1- Governo eleva recursos da Eletrobras em 2001 |
O
governo vai elevar os recursos da Eletrobrás para investimentos
em 2001 em pouco mais de R$ 1 bi para que a empresa possa acelerar
a construção de sistemas de transmissão de energia. A idéia é
evitar que o racionamento se repita em 2002. O total de recursos
previstos para esses sistemas, hoje de R$ 930 mi, vai subir para
R$ 2 bi. O total de investimentos do sistema Eletrobrás havia
sido fixado pelo governo em R$ 3,2 bi para 2001. A medida exigirá
redução da parcela do ajuste fiscal do governo que é feita pelas
estatais. (Folha Online - 11.05.2001)
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2- Aneel rejeita projetos de R$ 7,8 mi no Ceará |
A Aneel rejeitou os seis projetos sociais encaminhados pelo Conselho
de Consumidores da Coelce (Conerge). As propostas apresentavam
um orçamento de R$ 7,869 mi e pretendiam utilizar parte dos recursos
provenientes das multas aplicadas às concessionárias do setor.
Os participantes do Conerge se reuniram no dia 10.05.2001 para
avaliar a questão junto com a Coelce e definir o que será feito.
Segundo o representante da industria no Conerge, Raimundo Porto
Filho, todas as classes de consumidores de energia do Estado seriam
beneficiadas pelos projetos. Na área rural foi encaminhada uma
proposta de elaboração de um diagnóstico do perímetro irrigado
Araras Norte. Para a indústria, foi solicitada a elaboração de
67 diagnósticos energéticos e a substituição de 200 motores trifásicos
em 67 estabelecimentos de pequeno porte. O Conerge também propôs
a correção da potência dos consumidores comerciais, com a instalação
de 1.359 unidades capacitativas de 2,5 Kvar em 1.359 estabelecimentos
comerciais, com média de consumo entre 1.000 e 6.000 KW/h nos
últimos 12 meses. Para a classe residencial foi pedida a execução
de 10 mil instalações elétricas internas em domicílios de pessoas
de baixa renda. (Diário do Nordeste - 10.05.2001)
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1- Aneel sugere volta da sobretaxa |
O governo estuda a criação de uma nova tabela tarifária, que receberia
o nome de ''tarifa de ultrapassagem''. O modelo é um mecanismo
que obrigará as pessoas a reduzirem o consumo de energia e a idéia
foi levada ao Palácio do Planalto por técnicos do Ministério da
Fazenda e da Aneel. Segundo eles, a tarifa de ultrapassagem seria
uma alternativa para a multa prevista anteriormente no Plano de
Contingenciamento e que foi vetada pelo presidente Fernando Henrique.
Na verdade, os técnicos apenas tomaram o cuidado de dar uma nova
roupagem à proposta. A palavra multa foi abolida, porque pode
dar margens a ações na Justiça. Mas os técnicos insistem com a
tese de que sem um mecanismo financeiro será difícil forçar a
queda no consumo, o que compromete ainda mais o já combalido sistema
elétrico. A tarifa de ultrapassagem consiste no pagamento de uma
''taxa'' mais cara para quem desperdiçar eletricidade. Mas, ao
contrário do projeto anterior, no qual somente as residências
que consumiam até 50 Kw/h escapavam da multa, a nova tarifa vai
ter uma preocupação social. A idéia é cobrar tarifas maiores de
quem ganha mais. O controle será feito através da conta de luz.
''Quem consumir mais vai pagar mais'', explicou um técnico. (Jornal
do Brasil - 11.05.2001)
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2- Ministro da Casa Civil gerenciará racionamento |
Preocupado com as conseqüências que o racionamento terá sobre
a economia o presidente Fernando Henrique Cardoso criou no dia
10.05.2001 um grupo de trabalho interministerial para gerenciar
a crise. O grupo será chefiado pelo ministro-chefe da Casa Civil,
Pedro Parente, que vai se afastar temporariamente de suas funções
para se dedicar exclusivamente à nova tarefa. A decisão foi anunciada
pelo próprio Parente, na noite do dia 10.05.2001, depois de uma
reunião de emergência no Palácio da Alvorada, convocada pelo presidente
para analisar a questão. 'A gravidade da crise é maior do que
se antecipou na reunião do CNPE', disse. (Gazeta Mercantil - 11.05.2001)
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3- Malan confirma verbas para conceder subsídios |
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, afirmou, no dia 10.05.2001,
que há recursos para bancar o subsídio que o governo propôs aos
consumidores que economizarem mais do que 20% de energia. Malan
disse também que os gastos com o desconto não comprometerão as
metas econômicas do governo. Para o secretário de Acompanhamento
Econômico da Fazenda, Claudio Considera, o dinheiro do subsídio
pode ser retirado de um fundo da Aneel. Segundo ele, a diferença
entre os recursos desse fundo e o montante necessário para o pagamento
desse bônus aos consumidores deverá ser bancado pelo Tesouro Nacional.
