1- Racionamento tem data para início: 01.06.2001 |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, teve uma reunião fechada
com os seus principais assessores no prédio da Petrobras, no dia
20.04.2001, no Rio de Janeiro, onde foram discutidas as diretrizes
que balizarão o racionamento de energia elétrica a partir do dia
01.06.2001. O plano de contingenciamento afetará diretamente a
vida de 133 milhões de pessoas, nas regiões Sudeste, Nordeste
e Centro-Oeste, que, em conjunto, representam 80% do PIB. Consciente
dos riscos políticos que envolvem as restrições ao uso da energia
elétrica, o governo adotará um racionamento de forma gradativa.
Nos próximos dias, as autoridades governamentais aumentarão os
contatos com os governadores dos estados e com as entidades representativas
do empresariado, para explicar os motivos que levarão o governo
a aplicar o racionamento. Dos governadores, o governo federal
espera colaboração, para que não existam resistências regionais
na adoção das impopulares medidas. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)
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2- Racionamento imporá cotas de consumo |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, determinou à Aneel
que inicie as simulações para que seja aplicado um racionamento
que tecnicamente se baseia na imposição de cotas de consumo a
todos os tipos de usuários de eletricidade, de modo que os próprios
consumidores possam administrar a redução do gasto. Haverá, no
entanto, punições na tarifa para quem ultrapassar os limites que
serão identificados pelas concessionárias de distribuição. Agora,
os técnicos da Aneel fazem as simulações sobre o eventual impacto
do contingenciamento nas diversas classes de consumo de eletricidade,
já que as reduções atingirão os setores industrial, comercial,
residencial, rural, os serviços públicos e a iluminação pública.
Os técnicos do governo estão fazendo exercícios com base no consumo
de cada classe de usuário, nos últimos três meses. Haverá um fator
de multiplicação que elevará o total da conta de cada consumidor,
se, no mês, ele ultrapassar a cota de consumo definida pela distribuidora
regional. Caso numa etapa posterior do plano de racionamento não
haja uma contribuição maciça por parte dos usuários as autoridades
partirão para a medida mais extrema, que será o corte puro e simples
das cargas. O governo cortará a quantidade de energia disponível
para o consumo e cada consumidor vai se virar dentro dos limites
que o ONS imporá a cada distribuidora. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)
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3- Racionamento poderá afetar também regiões Norte
e Sul |
Embora o governo já esteja convencido que o racionamento atingirá
Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, ainda não está totalmente afastada
a possibilidade que também seja estendido às regiões Norte e Sul.
Segundo lembrou uma fonte do governo, atualmente há sobra de energia
na região Sul, mas, por volta de agosto de 2001, a situação já
será bem diferente. Também no Norte os reservatórios estarão em
boa condição até o final de maio de 2001, mas a partir daí ninguém
sabe o que acontecerá. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)
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4- Governo privilegiará serviços públicos essenciais
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O governo já definiu que haverá um tratamento privilegiado para
os serviços públicos considerados essenciais (abastecimento de
água, comunicações, segurança, hospitais ou bombeiros), mas não
terá contemplação em impor condições mais severas para as classes
de consumo enquadradas em segmentos que exploram o lazer e o conforto.
