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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 627 - 23 de abril de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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risco e racionamento

1- Racionamento tem data para início: 01.06.2001

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, teve uma reunião fechada com os seus principais assessores no prédio da Petrobras, no dia 20.04.2001, no Rio de Janeiro, onde foram discutidas as diretrizes que balizarão o racionamento de energia elétrica a partir do dia 01.06.2001. O plano de contingenciamento afetará diretamente a vida de 133 milhões de pessoas, nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, que, em conjunto, representam 80% do PIB. Consciente dos riscos políticos que envolvem as restrições ao uso da energia elétrica, o governo adotará um racionamento de forma gradativa. Nos próximos dias, as autoridades governamentais aumentarão os contatos com os governadores dos estados e com as entidades representativas do empresariado, para explicar os motivos que levarão o governo a aplicar o racionamento. Dos governadores, o governo federal espera colaboração, para que não existam resistências regionais na adoção das impopulares medidas. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)

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2- Racionamento imporá cotas de consumo

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, determinou à Aneel que inicie as simulações para que seja aplicado um racionamento que tecnicamente se baseia na imposição de cotas de consumo a todos os tipos de usuários de eletricidade, de modo que os próprios consumidores possam administrar a redução do gasto. Haverá, no entanto, punições na tarifa para quem ultrapassar os limites que serão identificados pelas concessionárias de distribuição. Agora, os técnicos da Aneel fazem as simulações sobre o eventual impacto do contingenciamento nas diversas classes de consumo de eletricidade, já que as reduções atingirão os setores industrial, comercial, residencial, rural, os serviços públicos e a iluminação pública. Os técnicos do governo estão fazendo exercícios com base no consumo de cada classe de usuário, nos últimos três meses. Haverá um fator de multiplicação que elevará o total da conta de cada consumidor, se, no mês, ele ultrapassar a cota de consumo definida pela distribuidora regional. Caso numa etapa posterior do plano de racionamento não haja uma contribuição maciça por parte dos usuários as autoridades partirão para a medida mais extrema, que será o corte puro e simples das cargas. O governo cortará a quantidade de energia disponível para o consumo e cada consumidor vai se virar dentro dos limites que o ONS imporá a cada distribuidora. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)

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3- Racionamento poderá afetar também regiões Norte e Sul

Embora o governo já esteja convencido que o racionamento atingirá Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, ainda não está totalmente afastada a possibilidade que também seja estendido às regiões Norte e Sul. Segundo lembrou uma fonte do governo, atualmente há sobra de energia na região Sul, mas, por volta de agosto de 2001, a situação já será bem diferente. Também no Norte os reservatórios estarão em boa condição até o final de maio de 2001, mas a partir daí ninguém sabe o que acontecerá. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)

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4- Governo privilegiará serviços públicos essenciais

O governo já definiu que haverá um tratamento privilegiado para os serviços públicos considerados essenciais (abastecimento de água, comunicações, segurança, hospitais ou bombeiros), mas não terá contemplação em impor condições mais severas para as classes de consumo enquadradas em segmentos que exploram o lazer e o conforto. O consumo residencial, por exemplo, precisará ser reduzido entre 15% e 20%; o industrial entre 5% e 10%; o comercial entre 10% e 20%; a iluminação pública deverá ser diminuída em 25%, para que não fiquem totalmente depreciadas as condições de segurança à população. O consumo próprio do governo deverá cair 25%. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)

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5- Inmet prevê mais seca no País

O calor mais intenso durante abril de 2001, aliado à escassez das chuvas, será responsável pela maior redução da história dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do País. O boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que o clima quente vai contribuir para evaporar a água nas barragens das Bacias do Rio Grande, Paranaíba e Paraná, principais fontes de geração de energia elétrica. As estimativas para os próximos 10 dias indicam que a quantidade de chuvas no final do chamado "período molhado" não deve atingir 25% da média histórica. Para piorar a situação, no mês de maio de 2001, o Inmet previu que a quantidade de chuvas deve ficar na marca dos 39 milímetros, bem abaixo do desempenho dos últimos anos para o mês de abril, que foi de 120 milímetros de chuva. Ocorre que abril de 2001 ficará com 60 milímetros de chuva, um resultado que preocupa o governo federal. O cenário irá piorar entre junho e julho de 2001, quando o período da seca se intensifica ainda mais. Diante deste quadro climático, o chefe da Divisão Meteorológica Aplicada do Inmet, Expedito Rebello, afirma que o racionamento de energia elétrica no País "é inevitável". (AE - 23.04.2001)