(Valor - 11.05.2001)
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4- MME nega hipótese de custeio do bônus com fundo
da Aneel |
O Ministério das Minas e Energia negou a hipótese de custear o
bônus com o fundo da Aneel. "Não existe fundo para isso", disse
o secretário de Energia do ministério, Afonso Henriques Santos.
Segundo ele, a Fazenda não pode definir a forma de custear o bônus,
pois essa decisão deve ser tomada pelo Conselho Nacional de Política
Energética e, em última instância, pelo presidente da República.
Santos explicou que a Aneel possui apenas um fundo, financiado
pelo pagamento de taxas de fiscalização. Esse fundo representa
entre 70% e 80% do orçamento da Aneel, que é de R$ 160 mi. (Valor
- 11.05.2001)
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5- ONS diz que corte de energia pode chegar a 35% |
A situação do setor elétrico é mais grave do que está sendo anunciado
pelas autoridades, segundo o ONS. Uma simulação feita pelo ONS,
indica que o déficit de energia poderá alcançar 35%. O estudo
tomou como base os indicadores hidrológicos entre maio e dezembro
de 1934, período considerado como o pior de toda a série histórica.
O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, afirmou no dia
10.05.2001 que, 'se não pudermos cortar à noite, talvez haja necessidade
de mais do que dobrar os 20%'. (Gazeta Mercantil - 11.05.2001)
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6- Níveis de reservatórios baixam perigosamente |
O volume de água armazenada nos principais reservatórios do Sudeste
mostra que será muito difícil atravessar o longo período seco,
até o final de 2001. No dia 02.05.2001, a usina de Furnas, por
exemplo, estava com apenas 16,6% da sua capacidade de armazenamento,
perigosamente próxima da margem de segurança prevista para o final
de 2001, que oscila entre 10% e 12%. E vem perdendo água rapidamente:
20 dias antes, estava com 19,7%. Além de Furnas, outras duas usinas
da bacia do rio Grande também atravessam os mesmos problemas.
A situação se repete noutras bacias do Sudeste. Na do rio Paranaíba,
por exemplo, a usina de Emborcação, há dois dias estava com 27,2%,
enquanto Itumbiara apontava 16,2%, Nova Ponte 18,7%. Ilha Solteira,
no rio Paraná, estava com 30,24%. O rio São Francisco tem uma
característica especial. Com nascente em Minas Gerais, fornece
99% da energia do Nordeste. A usina de Três Marias, entre Brasília
e Belo Horizonte, estava com 30,1% da capacidade há dois dias,
enquanto Sobradinho, na Bahia, contava com 26,9%. (Gazeta Mercantil
- 11.05.2001)
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7- Utilização excessiva das linhas de transmissão pode
causar apagões |
Cidades da Grande São Paulo, do Maranhão e do Ceará estão sob
riscos de apagões por falência de sistema devido à utilização
excessiva das linhas de transmissão para levar energia do Sul
e do Norte ao Sudeste e ao Nordeste. Se ocorrerem, os apagões
serão " coisa de minutos " e em pontos isolados, segundo Carlos
Ribeiro, diretor de operações do ONS. As linhas que levam energia
entre as regiões estão trabalhando com volume de transporte acima
do limite de segurança. Mas foi a única alternativa encontrada
pelo operador do sistema para viabilizar que a energia excedente
produzida no Sul e no Norte chegue às demais regiões que estão
com os reservatórios em níveis baixos. "Decidimos conviver com
risco adicional " , afirmou Ribeiro. (Valor - 11.05.2001)
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8- Governo quer poupar indústria do racionamento |
O grupo interministerial criado, dia 10.05.2001, para montar e
gerenciar o racionamento deve decidir por percentuais de corte
de energia diferenciados por região. Isso significa que regiões
mais industrializadas, como São Paulo, podem ter corte menor.
