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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 635 - 04 de maio de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Avaliação da Copel sai em 90 dias

O governo do Paraná assinou, dia 03.05.2001, o contrato com as empresas que venceram a licitação para fazer a modelagem e a avaliação da Copel. A partir de agora, a Booz Allen & Hamilton tem 90 dias para definir o preço mínimo das ações da Copel em poder do Estado (32%). O consórcio Diamante, liderado pelo Dresdner Kleinwort, tem 120 dias para fazer a modelagem e preparar a empresa para a privatização, que o governo pretende realizar até o final de 2001. O cronograma de privatização da Copel está seguindo à risca o projeto do governo do Paraná, que já declarou seguidas vezes que depende da venda de suas ações para capitalizar o fundo de previdência do funcionalismo e, com isso, equilibrar as finanças do Estado. O mercado também acompanha com interesse a privatização da Copel, considerada um dos melhores negócios na área de energia. Pelo menos dois grupos europeus - um da Alemanha e outro da Espanha - já entraram em contato com representantes no Brasil para participar do negócio. (Valor - 04.05.2001)

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2- Projeto incentiva produção de energia alternativa em MS

Um projeto, desenvolvido pela secretaria estadual de Produção, incentiva a produção de energia alternativa em Mato Grosso do Sul. O projeto prevê a isenção tributária de até 50% para quem produzir energia alternativa. Levantamento da Enersul aponta que a região norte do Estado dispõe de potencial hídrico de mais de um milhão de MW. Segundo o secretário de Produção, Moacir Kohl, o Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) pode ser o grande financiador de empreendimentos do setor energético. O Estado tem R$ 200 mi na FCO. (Campo Grande News - 03.05.2001)

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risco e racionamento

1- MME distribui simulação dos efeitos do racionamento pelo sistema de cotas

Uma simulação distribuída pelo MME, no dia 03.04.2001, aos concessionários mostra que haverá um aumento significativo nas contas de luz se for ultrapassada a cota a ser fixada pelo distribuidor. No caso hipotético de um consumidor residencial, por exemplo, que tenha um consumo de referência de 200 kWh/mês, a conta normal custa R$ 40,46. Com as restrições, esse consumidor terá uma cota de 164 kWh/mês. Se gastar dentro no limite da cota, a fatura será de R$ 33,17, mas, se ultrapassar o limite, a conta será de R$ 69,58, com um aumento de 72%. Um grande consumidor residencial, que gasta 1 mil kWh/mês, terá uma cota de 772 kWh/mês, o que derrubará a sua fatura de R$ 202,30 para R$ 156,17. Mas, se for além da cota, pagará R$ 617,42, com sobretaxa de 205%. Clique aqui para ver na íntegra a tabela do MME. (Gazeta Mercantil - 04.04.2001)

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2- Governo não define data para fim do racionamento

O coordenador do plano de racionamento de energia elétrica, Saulo Cisneiros, explicou, dia 03.05.2001, que não existe data para o fim do racionamento. Ele explicou que quando o governo decidir acabar com o racionamento tem que ter segurança de que haverá energia suficiente para abastecer todo o ano de 2002. Quem vai dar essa sinalização, a partir do acompanhamento do nível dos reservatórios, é o ONS. Cisneiros lembrou que no Nordeste o racionamento que começou em março de 1987 terminou em janeiro de 1988. (Globo On Line - 03.05.2001)

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3- Aneel estuda prêmio para quem economizar energia

O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, disse no dia 04.05.2001, que na reunião do CNPE, marcada para dia 08.05.2001, será analisado um prêmio para o consumidor que economizar mais energia. Abdo reconhece que a definição de cotas de consumo e de multas para o consumo excedente "é um remédio amargo, que impõe sacrifícios". " Mas é para evitar um mal maior como o desligamento, por exemplo, de quatro horas num determinado bairro ou cidade", afirmou. Segundo o diretor-geral da Aneel, as multas para quem ultrapassar a cota de consumo têm o objetivo de ser socialmente mais justas. "O consumidor de baixa renda terá uma cota livre. Os que consomem mais, pagarão mais", afirmou. José Mario Abdo ressaltou, no entanto, que caberá às concessionárias analisar caso a caso. (Estado - 04.05.2001)

