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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 629 - 25 de abril de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Governo acha que ágio na venda da CESP pode chegar a 50%

O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, acredita que a privatização da Cesp Paraná pode render ao governo um ágio de 50%, caso pelo menos três grupos disputem o leilão. A concorrência está marcada para 16.05.2001, com preço mínimo de R$ 1,739 bi por 38,67% do capital social. Segundo o governo, há nove companhias interessadas. Integram a relação as norte-americanas AES, Duke Energy, NRG e Southern Electric, a espanhola Endesa, a portuguesa EDP, a francesa EDF, a belga Tractebel e a brasileira VBC. Analistas de mercado e até representantes dos grupos interessados não são tão otimistas. Eles prevêem que o Executivo paulista enfrentará resistências à venda, por conta do preço mínimo, considerado elevado, e do alto endividamento em dólar da estatal. Questionado sobre a dívida vinculada à Paulipetro, que será herdada pelo futuro controlador, Arce disse apenas que o passivo está na Justiça e dificilmente terá de ser pago pelo proprietário da Cesp. (Gazeta Mercantil - 24.04.2001)

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risco e racionamento

1- ABDIB diz que racionamento comprometerá produção industrial

O presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura em Indústrias de Base (ABDIB), José Augusto Marques, afirmou, no dia 24.04.2001, que, mesmo que o governo federal opte por um modelo brando de racionamento, haverá comprometimento na produção industrial. Segundo ele, qualquer imposição de cotas de consumo pressupõe remanejamento da produção, acarretando em perdas. "Por enquanto, avaliamos que esse prejuízo será leve", disse. A indústria ainda convive, no entanto, com elevados volumes de encomendas. Apesar da redução das expectativas para o PIB deste ano, o uso da capacidade instalada nas indústrias associadas à ABDIB é, em média, de 78%. "Esse é o maior patamar nos últimos anos", disse, em entrevista no I Fórum Brasileiro de Energia Elétrica. (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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2- Volkswagen sai do país se energia faltar

Herbert Demel, presidente da Volkswagen do Brasil, disse, no dia 24.04.2001, que, se o quadro de dificuldades no setor de geração de energia no Brasil se arrastar a longo prazo, restaria ao grupo Volkswagen apenas a opção de decidir transferir, temporária ou definitivamente, a produção de alguma das linhas da subsidiária brasileira para outro país. 'Não se trata de uma ameaça, apenas de uma postura racional', afirmou, acrescentando que o fornecimento ou a escassez de energia elétrica são 'um problema do País'. Nesse sentido, o executivo descartou todas as hipóteses de movimento da montadora de automóveis para construir hidrelétricas ou mesmo participar de consórcios com objetivo de autogeração de energia. (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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3- Nova Iguaçu reduz em R$ 1 mi gastos com energia

O município de Nova Iguaçu (RJ) já comemora os resultados do projeto implantado com financiamento do Programa Reluz. Em pouco mais de um ano foram economizados cerca de R$ 1 mi com a troca de 32 mil lâmpadas das ruas. Por causa desse desempenho, o município sedia o Seminário de Inovações em Iluminação Pública, aberto no dia 24.04.2001 e que termina dia 26.04.2001, reunindo cerca de 300 participantes incluindo prefeitos e funcionários de companhias energéticas. De acordo com o superintendente de Energia e Iluminação de Nova Iguaçu, Geraldo Guedes, com investimentos de R$ 4,5 mi, sendo 50% financiados pela Eletrobrás e o restante com recursos próprios da Prefeitura, é possível economizar cerca de 30% de energia consumida com iluminação pública. A meta, para os próximos dois anos, segundo Guedes, é de substituir mais 15 mil lâmpadas ineficientes das ruas da cidade por outras de vapor de sódio. Para isso, serão necessários investimentos entre R$ 10 mi e R$ 12 mi. (Jornal do Commercio - 25.04.2001)

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4- Prefeitura de São Paulo quer reduzir consumo

A prefeitura de São Paulo desenvolve dois projetos para a redução de energia elétrica na capital. De acordo com o diretor Célio Fujiwara, do departamento administrativo e financeiro da Secretaria Municipal da Fazenda, um deles prevê o uso racional dos equipamentos nos prédios e na iluminação pública. O outro, em parceria com a Secretaria da Educação, pretende trocar a iluminação de todas as salas de aula das escolas municipais por lâmpadas que consomem menos energia. Além disso, os funcionários públicos estão sendo orientados a mudar o comportamento em relação ao consumo. A intenção da prefeitura é economizar até 20% do total de energia elétrica consumida atualmente na administração municipal. (O Globo - 24.04.2001)

