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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 638 - 09 de maio de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Estrangeiros temem que STF barre leilão da Cesp

A tentativa do governador Itamar Franco, que, no dia 05.05.2001, entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no STF questionando a norma legal do edital de venda da Cesp que impede a participação companhias estatais estaduais, de garantir na Justiça a participação da Cemig no leilão de privatização da Cesp Paraná já está trazendo preocupação aos grupos interessados geradora. A EDF, por exemplo, teme uma paralisação ou o adiamento do leilão, caso o governador obtenha uma liminar na Justiça para alterar as regras da privatização. Nelson Jobim, ministro do STF encarregado de avaliar a Adin da Cemig, pediu, no dia 08.05.2001, esclarecimentos adicionais sobre o leilão ao governo de São Paulo, mas até o presente momento ainda não havia decidido se iria conceder ou não uma liminar. No dia 09.05.2001, a Aneel deve divulgar os nomes das empresas aprovadas a participar do leilão. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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2- Furnas recebe nova multa

Furnas Centrais Elétricas recebeu uma multa de R$ 700 mi da Receita Federal, no dia 05.05.2001, pelo não recolhimento do Cofins e do Pasep sobre o valor total gerado pela venda da energia de Itaipu para as distribuidoras. Com a nova autuação, a multa total da Receita sobre a empresa sobe para R$ 1,5 bi. Furnas tem um mês para recorrer da multa. (Valor - 09.05.2001)

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risco e racionamento

1- Adiado plano de cortes de energia

No dia 08.05.2001, durante a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), os ministros da Fazenda, Pedro Malan, e do Planejamento, Martus Tavares, pediram e conseguiram mais duas semanas de prazo para que sejam mais bem estudados os impactos do racionamento de energia sobre a economia. Assim, foi marcada nova discussão para o dia 23.05.2001. A cúpula econômica também não aceita a possibilidade de racionamento em 2002. 'Falamos há muito tempo nas dificuldades do quadro energético, mas só agora a equipe econômica acordou para a profundidade do problema', reclamou um assessor direto do ministro de Minas e Energia, José Jorge. Depois que o presidente Fernando Henrique Cardoso anulou o plano original, cresceram as dúvidas quanto à implementação do racionamento de energia. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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2- Ministro da Casa Civil diz que descontos serão bancados pelo Tesouro

O racionamento de energia não virá mais acompanhado de multas para os consumidores que não reduzirem o consumo, anunciou, dia 07.05.2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso. Será adotado um sistema de incentivos, que dará desconto adicional, uma espécie de bônus, para quem poupar energia. De acordo com o que informou o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, os bônus serão bancados pelo Tesouro Nacional. Haverá, segundo ele, um remanejamento de recursos orçamentários. (Valor - 09.05.2001)

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3- Distribuidoras sugerem antecipar racionamento

As distribuidoras entregaram uma correspondência, no dia 08.05.2001, aos integrantes do CNPE, na qual sugerem que, devido à gravidade do quadro da oferta, o racionamento seja iniciado o mais rapidamente possível, sem esperar pelo dia 01.06.2001. As concessionárias argumentam que 'não há mais tempo (apenas 20 dias, acreditando que o CNPE bateria o martelo sobre o assunto no dia 08.05.2001) para a adaptação dos complexos sistemas de faturamento das empresas e de seus procedimentos de orientação e atendimento ao consumidor. Por meio da Abradee, as empresas defenderam a opção pelo corte seletivo do fornecimento, anunciada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. A carta foi entregue ao CNPE, quando ainda não estava definido que a decisão sobre o racionamento será oficializada só dentro de duas semanas. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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4- Racionamento pode custar R$ 15 bi e 800 mil empregos

Segundo estudo feito pela FGV, um corte de 15% no consumo de energia, por um período de seis meses como quer o governo vai resultar numa queda de 1,5 ponto percentual no crescimento do PIB nacional e de 1,1 ponto percentual no do PIB industrial, segundo a pesquisa. Mais: a produtividade da indústria deve cair 6,3% -o mesmo percentual que cresceu nos últimos três anos. Entre as consequências estão perdas de R$ 15 bi na produção de bens e encerramento de 800 mil postos de trabalho. Se a previsão era de o país crescer 4%, com o corte de energia, esse percentual deve cair para 2,5%. A indústria, que previa expandir seus negócios em 5% este ano, terá de se conformar com 3,9%. Esses números levam em conta um corte de 15% no consumo de energia. Quanto maior o corte, segundo o estudo -que também levou em conta cortes de 5%, 10%, 15%, 20% e 25%-, menor a previsão de crescimento. O estudo sobre o impacto do corte de energia elétrica no país e nas empresas foi solicitado à FGV por cinco associações de empresas: Abrace (grandes consumidores de energia), Abividro (vidro), Abiclor (cloro), Abal (alumínio) e IBS (siderurgia). (Folha - 09.05.2001)

