Nuca
             www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 632 - 30 de março de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
Imprimir


índice

 

regulação

1- Aneel intensifica fiscalização nas concessionárias

A Aneel anunciou que vai intensificar o trabalho de fiscalização nas concessionárias alvo de maiores reclamações, detectadas pela Central de Teleatendimento (CTA). Seis distribuidoras respondem por 60% das reclamações. Com base no trabalho da CTA, a Aneel concluiu que as distribuidoras de energia elétrica que atuam no mercado brasileiro precisam melhorar o atendimento ao consumidor. A central, no primeiro ano de atividade, atendeu a 657 mil ligações de todo o país. Vinte por cento das queixas estão relacionadas ao atendimento das empresas de energia elétrica, que inclui desde o contato telefônico até a solução de queixas. Em segundo lugar, com 19,3% dos casos, aparecem as reclamações por variação do consumo, em que o consumidor não acredita nos relógios medidores de luz. Em terceiro lugar, com 11,8%, figuram queixas por interrupção no fornecimento de energia, seguidas de reclamações por não atendimento ou que isso foi feito fora do prazo de pedidos de ligações e de desligamento (7,2%) e por queixas sobre valores cobrados incorretamente nas contas de luz (7%). (O Globo - 29.04.2001)

Índice


2- Maioria dos magistrados é contra privatizações

O Idesp (Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo), consultou 738 magistrados em 12 Estados e chegou a conclusão que a maioria dos juízes (60%) é contra privatizações na área de infra-estrutura. Dos pesquisados, 56% vêem "politização" das decisões sobre a privatização. Para 25% dos juízes, ela é "muito frequente"; para 31% deles, é "algo frequente". Segundo Armando Castelar Pinheiro, chefe do Departamento Econômico do BNDES e membro do Idesp, "essa visão política nas decisões judiciais pode traduzir uma tentativa de favorecer grupos sociais mais fracos, como trabalhadores e pequenos devedores". Em seminário promovido pelo Idesp, no dia 27.04.2001, em São Paulo, Castelar apresentou resultados de pesquisa que mostra a opinião dos juizes sobre as relações entre o Judiciário e a economia. (Folha - 30.04.2001)

Índice


3- Prefeituras brigam com concessionárias sobre uso do solo

A área econômica do Governo Federal prevê um acirramento dos conflitos legais entre as prefeituras e as empresas concessionárias de energia por conta da cobrança pelo uso do solo. A aprovação da lei de responsabilidade fiscal está impondo limites aos gastos das prefeituras. Como conseqüência, elas buscam ampliar as receitas e a cobrança pelo uso do solo é uma alternativa. A questão que preocupa o governo é que os custos sejam repassados para os consumidores, aumentando o impacto das tarifas sobre os índices inflacionários. (Folha - 30.04.2001)

Índice

 

risco e racionamento

1- RS poderá ter que adotar racionamento a partir de agosto

O Rio Grande do Sul, apesar de não figurar entre os estados que adotarão o racionamento de energia em um primeiro momento, pode ter de colocar em prática a medida entre agosto e setembro de 2001 devido ao início de operação da linha de transmissão Itaberá-Tijuco Preto, que vai transportar para o centro do País 600 MW gerados no Sul. O problema não é a quantidade de energia exportada para outras regiões, mas a maior utilização de água na fase de geração, que vai acelerar a redução dos níveis dos reservatórios de hidrelétricas. 'À medida que aumentar a produção para atender ao centro do Brasi, a necessidade de água vai se tornar maior', disse João Paulo Duarte de Oliveira, diretor de infra-estrutura da Câmara da Indústria e Comércio de Caxias do Sul e um dos representantes dos conselhos de consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Segundo Oliveira, o volume de água depositado nos reservatórios do Sul é suficiente para a quantidade de energia produzida atualmente. (Gazeta Mercantil - 30.04.2001)

