas públicas e traz mudanças na lei 8.666, de licitações, para que a Câmara possa reconhecer o caráter emergencial de obras, serviços e compras necessárias a realização de novos investimentos, mesmo que estas obras ultrapassem o prazo de 180 dias (limite legal para empreendimentos sem licitação). A área econômica do governo, contudo, está desconfortável com a situação de ter que autorizar novos investimentos sem que as empresas públicas sejam submetidas a profundas mudanças, seja com a profissionalização da diretoria, alteração de seus estatutos, recomposição dos Conselho de Administração, introduzindo nessas companhias as regras de boa governança. (Valor - 17.05.2001)

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2- Brasil terá energia argentina em 2004

O projeto de importação de 3 mil MW de energia elétrica da Argentina a partir de 2004, formalizado no dia 16.05.2001 em Curitiba com a assinatura de uma carta de intenções entre os governadores do Paraná e da província de Missiones, Carlos Eduardo Rovira inclui o fornecimento de 20 milhões de metros cúbicos de gás natural ao Brasil. A carta estabelece as bases para o projeto de instalação de uma central térmica a gás de 3 mil MW em Puerto Iguazú, cidade da Argentina próxima à fronteira com o Brasil, em Foz do Iguaçu, no PR. O empreendimento está orçado em US$ 3 bi e, a rigor, o futuro do empreendimento depende da conquista de grandes investidores que, segundo os envolvidos no projeto, já teriam demonstrado interesse nesse projeto. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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3- Câmara e Senado investigarão crise energética

A criação de uma Comissão Especial Mista para discutir a crise energética no País foi anunciada, dia 16.05.2001, pelo presidente da Câmara, Aécio Neves, depois de uma reunião de líderes. Segundo Aécio, o Congresso não vai assistir passivamente à crise e pretende tornar mais transparente o problema. A Comissão pretende discutir as causas do desabastecimento, propostas emergenciais para o racionamento de energia, os investimentos no setor e o modelo atual de privatização. (Agência Câmara - 16.05.2001)

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4- Paraná vai aumentar oferta de energia em 1.500 MW em 2001

Até o final de 2001, o Paraná vai oferecer mais 1.500 MW de energia, o que representa um aumento de 33% sobre a produção atual da Copel. Dentro de um ano, começam a chegar ao Brasil 1.000 MW que a Copel contratou da Argentina, em 1999. Segundo o presidente da Copel, Ingo Hubert, a energia provém de várias termelétricas argentinas e será jogada no sistema interligado do Sul-Sudeste, ampliando o abastecimento nas regiões de maior produção econômica e maior consumo de energia do País. A energia vai entrar no Brasil pelo Rio Grande do Sul, indo até Itá, em Santa Catarina, e de lá até o Paraná. (Agência Brasil - 16.05.2001)

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5- Paraná formaliza compra de 3 mil MW da Argentina

O governador Jaime Lerner formalizou no dia 16.05.2001, a compra pelo Brasil de 3 mil MW da Argentina, durante 20 anos, a partir de 2004. Lerner e o governador da província argentina de Misiones, Carlos Eduardo Rovira, assinaram, em Curitiba, uma carta de intenções para a implantação do Projeto Energético Mercosul (PEM), um investimento calculado em US$ 2,9 bi. Para o governador Carlos Rovira, o desenvolvimento do projeto é o passo mais importante para a efetiva integração energética entre o Brasil e a Argentina. "Estamos dando início a realização de um sonho, justamente num momento muito especial, em que o Brasil passa por uma crise de energia e a Argentina enfrenta uma delicada situação econômica" disse Carlos Rovira. (ABN - 16.05.2001)

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risco e racionamento

1- Câmara de Gestão da Crise antecipa cortes

O presidente da Câmara de Gestão da Crise, Pedro Parente, anunciou, dia 17.05.2001, resolução impondo medidas que antecipam o corte de energia com início antes previsto para o dia 01.06.2001. Cerca de um terço da iluminação pública das ruas deverá ser apagada. Estão proibidos os jogos de futebol, e esportes em geral, após as 18h. As noites também vão ficar sem shows e festas em ambientes abertos, sem parques de diversões, exposições, rodeios, circos - todos aqueles que exijam fornecimento provisório de energia. O governo não informou até quando as medidas permanecerão em vigor. Também não explicou quanta energia será poupada com tais providências. Empresas com novos investimentos comerciais ou industriais que ainda não tiverem firmado contrato para receber energia vão ter de adiar o início de seus negócios até o fim do racionamento. O pacote de medidas também proíbe o gasto de energia em monumentos, peças de publicidade, como outdoors, e fachadas de prédios públicos federais. O plano atinge o Distrito Federal e 16 Estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Para ler a íntegra da resolução assinada pelo ministro Pedro Parente, presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, no dia 17.05.2001, clique aqui. (Folha e UFRJ - 17.05.2001)

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2- Governo anuncia no dia 18.05.2001 medidas do programa de racionamento

