1- Paraná vai pedir compensação por energia vendida
a outros estados |
O
Estado do Paraná quer compensações financeiras sobre a energia
a mais que terá que fornecer para ajudar os estados do Sudeste,
Nordeste e Centro-Oeste a enfrentar o racionamento. Incluindo
a Hidrelétrica de Itaipu, o Paraná produz 25% da energia elétrica
consumida no país. Nos últimos 30 anos, o estado investiu fartos
recursos próprios na construção de usinas, tendo que alagar mais
de 2 mil quilômetros quadrados de terras férteis para criar as
represas que abastecem as hidrelétricas. Além disso, o Paraná
perde a cada ano R$ 600 mi pelo fato do ICMS sobre energia elétrica
ser cobrado na ponta de consumo. Estes argumentos, diz o secretário
de Planejamento do Paraná, Miguel Salomão, serão expostos ao chamado
"Ministério do Apagão", numa tentativa de obter pelo menos uma
garantia sobre o custo de transmissão de energia elétrica do Paraná
para os outros estados. "O Paraná já doa para outros estados um
terço da energia que produz. Se tiver que doar mais, deverá ter
uma compensação", diz o secretário. (Valor - 14.05.2001)
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2- OAB-SP divulga nota contra privatização da Cesp
Paraná |
A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo, divulgou
no dia 14.05.2001 nota contra a privatização da Cesp Paraná. 'O
processo de privatização está repleto de irregularidades e ilegalidades'',
afirma Carlos Miguel Aidar, presidente da OAB-SP. Segundo a Comissão
Especial de Acompanhamento das Privatizações e Concessões da OAB-SP,
o preço pedido pela Cesp 'é vil e trará prejuízo a todos, principalmente
aos consumidores, que já arcam com altas tarifas''. A nota afirma
que o governo vem sendo omisso em diferentes frentes, seja na
fiscalização, regulamentação e controle do setor energético no
país. A Comissão também alerta para a não obrigatoriedade de o
concessionário investir substancialmente no aumento de produção
de energia durante o período de concessão de 30 anos, justamente
quando o Brasil está diante de uma crise energética sem precedentes,
que irá prejudicar o crescimento econômico e a qualidade de vida
da população. Segundo a nota, Outra 'ilegalidade'' constatada
no processo de leilão é a possibilidade de privatização, junto
com a Cesp, de reservatórios que, além de serem utilizados para
a produção de energia elétrica, são empregados pela população
e destinados à navegação, pesca, irrigação, abastecimento de água,
lazer e turismo e, principalmente, para o abastecimento de água.
A OAB-SP pede a suspensão da privatização da Cesp e diz que exigirá
reparação em Juízo se nada for feito para evitar a lesão ao patrimônio
e ao serviço públicos. (Folha - 14.05.2001)
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1- Câmara de Gestão da Crise Energética realiza primeira
reunião |
Acontece, dia 14.05.2001, em Brasília, a primeira reunião da Câmara
de Gestão da Crise Energética, que vem sendo chamada de "Ministério
do Apagão". O presidente Fernando Henrique Cardoso Participa do
encontro, marcado para as 15h. Os integrantes da Câmara, que terão
nove dias para definir todas as medidas, discutem qual é o déficit
de energia elétrica no país e o percentual de economia necessário
para evitar o colapso do sistema elétrico brasileiro. O ministro
da Casa Civil, Pedro Parente, assume, no mesmo dia, a coordenação
da Câmara, iniciando as discussões para os critérios do racionamento
de energia. O plano de economia de energia será implantado nas
regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste e, segundo o ONS, poderá
ser estendido em agosto ao Sul e, em julho, ao Norte. (Invertia
- 14.05.2001)
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2- FHC garante a Parente recursos para driblar crise |
O presidente Fernando Henrique Cardoso garantiu ao presidente
da Câmara de Gestão da Crise de Energia, Pedro Parente, que não
faltará dinheiro aos investimentos necessários para afastar o
risco de novo racionamento no ano que vem. Foi por essa garantia,
dada pelo presidente no dia 10.05.2001, na presença dos ministros
da Fazenda, Pedro Malan, e do Planejamento, Martus Tavares, que
Parente aceitou o desafio. "Ele terá todos os instrumentos para
enfrentar o problema", confirmou um ministro próximo ao presidente.