A redução no percentual de corte atende também a pressões dos
empresários, que vinham criticando a proposta técnica. Caso o
corte fique em 15% na média, a redução no consumo de energia industrial
deve ficar próxima de 10%. As residências deverão ter uma redução
próxima de 15% ou um pouco acima desse índice. (Folha Online -
11.05.2001)
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9- Governo está programando reuniões para evitar problemas
de segurança |
O ministro da Justiça, José Gregori, informou que o governo está
programando reuniões para evitar problemas de segurança durante
o racionamento. Estão sendo convocados integrantes das secretarias
de segurança dos estados e o ministro-chefe do gabinete de Segurança
Institucional, general Alberto Cardoso. A idéia é garantir medidas
preventivas de segurança durante o racionamento. "Já obtive a
garantia do ministro das Minas e Energia, José Jorge, de que os
cortes só serão feitos enquanto o sol dominar a natureza", afirmou
o ministro. Gregori esteve reunido, no dia 09.05.2001, com 27
secretários de segurança dos estados para discutir o assunto.
(Valor - 11.05.2001)
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10- Estados do Sul se unem para evitar racionamento
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Com o objetivo de evitar os cortes nos três Estados do Sul, o
fórum de secretários e presidentes de empresas de energia elétrica
da Região Sul, realizado em Porto Alegre, deliberou uma série
de metas. Dentre elas a redução de 15% do consumo energético do
setor público, com substituição de equipamentos e medidas administrativas.
Conforme a secretária de Energia, Minas e Comunicações, Dilma
Rousseff, os três Estados da região se comprometeram a antecipar
a data de início da operação de algumas usinas e da importação
de energia elétrica da Argentina. No Rio Grande do Sul, poderão
operar antes do prazo previsto a Usina Hidrelétrica de Machadinho
e a duplicação da estação conversora de energia de Garabi, a ser
concluída até dezembro de 2001. (Zero Hora - 10.05.2001)
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11- Concessionárias do RS rejeitam plano de apagões |
As
declarações do presidente do ONS, Mário Santos, sobre a possível
entrada, em agosto de 2001, das regiões Sul e Norte no programa
nacional de racionamento de energia elétrica, não surtiram efeito
nas distribuidoras do Rio Grande do Sul. As três concessionárias
de energia do Rio Grande do Sul (CEEE, RGE e AES Sul) não estão
planejando o enquadramento no regime nacional de redução de 20%
no consumo. As três distribuidoras gaúchas argumentam que o racionamento
é desnecessário, com base no estudo da CEEE, Celesc e Copel. A
posição foi definida no dia 10.05.2001 em reunião com a Federação
das Indústrias do Estado (Fiergs) e com a Secretaria Estadual
de Minas, Energia e Comunicações. O levantamento - que será concluído
no final do mês - sustenta que a Região Sul gera mais do que consome
e esse excedente não pode ser integralmente repassado à região
Sudeste por limites de transmissão. (Gazeta Mercantil - RS - 11.05.2001)
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12- Racionamento reduz a projeção do Ipea para PIB |
Segundo avaliação do coordenador do Grupo de Acompanhamento Conjuntural
do Ipea, Paulo Mansur Levy, o efeito do racionamento de energia
elétrica sobre o crescimento do PIB deverá ser de um 1% em 12
meses, contando a partir de 01.06.2001, e 2,5 % na produção industrial,
considerando um corte de energia de 10% a 15% para o setor industrial
ao longo de três meses. Mansur disse ser ainda muito cedo para
medir o impacto da crise de energia no PIB em 2001, na medida
em que muitas indústrias já usam sistemas de geração próprios
e outras devem buscar alternativas. No dia 10.05.2001, o Ipea
divulgou o Boletim de Conjuntura de abril, com novas projeções
para 2001, revistas em função da "alteração radical" sofrida pela
economia brasileira desde o início do ano, influenciada pela estiagem,
preços agrícolas e a brusca deterioração do cenário internacional
com reflexos no crescimento do país, no câmbio e na inflação.
(Valor - 11.05.2001)
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13- Para BC, o impacto do racionamento na inflação
é temporário |
O impacto da falta de energia na inflação será "algo temporário".
A avaliação é do presidente do Banco Central, Armínio Fraga."e
houver algum impacto sobre o nível de preços ele é apenas isso
[temporário]. Não é inflação que vá ficar. É uma subida temporária,
assim como sobe o preço do chuchu quando falta chuchu na feira",
disse. Fraga afirmou ainda que é "muito prematuro" para se fazer
previsões sobre o crescimento do PIB frente ao efeito do racionamento
de energia. "Temos que ver que respostas vamos ter da sociedade.
