1- Avaliação da Copel sai em 90 dias |
O
governo do Paraná assinou, dia 03.05.2001, o contrato com as empresas
que venceram a licitação para fazer a modelagem e a avaliação
da Copel. A partir de agora, a Booz Allen & Hamilton tem 90 dias
para definir o preço mínimo das ações da Copel em poder do Estado
(32%). O consórcio Diamante, liderado pelo Dresdner Kleinwort,
tem 120 dias para fazer a modelagem e preparar a empresa para
a privatização, que o governo pretende realizar até o final de
2001. O cronograma de privatização da Copel está seguindo à risca
o projeto do governo do Paraná, que já declarou seguidas vezes
que depende da venda de suas ações para capitalizar o fundo de
previdência do funcionalismo e, com isso, equilibrar as finanças
do Estado. O mercado também acompanha com interesse a privatização
da Copel, considerada um dos melhores negócios na área de energia.
Pelo menos dois grupos europeus - um da Alemanha e outro da Espanha
- já entraram em contato com representantes no Brasil para participar
do negócio. (Valor - 04.05.2001)
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2- Projeto incentiva produção de energia alternativa
em MS |
Um projeto, desenvolvido pela secretaria estadual de Produção,
incentiva a produção de energia alternativa em Mato Grosso do
Sul. O projeto prevê a isenção tributária de até 50% para quem
produzir energia alternativa. Levantamento da Enersul aponta que
a região norte do Estado dispõe de potencial hídrico de mais de
um milhão de MW. Segundo o secretário de Produção, Moacir Kohl,
o Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) pode ser o grande
financiador de empreendimentos do setor energético. O Estado tem
R$ 200 mi na FCO. (Campo Grande News - 03.05.2001)
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1- MME distribui simulação dos efeitos do racionamento
pelo sistema de cotas |
Uma simulação distribuída pelo MME, no dia 03.04.2001, aos concessionários
mostra que haverá um aumento significativo nas contas de luz se
for ultrapassada a cota a ser fixada pelo distribuidor. No caso
hipotético de um consumidor residencial, por exemplo, que tenha
um consumo de referência de 200 kWh/mês, a conta normal custa
R$ 40,46. Com as restrições, esse consumidor terá uma cota de
164 kWh/mês. Se gastar dentro no limite da cota, a fatura será
de R$ 33,17, mas, se ultrapassar o limite, a conta será de R$
69,58, com um aumento de 72%. Um grande consumidor residencial,
que gasta 1 mil kWh/mês, terá uma cota de 772 kWh/mês, o que derrubará
a sua fatura de R$ 202,30 para R$ 156,17. Mas, se for além da
cota, pagará R$ 617,42, com sobretaxa de 205%. Clique aqui
para ver na íntegra a tabela do MME. (Gazeta Mercantil - 04.04.2001)
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2- Governo não define data para fim do racionamento
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O coordenador do plano de racionamento de energia elétrica, Saulo
Cisneiros, explicou, dia 03.05.2001, que não existe data para
o fim do racionamento. Ele explicou que quando o governo decidir
acabar com o racionamento tem que ter segurança de que haverá
energia suficiente para abastecer todo o ano de 2002. Quem vai
dar essa sinalização, a partir do acompanhamento do nível dos
reservatórios, é o ONS. Cisneiros lembrou que no Nordeste o racionamento
que começou em março de 1987 terminou em janeiro de 1988. (Globo
On Line - 03.05.2001)
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3- Aneel estuda prêmio para quem economizar energia
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O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, disse no dia 04.05.2001,
que na reunião do CNPE, marcada para dia 08.05.2001, será analisado
um prêmio para o consumidor que economizar mais energia. Abdo
reconhece que a definição de cotas de consumo e de multas para
o consumo excedente "é um remédio amargo, que impõe sacrifícios".