Índice


2- Corte de energia causará prejuízo de R$ 200 mi ao RJ

O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, afirmou que um corte de 20% de energia estabelecido pelo governo causará prejuízos de R$ 200 mi aos cofres do Estado. A previsão foi feita com base na arrecadação anual do ICMS, de R$ 1,4 bi. "A redução da arrecadação vai gerar queda de repasse para os municípios, que têm feito enorme esforço para se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou Victer. O secretário disse que o governo federal saberá buscar medidas compensatórias aos Estados e municípios "que sofrerão com esta perda" e que energia e telecomunicações representam as principais fontes de arrecadação do Estado. "O recolhimento dos royalties é muito pequeno perto do ICMS da energia elétrica", afirmou. (Gazeta Mercantil - 27.04.2001)

Índice


3- Procon questionará multas do plano de racionamento

As entidades de defesa do consumidor estão divididas sobre a inconstitucionalidade ou não do plano de racionamento de energia elétrica que será adotado a partir do dia 1º de junho de 2001 nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) considera que a medida fere a Constituição Federal, porque aplica critérios diferentes na redução do consumo para os segmentos residencial, comercial, industrial e rural. A Fundação Procon de São Paulo avaliou que, em função de uma situação excepcional, o Governo federal teria argumentos para impor limites aos gastos de energia elétrica. Num ponto as duas instituições concordam: a multa de até 15 vezes o valor da tarifa para aqueles consumidores que gastarem mais energia pode levar ao aumento da inadimplência e tornará a medida abusiva. (Correio do Estado - 30.04.2001)

Índice


4- Falta de energia deve antecipar o horário de verão

O governo deve antecipar o horário de verão de outubro para setembro por causa da crise do setor elétrico. De acordo com Ricardo da Silva David, consultor da Ecoluz Consultores Associados, na região Sudeste, o ganho com a medida seria pouco. "Acho que não chegaria a um ganho de 2% do consumo de energia. Mas a situação é tão crítica que o governo está tentando preservar o máximo que puder mesmo sem ter cálculos de quanto pode manter no sistema com a medida, que nunca foi adotada até hoje." David diz que no Nordeste o ganho seria ainda menor porque em setembro no horário da manhã as pessoas acordarão ainda no escuro. Ou seja, o ganho obtido no fim da tarde seria perdido pelo gasto durante a manhã. (Jornal da tarde - 30.04.2001)

Índice

 

empresas

1- Furnas antecipa operações da linha Itaberá-Tijuco Preto

A estatal de energia Furnas Centrais Elétricas vai antecipar o início das operações da linha de transmissão Itaberá-Tijuco Preto, parte do chamado terceiro linhão de Itaipu, que reforça a interligação da região Sudeste com a usina binacional e com a região Sul do País. A energização da linha, inicialmente prevista para o fim de junho de 2001, será feita no dia 01.05.2001. A linha tem capacidade para transportar 600 MW e viabilizará a importação de 400 MW da Argentina, reduzindo o déficit de energia do País. A linha Itaberá-Tijuco Preto, terceiro trecho do linhão, custou à Furnas R$ 212 mi e foi inaugurada com cerca de um ano de atraso, devido a questionamentos do Ibama e do Ministério Público. Segundo nota divulgada por Furnas, a linha não trará mais energia de Itaipu, pois o sistema existente é suficiente para transportar toda a energia gerada pela usina. O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do RJ, Wagner Victer destacou, porém, a importância do linhão quando a energia gerada por usinas termelétricas começar a circular pelo sistema interligado brasileiro. 'A energia térmica é mais suscetível a variações de freqüência que a hidráulica e isso pode provocar quedas no sistema. O linhão é uma segurança a mais para substituir linhas que falhem', afirmou. (Gazeta Mercantil - 30.04.2001)

