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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 630 - 26 de abril de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Aneel convoca setor e esvazia reunião do MAE

A Aneel convocou para o dia 26.04.2001, em Brasília, uma reunião com os presidentes de todas as 64 concessionárias do País e seus respectivos presidentes de Conselho de Administração. A tendência é de que o encontro, marcado às 10 horas, esvazie a Assembléia com Agentes do MAE, programada para as 13 horas, em São Paulo, quando as empresas pretendiam fechar posição a respeito da intervenção anunciada pela Aneel sobre o MAE. O próprio diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo, admitiu que a convocação da reunião, que exigirá a presença dos dirigentes das elétricas, sem direito a participação de representantes via procuração, foi enviada depois de anunciada a Assembléia dos Agentes do MAE. Mesmo assim, no início da noite de 25.04.2001, o MAE confirmou a realização de Assembléia Geral, porém, fontes do mercado afirmavam que o prejuízo do encontro era inevitável. Segundo Abdo, na reunião do dia 26.04.2001,serão discutidos os próximos passos no âmbito do MAE, tendo em vista que o Coex foi destituído. "Iremos desdobrar as três resoluções e também como será esse período de 90 dias, até que seja instalado o Comae", disse Abdo, referindo-se ao Conselho que substituirá o Coex. (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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2- Aneel revela recordes de reclamação

Aneel divulgou, no dia 25.04.2001, relatório sobre o desempenho das concessionárias de energia em relação ao atendimento ao público feito com base nos dados da Central de Teleatendimento da agência no período de um ano, entre 31.03.2000 e 31.03.2001, quando foram recebidas 657 mil ligações de todas as partes do País. A agência verificou que 60% das reclamações são referentes aos serviços prestados por apenas seis das 64 distribuidoras do país: Cemig, Escelsa, CEB, Coelba, Light e Cerj. De acordo com os números apresentados pelo superintendente de Mediação Administrativa Setorial da Aneel, Manoel Negrisoli, as principais reclamações dos usuários são de atendimento por parte das concessionárias (20,8%) e variação do consumo (19,3%). Em terceiro lugar, vêm as interrupções no fornecimento (11,8%), pedido de ligação e religação (7,2%) e discordância quanto aos valores cobrados nas faturas (7%). A Escelsa, que distribui energia a 872 mil consumidores no ES, foi a que recebeu maior número de reclamações proporcionalmente ao universo de consumidores que atende. Em segundo lugar vem a CEB. As duas empresas incluem-se na categoria de empresas que atendem entre 400 mil e 1 milhão de consumidores. Entre as 16 distribuidoras com mais de 1 milhão de consumidores, a Cerj, aparece com o pior desempenho. Em segundo lugar vem a Coelba e em terceiro a Light. Os dados ainda mostram que Putinga, pequena concessionária que fornece energia elétrica para 1.240 unidades consumidoras em município, no Rio Grande do Sul, foi a única contra a qual não houve nenhuma queixa de consumidores. (Gazeta Mercantil e Jornal do Commercio - RJ - 26.04.2001)

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3- Aneel discute com as distribuidoras metas de qualidade

Representantes das 64 distribuidoras de energia discutiram, no dia 25.04.2001, na sede da Aneel, formas de melhorar o atendimento aos consumidores. O resultado do relatório sobre o desempenho das concessionárias em relação ao atendimento ao público servirá de base para o planejamento de fiscalização que a agência fará, no ano 2001. A Agência está estudando a criação de uma resolução estabelecendo metas de qualidade para as concessionárias no atendimento aos consumidores, que serão implantadas ainda no ano 2001. Segundo o superintendente de Mediação da Aneel, Manoel Negrisoli, o não cumprimento das metas poderá resultar em multas para as concessionária. (Jornal do Commercio - RJ - 26.04.2001)

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4- Governo acha possível privatizar Furnas no 1º trimestre de 2002

A intenção de privatizar Furnas Centrais Elétricas até o primeiro trimestre de 2002 está mantida. A informação é do ministro Pedro Parente (Casa Civil). Ele disse, dia 25.04.2001, que o modelo já está pronto e definido, mas que ainda precisam ser equacionados problemas com o fundo de pensão da estatal, a cisão da empresa e a dívida com o MAE. Parente afirmou que "não vê retrocesso na decisão do governo em privatizar Furnas". Segundo ele, o governo está buscando "um modelo claro" para não afastar investimentos no setor. "Furnas sempre é delicado, mas não ao ponto de ter tolhido as discussões", disse sobre as resistências políticas que envolvem o processo. A necessidade de racionalização do consumo de energia e aumento da oferta e a possibilidade de racionamento não influenciaram na decisão do governo sobre a venda das ações da estatal. (Folha Online - 25.04.2001)