O consumo residencial, por exemplo, precisará ser reduzido entre
15% e 20%; o industrial entre 5% e 10%; o comercial entre 10%
e 20%; a iluminação pública deverá ser diminuída em 25%, para
que não fiquem totalmente depreciadas as condições de segurança
à população. O consumo próprio do governo deverá cair 25%. (Gazeta
Mercantil - 23.04.2001)
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5- Inmet prevê mais seca no País |
O calor mais intenso durante abril de 2001, aliado à escassez
das chuvas, será responsável pela maior redução da história dos
níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas nas Regiões
Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do País. O boletim do Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que o clima quente vai
contribuir para evaporar a água nas barragens das Bacias do Rio
Grande, Paranaíba e Paraná, principais fontes de geração de energia
elétrica. As estimativas para os próximos 10 dias indicam que
a quantidade de chuvas no final do chamado "período molhado" não
deve atingir 25% da média histórica. Para piorar a situação, no
mês de maio de 2001, o Inmet previu que a quantidade de chuvas
deve ficar na marca dos 39 milímetros, bem abaixo do desempenho
dos últimos anos para o mês de abril, que foi de 120 milímetros
de chuva. Ocorre que abril de 2001 ficará com 60 milímetros de
chuva, um resultado que preocupa o governo federal. O cenário
irá piorar entre junho e julho de 2001, quando o período da seca
se intensifica ainda mais. Diante deste quadro climático, o chefe
da Divisão Meteorológica Aplicada do Inmet, Expedito Rebello,
afirma que o racionamento de energia elétrica no País "é inevitável".
(AE - 23.04.2001)
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6- ONS afirma que situação é crítica |
Na primeira quinzena de maio de 2001, o governo saberá se o programa
de racionalização está trazendo os resultados esperados ou se
haverá necessidade de medidas mais rigorosas para impedir a falta
de energia. A análise dos primeiros resultados será feito com
base no acompanhamento detalhado, pelo ONS, de cada subestação
de distribuição de eletricidade. "Isso dará ao governo uma melhor
definição para possíveis correções de rumo nas metodologias. O
que podemos dizer é que a situação é realmente crítica", disse
o presidente da ONS, Mario Santos. O resultado, que será enviado
ao Ministério de Minas e Energia, deverá orientar ações diferenciadas
por região, com concentração de medidas em locais onde a racionalização
não tenha apresentado o retorno esperado. O racionamento, palavra
que o presidente da ONS tem tentado evitar, é tido como praticamente
certo pela maioria dos analistas de energia. (Estado - 23.04.2001)
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7- Abradee apresenta proposta para evitar racionamento |
A Abradee (Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia
Elétrica) irá propor ao governo a adoção imediata de sistema de
cotas de consumo de energia para que não haja colapso no abastecimento
nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A proposta não prevê
corte no fornecimento. O sistema consiste em que os consumidores
que gastarem mais energia do que uma média a ser definida pagam
tarifa maior. Quem poupar, no entanto, é beneficiado com desconto
na tarifa. Para os consumidores residenciais, o sistema teria
de ser adaptado. As distribuidoras avaliam que, se o preço para
quem consumir a mais do que a cota for muito alto, o resultado
mais provável será a inadimplência e não uma redução do consumo.
O sistema de cotas com variação de tarifas de acordo com o consumo
já chegou a ser estudado pelo governo como alternativa ao corte
de energia em um cenário de racionamento para este ano. O sistema
foi adotado no racionamento de energia acontecido no Nordeste,
em 1987. (Folha - 22.04.2001)
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8- Proposta da Abradee pressupõe atuação do MAE |
Para que o sistema de cotas de consumo proposto pela Abradee dê
certo, é necessário que o MAE esteja funcionando. Por causa do
impasse gerado pela dívida de Furnas com o mercado, não são feitos
negócios no mercado desde setembro de 2000. O sistema proposto
prevê que a energia poupada pelos consumidores seja vendida a
um preço maior pela distribuidora no MAE. Com o lucro, ela poderia
oferecer tarifas menores. Já o consumidor que consumisse a mais,
seria abastecido pela distribuidora com energia comprada também
no MAE e, por isso, pagaria uma tarifa maior. Além de propor a
adoção imediata do sistema de cotas, as distribuidoras vão sugerir
a aplicação dos recursos que deveriam ser destinados a pesquisa
e tecnologia para programas de eficiência energética, principalmente
campanhas publicitárias de incentivo à redução do consumo. (Folha
- 22.04.2001)
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9- Abradee fala em "clima de racionamento" |
Para o diretor-executivo da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, o
governo deveria adotar logo medidas mais efetivas para redução
do consumo. "A adoção de medidas menos amenas é melhor do que
o clima de racionamento que já está instaurado", disse. Guimarães
avalia que o clima de racionamento pode levar grandes consumidores,
como indústrias, a aumentarem a produção para fazer estoque, o
que contribui para baixar ainda mais o nível de água nos reservatórios
das hidroelétricas e aumentar a possibilidade de colapso no abastecimento.