O presidente Fernando Henrique Cardoso deve anunciar, no dia 18.05.2001, as medidas do programa de emergência de racionamento de energia. Dentre elas, o corte do fornecimento dos consumidores que ultrapassarem a cota de consumo, além do pagamento de maior tarifa. Segundo um dos integrantes da Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGE), os técnicos farão o levantamento da média mensal de consumo dos vários segmentos no ano 2000 e, a partir desse número, será determinada uma redução de cerca de 20%. Não haverá privilégios a nenhum tipo de consumidor, seja residencial, comercial ou indústria. 'Os cortes poderão atingir a todos', disse a fonte do governo. Cortes generalizados estão praticamente descartados no início de junho de 2001 e só deverão ocorrer se as medidas preventivas não trouxerem resultado. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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3- Eletrointensivos devem arcar com redução maior

O governo estuda a aplicação de cortes maiores nos consumidores eletrointensivos, a fim de reduzir os efeitos políticos do racionamento de energia na população. Algumas fábricas de produção de alumínio, soda-cloro, siderurgia e gases industriais seriam fechadas com esse objetivo. "Estamos em uma guerra, e isso exige sacrifícios de todos os lados", disse uma fonte empresarial que acompanha de perto as discussões. As indústrias que tivessem suas unidades paradas seriam ressarcidas. No caso das indústrias de gases industriais, aqueles indispensáveis a hospitais e pólos petroquímicos (como oxigênio e nitrogênio) não sofreriam cortes. Mas existe um problema que pode atrapalhar a negociação. "É preciso ver se é possível importar esses produtos, como soda-cloro e gases, que em grande parte deixariam de ser feitos aqui", comentou a fonte. De acordo com outra fonte, o setor siderúrgico deve começar a produzir, a partir de agora, com minério e carvão de menor qualidade nos alto-fornos, para reduzir a produtividade e o consumo. (Valor - 17.05.2001)

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4- Parente promete flexibilizar regras para distribuidoras

Representantes das empresas de geração e distribuição de energia saíram da reunião que tiveram, dia 16.05.2001, com o ministro Pedro Parente, presidente da Câmara de Gestão da Crise, confiantes de que o governo vai flexibilizar as leis que regem o setor para reduzir os chamados riscos regulatórios. A "existência de riscos regulatórios" serve de argumentos para a iniciativa privada justificar o ritmo lento dado aos investimentos no setor de uma forma geral e a não adesão ao Programa Prioritário de Termeletricidade. Esse foi um dos pontos da conversa de mais de três horas convocada por Parente para discutir o racionamento de energia, cujos detalhes serão conhecidos amanhã. Luiz Carlos Guimarães, diretor-geral da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) afirmou ter ficado clara "a disposição do governo" em solucionar as pendências. (Valor - 17.05.2001)

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5- Empresas querem administrar falta de energia

A crise do setor de energia está levando grandes empresas brasileiras a se reunirem em torno de uma estratégia comum: querem administrar a falta de energia e são contrárias aos cortes lineares, como se discute no governo. A idéia é defendida pela Companhia Vale do Rio Doce, pela siderúrgica Gerdau, pela Sadia e pela Samarco Mineração. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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6- Impacto sobre a indústria pode chegar a US$ 3,2 bi/mês

O impacto do racionamento sobre a produção da indústria poderá ser de US$ 3,2 bi por mês, considerando um corte linear de 20% na oferta de energia elétrica, que representará redução de 25,79 milhões de MW/h no volume entregue ao setor industrial em todas as regiões do país. Se o corte no fornecimento durar seis meses, como alguns têm previsto, a fatura poderá ficar em US$ 19,32 bi. Isso equivale a dizer que os cortes poderão comprometer o equivalente a 3% do PIB registrado em 2000, que foi de aproximadamente US$ 600 bi. Esses cálculos foram feitos por um especialista do setor elétrico, recém-saído do governo. Ele toma como base o custo marginal médio de cada MW não entregue à indústria - incluindo os eletrointensivos - de US$ 1.500. Esse valor é estimativo, já que tenta projetar o custo da não produção do bem por falta de energia, e as conseqüências sobre a economia. O custo embute o incomensurável: o da não existência da energia para o consumidor industrial. O cálculo é baseado em estudo apresentado em 2000 à Aneel por técnicos do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), da Eletrobrás. (Valor - 17.05.2001)

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7- Secretário da Receita confirma prejuízos para a arrecadação

O secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, afirmou no dia 16.05.2001 que não tem a menor dúvida de que o racionamento de energia afetará a arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais. Ele explicou que, nas receitas federais, o impacto será imediato na Cofins, que incide sobre energia elétrica. O racionamento também levará, de acordo com o secretário, à queda de receitas do IR, do IPI e do PIS. No caso dos Estados o impacto direto é no ICMS que incide sobre combustíveis, telefonia e energia elétrica, itens que, segundo Maciel, correspondem a 30% ou até 50% da arrecadação estadual, de acordo com a região. (Jornal do Commercio - PE - 17.05.2001)

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8- Pesquisa indica queda de 21% na produção do Rio