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5- Pesquisa indica que população considera racionamento inevitável

Por mais que o governo se esforce para afastar o fantasma do racionamento da energia, a população já considera a medida inevitável. A conclusão é de uma de pesquisa feita pelo Instituto Sensus para a Confederação Nacional dos Transportes. Para 62% dos entrevistados, o racionamento terá que ser feito. Só um terço das pessoas consultadas acham que medidas voluntárias podem ser suficiente para reduzir o consumo e permitir que o país supere a crise de abastecimento. O Sensus concluiu que para 55% das pessoas ouvidas, o perigo da racionamento é "verdadeiro". Outros 37% acham que há exagero. Talvez por causa disto, 72% disseram que já estão economizando energia e 19,5% planejam fazê-lo. Entretanto, 7% afirmam que não vão reduzir o consumo. O Instituto ouviu 2 mil pessoas em 195 municípios entre os dias 13 e 19 de abril de 2001. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais. (O Globo - 24.04.2001)

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empresas

1- Investidores estudam a criação de holdings para concentrar operações

Atrás de ganhos de escala, os grandes grupos do setor elétrico começam a reestruturar seus ativos no Brasil. A estratégia, que está sendo adotada por boa parte dos grandes investidores do setor no país, consiste em organizar as empresas controladas sob um único comando.O primeiro a dar esse passo foi o grupo nacional VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa), que está estruturando uma nova companhia energética, fruto da reunião de todos os seus ativos, que está sendo chamada de "nova Companhia Paulista de Força e Luz". Na prática, poderia significar a volta ao modelo estatal, com geração, transmissão e distribuição numa única operação. O termo "verticalização", no entanto, é evitado pelos executivos do setor, já que vai contra a legislação e o modelo de privatização. (Valor - 25.04.2001)


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2- EDP e Iberdrola podem fechar capital de controladas

A EDP e a Iberdrola estudam a possibilidade de estruturar operações de fechamento de capital de suas controladas, com posterior incorporação desses ativos por uma holding, em moldes semelhantes ao adotado pela concorrente VBC. Se de fato se decidir por realizar recompras na Escelsa e na Enersul, a EDP terá a oportunidade de posteriormente fechar o capital dessas companhias a um custo reduzido. A EDP reuniria esses ativos mais a sua parte na Bandeirante numa grande companhia com muito mais capacidade de atração de investidores. A dúvida para os portugueses, ainda às voltas com um incômodo acordo de acionistas na Escelsa que lhes tira o poder de gestão mesmo tendo a maioria do capital votante, é se valerá a pena permanecer como companhia aberta, ou se uma troca por ações da matriz, como na trilha aberta pela Telefónica, não é mais lógica. A aposta de quem acompanha de perto a empresa é que ofertas públicas tenham início ainda do ano 2001. A finalização da operação, com abertura de capital da holding, ficaria, contudo, para 2002, de preferência num momento em que o mercado financeiro esteja mais confiante e com maior ânimo comprador. Também para 2002 ficaria uma possível abertura de capital da Guaraniana, companhia que reúne os ativos da espanhola Iberdrola na área de energia no Brasil. (Jornal do Commercio - 25.04.2001)

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3- Criação de holdings pode esbarrar na legislação

A criação de uma holding para concentrar os ativos das elétricas faz sentido quando se pensa na escala e redução de custos. Mas, aparentemente, há um conflito com o modelo de competição previsto na privatização. A legislação atual que estipula que uma distribuidora só pode ter 30% de geração própria e estabelece limites de participação por região. No processo de transferência do controle para a iniciativa privada, todas as estatais tiveram que desmembrar suas áreas de produção de energia, distribuição e transmissão. Para os analistas de investimentos, a criação das holdings foi a forma que as companhias encontraram de poder agregar tanto a geração elétrica como a sua comercialização e distribuição - exatamente o modelo verticalizado adotado antes do processo de privatização. A justificativa, dizem, é que "energia é um negócio de escala". (Valor - 25.04.2001)

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4- Empresas mantêm investimentos, apesar da alta do dólar