Se cada pessoa deixar de desperdiçar energia, o custo vai ser
muito menor", disse. (Folha Online - 11.05.2001)
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14- Fiesp diz que indústria suporta racionamento de
até 6% |
O diretor do Departamento de Infra-Estrutura da Fiesp, Pio Gavazzi,
disse, no dia 10.05.2001, que um racionamento entre 5% e 6% do
consumo de energia é o máximo que as indústrias podem suportar.
Qualquer índice acima disso trará "resultados catastróficos" para
o setor. Na opinião de Gavazzi, a atual crise energética é muito
mais grave do que a crise do petróleo, nos anos 70. "Dissemos
ao governo que um corte de 5% a 6% era administrável. Acima disso,
é catástrofe", destacou o diretor da Fiesp. A Fiesp ainda aguarda
detalhes do plano de racionamento. (O Globo - 11.05.2001)
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15- Fiesp espera que industrias sejam avisadas antes
dos apagões |
Segundo o diretor do Departamento de Infra-Estrutura da Fiesp,
Pio Gavazzi, a indústria paulista estima que o corte de energia
para o setor será de 15%, mas ele lembrou que a redução será muito
maior em função do crescimento da produção nos primeiros três
meses de 2001. "No primeiro trimestre, a indústria cresceu cerca
de 4%. Logo, o índice do governo vai representar um corte no consumo
de energia de 18% a 19%." Gavazzi defende um sistema de cotas
de consumo para a indústria, que poderia ser administrado individualmente,
por empresa. Mas, como não acredita que esse método será escolhido,
ele espera que as indústrias sejam avisadas dos apagões com antecedência,
para se programarem. Na opinião do diretor da Fiesp, o racionamento
deve se prolongar até 2002. (O Globo - 11.05.2001)
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16- Grupo Votorantim acredita que plano deve durar
dois anos |
O empresário Antônio Ermírio de Moraes disse que o racionamento
de energia elétrica a ser adotado pelo governo deverá ter seu
prazo esticado de seis meses para pelo menos dois anos, a não
ser que o País tenha chuvas catastróficas ao fim do ano 2001,
"o que não acreditamos". Segundo ele, "o governo deveria adotar
uma postura política e fixar o preço do gás para as térmicas,
tirando essa decisão das mãos da Petrobrás ou do Ministério de
Minas e Energia. Se fizer isso imediatamente, em dois anos o País
terá mais energia elétrica." Ele salientou que "a decisão é política,
e pode reverter em dois anos a falta de energia elétrica". (Estado
- 10.05.2001)
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17- Consumo residencial de energia cresceu 7% ao ano
desde 1985 |
O consumo de energia no país cresceu mais que os investimentos
no setor nos últimos 16 anos, segundo pesquisa divulgada, dia
09.05.2001, pela FGV. De acordo com o levantamento, o consumo
anual de energia cresceu em média 4,5% ao ano desde 1985. Neste
mesmo período, a produção de energia ficou 0,5 ponto percentual
abaixo dessa taxa. O consumo residencial foi o que mais cresceu,
em média 7% ao ano, contra 3% do setor industrial. Segundo o coordenador
da pesquisa, Fernando Garcia, o crescimento do consumo doméstico
de 1990 para cá se deu em função da energia mais acessível às
parcelas da população que antes não tinham luz. Esse resultado
deve-se também a estabilização econômica e o retorno do crédito,
que ampliaram o consumo de eletrodomésticos. (Folha - 10.05.2001)
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18- Safra recorde de cana em Alagoas garante produção
extra de energia |
A safra de cana em Alagoas atingiu 25 milhões de toneladas, a
maior da última década, proporcionando uma produção de 45 milhões
de sacas de açúcar. Segundo os produtores, além de ativar a economia,
as usinas garantiram uma produção extra de energia, através do
bagaço da cana. Esse bagaço será colocado à disposição das concessionárias
energéticas, para garantir o abastecimento na região. (Agência
Brasil - 10.05.2001)
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1- Itaipu paga US$ 12,74 mi em royalties |
A Itaipu Binacional repassou, dia 10.05.2001, ao Tesouro Nacional
o equivalente a US$ 12,74 mi para o pagamento de royalties aos