Além de propor a adoção imediata do sistema de cotas, as distribuidoras
vão sugerir a aplicação dos recursos que deveriam ser destinados
a pesquisa e tecnologia para programas de eficiência energética,
principalmente campanhas publicitárias de incentivo à redução
do consumo. O setor elétrico vai defender que os programas de
expansão do sistema (como o Luz no Campo e outros ligados a universalização
do acesso a energia elétrica) não sejam afetados no racionamento.
(Folha - 22.04.2001)
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10- Crise energética preocupa Santa Catarina |
Segundo o presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Federação
das Indústrias de Santa Catarina, Albano Schmidt, o efeito dominó
de uma crise de energia na região Sudeste, onde é colocada grande
parte da produção catarinense, pode causar um forte impacto à
produção local. Outra questão é que a matéria-prima utilizada
pela indústria é proveniente do Sudeste, principalmente de São
Paulo. Com os fornecedores do Sudeste em baixa, não há como fugir
de uma queda na produção de Santa Catarina. A mesma preocupação
é demonstrada pelo executivo Walter Janssen, diretor de marketing
do Grupo Weg, a maior indústria de motores elétricos da América
Latina, com sede em Jaraguá do Sul. Segundo ele, o agravamento
da crise no segundo semestre provocará o desaquecimento da economia
como um todo. De modo geral, os empresários são unânimes em destacar
a necessidade de dois planos de ação imediata: um mais rápido,
que consiste na substituição de equipamentos elétricos de menor
consumo, principalmente nas indústrias. (Diário Catarinense -
23.04.2001)
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1- Gerasul acelera projetos de usinas |
A Gerasul, cujas principais usinas estão na região sul, deseja
pôr em funcionamento a sua hidrelétrica de Cana Brava (GO) até
julho de 2002, antecipando em 18 meses o prazo estabelecido no
contrato de concessão. Em agosto de 2001 a empresa espera ativar
a termelétrica William Arjona (MS), que estará capacitada a gerar
120 MW e que deverá liberar para o Sudeste energia que deveria
atender o Centro-Oeste. As três grandes turbinas de Cana Brava
poderão gerar 450 MW, e abastecerão especialmente o Centro-Oeste
e a Bahia. Os custos da obra estão 7% abaixo do que fora orçado,
o investimento será de US$ 800 por quilowatt. (O Globo -23.04.2001)
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1- Aneel altera estrutura do MAE |
A Aneel emitiu, dia 20.04.2001, três resoluções que alteram a
estrutura do MAE. As resoluções foram publicadas no dia 23.04.2001,
no Diário Oficial da União. Clique aqui
para ler a resolução nº 162/2001, que autoriza a ASMAE, estabelece
suas atribuições e submete seus regulamentos e atos normativos
à aprovação da ANEEL. Para ler a resolução nº 161/2001, que estabelece
o arranjo de garantias financeiras e as penalidades vinculadas
à compra e venda de energia elétrica, no âmbito do MAE, clique
aqui.
Para ler a resolução nº 160/2001, que altera a estrutura operacional
do MAE, cria o Conselho do Mercado Atacadista de Energia Elétrica
- COMAE, e extingue o Comitê Executivo - COEX, clique aqui.
(Aneel - 23.04.2001)
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2- Conselho do MAE substitui Coex |
De acordo com a resolução da Aneel nº 160/2001, o Comitê Executivo
do MAE (Coex) dará lugar ao Conselho do Mercado Atacadista de
Energia (COMAE), formado por seis profissionais não vinculados
aos agentes do mercado pelo menos nos últimos quatro meses e que
também terão de cumprir uma quarentena ao deixarem a instituição.