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4- Para Aneel, plano de racionalização de energia já está esgotado

Todas as alternativas do plano voluntário de racionalização do consumo e aumento da oferta de energia foram esgotadas e não foram suficientes para evitar o racionamento, disse no dia 04.05.2001, o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, aos distribuidores que participam de reunião na agência. A informação é do diretor executivo da Eletropaulo, Luiz Hernandes. O plano de racionamento, que vai começar com o sistema de cotas, será implantado a partir de 1° de junho de 2001. Caso também não dê certo, o governo definirá cortes rotativos de energia. (Correio Brasiliense - 03.05.2001)

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5- Concessionárias querem elevar tarifa

A queda na receita foi o principal assunto discutido no dia 03.05.2001 na reunião entre os distribuidores e a Aneel, que ainda não tem uma solução definitiva para compensar as perdas dos concessionários. As concessionárias de distribuição deixaram claro que esperam conseguir aumentos extraordinários das tarifas para compensar eventuais perdas de receita com o racionamento. Mas a Aneel nem quer ouvir falar no assunto. Segundo o diretor Jaconias de Aguiar, 'as empresas podem pedir reajustes extraordinários porque não vamos dar. O consumidor não pode ser punido duas vezes: pelo racionamento propriamente dito e pelo aumento na tarifa'. (Gazeta Mercantil - 04.04.2001)

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6- Distribuidoras de energia querem compensação

As distribuidoras de energia elétrica pediram, no dia 03.05.2001, ao governo que a sobretaxa cobrada dos consumidores que gastarem acima das cotas seja utilizada para repor perdas das empresas. Segundo cálculos do presidente da Abracel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica), Luiz Maurer, um racionamento de energia de 20% significará uma perda de 25%. Se for de 15%, a queda será de 17%. Esses prejuízos, segundo Maurer, também atingirão as geradoras de energia, que vão vender menos. O superintendente de Comercialização da Light, Fernando Maia, que participou da reunião com a diretoria da Aneel, na qual foi explicada a proposta do racionamento, disse que a empresa poderá perder cerca de R$ 400 mi de sua receita com o sistema de cotas, ou 20%, com um racionamento de mesmo patamar. (O Globo - 04.05.2001)

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7- Eletropaulo defende retenção da sobretaxa pelas distribuidoras

O diretor executivo da Eletropaulo, Luiz HernandesHernandes, defendeu, no dia 03.05.2001, que a multa que será cobrada sobre a tarifa consumida acima da cota estipulada pelo governo seja retida pelas distribuidoras para compensar as perdas de receitas com o racionamento. Ele não informou qual será o valor das perdas no caso da Eletropaulo, mas adiantou que o percentual deve ser proporcional ao corte, ou seja, em torno de 20%. A Eletropaulo ainda não calculou também quanto deverá gastar para adaptar seu sistema de faturamento e informação aos consumidores. A avaliação da empresa deverá ficar pronta em aproximadamente uma semana. Na avaliação de Hernandes, o plano de cotas do governo tenta preservar a capacidade produtiva afetando mais diretamente a classe residencial e a administração pública. (Correio Brasiliense - 03.05.2001)

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8- Distribuidoras pedem novo cálculo de cota

As distribuidoras de energia sugeriram, dia 03.05.2001, à Aneel uma nova fórmula para o cálculo das cotas de consumo que poderão ser utilizadas por essas empresas. Para estabelecer a cota de junho de 2001, por exemplo, em vez de tomar como base o consumo do mesmo mês do ano anterior, a Aneel faria a comparação à média do consumo dos meses de maio, junho e julho de 2000. Esse procedimento seria repetido nos meses seguintes do periodo de racionamento, sempre tomando-se um periodo de três meses no qual estaria incluído o mês de referência para a aplicação da cota. (Globo On Line - 03.05.2001)

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9- SP defende corte em vez de cobrança de multas

O secretário de energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, disse não aprovar a aplicação de multas para quem exceder a cota de consumo estipulada na primeira etapa do plano de racionamento divulgado, dia 03.05.2001, pela Aneel. Ele vai defender seu ponto de vista na reunião do dia 08.05.2001 do CNPE, em que representa todos os secretários estaduais de energia. Mauro Arce também diz ser preferível, em vez de multas, o corte de energia logo à primeira vez que se exceder a cota estipulada. (Gazeta Mercantil - 04.05.2001)