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5- Copom eleva previsão de reajuste de tarifas de energia para 15,8%

A ata da reunião do Copom de abril de 2001, divulgada pelo Banco Central, eleva de 12,8% para 15,8% a previsão de reajuste para as tarifas de energia elétrica no restante do ano, com aumento maior no terceiro trimestre. Também foram reestimados os reajustes de telefonia e transportes públicos. Para o conjunto de preços administrados - incluindo combustíveis, energia, transportes públicos e telefonia -, o reajuste médio esperado pelo Copom é de 8,9%, com contribuição direta de 2 pontos percentuais para a inflação no ano. O Copom havia inicialmente estimado o reajuste da energia elétrica em 15,8%, mas depois reviu para 12,8%, retornando agora ao nível inicial. Segundo o Comitê, o aumento maior deve se concentrar no terceiro trimestre. (JB Online - 26.04.2001)

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6- Aneel autoriza Enersul a virar produtora independente

A Aneel autorizou a Enersul (MS) a se estabelecer como produtora independente de energia. Na prática, a transformação ocorrerá com a entrada em funcionamento da termelétrica de Campo Grande, a ser construída pela Enersul na capital do estado do Mato Grosso do Sul. A empresa se comprometeu com a Aneel a iniciar as obras da usina de 237,15 MW até novembro de 2001. Em dezembro de 2003, a térmica deverá obrigatoriamente estar operando e a licença ambiental de operação precisa ser concedida seis meses antes. Os investimentos no projeto, anunciados pela Enersul, são de US$ 150 mi. De acordo com informações da Aneel, um dos turbogeradores da termelétrica de Campo Grande terá 154,70 MW e será movido pelo gás natural boliviano, trazido no GASBOL, e o outro de 82,45 MW funcionará no sistema a vapor. A potência total será em ciclo combinado. Atualmente, o sistema de geração própria da Enersul corresponde a apenas 44,5 MW, sendo 31,2 MW em termelétricas e o restante em cinco pequenas usina hidrelétricas instaladas em regiões diferentes do estado. (Gazeta Mercantil - MS - 26.04.2001)

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7- Eletrificação chegará a 60 mil propriedades rurais em PE

Mais 60 mil propriedades rurais deverão receber energia a partir de 2001 no estado de Pernambuco. Para isso, o Governo do Estado e a Celpe assinarão, dia 27.04.2001, um novo contrato e as primeiras ordens de serviço para que o serviço de eletrificação rural nesses locais sejam executados. De acordo com o edital de privatização da Celpe, os novos controladores têm que investir 2% de sua receita líquida anual, entre 2000 e 2008, em projetos de eletrificação rural. A partir de 2009, esse percentual será reduzido para 1%. A previsão é de que, ao final do atual Governo, mais de 100 mil propriedades serão eletrificadas. Com isso, a expectativa é de que, até dezembro de 2002, Pernambuco alcance um índice de quase 100% de cobertura. (Jornal do Commercio - PE - 26.04.2001)

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8- Plebiscito sobre venda da Chesf passa no Senado

O Senado aprovou, no dia 25.04.2001, projeto que dificulta a privatização do setor elétrico: o que prevê a realização de plebiscito nos estados servidos pela Chesf sobre a privatização da empresa. Agora o projeto seguirá para a Câmara. Segundo o projeto, o Tribunal Superior Eleitoral ficará encarregado de marcar a data do plebiscito. E até o resultado sair, a privatização da Chesf ficará proibida. Como o projeto é de decreto legislativo, não poderá ser vetado pelo presidente da República. O projeto, de autoria do senador José Eduardo Dutra, determina que os moradores dos Estados que são atendidos pela Chesf sejam consultados sobre a privatização da estatal. Segundo Dutra, o projeto contém os critérios para a consulta, inclusive travando o leilão até que o plebiscito seja concluído. "Agora, o Governo Federal somente vai vender a Chesf se a população autorizar", argumentou Dutra. Mesmo com o projeto tendo de passar pela Câmara dos Deputados, o senador acredita que a sua proposta vai vingar, já que há parlamentares da Região Nordeste, naquela Casa Legislativa, que irão defender a medida. (Gazeta Mercantil e Jornal do Commercio - PE - 26.04.2001)

