1- Governo reavalia papel do Sistema Eletrobrás |
No
dia 09.05.2001, o secretário de Energia do Ministério de Minas
e Energia, Afonso Henriques Moreira Santos, admitiu que está sendo
reavaliada a decisão que impediu o Sistema Eletrobrás, nos últimos
anos, de investir em geração. 'É uma posição do MME. Os entes
estatais têm de se esforçar mais do que qualquer outro para resolver
o problema (de falta de energia)', disse. Presente à sessão da
Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, o
presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila da Silva, reivindicou
um papel para o Sistema Eletrobrás como 'indutor dos novos investimentos
no setor elétrico'. Ávila informou que para 2001, o orçamento
de investimentos da estatal é da ordem de R$ 3,1 bi. (Gazeta Mercantil
- 10.05.2001)
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2- Aneel permite Cemig no leilão da Cesp |
A Aneel aprovou, dia 09.05.2001, a participação da Companhia Energética
de Minas Gerais (Cemig) no leilão de privatização da Cesp Paraná,
marcado para o dia 16.05.2001. Foram aprovadas também as americanas
Duke Energy, AES e NRG, a francesa EDF e portuguesa EDP. A Aneel
limitou a participação da Cemig como sócia minoritária de um consórcio.
Além disso, a estatal mineira terá de ter uma participação no
grupo de forma a que não se ultrapasse os 25% de controle de geração
de energia na região Sudeste, conforme norma do setor elétrico.
(Gazeta Mercantil - 10.05.2001)
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3- Governo responde à AES |
No dia 09.05.2001, o secretário de Energia, Afonso Henriques Moreira
Santos, reagiu com ponderação às críticas feitas pela AES aos
procedimentos da Aneel nos processos de revisão tarifária e afirmou
que o pronunciamento do presidente da AES, Dennis Bakke, foi 'inoportuno'.
'Queremos a AES no Brasil, do mesmo modo que queremos outros investidores,
como a EDF, a EDP, a Endesa ou a VBC. A AES disse que poderá desistir
dos seus investimentos no Brasil, mas é natural que as empresas
que entram também possam sair do País. Outras já estiveram aqui
e saíram', disse Moreira Santos. (Gazeta Mercantil - 10.05.2001)
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1- Governo avalia impacto do racionamento sobre a economia |
O racionamento está sendo visto pelo governo como um "choque de
oferta" que terá repercussões sobre a inflação e o nível da atividade
econômica, com redução do emprego e da receita tributária do setor
público. Como lembrou uma fonte do governo, esse choque causará
"stress" sobre as duas bases da política de estabilização: as
metas de inflação e as metas fiscais. O corte de energia terá
efeito negativo maior sobre o nível de atividade econômica, como
disse outra fonte da área econômica. Um grupo técnico do Ministério
da Fazenda e outro grupo técnico do Ministério do Planejamento
começaram, dia 09.05.2001, a avaliar todos os aspectos do impacto
do racionamento. O desconhecimento da dimensão desse impacto foi
uma das razões para os ministros da Fazenda, Pedro Malan, e do
Planejamento, Martus Tavares, terem pedido um prazo de mais 15
dias CNPE. A decisão final sobre o racionamento sairá no dia 23.05.2001.