Empresas como British Petroleum (BP), Enrom, EDP e CSN não revisaram suas estimativas de investimentos e retorno financeiro no País, apesar da forte oscilação das taxas de juros e do dólar. Segundo o representante da EDP, Eduardo José Bernini, a empresa vai investir no país US$ 1 bi nos próximos cinco anos, depois de já ter aplicado US$ 1,3 bi. O presidente da Enron, Orlando Gonzalez, afirmou que a empresa deverá terminar até outubro de 2001 a construção da usina termelétrica Eletrobolt, no Rio, com investimento de US$ 300 mi. A BP, já comprou a maioria dos equipamentos necessários para a exploração do gás no País, onde planeja investir US$ 300 mi em três anos. As indústrias de eletroeletrônicos e automobilística também dizem ter mantido seus planos de crescimento para este ano. (O Globo - 25.04.2001)

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5- Terceira linha de Itaipu vai garantir mais 750 MW para o Sudeste

A terceira linha de transmissão de energia produzida por Itaipu fica pronta em meados de maio de 2001. A informação é do presidente de Furnas, Luiz Carlos Santos. Durante dois meses, o linhão passará por um processo de energização e, a partir do final de julho de 2001, começará a trazer para o Sudeste 750 MW de energia produzida em Itaipu. Hoje, a hidrelétrica não produz essa energia por falta de capacidade de transporte. A energia será comercializada pela Eletrobrás, holding que controla Furnas. Luiz Carlos Santos disse ainda que, além da energia de Itaipu, a linha de transmissão vai ser o veículo para a importação de 400 MW de energia da Argentina, a partir de janeiro de 2002. " A capacidade total do linhão é de dois mil MW" , explicou. A falta da capacidade de transmissão é considerado por especialistas como o maior gargalo do setor elétrico nacional. (Valor - 25.04.2001)

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6- Consórcio Schain-Alusa assina contrato com ABB

O consórcio Schain-Alusa assinará, no dia 26.04.2001, um contrato com a Asea Brown Boveri (ABB) para fornecimento de equipamento e construção das linhas Tucuruí (PA) - Vila do Conde (PA), e Tucuruí (PA) -Presidente Dutra (MA). O diretor da área comercial eletromecânica da Schain, Teofrasto de Souza Barbeiro, preferiu manter o valor do negócio em sigilo, mas admitiu que o consórcio poderá lançar mão de um parceiro no empreendimento. O contrato seguirá o formato "turn-key". O investimento total do projeto será de R$ 750 mi, incluindo a prestação de serviços da ABB. O BNDES irá financiar 70% do montante. A previsão do grupo é concluir a construção de ambos os trechos em março de 2003, seguindo o prazo legal de 22 meses estabelecido pela Aneel. O órgão regulador solicita, no entanto, a antecipação do projeto com estreitamento desse período para 18 meses. O mesmo pedido aplica-se à linha Campos Novos (SC)-Blumenau (SC) cuja entrega estava prevista para março de 2002, mas deve ser antecipada para dezembro do ano 2001. De acordo com Barbeiro, o consórcio irá participar de todos os três leilões de linhas de transmissão, que serão promovidos em junho pela Aneel. "Provavelmente teremos mais um sócio no grupo", antecipou ele. (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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7- Encargo de serviço gera rombo de R$ 400 mi

Uma dívida de R$ 400 mi, referente aos encargos de serviço de sistema, a serem pagos pelas distribuidoras às geradoras, acumulados desde setembro de 2000, está tirando o sono das empresas de energia, sediadas na região Sul do País. O mecanismo é uma espécie de seguro para situações em que o gerador vê-se impossibilitado de escoar sua produção por pressão de limitações do sistema de distribuição e no caso do sub-mercado Sul, o gargalo foi a falta de linha de transmissão para transportar a energia local para o Sudeste. Em princípio, o ônus deveria ser dividido igualmente entre as distribuidoras do Sul, mas há questionamentos sobre essa dívida. O assunto foi apresentado no dia 23.04.2001, sem deliberação final, na reunião do Coex do MAE. De acordo com o diretor da Abradee, Luiz Carlos Silveira Guimarães, a discussão desse problema deverá ser agendada no âmbito do Coex ou do Conselho do MAE, órgão criado pela Aneel para substituir o Coex. (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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8- Prejuízo da CELG é de R$ 65,58 mi em 2000

A CELG encerrou o ano 2000 com prejuízo líquido de R$ 65,583 mi, bem próximo do que foi anunciado na terceira semana de abril de 2001. O número, porém, ainda não tinha sido submetido ao crivo do conselho fiscal. No exercício anterior, as perdas ficaram em R$ 40,844 mi. A alta foi de 60,5%. A receita operacional líquida somou R$ 755,853 mi, alta de 19,2% ante os R$ 633,635 mi verificados em 1999. As despesas operacionais também tiveram expansão, de 31,6%, ao atingir R$ 808,964 mi. O resultado operacional estava negativo em R$ 141,789 mi, ficando 31,1% acima dos R$ 108,073 mi de 1999. (Gazeta Mercantil - 24.04.2001)

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financiamento

1- Eletropaulo critica intervenção da Aneel no MAE

O presidente da Eletropaulo, Luiz David Travesso, foi incisivo ao criticar a intervenção da Aneel junto ao MAE. "A intervenção teria de ser em Furnas", defendeu, referindo-se à dívida de aproximadamente R$ 578 mi da estatal frente ao MAE. Segundo ele, a existência deste passivo foi o principal obstáculo para o desenvolvimento dos trabalhos do MAE. De acordo com Travesso, a análise da legalidade da intervenção da Aneel é secundária, levando-se em conta a postura do regulador. "É essencial notar se o mercado será auto-regulado ou sofrerá constantes intervenções. O MAE nasceu para ser livre", disse. Questionado sobre a posição da Eletropaulo na Assembléia Geral de Agentes do Mercado, a ser realizada no dia 26.04.2001, Travesso afirmou que a companhia ainda está concluindo seu parecer, mas avisou: "Não teremos uma boa notícia". (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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financiamento

1- Volatilidade nas taxas de juros já reduzem crédito

A intranqüilidade causada pela alta volatilidade nas taxas de juros e de câmbio, que se estende por mais de um mês, alimentada sobretudo pela crise argentina, já afeta o crédito para pessoa física. A taxa para o consumidor final subiu, a demanda retraiu em alguns segmentos e os bancos restringem o crédito, seja em prazos ou volume financiado por pessoa. Essa tendência, iniciada nos últimos dez dias de março de 2001, depois que o Banco Central aumentou juro básico em meio ponto percentual, para 15,75% ao ano, pela primeira vez neste ano, se acentuou neste mês, quando a Selic subiu novamente, para 16,25%. O medo ainda de recrudescimento na inadimplência reduz o apetite dos bancos. (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras encerra conflito com ANP sobre acesso ao Gasbol

A TBG encaminhou, dia 23.04.2001, à British Gas (BG) os contratos que permitem à empresa britânica o livre acesso ao gasoduto, conforme a ANP havia determinado na terceira semana de abril de 2001. Com o envio dos contratos, a Petrobras (controladora da TBG), que estudava entrar na Justiça contra a ANP, aceitou a determinação da agência. A ANP, após uma disputa acirrada com a Petrobras, decidiu que a BG tem direito ao acesso sem interrupção ao gasoduto e pode transportar 700 mil metros cúbicos de gás até agosto deste ano e 2,1 milhão de setembro até dezembro de 2002. Em 2003, a agência concedeu à BG o acesso interruptível, dando preferência à Petrobras no carregamento do gás. (Correio Brasiliense - 24.04.2001)

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2- Conta-gás preocupa estrangeiras

A solução que está sendo estruturada pelo governo e pela Petrobras para minimizar o risco cambial no fornecimento de gás natural para termelétricas é motivo de preocupação para as empresas estrangeiras que têm a intenção de atuar nesse mercado. A 'conta-gás' ou 'conta crédito', que vai ser anunciada nas próximas semanas pelo Ministério de Minas e Energia, incidirá apenas sobre o combustível vendido pela estatal, criando uma situação distorcida no setor, avaliam executivos das multinacionais. A proposta prevê que a Petrobras assuma sem repasses a variação cambial no preço do gás natural e seja compensada anualmente pelas perdas. A conta-gás funcionaria como a parcela de preço específica (PPE), criada para que a Petrobras seja remunerada em dólar por produtos vendidos em reais. (Gazeta Mercantil - 25.04.2001)