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5- Bancos e consultorias refazem previsões de crescimento do PIB

Bancos e consultorias já começam a refazer as suas previsões de crescimento para o país e para a indústria por causa do racionamento. O Unibanco baixou de 4% para 3% a previsão de crescimento do PIB brasileiro e de 5% para 2,5% o da indústria. O banco pode rever esses números assim que tiver detalhes das medidas para conter o consumo de energia. Numa análise preliminar, a consultoria LCA reviu de 3,8% para 3% o crescimento do PIB brasileiro em 2001. Na sua análise, se a indústria não demitir, o efeito do racionamento sobre o PIB nacional pode não ser tão expressivo neste ano. Se o corte no consumo de energia gerar demissões, o PIB pode crescer apenas 2%. A balança comercial também será afetada, na análise de empresários e economistas. Pelos cálculos da LCA, o déficit deve subir de US$ 1,1 bi para US$ 1,6 bi neste ano. (Folha - 09.05.2001)

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6- Concessionárias antecipam ações para economizar energia

As distribuidoras de energia começam a adotar procedimentos para economizar energia. Desligar o ar-condicionado por algumas horas, racionalizar o uso do elevador e instalar sensores de presença são algumas das medidas de contenção, que incluem até eletrodomésticos de baixo consumo como premiação aos funcionários mais eficientes. São também reforçadas ações junto à comunidade, como a distribuição de lâmpadas fluorescentes e campanhas de esclarecimento. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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7- Cerj e Light pretendem reduzir em até 15% os gastos com energia

A Cerj e a Light, têm como meta reduzir de 10% a 15% os gastos com energia. Os funcionários das 110 instalações da Light, que atende parte do estado do Rio e consome cerca de 1,6 mil MW/h/mês, terão de economizar um total de 240 MW/h. A empresa, além de economizar com ar-condicionado, elevadores e sensores, vai desligar a iluminação de suas fachada. A Cerj quer cortar 10% do consumo interno. Desde o ano 2000, a Cerj realiza palestras em comunidades e doa aos clientes adimplentes duas lâmpadas fluorescentes compactas. Em 2000 foram distribuídas 26 mil lâmpadas e neste ano serão mais 200 mil. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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8- Cemig investirá mais de R$ 5 mi para reduzir e racionalizar consumo

Em 2001, a Cemig vai destinar mais de R$ 50 mi para a redução e racionalização do uso de energia, principalmente para diminuir o desperdício no horário de ponta, entre 17 e 22 horas. A empresa também desenvolve uma experiência piloto de aproveitamento do calor da geladeira e do freezer para aquecer água. 'Em relação aos convencionais, esse sistema economiza 70% de energia', diz o coordenador José Ayres Figueiredo. 'A conta ficará 20% mais barata e a Cemig reduzirá 50% a demanda no horário de ponta.' Em 1999 e 2000, a empresa investiu R$ 1,9 mi na distribuição de 145 mil lâmpadas. Em 2001, serão 118 mil lâmpadas a R$ 2,037 mi. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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9- Bandeirante Energia investe em economia de consumo

A Bandeirante Energia, que atende a 55 municípios do interior de São Paulo, além de investir na distribuição de lâmpadas de menor consumo para a população de baixa renda, vem, em conjunto com prefeituras, estudando a possibilidade de substituir lâmpadas de vapor de mercúrio da iluminação pública por vapor de sódio, de maior capacidade e menor consumo. Internamente, a empresa monitora o uso dos equipamentos internos, como ar-condicionado, e faz campanhas dirigidas aos funcionários, com o objetivo de reduzir o consumo em 25%. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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10- Coelba adota medidas para racionalizar consumo