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risco e racionamento

1- ONS diz que racionamento de energia é inevitável

O racionamento de energia é inevitável, falta apenas saber o tamanho da demanda que deverá ser reduzida, alertou o presidente do ONS, Mario Santos. "Os reservatórios estão muito abaixo da meta e a sociedade não está respondendo ao programa de racionalização. São Paulo ontem bateu o recorde de consumo de energia deste ano", informou Santos a jornalistas após palestra no 1o. Fórum Brasileiro de Energia Elétrica. Santos explica que a primeira medida a ser tomada pelo governo será estabelecer cotas, aumentando o valor da tarifa cobrada para os consumidores que superarem o volume de consumo estipulado. Se não houver resposta com esta medida, será adotado o corte no fornecimento, explica Santos. "Do jeito que vai teremos que adotar o sistema mais amargo, que são os cortes", afirmou. (Reuters - 25.04.2001)

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2- Rodízio poderá ser adotado se o sistema de cotas não for suficiente

Definido oficialmente que o plano de racionamento começa no dia 01.06.2001, o governo já começou a detalhar o programa de cortes de cargas, que virá caso a alternativa que estabelece cotas de consumo também não seja suficiente para inibir a crise. O modelo que se estuda é semelhante ao que foi recentemente adotado na Califórnia, nos Estados Unidos. Se o corte de fornecimento vier, será por rodízio de circuitos, o que significa dizer que ruas de um mesmo bairro ou região não ficarão no escuro ao mesmo tempo. Os desligamentos devem ocorrer em períodos de meia hora e em horários sigilosos e alternados por razões de segurança. Os horários serão os que menos interfiram na comodidade dos consumidores, disse o secretário de Energia do Ministério das Minas e Energia, Afonso Henriques dos Santos. De acordo com o ministro, essa alternativa é "dura, extrema e pouco provável". Toda a aposta do governo agora é que as medidas que estabelecem cotas de consumo a todos os consumidores sejam suficientes para resolver o problema. (Valor - 26.04.2001)

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3- ONS estima que racionamento irá até novembro de 2001

O diretor do ONS, Mário Santos, estima que o racionamento de energia elétrica no país deva se estender até o mês de novembro de 2001. Segundo ele, será necessário economizar 900 MW no Nordeste e mais 4.100 MW no Sudeste e Centro-oeste, se for necessária redução de consumo de 15%. "O racionamento deve ir até novembro, porque em dezembro começa o período de chuvas" disse Santos, em seminário sobre o setor, promovido pela Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base. (O Globo - 25.04.2001)

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4- Ministro diz que racionamento pode preservar indústrias

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alcides Tápias, disse, no dia 25.04.2001, que o governo tem interesse em preservar as indústrias, caso haja racionamento de energia, para não prejudicar o crescimento da economia, o aumento da produção e a geração de empregos. "Não acredito que as empresas possam ter algum problema, mas entendo que elas se preocupem com os projetos de longo prazo", disse o ministro ao comentar uma nota distribuída pela Volkswagen à imprensa no dia 25.04.2001. Segundo a nota,"Cabe ao governo prover a infra-estrutura necessária para o bom funcionamento da indústria". Além disso, o texto afirma que a empresa não pretende mudar os planos no Brasil, que incluem investimentos de cerca de R$ 3,5 bi até 2004. (Diário do Nordeste - 26.04.2001)

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5- Governo discutirá impacto do racionamento com distribuidoras

A Aneel chamou as concessionárias de distribuição a uma reunião, em Brasília, no dia 03.05.2001, para discutir as iniciativas a serem tomadas pelas empresas, em relação aos consumidores, nas semanas que antecederão o racionamento. A Aneel e o Ministério de Minas e Energia estam sendo bombardeados por uma série de questões levantadas pelas distribuidoras, que temem algumas conseqüências óbvias do racionamento, como a redução das receitas, o aumento da inadimplência e o crescimento das fraudes. Os sinais que já chegam ao governo, por parte das empresas, são considerados preocupantes, principalmente quanto ao rombo que cada uma poderá apresentar no balanço deste ano no item faturamento, isto sem contar as conseqüências diretas disso, como eventuais depreciações nos valores dos papéis que circulam pelo mercado financeiro. 'Os investidores estrangeiros têm aplicado uma grande quantidade de dinheiro na distribuição, no Brasil. Como justificar o resultado de suas ações, após o racionamento, perante os controladores?', indagou um especialista, que pediu para não ser identificado. Outra reclamação das concessionárias é que investiram bastante, nos últimos anos, na formação de uma boa imagem junto aos seus respectivos públicos consumidores. Com as restrições ao uso da energia elétrica, temem que essa imagem possa ficar arranhada pelo desgaste que naturalmente surgirá durante o período do racionamento. (Gazeta Mercantil - 26.02.2001)