" Mas é para evitar um mal maior como o desligamento, por exemplo,
de quatro horas num determinado bairro ou cidade", afirmou. Segundo
o diretor-geral da Aneel, as multas para quem ultrapassar a cota
de consumo têm o objetivo de ser socialmente mais justas. "O consumidor
de baixa renda terá uma cota livre. Os que consomem mais, pagarão
mais", afirmou. José Mario Abdo ressaltou, no entanto, que caberá
às concessionárias analisar caso a caso. (Estado - 04.05.2001)
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4- Para Aneel, plano de racionalização de energia já
está esgotado |
Todas as alternativas do plano voluntário de racionalização do
consumo e aumento da oferta de energia foram esgotadas e não foram
suficientes para evitar o racionamento, disse no dia 04.05.2001,
o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, aos distribuidores
que participam de reunião na agência. A informação é do diretor
executivo da Eletropaulo, Luiz Hernandes. O plano de racionamento,
que vai começar com o sistema de cotas, será implantado a partir
de 1° de junho de 2001. Caso também não dê certo, o governo definirá
cortes rotativos de energia. (Correio Brasiliense - 03.05.2001)
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5- Concessionárias querem elevar tarifa |
A queda na receita foi o principal assunto discutido no dia 03.05.2001
na reunião entre os distribuidores e a Aneel, que ainda não tem
uma solução definitiva para compensar as perdas dos concessionários.
As concessionárias de distribuição deixaram claro que esperam
conseguir aumentos extraordinários das tarifas para compensar
eventuais perdas de receita com o racionamento. Mas a Aneel nem
quer ouvir falar no assunto. Segundo o diretor Jaconias de Aguiar,
'as empresas podem pedir reajustes extraordinários porque não
vamos dar. O consumidor não pode ser punido duas vezes: pelo racionamento
propriamente dito e pelo aumento na tarifa'. (Gazeta Mercantil
- 04.04.2001)
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6- Distribuidoras de energia querem compensação |
As distribuidoras de energia elétrica pediram, no dia 03.05.2001,
ao governo que a sobretaxa cobrada dos consumidores que gastarem
acima das cotas seja utilizada para repor perdas das empresas.
Segundo cálculos do presidente da Abracel (Associação Brasileira
dos Comercializadores de Energia Elétrica), Luiz Maurer, um racionamento
de energia de 20% significará uma perda de 25%. Se for de 15%,
a queda será de 17%. Esses prejuízos, segundo Maurer, também atingirão
as geradoras de energia, que vão vender menos. O superintendente
de Comercialização da Light, Fernando Maia, que participou da
reunião com a diretoria da Aneel, na qual foi explicada a proposta
do racionamento, disse que a empresa poderá perder cerca de R$
400 mi de sua receita com o sistema de cotas, ou 20%, com um racionamento
de mesmo patamar. (O Globo - 04.05.2001)
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7- Eletropaulo defende retenção da sobretaxa pelas
distribuidoras |
O diretor executivo da Eletropaulo, Luiz HernandesHernandes, defendeu,
no dia 03.05.2001, que a multa que será cobrada sobre a tarifa
consumida acima da cota estipulada pelo governo seja retida pelas
distribuidoras para compensar as perdas de receitas com o racionamento.
Ele não informou qual será o valor das perdas no caso da Eletropaulo,
mas adiantou que o percentual deve ser proporcional ao corte,
ou seja, em torno de 20%. A Eletropaulo ainda não calculou também
quanto deverá gastar para adaptar seu sistema de faturamento e
informação aos consumidores. A avaliação da empresa deverá ficar
pronta em aproximadamente uma semana. Na avaliação de Hernandes,
o plano de cotas do governo tenta preservar a capacidade produtiva
afetando mais diretamente a classe residencial e a administração
pública. (Correio Brasiliense - 03.05.2001)
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8- Distribuidoras pedem novo cálculo de cota |
As distribuidoras de energia sugeriram, dia 03.05.2001, à Aneel
uma nova fórmula para o cálculo das cotas de consumo que poderão
ser utilizadas por essas empresas. Para estabelecer a cota de
junho de 2001, por exemplo, em vez de tomar como base o consumo
do mesmo mês do ano anterior, a Aneel faria a comparação à média
do consumo dos meses de maio, junho e julho de 2000. Esse procedimento
seria repetido nos meses seguintes do periodo de racionamento,
sempre tomando-se um periodo de três meses no qual estaria incluído
o mês de referência para a aplicação da cota. (Globo On Line -
03.05.2001)
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9- SP defende corte em vez de cobrança de multas |
O secretário de energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, disse
não aprovar a aplicação de multas para quem exceder a cota de
consumo estipulada na primeira etapa do plano de racionamento
divulgado, dia 03.05.2001, pela Aneel. Ele vai defender seu ponto
de vista na reunião do dia 08.05.2001 do CNPE, em que representa
todos os secretários estaduais de energia. Mauro Arce também diz
ser preferível, em vez de multas, o corte de energia logo à primeira
vez que se exceder a cota estipulada. (Gazeta Mercantil - 04.05.2001)
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10- Usinas estão desligando turbinas |
Parte das turbinas das usinas hidrelétricas situadas nas regiões
Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do País está sendo desligada
durante determinado período do dia ou da noite para economizar
água nos reservatórios. O ONS informou no dia 02.05.2001 que a
medida vem sendo adotada como forma de gastar menos água na produção
da energia elétrica demandada pelos consumidores. Um técnico do
governo explicou que a fórmula consiste em manter desligadas algumas
máquinas das usinas e colocar os outros equipamentos produzindo
a todo vapor. Esse especialista garantiu que, na prática, as usinas
mantêm a mesma geração. O problema é o desgaste dos equipamentos.