Na sede da Coelba, em Salvador, a recomendação é desligar luzes e monitores dos computadores a cada saída mais demorada. Essas medidas estão sendo colocadas em prática na matriz, onde trabalham 1.200 funcionários, e em outras sete unidades. 'Vamos instalar cerca de 80 sensores de presença e diminuir a iluminação externa, mas com cuidado para não comprometer a segurança', diz o gerente do Departamento e Infra-Estrutura da companhia, Marcos César Trindade Mello. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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11- A Celpe busca economizar 240 MW/h mensais

A Celpe pretende economizar 240 MW/h mensais. Para atingir esse objetivo, a empresa estuda premiar com eletrodomésticos eficientes as equipes que apresentarem os maiores índices de economia. Apenas o edifício-sede da empresa, localizado no centro do Recife, é responsável por mais de 50% do consumo interno da Celpe, que possui 231 instalações em todo o estado. Entre as ações que já estão sendo implementadas está a redução do uso dos condicionadores de ar em até duas horas e meia por dia. A Celpe também está substituindo o acionamento automático das luminárias por equipamentos individuais e as calhas receberam pinturas reflexivas para aproveitar melhor a iluminação. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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12- Escelsa pretende reduzir em 20% consumo próprio

A Escelsa pretende, já a partir de junho de 2001, reduzir em 20% o consumo próprio, que totalizou 1,3 milhão de KW/h em março de 2001. Fora dos horários de entrada e saída dos funcionários, um dos três elevadores do edifício-sede é desligado. Para utilizar mais a luz natural, as mesas de trabalho foram reposicionadas. A Escelsa tem cerca de 860 mil consumidores nos segmentos residencial, industrial, comercial e rural no estado. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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13- Imposto sobre lâmpada fluorescente pode ser reduzido

O preço das lâmpadas fluorescentes compactas, que economizam até 80% de energia se comparadas às incandescentes, poderá cair. Os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento estão estudando a possibilidade de reduzirem a carga tributária incidente sobre essas lâmpadas, que, na maioria, são importadas. O secretário de Energia do MME, Afonso Henriques, disse que o objetivo do governo é tornar o produto mais atraente e acessível ao consumidor. O ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse que conversou com o secretário da Receita, Everardo Maciel, e com o ministro da Fazenda, Pedro Malan, sobre a possibilidade de reduzir o preço das lâmpadas. No dia 23.05.2001, quando haverá uma nova reunião do CNPE, o estudo sobre essa queda para o custo do produto deverá estar pronto. (O Globo - 09.05.2001)

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14- Racionamento poderá causar retrocesso na indústria de cloro-soda

Segundo o estudo da FGV, "O Impacto do Racionamento de Energia Elétrica sobre a Indústria Energo-Intensiva", o racionamento de energia elétrica causará um retrocesso de dez anos na indústria brasileira de cloro-soda. Principal fornecedora de matéria-prima para os segmentos de papel e celulose, química e petroquímica, alumínio, construção civil e têxtil, a indústria de cloro-soda poderá sofrer uma queda na produção de até 12,3% (160 mil toneladas), o que significa um prejuízo de US$ 56 mi. A energia elétrica responde por 43% do valor de produção e tem participação de mais de 30% no custo total do processo. (Folha - 09.05.2001)

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empresas

1- AES-Tietê descarta participação no leilão da Cesp

O vice-presidente da AES-Tietê, Demóstenes Barbosa da Silva, afirmou, no dia 09.05.2001, que, neste momento, está descartada participação da empresa americana no leilão da Cesp. 'Há vários riscos em relação a esse novo investimento no Brasil', afirmou. A AES, segundo Barbosa da Silva, considera, por exemplo, que o racionamento de energia provocará uma redução importante da receita da Cesp, que já tem um endividamento elevado, cerca de R$ 7,4 bi, mais de 80% em dólar. As incertezas em relação às regras do setor elétrico também preocupam o grupo norte-americano. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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2- EDP teme desvalorização do real

Segundo o presidente da EDP Internacional, Francisco Noronha Leal, "cada vez que o real desvaloriza um centavo (em relação ao dólar), o custo da empresa sobe R$ 4 mi". A EDP calculou o dólar a R$ 1,95 em média em 2001. A possibilidade da queda da cotação do real, provocada pelas turbulências na Argentina, preocupa os principais investidores investidores no Brasil, que temem o aumento de suas dívidas em dólar. (Gazeta Mercantil - 08.05.2001)