Ao tomar posse na presidência da Câmara, Pedro Parente se licenciará
do seu cargo na Casa Civil para se dedicar em tempo integral ao
problema da crise energética. Ele pretende atuar em duas frentes:
administrar a crise no seu dia a dia, com a definição das medidas
que afetem o menos possível a economia e a população; e definir
um plano de investimentos para afastar os riscos de racionamento
em 2002. (Valor - 14.05.2001)
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3- São Paulo propõe adiar apagão por 15 dias |
O secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, vai
levar no dia 14.05.2001, à primeira reunião da Câmara de Gestão
da Crise de Energia , a proposta de adiar por 15 dias o início
do racionamento de energia. O objetivo é dar uma chance à população
de poupar energia nos primeiros 15 dias de junho de 2001. Se a
economia não for suficiente para evitar um colapso no sistema
energético brasileiro, aí então começariam os cortes de luz. (Folha
- 14.04.2001)
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4- Arce pedirá ao governo que não poupe nenhum
consumidor |
O secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, disse
que, se o apagão for inevitável, vai sugerir ao governo que não
poupe nenhum dos consumidores de energia, nem os serviços essenciais,
como hospitais e delegacias. Como, segundo ele, é impossível cortar
a energia de um bairro da cidade de São Paulo sem desligar esses
serviços, Arce acha 'injusto'' que quem está localizado próximo
a eles seja poupado do racionamento e os demais tenham de contribuir
com uma parcela maior na redução do consumo de luz. (Folha - 14.04.2001)
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5- Racionamento de energia pode ser antecipado no Paraná |
O racionamento de energia elétrica, previsto para ser implantado
nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do País a partir do dia 01.06.2001,
poderá chegar ao Paraná antes de agosto, data anunciada pelo governo
federal. ´Não está descartada a possibilidade de começar também
em junho aqui´, disse Luiz Hamilton Moreira, superintendente de
Planejamento e Comercialização de Energia da Copel/Geração, ressaltando,
contudo, que o corte, a princípio, não passaria de 10%, nível
bem abaixo do estimado para os Estados do Sudeste, por exemplo,
onde se fala entre 20% e 40%. (Gazeta Mercantil - PR - 14.05.2001)
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6- Secretários debatem crise do setor |
Idealizado inicialmente para discutir fontes alternativas de energia,
o Fórum Nacional de Secretários de Estado para Assuntos de Energia,
que ocorre, dia 14.05.2001 em Fortaleza, foi obrigado a mudar
radicalmente sua programação. Com a crise do setor, os 26 secretários
estaduais da área vão debater medidas para aumento da oferta de
energia. Também estarão presentes o ministro de Minas e Energia,
José Jorge, o diretor-geral da Aneel, José Maria Abdo, e o presidente
do ONS, Mário Santos. (Valor - 14.05.2001)
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7- Bancos estudam mudar horário de atendimento |
A Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban) deve
solicitar uma reunião com o Banco Central para discutir a questão
do racionamento. Entre os assuntos abordados estará um novo horário
de funcionamento único para as instituições. É preciso definir
o tempo mínimo que as agências funcionarão no dia do apagão. O
ideal seria que todos os postos que tivessem sido paralisados
pela falta de luz abrissem e fechassem suas portas na mesma hora,
dizem dois executivos do setor. Em vez de abrir às 10h e fechar
às 16h, poderiam iniciar os trabalhos mais tarde e fechar uma
hora depois do expediente normal, por exemplo. As instituições,
porém, já não têm visto com bons olhos a hipótese de fechar os
postos por algumas horas, durante o apagão, e depois voltar a
reabri-los. Uma das idéias discutidas é direcionar os clientes
das agências fechadas para outros postos bancários que permaneceram
abertos porque não sofreram falta de luz. (Folha - 14.05.2001)
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8- Fiesp monta quartel-general para monitorar crise
energética |
Um quartel-general será montado na sede da Fiesp para acompanhar
o dia-a-dia do país no escuro. A "sala de operações", como é chamada,
vai reunir informações e calcular o impacto do apagão nas contas
dos 46 sindicatos filiados à entidade. "Não sabemos aonde isso
vai parar, então decidimos montar essa operação", diz Horácio
Lafer Piva, presidente da entidade. (Folha - 14.05.2001)
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9- Firjan projeta perdas com racionamento |
De acordo com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan),
praticamente o único setor produtivo que sairá ileso dos cortes
de energia é o de petróleo. Todas as plataformas são abastecidas
a gás natural e auto-suficientes. Os setores mais afetados serão
os eletrointensivos como o de alumínio, de gases industriais e
de clorosoda. Em seguida, vêm os setores químico, petroquímico,
de aço, cimento, vidro e alimentos. No Rio de Janeiro, cerca de
20% das indústrias têm algum tipo de geração própria. (Jornal
do Commercio - 14.05.2001)
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10- Órgãos públicos do MS começam racionamento de energia
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O governo do Estado de Mato Grosso do Sul espera obter uma economia
financeira de até 25% nas despesas com energia elétrica e reduzir
em 20% a demanda de energia dos órgãos e repartições públicas
com as medidas de racionamento que vai adotar a partir de 14.05.2001.