O horário em que essas máquinas são desligadas fica a critério
de cada geradora. (Folha do Estado - 04.05.2001)
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1- Leilão da Cesp tem seis interessados |
Ao todo seis companhias entregaram documentos de pré-identificação
para o leilão da Cesp Paraná, informou, no dia 03.05.2001, a secretaria
estadual de Energia de SP. De todas as interessadas, a mais inusitada
é a Cemig uma vez que empresas estatais brasileiras estão impedidas
de participar do leilão da Cesp Paraná, de acordo com as regras
do edital de privatização. Além da Cemig, entregaram os documentos
de pré-identificação as norte-americanas NRG Energy, AES Corp.
e Duke Energy, além da francesa EDF e da portuguesa EDP. O prazo
para a entrega dos documentos encerrou-se às 16 horas do dia 03.05.2001,
mas a lista oficial das habilitadas será divulgada apenas no dia
08.05.2001, depois de uma análise da Aneel. (Reuters - 04.05.2001)
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2- Mercado não acredita na compra da Cesp pela Cemig |
Embora não tenha recursos garantidos para disputar a compra da
Cesp Paraná, a Cemig entregou os documentos para pré-identificação
dos interessados em participar do leilão. Sob a orientação do
governo de Minas, os advogados da Cemig se preparam para entrar
com um pedido de liminar para ter o direito de participar do processo.
A presença da Cemig nessa privatização, no entanto, é vista com
descrédito pelo mercado, tendo em vista o agressivo plano de investimentos
previsto para o ano 2001, da ordem de R$ 800 mi, na construção
de novas usinas hidrelétricas. Além disso, a empresa deverá sofrer
impacto negativo no resultado de 2001, devido aos efeitos da alta
do dólar e o racionamento de energia a ser implantado em junho
de 2001. Dentro da própria Cemig, alguns profissionais acreditam
que a estratégia do governo é basicamente política. (Superavit
- 04.05.2001)
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3- AES entrega documentos mas não demonstra ânimo com
leilão da Cesp |
A norte-americana AES foi a quarta empresa a confirmar a entrega
dos documentos de pré-identificação para o leilão da Cesp Paraná.
A companhia, no entanto, não demonstrou muito ânimo em continuar
até o final da disputa pela geradora. Segundo a diretora de Relações
com o Mercado da AES Tietê, Andrea Cristina Ruschmann, a empresa
não está muito otimista em relação a privatização. "Nós entregamos
o documento porque estamos avaliando o ativo desde o ano passado,
mas nossa decisão quanto ao leilão não está tomada'', afirmou
a executiva, acrescentando que a privatização da Cesp Paraná ainda
contém diversos riscos. (Reuters - 03.04.2001)
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4- Apagão programado da Ceal deixa seis mil consumidores
sem eletricidade |
Cerca de seis mil consumidores da Ceal em Maceió vão ficar sem
energia elétrica nos dias 05.04.2001 e 06.04.2001. O motivo é
o desligamento da transferência de carga para ampliação do barramento
de 13.8Kw da subestação de Cruz das Almas. Empresários da orla
marítima de Maceió também serão atingidos. É o caso dos hotéis
Meliá, Matsubara e o Flat Jatiúca. O horário previsto para o apagão
no sábado será de 6 às 6h30 da manhã. Já no domingo, esses mesmos
consumidores ficam sem energia das 13 às 14 horas. Outros três
mil consumidores que moram nas avenidas Gustavo Paiva, Álvaro
Otacílio, Desembargador Valente de Lima e adjacências, ficam sem
energia elétrica das 7 às 7h30 e das 13 às 13h30. (Sururu Notícias
- 04.05.2001)
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5- Light lança campanha interna para redução do consumo
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A Light anunciou uma campanha para motivar seus funcionários a
reduzir o consumo de energia nas 110 instalações da companhia
no estado do Rio. As ações visam a reduzir em 15% os 1.600 MWh/mês
de consumo da empresa, o que representa uma economia de 240 MWh/mês,
suficientes para atender a mil residências. (O Globo - 04.05.2001)
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6- Light pode perder R$ 400 mi em receitas com racionamento
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A Light deverá perder cerca de R$ 400 mi em receitas com a redução