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financiamento

1- Governo poderá intervir na formação de preços do MAE

A tendência de que o governo lance uma intervenção nos preços do MAE é cada vez maior. A afirmação partiu do diretor da Votorantim Energia, José Said de Brito. A tese do executivo segue o modelo tarifário nacional, com custos regulados na ponta de consumo. Segundo ele, a atual situação no abastecimento de energia fará com que as distribuidoras se deparem com a figura da Aneel, sem conseguir a aprovação para repassar ao cliente final o aumento no custo da energia em virtude do racionamento. Na avaliação de Said, a ausência de estímulos para a realização de investimentos em geração de energia faz com que os projetos sempre fiquem aquém do necessário para suprir o crescimento da demanda. "Além disso, quem atua em geração não tem interesse em gerar excedente, pois isso aumentaria a energia disponível no mercado, acarretando na queda dos preços", afirmou. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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financiamento

1- Guaraniana reestrutura dívida

A Guaraniana, controladora das distribuidoras de energia Coelba, Celpe e Cosern, inicia em breve um programa de reestruturação financeira. Até agosto de 2001, a empresa quer executar duas operações para alongar o vencimento e reduzir as taxas de juros de dívidas que somam mais de R$ 1 bi. 'O que preocupa não é o tamanho do passivo, porque temos capacidade de alavancagem, mas precisamos baixar o custo das dívidas', diz Gilson Veloso Prado, presidente da holding, controlada pela espanhola Iberdrola, a Previ e BB Investimentos. Do total que será refinanciado, uma parcela em torno de R$ 500 mi refere-se a uma dívida tomada pela Guaraniana junto ao BNDES. Mais US$ 250 mi são débitos externos contraídos pela controlada Coelba. 'Essas dívidas foram feitas em 1997 e têm um prazo de vencimento remanescente de quatro anos', diz Prado. A primeira operação de rolagem abrangerá o passivo da Coelba. Ela deve sair ainda neste semestre. Um 'pool' de bancos - entre eles o Citibank, o BBVA, o BankBoston e o Banco do Brasil - recebeu convites para estruturar o refinanciamento. 'Aguardamos, agora, a entrega das propostas para escolher a mais atrativa', diz Prado. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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2- Mercado ressabiado puxa dólar e juros

O mercado continua ressabiado com os desdobramentos da CPI da Corrupção, com o desfecho do "swap" da dívida argentina, com a possibilidade de adiamento do leilão de venda de Cesp e o efetivo deslocamento do juro para níveis mais elevados no país. No final da tarde do dia 08.05.2001, o rebaixamento do risco soberano da Argentina pela Standard & Poor's foi o ingrediente que faltava para empurrar de vez grandes bancos à compra de dólares no mercado interbancário. O dólar disparou e devolveu toda a queda acumulada desde o início do mês de maio. Chegou a ser cotado acima de R$ 2,25. Na véspera, o dólar respeitou o patamar de R$ 2,21. Os juros mais longos seguiram a batida do câmbio no pregão da BM & F e subiram. Os juros mais curtos recuaram, mas pouco. O contrato DI com vencimento em outubro fechou a 20,56%. Praticamente colada -a 20,55%- ficou a LTN com vencimento em 3 de outubro de 2001 vendida em leilão no final da manhã do dia 08.05.2001. A LTN, que foi arquivada pelo Tesouro durante quase dois meses, pagou retorno máximo de 20,41% no leilão, confirmando, portanto, a puxada de estrutura de juro a termo observada desde março. (Valor - 09.05.2001)

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3- Agências de classificação de risco destacaram risco maior para o Brasil

Duas agências de classificação de risco destacaram, dia 08.05.2001, a fragilidade da economia argentina e a preocupação com os efeitos que a crise do parceiro do Mercosul possa provocar na situação brasileira. A agência Fitch confirmou os ratings soberanos do Brasil - em 'BB-' para dívida em moeda estrangeira e em 'B+' para passsivo em moeda local -, mas alertou para a perspectiva poderia passar para negativa, caso as divergências entre os partidos políticos tenham impacto na política econômica e ainda se os efeitos de um contágio externo nas finanças públicas e na performance econômica se mantiverem. O relatório da agência diz que o governo brasileiro tem mostrado habilidade para administrar sua dívida externa, mas a grande necessidade de financiamento do setor privado (cujas amortizações são estimadas em US$ 25 bi para 2001) são uma fonte de preocupação importante. A Standard & Poor's (S&P) rebaixou os títulos da dívida soberana argentina de longo prazo de 'B+' para 'B' e os de curto prazo, de 'B' para 'C'. Segundo a S&P, o rebaixamento reflete as dificuldades que o país enfrenta para administrar o déficit público, acalmar os mercados e restaurar a confiança interna. As más notícias interromperam a recuperação dos preços dos títulos de dívida dos dois países, aumentaram o prêmio de risco e podem manter emissores latinos longe do mercado de capitais internacional por mais algumas semanas. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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4- Investidor estrangeiro foge de ADRs dos países emergentes