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grandes consumidores

1- Pólo moveleiro reduz jornada de trabalho

Indústrias de móveis de Votuporanga (SP), segundo maior pólo moveleiro do país, reduziram turnos e cortaram horas extras para economizar energia e evitar o racionamento. Pedro Luiz Pascom, diretor da Associação Industrial da Região de Votuporanga (Airvo), explica que o sistema foi adotado pelas empresas que nos últimos 11 meses alcançaram demanda igual ou superior a 50 KW/mês. ´As fábricas que se enquadraram nesse patamar têm direito a fazer a opção tarifária pela ouro sazonal verde ou azul. Isso significa que não podem usar energia durante o horário de pico, das 17h30 às 20h30´, quando preço da energia é aproximadamente três vezes mais, de acordo com Pascom. Quem aderiu a essa tarifa é contemplado com um abatimento da ordem de 30% no valor total da conta. ´O desconto pode ser suspenso se o usuário descumprir a regra de poupar energia no horário crítico´. (Gazeta Mercantil - IP - 24.04.2001)

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2- Hospital de Volta Redonda reduz gastos com energia

O Hospital Vita Volta Redonda, no interior do Estado do Rio de Janeiro, reduziu o custo com energia em 35% por mês, o que equivale a uma economia mensal de R$ 6 mil. Além da utilização de geradores das 17h30 às 20h30, horário de pico, a unidade adotou medidas como a substituição de equipamentos. A esterilização dos materiais agora é feita com gerador a vapor elétrico e a água é aquecida com gerador de água quente. (Jornal do Brasil - 25.04.2001)

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3- Montadoras aumentam uso do gás natural na produção

Os fabricantes de veículos estão investindo para aumentar o uso do gás natural na produção, em substituição à energia elétrica, óleo e GLP. O combustível já detém participação de 15% no consumo das principais montadoras. A Ford, que aplicou US$ 1,2 mi para instalar uma linha de gás natural em sua fábrica de motores em Taubaté, e substituir parte da energia elétrica consumida em São Bernardo, vai desembolsar mais US$ 1 mi para ampliar o uso do gás em suas unidades até 2002. A fábrica da VW em Taubaté obteve redução de 10% no consumo mensal de energia elétrica depois adotar o gás natural em parte de suas operações, em março de 2000. (Diário do Grande ABC - 24.04.2001)

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4- Sindaçúcar e Celpe não chegam a acordo sobre preço

O Grupo Garaniana e os usineiros não conseguiram chegar a um entendimento sobre a compra, pela Celpe, do excedente energético gerado a partir do bagaço da cana-de-açúcar. o Sindaçúcar e o Guaraniana esbarraram num obstáculo: o preço. No dia 24.04.2001, estiveram reunidos o presidente da entidade de classe, Renato Cunha, e o chefe do departamento de compras e tarifas de mercado da Celpe, Max Xavier, representando o Grupo Guaraniana. O único ponto positivo do encontro é o interesse das partes em assinar o protocolo de intenções definindo os termos da negociação. Mas para que isso aconteça, um deles terá que ceder à pressão do outro. Enquanto o Guaraniana espera por preço e volume atrativos para fechar de vez a negociação, o Sindaçúcar até agora só garantiu que conseguirá produzir até 300 MW/hora de energia, mas cobra caro por isso, na cotação da Celpe. O preço cobrado pelos usineiros não foi revelado, mas o Grupo Guaraniana descartou veementemente a proposta de custo da energia gerada com a cana-de-açúcar, apresentada pelo Sindaçúcar. (Jornal do Commercio - PE - 24.04.20001)

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internacional

1- Southern California Edison paga dívidas de US$ 251 mi

A Southern California Edison pagou às usinas geradoras de menor porte US$ 251 mi desde março de 2001, como ordenado pelas reguladoras californianas. A empresa, segunda maior do estado norte-americano, fez pagamentos de US$ 211 mi a títulos de "qualifying facilities" (QFs) para evitar penalidades mais sérias por parte do governo. Os QFs serão feitos a um grupo de pequenas geradoras, que usam, em sua maioria, gás natural, mas também fontes renováveis como sol e vento. O acordo do governo da Califórnia com as distribuidoras para comprar suas linhas de transmissão, com intuito de assegurar o fornecimento de energia, fez os títulos da dívida do Estado terem rating da Standart & Poor's rebaixado de A+ para AA. Isso significa possíveis cortes no futuro, Ainda assim, o Governador Gray Davis planeja vendas de fundos para poder financiar a operação da ordem de US$ 10 bi a US$ 14 bi. Por parte dos legisladores, a Edison afirmou que a reação ao acordo tem sido cautelosa. O governo pagará US$ 2,76 bi pelas linhas para a empresa vender bônus de US$ 2 bi para ajudar a pagar algumas de suas contas e para a Edison poder fornecer energia a baixo custo durante 10 anos. Ainda assim, os acionistas podem ficar impacientes com o desenvolvimento da empresa e pedir sua concordata. (Reuters - 25.04.2001)