municípios da área do reservatório, governos estaduais e órgãos
federais. Esse valor refere-se à parcela de março de 2001, mais
ajustes do dólar referentes a parcelas de 1991, 1992 e 1996. O
Paraná ficará com a maior fatia desse repasse: US$ 9,65 mi. A
metade será repartida entre os 15 municípios lindeiros e a outra
metade irá para os cofres do governo do Estado. Com esse repasse,
chega a US$ 1,402 bi o montante quitado pela atual gestão brasileira
da binacional. (Itaipu - 10.05.2001)
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2- Cien acelera obras no RS |
No Rio Grande do Sul, aceleram-se as obras da conversora de energia
de Garabi, para que até novembro de 2001 entre em funcionamento
o terceiro módulo de 550 MW, capacidade que vai se juntar aos
1,1 mil MW convertidos desde junho de 2000. A estação é da Companhia
de Interconexão Energética (Cien), do grupo espanhol Endesa, que
assim se antecipa ao consumo do próximo verão. 'A capacidade ampliada
será importante para o próximo verão', afirma o diretor de planejamento
e programação da operação do ONS, Hermes Chipp. Além disso, a
empresa duplica a rede de alta tensão de 500 Kv, com 490 km de
extensão, entre Rincón de Santa Maria, província de Corrientes,
e a subestação de Itá, em Santa Catarina. No final de 2002 vai
funcionar o quarto módulo, completando a capacidade de 2 mil MW
da unidade. (Gazeta Mercantil - 11.05.2001)
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3- EDP mantém investimentos no Brasil |
A EDP manterá seus investimentos no Brasil ao contrário do que
estão fazendo algumas das principais elétricas estrangeiras presentes
no País, que, devido à crise energética, pretendem diminuir ou
cancelar seus projetos. Em entrevista à agência Reuters, o presidente
da empresa, Eduardo Bemini, declarou que "a visão dessa indústria
não pode ser de curto prazo. E, no longo, prazo, a visão de crescimento
do mercado de energia elétrica é irreversível. Podemos ter soluços,
mas a perspectiva é de crescimento". Afirmou ainda que nos próximos
cinco anos a EDP deve injetar US$ 1 bi no mercado brasileiro.
A empresa portuguesa controla a Bandeirante, participa na Escelsa
e na Enersul e é uma das candidatas no leilão da Cesp Paraná.
A AES, controladora da Eletropaulo Metropolitana e da AES Tietê,
anunciou nos últimos dias a suspensão de investimentos de US$
2 bi no Brasil, criticando a política energética brasileira, principalmente
ao sistema de reajuste de tarifas. (Semanário Econômico - 11.05.2001)
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1- Cemig quer recomprar energia já contratada |
A Cemig fará, dia 14.05.2001, chamada pública para comprar de
volta parte da energia que negociou, em contratos de longo prazo,
com seus 128 grandes consumidores industriais, que ficam com metade
da energia vendida pela empresa, cerca de 3.000 MW/mês. A Cemig
é a primeira concessionária a aproveitar a brecha criada pela
Resolução 145 da Aneel, de 12 de abril de 2001.No dia 09.05.2001,
diretores da Cemig e representantes dos consumidores se reuniram
para começar a tratar da recompra. Preço e volumes serão conhecidos
dia 14.05.2001, mas decidiu-se que serão feitas duas chamadas:
uma para compra das cotas no horário de ponta, das 17h às 22h,
e outra para fora do horário de ponta. Se a oferta superar o volume
estabelecido, será feita nova chamada, com redução do prêmio oferecido.
A primeira compra valerá para 15 a 31 de maio de 2001. Ainda existe
dúvida se pode haver compra para junho de 2001, por conta da proibição
da transferência de cotas que deve constar do racionamento. (Gazeta
Mercantil - 11.05.2001)
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1- Crise energética ameaça inflação e pressiona juro |
O racionamento de energia representa um choque de oferta na economia
capaz de pressionar a inflação e dificultar ainda mais o cumprimento
da meta de 4% fixada para o IPCA para 2001. O Banco Central já
começou a estudar com maior profundidade os efeitos desse choque
de oferta e, no novo ambiente, é muito improvável que as taxas
de juros básicas caiam, mesmo com reduções dos juros internacionais.