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6- São Paulo bate recorde de consumo

O Estado de São Paulo bateu, no dia 24.04.2001, o recorde de consumo de energia elétrica de sua história, apesar da campanha lançada pelo governo federal em razão da crise de abastecimento existente no País. Segundo o secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, o consumo atingiu 18.532 MW às 18h30. Para Arce, o consumo deve ter sido ampliado pelo fato de, no dia 24.04.2001, o Estado ter registrado um dia de temperaturas elevadas, característica dos chamados "veranicos" durante o outono. Porém, o secretário não considera que o recorde seja um indicativo de fracasso da campanha governamental. "Ontem foi um dia atípico", afirmou. (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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7- Cepisa quer evitar racionamento no PI

A Cepisa decidiu, no dia, 26.06.2001, investir R$ 500 mil na compra de lâmpadas fluorescentes para trocar, a partir de maio de 2001, as lâmpadas incandescentes de consumidores de baixa renda, segundo informou o diretor de Engenharia da empresa, Luiz Pires. Os piauienses que terão suas lâmpadas incandescentes trocadas por fluorescentes serão os de consumo até 150 KWh. A primeira licitação a ser feita na primeira semana de maio de 2001, prevê a compra inicial de 6 mil lâmpadas. De acordo com Pires, os recursos para a troca das lâmpadas dos consumidores piauienses representam 0,5% das verbas do Programa de Eficiência Energética. A Cepisa possui 600 mil consumidores. O consumo de energia no Piauí é de 230 MW médios, sendo que 50% do consumo está concentrado em Teresina. (Jornal Meio Norte - PI - 26.04.2001)

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empresas

1- Empresariado apóia modelo misto para os novos projetos

Os empresários que participam do I Fórum de Energia, que se encerra, dia 26.04.2001, em São Paulo, são favoráveis ao capital misto na implementação de projetos de energia, como a construção de hidrelétricas. Segundo dados preliminares de uma pesquisa realizada pelos organizadores do evento, cerca de 70% dos entrevistados prefere investir em parceria com o Estado. "A maioria quase esmagadora é a favor da parceria com o governo; e os investidores preferem que essa participação do Estado seja minoritária", disse o presidente da Associação Brasileira de Indústrias de Base e Infra-Estrutura (Abdib), José Augusto Marques. Para ele, um dos fatores que mais impulsionam a essa preferência do investidor é o amplo leque de informações que o governo tem do setor. "Além disso, os projetos de energia contemplam muito fatores e são grandes, portanto a ajudado Estado, mesmo que minoritária, ajudaria e muito na conclusão de futuros projetos", afirmou Marques. Para o presidente da Abdib, o número também mostra que os investidores perceberam que a Eletrobrás é um player a mais no mercado e que tem um papel a jogar nele. (Valor - 26.04.2001)

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2- Hidrelétrica Belo Monte (PA) ficará pronta em 2007

A hidrelétrica Belo Monte, no Pará, ficará pronta para iniciar suas operações em 2007. A Eletrobrás finaliza o estudo de viabilidade econômica da usina em junho de 2001 e prepara-se para discutir a modelagem do consórcio que vai investir US$ 3 bi no projeto, que contará com a participação da iniciativa privada. Belo Monte será uma das maiores usinas do País, com capacidade para gerar 11 mil MW, apenas 1,6 mil MW a menos que Itaipu. A subsidiária Eletronorte contruirá Belo Monte , em parceria com companhias privadas. A fatia da estatal poderá ser vendida depois do início das operações, seguindo a estratégia que a Eletrobrás pretende utilizar em seus investimentos de agora em diante. Localizado no Rio Xingu, o empreendimento teria um reservatório de 400 km quadrados e obrigaria cerca de 8 mil pessoas a abandonar suas casas. Mudanças no projeto, porém, reduziram o tamanho do reservatório. O novo projeto da Belo Monte foi apresentado no dia 26.06.2001. (Gazeta Mercantil - 26.06.2001)

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3- Desvalorização afeta resultado de empresas da EDP no Brasil