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10- Usinas estão desligando turbinas

Parte das turbinas das usinas hidrelétricas situadas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do País está sendo desligada durante determinado período do dia ou da noite para economizar água nos reservatórios. O ONS informou no dia 02.05.2001 que a medida vem sendo adotada como forma de gastar menos água na produção da energia elétrica demandada pelos consumidores. Um técnico do governo explicou que a fórmula consiste em manter desligadas algumas máquinas das usinas e colocar os outros equipamentos produzindo a todo vapor. Esse especialista garantiu que, na prática, as usinas mantêm a mesma geração. O problema é o desgaste dos equipamentos. O horário em que essas máquinas são desligadas fica a critério de cada geradora. (Folha do Estado - 04.05.2001)

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empresas

1- Leilão da Cesp tem seis interessados

Ao todo seis companhias entregaram documentos de pré-identificação para o leilão da Cesp Paraná, informou, no dia 03.05.2001, a secretaria estadual de Energia de SP. De todas as interessadas, a mais inusitada é a Cemig uma vez que empresas estatais brasileiras estão impedidas de participar do leilão da Cesp Paraná, de acordo com as regras do edital de privatização. Além da Cemig, entregaram os documentos de pré-identificação as norte-americanas NRG Energy, AES Corp. e Duke Energy, além da francesa EDF e da portuguesa EDP. O prazo para a entrega dos documentos encerrou-se às 16 horas do dia 03.05.2001, mas a lista oficial das habilitadas será divulgada apenas no dia 08.05.2001, depois de uma análise da Aneel. (Reuters - 04.05.2001)

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2- Mercado não acredita na compra da Cesp pela Cemig

Embora não tenha recursos garantidos para disputar a compra da Cesp Paraná, a Cemig entregou os documentos para pré-identificação dos interessados em participar do leilão. Sob a orientação do governo de Minas, os advogados da Cemig se preparam para entrar com um pedido de liminar para ter o direito de participar do processo. A presença da Cemig nessa privatização, no entanto, é vista com descrédito pelo mercado, tendo em vista o agressivo plano de investimentos previsto para o ano 2001, da ordem de R$ 800 mi, na construção de novas usinas hidrelétricas. Além disso, a empresa deverá sofrer impacto negativo no resultado de 2001, devido aos efeitos da alta do dólar e o racionamento de energia a ser implantado em junho de 2001. Dentro da própria Cemig, alguns profissionais acreditam que a estratégia do governo é basicamente política. (Superavit - 04.05.2001)

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3- AES entrega documentos mas não demonstra ânimo com leilão da Cesp

A norte-americana AES foi a quarta empresa a confirmar a entrega dos documentos de pré-identificação para o leilão da Cesp Paraná. A companhia, no entanto, não demonstrou muito ânimo em continuar até o final da disputa pela geradora. Segundo a diretora de Relações com o Mercado da AES Tietê, Andrea Cristina Ruschmann, a empresa não está muito otimista em relação a privatização. "Nós entregamos o documento porque estamos avaliando o ativo desde o ano passado, mas nossa decisão quanto ao leilão não está tomada'', afirmou a executiva, acrescentando que a privatização da Cesp Paraná ainda contém diversos riscos. (Reuters - 03.04.2001)

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4- Apagão programado da Ceal deixa seis mil consumidores sem eletricidade

Cerca de seis mil consumidores da Ceal em Maceió vão ficar sem energia elétrica nos dias 05.04.2001 e 06.04.2001. O motivo é o desligamento da transferência de carga para ampliação do barramento de 13.8Kw da subestação de Cruz das Almas. Empresários da orla marítima de Maceió também serão atingidos. É o caso dos hotéis Meliá, Matsubara e o Flat Jatiúca. O horário previsto para o apagão no sábado será de 6 às 6h30 da manhã. Já no domingo, esses mesmos consumidores ficam sem energia das 13 às 14 horas. Outros três mil consumidores que moram nas avenidas Gustavo Paiva, Álvaro Otacílio, Desembargador Valente de Lima e adjacências, ficam sem energia elétrica das 7 às 7h30 e das 13 às 13h30. (Sururu Notícias - 04.05.2001)