Índice


2- Assembléia vota mudança estrutural na Cemig

A Cemig deverá aprovar, no dia 30.01.2001, em AGE de acionistas, a reestruturação administrativa já anunciada pelo presidente da empresa, Djalma Bastos de Morais. Com a reformulação, as áreas de geração, transmissão e distribuição de energia passam a funcionar de modo independente na empresa. Além disso, o setor de finanças passa por alterações que têm como objetivo facilitar o controle econômico-financeiro da estatal. De acordo com o assessor de relações com investidores da estatal, Luiz Fernando Rolla, a estrutura administrativa de Cemig, que antes era composta por diretorias, divisões e departamentos, deixa de contar com as divisões. Já os departamentos serão transformados em gerências. Segundo Rolla, tais modificações têm o objetivo de tornar a empresa mais competitiva no novo cenário mercadológico. Ele, sustenta, contudo, que as mudanças não foram pensadas em função da exigência de desverticalização para o setor, feita pela Aneel. "De qualquer forma, mesmo sem a desverticalização, a Cemig seria obrigada a mudar", afirmou. A recente implementação de um PDV na companhia, segundo Rolla, que até o final de 2001 reduzirá para 11 mil o atual quadro de 11,5 mil funcionários da estatal, também fez parte da reestruturação, explicou o assessor de relações com investidores da estatal. (O Tempo - 30.04.2001)

Índice

 

financiamento

1- Sistema elétrico não paga por energia de Angra 2

A energia gerada pela usina nuclear de Angra 2 está entrando no sistema elétrico nacional gratuitamente. A usina soma ao sistema elétrico brasileiro 1.135 MW e desde que entrou em operação, no dia 14.07.2000, agregou cerca de 5 milhões de MW ao sistema, entretanto, desde então, a Eletronuclear, deixou de receber cerca de R$ 250 mi. O valor é estimado pelo diretor de administração e finanças da Eletronuclear, Geraldo Mota, tomando como base de cálculo uma tarifa média de R$ 60 o MW. "Nos últimos seis meses, com a geração de Angra 2 atingindo 1.135 MW, deixamos de arrecadar R$ 40 mi mensalmente. O que está entrando no sistema é computado como crédito a receber, só não sabemos de quem", diz Mota. O impasse só será resolvido quando a Aneel criar uma regulamentação específica para o setor de energia nuclear brasileiro. Atualmente, não é cobrada nenhuma tarifa para a energia gerada por Angra 2, pois a lei específica não foi regulamentada. (Jornal do Commercio - 30.04.2001)

Índice

 

financiamento

1- Cemig emitirá R$ 500 mi em debêntures

A Cemig vai emitir, na segunda semana de maio, R$ 500 mi em debêntures para financiar sua participação em obras de geração de energia em 2001 e 2002 nas usinas de Aimorés, Funil, Queimados, Pai Joaquim, Capim Branco 1 e 2 e Irapé, informou o gerente de captação de recursos da estatal, João Batista Pezzini. As debêntures serão emitidas em duas séries de R$ 250 mi, a primeira com vencimento de oito anos e repactuação em quatro anos e a segunda com prazo de 10 anos e repactuação em cinco anos. De acordo com Pezzini, os dois lotes serão indexados ao IGPM e terão como garantia a própria receita da empresa. A escolha para os parceiros na aquisição das debêntures será feita através de licitação, que vai selecionar de um a quatro bancos compradores. Depois de divulgado o resultado da concorrência, os bancos terão 30 dias para realizar a cotação das debêntures, disse Pezzini. Paralelamente à emissão desses títulos, a Cemig planeja a rolagem de US$ 280 mi da dívida da estatal até o final do ano 2001. Até agora, foram girados US$ 41 mi e em maio de 2001 a empresa vai ao mercado para rolar entre US$ 85 e US$ 90 mi, referentes ao segundo semestre, informou João Batista Pezzini. (O Tempo - 30.04.2001)