A desvalorização do real no início de 2001 vai reduzir o resultado das empresas controladas pela EDP no país, devido ao alto grau de endividamento em dólar, disse o presidente da companhia no dia 24.04.2001. "Os resultados do primeiro trimestre foram fortemente afetados pela desvalorização, e se houver continuidade dessa 'bolha' será preocupante", disse a jornalistas o presidente da EDP Brasil, Eduardo Benini, após debate no I Fórum de Energia Elétrica, que está sendo realizado em São Paulo. "Ao todo as empresas possuem um endividamento de US$ 4 bi", informa Benini. O executivo disse que a EDP ainda não decidiu se participará do leilão de privatização da Cesp, previsto para o dia 16.04.2001, mas não atribui a indecisão aos problemas momentâneos do Brasil, como a desvalorização cambial ou a instabilidade política. (Reuters - 24.04.2001)

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4- Coelba registra lucro de R$ 150 mi em 2000

A Coelba, controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, registrou um lucro líquido de R$ 150 mi, em 2000. De acordo com o diretor-presidente, José Ignacio Estarta, o resultado foi possível graças ao plano de contenção de despesas implantado pela empresa, cotação estável do dólar, no ano 2000, aumento do número de clientes e reajuste da tarifa de fornecimento em 11,09%. A receita operacional bruta também apresentou crescimento, de 22,2% no mesmo período, totalizando R$ 1.558 mi. No ano 2000, a Coelba contabilizou mais de 2,89 milhões de clientes, 7,7% a mais que o registrado em 1999. No mesmo período, a empresa aumentou o fornecimento de energia em 8,9% , cerca de 9.929 GWh. A empresa reduziu de 14,6% para 13,5% o volume de perdas e prevê fechar 2001 com uma taxa de 13%. (A Tarde - BA - 26.04.2001)

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5- Investimento da Coelba na Bahia cresce 54,8%

A Coelba deve investir R$ 370 mi até o final do ano para manutenção, distribuição e expansão do sistema elétrico na Bahia. O anúncio foi feito no dia 25.04.2001 pelo diretor-presidente, José Ignacio Estarta. De acordo com o executivo, R$ 60 mi serão destinados a projetos especiais, como a linha de transmissão Poções/Brumado, que prevê melhoria de abastecimento na região de Vitória da Conquista. O investimento previsto para este ano é 54,8% superior ao que a Coelba destinou em 2000. (A Tarde - BA - 26.04.2001)

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6- Inepar venderá participação em hidrelétricas

O grupo Inepar, que revelou prejuízo de R$ 218,5 mi no balanço do ano 2000, está redesenhando suas operações no setor de energia e deve vender participações de parte das usinas hidrelétricas em que é acionista. A venda de ativos do grupo, inicialmente focada nas participações junto às distribuidoras Cemat e Celpa, deve incluir agora algumas usinas hidrelétricas em que é acionista. A Inepar possui participação nas usinas de Itiquira (MT), 49,9%, orçada em R$ 190 mi; Dona Francisca (RS), 30%, com inversões de R$ 192 mi; Machadinho (SC), 3,48%, de R$ 779 mi; Ponte de Pedra (MT), 15%, orçada em R$ 238 mi. Nas UHs catarinenses de Campos Novos (SC) e Cubatão, detém 10% e 40%, respectivamente, tendo cada uma investimentos de R$ 575 mi e R$ 73 mil. (Gazeta Mercantil - 26.06.2001)

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financiamento

1- Aneel afirma que intervenção foi legítima e que será rígida com Furnas

O diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo, avisou que a realização de reuniões nos moldes da que ocorre no dia 26.04.2001, com os presidentes de todas as 64 concessionárias do País, será uma prática habitual no setor no período dos próximos três meses. Abdo afirmou ainda que a intervenção no MAE segue o Acordo de Mercado e prova que o regulador não é omisso frente a distorções do setor, como a demora na fixação de penalidades e morosidade do MAE. "A Aneel não fez uma estatização e sim uma profissionalização do MAE", afirmou. Questionado sobre a penalidade que a Aneel irá interpor a Furnas, por conta da dívida de aproximadamente R$ 580 mi, o diretor-geral da Aneel afirmou que a agência será "igualmente rígida" com a estatal. Abdo informou que a questão da dívida de Furnas com o mercado, referente à energia não entregue da usina de Angra 2, estará resolvida dentro de um mês. (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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2- Furnas e Eletronuclear negociam dívida com o MAE

O presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, informou que a holding saiu da briga e que as negociações da dívida de Furnas com o mercado estão sendo feitas pelas subsidiárias Furnas e Eletronuclear. Ávila voltou a falar em recurso judicial para evitar que o mercado ganhe outra disputa contra a estatal, referente à energia excedente da usina de Itaipu. As distribuidoras que, ainda estatais, investiram para financiar a conclusão da usina querem que a Eletrobrás pague um montante que pode ultrapassar os R$ 3 bi por não ter repassado cerca de 15 milhões de MWh gerados a mais por Itaipu. Esse volume representa a quantidade de energia gerada a mais por Itaipu devido a investimentos em ampliação da capacidade da usina. As empresas alegam que tinham direito a cotas-parte da energia gerada por Itaipu como ressarcimento dos investimentos do passado e têm um parecer do escritório Demarest & Almeida que fundamenta o pleito. Como a usina está gerando mais, elas têm direito também ao excedente. A estatal considera o pedido das empresas uma apropriação indébita e não admite a dívida. (Gazeta Mercantil - 26.04.2001)

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financiamento

1- BNDES pode financiar equipamentos para reduzir consumo

O ministro Alcides Tápias (Desenvolvimento) disse, dia 25.04.2001, que o BNDES poderá abrir linhas de crédito para a compra de equipamentos industriais que racionalizem o consumo de energia. Tápias também disse que a falta de energia não implicará obrigatoriamente em uma queda na produção industrial. "O cenário não é o que queríamos, mas não é porque vai faltar energia que a produção cairá.'' O ministro disse que tem conversado com as federações das indústrias para que sejam encontradas soluções de racionalização. Preocupado com a repercussão das declarações feitas, dia 24.04.2001, pelo presidente da Volkswagen, Herbert Demel, de que a empresa iria rever seus investimentos no país devido à crise energética, Tápias pediu explicações à empresa. Em resposta ao mal-estar criado junto ao governo, a empresa divulgou nota reafirmando seus planos para o Brasil e destacou que a declaração tratava de uma situação hipotética. (Folha Online - 25.04.2001)

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2- Dólar bate novo recorde: R$ 2,289

A expectativa sobre o rumo da economia Argentina voltou a ditar o ritmo dos negócios no mercado financeiro. A resistência de Pedro Pou em ficar na presidência do banco central argentino deixou o mercado ressabiado e os investidores decidiram proteger-se com dólares. As ordens de compra levaram a cotação do dólar ao preço máximo de R$ 2,309 durante o pregão. No encerramento dos negócios, a taxa valia R$ 2,289 (ganho de 1,06%), a cotação mais alta registrada desde o início do Plano Real, em julho de 1994. Até então, a maior taxa havia sido registrada no dia 24.04.2001 (R$ 2,265). As projeções para as taxas de juros subiram e a expectativa para um ano saltou para 23,50%. Entre os contratos de juros mais negociados na BM&F, o de maio - que será encerrado na primeira semana de maio de 2001 - passou de 16,94% para 17,08%, taxa 0,83 ponto percentual superior aos juros básicos da economia. O contrato de julho passou de 21,07% para 21,43% ao ano. A taxa de outubro saiu de 22,28% para 22,78%. O contrato a termo de DI, de um ano subiu de 22,75% para 23,50%.(Gazeta Mercantil - 26.04.2001)

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3- Fundos exclusivos captam R$ 1,4 bi em 2001

Os fundos exclusivos cresceram 65,8% desde abril de 2000, e captaram R$ 1,37 bi em 2001, até o dia 23.04.2001, segundo a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). Agora que o crescimento da demanda por esse tipo de carteira ganhou um novo impulso com a aprovação da Resolução 2.829, que regulamenta as aplicações dos fundos de pensão - os maiores clientes dos exclusivos - a disputa de gestores de recursos pela administração de fundos exclusivos promete esquentar ainda mais. Embora a administração desses fundos não seja muito rentável, devido às baixas taxas cobradas, eles são um nicho importante para administradores pequenos, independentes e/ou sem rede de agências, pois garantem escala para diluir custos fixos, e degraus a mais no ranking. (Gazeta Mercantil - 26.04.2001)

