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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 633 - 02 de maio de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Novos diretores da Aneel são sabatinados no Senado

A Comissão de Infra-estrutura do Senado irá sabatinar, dia 02.05.2001, os dois diretores indicados pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para a Aneel. Ao final dos questionamentos, em votação secreta, os senadores confirmarão ou não os dois indicados. A aprovação dos nomes de Paulo Pedrosa e Eduardo Ellery Filho, significa a recomposição da diretoria da Aneel, que por quatro meses atuou com apenas três diretores. Ellery Filho está sendo reconduzido ao cargo na Aneel depois que seu mandato venceu, em dezembro de 2000, e Pedrosa chega ao posto indicado pelo PSDB. Ele substitui Afonso Henriques Moreira Santos, atual secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia. O atraso para recompor a diretoria da Aneel deveu-se basicamente ao atrito entre Afonso Henriques e o ex-ministro Rodolpho Tourinho, devido a proposta de dolarização da tarifa de energia produzida pelas usinas termoelétricas que serão instaladas no País. Tourinho seria simpático à proposta e Afonso Henriques posicionou-se contra esse modelo. (Estado e Jornal da Tarde - 02.05.2001)

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2- Aneel e empresas do setor discutirão racionamento em reunião dia 03.05.2001

A Aneel e representantes das distribuidoras de energia elétrica vão se reunir, no dia 03.05.2001, para debater os mecanismos a serem adotados no racionamento de energia, confirmado pelo governo na última semana de abril de 2001. As dúvidas sobre a profundidade das medidas serão esclarecidas durante a reunião, que deverá contar com representantes das 64 empresas distribuidoras. (Gazeta Mercantil - 02.05.2001)

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3- Ministro marca para dia 08.05.2001 reunião do CNPE

Para discutir o racionamento, o ministro de Minas e Energia, José Jorge, marcou para o dia 08.05.2001 uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a segunda desde que foi criado no ano 2000. Estarão presentes os ministros da Fazenda, Pedro Malan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alcides Tápias, do Meio Ambiente, José Sarney Filho, do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares, da Casa Civil, Pedro Parente e da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardemberg, todos integrantes do conselho. (Gazeta Mercantil - 02.05.2001)

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4- Tarifa de energia já subiu 321,45% desde 1995

Desde que começaram as privatizações do setor elétrico, em 1995, os consumidores de baixa renda, que consomem até 30 KW/hora/mês, já tiveram reajuste em suas tarifas de energia elétrica de 321,45%, contra 96,3% da inflação acumulada pelo IPCA, referência oficial. Segundo o Idec, na média, o consumidor brasileiro arcou com um aumento real de 108%. Enquanto isso, as empresas tiveram reajuste de 3,15% a 26,57%, no mesmo período. (Jornal do Brasil - 02.05.2001)

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5- Nordeste ficará sem energia importada

O Nordeste não deverá se beneficiar com a importação de energia da Argentina e do Paraguai. Essa é uma das ações do pacote que o MME lançará na segunda semana de maio de 2001 para amenizar a crise energética do País. A falta de uma infra-estrutura própria para a importação é que dificulta o envio dessa energia do Sul para a região. Na última semana de abril de 2001, o ministro das Minas e Energia, José Jorge, reconheceu que as linhas de transmissão que ligam o Nordeste às regiões Norte e Sul - onde não há problemas para a produção de energia - não têm capacidade para transportar um volume muito alto de energia. (Jornal do Commercio - PE - 02.05.2001)

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6- Pré-identificação dos interessados na privatização da Cesp Paraná termina dia 02.05.2001

O dia 02.05.2001 o último dia de venda do edital de privatização da Cesp Paraná, marcada para o dia 16.05.2001. Nesse dia será realizada a entrega de documentos para pré-identificação dos interessados à Bovespa, até as 16h. O edital pode ser retirado na Bovespa, na Cesp e também está disponível no site da Cesp (www.cesp.com.br). A privatização da Cesp tem 9 interessados: o grupo VBC (Votorantin, Bradesco e Camargo Corrêa); a belga Tractebel; EDP, de Portugal; EDF, da França; Endesa, da Espanha; e as norte-americanas RGN, AES, Southern Electric e Duke Energy. (Folha - 01.05.2001)