A indústria do Rio está projetando que a imposição de cotas de consumo de eletricidade vai acarretar redução de 21% na produção e no faturamento a partir do início do racionamento. O cálculo leva em conta a necessidade de que a indústria tenha de fazer uma economia de 18% no consumo de energia elétrica. Os dados fazem parte de pesquisa feita pela Federação das Indústrias (Firjan) junto a 86 empresas de 14 setores.O trabalho mostra ainda que a perda esperada pelos empresários na produção e no faturamento chega a 28% e 29%, respectivamente, quando se considera um corte de energia de três horas por dia a partir de junho. Os setores de papel e papelão, matérias plásticas, produtos alimentares, minerais não metálicos e material elétrico projetam prejuízos acima de 25%. A crise energética também reduziu de 5%, em janeiro, para 2% agora as previsões de crescimento nas vendas da indústria fluminense para este ano. Esse percentual leva em conta o racionamento de energia pelo sistema de cotas. (Valor - 17.05.2001)

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9- Indústria do Rio prefere pagar mais por consumo acima das cotas

Pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) com 86 indústrias fluminenses que atuam em 14 setores diferentes revela que a maioria das companhias consultadas afirma não querer aderir ao racionamento por cotas. De acordo com a pesquisa, as empresas preferem pagar mais pelo consumo acima das cotas estabelecidas pelo governo. O documento será divulgado no dia 16.05.2001 durante reunião do Conselho de Energia da Firjan. (O Globo - 16.05.2001)

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10- Centrais sindicais sugerem redução da jornada de trabalho

As três principais centrais sindicais do País apresentaram no dia 16.05.2001 diferentes propostas de redução da jornada semanal de trabalho à Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGCE), como meio de minimizar o impacto do racionamento nas taxas de desemprego. No entanto, saíram da reunião com o ministro Pedro Parente sem o aval à reivindicação. A Força Sindical e a CGT entregaram a Parente uma proposta conjunta com 11 tópicos, entre os quais a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, medida que viabilizaria quedas de 4,3% no consumo de energia da indústria e de 2,5%, no caso do comércio, segundo os cálculos das entidades. A CUT pediu ao Governo a diminuição de 10% da jornada semanal de todas as categorias profissionais. Mas agregou a reivindicação de que seja mantida a estabilidade de emprego enquanto permanecer a situação de crise energética. (Jornal do Commercio - PE - 17.05.2001)

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11- Bandeirante vai negociar corte na iluminação pública com segurança pública

A Bandeirante Energia só vai reduzir a iluminação pública em 35% após negociar com as prefeituras e os responsáveis pela segurança pública. Segundo o assessor da presidência da empresa, Roberto Mário Di Nardo, a idéia inicial é desligar uma a cada três lâmpadas colocada nas ruas. "A partir dessa proposta, vamos negociar com as autoridades a melhor forma de aplicar a nova resolução'', disse Di Nardo. Entre as regiões abastecidas pela Bandeirante estão o Vale do Paraíba, a Baixada Santista, Alto Tietê e região de Sorocaba. (Correio Brasiliense - 16.05.2001)

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12- Chesf transfere potencial hídrico

A Chesf e o ONS adotaram uma medida extrema na tentativa de minimizar os efeitos do racionamento de energia. A estatal reduziu o nível de atividade de quatro das oito usinas hidrelétricas localizadas na bacia do São Francisco. Com a redução das atividades, as usinas Apolônio Sales e Paulo Afonso I, II e III passam a operar com apenas 20%, suficiente apenas para manter o nível de água no rio. 'Estamos deslocando o potencial hídrico para unidades que possuem melhor capacidade de geração de energia. Com a medida esperamos ampliar a oferta atual, que está na casa dos 6 mil MW, em até 2%', diz o diretor de Operações da Chesf, Paulo de Tarso. Em épocas consideradas normais, essas usinas são responsáveis por cerca de 25% da energia produzida pela companhia. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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13- Nível de Sobradinho pode zerar em setembro de 2001

De acordo com o presidente da Chesf, Mozart Siqueira, sem o racionamento, o nível da barragem de Sobradinho poderá zerar em setembro de 2001. O alerta foi dado no dia 16.05.2001. A projeção é de que, se o consumo se mantiver no mesmo nível nos próximos três meses, não haverá mais água para se produzir energia. O lago de Sobradinho é o principal do sistema Chesf e responsável por 70% da água utilizada nas hidrelétricas. Se a barragem chegar a um colapso, o Nordeste ficará sem energia. "Estamos colocando a situação dessa forma para que todos saibam da gravidade da crise", afirmou. O presidente disse que os riscos só foram conhecidos em fevereiro de 2001, quando as chuvas se tornaram bastante escassas. (Jornal do Commercio - PE - 17.05.2001)

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14- Sobradinho pode ter situação ainda pior em 2002

Segundo o presidente da Chesf, Mozart Siqueira, há um risco sério da situação da barragem de Sobradinho ser ainda pior no ano 2002. Isso porque, no início do período de chuvas de 2001, o nível das barragens estava melhor do que em 1999, chegando a 65%. A perspectiva agora é que, em novembro 2001, as barragens estejam com apenas 5% de sua capacidade, com o racionamento. Alguns especialistas também já alertam que, no início de 2002, as chuvas serão tão escassas como em 2001. O próprio presidente da Chesf diz que essa seria a tendência. (Jornal do Commercio - PE - 17.05.2001)