Índice


2- Fundos DI tiram recursos de outros investimentos

Os fundos DI são os únicos que estão captando uma quantia relevante de recursos no mês de abril. Até o dia 24.04.2001 eles já atraíram R$ 1,538 bi, segundo a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). Nos fundos de ações, a captação foi de apenas R$ 33 mi; dos derivativos saíram R$ 419 mi. Os números da Anbid mostram que os recursos captados pelos DIs estão vindo dos fundos de renda fixa, que perdem R$ 1,997 bi no mesmo período. A rentabilidade dos Dis bate os da renda fixa, mas por pouco: 0,90% em relação a 0,86%. (Gazeta Mercantil - 30.04.2001)

Índice


3- Caem os juros de empréstimos prefixados

Os juros de empréstimos prefixados para empresas caíram na última semana de abril. A base do custo de seis meses dos bancos, que balizam seus preços pelo mercado futuro de juros, caiu de 22,76% a.a para 20,20% a.a. Mesmo assim, o custo ainda está dois pontos percentuais mais alto do que no início de abril. A expectativa agora, com a possibilidade de um novo fôlego da Argentina que tenta rolar sua dívida, é de que os juros futuros não subam muito mais. Mesmo assim, analistas acreditam que o Copom elevará mais uma vez os juros básicos na próxima reunião, que acontece nos dias 22 e 23 de maio.(Gazeta Mercantil - 30.04.2001)

Índice


4- Custo do Dinheiro

Na última semana de abril a taxa usada em negócios com prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 1,84% e 3,18% mensais no día 27.04.2001. As pequenas e médias companhias fecharam negócios entre 1,93% e 3,86%. Em relação ao desconto de duplicata, nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 1,65% a 2,50% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi de 2,38% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram taxas entre 21,65% e 60,10% ao ano de capital de giro prefixado, enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 33,55% a 67,65%. Já a taxa do vendor e compror oscilou de 20,41% a 31,53% ao ano para grandes empresas e de 26,38% a 45,93% ao ano para pequenas e médias. A Conta Garantida, nas operações de 31 dias para grandes companhias, o intervalo ficou entre 1,70% e 3,50% ao mês. Pequenas e médias empresas conseguiram taxas de 2,44% a 5% ao mês. Em relação ao factoring, custo das operações de fomento mercantil, fechou a semana com a taxa média baixa em 3,85% e a alta em 3,98% ao mês. A taxa média para o cliente, resolução 63, ficou em 13,60% ao ano. Já as operações prefixadas com prazo de 24 meses tinham taxas médias de 2,18% para carros e de 2,49% ao mês para máquinas, equipamentos e informática. (Gazeta Mercantil - 30.04.2001)

Índice

 

gás e termoelétricas

1- ANP afirma que governo vai investir em co-geração a gás

O presidente da ANP, David Zylbersztain, confirmou que o governo vai estimular indústrias, pólos petroquímicos e grandes shopping centers a instalar sistemas de co-geração de energia, para obterem auto-suficiência e venderem a energia excedente às concessionárias, que repassariam aos consumidores. "Isso aliviaria em muito a demanda de energia no País, neste momento de crise", comentou, informando que esses sistemas compactos, que usariam turbinas de circuito fechado, de fabricação nacional, serão movidos a gás natural, como as dez usinas termoelétricas a serem instaladas até o final do ano em vários estados brasileiros. "A grande diferença dos sistemas co-geração é a economia, pois eles têm capacidade de geração energética a um custo 50% menor que o das termoelétricas", explicou. Zylbersztain não soube avaliar qual a capacidade de geração dessa alternativa energética, mas lembrou que somente as industrias de cana de açúcar do Estado de São Paulo têm um potencial de gerar excedentes em torno de 4 mil MW, apenas utilizando bagaço de cana como combustível. Segundo o presidente da ANP, o BNDES está criando linhas de financiamento para a instalação das usinas de turbina de circuito fechado, lembrando que a venda de energia é um excelente negócio a médio e longo prazo para as empresas. (Estado - 30.04.2001)