Segundo o relatório do ONS, o corte de 20% no fornecimento de
energia poderá ser ampliado para até 35%, dependendo do nível
dos reservatórios. Diante do colapso na oferta de energia, o governo
não se furtará a apertar o torniquete fiscal e monetário para
segurar a inflação e garantir as metas de superávit primário das
contas públicas, asseguravam ontem fontes oficiais. (Valor - 11.05.2001)
Índice
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2- BC emite US$ 1 bi em bônus globais |
O Banco Central optou por estratégia cautelosa e inovadora para
driblar o nervosismo dos mercados na emissão de US$ 1 bi de bônus
globais feita no dia 10.05.2001. Os papéis em nome da República
Federativa do Brasil vencem em julho de 2005, mas têm opção de
troca por um papel com vencimento em 2020 em janeiro de 2002.
A expectativa é de que até lá o cenário externo se acalme. Os
papéis pagam juro de 9,625% ao ano e oferecem rendimento ao investidor
de 11,25% ao ano, que corresponde a uma taxa de risco de 6,48%
(648 pontos básicos) acima da taxa dos títulos de referência do
Tesouro americano. (Gazeta Mercantil - 11.05.2001)
Índice
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3- Brasil já tem dólares para amortizar dívida |
O Brasil já garantiu 22% de recursos externos acima do necessário
para as amortizações de dívida externa para 2001. Com a emissão
de US$ 1bi de bônus globais feita no dia 10.05.2001, com vencimento
em 15 de julho de 2005, a captação total feita neste ano subiu
a US$ 5 bi contra amortizações previstas de US$ 4,1 bi. O Banco
Central mantém, contudo, a meta inicial de colocar no exterior
volume de títulos entre US$ 5 bi e US$ 7 bi. ( Valor - 11.05.2001)
Índice
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4- Bancos revêem a projeção de crescimento do crédito
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Os bancos já estão revendo para baixo as previsões de crescimento
das operações de crédito por conta do desaquecimento econômico
que será causado pela crise energética do país. O sistema bancário
brasileiro encerrou 2000 com operações totais de R$ 319 bi. Em
março de 2001, as empresas tomaram empréstimos de R$ 111 bi e
as pessoas físicas, R$ 59 bi, segundo o BBV Banco. Se o impacto
da crise energética reduzir o crescimento das carteiras em 5%,
como estimam Bradesco e Unibanco, o sistema produtivo brasileiro
deixará de receber empréstimos adicionais da ordem de R$ 16 bi
em 2001. ( Valor - 11.05.2001)
Índice
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5- FMI vê ano difícil para emergentes |
As preocupações dos investidores com a desaceleração econômica
nos Estados Unidos prejudicarão os mercados emergentes durante
todo o ano, tornando mais difícil para as empresas na América
Latina, Ásia e Europa Oriental venderem ações ou obterem empréstimos,
informou o FMI. O receio de um pouso forçado nos EUA, a maior
economia do mundo, combinado com temores de que a Turquia e a
Argentina não serão capazes de honrar suas obrigações financeiras,
estão transformando o ano de 2001 no mais duro para as economias
emergentes desde as turbulências de 1998, advertiu o FMI em relatório
trimestral, um dos mais pessimistas já publicados. 'Expectativas
em constante mudança em relação ao futuro deverão manter os mercados
voláteis', afirma o relatório do Fundo. Segundo o FMI, a desaceleração
econômica nos EUA, Europa e Japão levou os países mais pobres
a reduzirem suas próprias previsões de crescimento, provocando
um revés notável na qualidade dos créditos nesses países não visto
desde o default da Rússia em 1998. (Gazeta Mercantil - 11.05.2001)
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1- Governo estuda leilão de térmicas |
O governo estuda a possibilidade de realizar leilões de térmicas,
nos mesmos moldes das licitações da Aneel. De acordo com um técnico
da área, a idéia é promover licitações das usinas de forma que
o vencedor seja a empresa que ofertar a menor tarifa de energia
elétrica. Em contrapartida, a empresa teria mercado garantido,
por meio de contratos iniciais firmados com um pool de distribuidoras.
Segundo a fonte do governo ligada ao setor elétrico, o PPT enfrenta
muitas dificuldades porque os investidores não querem assumir
o risco de 'ficar na mão' da Petrobras, única produtora de gás
natural no País e controladora do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).