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empresas

1- Celesc e Gerasul melhoram resultados

O crescimento do mercado e o aumento das tarifas de energia elétrica melhoraram os resultados da Celesc no primeiro trimestre de 2001. O lucro líqüido foi de R$ 9,8 mi entre janeiro e março, frente ao prejuízo de R$ 4,6 mi do mesmo período de 2000. Em relação ao primeiro trimestre de 2000, as tarifas médias comercializadas pela Celesc ficaram 21,9% mais caras, atingindo R$ 115,45 o MW/h. O reajuste tarifário e o aumento na energia vendida também fez crescer o faturamento da Gerasul. A receita líqüida de vendas da companhia atingiu no primeiro trimestre R$ 329,2 mi, 35% a mais que no mesmo período de 2000. O impacto da variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira reduziu os lucros da Gerasul, que no primeiro trimestre do ano 2000 foram de R$ 63,4 mil, para R$ 41 mi em 2001. (Gazeta Mercantil - 16.05.2001)

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2- Lucro da CTEEP sobe para R$ 12 mi no 1º trimestre

O lucro líquido da CTEEP, que detém 49% do capital ordinário da Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE), aumentou 106% no primeiro trimestre de 2001, passando de R$ 5,837 mi para R$ 12,029 mi. O resultado operacional, que estava em R$ 5,921 mi, subiu 220,6%, para R$ 18,984 mi. A receita líquida cresceu 10,4%, atingindo R$ 87,005 mi. O resultado bruto saiu de R$ 1,205 mi negativos para R$ 9,197 mi positivos. A empresa contou com receitas operacionais de R$ 9,787 mi, expansão de 37,3% ante o mesmo trimestre de 2000. Nesse item, a conta financeira líquida contribuiu com R$ 4,590 mi positivos, uma variação de 320,7% em relação aos R$ 1,091 mi do exercício anterior. A equivalência patrimonial rendeu ganhos de R$ 5,197 mi. (Gazeta Mercantil - 15.05.2001)

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3- Celpe reverte prejuízo e lucra R$14,14 mi

A Celpe reverteu o prejuízo de R$ 148,17 mi registrado no primeiro trimestre de 2000 e fechou março de 2001 com lucro de R$ 14,14 mi. O resultado operacional também deu um salto significativo no intervalo de comparação. A distribuidora deixou para trás um déficit de R$ 206,98 mi e apresentou superávit de R$ 22,39 mi. A receita líquida com vendas e serviços, por sua vez, teve um incremento de 8,42%, passando de R$ 179,65 mi no primeiro trimestre de 2000 para R$ 194,78 mi em 31 de março de 2001. Já o resultado bruto da distribuidora pernambucana sofreu um recuo, ao diminuir o superávit de R$ 101,84 mi para R$ 93,88 mi, o que representou uma diferença de 7,81%. A Celpe continuou a apresentar perdas financeiras no primeiro trimestre de 2001, porém menores que no mesmo período de 2000. A variação positiva foi de 90,43%, entre os R$ 12,53 mi deficitários em 31 de março do ano 2000 e o resultado do ano 2001, de R$ 1,20 mi. O patrimônio líquido da companhia é de R$ 590 mi. (Gazeta Mercantil - 16.05.2001)

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4- VBC investe em projetos de geração

A VBC está investindo R$ 3,1 bi em projetos de energia que vão gerar 5,1 mil MW de potência. 'Somos o grupo que mais está investindo no setor', afirma o presidente da VBC, Marcelo Corrêa. 'Vamos ser responsáveis por 7% da capacidade instalada de geração do Brasil.' Em geração, a empresa é dona da usina de Serra da Mesa, em Goiás, com potência instalada de 1.275 MW, da termelétrica de Carioba, em Americana (SP), e participa com a Shell da construção de Carioba II, da usina de Barra Grande, na região Sul, ao lado da Alcoa e Valesul, e do Complexo Ceran, no RS, por meio da CPFL, arrematada em leilão de privatização. Além disso, a VBC tem interesse na hidrelétrica de Campos Novos, onde será dona de 70% do projeto, e em Foz do Chapecó, onde a participação será de 40%, ambos na região Sul, que somam potência instalada de 1,7 mil MW. Os investimentos serão de R$ 1,6 bi. Executivos do setor apontam a CVRD como sócia da VBC nos dois projetos, embora o presidente da VBC não confirme. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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5- VBC vai abrir seu capital

A VBC vai abrir o capital, provavelmente em outubro de 2001, no Brasil e em Nova York, numa emissão de cerca de US$ 1 bi. Para isso, a VBC e seus sócios, Previ e Bonaire, estão concluindo a criação de uma grande companhia energética, a maior de capital nacional em geração, distribuição e comercialização de energia. A idéia é reunir todos os ativos em uma holding, batizada de 'nova CPFL'. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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6- Chesf decide comprar energia para afastar o risco de colapso

A Chesf está buscando diversas opções para amenizar a situação crítica dos seus reservatórios d'água. Para isso, a empresa está comprando energia de produtores independentes e colocando em funcionamento sistemas emergenciais. Segundo o presidente da Chesf, Mozart Siqueira, a empresa está comprando energia da Companhia Petroquímica do Nordeste (Copene), que produz 40 MW em seu parque industrial na Bahia. A geradora está pagando R$ 190 pelo MW/h e revende essa mesma energia por R$ 40 o MW/h. Por fim, o ONS determinou que todo o excedente de energia produzido na usina hidrelétrica de Tucuruí seja enviado para o Nordeste. Isso significa 1 mil MW a mais no sistema Chesf. No entanto, esse volume poderá reduzir, a partir de agora, quando se inicia o período seco do Rio Tocantins. (Jornal do Commercio - PE - 17.05.2001)

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7- Crise energética estimula indústria de material elétrico no RS

As indústrias de material elétrico do Rio Grande do Sul vêm registrando nas últimas semanas maior número de consultas e encomendas. `Diante dos novos pedidos tivemos que ampliar as programações de vendas que havíamos feito`, diz Marilen Anesi Aguzzoli, diretora comercial da Universal Peletri S/A, de Caxias do Sul, que produz reatores eletrônicos e magnéticos para uso em lâmpadas fluorescentes tubulares. Embora as perspectivas sejam de ampliação das vendas, Marilen afirma que este crescimento deverá ser temporário, pois a produção poderá ficar prejudicada posteriormente pela possibilidade de racionamento também no RS. Mesmo adotando posição cautelosa, ela acredita que as projeções da companhia, que emprega 300 pessoas e faturou no ano passado R$ 18 mi, serão superadas. No entanto, não revelou os índices previstos. (Gazeta Mercantil - 16.05.2001)

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financiamento

1- Racionamento já afeta crédito para empresas

O racionamento de energia nem começou mas começa a afetar o crédito para empresas. Os bancos ainda analisam com cuidado a situação, mas alguns se antecipam e um banco de varejo de médio porte já não concede mais empréstimos com aval para empresas que terão seus resultados impactados. Empréstimo agora só com garantias. A coisa não é alarmista, mas para os especialistas, o racionamento vai mexer em preço, volume e prazos no crédito claramente. 'Mesmo as empresas que são auto-suficientes vão sofrer. Pois tendo demanda, interna ou externa, não terão como produzir', disse o operador de um banco estrangeiro de grande porte. 'Os bancos já têm que embutir esse risco no preço.' Para esse operador, os setores que serão mais atingidos são os de siderurgia, mineração e alumínio. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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2- AES Tietê capta US$ 300 mi, com prazo de 15 anos

A AES Tietê Holdings, controladora da geradora de energia AES Tietê, concluiu o lançamento de US$ 300 mi em eurobônus por um inédito prazo de 15 anos - o mais longo já alcançado por um título de dívida privado brasileiro. Esse prazo foi conseguido graças à estrutura da operação, liderada pelo Bank of America, que contou com seguros de risco político e contra a desvalorização cambial emitidos pela Overseas Private Investment Corporation (Opic). Por causa dessas garantias, os papéis receberam uma avaliação de 'investment grade' (de baixo risco) das agências de classificação Moody's (Baa3) e Fitch (BBB), acima portanto do 'rating' soberano do Brasil (B1 e BB-, respectivamente). Dessa forma, os bônus da AES Tietê puderam ser vendidos por grandes investidores institucionais (fundações, fundos de pensão, seguradoras) norte-americanos e europeus que não podem negociar papéis com alta taxa de risco. 'Atingimos nosso principal objetivo, que era o de refinanciar uma dívida por um prazo maior e com um custo menor', afirmou Andrea Rushmann, diretora-financeira da AES Tietê. A empresa vai pagar um cupom de 11,50% ao ano, mesma taxa que será oferecida como retorno ao investidor, já que os papéis foram vendido ao par, isto é, por seu valor de face. Os recursos serão utilizados no refinanciamento de uma dívida de cerca de US$ 270 mi com o BNDES, que tinha prazo médio de três anos e meio e um custo médio anual de 13% acima da variação cambial. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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3- BNDES pode aumentar crédito para grandes consumidores

O Governo Federal convocou os maiores consumidores de energia do País para uma reunião urgente, com o objetivo foi discutir idéias para a racionalização do uso de energia. O encontro foi realizado no dia 16.05.2001 no BNDES e conduzido pelo presidente do banco, Francisco Gros, contando com a presença de representantes das maiores empresas dos setores de alumínio, siderurgia e ferro-ligas. De acordo com Gros, a intenção é avaliar a contribuição que os setores eletrointensivos podem dar para o enfrentamento da crise. O BNDES, por enquanto, vai participar ouvindo. "Tudo o que puder viabilizar o aumento da oferta de energia será muito bem-vindo pelo Governo. Todo e qualquer projeto que vise aumentar a oferta de energia será prioritariamente apoiado pelo BNDES", disse Gros. Segundo ele, o BNDES passará a ter um papel maior no financiamento do setor energético. "Se necessário", disse, "o banco aumentará sua linha de crédito.'' (Jornal do Commercio - PE - 17.05.2001)

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4- Swap argentino valoriza bradies

O mercado financeiro internacional mostrou um bom humor generalizado no dia 16.05.2001. A divulgação pela imprensa argentina de algumas notícias sobre a troca de títulos sustentou a alta dos bônus das economias emergentes ao longo de todo o dia. A informação é de que os fundos de pensão e bancos locais já se comprometeram a participar da troca, garantindo volume equivalente a que já US$ 18 bi. Mas a notícia foi considerada óbvia, uma vez que, segundo analistas, os fundos não têm muita escolha. Topam a troca ou encaram a moratória. Também ajudou os bradies, a valorização das grandes bolsas internacionais. Estas, influenciadas diretamente pelo corte de juro do Fed. Os eurobônus de prazos mais curtos foram os mais beneficiados. O prêmio brasileiro, medido pelo índice EMBI+ do JP Morgan, subiu 6 pontos-base, para 830 pontos, em maio. Ao mesmo tempo, o argentino caiu 59 pontos, para 1007. No dia 16.05.2001, o C-Bond era cotado em alta de 2% para US$ 0,751 e spread de 821 pontos e o FRB subia 3% para US$ 0,849 com spread de 1067 pontos. (Valor - 17.05.2001)

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5- Apagão representa risco para bancos

O Brasil será um dos raros países com um sistema financeiro tão amplo, até pela dimensão geográfica, a ficar exposto a um dramático risco operacional - uma figura nova, recém-incorporada ao Acordo da Basiléia e que abrange a possibilidade de perdas derivadas de falhas de computadores, erros, humanos, falhas de julgamento, fraudes deliberadas, enfim, tudo o que não se enquadra nos conhecidos riscos de crédito (o popular calote) ou de mercado (o dólar disparar). Na atualização do acordo que estabelece um novo padrão bancário global, o Comitê da Basiléia introduziu o risco operacional, definido como 'o risco de perdas diretas ou indiretas decorrentes de falhas ou inadequação de processos internos e pessoas ou de eventos externos'. Bancos e mesmo empresas estão inextrincavelmente atados aos meios eletrônicos dado o enorme volume de informações, o quadro disponível de funcionário, a velocidade necessária para a disponibilização de recursos e serviços financeiros. Assim, segundo o professor de finanças do Instituto Mauá de Tecnologia, Osias Brito, o apagão enquadra-se perfeitamente no conceito de risco operacional da Basiléia, que propõe uma provisão para eventuais perdas de até 20% da receita bruta dos bancos para cobrir prejuízos com os sistemas. Processos desenhados para serem operados com meios eletrônicos constituem um dos pontos mais críticos dos bancos. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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6- De la Rúa autoriza 'swap'

O presidente argentino, Fernando de la Rúa, deu início oficialmente no dia 16.05.2001 à megatroca de parte da dívida pública nacional ao assinar um decreto autorizando a realização da operação financeira e provavelmente pedirá no dia 17.05.2001 a autorização à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para emitir os novos bônus num total de até US$ 29 bi, embora na realidade espere trocar entre US$ 20 bi e US$ 25 bi. Com a medida, o governo De la Rúa dá, finalmente, o aval político para a realização da operação, algo que o ministro da Economia, Domingo Cavallo, vinha reclamando nos últimos dias. Segundo vários analistas do mercado local e uma alta fonte do Ministério da Economia, a primeira parte do "swap" se destinaria à negociação com os investidores institucionais - principalmente as Seguradoras de Risco de Aposentadorias e Pensões (SRAP). Depois, viria a negociação com os investidores estrangeiros na qual o governo espera arrecadar cerca de US$ 7 bi. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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7- Taxas de juros cede com notícia de 'swap'

As projeções para as taxas de juros fecharam em baixa pelo segundo dia consecutivo. Os títulos da dívida fecharam com forte valorização. Os investidores gostaram de saber que o presidente argentino, Fernando de la Rúa, assinou o decreto que autoriza a troca dos títulos da dívida de curto prazo por outros mais longos. Entre os contratos de juros mais negociados na BM&F, o de julho passou de 18,21% para 17,74% ao ano. A taxa de outubro saiu de 21,26% para 20,35% ao ano. O contrato a termo de DI, de um ano - que indica a taxa prefixada para o período - passou de 22,75% para 22,33%. Ainda no segmento de renda fixa, o BC doou recursos às instituições para equilibrar a liquidez no sistema financeiro. A operação vai até o dia 18.05.2001manhã e teve juros de 16,30% ao ano. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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8- Contágio argentino e crise de energia encarecem captações

As indefinições na Argentina e a crise energética do país estão dificultando as captações externas das empresas brasileiras. Mesmo companhias de primeira linha, como a AES no Brasil, acabam pagando mais caro do que o previsto inicialmente por seus papéis, apesar da cobertura de risco da conhecida seguradora Opic (Overseas Private Investment Corporation), do governo dos Estados Unidos. Os bancos, apesar de menos ariscos do que os investidores em bônus, estão mais seletivos e demorados na aprovação dos empréstimos. O mercado japonês e o da Europa são alternativa. O BNDES se prepara para lançar "bônus samurais" no mercado japonês de vencimento em quatro ou cinco anos de cerca de US$ 244 mi para rolar dívida de US$ 365 mi que vence no dia 17.06.2001. "A Argentina atrapalhou bastante nossa captação, pois o mercado está muito volátil. Os investidores também perguntaram muito sobre a crise energética no Brasil", disse Andrea Hushmann, diretora financeira da AES Tietê Holdings. A idéia inicial da AES era emitir bônus de US$ 300 mi pagando de 10,50% a 11% ao ano ao investidor. Acabou aceitando pagar 11,50% ao ano de cupom (juro nominal) e rendimento, 0,50 pontos percentuais a mais do que o previsto. A operação foi um "private placement", uma colocação direta junto a grupo de investidores. O líder foi o Bank of America. (Valor - 17.05.2001)

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gás e termoelétricas

1- Obras do gasoduto Argentina-Brasil começam até setembro de 2001

A Transportadora Sulbrasileira de Gás S.A. (TSB) deve iniciar as obras do gasoduto Argentina - Brasil nos próximos quatro meses. O início da operação, agora previsto para abril de 2003, representa um atraso de mais de um ano em relação ao cronograma inicial. O diretor-geral da TSB, Jorge Dias da Costa, diz que a demora é conseqüência do lento processo de negociação para fechar o contrato com a Repsol-YPF e Petrobras para o transporte de gás argentino. A proprietária do gasoduto ainda negocia empréstimos, com o BNDES e instituições estrangeiras, para financiar 70% dos US$ 265 mi do investimento total. A TSB é formada pela Gaspetro (25%), Total Fina (25%), Ipiranga(20%), Tecgas-Techint (15%), Repsol-YPF (15%). (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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2- Chesf coloca termoelétrica em operação

A Chesf colocou em operação a sua usina termelétrica, localizada no Pólo Petroquímico de Camaçari. Utilizando óleo diesel, a usina tem capacidade para gerar 290 MW. A empresa só lança mão dessa térmica em momento de crise como o que está acontecendo agora. Outra determinação foi o aumento da capacidade de produção da usina Boa Esperança, localizada no Rio Parnaíba que, ao contrário do que aconteceu com o São Francisco, foi beneficiado com um bom volume de chuva. A usina, normalmente, produz 200 MW de energia, mas está trabalhando com 220 MW. (Jornal do Commercio - PE - 17.05.2001)

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3- Térmica de S. Gonçalo vai operar em março de 2002

A usina termelétrica fluminense de São Gonçalo, que será reativada e ampliada por Furnas Centrais Elétricas, já poderá começar a operar em março de 2002. A medida será resultado de uma parceria com a japonesa Toshiba, empresa que se comprometeu a fornecer imediatamente todo o equipamento necessário para as obras, previstas para iniciar em setembro de 2001 ao custo de US$ 130 mi. Em troca, Furnas vai comprar todos os 130 MW a serem gerados pela japonesa, que também operará a central. Os investimentos previstos para a Toshiba prevêem a conversão da usina para o gás natural, modernização das instalações e ampliação da potência. Além de garantir o escoamento do gás produzido pela Petrobras, ao custo de US$ 2,47/milhão de BTU. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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4- Duke planeja investir US$ 450 mi em termoelétricas no Brasil

A Duke Power International planeja investir US$ 450 mi na construção de três termoelétricas no Brasil, afirmou o vice-presidente da empresa, Peter Wilt. "O Brasil precisa de abastecimento e nós continuaremos procurando novas formas de trazer energia para o país", afirmou Wilt. (AFX Press - 17.05.2001

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grandes consumidores

1- Samarco já tem pronto esquema interno de racionamento

A Samarco Mineiração, uma das grandes consumidoras de energia elétrica do País instalada na região sudeste, exporta todas as 14 milhões de toneladas de minério que produz anualmente. Possui duas hidrelétricas, com capacidade para 165 MW e que atendem a 35% de suas necessidades, e já tem pronto um esquema interno de racionamento e geração extra que poderá lhe dar uma economia de até 18%. Tudo para não parar. 'Para nós o melhor seria não ter parada nenhuma e que o governo apresentasse um percentual para o racionamento e nos deixasse decidir como cortar', diz Nélio Rodrigues Borges, coordenador da gestão de energia da Samarco. Segundo ele, tanto faz parar um minuto ou três horas, que será necessária outra hora e meia para reativar a produção. Para a Samarco não interessaria sequer uma forma de compensação financeira pela paralisação, já que seu prejuízo seria a perda de mercados externos. 'A concorrência externa é muito forte e não teríamos como compensar a perda'. (Gazeta Mercantil - 17.05.2001)

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internacional

1- Plano de energia dos EUA estimula energia nuclear e exploração de gás e petróleo

O tão aguardado plano de energia norte-americano propõe o alívio de leis para a exploração de petróleo e gás, esforços para a economia de energia como revisão da medida de gás e uma taxa de crédito de US$ 4 bi para o desenvolvimento de uma nova geração de carros mais eficientes no consumo, além de considerar aumento da produção da energia nuclear. Com declaração de que os problemas energéticos ameaçam a economia e a segurança nacionais, o presidente Bush também ordenou a revisão de leis que limitam o uso de áreas do Estado de onde poderiam ser extraídos recursos. Processos contra elétricas que não cumpriam leis ambientais serão revistos, apesar dos protestos do Partido Democrata e de organizações não governamentais. A reciclagem do urânio usado nas usinas nucleares será estimulada, apesar de cara e ecologicamente perigosa. Assim, a produção de plutônio deverá crescer. Por outro lado, pede US$ 10 bi durante 10 anos para estimular a produção de energia alternativa. O plano chama as empresas de energia a construir rapidamente novas usinas e linhas de transmissão, incluindo 38 mil milhas de novas tubulações de gás e novas usinas todos os dias durante os próximos 20 anos.(NYT - 16.05.2001)

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2- Estado da Califórnia entra oficialmente no mercado de energia

O Governador da Califórnia, Gray Davis, assinou, dia 16.05.2001, lei que cria uma agência estatal autorizada a contrair empréstimo de US$ 5 bi para construir, comprar, arrendar ou operar usinas de energia. As elétricas financiadas pela Autoridade Financiadora de Força e Conservação da Califórnia venderão energia a preço de custo, o que deve ajudar a estabilizar o mercado energético do estado. Segundo o Governador, há energia na região, mas especuladores estão esperando o preço subir ainda mais para só então vender. A única forma de combatê-los é produzindo mais. O secretário de Tesouro do Estado afirmou que a medida não evitará blecautes no verão, mas irá estabilizar o mercado. Disse ainda ser esse o começo da desregulamentação, que se mostrou desastrosa. Entretanto, salientou que o Estado irá complementar o mercado e não substituí-lo (Associated Press - 16.05.2001)

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3- Gasoduto cortará custos de energia no Uruguai em um terço

O gasoduto de Cruz del Sur, que ligará a Argentina ao Uruguai, irá reduzir os preços de geração de energia no Uruguai em um terço quando for terminado em janeiro de 2002. Os custos cairão de US$35-60/MW para US$15-20/MW. A British Gas (BG) possui participação de 40% no projeto, enquanto a alemã Wintershall Energy possui 10%, a Pan American Energy, controlada pela BG, 30% e a uruguaia Ancap, 20%. O projeto pretende transportar de 2 a 2,5 milhões de metros cúbicos por dia ao Uruguai, podendo chegar a 5,5 milhões de metros cúbicos. A Wintershall e a Pan American já assinaram um acordo de 15 anos com a estatal UTE para abastecer com 1,75 milhões metros cúbicos a Usina de Jose Battle y Ordonez, com capacidade para 360 MW e a usina de La Tablada, que está sendo convertida para gás natural e possui capacidade para 226 MW. (BNAmericas - 17.05.2001)

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4- Eon planeja expansão européia

A Eon Energie planeja se expandir na Europa, inclusive por intermédio de aquisições. Nos próximos três ou quatro anos, a empresa pretende ter 60% das suas vendas no exterior. Em 2000 a alemã vendeu o equivalente a US$ 11,3 bi e quer dobrar esse valor até 2005. As aquisições não estão descartadas, mas também não serão apressadas. Representante da empresa afirmou que o objetivo no momento são os ativos da Endesa e que não há interesse na privatização da italiana Enel, pois não é financeiramente atrativa. (AFX Press - 17.05.2001)

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5- Cajastur no comando da Hidrocantábrico

A EDP e a Ferroatlântica indicaram Manuel Menendez, presidente da Cajastur, para substituir Oscar Fanjul no comando da Hidrocantábrico. O conselho acionário da empresa deve se reunir, dia 17.05.2001, para eleger o novo conselho administrativo. O número de participantes na administração deve diminuir de 21 para nove. Devido ao processo de veto do governo espanhol à participação da EDP e da EnBW na direção da empresa, apenas um acionista majoritário, a Cajastur, terá direito de votar no novo Conselho, sendo os outros quatro independentes. A Cajastur é sócia dos portugueses, enquanto a Ferroatlântica é aliada dos alemães. Outra decisão tomada é a entrada da HC na Bolsa de Madrid, Barcelona, Bilbao e Valencia. O governo espanhol tem três meses para dar veredicto final sobre a participação das empresas no capital da Hidrocantábrico. (Dow Jones/ El Mundo - 17.05.2001)

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6- EDF compra 4% da italiana Montedison

A EDF comprou 4% da holding italiana que controla o grupo energético Edison. A aquisição se enquadra na estratégia da EDF de crescer na Europa. Na Itália, se teme que a EDF possa se aliar ao investidor Romaim Zaleski, que possui 15% da Montediosn, para arrebatar o controle total da empresa. Desta forma, a francesa usaria a Edison para competir com a estatal Enel, que deverá vender alguns ativos por exigências do governo. Este já se declarou contrário ao negócio pois a entrada de uma empresa controlada pelo Estado e monopolista numa empresa privada não seria algo positivo, afirmou porta-voz do governo italiano. (Enervia/ Dow Jones - 17.05.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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