Índice


2- Comgás investirá R$ 140 mi em 2001

A Comgás investirá em 2001, cerca de R$ 140 mi, principalmente no aumento da sua rede de distribuição de gás, tanto na capital como no interior do Estado. A informação foi dada pelo diretor financeiro da empresa, Roberto Lage, ao explicar que "no momento há também o interesse na co-geração de energia por parte de estabelecimentos como hotéis, o que poderá trazer uma grande redução no consumo". Lage ressaltou que este tipo de co-geração de energia elétrica é hoje importante e um sistema rápido para se implantar. "Temos um exemplo disto no hotel Renaissance. Outros estabelecimentos estão interessados neste sistema", disse. Segundo o executivo, a Comgás não tem em seus planos a participação em construção de usinas térmicas. "Nós seremos apenas os fornecedores do gás natural. Esta é a nossa função. Estamos sendo procurados por empresários ou companhias interessadas em construir usinas térmicas", explicou. (Estado - 30.04.2001)

Índice


3- Minoritários devem encaminhar à CVM representação contra a Comgás

Os acionistas minoritários da Comgás devem encaminhar à CVM uma representação contra a criação de novas ações preferenciais classe B. Essa nova categoria de ações da Comgás deverá ser emitida com a incorporação do ágio de 119,23% pago pelos controladores da empresa no leilão de privatização da empresa em 1999. A deliberação para criação das ações PNB foi aprovada em AGE no dia 26.04.2001. Na mesma AGE, foi aprovado o preço de emissão das ações preferenciais classe B. O valor foi fixado em R$ 155,83, o lote com mil ações. Os acionistas minoritários declaram que houve abuso do poder do controlador em outros dois casos durante a AGE. Segundo relato de investidores, não foi incluída na ata manifestação de pequenos acionistas contrários a provação imediata da criação das novas ações preferenciais. A eleição de um representante da Shell do Brasil para o Conselho Fiscal também é ponto divergente entre controlador e minoritário. Para os minoritários, por pertencer ao grupo Shell, a subsidiária brasileira não pode figurar como minoritário. Para os controladores, a Shell do Brasil não integra o bloco de controle. (Valor - 30.04.2001)

Índice


4- BP também tem interesse em energia solar

O grupo British Petroleum tem muitos planos para a área de gás natural no Brasil. O grupo possui duas grandes unidades de negócios no País: a que está voltada para a exploração e produção de petróleo na Foz do Amazonas e a que se dedica a projetos de energia e uso do gás natural. Além de aproveitar o gás natural em usinas térmicas e grandes consumidores, a empresa espera abrir mercado no País para equipamentos fotovoltaicos, de energia solar. A energia solar pode ser opção para comunidades isoladas no Brasil. Porém, como geralmente essas comunidades ficam em áreas distantes e pobres, ela precisa ser inicialmente subsidiada. (O Globo - 30.04.2001)

Índice


grandes consumidores

1- Usiminas investe em geração de energia

Nos próximos dois anos a Usiminas , vai investir cerca de US$ 80 mi para aumentar de 16% para 50% a geração própria da energia elétrica que consome. Segundo o presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, 78% do consumo de energia da empresa vem do carvão mineral, já que se trata de uma usina integrada a coque. A energia elétrica responde por 14,3%, 'o que não é pouca coisa, pois se trata de 229 MW, dos quais apenas 40 MW são gerados pela própria usina', disse. Até 2004, a Usiminas estará consumido 243 MW, em função do aumento de produção previsto com a reforma de um de seus três altos-fornos. 'A modernização dos altos-fornos vai nos proporcionar maior geração de gases e é aí que está a oportunidade para aumentarmos a geração própria de energia', disse Soares. Esse aproveitamento se dá com a instalação de turbinas próximas aos fornos de onde emanam os gases, como parte do processo de produção de aço. Todo o Sistema Usiminas, consome 550 MW, o que equivale a 1,3% da energia gerada no País. (Gazeta Mercantil - 30.04.2001)