Em termos financeiros, isto significará uma economia anual de
R$ 2 mi. Uma das principais medidas de economia é a adoção do
expediente de seis horas, a partir do dia 14.05.2001, preferencialmente
das 12h às 18h. A partir desse horário, só permanecerão ligadas
as lâmpadas dos saguões dos prédios. Não será permitida a permanência
dos servidores no local de trabalho fora desse horário. (Agência
Brasil - 13.05.2001)
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11- Perdas da Celpe podem chegar a R$ 100 mi |
A
Celpe calcula que as perdas de receita da empresa com o racionamento
devam alcançar R$ 100 mi, somente no segundo semenstre de 2001,
se a interrupção do fornecimento chegar aos 20%. Executivos da
Celpe e da Cosern, controladas pela espanhola Iberdrola, advertem
que toda a culpa dos apagões recairá sobre as distribuidoras de
energia, o que motivará uma campanha de esclarecimento público
sobre o porquê e como funcionará o racionamento. O vice-presidente
da Celpe, Paulo Cezar Tavares, adverte que as distribuidoras precisam
estar preparadas para uma enxurrada de ações judiciais por conta
das perdas dos consumidores em decorrência dos apagões. A preocupação
tem base no artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor que diz
que o fornecimento de energia tem que ser contínuo. Se alguma
interrupção ocasionar problemas em eletroeletrônicos, segundo
o documento, o caso será encaminhado à distribuidora para que
seja resolvido. (Gazeta Mercantil - 14.05.2001)
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12- Cerj estima prejuízo operacional entre R$ 99 mi
e R$ 200 mi |
A Cerj estima prejuízo operacional entre R$ 99 mi e R$ 200 mi
com racionamento de 15% até 25%, mas ainda não avaliou as perdas
financeiras, provenientes do aumento do custo do crédito. Do total
de sua dívida a Cerj ainda tem 25% na moeda americana, o que complica
a situação devido a alta da moeda. (Valor - 14.05.2001)
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1- Eletrobrás encerra primeiro trimestre de 2001 com
lucro de R$ 1,1 bi |
A Eletrobrás encerrou o primeiro trimestre de 2001 com um lucro
de R$ 1,1 bi, o que corresponde a um resultado de R$ 2,12 por
lote de mil ações contra R$ 0,40 em igual trimestre de 2000. De
acordo com comunicado da Eletrobrás, o resultado registrado no
período é conseqüência dos efeitos da variação dos índices de
atualização dos empréstimos e financiamentos concedidos pela companhia.
A variação do dólar representou a maior parte do impacto positivo,
porque é o principal indexador dos contratos, segundo a Eletrobrás.
A empresa informou ainda que 49% do total da carteira de empréstimos
está em moeda estrangeira. Já a capacidade de geração de caixa,
medida pelo Ebitda, evoluiu de R$ 300 mi no primeiro trimestre
de 2000 para R$ 1,7 bi em 2001. O ativo total da estatal alcançou
R$ 77,2 bi, sendo que os créditos oriundos de financiamentos somaram
R$ 30,4 bi. O aumento da lucratividade, segundo a Eletrobrás,
foi influenciado pelos efeitos da variação dos índices, principalmente
o dólar, de atualização dos empréstimos e financiamentos concedidos
pela estatal. Os empréstimos concedidos com cláusula de atualização
em moeda estrangeira representaram cerca de 49% do total da carteira.
O patrimônio líquido atingiu R$ 63,4 bi e o passivo com instituições
financeiras ficou em R$ 3,9 bi. (Valor e Gazeta Mercantil - 14.05.2001)
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2- Empresas entregam garantias para leilão da Cesp
Paraná |
Termina no dia 14.05.2001 o prazo de entrega de garantias financeiras
para participar do leilão de privatização da Cesp Paraná, marcado
para o dia 16.05.2001, às 9h. As garantias devem ser apresentadas
até as 18h na Bovespa na forma de cheque administrativo ou transferência
por meio do SFB-Cetip à CBLC. Para a apresentação de outras formas
de garantias, o prazo de entrega se encerra no dia 15.05.2001,
também às 18h. (Folha - 14.05.2001)
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3- Eletronuclear tem novo presidente |
A Eletronuclear tem novo presidente. O engenheiro Flávio Decat
de Moura assumiu o cargo no dia 11 de maio. O executivo começou
sua carreira profissional em Furnas Centrais Elétricas (1970/73),
foi diretor de produção de energia da Eletrosul (1992/93) e ocupou
o cargo de vice- presidente da Enersul (1996/97). Na Eletrobrás
atuou como assistente de presidência e foi assistente de Operação
do Sistema para Conservação de Energia. (Canal Energia - 14.05.2001)
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4- Copel vai gerenciar obra de hidrelétrica na China |
A Copel pode vir a gerenciar a construção de uma usina hidrelétrica
na China com capacidade para gerar 1,4 mil MW. A obra será erguida
na província de Hubei, na região central do país asiático, e tem
prazo de conclusão previsto para 2005. A participação da estatal
paranaense no empreendimento se dará por intermédio da empresa
Braspower, a agência que representa os interesses da Copel no
exterior. Segundo o diretor comercial da Braspower, Robson Luiz
Schiefler, a empresa vem prestando consultoria ao governo da província
de Hubei no projeto de construção da usina hidrelétrica desde
o ano 2000. Os contratos já firmados para a obra envolvem as áreas
de prospecção e definição do tipo de barragem. 'Até o momento,
foram firmados oito contratos, no valor total de aproximadamente
US$ 500 mil. Mas há potencial para muitos outros negócios', diz
Schiefler. O novo contrato para gerenciamento da obra será assinado,
provavelmente, até o final de 2001, conforme estimativas feitas
pelo executivo. A usina terá uma barragem de 233 metros e será
uma das maiores já construídas naquele país com tecnologia de
entroncamento de face de concreto. (Gazeta Mercantil - 14.05.2001)
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1- Duke inaugura trading com leilão de energia pela
internet |
A Duke Energy inicia, no dia 14.05.2001, as operações da sua trading
para negociar o fornecimento futuro de energia através de leilões
pela internet. A Duke Trading Brasil vai vender energia para ser
entregue a partir de 2003. O sistema de negociação é semelhante
ao realizado com commodities como café e gado. O comprador fica
com um contrato que garante a entrega, com tarifa, quantidade
e tempo de fornecimento pré-acertado. "A função da nossa trading
é assumir o risco da volatilidade e dar liquidez ao mercado de
energia. No futuro teremos um mercado secundário, onde as opções
de recebimento de energia poderão ser negociadas. Como acontece
hoje no mercado futuro de commodities", acredita Michael Dulaney,
presidente da Duke Energy. O primeiro leilão estará aberto no
site da empresa (www.duke-energy.com.br)
de 2 a 12 de julho de 2001 e serão oferecidos 5 MW, em blocos
de 500 KW e 1000 KW e prazo de fornecimento de um ano. (Gazeta
Mercantil e Valor - 14.05.2001)
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2- Panamco venderá excedente de energia |
A multinacional alemã Messer Griesheim, responsável pelo sistema
de co-geração de energia da Panamco, engarrafadora da Coca-Cola,
em Jundiaí (SP), fechou contrato com a concessionária Bandeirante
Energia para vender o excedente gerado pela operação do sistema,
a partir da quarta semana de maio de 2001. Com tecnologia implantada
pela empresa carioca Cogerar em 2000, que custou US$ 25 mi, o
sistema de geração próprio com gás natural produz excedente de
1.000 MW/h/mês (2,5MW de potência). Os valores exatos não são
revelados mas foram negociados entre R$ 100 e R$ 140 cada MW/h.