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5- Light lança campanha interna para redução do consumo

A Light anunciou uma campanha para motivar seus funcionários a reduzir o consumo de energia nas 110 instalações da companhia no estado do Rio. As ações visam a reduzir em 15% os 1.600 MWh/mês de consumo da empresa, o que representa uma economia de 240 MWh/mês, suficientes para atender a mil residências. (O Globo - 04.05.2001)

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6- Light pode perder R$ 400 mi em receitas com racionamento

A Light deverá perder cerca de R$ 400 mi em receitas com a redução em 20% no consumo de energia de junho a novembro de 2001. O superintendente de comercialização da empresa, Fernando Maia, não descarta, no entanto, que as perdas atinjam um patamar ainda maior. As cotas, segundo ele, seriam suficientes para se chegar ao final de novembro com aproximadamente 10% do nível dos reservatórios. (Correio Brasiliense - 03.05.2001)

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7- Cemat define plano de racionamento

A Cemat define até o dia 07.05.2001 o plano para se adequar à cota de racionamento definida pela Aneel. Entre as opções em estudo pela concessionária estão a negociação com os chamados grandes consumidores. Hoje os setores da indústria e comércio são os grandes responsáveis pelo incremento de 8,1% no consumo de energia registrado no primeiro trimestre de 2001, em comparação com o mesmo período de 2000. `Se o que explica o desempenho do comércio é o aumento no número de consumidores, a indústria conta com esse mesmo fator adicionado ao incremento no consumo de energia propriamente dito`, observa o gerente do Departamento de Mercado da Cemat, Wagner Gentil. Além da negociação com os grandes consumidores, a Cemat estuda outras possibilidades para conter a alta no consumo - programas de racionalização e a ampliação do parque de geração. Na previsão encaminhada no ano passado à Aneel sobre as ações que visam estimular o uso racional de energia, a concessionária incluiu seis projetos, mas nem todos foram aprovados até agora. A meta prevista nesses seis projetos é obter uma redução de 5.104 MWh/ano. (Gazeta Mercantil - MT - 04.05.2001)

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financiamento

1- Furnas e Eletronuclear definem fórmula para pagar dívida com o MAE

Furnas e Eletronuclear já definiram a fórmula para apresentar ao MAE como solução para resolver o impasse em torno da dívida de Furnas com o mercado pelo atraso no início das operações de Angra 2. As empresas vão propor o pagamento com a receita do excedente gerado pela central nuclear, que não vai constar dos contratos iniciais que serão assinados com as distribuidoras. O modelo é semelhante ao apresentado no ano 2000 e rejeitado pelos agentes do mercado. A diferença é que, agora, Furnas deve ser beneficiada pela intervenção da Aneel, no MAE. A proposta de Furnas prevê que os cerca de 500 MW que excedem o volume constante dos contratos iniciais sejam vendidos no mercado spot. Assim, Furnas passaria a ser a comercializadora da energia de Angra 2, e não a Eletrobrás. No entanto, para que Furnas possa vender a energia de Angra, é preciso que sejam dadas condições especiais nos contratos firmados com as distribuidoras, uma vez que a lei 9.648, que regula o setor, prevê tratamento diferenciado à eletricidade gerada pelas centrais nucleares. Essa pendência, no entanto, caminha para os tribunais. A Eletrobrás já reafirmou sua disposição de não negociar com o mercado, que acredita que tem direito sobre o volume produzido pela usina que ultrapassa os contratos de longo prazo. (Gazeta Mercantil - 04.05.2001)

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financiamento

1- Empresas brasileiras voltam a captar no mercado externo

A ligeira melhora na percepção dos investidores internacionais sobre o futuro da economia da Argentina já permite a alguns bancos e empresas brasileiras rolarem dívidas e buscar dinheiro novo no mercado externo. De acordo com especialistas e executivos de bancos, desde que a renegociação da dívida externa argentina por meio de um 'swap' foi confirmada o mercado passou a adotar uma postura mais otimista em relação aos países emergentes. A recente 'caravana' dos emissores latinos ao mercado externo foi liderada por grandes empresas, de risco menor, como a Petrobras, que lançou US$ 450 mi na primeira semana de maio pagando um 'spread' menor do que o oferecido pelos bônus da República. (Gazeta Mercantil - 04.05.2001)