Índice


2- Cresce o mercado de automação industrial no RJ

Atraídas pela demanda do setor de petróleo e por investimentos como a construção do Pólo Gás-Químico e projetos da CSN e Petroflex, os fornecedores de bens e serviços de automação industrial, como Rockwell, ABB, GE Fanuc e Atos, vêm apontando o RJ como estratégico em seus projetos de expansão. Em especial, a produção de petróleo da Bacia de Campos vem acelerando o ritmo das contratações fluminenses. A Rockwell acaba de fornecer por US$ 6 mi sistemas de controle para a plataforma P-40, da Petrobras. A GE Fanuc anuncia que, das últimas 15 plataformas contratadas pela Petrobras, foi fornecedora para 13 delas. 'As encomendas do Rio têm crescido 30%. O Estado responde por 25% de nossa receita. Além da Petrobras, a Petroflex é um dos principais clientes', diz Antônio Carlos Silva, gerente Regional da GE Fanuc. (Gazeta Mercantil - RJ - 30.04.2001)

Índice

 

internacional

1- Endesa aprova lista de ativos a serem vendidos

O Conselho Administrativo da Endesa aprovou a lista de ativos a serem vendidos, mas ainda determinará as empresas candidatas a comprá-los. A venda inclui 2500 MW de potência e 500 mil clientes num holding de empresas onde estão uma de distribuição (provavelmente a Viesgo) e uma de geração, que inclui hidroelétricas, termoelétricas e nucleares. A empresa pensa arrecadar US$ 4,46 bi, que serão destinados aos investimentos para o período de 2001-2005, que devem chegar a US$ 18,2 bi. A mesma cifra das vendas deve ser investida na expansão européia da Endesa, principalmente nos mercados na Holanda, na Alemanha e na Bélgica. A elétrica enviará memorandum a 10 ou 12 empresas, em sua maioria européias, interessadas no negócio. Essas deverão assinar acordo de segredo e apresentar propostas. Posteriormente, selecionará três ou quatro candidatos, aos quais pedirá nova oferta e então será escolhido o vencedor. (El Mundo - 30.04.2001)

Índice


2- Tractebel revisa seus lucros em 2000

A Tractebel, empresa belga de energia e serviços, revisará o cálculo de seus lucros líquidos em 2000 de US$ 950 mi para US$ 940 mi. O novo valor se de à mudança na avaliação de valor das ações da subsidiária Elyot. Os lucros recorrente serão rebaixados de US$ 606 mi para US$ 595,3 mi. A Tractebel é controlada pela francesa SUEZ AS. (Dow Jones - 30.04.2001)

Índice


3- Electropacifico não comprará participação estatal na Colbun

O consórcio chileno Electropacifico, que controla a geradora Colbun, não irá comprar os 38,8% da geradora pertencentes ao governo através da companhia estatal de desenvolvimento Corfo, afirmou o presidente da Colbun, Yves Jourdain. Jourdain disse que o desinteresse se deve à lei chilena de ofertas, que obrigaria a Colbun a adquirir 100% das ações, o que não faz parte dos planos da empresa. Em 2000, houve uma proposta da geradora, mas o governo não aceitou. A Eletropacifico, controlada pela belga Tractebel e pelo grupo chileno Matte, possui 48% da Colbun. O presidente afirmou ainda que, tirando a expansão de 240 MW para 370 MW da termoelétrica de Nehuenco, a Colbun não possui planos de investimentos. (BNAmericas - 30.04.2001)