(Valor - 10.05.2001)
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2- Metas fiscais podem ser afetadas pelo racionamento |
A maior preocupação do governo sobre os efeitos do racionamento
é com relação às metas fiscais. As receitas do Orçamento Geral
da União deste ano foram projetadas com base num crescimento da
economia de 4,5%. Já existiam dúvidas se esse crescimento ocorreria
por causa da forte desvalorização do real nos últimos meses e
das duas elevações na taxa básica de juros promovida pelo Banco
Central. O racionamento afasta definitivamente a possibilidade
de crescimento real de 4,5% do PIB este ano. Mas o governo ainda
não sabe dimensionar qual será a redução na atividade por conta
dos cortes. De qualquer maneira, o crescimento menor do PIB provocará
redução das receitas tributárias. Seguno pesquisa divulgada pela
FGV, um corte de 20% no fornecimento de energia acarretaria uma
redução anual de aproximadamente R$ 6,6 bi na arrecadação de impostos
no Brasil. Assim, o governo ficará na difícil situação de ter
que ajustar os gastos à nova realidade das receitas. Há ainda
a perspectiva de que novas despesas terão que ser realizadas,
não apenas aquelas relacionadas com o sistema de incentivos para
que as pessoas poupem energia, como aquelas relacionadas com investimentos
necessários para aumentar a oferta de energia - gastos que terão
que ser acomodados no Orçamento. (Valor e Folha - 10.05.2001)
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3- Racionamento afetará exportações |
A indústria brasileira começa a avaliar os efeitos do racionamento
de energia sobre as exportações. Nos setores muito dependentes
de eletricidade, como os de alumínio e de cloro, a preocupação
vai além da perda de faturamento causada pela queda de produção.
O preço futuro da energia e o período de duração dos cortes no
abastecimento definirão, segundo os empresários, a competitividade
dos produtos brasileiros no exterior. A Alcan exportou no ano
passado 10% de sua produção de 105 mil toneladas de alumínio primário.
'Para que possamos cumprir os contratos de fornecimento com as
empresas brasileiras, teremos de reduzir as exportações', diz
João Beltran Martins, presidente da Alcan. (Gazeta Mercantil -
10.05.2001)
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4- Para CNI, racionamento prejudicará meta de crescimento
do PIB |
Segundo o presidente do Conselho de Infra-estrutura da Confederação
Nacional da Indústria, José Carlos Gomes Carvalho, o racionamento
de energia irá prejudicar a meta de crescimento do PIB, de 4,5%.
Segundo ele, o problema de abastecimento de energia no país, é
um "tumor". "Já fizemos a tomografia e o tumor é benigno, pois
a solução (a chuva) existirá a partir de novembro ou dezembro
de 2001", disse. Ele disse que ainda não se pode mensurar o prejuízo
real que o racionamento provocará na economia, e espera para o
dia 20.05.2001 um relatório das federações apontando o impacto
dos cortes de energia em cada Estado. (Folha - 09.05.2001)
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5- Racionamento deve ser implantado por meio de MP
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O racionamento de energia deverá ser implantado por meio de uma
medida provisória. Segundo o secretário de Energia do Ministério
de Minas e Energia, Affonso Henriques Moreira Santos, o corte
no fornecimento justificaria a necessidade de uma MP, que deve
ser adotada em casos de urgência. Ele disse que o percentual a
ser cortado a partir do dia 01.06.2001 vai depender do comportamento
dos consumidores. Quanto mais próximo de 20% for a economia voluntária,
menor será o percentual do corte. Os técnicos dos ministério que
participam do CNPE estão trabalhando na análise dos impactos do
racionamento na segurança pública e na economia. (Folha - 09.05.2001)
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6- Governo procura acelerar investimentos |
Diante da crise de energia, o governo decidiu limpar o mais rápido
possível todos os contenciosos que impediram os novos investimentos
no setor, de maneira a evitar que o racionamento se prolongue
por 2002. A determinação do Palácio do Planalto é de aprontar
de imediato regras claras tanto para as construção das usinas
termelétricas quando para as empresas distribuidoras de energia;
construir um novo "linhão" no prazo recorde de dez meses, fatiando
a obra por várias empresas; e criar grupos de acompanhamento tanto
da efetividade do programa de racionamento quanto para garantir
que em 2002 esse problema não se repetirá. A interligação do sistema
da região Norte à Furnas, através do "linhão", será feita de imediato,
com prazo para concluir a obra em no máximo dez meses, e diante
do caráter emergencial, o governo dispensará licitações. Representantes
do governo conversarão com os distribuidores para fazer um levantamento
de todos os problemas que estão ocorrendo no cumprimento dos contratos.
(Valor - 10.05.2001)
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7- ONS defende "choque de obras" para sanar escassez |
O presidente do ONS, Mário Santos, em exposição a parlamentares
da Comissão de Energia, Meio Ambiente e Consumidor, alertou que
o racionamento de energia pode ser estendido a 2002, se o país
não tiver um "choque" imediato de obras para aumentar a geração.