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6- ONS afirma que situação é crítica

Na primeira quinzena de maio de 2001, o governo saberá se o programa de racionalização está trazendo os resultados esperados ou se haverá necessidade de medidas mais rigorosas para impedir a falta de energia. A análise dos primeiros resultados será feito com base no acompanhamento detalhado, pelo ONS, de cada subestação de distribuição de eletricidade. "Isso dará ao governo uma melhor definição para possíveis correções de rumo nas metodologias. O que podemos dizer é que a situação é realmente crítica", disse o presidente da ONS, Mario Santos. O resultado, que será enviado ao Ministério de Minas e Energia, deverá orientar ações diferenciadas por região, com concentração de medidas em locais onde a racionalização não tenha apresentado o retorno esperado. O racionamento, palavra que o presidente da ONS tem tentado evitar, é tido como praticamente certo pela maioria dos analistas de energia. (Estado - 23.04.2001)

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7- Abradee apresenta proposta para evitar racionamento

A Abradee (Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica) irá propor ao governo a adoção imediata de sistema de cotas de consumo de energia para que não haja colapso no abastecimento nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A proposta não prevê corte no fornecimento. O sistema consiste em que os consumidores que gastarem mais energia do que uma média a ser definida pagam tarifa maior. Quem poupar, no entanto, é beneficiado com desconto na tarifa. Para os consumidores residenciais, o sistema teria de ser adaptado. As distribuidoras avaliam que, se o preço para quem consumir a mais do que a cota for muito alto, o resultado mais provável será a inadimplência e não uma redução do consumo. O sistema de cotas com variação de tarifas de acordo com o consumo já chegou a ser estudado pelo governo como alternativa ao corte de energia em um cenário de racionamento para este ano. O sistema foi adotado no racionamento de energia acontecido no Nordeste, em 1987. (Folha - 22.04.2001)

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8- Proposta da Abradee pressupõe atuação do MAE

Para que o sistema de cotas de consumo proposto pela Abradee dê certo, é necessário que o MAE esteja funcionando. Por causa do impasse gerado pela dívida de Furnas com o mercado, não são feitos negócios no mercado desde setembro de 2000. O sistema proposto prevê que a energia poupada pelos consumidores seja vendida a um preço maior pela distribuidora no MAE. Com o lucro, ela poderia oferecer tarifas menores. Já o consumidor que consumisse a mais, seria abastecido pela distribuidora com energia comprada também no MAE e, por isso, pagaria uma tarifa maior. Além de propor a adoção imediata do sistema de cotas, as distribuidoras vão sugerir a aplicação dos recursos que deveriam ser destinados a pesquisa e tecnologia para programas de eficiência energética, principalmente campanhas publicitárias de incentivo à redução do consumo. (Folha - 22.04.2001)

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9- Abradee fala em "clima de racionamento"

Para o diretor-executivo da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, o governo deveria adotar logo medidas mais efetivas para redução do consumo. "A adoção de medidas menos amenas é melhor do que o clima de racionamento que já está instaurado", disse. Guimarães avalia que o clima de racionamento pode levar grandes consumidores, como indústrias, a aumentarem a produção para fazer estoque, o que contribui para baixar ainda mais o nível de água nos reservatórios das hidroelétricas e aumentar a possibilidade de colapso no abastecimento. Além de propor a adoção imediata do sistema de cotas, as distribuidoras vão sugerir a aplicação dos recursos que deveriam ser destinados a pesquisa e tecnologia para programas de eficiência energética, principalmente campanhas publicitárias de incentivo à redução do consumo. O setor elétrico vai defender que os programas de expansão do sistema (como o Luz no Campo e outros ligados a universalização do acesso a energia elétrica) não sejam afetados no racionamento. (Folha - 22.04.2001)