em 20% no consumo de energia de junho a novembro de 2001. O superintendente
de comercialização da empresa, Fernando Maia, não descarta, no
entanto, que as perdas atinjam um patamar ainda maior. As cotas,
segundo ele, seriam suficientes para se chegar ao final de novembro
com aproximadamente 10% do nível dos reservatórios. (Correio Brasiliense
- 03.05.2001)
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7- Cemat define plano de racionamento |
A Cemat define até o dia 07.05.2001 o plano para se adequar à
cota de racionamento definida pela Aneel. Entre as opções em estudo
pela concessionária estão a negociação com os chamados grandes
consumidores. Hoje os setores da indústria e comércio são os grandes
responsáveis pelo incremento de 8,1% no consumo de energia registrado
no primeiro trimestre de 2001, em comparação com o mesmo período
de 2000. `Se o que explica o desempenho do comércio é o aumento
no número de consumidores, a indústria conta com esse mesmo fator
adicionado ao incremento no consumo de energia propriamente dito`,
observa o gerente do Departamento de Mercado da Cemat, Wagner
Gentil. Além da negociação com os grandes consumidores, a Cemat
estuda outras possibilidades para conter a alta no consumo - programas
de racionalização e a ampliação do parque de geração. Na previsão
encaminhada no ano passado à Aneel sobre as ações que visam estimular
o uso racional de energia, a concessionária incluiu seis projetos,
mas nem todos foram aprovados até agora. A meta prevista nesses
seis projetos é obter uma redução de 5.104 MWh/ano. (Gazeta Mercantil
- MT - 04.05.2001)
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1- Furnas e Eletronuclear definem fórmula para pagar
dívida com o MAE |
Furnas e Eletronuclear já definiram a fórmula para apresentar
ao MAE como solução para resolver o impasse em torno da dívida
de Furnas com o mercado pelo atraso no início das operações de
Angra 2. As empresas vão propor o pagamento com a receita do excedente
gerado pela central nuclear, que não vai constar dos contratos
iniciais que serão assinados com as distribuidoras. O modelo é
semelhante ao apresentado no ano 2000 e rejeitado pelos agentes
do mercado. A diferença é que, agora, Furnas deve ser beneficiada
pela intervenção da Aneel, no MAE. A proposta de Furnas prevê
que os cerca de 500 MW que excedem o volume constante dos contratos
iniciais sejam vendidos no mercado spot. Assim, Furnas passaria
a ser a comercializadora da energia de Angra 2, e não a Eletrobrás.
No entanto, para que Furnas possa vender a energia de Angra, é
preciso que sejam dadas condições especiais nos contratos firmados
com as distribuidoras, uma vez que a lei 9.648, que regula o setor,
prevê tratamento diferenciado à eletricidade gerada pelas centrais
nucleares. Essa pendência, no entanto, caminha para os tribunais.
A Eletrobrás já reafirmou sua disposição de não negociar com o
mercado, que acredita que tem direito sobre o volume produzido
pela usina que ultrapassa os contratos de longo prazo. (Gazeta
Mercantil - 04.05.2001)
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1- Empresas brasileiras voltam a captar no mercado
externo |
A ligeira melhora na percepção dos investidores internacionais
sobre o futuro da economia da Argentina já permite a alguns bancos
e empresas brasileiras rolarem dívidas e buscar dinheiro novo
no mercado externo. De acordo com especialistas e executivos de
bancos, desde que a renegociação da dívida externa argentina por
meio de um 'swap' foi confirmada o mercado passou a adotar uma
postura mais otimista em relação aos países emergentes. A recente
'caravana' dos emissores latinos ao mercado externo foi liderada
por grandes empresas, de risco menor, como a Petrobras, que lançou
US$ 450 mi na primeira semana de maio pagando um 'spread' menor
do que o oferecido pelos bônus da República. (Gazeta Mercantil
- 04.05.2001)
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2- Copel se prepara para lançar US$ 65 mi no mercado
externo |
Apesar de encontrarem mais dificuldades do que os bancos, as empresas
brasileiras do setor elétrico, que mais demanda recursos para
investimento, voltou a obter capital no mercado internacional.
É o caso da Copel, empresa de energia elétrica do Paraná que vive
um difícil e tumultuado processo de privatização, se prepara para
lançar pelo menos US$ 65 mi em euro commercial paper com prazo
de um ano. O papel vai pagar uma taxa de juros de 7,75% a 8% ao
ano, segundo fonte próxima da operação. (Gazeta Mercantil - 04.05.2001)
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3- Cavallo anuncia dia megatroca de títulos da dívida
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O ministro da economia, Domingo Cavallo, anunciará dia 04.05.2001
uma megatroca de títulos, cuja expectativa é de que seja a operação
financeira mais importante do país depois do Plano Brady. O ministro
proporá uma troca dos vencimentos da dívida a bancos e investidores
nos próximos quatro anos, com prazos mais longos que podem chegar
até 30 anos. Cavallo fará uma conference call com os operadores
de Wall Street para afastar definitivamente os temores sobre um
possível calote da Argentina. Só depois do obter sinal verde da
diretoria do FMI, a Argentina receberá US$ 1,3 bi, saque que estava
travado pelo não cumprimento da meta de déficit fiscal do primeiro
trimestre. O acordo foi anunciado oficialmente pelo secretário
de Finanças, Daniel Marx, que disse que o objetivo é criar as
condições para que o emprego e a produção levem a um crescimento
sustentado. (Globo - 04.05.2001)
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1- Nova usina térmica será inaugurada em Uruguaiana
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A Usina Termoelétrica de Uruguaiana será inaugurada no dia 21.05.2001.
Uruguaiana, que fica a 600 KM de Porto Alegre, terá a primeira
usina a operar a gás natural no País. A termoelétrica, do grupo
norte-americano AES, que investiu US$ 310 mi terá a primeira usina
a operar a gás natural no País. A termoelétrica é do grupo norte-americano
AES que investiu US$ 310 mi em recursos próprios para garantir
uma produção de 600 MW. A termoelétrica entra em operação num
momento crítico para as economias nacional e regional e é parte
fundamental na viabilização do gasoduto Brasil-Argentina que,
em breve, estará chegando em Porto Alegre. (Estado - 04.05.2001)
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2- Shell fatura com preço do gás e obtém ganho recorde |
Com a alta dos preços do petróleo e do gás e uma contínua redução
de custos a Royal Dutch/Shell anunciou lucros recordes pelo quinto
trimestre consecutivo. O lucro líquido do primeiro trimestrede
2001 subiu 17% em relação ao de 2000, de US$ 3,3 bi para US$ 3,9
bi,Os lucros em exploração e produção avançaram 21%, de US$ 2,4
bi para US$ 2,8 bi. A elevação dos preços do gás natural compensou
uma ligeira queda nos preços do petróleo. Os lucros com derivados
de petróleo passaram de US$ 574 mi para US$ 958. Os lucros com
gás e energia passaram de US$ 125 mi no mesmo trimestre de 2000
para US$ 335 mi em 2001. Já os lucros na divisão de químicos caíram
de US$ 267 mi para US$ 204 mi.(Valor - 04.05.2001)
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1- Fiesp afirma que energia pode frear indústria |
Segundo Clarice Messer, diretora da Fiesp, a crise energética
pode atravancar a expansão nesse ano, afetando principalmente
os setores de metalurgia e papel e celulose, que estão puxando
a expansão. A Fiesp anunciou, dia 03.05.2001, o Indicador de Nível
de Atividade (INA), que subiu 2,1% em março de 2001 ante fevereiro
(ficando acima dos 1,6% previstos), e registrou alta de 6,8% em
comparação anual. Porém, de acordo com a Fiesp, o grande problema
no horizonte, que poderá comprometer o crescimento de 2001, é
o impacto do racionamento de energia no setor industrial, que
atingiria principalmente setores que mostram vigor no começo do
ano, como metalurgia, químico, papel e celulose. Para Messer,
a crise energética deve ter três efeitos. Primeiro, um aumento
dos custos de produção das indústrias, já que, se elas ultrapassarem
sua cota mensal, estarão sujeitas a multas. Segundo, uma possível
perda de eficiência nas linhas de montagem. Por fim, caso a situação
piore e o sistema de cotas não dê resultado, uma paralisação da
produção, o que seria o pior dos mundos. "Metalurgia, por exemplo,
vem sendo um dos líderes, crescendo 14,4% no primeiro trimestre,
mas a falta de energia pode comprometer o setor e impedir uma
maior expansão do INA", disse Clarice. Além da queda na produção,
o setor pode ter seus custos elevados, já que a energia representa
40% dos valores de produção. Os dados do INA estão na home page
www.fiesp.org.br.