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4- Itaú emite US$ 100 mi

O banco Itaú finalizou, dia 25.04.2001, a emissão de US$ 100 mi em eurobônus com prazo de 18 meses, a operação foi liderada pelo WestLB. Os investidores de private banking foram os principais compradores dos papéis que vão pagar juros nominais (cupom) de 6,75% a.a, oferecendo um rendimento ao investidor de 6,78% a.a. Se não impediu a captação, a instabilidade do mercado externo elevou os juros pagos pelo banco. Em março, o Itaú lançou US$ 125 mi com prazo de 18 meses e pagou juros de 6,625% a.a e retorno de 6,70%. O diretor da área internacional do Itaú, Paulo Soares, informou que a operação foi satisfatória, pois os juros saíram em linha com as taxas pagas pelo banco em operações anteriores. O executivo afirmou que a taxa ficou abaixo da curva do rendimento oferecido pelo bônus global do Brasil 02, que, dia 25.04.2001, estava em torno de 7,13% a.a. Incluindo a captação concluída no dia 25 de abril pelo Itaú, o setor financeiro brasileiro levantou US$ 720 mi por meio de lançamento de eurobônus desde o início de março. (Gazeta Mercantil - 26.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- Termobahia pretende garantir suprimento

A principal alternativa baiana para garantir o suprimento de energia elétrica ao setor industrial nos próximos anos virá de uma parceria entre a Petrobras e a multinacional suíça ABB Equity Ventures. As duas estão investindo R$ 460 mi na construção da Termobahia, uma termelétrica movida a gás natural, com capacidade para gerar 350 toneladas por hora de vapor e 190 MW de eletricidade. A unidade, primeira desse porte no país, entrará em funcionamento em 2002, no município de São Francisco do Conde, a 50 km de Salvador. Construída em terreno de 48 mil metros quadrados, ao lado da Refinaria Landulfo Alves, a Termobahia será responsável pela geração de 50% do vapor e da eletricidade utilizados pela unidade no processamento do petróleo. Numa segunda fase, as parceiras planejam investir mais R$ 400 mi, dobrando a capacidade de geração, para fornecer energia no atacado a outros segmentos. (Valor - 26.04.2001)

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grandes consumidores

1- Volkswagen afirma que não muda planos no Brasil

Segundo nota divulgada no dia 25.04.2001, a VW disse que até 2004 serão investidos cerca de R$ 3,5 bi na ampliação e modernização de suas fábricas instaladas em SP, RJ e PN. E em 2002 iniciará a produção do novo modelo mundial, derivado do projeto PQ24, que será montado na unidade de São Bernardo do Campo. A montadora decidiu se pronunciar oficialmente em função das declarações feitas, no dia 24.04.2001, pelo seu presidente, Herbert Demel, que disse que se o quadro de dificuldades no setor de geração de energia se arrastar por longo prazo, restaria ao grupo a alternativa de transferir temporária ou definitivamente a produção de algumas das linhas da subsidiária para outro país. Na nota divulgada, a empresa informou que tem absoluta consciência sobre a importância de buscar alternativas para a redução do consumo de energia elétrica, não somente para contribuir com o País, mas para garantir maior produtividade em seus processos industriais. Segundo a empresa, cabe ao governo, dentro de sua esfera natural de atuação, prover a infra-estrutura necessária para o bom funcionamento das indústrias. A montadora informou que não tem contabilizado o quanto as suas unidades consomem de energia e que está sendo elaborado um projeto para redução não só de energia, mas de custos gerais. (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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2- Abdib afirma que energia deve subir 33% em dois anos

O racionamento de energia elétrica não vai só comprometer a produção da indústria, mas também elevar os seus custos. Já há uma estimativa: em dois anos, o preço real da energia deve subir cerca de 33% por conta do racionamento e pelo fato de o preço do gás, usado pelas termelétricas, estar atrelado ao dólar. A expectativa de que a energia vai ficar mais cara foi revelada numa pesquisa feita com 400 empresários e técnicos durante o 1º Fórum Brasileiro de Energia Elétrica, organizado pela Abdib (Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base). Foram ouvidos 400 executivos e técnicos nos dois dias do evento, que termina dia 26.04.2001 em São Paulo. Cerca de 90% deles prevêem aumento real de 33%, em média, nos preços da energia em dois anos. (Folha Online - 25.04.2001)

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internacional

1- Califórnia imporá limites aos preços de energia

Respondendo às pressões políticas, os reguladores federais ordenaram a imposição de limites de preços durante as emergências energéticas na Califórnia para evitar grandes altas no verão do hemisfério norte. Fortes crises de energia são esperadas no período para o estado. Os preços serão regulados sempre que as reservas de energia ficarem abaixo de 7%, apontando estágio de alerta 1. A Califórnia possui três estágios de alerta, sendo o primeiro alertando sobre possíveis problemas de abastecimento e o terceiro e mais grave sinalizando necessidade de racionamento e preparação para blecautes. O estado terá 3.000 MW a menos nesse verão norte-americano, mesmo que as temperaturas fiquem na média, o que fez as autoridades admitirem a possibilidade de problemas de abastecimento. Durante o inverno, os preços foram 10 ou mais vezes maiores do que o normal, chegando a US$ 200 MW/h. As previsões para o verão são de que os preços cheguem a US$ 400 por MW/h. (Eletricity - 25.04.2001)