Os leilões das térmicas seriam realizados pela Aneel, seguindo
o padrão das licitações de linhas de transmissão, usinas hidrelétricas
e pequenas centrais hidrelétricas. (Gazeta Mercantil - 11.05.2001)
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2- Indústria nacional quer participar de investimentos
em usinas térmicas |
Os fabricantes de equipamentos nacionais estão reivindicando uma
participação maior nos projetos de geração termelétrica da Petrobras
e de outros investidores do setor. Para isso, a Abimaq (associação
do setor de máquinas e equipamentos) está criando uma Comissão
de Gás e Termoeletricidade. O objetivo da comissão é fazer um
levantamento das oportunidades de negócios para essas empresas.
O vice-presidente da Abimaq, José Velloso, cita como exemplo a
sua empresa, que vende equipamentos para as empresas na Califórnia,
mas não consegue vendê-los no Brasil. "As empresas responsáveis
pela construção das térmicas preferem importar os equipamentos
do que comprar aqui dentro. Eu contribuo para acabar com a crise
de energia na Califórnia, mas não consigo fazer o mesmo no Brasil",
disse. (Folha Online - 10.05.2001)
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3- Copene ativa usina termelétrica no pólo da Camaçari |
Na Bahia, a Copene, que atende empresas
do Pólo Petroquímico de Camaçari, aumentou a oferta de termeletricidade
e reduziu em 35% o consumo de energia fornecida pela Chesf, pondo
em operação a plena carga sua termelétrica que desde abril de
2001 passou a gerar 165 MW/h. Antes, gerava 120 MW/h para atender
a demanda de 240 MW/h do pólo. A outra metade era de origem hídrica,
fornecida pela Chesf. 'Estamos nos prevenindo, já utilizando a
termelétrica com geração máxima, para poupar recursos hídricos,
e reduzir o impacto dos cortes no complexo industrial', diz o
gerente comercial da Copene, Celestino Boente. (Gazeta Mercantil
- 11.05.2001)
Índice
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1- Vale estuda parar fábrica e transferir produção
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A Vale do Rio Doce está estudando a possibilidade de parar fábricas
durante o racionamento de energia para revender sua eletricidade
a outros usuários. A companhia pode, também, transferir por algum
tempo parte de sua produção de manganês e ferro-liga para usinas
localizadas fora do Brasil. O ferro-liga poderia ser processado
numa usina que a Vale tem na França e o manganês em plantas que
seriam alugadas na Venezuela. As duas medidas ainda estão em estudo,
sua adoção depende de algumas variáveis e elas fazem parte da
estratégia que a Vale está montando para atravessar o ''apagão''
que o governo irá impor a partir de junho de 2001. A Vale consome,
sozinha, quase 4% de toda energia elétrica produzida no país.
''Estamos trabalhando intensamente para finalizar o plano para
enfrentar o racionamento'', diz Roger Agnelli, presidente do conselho
de administração da Vale. Ele preferiu não comentar individualmente
as medidas que estão sendo cogitadas. ''Temos analisado todas
as alternativas possíveis para minimizar o impacto do racionamento.''
(Folha - 10.05.2001)
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2- Produção de cobre é afetada por racionamento |
O racionamento é um balde de água fria nos projetos de expansão
da Caraíba Metais. Para o diretor Juvenil Brito, o corte prejudica
o esforço da companhia de aumentar a capacidade produtiva de 200
mil para 220 mil toneladas de cobre eletrólito. 'Crescemos 10%
e podemos reduzir 15% se o corte for dessa ordem'. Para atenuar
o problema, Brito diz que a saída será o uso dos geradores a diesel,
medida que vai gerar um ônus mensal de R$ 500 mil, um acréscimo
de 30% no gasto normal de energia, de R$ 1,5 mi por mês. (Gazeta
Mercantil - 10.05.2001)
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3- Poló textil de Americana sofrerá com racionamento |
Para
o pólo têxtil paulista de Americana, no estado de São Paulo, que
produz 85% dos tecidos planos de fibras artificiais e sintéticas
do Brasil, e planejava quase dobrar as exportações até 2005, o
racionamento acontece num momento duplamente ruim. Primeiro porque
é histórica a formação de estoques a partir de maio para fazer
frente à demanda, que tradicionalmente cresce entre 20% e 30%
no segundo semestre. Em segundo lugar, reduzir o consumo de energia
significa menos fôlego para fechar e manter os contratos de venda
no mercado internacional. 'Essa queda de energia, exatamente no
momento de formar estoques, pode significar aumento das importações
brasileiras, e esse é o maior temor', diz Mário Zocca, presidente
do Sindicato das Indústrias de Tecelagens de Americana, Nova Odessa,
Santa Bárbara e Sumaré (Sinditec). (Gazeta Mercantil - 10.05.2001)
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1- Uruguai constrói usina para abastecer o Brasil |
A elétrica uruguaia UTE acelerou o processo de negociação com
a Alstom e a Endesa para construir uma central de gás natural
em Paysandú com capacidade para produzir 800 MWh e abastecer o
mercado brasileiro. Ao mesmo tempo, a empresa implementa o programa
de investimentos previsto há anos para que o Uruguai não passe
pelos mesmos problemas de produção e distribuição que seus vizinhos.