"Pode acontecer a mesma coisa que aconteceu agora, se os reservatórios
chegarem a dezembro com 12% de sua capacidade e será complicado
pedir perdão mais uma vez à sociedade", disse. A inclusão do Norte
no racionamento deve ocorrer em julho de 2001. A do Sul, em agosto
ou setembro. As duas regiões hoje produzem energia com sobra e
exportam o excedente para as demais regiões. Quando a capacidade
de produzir excedentes se encerrar, o racionamento será ampliado
às regiões. O ONS conclui até final de maio estudos técnicos sobre
a inclusão dessas áreas no corte encomendados pelo Ministério
de Minas e Energia e pela Aneel. A inclusão do Sul e do Norte
pode amenizar a capacidade de corte nas demais regiões, segundo
Santos. (Valor - 10.05.2001)
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8- ONS simula risco em reservatórios com nível abaixo
do previsto |
O ONS ainda não sabe como operar o sistema elétrico caso o nível
dos reservatórios cheguem ao final de novembro de 2001 com níveis
abaixo de 10% no Sudeste/Centro-Oeste e no 5% no Nordeste. Esses
são os índices mínimos que o ONS espera atingir após o racionamento
para manter a operação do sistema em níveis de segurança. Segundo
um técnico do ONS, o nível mais baixo em que o sistema já foi
operado foi o registrado no fim de novembro de 2000, quando os
reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegaram a 19% e os do Nordeste
a 11%. O técnico informou que o setor de planejamento do ONS está
fazendo simulações com os sistemas de proteção, operação e dos
riscos envolvidos. (Correio Brasiliense - 09.05.2001)
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9- MS reduz jornada de trabalho para economizar energia
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O governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio dos Santos, criou,
dia 09.05.2001, um decreto que reduz pela metade a jornada de
trabalho dos servidores estaduais. Segundo o secretário de Modernização
Institucional, Márcio Portocarrero, a medida prevê uma redução
de pelo menos 20% nos gastos com energia (uma economia de R$ 1,6
mi por ano). O meio expediente só não será adotado pelos servidores
que atuam na segurança pública, em escolas e hospitais. O decreto
estadual entra em vigor na próxima segunda-feira e tem validade
de 180 dias. Há a possibilidade de prorrogá-lo caso os resultados
sejam positivos. (Correio Brasiliense - 09.05.2001)
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1- Duke Energy avalia se vai disputar a Cesp |
A norte-americana Duke Energy, uma das empresas consideradas favoritas
para arrematar a Cesp Paraná, no leilão de privatização da geradora,
não tomou uma decisão final sobre a participação na disputa. Segundo
afirmou, no dia 09.05.2001, Michael Dulaney, presidente da Duke
Energy Internacional, 'ainda estamos avaliando questões importantes,
como o elevado endividamento da Cesp e o impacto do racionamento
de energia para a empresa'. Conforme o presidente da Duke 'todos
os riscos que envolvem a disputa pela Cesp Paraná estão sendo
analisados pela empresa nos Estados Unidos'. (Gazeta Mercantil
- 10.05.2001)
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2- EDP ainda não confirmou se disputará a Cesp |
A Eletricidade de Portugal (EDP), outro grupo que se pré-identificou
para a disputa da Cesp, só deve anunciar oficialmente se permanece
ou não na briga no início da terceira semana de maio de 2001.