'A energia está cada vez mais valorizada e a tendência é que os
preços dos contratos subam', diz Marcelo Fioranelli, diretor comercial
da Messer. (Gazeta Mercantil - 14.05.2001)
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3- Shopping Carioca venderá excedente a Light |
Inaugurado no começo de maio de 2001, no Rio, o shopping Carioca
é o primeiro do País a implantar um sistema completo de co-geração
e conservação de energia que lhe permite transformar gás natural
em energia elétrica e água gelada, e ficar totalmente auto-suficiente
em energia. A capacidade de geração dos dois motores e das duas
caldeiras instaladas de 2,3 mil MW/h/mês é suficiente para iluminar
todo o shopping com excedente de 720 MW/h/mês, que será negociado
com a Light. 'Acreditamos que será muito fácil vender a sobra
de energia. Evidentemente, a Light tem interesse', diz Jacques
Haratz, diretor da Cogerar. A implantação custou R$ 10 mi. (Gazeta
Mercantil - 14.05.2001)
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1- Taxas do dólar e juros têm novo salto |
A terceira semana de maio de 2001 promete ser mais uma semana
de instabilidade para o mercado financeiro. Os investidores vão
continuar atentos aos detalhes do racionamento de energia elétrica
e os efeitos para a economia do País. A incerteza com a troca
da dívida argentina de curto prazo por papéis mais longos deve
permanecer. No dia 15.05.2001, o Tesouro Nacional vende aos investidores
títulos públicos. Serão leiloados R$ 500 mi em LTN, com rentabilidade
definida em leilão com vencimento em 03.10.2001. Na Segunda semana
de maio, o Tesouro garantiu juros anuais médios de 20,39% para
títulos semelhantes. Também vão ser vendidos R$ 2,5 bi de títulos
pós-fixados com vencimento em cinco anos (19.04.2006). A rentabilidade
desse título acompanha os juros básicos da economia, a meta Selic,
que está em 16,25% a.a. Já o BC vender R$ 1,1 bi em NBC-E, indexadas
à variação cambial. Os títulos terão vencimento em 14.03.2002
e vão substituir R$ 1,3 bi em papéis semelhantes que vencem no
dia 17.05.2001. As projeções para as taxas de juros mais negociadas
na BM&F subiram. O contrato de outubro de 2000 de 20,03% para
21,14% a.a. O contrato a termo de DI, de um ano, saiu de 21,71%
para 22,40%.(Gazeta Mercantil - 14.05.2001)
Índice
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2- Captações do setor podem ser afetadas por racionamento
e dólar |
O racionamento de energia deve dificultar o financiamento das
empresas do setor. A expectativa do mercado é de que a diminuição
das receitas e o já existente endividamento em dólar elevem o
grau de risco dessas companhias, inibindo os investidores para
uma possível compra de debêntures e notas promissórias. Segundo
Sandra Piccardi, diretora financeira da CTEEP e da EPTE, energéticas
de SP, as empresas estão aguardando a decisão da Aneel para avaliar
como ficarão exatamente suas situações econômicas. "Com a receita
reduzida, fica mais complicado rolar posições", comenta. Manoel
Arlindo Torres, diretor-presidente da Gerasul, afirma que alguma
perda é inevitável. "Se há redução de receita, há algum impacto
no custo do crédito, mas não a ponto de prejudicar as operações",
garante. Os fundos de investimento, principais compradores desses
títulos, devem passar a pedir mais para carregar os papéis do
setor. O setor de energia foi o segundo maior emissor de debêntures
em 2000, com volume de R$ 1,4 bi, ficando atrás somente de telecomunicação.