Estudos do governo uruguaio há dois anos previam crise nos vizinhos,
mas ela se antecipou aos planos de expansão. O país não constrói
nenhuma usina há dez anos e a crise argentina impossibilita a
transmissão de energia. Para por o planejado em prática, o governo
autorizou a participação da iniciativa privada na geração, mas
até agora nenhuma empresa se apresentou formalmente para produzir
a energia a ser exportada para o Brasil. Entretanto, esse negócio
é complexo, já que o mercado do Rio Grande do Sul não possui problemas
de abastecimento, estando a escassez concentrada em São Paulo,
Rio de Janeiro e outros estados mais ao norte. Ainda assim, os
preços estão sendo negociados a energia será transportada por
linha de transmissão que liga Paysandú e Porto Alegre. (El País
- 11.05.2001)
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2- Endesa: volume de negócios cai, mas lucro aumenta |
A Endesa, maior companhia elétrica da Espanha, obteve lucro líquido
de US$ 340,34 mi no primeiro trimestre de 2001, o que representa
crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período de 2000. Entretanto,
a empresa adverte que a contabilidade aplicada nos dois anos é
diferente. Caso se leve em conta a cobrança dos custos de transição
para a concorrência (CTC) deste ano, o aumento na lucratividade
é de 14,3%. Em volume de negócios, a companhia chegou a US$ 3,1
bi, uma queda de 2,7%, enquanto o cash-flow (lucros mais amortizações)
se situou em US$ 1,231 bi, aumento de 8,4%. O lucro líquido dos
negócios internacionais no setor elétrico foi de US$ 155,9 mi,
45,8% do total. Esse valor foi ajudado pela venda da argentina
Edenor, que injetou US$ 437,8 mi nas contas da espanhola. (El
País - 11.05.2001)
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3- Bush divulga plano de energia dia 17.05.2001 |
O presidente norte-americano George W. Bush
divulgará as recomendações oficiais para a solução da crise energética
daquele país em encontro com representantes da área de eletricidade
no dia 17.05.2001. Os ouvintes são empresários que utilizam novas
tecnologias para queimar carvão, gás natural, petróleo e biomassa.
A expectativa é que o presidente simplifique o processo de autorização
de construção de usinas para aumentar a capacidade geradora. Outros
pontos a serem abordados pelo plano federal são o aumento da procura
por petróleo e gás natural em terras federais; maior ênfase em
produção de energia nuclear e de termoelétricas de maneira mais
limpa; diminuição de impostos para carros mais eficientes no consumo
de energia; incentivos para a produção de eletricidade e permissão
ao governo federal para declarar terras como domínio público para
facilitar a obtenção de terras para construção de linhas de transmissão.
(Reuters - 10.05.2001)
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4- União Européia não chega a acordo sobre energia
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Os quinze países da União Européia não avançaram nas negociações
para a criação de um mecanismo de tarifas elétricas, que pretende
ser o primeiro passo para o mercado comum devido às discrepâncias
entre os Estados membros. Ainda assim houve um compromisso mútuo
de se atingir uma solução até o dia 01.09.2001. O problema segue
concentrado em como pôr preço nas trocas de energia entre um país
e outro e na forma de resolver os problemas que sofrem os fluxos
físicos de eletricidade (congestionamentos entre França e Espanha
e entre França e Itália). Os níveis de acordo com o qual cada
país entrará na rede também é problemático, já que os Estados
mais pobres também terão que pagar prestações pela transmissão.
O problema, garantem as autoridades não é financeiro, mas político.
A Alemanha é partidária da idéia de taxar as exportações de eletricidade,
mas a maioria dos países (13) acreditam que um novo imposto traria
distorções ao mercado e preferem repartir os custos entre os consumidores,
pois ele ficaria muito diluído, não representando quase nada.
(Enervia - 10.05.2001)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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