Serão dois profissionais indicados pela categoria de consumo,
dois da categoria de produção e dois pela Aneel. Além disso, o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Asmae terão um
representante sem direito a voto. (Canal Energia - 20.04.2001)
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3- Aneel define garantias para comercialização de energia
no MAE |
De acordo com a resolução nº 161/2001, a Aneel define garantias
e penalidades para a comercialização de energia no MAE. As garantias
serão de três tipos: carta de fiança bancária; recebíveis (contrato
de energia, títulos públicos, CDB etc.); e conta de liquidação
financeira (contrato bancário para transferência dos valores devidos
mensalmente no MAE para uma conta específica). Já as penalidades
podem ser: multa de R$ 100 mil, já no primeiro dia de inadimplência,
e que pode chegar a até 10% do valor da receita; proibição de
participar de leilões de geração e linhas de transmissão; entrada
automática no regime de fiscalização técnica e financeira; e,
em caso de reincidência, processo no CADE para aplicação de penalidade
ao administrador. (Canal Energia - 20.04.2001)
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4- Aneel afirma que medidas irão dar mais rapidez ao
mercado |
Segundo a Aneel, as medidas que alteraram a estrutura do MAE,
pretendem dar mais rapidez às negociações no mercado e estimular
os investimentos na expansão da oferta de energia, além de tratar
da profissionalização do Conselho Executivo do MAE (Coex). Segundo
o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, as medidas não alteram
os princípios do mercado, mas sim aprimoram os mecanismos que
permitem seu funcionamento em consonância com as necessidades
de crescimento do setor energético e da prestação adequada de
serviços à sociedade. "A estrutura atual do MAE e o Comitê Executivo
foram importantes para a implantação do mercado e aprovação das
regras iniciais de funcionamento. No entanto, precisa mais e,
por isso, estamos tratando de deslanchar a competição", disse
o diretor-geral. As mudanças promovidas pela Aneel na condução
do MAE aproximam o modelo do mercado brasileiro àquele praticado
no Canadá e em alguns estados americanos, onde a gestão é profissionalizada.
(Canal Energia - 20.04.2001)
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1- Indústrias tentam reduzir impacto cambial |
Depois do rompimento da paridade artificial entre real e dólar,
em janeiro de 1999, o fantasma da desvalorização volta a assustar.
A cotação da moeda americana superior a R$ 2 deixou em estado
de alerta o setor produtivo, em especial as empresas que trabalham
com componentes importados ou com insumos cuja variação de preço
guarda relação com o dólar. As empresas têm feito uma verdadeira
ginástica para reduzir, ao máximo, o impacto sobre as margens
de custo. Corte de custos, redução de margens e dos prazos de
venda e substituição de matérias-primas importadas estão entre
as práticas adotadas. A Voith Siemens Hydro Power Generation,
fabricante de turbinas de hidrelétricas, tem, como filosofia,
o que o presidente da empresa Edgar Horny chama de 'hedge natural'.
'Exportamos, no mínimo, duas vezes mais do que importamos', diz.
Trata-se, segundo ele, de um mecanismo de defesa. (Gazeta Mercantil
- 23.04.2001)
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2- Empréstimo pós fica 6,5 pontos percentuais mais
barato |
Os juros dos empréstimos balizados no mercado futuro subiram dois
pontos percentuais só no dia 20.04.2001. As taxas futuras de ano
saíram de 21% para 23% e deixaram as empresas que precisam se
financiar apreensivas. No curto prazo, a melhor opção, segundo
analistas, é o financiamento pós-fixado, que tem por base o CDI
- que acompanha a taxa básica de juros, hoje em 16,25% ao ano.