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risco e racionamento

1- Nível de reservatórios fica abaixo do previsto

O nível de água dos reservatórios das hidrelétricas que abastecem as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste fechou o período de chuvas em níveis mais baixos do que a última projeção feita pelo ONS. Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste terminaram o período de chuvas com 32,18% de sua capacidade. A previsão era de que se conseguisse chegar pelo menos a 32,9%. O nível de segurança para que o país pudesse atravessar o período de seca (maio a novembro) sem risco de falta de energia era de 49%. No Nordeste, o período de chuvas deixou os reservatórios das hidrelétricas com apenas 33,13% de sua capacidade. A previsão era de que se chegasse a pelo menos 33,5%. O nível de segurança para a região é de 50% da capacidade. Os dados são do dia 30.04.2001, data em que terminou o período de chuvas. A média de março da chuva que deveria cair no rio São Francisco -que abastece as principais hidrelétricas do Nordeste- foi a pior da história. No Sudeste e Centro-Oeste, foi a nona pior média da história e, nos rios Grande e Parnaíba, a segunda pior média da história. O rio Grande abastece a hidrelétrica de Furnas, uma das principais da região Sudeste. (Folha - 02.05.2001)

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2- Plano de racionamento poderá render R$ 407 mi

De acordo com os cálculos do governo, se cada um dos 25 milhões de consumidores que serão sobretaxados, com as medidas de racionamento, gastar só 10 KW/hora/mês a mais do que o limite fixado, a arrecadação mensal será de R$ 203,75 mi. Caso o consumo médio extra suba para 20 KW, por consumidor, a arrecadação subirá para R$ 407,15 mi. As estimativas não são oficiais. Sobre o quanto será arrecadado pelas tarifas extras, o secretário-executivo de Minas e Energia, Luiz Perazzo, não quis arriscar uma estimativa e confessou que o cálculo é muito complexo porque envolve milhões de usuários, com diferentes perfis de consumo. (Jornal do Brasil - 02.05.2001).

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3- SC não aceita racionamento

No dia 03.05.2001, o vice-governador e presidente do Grupo Executivo de Energia de Santa Catarina (Genesc), Paulo Bauer, viaja a Brasília para se reunir com o ministro de Minas e Energia, José Jorge, e com representantes da Aneel. Bauer tentará convencer o ministro de que os estados da Região Sul são auto-suficientes na geração do recurso e que, por isso, não devem fazer parte do programa. "Não é lógico que tenhamos o mesmo tratamento dispensado a outros estados. Somos exportadores de energia", assegurou Bauer. A racionalização do consumo, segundo ele, traria dificuldades na expansão da economia catarinense como também possíveis quedas no faturamento das indústrias. "Vai sobrar energia e não vamos ter como transportá-la", frizou. A preocupação de Bauer é igualmente compartilhada pelo governador Amin que aponta ainda outra particularidade de Santa Catarina: É a passagem obrigatória da energia elétrica importada do Uruguai e da Argentina para a região Sudeste do Brasil". (Diário Catarinense - 02.05.2001)

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empresas

1- Estudo prevê que racionamento pode reduzir ganho das elétricas

Segundo estudo do banco Pactual, o racionamento de energia elétrica terá impacto significativo no desempenho das companhias do setor no ano 2001, de forma que a geração de caixa de algumas empresas pode ficar até 17% inferior à projetada para 2001, caso o corte no consumo atinja 10%. O número é bastante conservador, uma vez que as estimativas do setor mostram que o corte no consumo pode chegar até 20%. Empresários do setor elétrico admitem que o racionamento impactará as margens das companhias este ano. Mas evitam fazer projeções, alegando que o modelo para o corte não foi definido. 'Será um ano bastante difícil para o setor, principalmente para o segmento de distribuição, que trabalhará com margens bastante apertadas', diz Gilson Veloso Prado, presidente da Guaraniana. (Gazeta Mercantil - 02.05.2001)

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2- Furnas irá antecipar linha Itaberá -Tijuco Preto

Na corrida pela oferta de mais energia para o País, Furnas anunciou que vai antecipar em dois meses o fornecimento de 600 MW para o Sudeste do País. A estatal colocará em funcionamento a linha Itaberá (SP) - Tijuco Preto (Mogi das Cruzes), de 310 Km. Trata-se do terceiro trecho do circuito em corrente alternada do sistema de transmissão de Itaipu. A conclusão do trecho exigiu investimentos de R$ 212 mi. De acordo com a estatal, a linha vai flexibilizar a importação de energia da Argentina, além de ampliar o intercâmbio de energias entre as regiões Sul e Sudeste. A antecipação da linha de transmissão já havia sido comunicada pelo governo federal, como uma das medidas necessárias para ampliar a oferta de energia no momento em que o País sofre com o prolongado período de seca e o esvaziamento dos reservatórios das hidrelétricas. (Transmite - 02.05.2001)

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3- Cataguazes-Leopoldina tem receita operacional de R$ 213,8 mi no 1º trimestre

A receita operacional bruta consolidada da CFLCL foi de R$ 213,8 mi no primeiro trimestre de 2001, o que representa um crescimento de 81,6 % em relação a do mesmo trimestre do ano anterior. Com vendas físicas consolidadas de 1.485 GWh em seus mercados próprios, a CFLCL apurou nesses primeiros três meses de 2001 um aumento de 64,8 % no volume comercializado de energia. Esse resultado deve-se, basicamente, à aquisição da Saelpa, em novembro de 2000, já que suas receitas estão computadas neste trimestre, o que não ocorreu em igual trimestre de 2000. Considerando os mercados das cinco distribuidoras o aumento médio consolidado no consumo de energia elétrica nos mercados próprios dessas empresas foi de 4,7 % no trimestre, comparativamente ao igual período de 2000. (CFLCL - 30.04.2001)

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4- Enron se concentra em geração termo e comercialização

A compra das participações da Enron na CEG e CEG Rio pela Petrobras representa a primeira venda de ativos da norte-americana Enron no Brasil. Ela traçou como estratégia manter-se acionista apenas de empresas de geração de térmicas e comercialização de energia. O posicionamento já anunciado determinou a saída de todos os ativos de gás e também de distribuição de energia elétrica que a companhia detém no País. Além da Enron, as espanholas Iberdrola e Gás Natural e a BNDESpar, detém participações relevantes na CEG. A companhia vendeu em 2000, 936,9 milhões de metros cúbicos de gás por ano. (Gazeta Mercantil - 02.05.2001)

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5- Celesc trocará lâmpadas em SC

A Celesc deve firmar parcerias com prefeituras catarinenses para substituir as lâmpadas de mercúrio por outras de vapor de sódio, que consomem de 20% a 25% menos energia e proporcionam maior luminosidade. Em Joinville, a troca deve acontecer em 6,8 mil pontos e custará quase R$ 1 mi, que será compensado com a redução da conta de iluminação pública, garante o diretor regional da Celesc, Flávio Camargo. (Diário Catarinense - 02.05.2001)

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financiamento

1- Cotação da Energia no MAE bate recorde histórico em maio

O baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas e a possibilidade do racionamento nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do País foram os principais fatores para o aumento em 82,37% do preço do MW/h de eletricidade no MAE. Este reajuste refere-se à projeção da tarifa de maio de 2001 em comparação à eletricidade do mês anterior e compreende apenas 15% de energia negociada fora dos contratos de longo prazo entre as geradoras e as distribuidoras. A Aneel confirmou que este preço para maio é recorde histórico no comércio de energia no atacado. De acordo com os dados da Asmae, no sistema Sudeste/Centro-Oeste, o MWh custará R$ 459,89 para as cargas leve, média ou pesada, o que representa uma alta de 82,37% com relação aos preços praticados no mês anterior. Em maio de 2000, os preços no sistema S/SE/CO eram de R$ 96,72 para a carga pesada, R$ 86,08 para a média e R$ 85,05 para a leve. Na região Sul, a energia custará R$ 459,89 na carga pesada e R$ 415,57 nas cargas média e leve, contra R$ 252,18 e R$ 241,65, respectivamente, praticados no mês anterior. Nos subsistemas Nordeste e Norte, o MWh custará R$ 440,99 em todos os patamares de carga, contra R$ 247,35 praticados em abril. Em maio de 2000, a tarifa era de R$ 47,84. (Estado e Gazeta Mercantil - 02.05.2001)

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financiamento

1- Petrobras conclui emissão de US$ 450 mi

A Petrobras conclui no dia 02.05.2001 uma emissão de bônus que será um marco para a empresa e para o país. Ela vai levantar US$ 450 mi. O prêmio de risco será de 475 pontos básicos de porcentagem acima dos títulos do Tesouro americano. Os títulos da República do Brasil de prazo equivalente estão pagando 816 pontos. Portanto, a Petrobras deve pagar 340 pontos abaixo do que pagam os papéis do Brasil. Os juros da Petrobras vão ficar em torno de 9,935%. Isso será possível graças à classificação feita pela Moodys, em março, para obrigações da Petrobras. Sem considerar o risco de remessa, dado pelo risco do país, a Petrobras obteve classificação "Baa1", dois níveis acima do grau de "investimento" e seis acima da classificação do Brasil. Ou seja, é uma avaliação que considera apenas o risco da empresa. Os bônus têm prazo de 8,5 anos, mas o investidor pode resgatar o dinheiro em 7 anos. O pagamento de juros dos últimos 18 meses estão segurados pela Zurich. A razão: a Moodys estima que o risco de moratória no Brasil, nos próximos 10 anos, é de no máximo 18 meses de juros. Coberto esse risco, os bônus ganham grau de investimento e atraem um universo muito maior de grandes investidores internacionais. Para a Petrobras, este é mais um passo em direção a mudar a percepção internacional da empresa. O objetivo é colocá-la na liga das grandes empresas petrolíferas e não como um risco de país emergente. As petrolíferas de menor risco, como a Phillips, pagam prêmios na casa dos 200 pontos. (Valor - 02.05.2001)

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2- Caem os bônus e sobe o risco da Argentina

Os bônus da dívida Argentina e do Brasil voltaram a cair no dia 01.05.2001, pelo segundo dia consecutivo. A tendência de queda se origina na preocupação dos investidores sobre os problemas que o governo argentino pode ter para implementar rapidamente a troca de bônus que vencem de agora até 2005. Os bônus argentinos perderam entre 0,5% e 1%, e os brasileiros declinaram entre 0,3 e 0,7%. Os bônus caíram apesar de que a Argentina e o FMI acordaram os termos sobre como manter o blindagem outorgado em dezembro, no qual o FMI participa com créditos por US$ 14.000 mi. O bônus de dívida argentino mais operado, o FRB que vence em 2005, caio 0,8%, e contribuiu para que o risco país subira de 1.042 a 1.070 pontos básicos. (Clarín - 02.05.2001)

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gás e termoelétricas

1- Petros fica com parte do capital da CEG

A Petros terá 12% dos 25,38% do capital social da distribuidora de gás CEG, adquiridos pela Petrobras da Enron Corporation. O acordo entre a Petrobras e a Enron foi assinado, dia 29.04.2001, em Houston, pelos presidentes das duas empresas e envolve também a aquisição de 33,75% do capital social da CEG-Rio, negócio do qual a Petros não participa. Segundo a fundação, o valor poderá ser abatido da dívida que a Petrobras tem com a Petros. A conclusão da operação com a Enron será feita em até 90 dias, condicionada à aprovação das autoridades governamentais. No acordo, a Enron ainda se compromete a indenizar a Petrobras e a Petros por quaisquer prejuízos advindos de eventual reclamação dos acionistas da CEG, decorrentes do Acordo de Participação celebrado entre as partes. A transacão foi a primeira venda da Enron no setor de gás. (Gazeta Mercantil - 02.05.2001)

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2- Petrobras consolida atuação no gás

O anúncio da compra das participações da Enron na CEG e CEG Rio pela Petrobras, no dia 30.04.2001, soou para o mercado como a consolidação da estatal no seu posicionamento vertical no setor de gás. A Petrobras atua, além da distribuição, na produção de gás e transporte. A operação de aquisição de ações das distribuidoras do Rio envolve US$ 240 mi desembolsados por um consórcio com a Petros, fundo de pensão da estatal e com a CS Empreendimentos. A CEG e a CEG Rio representam o segundo maior mercado de gás do País. O primeiro mercado é o de São Paulo, onde a Petrobras quer entrar com participação na Comgás, controlada pela British Gas e Shell. Com o avanço no Rio e sua consolidação, a estatal ganha mais poder de barganha, segundo especialistas para negociar a entrada no capital da Comgás. A Petrobras também está negociando sua entrada na Gasmig, distribuidora de Minas Gerais controlada pela Cemig, terceiro grande mercado do País. (Gazeta Mercantil - 02.05.2001)

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3- RJ deve aprovar compra de ações da CEG

O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Vícter, declarou que o Estado do Rio de Janeiro deverá aprovar a compra, pela Petrobras, da parcela acionária da companhia americana Enron na CEG e CEG Rio. O Rio é o poder concedente da exploração do gás natural. De acordo com o secretário, a compra poderá incrementar o interesse da Petrobras em relação ao aumento das cotas de gás. No dia 30.04.2001, a Petrobras anunciou a compra de 13,38% das ações da CEG que pertenciam à americana Enron. A Petros, fundo de pensão da estatal, comprou outros 12%. (O Globo - 01.05.2001)

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4- Programa de termelétricas do RJ deverá ser acelerado

A entrada da Petrobras no capital da CEG e da CEG-Rio, deve acelerar o cronograma de instalação de termelétricas no RJ. Só com os seis primeiros projetos de geração, negociados antes da entrada na CEG, o volume demandado pulou de 6 milhões para 21 milhões de metros cúbicos por dia. O aumento pode tornar-se ainda maior, caso cheguem a bom termo as negociações do governo estadual para atrair dois investimentos de geração, no total de 1,2 mil MW. O primeiro está praticamente acertado com a espanhola Endesa. A confirmação depende do desfecho de outra negociação, a da saída da Cerj da usina com Light e Escelsa em Cabiúnas. O reforço aos projetos de geração e a utilização mais intensa do gás natural da Bacia de Campos, são os principais interesses do RJ no setor. (Jornal do Commercio - 02.05.2001)

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5- El Paso investirá R$ 8 mi em programas ambientais no RJ

Para reduzir o impacto ambiental causado pela construção emergencial das termelétricas no RJ, a norte-americana El Paso Energy International do Brasil, que iniciou a construção da Usina Termelétrica (UTE) Macaé Merchant, já inicia programas de preservação do meio ambiente. Na Bacia do Rio Macaé, a El Paso aportará R$ 8 mi em sete programas ambientais a serem finalizados em dois anos. Para o gerente de meio ambiente da El Paso, Nelson Bustamante, essas são medidas compensatórias inseridas nos compromissos assumidos com Feema. Situada no Km 169 da BR 101, as turbinas da termelétrica, segundo o gerente, serão mais silenciosas do que a rodovia, pois haverá um rígido controle de ruídos. Já a questão da emissão de gases poluentes será compensada com plantio de árvores. (Gazeta Mercantil - RJ - 02.05.2001)

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6- Termelétrica Norte Fluminense investirá R$ 4,5 mi em programas ambientais

A Usina Termelétrica Norte Fluminense, controlada pelo consórcio Light, Cerj, Escelsa, Eletrobrás e Petrobras, e prevista para operar em 2003, já está iniciando seus programas ambientais. A presidente da plenária de ONGs da Macro Região Ambiental 5 (MRA5), que inclui municípios como Macaé, Casimiro de Abreu, Campos e Rio das Ostras, Maria do Carmo Domingues da Cruz, ressalta o trabalho realizado pela usina junto ao Parque Atalaia, uma reserva ambiental próxima a BR 101. 'Estamos criando um plano de manejo para o parque dentro dos programas ambientais da UTE Norte Fluminense, que consumirão R$ 4,5 mi', enfatiza a ambientalista. (Gazeta Mercantil - RJ - 02.05.2001)

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7- Governo de SC quer revisão do contrato com a El Paso

O vice-governador e presidente do Grupo Executivo de Energia de Santa Catarina (Genesc), Paulo Bauer, vai a Brasília, no dia 03.05.2001, tratar da revisão do contrato firmado com a El Paso Energy Internacional para a construção da Terméletrica de Guaramirim. A El Paso está pedindo a concessão de benefícios relacionados à variação cambial, ou seja, reajustar o preço da energia fornecida à Celesc sempre que a cotação do preço do dólar aumentar. O investimento de US$ 250 mi vai gerar 350 MW/hora com a queima de gás natural a partir de 2003. A empresa americana detém 70% do investimento, e quer que a Celesc, uma das integrantes do consórcio que irá controlar a usina, assuma o risco de acrescer ao volume da dívida as taxas referentes a uma provável desvalorização cambial do real. Conforme o vice-governador, a medida tomada pelos investidores americanos já prejudicou o andamento das obras e pode causar o rompimento do contrato de parceria. (Diário Catarinense - 02.05.2001)

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8- SC quer definição de incentivos para térmicas a carvão

O vice-governador e presidente do Grupo Executivo de Energia de Santa Catarina (Geensc), Paulo Bauer, vai cobrar do ministro das Minas e Energia, José Jorge, rapidez na definição de incentivos especiais para usinas termelétricas a carvão. Em audiência com o ministro, dia 03.02.2001, em Brasília, Bauer vai manifestar a preocupação do governo de SC sobre a demora nessas definições, que estão atrasando também o início da construção da Usitesc, usina temelétrica a carvão que será construída em Criciúma por duas empresas carboníferas locais, a Criciúma e a Metropolitana, em parceria com a Gerasul. O que o governo de SC e os empreendedores precisam saber é se vai haver incentivo tributário, se serão liberados recursos do BNDES para os investimentos em termelétricas a carvão e também se haverá incentivos do ponto de vista operacional, isto é, para empresas que se instalarão próximas a usinas para utilizar matérias-primas derivadas do carvão. As empresas também solicitam redução da carga tributária para a importação de equipamentos. (Diário Catarinense - 02.05.2001)

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grandes consumidores

1- Madeireira de SC investe R$ 5 mi em geração a partir de resíduos

A Cisframa Comércio e Indústria de Madeiras São Francisco Ltda, em Canoinhas, SC, vai investir no setor energético. Na segunda semana de maio de 2001, a empresa inicia a fase de testes para operar um moderno sistema de produção de energia elétrica, cuja matéria-prima é a chamada serragem verde, matéria rejeitada na indústria madereira pelo alto índice de umidade, entre 55 e 60%. A termelétrica, com inauguração prevista para o final do mês de maio de 2001, vai utilizar uma caldeira que queima apenas a serragem verde e a casca da madeira, um projeto inédito no país. "Tivemos a idéia de utilizar o resíduo do nosso produto", explica o diretor da empresa, José Ricardo Fuck. O investimento, segundo ele, será de aproximdamente R$ 5 mi e a estimativa é produzir 4 MW. Fuck comentou que a meta da empresa é utilizar apenas 1 MW da produção para consumo próprio e vender os 3 MW restantes para a rede de distribuição da Celesc. (Diário Catarinense - 02.05.2001)

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2- Cartilha orienta hotéis do ES a gastarem menos energia

O Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Espírito Santo (Sindihotéis) está distribuindo para o setor uma cartilha com recomendações sobre a utilização racional de energia, com o objetivo de reduzir o consumo em até 20%. O programa está sendo realizado em parceria com a Escelsa, o Sebrae e a empresa de consultoria Point Engenharia. Na primeira quinzena de maio de 2001, os meios de hospedagem na região Serrana (04.05.2001), em Guarapari (05.05.2001) e na Grande Vitória (10.05.2001) estarão recebendo a cartilha. De acordo com o presidente do Sindihotéis, Márcio Nader, o enfoque da cartilha é a troca de equipamentos que consomem mais energia por outros mais econômicos. "Nossa prioridade é a melhoria das instalações elétricas, com a aquisição de equipamentos mais econômicos. Não podemos 'manobrar' o desejo dos hóspedes, com pedidos para que não utilizem o elevador ou outras medidas de redução do consumo de energia, por exemplo. Ele está pagando pelo conforto e não podemos oferecer outro tipo de serviço", destaca Nader. (A Gazeta - 02.05.2001)

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3- Shoppings na BA investem em co-geração e racionalização

O projeto de co-geração do Shopping Center Iguatemi, que busca reduzir o gasto de 4 mil KW/h e uma conta que ultrapassa R$300 mil mensais com a Coelba, deve estar concluído em maio do ano 2002, segundo o gerente de manutenções do shopping, Antonio de Carvalho Filho. A central de co-geração de energia usa gás natural como matéria-prima e vai iluminar e climatizar as áreas comuns como mall, praças de alimentação e estacionamento. "Quando estiver pronta vamos utilizar a Coelba apenas para os períodos em que o shopping estiver fechado, o que representa 5% da demanda. Isso reduzirá muito nossa conta e vai liberar esta energia para ser utilizada por outros setores", afirma. Antes mesmo de dar início ao projeto, o shopping já havia substituido as lâmpadas quentes por lâmpadas frias, trocado aparelhos antigos e adquirido uma nova centrífuga de água gelada para ar condicionado. O Shopping Barra também partiu para a eficientização da energia. Seus corredores totalmente climatizados vão ganhar novos aparelhos de ar condicionado; além disso, o shopping optou pelo uso de lâmpadas econômicas de longa duração. O diretor Edison Rezende acredita em uma redução em torno de 8%, nos próximos 30 dias. (Correio da Bahia - 02.05.2001)

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4- Indústria mineira cresce em março de 2001

O faturamento da indústria mineira, medido pela Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas), cresceu 15,5% em março de 2001 em comparação ao mês anterior. Em relação ao primeiro trimestre do ano 2000, as vendas cresceram 8,3%, e o emprego industrial teve expansão de 1,31%. Os setores que mais cresceram foram mecânica, material elétrico, produtos alimentares, metalurgia e material de transporte. (Folha - 02.05.2001)

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internacional

1- Alemãs interessadas nos ativos da Endesa

A RWE e a Eon declararam interesse nos ativos de energia postos à venda pela Endesa. Entretanto, fontes do jornal Financial Times disseram que a participação na disputa não será feita a qualquer custo. A Eon estaria estudando com cuidado a proposta a ser feita por não estar disposta a gastar muito. A RWE, por sua vez, estaria se preparando para colocar os pés na Espanha com maior cautela depois de perder a disputa pela Hidrocantábrico. Enquanto isso, a EnBW não deve se apresentar ao leilão por estar participando, com a Ferroatlântica (que poderia não gostar de ver sua parceira em outra espanhola), no gerenciamento da Hidrocantábrico. Além disso, a empresa não possui fundos para mais um grande investimento por enquanto. Por outro lado, a Ferroatlântica recentemente afirmou interesse nos ativos da Endesa. (Financial Times - 30.04.2001)

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2- EDP registra queda nos lucros

A empresa portuguesa de energia EDP divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2001. Apesar do crescimento de 6,9% das vendas no mercado interno e do aumento de 1,2% das tarifas em Portugal, as contas internacionais puxaram para baixo os lucros da empresa. A queda foi de 31%, de US$ 151,54 mi no primeiro trimestre de 2000 para US$ 104,82 mi no mesmo período de 2001. O maior problema foram as perdas da brasileira Bandeirante, controlada pela EDP, de US$ 7,98 mi. A conversão de moedas fez o prejuízo aumentar para US$ 24,38 mi, enquanto outras taxas adicionaram um extra de US$ 16,4 mi aos custos da subsidiária. A EDP ainda foi afetada pela venda da operadora REN ao governo no meio de 2000, que adicionou um ganho extra os lucros de 2000, mas que acabaram por retirar as contribuições da REN do balanço do primeiro trimestre de 2001. O total de vendas aumentou 63%, chegando a US$ 1,19 bi. A cifra se deve à inclusão das vendas da Bandeirante pela primeira vez no balanço. (Dow Jones - 02.05.2001)

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3- Endesa Chile registra queda nos lucros

A geradora Endesa Chile, registrou lucros de US$ 7,7 mi no primeiro trimestre de 2001, 80% menos do que no mesmo período de 2000, quando conseguiu US$ 40,29 bi. A empresa atribui a queda à valorização do dólar, que trouxe impactos aos débitos da empresa. Ainda assim, a produção aumentou 2,8% e as vendas cresceram 2,4% no período. O resultado operacional cresceu 3,1% fechando o período em US$ 129,28 mi contra US$ 125,37 mi em 2000. Excluindo-se a venda da Transelec no ano passado, os resultados foram 18% maiores. Os resultados da Endesa Chile incluem todas as suas subsidiárias no Chile, A El Chocon Central Costanera e CBA, na Argentina, as colombianas Betania e Emgesa, a brasileira Cachoeira Dourada e a peruana Edegel. A Endesa Chile é controlada pela Enersis, que é controlada pela Endesa espanhola. (BNAmericas - 02.04.2001)

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4- PG&E divulga resultados

A PG&E Corp., maior elétrica da Califórnia, publicou, em 02.04.2001, suas perdas no primeiro trimestre de 2001, incluindo US$ 1,1 bi de débitos de custos de venda de energia que não foram recuperados. O prejuízo no período foi de US$ 951 mi, ou US$ 2,62 por ação. Antes dos débitos e de outros itens, os rendimentos operacionais foram de US$ 243 mi, contra US$ 284 mi nos três primeiros meses de 2000. (Reuters - 02.05.2001)

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5- Colombiana ISA estuda expansão para o Equador

A estatal colombiana de energia ISA estuda a possibilidade de participar do projeto que ligará a Colômbia com o Equador, através de uma linha de 220 kilovolts de Pasto a Quito. Desta forma, a empresa ampliará sua estratégia internacional iniciada com a entrada no Peru. Os alvos da ISA são os países andinos e outros da América Latina. O governo peruano assinou um contrato com a colombiana para a construção de duas linhas de transmissão, uma de 242 Km e outra de 131 Km, cuja finalização está prevista para daqui a dois anos e que devem cobrir áreas de difícil acesso na selva amazônica. (Enervia - 30.04.2001)

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6- Transalta compra 100% da MEGA

A elétrica canadense TransAlta comprará 50% da comercializadora norte-americana MEGA da geradora chilena Gener por US$ 2 mi. Assim terá o total do capital da empresa, pois já possui 50% desde o ano passado, quando adquiriu por US$ 12, 2 mi a participação da Gener.A transação ainda deve ser aprovada pelas autoridades. A MEGA vende eletricidade e gás natural. (BNAmericas - 02.05.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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