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2- Cepsa Gas anuncia projeto de fusão com a TotalFinaElf Gas & Power

A espanhola Cepsa Gas Comercializadora notificou seu projeto de fusão com a TotalFinaElf Gas & Power da Espanha à Comissão Européia. Esta analisará a operação do ponto de vista da concorrência, para saber se pode afetar o mercado, afirmaram, em 25.04.2001, os executivos do órgão europeu. A Cepsa Gas Comercializadora é atualmente propriedade da petroleira, que por sua vez é controlada pela TotalFina Elf e Banco Santander. A princípio, a Comissão considera que a concentração poderia entrar no campo da aplicação do regulamento. Porém, a decisão final só será conhecida depois de um detalhado estudo sobre o impacto da operação na concorrência européia. O Executivo Comunitário deu prazo de 10 dias para a apresentação de alegações por afetados. (Enervia - 25.04.2001)

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3- Endesa prevê aumentar lucros em 10%

O plano estratégico para os próximos cinco anos da Endesa engloba venda de ativos na Espanha, que devem gerar US$ 4,48 bi e investimentos de US$ 18,28 bi. Com isso se espera que os lucros líquidos da empresa cresçam numa média anual de 10% no período. As linhas estratégicas do plano incluem o aumento da rentabilidade por intermédio de redução de custos, tanto na Espanha como na América Latina e a gestão ativa da carteira de negócios, incluindo desinvestimentos. Os fundos financiadores virão de vendas de ativos e de fluxos de caixa geridos pela empresa. Estima-se que o endividamento crescerá e diminuirá a classificação de risco da empresa. A direção da Endesa aprovou proposta de aplicação dos resultados, a ser avaliada pela reunião de acionistas no dia 28.04.2001. O projeto reserva US$ 616 mi para abatimento de dívidas; US$ 323,2 mi restarão e US$ 20,4 mi serão destinados a reserva voluntária. (Enervia - 16.04.2001)

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4- Southern Eletric divulga resultados

A Southern Eletric divulgou seus resultados do primeiro trimestre. A empresa, que atende 3,8 milhões de consumidores, afirmou que os lucros operacionais foram de US$ 320 mi, ou US$ 0,47 por ação, comparados aos US$ 237 mi no mesmo período de 2000. Wall Street esperava lucros entre US$ 0,21 e US$ 0,43, num consenso de US$ 0,25. Os faturamentos excluem os encargos da compra da Mirant, antes conhecida como Southern Energy, em um negócio de US$ 1,8 bi. Tirando as contribuições da Mirant, a Southern lucrou US$ 180 mi, ou US$ 0,26 por ação. Em 2000, os lucros foram de US$ 151 mi ou US$ 0,23 por ação. (Reuters - 26.04.2001)

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5- TXU divulga resultados do primeiro trimestre

A Texas Utility divulgou, em 26.04.2001, os resultados do primeiro trimestre de 2001. O faturamento no período foi de US$ 8,735 bi contra US$ 4,776 bi em 2000. Os lucros líquidos, incluindo os encargos da reestruturação européia de US$ 17 mi, foram de US$ 196 mi contra US$ 193 mi no mesmo período do ano anterior. Com esses resultados, a empresa afirma estar bem posicionada para atingir a expectativa de lucros entre 7 e 9% durante o ano de 2001. A pesquisa da Thomson Financial/First Call com 18 analistas de mercado prevê que os lucros por ação da TXU no ano devem ficar em US$ 3,68 por ação. (Dow Jones - 26.04.2001)

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6- Produção de energia na Venezuela aumenta

A Venezuela aumentou em 6,2% sua produção de energia no primeiro trimestre de 2001, chegando a 20.633GWh contra 19,431GWh no mesmo período de 2000. A demanda máxima atingiu 11,801MW neste ano contra 11,031MW no passado. Nos últimos 12 meses (de Abril de 2000 a Março de 2001), a produção cresceu 5,6%, para 83,758GWh de 79,284GWh em Abril de 1999 a Março de 2000. (BNAmericas - 26.04.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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