Índice


4- EDF compra 50,81% da Edenor

As espanholas Endesa e a Repsol YPF venderam sua participação conjunta de 50,81% na argentina Edenor à francesa EDF por US$ 627,6 mi. Agora a EDF controla 90% da Edenor, após adquirir os 40,18% da Endesa e os 9,62% da Repsol YPF. Em 2000, a Edenor apresentou lucros de US$ 90,75 mi e vendas de US$ 906 mi. A empresa está avaliada em US$ 1,66 bi. O negócio depende ainda de aprovação do governo argentino, apesar de em agosto de 2000 as autoridades terem ordenado à Endesa a venda de ativos da Edenor ou da Edesur. A decisão foi tomada depois de recomendações para garantir a transparência no mercado de distribuição de Buenos Aires. (AFXpress - 30.04.2001)

Índice


5- Enel está interessada em aquisições na Europa

A italiana Enel estaria interessada em fazer aquisições na Europa, afirmou Franco Tato, chefe executivo da empresa. Investimentos na Espanha serão considerados para os próximos meses. O executivo disse não acreditar em alianças, mas em boa administração. Na Europa Central a empresa teria interesse no desenvolvimento da comercialização de energia. Já no Reino Unido, a Enel deve anunciar nos próximos dias interesse na compra da Southern Water, controlada pela Scottish Power, por US$ 1,14 bi. A decisão de investir fora da Itália se deve à decisão da comissão anti-truste daquele país que ordenava à Enel cortar sua capacidade geração para abrir o mercado. (FT Energy - 27.04.2001)

Índice

 

internacional

1- Enersul convoca acionistas para Assembléia Extraordinária

A Empresa Energética de Mato Grosso do Sul convocou seus acionistas para Assembléia Extraordinária, dia 07.05.2001, às 15:00h, na sede social, na Av. Gury Marques s/n, em Campo Grande/MS, a fim de deliberar ordinariamente sobre: a) autorização para constituição de subsidiária integral, sob a denomiação de Enersul Geração S.A.; b) aprovação da minuta do Estatuto Social da Enersul Geração S.A.; c) Ratificação da nomeação da Alca Consultoria e Auditoria S/C para proceder à avaliação dos bens da Enersul, vinculados à geração de energia elétrica; d) aprovação do laudo de avaliação dos mencionados bens.

Índice


2- Inepar não confirma números sobre objetivos da empresa

A INEPAR, diante de notícias veiculadas nos últimos dias 25.04.2001 e 26.04.2001, decorrentes de manifestações de seus executivos sobre objetivos internos da Companhia, veio a público para externar as seguintes considerações: a) As operações comerciais da Inepar e, conseqüentemente, a relação de volume de carteira de pedidos e faturamento, comportam-se de maneira relativamente previsível, considerando-se os fundamentos da Economia Brasileira; b) Conforme expresso no Relatório da Administração referente às Demonstrações Contábeis de 31.12.2000, publicado em 25.04.2001, a perspectiva da administração é de que o reaquecimento da economia brasileira no segundo semestre de 2000 indicou um novo rumo para o setor produtivo, principalmente sobre os principais setores da infra-estrutura do País, do que dá testemunho o crescimento efetivo da carteira de pedidos, no ano de 2000, passando de R$ 390 mi em janeiro para R$ 1.025 bi em dezembro. Segundo estudos do próprio governo (Ministério do Planejamento, Eletrobrás, IBGE e BNDES), a necessidade de investimentos em infra-estrutura coloca a Inepar dentro de um cenário promissor nos mercados de geração, transmissão e distribuição de energia. Além disso, as declarações feitas nos dias 25 e 26 a jornalistas, por executivos da Companhia, constituem-se em meras previsões e metas internas, e foram baseadas nas expectativas da Administração. Essa expectativas não refletem, na verdade, metas sustentadas em projeções efetivas, mas, apenas, objetivos internos a serem perseguidos pela Administração. Por estas razões, a Inepar não confirma como oficiais os números relativos a carteira de pedidos, o faturamento e a expectativa de resultados para o exercício de 2001.

Índice

 

Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras