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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 628 - 24 de março de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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risco e racionamento

1- Plano de racionamento está praticamente pronto

O secretário executivo do ministério de Minas e Energia, Luiz Perazzo, afirmou que está praticamente concluído o plano de racionamento de energia elétrica porque é necessário de 30 a 40 dias para sua implementação. Ele explicou que se for necessário implantar racionamento a partir de 1º de junho todo o trabalho tem de estar preparado. Perazzo afirmou que se for necessário fazer um racionamento de até 20%, o governo pretende administrá-lo por cotas. Para isso, foi estabelecida uma ordem de prioridade decrescente de cotas: 1-poder público administrativo; 2- residencial; 3 comércio e serviços; 4- indústria e rural; 5- instituições militares; 6- serviços essenciais. Ele disse que a proporção é a seguinte: se no residencial a cota for de 20%, para a indústria a cota ficará entre 12% e 15%. Se o sistema de cotas não funcionar, aí sim, o governo passará a adotar cortes. Perazzo explicou ainda que há uma alternativa sendo estudada de premiar o consumidor que conseguir economizar mais energia que a estabelecida. Esse prêmio será ou em credito ou em quantidade de energia. O consumidor que consumir além da cota no primeiro momento pagará em cima do consumo excedente 100% da tarifa. (Cruzeiro do Sul - 24.04.2001)

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2- ONS revê para baixo nível dos reservatórios

O ONS reviu para baixo a avaliação feita para o nível dos reservatórios. A previsão passou de 34% para 32,9% no Sudeste/Centro-Oeste e de 34,1% para 33,5% no Nordeste, o que reforça a probabilidade de que o racionamento será inevitável nas três regiões. A margem de segurança, segundo o próprio ONS, seria de 49% (SE/CO) e de 50% (NE). As chuvas, no entanto, confirmaram a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia, divulgada no final de março de 2001. E para os próximos dias, também não há previsão de chuvas. No dia 23.04.2001, o nível dos reservatórios estava em 33,43% no SE/CO e 34,51% no NE. Até mesmo nas regiões Sul e Norte, o nível das barragens caiu, atingindo 75,5% no Norte e 83,2% no Sul. As previsões para as duas regiões também é de mais queda: 71,9% e 79,3% respectivamente. (Correio Brasiliense - 24.04.2001)

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3- Plano de cotas prejudica mais residências do que indústria

O plano de racionamento de energia elétrica do governo federal irá prejudicar mais o consumidor residencial do que a indústria e o comércio. A decisão é que, se a medida tiver de ser adotada, será de 20% no consumo residencial. Indústria e comércio economizariam entre 12% e 15%. O plano do governo prevê adoção de um sistema de cotas de consumo e, se isso não der certo, corte de energia elétrica. O sistema será aplicado nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste a partir de junho de 2001, caso o plano de racionalização do uso de energia elétrica não seja suficiente para evitar colapso de abastecimento. Ainda não está definido se a cota será fixada de acordo com a média de consumo individual ou coletivo. O sistema de cotas de consumo ainda está sendo finalizado pelo Ministério de Minas e Energia e demora de 30 a 45 dias para ser implementado. (Correio Brasiliense - 24.04.2001)

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4- Setor industrial aprova sistema de cotas

Quem ultrapassar a cota de consumo pagará caro. A sobretaxação será proporcional ao tamanho do desvio. A intenção é dobrar o preço da tarifa para a primeira escala de descumprimento. A sobretaxa será aplicada apenas sobre o consumo extra. O setor industrial recebeu bem o anúncio do sistema de cotas. "Essas medidas ainda são um balão de ensaio, mas se percebe um esforço grande para preservar o máximo possível a cadeia produtiva", afirma o diretor-executivo da Abrace, entidade que reúne as grandes consumidoras industriais, Paulo Ludmer. "Um corte na indústria teria impacto na geração de empregos e no crescimento do país". (Valor - 24.04.2001)

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5- Governo do PE espera economizar R$ 4,14 mi

O Governo do Estado de Pernambuco começa a traçar os caminhos para reduzir o seu consumo de energia em 15%. A medida será responsável por uma economia de R$ 460 mil por mês nos gastos públicos. Até o final do ano 2001, isso significa uma redução nas despesas de R$ 4,14 mi. Cada uma das 35 empresas públicas terá um gestor de energia, que ficará responsável por indicar as medidas mais adequadas para cada órgão. Até a última semana de abril de 2001, os órgãos públicos precisam entregar para o Governo do Estado os seus planos para a redução do consumo de energia elétrica. A redução da jornada de trabalho em uma hora nas repartições públicas não está descartada, embora se prefira adotar outras medidas antes disso. (Jornal do Commercio - PE - 24.04.2001)

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6- Ministro discute com SP ampliação da oferta de Ilha Solteira

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se reúnem no dia 24.04.2001, às 12 horas, para discutir as possibilidades técnicas de ampliar a geração de energia elétrica na usina de Ilha Solteira. A informação foi dada pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Gonzaga Perazzo. Segundo o executivo, a questão está praticamente acertada e, nos próximos dias, será discutida como a operação será implementada. A questão de Ilha Solteira é polêmica, porque a ampliação poderá ter problemas com o canal Pereira Barreto, que interliga os rios Tietê e Paraná. Segundo avaliam alguns técnicos, caso a produção da usina hidrelétrica seja ampliada, o nível do canal de navegação seria rebaixado, inviabilizando as operações na hidrovia. A otimização da geração da usina está prevista no Plano de Aumento de Oferta de Energia do Plano de Racionalização de Energia, lançado no dia 05.04.2001. A reunião também contará com a participação do secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce. (Gazeta Mercantil - 24.04.2001)

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empresas

1- CTEEP cria empresa de transmissão de dados

A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) vai criar uma empresa de transmissão de dados, no dia 30.06.2001, segundo o presidente da empresa, Sidnei Martini. A CTEEP, provavelmente em conjunto com outras empresas de transmissão de energia, terá 49% da futura empresa de transmissão de dados. A empresa vai fornecer infra-estrutura, através das torres de transmissão, e pretende fazer um leilão para a venda dos 51% restantes, que poderão ser comprados por uma grande empresa de telecomunicações. Essa empresa teria a responsabilidade de fazer investimentos em cabos ópticos. Na verdade, a nova empresa de transmissão de dados não terá capital aberto, porque 49% estariam distribuídos entre as empresas de transmissão de energia e os 51% estariam nas mãos da empresa de telecomunicações. "Todo acionista da CTEEP será também, proporcionalmente, acionista da companhia de transmissão de dados, porque nós fazemos parte dela." (Valor - 23.04.2001)

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2- Incorporação da EPTE não prejudicará acionistas da CTEEP

Em projeto que vem sendo elaborado desde outubro de 1999, a EPTE deve ser incorporada pela CTEEP. Sidnei Martini, presidente da EPTE e da CTEEP, está otimista com o desempenho das companhias e prevê que, em junho de 2001, a incorporação seja consumada. Sandra Piccardi, diretora financeira e de relação com investidores da EPTE e CTEEP, diz que não haverá perdas para nenhum dos acionistas na incorporação da EPTE. Isso porque, primeiro, será calculado o valor econômico das duas empresas e a troca será feita de forma que o acionista receba da EPTE o equivalente à sua fatia na empresa em ações da CTEEP. Martini exemplifica com percentuais: se o acionista tem 50% da EPTE, ao unir as companhias, ele terá 25%. "O percentual diminui, porque ele tinha metade de uma empresa. Em contrapartida, o capital das duas juntas será bem maior." Além da redução de custos, com a integração das linhas de transmissão de dados, por um mesmo cabo, haverá uma gama maior de clientes atendidos. Assim, Martini espera que o lucro líquido da empresa cresça. O reflexo, acredita ele, deverá ser um aumento do preço das ações da empresa. (Valor - 23.04.2001)

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3- Eletronorte apresenta projeto de Belo Monte

Durante o I Fórum Brasileiro de Energia Elétrica, uma iniciativa da ABDIB, em São Paulo, o presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, vai apresentar, dia 26.04.2001, o novo modelo para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, a maior usina genuinamente brasileira, a ser construída no Noroeste do Pará com previsão de geração plena de 11 mil MW. Além de gerar energia para todo o Brasil por meio da interligação dos sistemas, contribuindo assim para o melhor abastecimento de energia durante o período em que os reservatórios do Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste estiverem na fase de estiagem, a usina será concebida dentro dos mais rigorosos preceitos de preservação ambiental e inserção socioeconômica da região onde será construída. (Eletronorte - 23.04.2001)

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4- Impasse de Furnas afugenta os investidores

Solucionar o impasse que cerca a privatização de Furnas e desatar o nó cambial que envolve a questão das construção das térmicas impedirá que o setor energético se transforme em um gargalo e impeça o desenvolvimento do País. Essa é a opinião do analista James Brittain, do DeutscheBank, que abriu, na manhã do dia 24.04.2001, as conferências do Fórum de Energia, com a palestra "Como impulsionar investimentos privados em energia elétrica no Brasil". "A privatização de Furnas seria um sinal claro ao mercado e investidores em potencial de que o processo de venda das geradoras terá continuidade, o que estimularia a vinda dos investimentos no médio e longo prazo, fundamentais para sair dessa crise", afirma Brittain, que no entanto aponta que a venda da estatal, no curto prazo, não resolveria o problema que o país atravessa. "Os novos acionistas levariam tempo para entender o funcionamento da empresa", diz. "Para sair desse impasse, ou o governo assume a questão ou dá condições ao investidor, não se pode ficar em um meio termo; o atraso nas privatizações só levanta dúvidas no investidor e atrasa a vinda de dinheiro", comenta. (Valor - 24.04.2001)

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5- CFLCL investirá R$ 250 mi no Nordeste

O diretor financeiro e de relações com investidores da Cataguazes, Maurício Perez Botelho, diz que entre 2001 e 2003 a empresa vai aplicar R$ 250 mi para modernizar e reduzir perdas nas distribuidoras nordestinas: Energipe, no estado de Sergipe, Saelpa e Celb, ambas na Paraíba. Botelho diz que a Cataguazes tem interesse de analisar mais uma aquisição de distribuidora elétrica. "Mas o momento não é propício por causa do racionamento e de indefinições tarifárias na política do governo para com as distribuidoras", diz. (Valor - 23.04.2001)

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financiamento

1- Intervenção da Aneel no MAE desagrada agentes

A intervenção da Aneel no MAE desagradou os agentes do setor. A reação foi nítida, no dia 23.04.2001, em reunião que deve simbolizar o último encontro do Coex do Mercado. As empresas preferiram não fechar questão perante os atos da Aneel, concordando que é necessário mais tempo para concluir uma avaliação jurídica e verificar a legalidade da resolução do regulador. Esse entendimento suspendeu o andamento da reunião do Coex e postergou a divulgação de um parecer conjunto para o próxima dia 26.04.2001. Neste dia, os 64 agentes de mercado irão reunir-se em Assembléia Geral Extraordinária, às 13 horas, especificamente para discutir a intervenção da Aneel. "A idéia é que as empresas tragam, no dia 26.04.2001, suas análises sobre a legalidade das medidas", disse o integrante do Coex, Fernando Quartim, consultor do Grupo Rede. (Gazeta Mercantil - 24.04.2001)

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2- Setor prepara reação contra intervenção da Aneel

Apesar da ausência de uma deliberação final do MAE, na reunião do dia 23.04.2001, o clima tenso e o desconforto preponderavam entre os agentes, surpresos e descontentes com o ato impositivo da Aneel. Rumores apontavam que uma das alternativas seria o confronto com a Aneel na Justiça, o que poderia ocorrer individual ou conjuntamente entre os representantes de mercado. "Há um entendimento preliminar de que há falhas legais no documento da Aneel", disse uma fonte. Segundo o presidente do Coex, Eduardo Bernini, aproximadamente 25 agentes solicitaram a realização de uma Assembléia Geral para debater a ação da Aneel, adiando a decisão final. "Entendeu-se que não cabia ao Coex fazer um aprofundamento dessas questões, pois as prerrogativas impactaram diretamente os agentes e não o Conselho", explicou Bernini. (Gazeta Mercantil - 24.04.2001)

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3- Reunião suspensa do Coex do MAE adia decisões

A suspensão da reunião, no dia 23.04.2001, do Coex do MAE, cuja extinção foi anunciada pela Aneel no dia 20.04.2001, deixou em aberto assuntos importantes ao MAE, como a contabilização dos contratos referentes ao período de setembro a dezembro de 2000. De acordo com Eduardo Bernini, presidente do Coex, o prosseguimento da questão depende do encaminhamento que será dado na Assembléia Geral do dia 26.04.2001. Essa poderá ser uma das heranças deixadas ao Comae, que terá seis representantes com direito a voto, substituindo o Coex, atualmente com 26 cadeiras. O Coex deliberou, no dia 23.04.2001, o lançamento do refaturamento entre janeiro e agosto de 2000, tendo em vista que um dos principais impasses desse período, envolvendo o encontro de contas entre Cesp, Eletropaulo e Bandeirante Energia, foi dissipado. Houve falha à época da cisão da Eletropaulo, fazendo com que a exposição das duas concessionárias paulistas ao mercado estivesse em desequilíbrio às suas posições contratadas. (Gazeta Mercantil - 24.04.2001)

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financiamento

1- Fundo cambial sobe 4% na semana

Depois de perderem rentabilidade no começo de abril de 2001, na terceira semana do mês, os fundos cambiais voltaram a brilhar: a alta, no período, foi de 4%. Só no dia 19.04.2001, a valorização média das carteiras foi de 0,7%. No acumulado do mês abril, até o dia 19.04.2001, o ganho é de 1,7298%. Neste mesmo período, o dólar comercial teve alta de 1,2305%. Um estudo da Invest Tracker - empresa especializada em pesquisas e análises de fundos - revela que nos últimos 12 meses, o ganho dos fundos cambiais foi superior à alta do dólar. Na avaliação dos gestores, no médio e longo prazo os fundos cambiais tendem a render mais que a variação do dólar. A razão é que a rentabilidade dos cambiais é resultado da variação do dólar mais uma taxa de juros que é paga pelo governo nos leilões de títulos públicos indexados ao câmbio, como as NBC-E - onde os fundos cambiais aplicam a maior parte dos seus recursos. No dia 20.04.2001, o governo vendeu R$ 1 bi em títulos de sete meses com uma taxa de 13,6% ao ano. (Gazeta Mercantil - 24.04.2001)

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2- Mercado pressionado por excesso de dólares em banco

A pressão no mercado de câmbio nos meses março e abril de 2001 tem sido provocada muito mais pelo excesso de dólares que as instituições financeiras acumulam nas suas carteiras do que pela redução no fluxo de moeda estrangeira para o País. Em março, os segmentos livre e flutuante do mercado de câmbio registraram um ingresso líquido de US$ 885 mi, o Brasil comemorou uma operação bem-sucedida de troca de dívida externa e as remessas via CC5 (contas de não-residentes) mantiveram o mesmo patamar de fevereiro, em torno de US$ 260 mi. Mas, ainda assim, o real se desvalorizou 5,77% em relação à moeda norte-americana. A liquidez aparente foi parar na mesa dos bancos que retiraram do mercado US$ 1,3 bi no mês de março, puxando a cotação do dólar para cima. (Gazeta Mercantil - 24.04.2001)

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3- Operação de crédito cresce 5,4% em março de 2001

As operações de crédito para pessoas físicas cresceram 5,4% em março de 2001, mesmo com a crise no mercado de câmbio e a perspectiva de uma alta nos juros. O saldo das operações de crédito realizadas no final de fevereiro era de R$ 56,2 bi e subiu para R$ 59,3 bi no mês de março. No geral, os empréstimos concedidos pelo sistema financeiro subiram 2,6% em março totalizando R$ 335,8 bi. As empresas também registraram um aumento significativo no total de créditos concedidos: alta de 4,9% em março. Entretanto, Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, destaca que essa elevação está influenciada pelas operações vinculadas ao dólar. Com a desvalorização registrada em março, o estoque cresce independente de haver ou não novas contratações. As operações com recursos direcionados, como empréstimos para área rural, habitação e as linhas de financiamento do BNDES, totalizaram R$ 138,9 bi. 'O destaque é para os empréstimos do BNDES que cresceram 3,5% em março e acumulam alta de 20,2% nos últimos seis meses', diz Altamir Lopes. Segundo ele, isso é extremamente positivo porque está vinculado aos investimentos que vem sendo feitos no País por grupos estrangeiros. Com a instalação de novas empresas no Brasil, está havendo um maior investimento por partes das indústrias. (Gazeta Mercantil - 24.04.2001)

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4- CFLCL negocia empréstimos

A CFLCL está negociando empréstimo de cerca de R$ 83 mi com a International Finance Corporation (IFC) para investir nas três distribuidoras de energia elétrica controladas no Nordeste, região onde a empresa tem uma participação de 9% do mercado de distribuição. Os recursos destinados às distribuidoras nordestinas fazem parte de um programa de investimentos da Cataguazes de R$ 790 mi para os próximos três anos. O programa inclui projetos de geração e operação de televisão a cabo, além de projetos de distribuição de energia no Nordeste e Sudeste. Do montante total a ser investido, a Cataguazes está solicitando empréstimos de R$ 435 mi ao BNDES. (Valor - 23.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- Rolls-Royce e PqU investem em térmica

A Petroquímica União firmou acordo com a multinacional britânica Rolls-Royce para tornar-se auto-suficiente em energia já no início de 2003. Com um investimento de R$ 300 mi, a multinacional britânica vai instalar duas turbinas a gás com potência de 250 MW no parque da petroquímica, em Santo André (SP). Desse total, a PqU utilizará cerca de 15 MW de energia da potência instalada, sendo que a petroquímica gera atualmente entre 8MW e 12 MW. "O projeto é importantíssimo para a Petroquímica União, pois nos tornará auto-suficientes em energia, além de nos fornecer vapor, insumo necessário para a empresa fazer o aquecimento de produtos aqui fabricados", explicou o gerente industrial da PqU, Adalberto Giovanelli Filho. O excedente de energia gerado será vendido a terceiros pela Rolls-Royce, que já está negociando com a Eletropaulo e outras empresas do pólo petroquímico. (Valor - 24.04.2001)

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2- Cidades entram na disputa por Carioba 2

Três cidades da região de Americana (SP) entraram na briga para atrair o investimento de US$ 600 mi previstos para a construção da Usina de Geração Termelétrica Carioba 2 com potência de 1.200 MW. Goret Pereira de Paulo, gerente de desenvolvimento do projeto e principal porta-voz da CPFL, reserva sigilo quanto aos municípios interessados em atrair a usina, mas admite contatos com prefeituras `de dentro e fora da região de Campinas`. Informações apuradas durante debate realizada no dia 19.04.2001, em Americana, apontam o interesse dos municípios de Limeira, São Carlos e Santa Maria da Serra`. Caso não seja em Americana, será em outro lugar`, diz Goret. Porém, para a CPFL, a instalação da usina em Americana é a melhor opção tanto em função da proximidade a um dos maiores mercados de energia do País, quanto em relação a proximidade do Gasbol. (Gazeta Mercantil - PP -23.04.2001)

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grandes consumidores

1- Shopping centers de BH estudam cogeração

Os shopping centers de Belo Horizonte já estudam a possibilidade de gerarem sua própria eletricidade para se livrarem da crise energética e reduzirem a conta de luz. Nos grupos Renasce (BH Shopping e Diamond Mall, em Belo Horizonte), Egec (Shopping Del Rey, em Belo Horizonte) e no Minas Shopping, já há estudos de cogeração de energia em andamento. Segundo o gerente de operações do Minas Shopping, Júlio Bragayrac, a brasileira Comapps foi contratada para fazer estudos preliminares para a instalação de um grupo gerador de energia movido a diesel. Ele prevê que a geração própria de energia do shopping poderá eliminar a compra de 560 KW da concessionária pública de eletricidade nos horários de pico, com economia de 15% dos custos nos três primeiros anos. Após este período, quando o leasing do equipamento for quitado, Bragayrac estima que a redução de custos da conta de luz deverá chegar a 45%. Durleno Rezende, superintendente geral do grupo Renasce em BH, revela que a empresa contratou a francesa Dalkia para o desenvolvimento de projetos de cogeração nos nove shoppings por ela operados. No caso, a geração poderá ser feita por gás liquefeito de petróleo ou por outra fonte. No Shopping Del Rey, o superintendente Heleno Moysés Campos informou que o controlador - grupo Egec - já instalou cogeração a gás natural no Norte Shopping, no Rio de Janeiro. Ele acrescentou que a implantação da mesma solução em Belo Horizonte dependeria de estudos detalhados, e que não há tempo hábil para tal obra ficar concluída diante da iminência da crise energética. (Hoje em Dia - MG - 24.04.2001)

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2- Usinas e Celpe tentam fechar acordo

O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar) e a a Celpe retomaram, no dia 23.04.2001, as negociações em torno do preço das sobras de geração própria que serão vendidas por 23 usinas e destilarias para aumentar a oferta da concessionária durante a crise energética. O negócio deveria ter sido fechado no dia 20.04.2001 porém não houve consenso em torno da remuneração. Os industriais do segmento querem em torno de R$ 100 pelo MW/hora, enquanto a Celpe acena com, no máximo, R$ 70. A expectativa é que se chegue a um denominador comum no dia 23.04.2001 e se assine o contrato no dia 27.04.2001. Assessores do próprio sindicato afirmam que os empresários podem topar um preço de R$ 82,00, que é o valor máximo da Aneel para compra de energia pelas concessionárias e que pode ser repassado ao consumidor. Se o contrato for fechado nos R$ 82,00, o negócio vai gerar para as usinas uma receita de R$ 598,6 mil/mês, que no primeiro mês destas operações pretendem vender à Celpe 10 MW da potência de suas centrais de geração. Com esta potência, pode produzir-se 7,3 mil MW/hora por mês a partir de 35 mil toneladas de bagaço. Porém, na safra, o sindicato afirma que o excedente poderá ser elevado para 30 MW, o que elevará as vendas para 21,9 mil MW/hora e representará um faturamento de R$ 1,7 mi para os fornecedores da eletricidade. A safra do setor vai de setembro a março. (Gazeta Mercantil - NE - 23.04.2001)

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3- Guaraniana se reúne com Sindaçúcar

Representantes do Grupo Guaraniana se reúnem com o Sindaçúcar , no dia 24.04.2001, em reunião na sede do Sindicato, a portas fechadas, para discutir a proposta de venda de energia elétrica para a Celpe, gerada a partir do bagaço da cana. O Guaraniana já demonstrou interesse em comprar a energia, desde que o Sindicato ofereça preço e quantidade satisfatória. O projeto apresentado pelos usineiros propõe a geração de até 300 MW/hora de energia elétrica, utilizando o bagaço como combustível para gerar calor numa caldeira, onde o vapor produzido na combustão movimentará um gerador elétrico. A expectativa é de que seja assinado um protocolo de intenções definindo os termos da negociação entre Celpe e Usineiros. O fornecimento da energia gerada a partir do bagaço deverá ocorrer entre os meses de maio e outubro de 2001, período da moagem da cana-de-açúcar. (Jornal do Commercio - PE - 24.04.2001)

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internacional

1- Liberalização energética na Europa se dará por consenso

Segundo o representante da Comissão Européia, Loyola de Palacio, a liberalização dos setores de gás e eletricidade será efetivada em todos os países da União. Afirmou ainda que alguns países, como a França, discordam da data final de abertura de mercado (01.01.2005), mas que nenhum é contra o processo. A Comissão Européia propõe aos países chegar a um consenso para a data mais apropriada. Entretanto, adverte que, caso não haja acordo, a decisão final será por maioria. A data inicialmente acordada poderia beneficiar a França, onde há uma capacidade instalada não aproveitada, que poderia ser destinada a outros mercados. A maior parte de sua produção (80%) é nuclear, com centrais sem dívidas. Palacio disse também que um mercado liberalizado traria benefícios para os consumidores, como tarifas mais baixas, e para as empresas, que se veriam obrigadas a melhorar sua competitividade. Criticou ainda a inexistência de um mercado comum no setor, os diferentes níveis de abertura e a falta de intercâmbios energéticos, situados em 8%. (Enervia - 24.04.2001)

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2- Consórcios negociam controle do conselho da Hidrocantábrico

EDP/Cajastur e EnBW/Ferroatlântica negociam a composição do novo conselho da Hidrocantábrico, querendo chegar a um acordo antes da reunião de acionistas marcada para o dia 17.05.2001. O primeiro consórcio tenta conseguir paridade no conselho. A empresa alemã está mais inclinada a um acordo, enquanto a Ferroatlântica mantém sua oposição à venda de ações à EDP, ainda que esteja analisando a possibilidade, e à divisão da gestão. Essas posições discrepantes preocupam os outros acionistas. Ainda se analisam diversas alternativas para se chegar a um resultado que agrade a todos. Analistas consultados pelo site Enervia enfatizaram o papel mediador da Cajastur a longo prazo, dada sua história na Hidrocantábrico, independente de sua aliança atual com a EDP. Os portugueses ficariam com a gestão da geração, enquanto os alemães ficariam com a distribuição e comercialização. O Ministério da Economia continua analisando a aplicação da lei que limita o direito político de acionistas com capital público em determinadas empresas. (Enervia/Semanário Econômico - 24.04.2001)

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3- Colômbia começa processo de privatização de 14 elétricas

O governo colombiano começará a reestruturação de 14 companhias elétricas estatais, em sua maioria distribuidoras, para poder privatizá-las em breve. O ministro de minas e energia, Ramiro Valencia, afirmou que o governo se responsabilizará pelo estudo das empresas, que têm enfrentado sérios problemas, como corrupção e mau gerenciamento. Com isso pretende reorientar as administrações e performance, tornando as elétricas mais lucrativas para privatização. As datas das privatizações não foram divulgadas ainda. (BNAméricas.com - 24.04.2001)

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1- "Estratégias competitivas e modelos de gestão empresarial no Setor Elétrico Brasileiro"

O Provedor Eletrobrás - UFRJ ( http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras ) está disponibilizando a Monografia MBA em Energia Elétrica de Breno Pinto Figueiredo, da Eletrobrás, intitulada "Estratégias competitivas e modelos de gestão empresarial no Setor Elétrico Brasileiro". O trabalho discorre sobre a importância da avaliação das estratégias competitivas e dos modelos de gestão empresarial como uma ferramenta de trabalho para o Estado na elaboração do modelo institucional que vem sendo implementado para o Setor Elétrico Brasileiro. No mesmo trabalho são levantados alguns tópicos a serem considerados na formulação de estratégias competitivas, levando as empresas concessionárias à olharem além do processo de transição para o novo desenho institucional do Setor Elétrico Brasileiro.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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