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2- Copel se prepara para lançar US$ 65 mi no mercado externo

Apesar de encontrarem mais dificuldades do que os bancos, as empresas brasileiras do setor elétrico, que mais demanda recursos para investimento, voltou a obter capital no mercado internacional. É o caso da Copel, empresa de energia elétrica do Paraná que vive um difícil e tumultuado processo de privatização, se prepara para lançar pelo menos US$ 65 mi em euro commercial paper com prazo de um ano. O papel vai pagar uma taxa de juros de 7,75% a 8% ao ano, segundo fonte próxima da operação. (Gazeta Mercantil - 04.05.2001)

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3- Cavallo anuncia dia megatroca de títulos da dívida

O ministro da economia, Domingo Cavallo, anunciará dia 04.05.2001 uma megatroca de títulos, cuja expectativa é de que seja a operação financeira mais importante do país depois do Plano Brady. O ministro proporá uma troca dos vencimentos da dívida a bancos e investidores nos próximos quatro anos, com prazos mais longos que podem chegar até 30 anos. Cavallo fará uma conference call com os operadores de Wall Street para afastar definitivamente os temores sobre um possível calote da Argentina. Só depois do obter sinal verde da diretoria do FMI, a Argentina receberá US$ 1,3 bi, saque que estava travado pelo não cumprimento da meta de déficit fiscal do primeiro trimestre. O acordo foi anunciado oficialmente pelo secretário de Finanças, Daniel Marx, que disse que o objetivo é criar as condições para que o emprego e a produção levem a um crescimento sustentado. (Globo - 04.05.2001)

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gás e termoelétricas

1- Nova usina térmica será inaugurada em Uruguaiana

A Usina Termoelétrica de Uruguaiana será inaugurada no dia 21.05.2001. Uruguaiana, que fica a 600 KM de Porto Alegre, terá a primeira usina a operar a gás natural no País. A termoelétrica, do grupo norte-americano AES, que investiu US$ 310 mi terá a primeira usina a operar a gás natural no País. A termoelétrica é do grupo norte-americano AES que investiu US$ 310 mi em recursos próprios para garantir uma produção de 600 MW. A termoelétrica entra em operação num momento crítico para as economias nacional e regional e é parte fundamental na viabilização do gasoduto Brasil-Argentina que, em breve, estará chegando em Porto Alegre. (Estado - 04.05.2001)

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2- Shell fatura com preço do gás e obtém ganho recorde

Com a alta dos preços do petróleo e do gás e uma contínua redução de custos a Royal Dutch/Shell anunciou lucros recordes pelo quinto trimestre consecutivo. O lucro líquido do primeiro trimestrede 2001 subiu 17% em relação ao de 2000, de US$ 3,3 bi para US$ 3,9 bi,Os lucros em exploração e produção avançaram 21%, de US$ 2,4 bi para US$ 2,8 bi. A elevação dos preços do gás natural compensou uma ligeira queda nos preços do petróleo. Os lucros com derivados de petróleo passaram de US$ 574 mi para US$ 958. Os lucros com gás e energia passaram de US$ 125 mi no mesmo trimestre de 2000 para US$ 335 mi em 2001. Já os lucros na divisão de químicos caíram de US$ 267 mi para US$ 204 mi.(Valor - 04.05.2001)