O aumento da percepção de risco de uma crise nos países emergentes fez o investidor estrangeiro fugir das ações de empresas latino-americanas negociadas em Nova York. O volume de ADRs (American Depositary Receipts) de companhias latinas negociado no mercado norte-americano despencou entre janeiro e abril de 2001. Os ADRs de empresas brasileiras perderam, nos meses de fevereiro, março e abril, 24% do giro financeiro que registraram em janeiro. No caso da Argentina, o recuo foi bem maior: o movimento caiu 45% no período. No mês passado, os recibos de ações de 32 companhias brasileiras negociados no mercado norte-americano movimentaram US$ 4,1 bi, segundo dados da Economatica. Em janeiro de 2000, esse movimento era superior aos US$ 10 bi. Os recibos de ações das empresas brasileiras ensaiaram uma recuperação no início de 2001, embalados pela melhora do humor no mercado acionário internacional. Mas o agravamento da crise político-econômica da Argentina deixou o mercado mais pessimista. ( Folha de São Paulo - 09.05.2001)

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5- Lançamento de debênture da Inepar é interrompido pela CVM

A Inepar não concluirá no dia 09.05.2001 a distribuição dos R$ 270 mi em debêntures, como previsto. A companhia chegou a publicar o primeiro anúncio de distribuição dos papéis, dia 08.05.2001, mas o processo foi sustado pela CVM, até que a Inepar publique novamente seu balaço societário do ano de 2000. Segundo o diretor de relações com o mercado da companhia, Ademir Pautasso Nunes, os executivos da autarquia exigiram maior detalhamento de quatro das notas explicativas contidas no balanço. Ainda na segunda semana de maio, o diretor da Inepar espera esclarecer as dúvidas em uma reunião com representantes da CVM, e assim retomar o lançamento das debêntures. As dívidas somavam, no final de 2000, R$ 302,7 mi. Um aumento de 54% em relação a 1999, que encerrou com R$ 196,4 mi. Do total, R$ 227,8 mi se referem a débitos de curto prazo e R$ 74,9 mi de longo prazo. Essa dívida será equacionada com a emissão das debêntures. Os papéis são conversíveis em ações e a remunerarão é de 11% ao ano, mais a correção monetária pelo IGP-M. O prazo final dos papéis é de cinco anos, com vencimento em 1º de fevereiro de 2006. O lançamento é liderado pelo Banco Fator. O grau de adesão dos minoritários, tais como fundos de pensão e a agência de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDESPar) ainda não está definido. (Gazeta Mercantil - 09.05.2001)

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gás e termoelétricas

1- Light vai investir R$ 70 mi em construção de hidrelétrica

A Light vai investir R$ 70 mi na construção da usina hidrelétrica de Paracambi, no Estado do Rio de Janeiro. O gerente de planejamento de energia da Light, Fernando Lino, explicou que a usina, que terá 30 MW de capacidade, será construída no Complexo de Lages, onde já funcionam três outras usinas da empresa, situado nos municípios de Piraí, Paracambi e Itaguaí. (Valor - 09.05.2001)

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grandes consumidores

1- Indústrias estão pessimistas quanto ao racionamento

Mesmo sem conhecer as regras que vão vigorar no racionamento de energia, muitas indústrias simulam dificuldades para planejar a produção a partir de junho de 2001. A maioria não vê possibilidade de reduzir o consumo. Segundo alguns dirigentes de empresas, a redução do consumo em 20% será uma empreitada que não conseguirão executar. Para cortar esse volume, será preciso cortar a produção correspondente, dizem. (Jornal da Tarde e Estado - 08.05.2001)

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2- Empresa de autopeças procura saídas para não ser prejudicada pelos cortes

Na tentativa de se antecipar ao racionamento, a Sogefi, fabricante de autopeças com fábricas em São Bernardo do Campo (SP), Mateus Leme (MG) e Gravataí (RS) iniciou, dia 07.05.2001, um programa cuja meta é reduzir 10% o consumo do grupo. Para reduzir o uso de energia no horário de pico, a Sogefi antecipou em meia hora o horário de trabalho dos funcionários administrativos. Além disso, parte dos trabalhadores da linha de produção passará para o turno das 22h às 6h. A Sogefi vai investir R$ 2 mi num gerador de energia. O racionamento preocupa empresários do setor de autopeças porque ocorre no momento em que a produção de automóveis mais cresce, afirmou o gerente-geral, Antônio Rodrigues. (Jornal da Tarde e Estado - 08.05.2001)

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3- White Martins se prepara para redução da produção

A White Martins, fabricante de gases industriais, uma das grandes consumidoras de energia elétrica, informa que um corte de 15% no consumo de energia vai resultar numa redução de 15% na produção de gás oxigênio, usado pela indústria química, petroquímica e de papel e celulose. A empresa fatura cerca de R$ 1,5 bi por ano e já se prepara para uma receita menor em 2001. Para minimizar o impacto do corte no consumo de energia, a White Martins, que tem 36 unidades espalhadas pelo país, vai aumentar a produção nas fábricas que vão escapar do racionamento, como as da região Sul do país. (Folha - 09.05.2001)

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internacional

1- Estados norte-americanos desaceleram desregulamentação

Alguns Estados norte-americanos estão desacelerando ou até mesmo cancelando os esforços para desregulamentar seus mercados de eletricidade, segundo pesquisa da RKS Research and Consulting junto a órgãos encarregados da regulamentação do setor. Apenas 40% das concessionárias avaliam que têm à disposição instrumentos legais e de regulamentação para prevenir o ocorrido na Califórnia. Até agora, 24 Estados mais o distrito federal começaram o processo de liberalização, mas o número pode mudar de acordo com as decisões das Câmaras de Deputados. A maioria dos Estados em dúvida sobre a questão ficam no sul, meio-oeste e oeste dos EUA. De modo geral, a desregulamentação nesses Estados avançou com lentidão, porque a questão não tinha a mesma urgência presente em Estados pioneiros, como Califórnia, Nova York e Pensilvânia. Nesses Estados, os deputados julgavam necessário tomar medidas drásticas para fazer baixar os preços historicamente altos de eletricidade, que tinham comprometido a saúde financeira das operadoras. (Valor - 09.05.2001)

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2- Vice-presidente americano aposta em energia nuclear para evitar apagões

O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, disse, no dia 08.05.2001, que a energia nuclear poderia resolver a crise energética do país sem prejudicar o meio ambiente. "É uma tecnologia segura e não emite dióxido de carbono. Com o preço do petróleo subindo, a energia nuclear parece ser uma boa alternativa", disse Cheney. Os EUA estão revendo sua política energética motivados pela crise da Califórnia, que enfrentou seu segundo dia de apagões. Cerca de 300 mil casas ficaram sem eletricidade por uma hora. Robert Kennedy Jr., do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, porém, não acha que energia nuclear seja uma boa idéia. Ele disse que usinas nucleares não são econômicas. "São necessários muitos subsídios do governo para colocá-las em funcionamento, e ainda não sabemos o que fazer com o lixo tóxico pelos próximos dois mil anos", ressaltou. (O Globo - 09.05.2001)

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3- Bush afirma que apagões podem prejudicar o desenvolvimento norte-americano

O presidente dos EUA, George Bush, afirmou que os blecautes ocorridos na Califórnia podem afetar a prosperidade do país, mas não disse quais seriam as medidas a serem tomadas por sua administração. O dia 08.05.2001, foi o segundo dia de apagão no maior estado norte-americano. Por volta de 300 mil pessoas ficaram sem energia durante duas hora. O forte calor que atingiu a região fez com que o consumo aumentasse e faltasse energia aos consumidores das três maiores empresas privadas de distribuição, A Southern California Edison, a Pacific Gas & Electric e a San Diego Gas & Electric. Mais blecautes são esperados para hoje. Empresas de alta tecnologia do Vale do Silício ficaram sem energia também, prejudicando a produção. O Governador da Califórnia, Gray Davis, já aprovou o plano de construção de 13 usinas, mas nenhuma deve estar pronta nos próximos dois anos. Os preços da energia dispararam no dia 08.05.2001, chegando a US$ 500 o MW pela primeira vez desde dezembro, contra uma média de US$ 180,09 o MW nos últimos 12 meses. (LA Times 09.05.2001)