Segundo Eduardo Bernini, presidente da EDP no Brasil, 'estamos
com toda a equipe mobilizada, examinando as implicações que essa
leilão tem'. Bernini reconhece que a Cesp 'é um dos assuntos prioritários
para a EDP'. Entretanto, algumas questões podem ainda atrapalhar
a decisão da EDP. O grupo estaria insatisfeito com o não cumprimento
pelo governo da promessa de criar um mercado competitivo no setor
elétrico, sem intervenção estatal. Esse ponto, conforme a EDP,
seria a principal razão do atraso nos projetos previstos de novos
investimentos em geração térmica e hidrelétrica no País. (Gazeta
Mercantil - 10.05.2001)
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3- Siemens fecha novos negócios na área de alta tensão
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A Siemens firmou contratos, por meio de sistema "turnkey", para
fornecer projetos de subestações, serviços e equipamentos em cinco
estados brasileiros. A Siemens firmou contratos de fornecimento
de projetos de subestação, por meio de sistemas "turnkey", com
a CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista),
Light , Ceb (Companhia Energética de Brasília), Eletrosul , CEEE
(Companhia Estadual de Energia Elétrica), que irão atender as
regiões do Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Brasília
e São Paulo. A empresa também recebeu encomendas de 37 pára-raios,
nas tensões nominais de 120, 183, 362, e 420 kV de Furnas Centrais
Elétricas e de disjuntores classe 245 kV da Chesf. Além dos contratos
de projetos, a Siemens vai oferecer serviços e equipamentos para
a reforma e ampliação das subestações de Barra Bonita, Bariri
e Ibitinga e mais 13 subestações em 69 kV, no Rio Grande do Sul.
(Canal Energia - 09.05.2001)
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4- Funcionários do grupo Eletrobrás ameaçam entrar
em greve |
Cerca de 50 mil trabalhadores do setor elétrico devem participar
de paralisações por tempo determinado a partir da terceira semana
de maio de 2001 para pressionar o governo a negociar o reajuste
da categoria, com data-base no dia 01.05.2001. Se a pressão não
surtir efeito, a previsão é de que os funcionários de seis empresas
do grupo Eletrobrás, de duas subsidiárias e de outras quatro federalizadas
entrem em greve a partir do dia 01.06.2001, quando terá início
o programa de racionamento de energia. (Estado - 10.05.2001)
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1- Empresas aguardam permissão da Aneel para trocar
cotas de energia |
Indústrias eletrointensivas, como as de ferroligas, alumínio,
zinco e soda-cloro, estão dispostas a desligar seus fornos por
até 30 dias, até o final do ano 2001, para vender suas cotas contratadas
de energia. 'Depende apenas da permissão da Aneel para que a venda
possa ser efetuada durante o período de racionamento', disse Adelmo
Melgaço, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de
Ferroligas (Abraf). Segundo Melgaço, o setor de ferroligas é representado
por apenas nove empresas no país, o que facilitaria a coordenação
de um programa conjunto de desligamento dos fornos. Estas empresas,
que mantém 13 plantas industriais, possuem juntas uma capacidade
instalada para 600 MW de consumo. Esta proposta coincide com a
da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) que sugere
criação de uma bolsa de energia, que permita a um setor ocioso
passar sua cota para outro em plena atividade. (Gazeta Mercantil
- 10.05.2001)
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1- Moody's se mostra otimista em relação ao futuro
da economia brasileira |
A agência de classificação de risco Moody's divulgou, dia 09.05.2001,
relatório em que confirma a perspectiva estável para os ratings
soberanos do Brasil para dívidas em moeda estrangeira e em moeda
local em 'B1' e 'B2', respectivamente. A Moody's se mostra mais
otimista em relação ao futuro da economia brasileira do que a
agência Fitch, que no dia 08.05.2001 alertou para o crescente
risco de contágio da crise na Argentina no País. Segundo o comentário
da Moody's, a atual classificação reflete as 'adequadas' condições
em níveis micro e macroeconômica do Brasil para enfrentar situações
adversas no âmbito global e a possibilidade de um 'contágio vindo
da deterioração da qualidade do crédito argentino'. (Gazeta Mercantil
- 10.05.2001)
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2- ADRs do Brasil caem mais que os argentinos |
Os American Depositary Receipts (ADRs) de empresas brasileiras
negociados em Nova York foram mais prejudicados pela crise da
economia da Argentina do que os papéis das próprias empresas argentinas.
Até o dia 09.05.2001, os ADRs brasileiros acumulavam perda de
13,13% no ano, enquanto os argentinos ainda estavam com ganho
de 6,43%, de acordo com Índice de Preços de ADR do Bank of New
York. A pressão de venda sobre os papéis brasileiros foi mais
acentuada porque seu mercado é maior. Em abril, os negócios com
ADRs brasileiros nas bolsas dos Estados Unidos somaram US$ 3,95
bi, quase seis vezes mais do que os US$ 522 mi transacionados
com papéis argentinos. Os ADRs mexicanos tiveram a melhor performance
da região, com ganho de 13,01%. Está todo mundo de olho no México,
devido à expectativa de que o governo vá permitir que os fundos
de pensão mexicanos comprem ações. O movimentou de ADRs foi de
US$ 2,68 bi. (Gazeta Mercantil - 10.05.2001)
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3- ONS obtém empréstimo de US$ 5 mi |
O ONS conseguiu um empréstimo de 5,6 mi de euros, aproximadamente
US$ 5 mi. A operação foi efetuada junto ao Banco do Brasil e servirá
para a modernização dos sistemas de supervisão e controle dos
centros regionais de operação Norte, Nordeste e Sul. (Canal Energia
- 09.05.2001)
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4- Mercado ainda espera por detalhes da operação de
"swap" |
O risco da Argentina voltou, dia 09.05.2001, a ficar acima dos
1.000 pontos base e só deverá cair de forma consistente, segunda
analistas, depois que o governo divulgar detalhes da operação
de troca de bônus da dívida de curto prazo por outros de mais
larga duração. A expectativa do mercado é que esses detalhes só
sejam conhecidos depois do dia 15.05.2001, quando o Federal Reserve
deve anunciar uma nova baixa na taxa de juros. A decisão beneficiaria
a Argentina, país extremamente dependente de financiamento externo.
No dia 09.05.2001 o risco país fechou em 1.011 pontos base, depois
de oscilar entre 967 a 1.024. O índice ficou 28 pontos acima do
registrado no dia anterior (993). Parte da alta se deve à valorização
dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, referência para medição
do risco país. A manutenção do índice em patamares elevados mostra
ainda a ersistência da desconfiança dos investidores quanto à
capacidade do país em honrar seus compromissos inanceiros. (Valor
- 10.05.2001)
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5- Empresas recorrem a emissões de prazo menor |
As emissões de papéis da dívida privada de longo prazo estão praticamente
paradas tanto no mercado doméstico quanto no externo. A contaminação
da crise argentina e a turbulência política brasileira estão forçando
as empresas a esperar um momento mais propício, com custos mais
baixos. Os que arriscaram colocar papéis no cenário mais tumultuado
pagaram taxas generosas, como foi o caso da Copel. Após a emissão,
os Euro Commercial Papers. No mercado doméstico, as emissões de
debêntures estão em marcha lenta, com os mesmos nomes rodando
as mesas dos bancos desde abril e preços sendo reajustados para
cima. A mudança nos preços dos papéis privados no mercado doméstico
deveu-se, principalmente, à alta dos títulos públicos. O swap
do papel cambial do governo para CDI proporciona no dia 10.05.2001
um retorno maior para o investidor. Como os títulos soberanos
funcionam como parâmetro de preços para as operações de debêntures,
que sempre saem acima disso pelo risco maior, elas encareceram.
Para três anos, a operação com os papéis do governo remuneram
em torno de CDI mais 0,5%. No caso de quatro anos, CDI mais 0,64%
e cinco anos, CDI mais 0,73%. No exterior, as emissões privadas
de longo prazo não estão acontecendo porque as remunerações para
os investidores não subiram tanto quanto a dos títulos soberanos.