Ou seja, uma diferença de mais de 6,5 pontos percentuais. Os analistas
alertam as empresas, entretanto, para que fiquem atentas aos 'spreads'
cobrados pelos bancos. Como a diferença de preços entre uma opção
ou outra de financiamento é muito grande, abre espaço para os
bancos cobrarem de uma mesma empresa um prêmio maior nos empréstimos
pós-fixados. Se o 'spread' for de 2% ao ano, por exemplo, o tomador
pagaria hoje 25,5% a.a no empréstimo pré ou 18,57% a.a no empréstimo
pós. Os especialistas, lembram ainda que nos empréstimos pós-fixados,
o cliente corre o risco de mudança de taxas. O BC pode elevar
muito as taxas básicas por motivo de crise, por exemplo, o que
pode encarecer bastante os contratos pós-fixados. Por isso, a
recomendação é para o curto prazo. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)
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3- Instabilidade desestimula entrada de dólares para
o Brasil |
Os especialistas alertam que há sérios obstáculos para que as
alterações nas taxas possam estimular a entrada de dólares no
País. A atratividade de operações de arbitragem poderia ajudar
o País a aumentar o fluxo de recursos externos, via captações
ou investimentos de curto prazo, reduzindo em parte a pressão
sobre o câmbio. O Brasil vai precisar de um total de US$ 55 bi
em 2001 para fechar suas contas, somando-se o déficit de conta
corrente e os vencimentos de dívidas pública e privada, segundo
estimativa da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais
e da Globalização Econômica (Sobeet). Desse total, US$ 22 bi devem
vir de investimentos diretos. Os restantes US$ 33 bi virão de
captações. Segundo o presidente da Sobeet, Antônio Corrêa de Lacerda,
pela primeira vez em quatro anos, os investimentos estrangeiros
diretos no Brasil não irão cobrir o balanço de transações correntes
nacionais, que deve alcançar US$ 27,2 bi. Desde o início de março,
quando os juros internos e o cupom cambial subiram, os bancos
brasileiros já captaram quase US$ 1 bi no mercado externo, a maioria
com o objetivo de ganhar com arbitragem. Nesse mesmo período,
somente três empresas nacionais conseguiram levantar recursos
externos, mas apenas por meio 'commercial papers' (Petrobras e
CSN) e de empréstimo sindicalizado (Light). (Gazeta Mercantil
- 23.04.2001)
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4- Fundos derivativos ganham com alta de juros e dólar
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Apesar da volatilidade do mercado nos últimos dias, alguns investidores
não têm do que reclamar. Quem aplicou em fundos derivativos de
algumas instituições obteve ganhos de mais de 3% até o dia 19.04.2001.
Muitos gestores aproveitaram a alta do dólar e dos juros para
elevar o ganho das carteiras. Outros profissionais ganharam com
operações na bolsa paulista. Segundo especialistas, a vantagem
de um fundo derivativo é justamente poder aproveitar os momentos
de maior turbulência para conseguir retornos maiores. O que fica
mais complicado com um fundo de renda variável. Em março de 2001,
outro mês marcado por fortes oscilações dos mercados, 15 fundos
derivativos agressivos, de um total de 38 carteiras, tiveram perdas;
no mês de abril, o número caiu para nove fundos. O Fintex FIF,
carteira agressiva da Dreyfus Brascan, rende 1,81% no mês de abril
após perder mais de 13% no mês de março. Dos 139 derivativos moderados
com cotas atualizadas acompanhados pelo InvestNews, 12 têm perdas
no mês de abril ante 37 fundos em março. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)
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Na terceira semana de abril de 2001, a taxa usada em negócios
com prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou
entre 1,85% e 3,18% mensais no dia 20.04.2001. As pequenas e médias
companhias fecharam negócios entre 1,93% e 3,86%. Em relação ao
desconto de duplicata, nos negócios de 31 dias para grandes empresas,
a taxa oscilou de 1,69% a 2,40% ao mês. Para pequenas e médias,
a faixa de flutuação foi de 2,75% a 4,40%. Nessa semana as grandes
companhias obtiveram taxas entre 22,70% e 60,10% ao ano de capital
de giro prefixado, enquanto as pequenas e médias arcaram com custo
de 36,97% a 67,65%. Já a taxa do vendor e compror oscilou de 21,84%
a 27,72% ao ano para grandes empresas e de 27,87% a 41,75% ao
ano para pequenas e médias. A Conta Garantida, nas operações de
31 dias para grandes companhias, o intervalo ficou entre 1,80%
e 3,50% ao mês. Pequenas e médias empresas conseguiram taxas de
2,82% a 5% ao mês. Em relação ao factoring, o custo das operações
de fomento mercantil, fechou a semana com a taxa média baixa em
3,85% e a alta em 3,89% ao mês. A taxa média para o cliente, resolução
63, ficou em 13,60% ao ano. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)
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1- Governo só vai definir preço do gás em maio de 2001 |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, informou que a questão
cambial e de preço do gás natural importado da Bolívia só será
decidida em meados de maio de 2001. Nesta semana, o ministro vai
conduzir mais uma rodada de negociações para solucionar o impasse
em torno do produto. Na mesa, estarão ainda representantes do
Ministério da Fazenda, da Aneel e ANP. No entanto, José Jorge
já manifestou seu desejo de manter a cotação do gás importado
em dólar, com a Petrobras assumindo os riscos de uma desvalorização
cambial. O gás nacional seria cotado em real. Uma das propostas
prevê a cotação do transporte do gás em real, quando este estiver
em solo brasileiro, e em dólar, em território boliviano. Com isso,
o Governo acredita que estaria viabilizando as usinas térmicas
a gás, especialmente as situadas em Campo Grande e Corumbá. Uma
das barreiras para tornar o gás boliviano cotado em real está
nas garantias oferecidas pelo Tesouro Nacional aos investidores
estrangeiros, que se uniram à Petrobras para construir o Gasoduto
Bolívia-Brasil. O Tesouro teme arcar com os prejuízos de uma possível
desvalorização do produto. (Jornal Correio do Estado - 23.04.2001)
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2- Enersul espera que preço do gás boliviano seja tabelado
em real |
A expectativa do presidente da Enersul, Francisco Gomide, é que
o preço do gás boliviano seja tabelado em real. "Não nos conformamos
que o preço do gás natural seja dolarizado. E acredito que o Governo
verá a necessidade de vender o produto em real", frisou. Além
disso, Gomide defende o preço diferenciado para o combustível
em Mato Grosso do Sul para que o Estado possa atrair as indústrias.
"Estamos mais próximos do gás, e a tarifa igual prejudica o Mato
Grosso do Sul, que perderá a competitividade em atrair empresas
de outros Estados", frisou. Gomide reforçou, no entanto, que acredita
que a diferenciação de preço poderá sair. "Se isso ocorrer, teremos
um crescimento econômico de 7% a 8% nos próximos dez anos". (Jornal
Correio do Estado - 23.04.2001)
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3- Cancelada construção de termelétrica em Cubatão
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A instalação da usina termelétrica Central
de Co-geração da Baixada Santista (CCBS) na refinaria Presidente
Bernardes, em Cubatão (SP), projetada para gerar 185 MW e de propriedade
do consórcio formado pela Petrobras e Marubeni Corporation, está
cancelada provisoriamente por decisão da juíza da 1ª Vara Cível
da cidade, Simone Curado Ferreira Oliveira. Ela suspendeu liminarmente
a licença ambiental prévia que havia sido concedida pelo Conselho
Estadual do Meio Ambiente (Consema). A decisão atendeu a pedido
do Ministério Público e de algumas ONGs, formulado em uma ação
civil pública. Segundo o parecer apresentado, o principal problema
do empreendimento é a sua localização em uma área já saturada
de poluentes, principalmente de ozônio. A juíza levou em consideração
o argumento de que a termelétrica não teria controles de poluição
para emissões de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos
de nitrogênio, desrespeitado o artigo 42 do regulamento estadual
997/76. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)
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4- Usinas térmicas de bagaço podem ter financiamento
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A Fiesp e o BNDES negociam a criação de uma linha especial de
financiamentos abaixo de R$ 7 mi para investimentos em pequenas
usinas térmicas de bagaço de cana-de-açúcar. O diretor do Departamento
de Infra-estrutura Industrial da Fiesp, Luiz Gonzaga Bertelli,
explicou que as garantias para o financiamento seriam a do contrato
de compra de energia (PPA) produzida nas usinas sucroalcooleiras
e os equipamentos industriais financiados. Porém, se elas forem
insuficientes para a concessão de créditos, as usinas interessadas
concederiam garantias reais, cujos valores seriam definidos na
análise de cada projeto e operação. (Jornal do Commercio - 23.04.2001)
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5- Termonorte dobrará oferta de energia |
A Termonorte investirá de US$ 280 mi em duas usinas termelétricas
que dobrarão a capacidade de geração do parque térmico de Porto
Velho de atuais 380 MW para 746 MW. Como a atual demanda da cidade
é de cerca de 350 MW no pico de consumo, há um projeto para exportação
do excedente para outras regiões do País. Os linhões de expansão
do serviço ao longo da BR-364 vão proporcionar ainda o desenvolvimento
da área vizinha a Porto Velho. O pacote da compra do equipamento,
montagem e entrada em operação da Termonorte 1, usina de 64 MW
e que entrou em funcionamento no ano 2000, custou US$ 60 mi. A
implantação da segunda usina da Termonorte em Porto Velho começou
no início de abril de 2001. Está avaliada em US$ 220 mi e, quando
concluída, gerará 340 MW de energia e, de acordo como projeto,
será constituída por três turbinas a gás e uma turbina a vapor.
Esta última tem potência de 130 MW, já as demais, 70 MW cada.
A primeira turbina entrará em funcionamento até o final de 2001
e a última, em 2003. (Gazeta Mercantil - AM - 23.04.2001)
Índice
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1- Indústria de cloro e soda já se prepara para racionamento |
Um dos setores mais dependentes de energia elétrica para a fabricação
de seus produtos, a indústria de cloro e soda, já se prepara para
uma queda de 5% no ritmo de atividade das fábricas em 2001 por
conta do racionamento de energia. "Essa redução na produção de
cloro e soda vai ter impacto na fabricação de outras indústrias,
como químicas, siderúrgicas, de produtos de limpeza e alimentos.
Elas são grandes usuárias de cloro e soda", afirma Mário Cilento,
presidente da Abiclor, associação que reúne os fabricantes do
setor. A energia elétrica é matéria-prima básica para produção
de cloro e soda, assim como a celulose é para a fabricação de
papel. Segundo Cilento, as empresas do setor deverão tomar algumas
providências para minimizar o impacto do racionamento de energia.
Uma idéia já discutida entre elas é antecipar para o período da
seca, que vai de maio a novembro, a paralisação das fábricas para
manutenção das máquinas. Isso geralmente acontece no final do
ano. (Folha - 22.04.2001)
Índice
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1- Canadá, EUA e México anunciam grupo para aumentar
o comércio de energia |
Os líderes do Canadá, EUA e México anunciaram, durante a Cúpula
das Américas, a criação de uma força-tarefa para facilitar o comércio
de energia na América do Norte, enquanto o continente caminha
para um mercado comum de energia. O primeiro-ministro canadense
afirmou que não porá nenhuma barreira a venda de energia aos EUA,
mas antes assegurará o abastecimento de suas províncias para depois
aumentar suas exportações. Disse ainda que serão anos e não meses
que determinarão o fim desse processo. O presidente dos EUA, George
W. Bush, afirmou que seu país precisa de energia e se os seus
vizinhos estão procurando mercado para vender sua produção, já
encontraram. O governo mexicano afirmou que gostaria de vender
mais energia ao seu parceiro do norte. (National Post - 23.04.2001)
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2- Bruxelas reinicia estudo da proposta da Ferroatlântico
e EnBW sobre a Hidrocantábrico |
A Comissão Européia retomou sua investigação da oferta de compra
de ações da Hidrocantábrico pelo consórcio formado por Ferroatlântico
e EnBW, informaram fontes da Comissão. O Executivo comunicou que
havia suspendido a análise temporariamente pois as empresas não
haviam fornecido todas as informações necessárias sobre o processo,
que foram apresentadas em 20.04.2001. O Executivo agora tem dez
dias para reavaliar a informação e procurar opiniões de terceiros
e dar o veredicto final. (Enervia 23.04.2001)
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3- El Paso divulga lucros do primeiro trimestre de
2001 |
A
El Paso anunciou, dia 23.04.2001, seu balanço dos três primeiros
meses de 2001. O faturamento no período cresceu 39,7%, pulando
de US$ 138,045 mi em 2000 para US$ 192, 879 mi em 2001. O lucro
líquido aumentou em quase US$ 10 mi, indo de US$ 8 mi para 18,598
mi em 2001, um aumento de 43%. O lucro líquido por ação foi de
US$ 0,36. (Dow Jones - 23.04.2001)
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4- Lucros da Edison SpA crescem 15% no primeiro trimestre
de 2001 |
A Edison Spa, maior produtor privado de eletricidade da Itália,
anunciou, dia 23.04.2001, que seu faturamento líquido no primeiro
trimestre cresceu 52%, alcançando US$ 778,2 mi. Em 2000 foram
arrecadados US$ 510 mi no mesmo período. A diferença foi proporcionada
pelo aumento das vendas de energia e por preços favoráveis de
petróleo. O lucro líquido cresceu 15%, alcançando US$ 150,6 mi
contra 130,6 mi nos três primeiros meses de 2000. Os investimentos
durante o período, que praticamente dobraram para US$ 90,18 mi,
se concentraram no desenvolvimento de atividades ligadas a telecomunicações
e a construção de novas usinas. (Dow Jones - 23.04.2001)
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1- COELBA convoca acionistas para AGE |
A COELBA convocou os seus acionistas para Assembléia Geral e Ordinária,
dia 25.04.2001, às 11:00h, na sede social, na Av. Edgar Santos,
300, bloco B, Salvador/BA, para deliberarem sobre: a) Demonstrações
Financeiras e Relatório da Administração relativos ao exercício
de 2000; b) destinação do lucro líquido e distribuição de dividendos;
c) eleição dos membros do Conselho de Administração e Conselho
Fiscal; d) Fixação da remuneração global anual dos administradores
da companhia e do Conselho Fiscal para o exercício de 2001. Extraordinariamente,
deliber sobre alteração do Estatuto Social.
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2- CAIUÁ convoca acionista para AGE |
A CAIUÁ convocou seus acionistas a se reunirem em Assembéia Geral
Ordinária e Extraordinária, dia 26.04.2201, às 08:00h, na sede
social, na Av. Paulista, 2.439 - 5º andar, São Paulo/SP, para
deliberarem sobre: a) Demonstrações Financeiras e Relatório da
Diretoria, referente ao exercício social de 2000 e destinação
do resultado do exercício; b) eleição de membros do Conselho de
Administração e do Conselho Fiscal; c) fixação dos honorários
dos administradores para o exercício de 2001.
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3- RGE convoca acionistas para AGE |
A Rio Grande Energia S/A convocou seus acionistas
para Assembléia Ordinária e Extraordinária, dia 26.04.2001, às
16:00h, na sede social, na R. São Luiz, 77, 7º andar, Porto Alegre/RS,
para deliberarem ordinariamente sobre: a) Relatório da Administração,
Demonstrações Financeiras, Parecer do Conselho Fiscal e dos Autditores
Independentes, refernetes ao exercício de 2000; b) distribuição
de dividendos; c) eleição de membros do Conselho de Administração
e Conselho Fiscal; d) fixação da remuneração dos Administradores
e do Conselho Fiscal. E deliberarem extraordinariamente sobre:
a) alteração do Estatuto Social; b) Consolidação do Estatuto Social
da Companhia.
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena,
Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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