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4- Espanha exige compensações a Portugal para desbloquear a Hidrocantábrico

O governo espanhol declarou, dia 08.05.2001, que exigirá algum tipo de compensação a Portugal para desbloquear os direitos de voto da EDP na Hidrocantábrico. Lisboa considera a participação de sua elétrica na espanhola uma questão de reciprocidade, tendo em conta a presença de empresas espanholas no mercado energético português. A Endesa, Iberdrola, Repsol YPF e Cepsa participam da composição acionária de várias empresas portuguesas. Madrid espera que a venda da participação de 25% do Estado na EDP seja acelerada, apesar de estar prevista para 2002. Só assim, desbloqueará os direitos a voto da empresa, que conjuntamente com a Cajastur, atingem 25%. O mesmo pedido foi feito ao governo francês, o mais atrasado na liberalização. A estatal EDF também participa na Hidrocantábrico por intermédio de sua controlada EnBW. (Diário Econômico - 09.05.2001)

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5- Bruxelas estuda a legalidade do veto aos sócios da Hidrocantábrico

Quanto mais se aproxima o fim da disputa pelo controle da Hidrocantábrico, se torna mais difícil prever o futuro a curto prazo da companhia elétrica. A Comissão Européia mostrou dúvidas em relação a legalidade da medida do governo espanhol. A decisão do Ministro da Economia, Rodrigo Rato, de suspender os direitos políticos das empresas com participação estatal, pode ser "incompatível com a liberdade de estabelecimento e livre circulação de capitais", afirmaram os porta-vozes da Comissão. Uma investigação foi aberta, mas dependerá da última palavras dos ministros europeus. A União Européia poderia impor sanções ao governo espanhol se a decisão for adiante. Bruxelas afirmou ser difícil dizer quais seriam as conseqüências na Comunidade e saber se violam ou não o regulamento de fusões. Os afetados pelo veto têm oito dias para apresentar sua legações ao Ministério da Economia espanhol e dizer qual seria o papel de cada um na administração da Hidrocantábrico. (El Mundo - 09.05.2001)

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6- TXU procura mais negócios na Europa

A TXU Europe, subsidiária da TXU norte-americana, comprou, no ano passado, a elétrica alemã de Kiel e deve continuar a procurar aquisições no continente, afirmou executivo da empresa, baseada em Londres. Entretanto, o volume de negócios não deve superar os US$ 203,1 mi da compra da Kiel. "Não pretendemos investir grandes quantias na Alemanha neste ano. Preferimos crescer com a empresa que já possuímos", afirmou representante da TXU em conferência de acionistas. Mas isso não exclui a participação em negócios em outras áreas, só que em menor escala. A geração de 600 GWh põe a TXU Europe entre as três maiores empresas do seotpr no continente. Além da Alemanha, atua no Reino Unido, Escandinávia, França, Itália e Espanha. (Reuters - 09.05.2001)

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7- Reino Unido entra na guerra de mercados de energia

O governo britânico planeja bloquear ou dificultar a entrada de empresas estrangeiras de energia em retaliação à dificuldade em abrir os mercados de gás e eletricidade. O primeiro negócio a ser atrapalhado pode ser o da Eon com a Powergen, cuja investigação será pedida às autoridades de concorrência da União Européia. O mesmo pode acontecer com a EDF, que pretende investir para adquirir a Seeboard e já possui duas geradoras na Inglaterra. Representante do governo britânico afirmou que pode até mesmo ser impossível vetar negócios, mas ao menos estaria forçando a Comissão Européia a investigar melhor os negócios e cobrar o mesmo de outros países. A atitude é uma resposta ao comportamento da França e da Alemanha, que entram no mercado britânico, mas não abrem os seus a empresas da ilha. (The Guardian - 09.05.2001)

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1- Artigo - Racionar ou racionalizar

No dia 01.05.2001, o jornal Estado de São Paulo, publicou um artigo, de autoria de José Goldemberg , intitulado "Racionar ou racionalizar?". No artigo, Goldemberg discorre sobre a necessidade de medidas estruturais e de longo prazo para reduzir o consumo, entre elas a melhora da eficiência dos equipamentos que usam eletricidade. Para ler o artigo, simplesmente clique aqui. Este endereço oferece a íntegra do artigo, bem como opções para imprimir e salvar o texto.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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