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2- El Paso divulga revisão de balanço

A norte-americana El Paso anunciou seu balanço já ajustado do primeiro trimestre de 2001, que superou as expectativas de Wall Street devido a força de seu acordo com a Coastal Corp. e ao aumento dos preços de gás e eletricidade. Os lucros líquidos no período foram US$ 500 mi contra US$ 342 mi nos três primeiros meses de 2000. O ganho por ação foi de US$ 0,96, apesar de previsão das bolsas de US$ 0,90. O faturamento foi de US$ 17,75 bi versus US$ 9,07 bi no ano 2000. O balanço foi revisto para excluir US$ 900 mi em encargos relativos ao negócio com a Coastal, fechado no primeiro trimestre de 2001, e US$ 86 mi de ganhos pós-taxa do último quarto de 2000. (Reuters - 25.04.2001)

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3- EnronOnline pode ser aberto a terceiros

A EnronOnline, divisão de gás natural e gasodutos da Enron, pode ser aberta para terceiros que tenham capacidade de gasodutos para vender. A plataforma é o maior mercado de gás natural online, de acordo com diretor Bob Shults. Das transações da Enron, 55% são conduzidas nesse meio. Afirmou ainda que a capacidade primária de dutos é o produto perfeito para ser adicionado à EnronOnline, que seria encarregada de administrar a oferta da capacidade aos interessados. Os benefícios seriam mais contratos a curto prazo, crescimento da capacidade de utilização e do armazenamento, diminuição dos custos e potencial para aumentar a base de clientes. Além disso, os riscos de erros humanos diminuem e a capacidade resolução de problemas é aumentada. A Enron pretende ainda diminuir as últimas ineficiências nas transações eletrônicas por intermédio de integração das funções de administração. A empresa está trabalhando com outras indústrias para desenvolver o sistema de vendas online, que ainda deve demorar alguns meses para crescer. (FT Energy 25.04.2001)

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internacional

1- Duke convoca seus acionista para AGE

A Duke Energy International, Geração Paranapanema S.A. convocou seus acionistas para Assembléia Geral Ordinária, dia 27.04.2001, às 16:00h, no Hotel Gran Meliá São Paulo, na Av. das Nações Unidas, 12.559, Brooklin, Salão Bordeaux-Marseille, São Paulo/SP, a fim de deliberarem sobre: a) Relatório Anual da Aministração e Demonstrações Financeiras do exercício de 2000; distribuição de dividendos; c) eleição dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, bem como a fixação das respectivas remunerações.


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2- Celesc convoca acionistas para AGE

A Celesc - Centrais Elétricas de Santa Catarina S/A, convocou seus acionistas para Assembléia Geral Ordinária, dia 27.04.2001, às 09:00h, na sede social, no km 03 da Rod. SC-404, Florianópolis/SC, para deliberarem sobre: a) Relatório da Administração e Demonstrações Financeiras do exercício de 2000; b) destinação do lucro líquido e distribuição dos dividendos; c) eleição de membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal; d) outros assuntos de interesse social. Os acionistas participantes de custódia fungível de ações nominativas das Bolsas de Valores, que desejarem participar da Assembléia Geral, deverão apresentar extrato emitido até dois dias antes da Assembléia, contendo sua posição acionária, fornecido pelo órgão custodiante.

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3- Cataguazes-Leopoldina convoca acionistas para AGE

A Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina convocou seus acionistas para Assembléia Ordinária e Extraordinária, dia 27.04.2001, às 08:00h, na sede social, na Praça Rui Barbosa, 80, Cataguases/MG, a fim de deliberarem ordinariamente sobre: a) Demonstrações Financeiras e contas dos administradores; b) destinaçãso do lucro líquido e distribuição dos juros sobre o capital próprio; c) eleger os membros do Conselho de Administração. E ainda deliberarem extraordinariamente sobre: a) nova redação do Estatuto Social para passar a prever a existência de suplentes no Conselho de Administração; b) fixar os honorários dos administradores da Companhia; c) outros assuntos de interesse social.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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