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10- Crise energética preocupa Santa Catarina

Segundo o presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Albano Schmidt, o efeito dominó de uma crise de energia na região Sudeste, onde é colocada grande parte da produção catarinense, pode causar um forte impacto à produção local. Outra questão é que a matéria-prima utilizada pela indústria é proveniente do Sudeste, principalmente de São Paulo. Com os fornecedores do Sudeste em baixa, não há como fugir de uma queda na produção de Santa Catarina. A mesma preocupação é demonstrada pelo executivo Walter Janssen, diretor de marketing do Grupo Weg, a maior indústria de motores elétricos da América Latina, com sede em Jaraguá do Sul. Segundo ele, o agravamento da crise no segundo semestre provocará o desaquecimento da economia como um todo. De modo geral, os empresários são unânimes em destacar a necessidade de dois planos de ação imediata: um mais rápido, que consiste na substituição de equipamentos elétricos de menor consumo, principalmente nas indústrias. (Diário Catarinense - 23.04.2001)

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empresas

1- Gerasul acelera projetos de usinas

A Gerasul, cujas principais usinas estão na região sul, deseja pôr em funcionamento a sua hidrelétrica de Cana Brava (GO) até julho de 2002, antecipando em 18 meses o prazo estabelecido no contrato de concessão. Em agosto de 2001 a empresa espera ativar a termelétrica William Arjona (MS), que estará capacitada a gerar 120 MW e que deverá liberar para o Sudeste energia que deveria atender o Centro-Oeste. As três grandes turbinas de Cana Brava poderão gerar 450 MW, e abastecerão especialmente o Centro-Oeste e a Bahia. Os custos da obra estão 7% abaixo do que fora orçado, o investimento será de US$ 800 por quilowatt. (O Globo -23.04.2001)

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financiamento

1- Aneel altera estrutura do MAE

A Aneel emitiu, dia 20.04.2001, três resoluções que alteram a estrutura do MAE. As resoluções foram publicadas no dia 23.04.2001, no Diário Oficial da União. Clique aqui para ler a resolução nº 162/2001, que autoriza a ASMAE, estabelece suas atribuições e submete seus regulamentos e atos normativos à aprovação da ANEEL. Para ler a resolução nº 161/2001, que estabelece o arranjo de garantias financeiras e as penalidades vinculadas à compra e venda de energia elétrica, no âmbito do MAE, clique aqui. Para ler a resolução nº 160/2001, que altera a estrutura operacional do MAE, cria o Conselho do Mercado Atacadista de Energia Elétrica - COMAE, e extingue o Comitê Executivo - COEX, clique aqui. (Aneel - 23.04.2001)

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2- Conselho do MAE substitui Coex

De acordo com a resolução da Aneel nº 160/2001, o Comitê Executivo do MAE (Coex) dará lugar ao Conselho do Mercado Atacadista de Energia (COMAE), formado por seis profissionais não vinculados aos agentes do mercado pelo menos nos últimos quatro meses e que também terão de cumprir uma quarentena ao deixarem a instituição. Serão dois profissionais indicados pela categoria de consumo, dois da categoria de produção e dois pela Aneel. Além disso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Asmae terão um representante sem direito a voto. (Canal Energia - 20.04.2001)

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3- Aneel define garantias para comercialização de energia no MAE

De acordo com a resolução nº 161/2001, a Aneel define garantias e penalidades para a comercialização de energia no MAE. As garantias serão de três tipos: carta de fiança bancária; recebíveis (contrato de energia, títulos públicos, CDB etc.); e conta de liquidação financeira (contrato bancário para transferência dos valores devidos mensalmente no MAE para uma conta específica). Já as penalidades podem ser: multa de R$ 100 mil, já no primeiro dia de inadimplência, e que pode chegar a até 10% do valor da receita; proibição de participar de leilões de geração e linhas de transmissão; entrada automática no regime de fiscalização técnica e financeira; e, em caso de reincidência, processo no CADE para aplicação de penalidade ao administrador. (Canal Energia - 20.04.2001)

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4- Aneel afirma que medidas irão dar mais rapidez ao mercado