Em 2001, já recebeu registro da CVM para R$ 738 mi e mais R$ 952,5
mi em emissões estão sendo analisados pela autarquia. (Valor -
14.05.2001)
Índice
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3- Cemar analisa colocação de debêntures no mercado |
A Cemar, energética do Maranhão, é uma das elétricas que deve
testar o novo humor do mercado. A empresa está com uma operação
de debêntures em análise na CVM, à taxa de CDI mais 1%. "A Cemar
está no contexto que vive as empresas de energia neste momento,
mas tem a vantagem de ter um potencial de ganho de eficiência
grande", diz Klaus Heritt, diretor de dívida estratégica para
América Latina do Dresdner Bank, um dos coordenadores da emissão.
A empresa foi privatizada em junho de 2000 e agora conta com novos
acionistas. A Cemar, contudo, não está se arriscando e colocando
papel em prazo muito longo. A oferta é de cinco anos, mas há uma
repactuação - período em que o investidor pode se desfazer dos
papéis - em doze meses. "Daqui um ano a empresa vai estar melhor
e poderemos reduzir a taxa do papel", explica Fábio Feldmann,
diretor financeiro da Cemar, que tem cerca de 5% da dívida em
dólar. Para Feldmann, o acionamento torna as emissões mais difíceis,
mas o cenário que a empresa prevê não é péssimo. (Valor - 14.05.2001)
Índice
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4- Demanda por crédito bancário desacelera crescimento |
A demanda por crédito continua em desaceleração, segundo afirmam
operadores.. Em um mês, o custo de captação dos bancos aumentou
em 2,6 pontos percentuais para empréstimos de 180 dias e isso
refletiu diretamente nas taxas prefixadas.Em março, a média cobrada
pelos bancos, segundo dados do BC, era de 35% a.a para as empresas.
E o custo de captação via Certificado de Depósito Bancário (CDB)
de curto prazo era de 15,6% a.a. Essa taxa de captação também
é balizada pelo mercado futuro de juros - na sexta-feira, era
de 17,15% a.a. Por isso, os analistas esperam que essa média possa
subir nos dados de abril. Os bancos estão mais restritivos e exigindo
mais garantias. Além disso, o racionamento de energia é um fator
que já preocupa e alguns bancos afirmam que a taxa de empréstimos
para as empresas podem subir por esse motivo. As empresas que
mais podem sofrer, segundo o operador de um grande banco de varejo,
são as de plástico e têxteis. (Gazeta Mercantil - 14.05.2001)
Índice
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5- Investimento estrangeiro poderá cair por conta do
racionamento |
O mercado financeiro aguarda com ansiedade a divulgação dos detalhes
do plano de racionamento de energia elétrica, a partir de junho.
Não apenas para mensurar o impacto dos apagões na atividade econômica,
mas também para medir o estrago da crise no calcanhar-de-aquiles
do Plano Real: o déficit em conta corrente no balanço de pagamentos,
estimado pelo BC em US$ 26 bi para 2001. Teme-se que a crise aumente
o desequilíbrio externo, pois poderá reduzir investimentos estrangeiros
diretos e aumentar o déficit comercial. No primeiro trimestre
de 2001, entraram US$ 4,7 bi em investimentos diretos. O governo
trabalha com uma estimativa de US$ 23,5 bi em 2001. Com a crise
no fornecimento de energia, as empresas estrangeiras tendem a
segurar investimentos até a situação se clarear. É mais um agravante
num cenário de desaquecimento da economia mundial, com crise na
Argentina e adiamento de privatizações importantes no Brasil,
como a de Furnas. A forte desvalorização do real, se permanecer,
também reduzirá a entrada de dólares, pois as privatizações e
os investimentos diretos são feitos em reais. (Valor - 14.05.2001)
Índice
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6- Risco dispara e ameaça 'swap' argentino |
O risco-país da Argentina voltou a ultrapassar a barreira dos
1.000 pontos base no dia 11.05.2001, entre outras razões pela
convicção de analistas de que a troca de bônus da dívida de curto
prazo por outros de mais longa duração ficará abaixo dos US$ 20
bi planejados inicialmente. O valor considerado agora está entre
US$ 15 bi e US$ 17 bi. O ministro da Economia da Argentina, Domingo
Cavallo, recusou-se no mesmo dia a fazer comentários sobre o volume
que a troca de títulos envolverá. Disse apenas que o swap será
uma " operação inédita, por sua magnitude e detalhes técnicos
sem precedentes". Segundo ele, a troca de bônus trará alívio financeiro
pelos próximos quatro anos. O governo parece estar abandonando
a postura inflexível de só realizar o swap quando o risco país
atingir 800 pontos base. A persistente alta do risco-país também
se deve à desilusão dos investidores com as decisões tomadas até
agora por Cavallo. O ministro incluiu o euro no sistema de conversibilidade,
o que provocou insegurança, e determinou uma alta generalizada
de impostos, que incluiu a taxação das operações financeiras a
uma alíquota de 0,40%. Os analistas também são céticos quanto
ao sucessos do plano pró-competitividade de Cavallo, que tenta
acabar com três anos de recessão por meio da concessão de incentivos
fiscais e financeiros a determinados setores. (Valor - 14.05.2001)
Índice
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7- C-Bond cai 1,96% com racionamento e contágio |
O mercado de títulos da dívida dos países emergentes continuará
atrelado ao comportamento dos papéis argentinos na terceira semana
de maio e a expectativa de mais informações sobre a reestruturação
dos pagamentos devidos pelo país. Os papéis brasileiros são os
que seguem mais de perto as notícias da reestruturação da dívida
de seu vizinho latino-americano. A CPI da Corrupção acabou, o
que deveria ter contribuído para a valorização dos títulos brasileiros.
No entanto, investidores internacionais deram conta de um outro
problema: a crise de energia, que deve afetar a produção, o crescimento
econômico, a inflação e, principalmente, a popularidade do presidente
Fernando Henrique Cardoso. Aliadas aos boatos negativos sobre
a Argentina (como a fuga de depósitos, atraso nos pagamentos dos
aposentados e a saída do secretário de Finanças Daniel Marx),
as notícias brasileiras provocaram a desvalorização dos papéis
brasileiros. O C-Bond, brady de maior liquidez, caiu 1,96% para
ser cotado a US$ 0,739 com spread de 852 pontos. O novo Global
5 emitido quinta-feira também depreciou 0,93%. A Colômbia emitiu
300 milhões de euros em um bônus com vencimento em 2011 e margem
de desconto de 11,75%. (Valor - 14.05.2001)
Índice
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8- Fundos de investimento perdem R$ 4,3 bi |
A instabilidade do mercado financeiro afastou investidores dos
fundos de investimento em abril: R$ 4,3 bi saíram dessas aplicações,
segundo a Anbid. A maior parte, R$ 2,1 bi, foi para Certificados
de Depósito Bancário (CDBs), de acordo com a Central de Custódia
e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip). Quase metade dos R$
4,3 bi foram transferidos para aplicações em Certificados de Depósitos
Bancários (CDBs). Segundo Cetip, o estoque desses papéis passou
de R$ 46,6 bi no final de março de 2001 para R$ 48,7 bi em abril.
Uma parte do que saiu de fundos exclusivos também foi para a compra
direta de títulos públicos, principalmente cambiais, disse um
especialista do setor. No mês de abril, foram vendidas R$ 2,8
bi de NBC-E em três leilões. Os profissionais dizem que o que
motivou os resgates foi o medo da volatilidade, que deixou os
investidores mais conservadores em abril, o nervosismo no mercado
financeiro, principalmente em relação à Argentina, aliado ao aumento
da taxa de juros e do dólar, fez com que os investidores, com
receio de perdas, mudassem seus investimentos para aplicações
atreladas ao DI, como fundos e CDBs pós-fixados. O tipo de fundo
de renda fixa foi o que perdeu mais: R$ 3,5 bi, devido à apreensão
dos investidores com a desvalorização de dito papel. (Gazeta Mercantil
- 14.05.2001)
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Na segunda semana de maio de 2001, a taxa usada em negócios com
prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre
1,84% e 3,18% mensais. As pequenas e médias empresas fecharam
negócios entre 1,92% e 3,86%. Em relação ao desconto de duplicata,
nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou
de 1,64% a 2,50% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação
foi de 2,64% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram
taxas entre 21,95% e 60,10% ao ano de capital de giro prefixado,
enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 35,38% a 67,65%.
Em relação ao factoring, custo das operações de fomento mercantil,
fechou a semana com a taxa média baixa em 3,85% e a alta em 3,85%
ao mês. A taxa média para o cliente, resolução 63, ficou em 13,60%
ao ano. (Gazeta Mercantil - 14.05.2001)
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1- Eletrobras pretende investir em termoelétricas |
A Eletrobrás poderá fazer investimentos em usinas termelétricas
para aumentar a participação dessa fonte na matriz energética
brasileira. A estatal dispõe de R$ 3,1 bi para investimentos em
2001. Cláudio Ávila, presidente da empresa, defende a participação
da Eletrobrás no PPT. Até agora, entre as estatais, apenas a Petrobras
ingressou no PPT - em 12 das 49 usinas previstas. Segundo Afonso
Henriques, secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia,
falta ainda definir o momento em que a Eletrobrás poderá passar
a investir em térmicas a gás. (Valor - 14.05.2001)
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2- Paraná assinará projeto de US$ 2,6 bi para
construção de térmica a gás |
Será anunciado no dia 16.05.2001, pelos governadores Jaime Lerner,
do Paraná, e Carlos Eduardo Rovira, da província argentina de
Misiones, o maior projeto de importação de energia elétrica na
América Latina, um empreendimento de US$ 2,6 bi. Eles assinarão
em Curitiba o protocolo para construção de uma térmica movida
a gás natural com capacidade de geração de 3 mil MW, que serão
gradativamente vendidos ao Brasil a partir de 2003. O projeto
prevê a extração de gás em campos localizados no sul da Bolívia,
o que exigirá a construção de um gasoduto de 1,2 mil km até a
termelétrica, que ficará na Província de Misiones, nas proximidades
de Itaipu. Da térmica, partirá uma linha de transmissão de 815
km de extensão diretamente para região metropolitana de São Paulo.
Os investimentos serão realizados em parceria de grupos argentinos
com a empresa paranaense Tradener, vinculada à Copel. Os detalhes
do empreendimento foram comunicados às autoridades federais no
dia 11.05.2001. (Gazeta Mercantil - 14.05.2001)
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1- Abrasce quer flexibilização de metas de energia |
A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrasce)
tenta convencer o governo a deixar que as indústrias possam ter
flexibilidade para atingir as metas de economia de energia. A
entidade defende que companhias que tenham várias coligadas, possam
fazer cortes diferenciados, levando em conta fatores como nível
de demanda, custos de produção, etc. Dessa forma a holding A poderia
cortar 13% do consumo na coligada A1, 15% na A2 e assim por diante,
contanto que cumprisse sua cota geral. Das 53 empresas filiadas
à Abrasce, de 15 a 20 têm algum tipo de geração própria de energia.
(Jornal do Commercio - 14.05.2001)
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2- Co-gerador ganha com racionamento de energia |
Um seleto grupo de empresas sairá vencedora do processo de racionamento
de energia, previsto para começar em 01.06.2001. São aquelas que
investiram em geração ao longo dos anos, tornaram-se auto-suficientes
e estão preparadas, até mesmo, para vender a energia excedente.
É o caso da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), da Coca-Cola,
da Ambev, da Aracruz e do shopping Carioca (RJ), para citar apenas
algumas. A CST, por exemplo, produz 227 MW e consome 197 MW para
sua produção de 4,7 milhões de toneladas de placas. O excedente
de 30 MW é vendido para a Escelsa, mas, conforme as negociações
com a distribuidora, poderá ser liberado para outros consumidores.
A estratégia da siderúrgica é economizar para vender o excedente
no mercado 'spot' a preço bem superior aos R$ 30,00 por MW/h dos
contratos com a Escelsa, já que, atualmente, o valor da energia
no 'spot' é de R$ 459,89 o MW/h. 'Estamos fazendo um levantamento
de todos os setores para saber quanto e como poderemos economizar
energia para vendê-la no mercado', disse o gerente de distribuição
da siderúrgica, Jorge Luiz Bittencourt. (Gazeta Mercantil - 14.05.2001)
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3- AmBev aposta em co-geração |
A Ambev, que produz 1,4 bilhão de litros
de cerveja/ano e 500 milhões de refrigerantes/ano, construiu uma
usina termelétrica em sua unidade do Rio, de 12 MW, que tornou
a fábrica auto-suficiente. A empresa pretende construir outras
nove usinas para gerar 83 MW até dezembro de 2002 e abastecer
todas as suas fábricas. O investimento é de cerca de US$ 60 mi.
Até o fim do ano 2001, a Ambev terá concluído a construção de
sua segunda usina com geração de 10 MW, para abastecer a unidade
de São Paulo. Segundo o gerente da Ambev, José Carlos Xavier,
a empresa avalia a possibilidade de realocar a produção de outras
unidades que sofrerão o racionamento para a fábrica do Rio. 'Nossa
produção não será reduzida', disse. (Gazeta Mercantil - 14.05.2001)
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4- Porto de Santos está livre de sofrer com apagões |
O porto de Santos tem uma hidrelétrica que garantirá o fornecimento
durante o período de racionamento, evitando paradas na movimentação
de cargas, sendo o único no Brasil a contar com usina hidrelétrica
própria. A unidade de Itatinga, em Bertioga, a 30 km de Santos,
desde 1910 fornece toda a eletricidade de que o porto precisa
e ainda gera excendente, repassado para a Bandeirante Energia.
Os operadores e arrendatários de áreas comemoram o feito, depois
das interrupções do trabalho resultantes dos conflitos legais
para a escalação dos estivadores pelo Órgão de Gestão da Mão-de-Obra,
em abril. No primeiro trimestre, antes do movimento paredista,
o porto movimentou 10 milhões de toneladas de cargas, com crescimento
de 2,73% sobre igual período anterior. Com capacidade média para
gerar até 10 mil Kw/h de energia elétrica, das quais o porto consome
até dois terços, a usina de Itatinga é de propriedade da Companhia
Docas do Estado de S. Paulo (Codesp), que vende o insumo para
toda a área do cais, além do consumo próprio. (Valor - 14.05.2001)
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1- Europa discute energia |
Os ministros de Energia dos 15 países da União Européia estão
reunidos em Bruxelas para debater os problemas de interconexão
das redes de eletricidade e gás na região, um dos maiores obstáculos
à criação do mercado único de energia. Os 15 deverão decidir se
levarão adiante o objetivo de liberalizar o acesso de consumidores
a rede de fornecimento de gás e eletricidade em 2005, como havia
ficado acordado anteriormente, apesar das dificuldades surgidas,
como a resistência da França à abertura. Os ministros terão que
manifestar se estão dispostos a aceitar medidas obrigatórias para
facilitar as trocas de energias entre os Estados membros. O plano
inclui a construção de mais ligações entre França e Espanha, um
dos maiores problemas da região. A taxa a ser aplicada é outro
obstáculo a ser superado para se chegar a um acordo. A reunião
de Bruxelas serve também para examinar o Livro verde da Comissão
européia sobre o futuro do abastecimento energético da União.
O documento reconhece que a dependência externa poderá crescer
de 50 para 70% se estratégias de diversificação da geração, como
a incentivo a fontes alternativas, não forem introduzidas. (El
Mundo - 14.05.2001)
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2- EUA devem expandir capacidade de energia |
A indústria de energia dos EUA está aumentando a produção em ritmo
acelerado para responder ao aumento do preço da eletricidade.
Petroleiras procuram mais gás natural e constróem gasodutos assim
como novas usinas de geração são feitas. Análises do governo mostram
que áreas antes sem atrativo agora estão sendo procuradas pelas
empresas. Grandes companhias de petróleo devem investir US$ 41
bi para expandir o fornecimento de gás neste ano, enquanto as
elétricas, reagindo à alta de preços, planejam adicionar 90 mil
MW à capacidade de geração nos próximos 18 meses, mais do que
a quantidade total durante toda a década de 90. Essa quantidade
é quase um quarto do que o Departamento de Energia norte-americano
diz ser necessário para suprir a demanda até 2020. As companhias
de petróleo, gás e eletricidade reduziram seus investimentos na
década de 90 quando os preços se estabilizaram ou diminuíram.
No setor elétrico, as empresas não construíram muitas usinas durante
a última década, devido ao resfriamento do boom da construção
dos anos 80 e incertezas quanto à desregulamentação do setor.
A demanda crescente e a alta dos preços no período fez as empresas
embarcarem numa nova onda de investimentos que começa a ser posta
em prática. (NYT - 13.05.2001)
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3- Califórnia: cortes de empresas próximos do limite
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Algumas
empresas da Califórnia, grande consumidoras de energia, acordaram
em sofrer cortes em seus abastecimento em troca de preços mais
baixos e para o resto do Estado não sofrer apagões. O programa,
em vigor desde meados da década de 80, nunca havia sido posto
em prática, mas desde 200 vem sendo utilizado frequentemente.
Entretanto, está próximo do limite. A maioria desses 1600 consumidores
tiveram que se desligar quatro vezes na última semana e as elétricas
só podem refazer esse pedido mais oito vezes durante todo o ano.
Essa é uma grande economia de energia que o Estado faz. Em 07
de maio, com 30 minutos desligadas, essas empresas liberaram 900
MW para o sistema, o suficiente para abastecer 900 mil residências.
Depois das seis horas limite de desligamento, voltaram a operar,
causando blecaute de uma hora. Isso tem trazido prejuízos às empresas,
que demoram para conseguir operar normalmente depois das interrupções.
Em troca dos problemas e da queda na produção, há descontos de
15 a 20% na conta de luz, o que representa economia de até US$
2 mi no orçamento. (San Francisco Chronicle - 14.05.2001)
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4- British Gas tem dois projetos na Bolívia |
A British Gas (BG) tem dois projetos para suas reservas de gás
na Bolívia, que exigirão US$ 5 bi em investimentos. O primeiro,
chamado "cadeia verde", venderá gás para a argentina Metrogas,
que atende Buenos Aires, e para a Comgás, de São Paulo. Para transportar
o gás para o Brasil, a BG deve construir novo gasoduto, saindo
da região de Tarija, onde estão os campos de gás, passando pela
Argentina e entrando no Brasil por Porto Alegre, seguindo até
São Paulo. As obras podem ser concluídas em 2005, com investimentos
de US$ 1,5 bi. Caso seja concretizado, o gasoduto pode ter como
sócios a TotalFinaElf e a Exxon Mobil, além da Petrobras não estar
descartada. O segundo projeto é o "cadeia vermelha", ligando as
reservas bolivianas ao Chile ou Peru. Em um deles, a BG planeja
instalar fábrica de transformação do gás em líquido - Gás Natural
Liquefeito (GNL) - que seria exportado para a Califórnia, onde
haveria a reconversão para gás em nova fábrica. Este projeto ainda
não foi aprovado pela empresa, mas a estimativa é que custe US$
3,5 bi. Os sócios poderiam ser a British Petroleum e a Repsol.
(Valor - 14.05.2001)
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5- BG prevê investimentos de US$ 600 mi na Bolívia |
Com o objetivo de monetizar suas reservas bolivianas, que somam
hoje 8 trilhões de pés cúbicos, a BG Bolívia prevê investimentos
de US$ 300 mi até 2005 na exploração e produção de gás no país.
Se o segundo projeto for adiante, os gastos com exploração podem
chegar a US$ 600 mi. A empresa já investiu US$ 150 mi na Bolívia
desde 1998. Ao mesmo tempo, a BG negocia com a Gás Transboliviano
(GTB), controladora da parte boliviana do Gasoduto Bolívia-Brasil,
a expansão da capacidade, em negócio avaliado entre US$ 40 mi
e US$ 45 mi. (Valor - 14.05.2001)
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6- Alemanha não utilizará mais energia nuclear |
Após um ano de negociações, o governo alemão chegou a um acordo
com a indústria energética de seu país que permitirá o fim da
energia nuclear. A lei será promulgada em 22 de maio ou em 11
de junho, mas deve passar ainda por todos os trâmites legais,
entrando em vigor só em 2002. O acordo prevê uma vida média de
32 anos para as 19 centrais nucleares alemãs, mas há possibilidade
que as menos rentáveis sejam fechadas antes do prazo. Isso significa
que o primeiro e mais antigo reator será posto fora de operação
em 2003 e o último em 20 anos. Novais centrais não serão mais
autorizadas a funcionar e o transporte de resíduos para reciclagem
no exterior será concluído em 2005. A partir desta data, os resíduos
deverão ser reciclados na própria usina até que se encontre um
lugar adequado para o armazenamento. (El País - 14.05.2001)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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