(Valor - 04.05.2001)
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2- Fiat pode reduzir exportações |
Embora não tema que a produção de veículos no Brasil seja atingida
com o racionamento, a Fiat Automóveis poderá suspender parte das
exportações, caso haja eventuais cortes no fornecimento de energia
no Brasil. A segunda maior montadora brasileira não descarta a
possibilidade de que parte dos veículos atualmente produzidos
no país e exportados para a Europa sejam fabricados em outras
unidades, como na Polônia e na Turquia. "Isso só ocorrerá se tivermos
que reduzir a produção drasticamente por conta da falta de energia.
E transferiríamos apenas parte da produção e por um período determinado",
disse o presidente da montadora no Brasil, Gianni Coda. Nos últimos
dez anos, a empresa reduziu em pelo menos 20% o consumo de energia
por carro produzido, porém, após uma década de economia de eletricidade,
a Fiat não tem mais o que cortar em caso de racionamento. Isso
significa que uma eventual redução da oferta de energia para a
montadora resultaria em proporcional diminuição do número de automóveis
fabricados. (Agência JB e Gazeta Mercantil - 04.05.2001)
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3- Agências de publicidade são contra a idéia de desligar
painéis |
A proposta da Abrace de desligar outdoors
eletrônicos e congêneres para reduzir o consumo, que pode ser
implementada ainda no primeiro semestre de 2001, representa uma
ameaça para os negócios de anunciantes, agências de publicidade
e proprietários de painéis luminosos. Dados do Projeto Inter-Meios,
levantados pela editora Meio & Mensagem, mostram que a mídia exterior
representou 2% da verba investida em publicidade no ano passado,
de R$ 9,8 bi. O segmento inclui desde painéis eletrônicos e luminosos
até placas de sinalização. Dono de 368 relógios eletrônicos espalhados
pelo Brasil, Luiz Casali, sócio da Rede LC de Mídia, afirma que
o 'apagão' é uma visão míope. 'Somos indústria, geramos riquezas
e empregos. Que parem o negócio deles', ataca. Segundo Casali,
os equipamentos, ligados só à noite, consomem baixa quantidade
de energia. (Gazeta Mercantil - 04.05.2001)
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1- EUA anunciam plano de produção e economia de energia |
O presidente norte-americano George W. Bush lançou um campanha
para preparar o país para um esforço energético. Anunciou medidas
de contenção na Califórnia, mas afirmou também que medidas mais
drásticas podem ser tomadas para solucionar a crise energética
do país. A decisão de incentivar a produção de energia a partir
de petróleo, gás, carvão e usinas nucleares gerou polêmica. Grupos
ecológicos e ONGs reclamam que o país, além de não assinar o Tratado
de Kyoto, está agravando a situação. Por outro lado, essa estratégia
visa derrubar o argumento de que o governo estaria querendo resolver
o problema somente reduzindo a demanda. O plano privilegiará a
energia gerada em combustíveis fósseis e nuclear, mas também incluirá
um projeto de triplicar a utilização de fontes renováveis até
2020. Além disso, incentivará a economia de energia por intermédio
da modernização de tecnologias e da redução de tarifas para os
que pouparem energia nos horários de pico. (The Washington Post
- 03.05.2001)
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2- México assegura apoio energético à Califórnia |
A Comissão Federal de Eletricidade mexicana comunicou, dia 03.05.2001,
que o governo manterá o apoio de energia elétrica ao estado norte-americano
da Califórnia. O apoio é feito desde o início de 2001 devido à
crise energética que aquele estado vem enfrentando. O governo
mexicano declarou estar vendendo somente os excedentes da produção
do sistema elétrico do estado da Baixa Califórnia, na fronteira
com os EUA, cerca de 50 MW por dia de Segunda a Sábado, desde
o fim de janeiro. A Department of Water Resources da Califórnia
compra energia a US$ 230 por MWh e a quantidade vendida pode ser
aumentada. (Enervia - 04.05.2001)
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3- França será denunciada por causa da liberalização
do gás |
A comissária européia de Transportes e Energia
e vice-presidente da Comissão Européia, Loyola de Palacio, proporá
no dia 08.05.2001, à Comissão que leve a França ao Tribunal De
Justiça da Europa por não cumprir a legislação sobre a liberalização
do mercado de gás. Não é a primeira vez que isso ocorre. Quando
da abertura do mercado europeu de eletricidade em fevereiro de
1999, a França pôs travas de um ano no processo. Depois, teve
tempo para publicar os decretos de aplicação e há pouco tempo
abriu minimamente seu mercado. Essa resistência propõe um problema
maior com os outros países europeus, que protestam pela diferença
de tratamento. A França possui posição estratégica e geográfica
na Europa privilegiada e por isso há tantos protestos. (Enervia
- 04.05.2001)
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4- Unión Fenosa estaria interessada em comprar ativos
da Endesa |
A espanhola Unión Fenosa reiterou sua intenção de comprar o pacote
de ações da empresa de telecomunicações Auna que será vendido
pela Endesa. A Unión Fenosa não deseja abrir mão dos 16,7% da
Auna que já possui, nem a curto nem a médio prazo e afirmou que
sua postura é mais compradora do que vendedora. O vice-presidente
da Unión Fenosa, Victoriano Reinoso, em entrevista à imprensa
espanhola recordou que a Endesa não tem intenção de vender, no
momento, sua participação de 28% da Auna e, caso o faça, a Telecom
Italia e a elétrica espanhola deverão manter sua participação
atual. Sobre a possibilidade de retirar da bolsa parte da Auna,
Reinoso explicou que a Unión Fenosa venderia um pacote de 4%,
o que deixaria sua participação em 12,7%. O conselheiro da Endesa
Rafael Miranda explicou que a empresa pretende pôr na bolsa de
20 a 30% da Auna, mas só em 2002. Apesar de não possuir interesse
estratégico no negócio, a Fenosa tentará adquirir os ativos postos
a venda. A elétrica tem maior interesse na distribuidora da Endesa
Enagás, e procura um sócio internacional no setor de gás. (El
Mundo - 03.05.2001)
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5- Tractebel pode unir Colbun e Electroandina |
A troca de presidente na Electroandina fez despertar na Tractebel,
controladora da empresa, o pensamento de a fundir com a Colbun.
Entretanto, a belga declarou não estar interessada em adquirir
a porcentagem da estatal Corfo na Colbun (38,8%) devido à lei
chilena que obrigaria a empresa a comprar 100% das ações da companhia,
pois possuiria 80% desta. Por outro lado, segundo fontes do jornal
chileno Estrategia, ainda existe interesse na Matte e na Tractebel,
controladoras de 47,7%, em adquirir a da participação estatal
na Colbun. A sócia da belga na Electroandina, a Codelco, já declarou
apoio no caso de um processo de fusão. Por outro lado, não se
descarta a compra de 66% da Electroandina possuídos pela estatal.
O presidente da Electroandina declarou que no momento a fusão
das empresa é impossível. (Estratégia - 04.05.2001)
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6- Enel recorrerá de decisão de reguladora na compra
da Infostrada |
A italiana Enel recorrerá da decisão da Autoridade Anti-truste
de seu país que afirmou que a empresa deveria vender mais energia
para outras empresas caso queira concretizar seu negócio com o
grupo de telecomunicações Infostrada. As negociações com a inglesa
Vodafone, controladora da Infostrada, envolveram US$ 6,46 bi.
Porém, as autoridades afirmaram que a Enel deveria vender 5500
MW de produção para aprovar a operação. A decisão vem ao encontro
da ordem da União Européia que determina que a empresa deveria
vender 15000MW de geração para atingir as metas de liberalização
de mercado. (Reuters - 04.05.2001)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ
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notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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