Desde o início do ano, o rendimento do C-bond, por exemplo, passou
de 11% para 13,5%, enquanto os títulos corporativos, saíram de
algo em torno de 7% para 7,7%. (Valor - 10.05.2001)
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1- Governo anunciará solução para as térmicas |
O ministro José Jorge deve anunciar na terceira semana semana
de maio de 2001 a solução encontrada pelo governo para tentar
inibir o risco cambial das usinas térmicas movidas a gás natural
e impulsionar o programa prioritário que está praticamente parado
desde o ano passado. O gás vai ser desdolarizado e a Petrobras
vai bancar o risco cambial. O gás importado da Bolívia, hoje cotado
em dólar e por isso suscetível a variações diárias, será fixado
em reais e negociado a um preço determinado que valerá por um
ano. A Petrobras vai gerenciar uma conta, denominada conta débito-crédito,
para administrar as variações do insumo durante os doze meses
de vigência do preço a ser fixado. Ao final desse período, a estatal
fecha a conta. Sobre o número, de perda ou ganho, de acordo com
a variação do dólar, será aplicada a taxa Selic, dividido por
12 e aplicado sobre o preço de vigência para estabelecer o preço
do metro cúbico do gás que valerá para o exercício seguinte. A
medida sairá por portaria interministerial assinada pelos ministros
de Minas e Energia e da Fazenda (Pedro Malan). Afonso Henriques
dos Santos, secretário de Energia, que anunciou a medida, dia
09.05.2001, a deputados federais, garantiu que a estatal não terá
prejuízo financeiro com a operação. (Valor - 10.05.2001)
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2- Petrobras anuncia construção de dez termoelétricas |
O presidente da Petrobras, Philippe Reichstul, informou, dia 09.05.2001,
que a empresa vai acelerar a construção e a implantação de dez
termelétricas para ajudar a reduzir o déficit de energia do país.
A idéia é inaugurar dez usinas até o fim do ano, aumentando em
2.500 MW a capacidade instalada de produção de energia no Brasil.
Do total de projetos de térmicas, a Petrobras está presente, como
acionista minoritária, em 29 projetos, com potencial de produção
de 7 mil MW - quando entrarem em funcionamento, as usinas aumentarão
a produção brasileira em 10 mil MW. "A gravidade da crise energética
brasileira é mitigada pela oferta de gás natural. Se não tivéssemos
essa oferta, se não tivéssemos o gasoduto com a Bolívia, a situação
certamente seria muito crítica", avaliou Reichstul. (Valor - 10.05.2001)
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3- ANP diz que crise energética não reduzirá investimentos
em gás |
O diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn,
disse não acreditar que a crise energética no país vá afastar
investimentos estrangeiros no setor de petróleo e gás. Segundo
ele, o racionamento criará uma demanda pela energia produzida
por usinas termelétricas movidas a gás, o que atrairá investimentos.
Zylbersztajn afirmou que até o fim do ano a emenda constitucional
que acaba com o monopólio da Petrobras na importação de diesel
e gasolina deverá ser aprovada pelo Congresso. (Correio Brasiliense
- 09.05.2001)
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1- Fiesp afirma que perda real nas indústrias paulistas
será de 23% |
Se a taxa de 20% na redução do consumo de energia, a ser aplicada
pelo governo no sistema de cotas a partir de junho de 2001, for
calculada sobre a média consumida no mês de maio do ano 2000,
a perda real em 2001 será de 23%. A estimativa é de Pio Gavazzi,
diretor de Infra-Estrutura da Fiesp. Os impactos já estão aparecendo
antes da aplicação das medidas restritivas. O empresário Antônio
Ermínio de Morais já anunciou a redução de 6% do consumo da companhia
de alumínio do Grupo Votorantim, apesar da empresa já contar com
55% de produção própria da energia consumida. (Canal Energia -
09.05.2001)
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2- Fiesp oferece suporte técnico para conservação de
energia |
A Fiesp estará oferecendo até o final de maio de 2001, um suporte
técnico às suas empesas conveniadas, num acordo firmado com a
Associação Brasileira de Empresas de Conservação de Energia Elétrica
(Abesco). Qualquer empresa filiada a entidade poderá contratar
os serviços de empresas de conservação de energia ligadas à associação.
(Canal Energia - 09.05.2001)
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3- Indústria de alumínio perde US$ 153 mi com corte
no fornecimento |
Segundo estudo da FGV, o racionamento de
energia que começa em junho de 2001 poderá provocar um corte na
produção de alumínio de mais de 90 mil toneladas. De acordo com
a pesquisa realizada pela Fundação, se as produtoras de alumínio
primário sofrerem racionamento de 15% em seu abastecimento de
energia durante seis meses, poderão sofrer perdas na receita de
US$ 153 mi e deixar de produzir 91,4 mil toneladas do metal. Com
isso, cerca de US$ 22 mi também deixam de ser recolhidos em impostos.
A energia é um dos principais insumos na fabricação do alumínio
e representa 35% no custo de produção do metal. Ao todo, o setor
consome anualmente 6% da energia produzida no país. (Valor - 10.05.2001)
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4- Aeroportos começam a reduzir consumo de energia |
Os principais aeroportos do país começaram a adotar medidas de
redução do consumo de energia elétrica. A Infraero que administra
66 aeroportos responsáveis por 97% do movimento de passageiros
e cargas no Brasil anunciou no dia 09.05.2001 que no período da
manhã serão desligados luzes e serviços de refrigeração. "O conforto
dos passageiros será prejudicado, mas não a segurança", disse
o assessor da presidência da Infraero, Sergio Henrique Alvarez.
As pistas de pouso e decolagem, consideradas áreas de segurança,
não poderão passar pelo racionamento. Alvarez afirmou, no entanto,
que setores de pátio dos aeroportos que estejam ociosas ou com
pouco movimento podem ficar com as luzes apagadas. (Gazeta Mercantil
- 10.05.2001)
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5- Abividro diz que não tem como reduzir consumo atual |
O diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria
de Vidros (Abividro), Lucien Belmonte, disse no dia 09.05.2001,
que se houver falta de energia a indústria não tem como reduzir
o consumo atual e, se tiver, o prejuízo será incalculável. No
ano 2000, a indústria de vidro no Brasil utilizou 1,2 GW de energia
e, segundo ele, já reduziu em 2,5% o uso de energia, enquanto
a média de outros setores é de 0,6%. De acordo com Belmonte, um
apagão danifica os fornos de lava (vidro derretido) para a produção
do vidro. Esses fornos, com temperaturas entre 1.300 e 1.600ºC,
devem permanecer em funcionamento contínuo durante oito anos,
após serem ligados. (Estado - 10.05.2001)
Índice
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6- Sadia cria diretoria para cuidar de racionamento
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A Sadia criou uma diretoria para cuidar da gestão de energia elétrica
e enfrentar o racionamento. A empresa estuda mudar os horários
de funcionamento de suas 12 fábricas a fim de poupar energia.
O diretor financeiro, Luiz Murat, elogiou a decisão do presidente
Fernando Henrique Cardoso de desistir da cobrança de multa por
excesso de consumo de energia. ''Agora vamos ser premiados com
a redução de tarifas por nossos esforços de economia''. (Folha
- 09.05.2001)
Índice
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7- Valesul reduzirá produção de alumínio |
Com o racionamento, a Valesul, que no ano 2000 faturou US$ 350
mi e é controlada pela CVRD e pela BHP Billiton, terá de reduzir
a produção de alumínio, segundo o presidente, Sergio Almeida Mota.
Ele diz que a Valesul sofrerá impactos sobre o faturamento e seu
resultado líquido. Segundo Mota, a redução na produção será proporcional
ao corte no abastecimento de energia, que pode vir a ser fixado
em 15%. A Valesul fabrica 93 mil toneladas ao ano de alumínio
primário e secundário, além de 20 mil toneladas de reciclado.