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grandes consumidores

1- Fiesp afirma que energia pode frear indústria

Segundo Clarice Messer, diretora da Fiesp, a crise energética pode atravancar a expansão nesse ano, afetando principalmente os setores de metalurgia e papel e celulose, que estão puxando a expansão. A Fiesp anunciou, dia 03.05.2001, o Indicador de Nível de Atividade (INA), que subiu 2,1% em março de 2001 ante fevereiro (ficando acima dos 1,6% previstos), e registrou alta de 6,8% em comparação anual. Porém, de acordo com a Fiesp, o grande problema no horizonte, que poderá comprometer o crescimento de 2001, é o impacto do racionamento de energia no setor industrial, que atingiria principalmente setores que mostram vigor no começo do ano, como metalurgia, químico, papel e celulose. Para Messer, a crise energética deve ter três efeitos. Primeiro, um aumento dos custos de produção das indústrias, já que, se elas ultrapassarem sua cota mensal, estarão sujeitas a multas. Segundo, uma possível perda de eficiência nas linhas de montagem. Por fim, caso a situação piore e o sistema de cotas não dê resultado, uma paralisação da produção, o que seria o pior dos mundos. "Metalurgia, por exemplo, vem sendo um dos líderes, crescendo 14,4% no primeiro trimestre, mas a falta de energia pode comprometer o setor e impedir uma maior expansão do INA", disse Clarice. Além da queda na produção, o setor pode ter seus custos elevados, já que a energia representa 40% dos valores de produção. Os dados do INA estão na home page www.fiesp.org.br. (Valor - 04.05.2001)

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2- Fiat pode reduzir exportações

Embora não tema que a produção de veículos no Brasil seja atingida com o racionamento, a Fiat Automóveis poderá suspender parte das exportações, caso haja eventuais cortes no fornecimento de energia no Brasil. A segunda maior montadora brasileira não descarta a possibilidade de que parte dos veículos atualmente produzidos no país e exportados para a Europa sejam fabricados em outras unidades, como na Polônia e na Turquia. "Isso só ocorrerá se tivermos que reduzir a produção drasticamente por conta da falta de energia. E transferiríamos apenas parte da produção e por um período determinado", disse o presidente da montadora no Brasil, Gianni Coda. Nos últimos dez anos, a empresa reduziu em pelo menos 20% o consumo de energia por carro produzido, porém, após uma década de economia de eletricidade, a Fiat não tem mais o que cortar em caso de racionamento. Isso significa que uma eventual redução da oferta de energia para a montadora resultaria em proporcional diminuição do número de automóveis fabricados. (Agência JB e Gazeta Mercantil - 04.05.2001)

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3- Agências de publicidade são contra a idéia de desligar painéis

A proposta da Abrace de desligar outdoors eletrônicos e congêneres para reduzir o consumo, que pode ser implementada ainda no primeiro semestre de 2001, representa uma ameaça para os negócios de anunciantes, agências de publicidade e proprietários de painéis luminosos. Dados do Projeto Inter-Meios, levantados pela editora Meio & Mensagem, mostram que a mídia exterior representou 2% da verba investida em publicidade no ano passado, de R$ 9,8 bi. O segmento inclui desde painéis eletrônicos e luminosos até placas de sinalização. Dono de 368 relógios eletrônicos espalhados pelo Brasil, Luiz Casali, sócio da Rede LC de Mídia, afirma que o 'apagão' é uma visão míope. 'Somos indústria, geramos riquezas e empregos. Que parem o negócio deles', ataca. Segundo Casali, os equipamentos, ligados só à noite, consomem baixa quantidade de energia. (Gazeta Mercantil - 04.05.2001)

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internacional

1- EUA anunciam plano de produção e economia de energia

O presidente norte-americano George W. Bush lançou um campanha para preparar o país para um esforço energético. Anunciou medidas de contenção na Califórnia, mas afirmou também que medidas mais drásticas podem ser tomadas para solucionar a crise energética do país. A decisão de incentivar a produção de energia a partir de petróleo, gás, carvão e usinas nucleares gerou polêmica. Grupos ecológicos e ONGs reclamam que o país, além de não assinar o Tratado de Kyoto, está agravando a situação. Por outro lado, essa estratégia visa derrubar o argumento de que o governo estaria querendo resolver o problema somente reduzindo a demanda. O plano privilegiará a energia gerada em combustíveis fósseis e nuclear, mas também incluirá um projeto de triplicar a utilização de fontes renováveis até 2020. Além disso, incentivará a economia de energia por intermédio da modernização de tecnologias e da redução de tarifas para os que pouparem energia nos horários de pico. (The Washington Post - 03.05.2001)

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2- México assegura apoio energético à Califórnia

A Comissão Federal de Eletricidade mexicana comunicou, dia 03.05.2001, que o governo manterá o apoio de energia elétrica ao estado norte-americano da Califórnia. O apoio é feito desde o início de 2001 devido à crise energética que aquele estado vem enfrentando. O governo mexicano declarou estar vendendo somente os excedentes da produção do sistema elétrico do estado da Baixa Califórnia, na fronteira com os EUA, cerca de 50 MW por dia de Segunda a Sábado, desde o fim de janeiro. A Department of Water Resources da Califórnia compra energia a US$ 230 por MWh e a quantidade vendida pode ser aumentada. (Enervia - 04.05.2001)

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3- França será denunciada por causa da liberalização do gás

A comissária européia de Transportes e Energia e vice-presidente da Comissão Européia, Loyola de Palacio, proporá no dia 08.05.2001, à Comissão que leve a França ao Tribunal De Justiça da Europa por não cumprir a legislação sobre a liberalização do mercado de gás. Não é a primeira vez que isso ocorre. Quando da abertura do mercado europeu de eletricidade em fevereiro de 1999, a França pôs travas de um ano no processo. Depois, teve tempo para publicar os decretos de aplicação e há pouco tempo abriu minimamente seu mercado. Essa resistência propõe um problema maior com os outros países europeus, que protestam pela diferença de tratamento. A França possui posição estratégica e geográfica na Europa privilegiada e por isso há tantos protestos. (Enervia - 04.05.2001)

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4- Unión Fenosa estaria interessada em comprar ativos da Endesa

A espanhola Unión Fenosa reiterou sua intenção de comprar o pacote de ações da empresa de telecomunicações Auna que será vendido pela Endesa. A Unión Fenosa não deseja abrir mão dos 16,7% da Auna que já possui, nem a curto nem a médio prazo e afirmou que sua postura é mais compradora do que vendedora. O vice-presidente da Unión Fenosa, Victoriano Reinoso, em entrevista à imprensa espanhola recordou que a Endesa não tem intenção de vender, no momento, sua participação de 28% da Auna e, caso o faça, a Telecom Italia e a elétrica espanhola deverão manter sua participação atual. Sobre a possibilidade de retirar da bolsa parte da Auna, Reinoso explicou que a Unión Fenosa venderia um pacote de 4%, o que deixaria sua participação em 12,7%. O conselheiro da Endesa Rafael Miranda explicou que a empresa pretende pôr na bolsa de 20 a 30% da Auna, mas só em 2002. Apesar de não possuir interesse estratégico no negócio, a Fenosa tentará adquirir os ativos postos a venda. A elétrica tem maior interesse na distribuidora da Endesa Enagás, e procura um sócio internacional no setor de gás. (El Mundo - 03.05.2001)

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5- Tractebel pode unir Colbun e Electroandina

A troca de presidente na Electroandina fez despertar na Tractebel, controladora da empresa, o pensamento de a fundir com a Colbun. Entretanto, a belga declarou não estar interessada em adquirir a porcentagem da estatal Corfo na Colbun (38,8%) devido à lei chilena que obrigaria a empresa a comprar 100% das ações da companhia, pois possuiria 80% desta. Por outro lado, segundo fontes do jornal chileno Estrategia, ainda existe interesse na Matte e na Tractebel, controladoras de 47,7%, em adquirir a da participação estatal na Colbun. A sócia da belga na Electroandina, a Codelco, já declarou apoio no caso de um processo de fusão. Por outro lado, não se descarta a compra de 66% da Electroandina possuídos pela estatal. O presidente da Electroandina declarou que no momento a fusão das empresa é impossível. (Estratégia - 04.05.2001)

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6- Enel recorrerá de decisão de reguladora na compra da Infostrada

A italiana Enel recorrerá da decisão da Autoridade Anti-truste de seu país que afirmou que a empresa deveria vender mais energia para outras empresas caso queira concretizar seu negócio com o grupo de telecomunicações Infostrada. As negociações com a inglesa Vodafone, controladora da Infostrada, envolveram US$ 6,46 bi. Porém, as autoridades afirmaram que a Enel deveria vender 5500 MW de produção para aprovar a operação. A decisão vem ao encontro da ordem da União Européia que determina que a empresa deveria vender 15000MW de geração para atingir as metas de liberalização de mercado. (Reuters - 04.05.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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