Deste total, 30 mil toneladas são destinadas à exportação. O corte
na produção será diluído proporcionalmente entre os mercados interno
e externo. (Gazeta Mercantil - 10.05.2001)
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8- Segundo CBA, alumínio brasileiro não pode pagar
acima de US$ 20 por MW/h |
Antônio Ermírio de Moraes, presidente da Companhia Brasileira
de Alumínio (CBA), diz que, para continuarem exportando, as empresas
não podem pagar um preço acima de US$ 20 por MW/h. 'Caso contrário,
por se tratar de uma commodity, o alumínio brasileiro ficará fora
do mercado internacional.' Ermírio diz que, no mundo, a energia
pesa 30% a 35% no custo de produção do alumínio. Para a CBA, que
pretende chegar ao fim do ano com 60% de auto-suficiência em eletricidade,
o insumo representa cerca de 28% do custo de produção. (Gazeta
Mercantil - 10.05.2001)
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1- Iberdrola lucra no primeiro trimestre de 2001 |
A Iberdrola obteve lucro líquido de US$ 216,55 mi nos três primeiros
meses de 2001, o que representa um crescimento de 11,5% em relação
ao mesmo período de 2000. Esse aumento é o mais alto desde a liberalização
do mercado espanhol em 1998 e se deve principalmente ao aumento
da produção de hidrelétricas causado pelas fortes chuvas naquele
país. O cash-flow aumentou 14,7%, chegando a US$ 371,46 mi no
trimestre. Esse dinheiro será destinado a investimentos materiais,
ao pagamento de dívida de 2000, pagamento de pensões, diferenças
cambiais, entre outros. A Iberdrola afirmou que os resultados
extraordinários no período foram praticamente nulos e que a EDP,
participada em 3% pela espanhola, não participou da consolidação,
refletindo menor contribuição aos lucros de US$ 3,55 mi. (El País
- 10.05.2001)
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2- Governador da Califórnia pede que geradoras perdoem
dívida da Southern Eletric |
O governador da Califórnia , Gray Davis, pediu, dia 09.05.2001,
a geradoras que aceitem cortar 30% da dívida que a Southern California
Edison, segunda maior distribuidora do Estado, possui com elas
para mantê-la em operação e não entrar em concordata. O pedido
veio após dois dias de apagões causados pela alta temperatura
e escassa eletricidade. A Southern deve mais de US$ 1,1bi a doze
geradoras de gás e eletricidade, que não verão esse dinheiro por
anos caso a empresa declare falência ou concordata. Até agora
nenhuma foi voluntária a esquecer os débitos. (NYT - 10.05.2001)
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3- Califórnia emitirá bônus para pagar energia |
O Senado da Califórnia aprovou no dia 09.05.2001,
uma lei para a emissão de US$ 13,4 bi em bônus para o pagamento
de energia de emergência. A medida deve ser aprovada agora pelo
governador, Gray Davis. A aprovação veio dois dias depois que
a assembléia do Estado determinou que a emissão fosse uma lei
regular e não emergencial, o que quer dizer que deverá aguardar
pelo menos 90 dias para iniciar a emissão. A dívida será paga
em 15 anos por meio de uma parcela das contas de energia dos usuários.
(Último Segundo - 09.05.2001)
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4- Argentina inicia privatização da EPEC |
O governo da Província argentina de Córdoba publicou, dia 09.05.2001,
o edital de licitação para fazer a concessão por 35 anos da Epec.
O processo deve culminar no dia 06.08.2001, quando será entregue
à iniciativa privada. A empresa, que possui 400 mil clientes,
agora se chamará Eletricidad Sociedad Anónima e se encarregará
pelo transporte, distribuição e comercialização de energia. Na
primeira quinzena de junho serão vendidas as outras unidades de
negócios, como o setor de geração. São oito centrais hidroelétricas
e mais a central de Rio Grande. O governador da província, José
Manuel de la Sota, espera arrecadar US$ 600 mi no primeiro pacote,
além de US$ 100 mi com a produção energética. O grupo que comprar
a elétrica deve investir US$ 130 mi em cinco anos. Segundo o governo,
para poder garantir as normas de qualidade de prestação de serviços,
serão necessários mais US$ 120 mi. As tarifas serão reduzidas
e haverá preços diferenciados para setores mais pobres. A EPEC
perde 22% do distribui em roubos, o equivalente a US$ 60 mi. Para
evitar cortes, dará descontos aos mais necessitados. (Clarín -
10.05.2001)
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5- Vendas externas da Electrabel crescem 130% |
A Electrabel afirmou, dia 09.05.2001, durante encontro de acionistas,
que suas vendas na Bélgica caíram 0,7% no primeiro trimestre de
2001. Porém, cresceram 130% fora do país. As vendas externas tiveram
esse aumento devido a mudança na consolidação de negócios externos.
(Dow Jones - 10.05.2001)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
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