Segundo a Aneel, as medidas que alteraram a estrutura do MAE, pretendem dar mais rapidez às negociações no mercado e estimular os investimentos na expansão da oferta de energia, além de tratar da profissionalização do Conselho Executivo do MAE (Coex). Segundo o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, as medidas não alteram os princípios do mercado, mas sim aprimoram os mecanismos que permitem seu funcionamento em consonância com as necessidades de crescimento do setor energético e da prestação adequada de serviços à sociedade. "A estrutura atual do MAE e o Comitê Executivo foram importantes para a implantação do mercado e aprovação das regras iniciais de funcionamento. No entanto, precisa mais e, por isso, estamos tratando de deslanchar a competição", disse o diretor-geral. As mudanças promovidas pela Aneel na condução do MAE aproximam o modelo do mercado brasileiro àquele praticado no Canadá e em alguns estados americanos, onde a gestão é profissionalizada. (Canal Energia - 20.04.2001)

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financiamento

1- Indústrias tentam reduzir impacto cambial

Depois do rompimento da paridade artificial entre real e dólar, em janeiro de 1999, o fantasma da desvalorização volta a assustar. A cotação da moeda americana superior a R$ 2 deixou em estado de alerta o setor produtivo, em especial as empresas que trabalham com componentes importados ou com insumos cuja variação de preço guarda relação com o dólar. As empresas têm feito uma verdadeira ginástica para reduzir, ao máximo, o impacto sobre as margens de custo. Corte de custos, redução de margens e dos prazos de venda e substituição de matérias-primas importadas estão entre as práticas adotadas. A Voith Siemens Hydro Power Generation, fabricante de turbinas de hidrelétricas, tem, como filosofia, o que o presidente da empresa Edgar Horny chama de 'hedge natural'. 'Exportamos, no mínimo, duas vezes mais do que importamos', diz. Trata-se, segundo ele, de um mecanismo de defesa. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)

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2- Empréstimo pós fica 6,5 pontos percentuais mais barato

Os juros dos empréstimos balizados no mercado futuro subiram dois pontos percentuais só no dia 20.04.2001. As taxas futuras de ano saíram de 21% para 23% e deixaram as empresas que precisam se financiar apreensivas. No curto prazo, a melhor opção, segundo analistas, é o financiamento pós-fixado, que tem por base o CDI - que acompanha a taxa básica de juros, hoje em 16,25% ao ano. Ou seja, uma diferença de mais de 6,5 pontos percentuais. Os analistas alertam as empresas, entretanto, para que fiquem atentas aos 'spreads' cobrados pelos bancos. Como a diferença de preços entre uma opção ou outra de financiamento é muito grande, abre espaço para os bancos cobrarem de uma mesma empresa um prêmio maior nos empréstimos pós-fixados. Se o 'spread' for de 2% ao ano, por exemplo, o tomador pagaria hoje 25,5% a.a no empréstimo pré ou 18,57% a.a no empréstimo pós. Os especialistas, lembram ainda que nos empréstimos pós-fixados, o cliente corre o risco de mudança de taxas. O BC pode elevar muito as taxas básicas por motivo de crise, por exemplo, o que pode encarecer bastante os contratos pós-fixados. Por isso, a recomendação é para o curto prazo. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)

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3- Instabilidade desestimula entrada de dólares para o Brasil

Os especialistas alertam que há sérios obstáculos para que as alterações nas taxas possam estimular a entrada de dólares no País. A atratividade de operações de arbitragem poderia ajudar o País a aumentar o fluxo de recursos externos, via captações ou investimentos de curto prazo, reduzindo em parte a pressão sobre o câmbio. O Brasil vai precisar de um total de US$ 55 bi em 2001 para fechar suas contas, somando-se o déficit de conta corrente e os vencimentos de dívidas pública e privada, segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet). Desse total, US$ 22 bi devem vir de investimentos diretos. Os restantes US$ 33 bi virão de captações. Segundo o presidente da Sobeet, Antônio Corrêa de Lacerda, pela primeira vez em quatro anos, os investimentos estrangeiros diretos no Brasil não irão cobrir o balanço de transações correntes nacionais, que deve alcançar US$ 27,2 bi. Desde o início de março, quando os juros internos e o cupom cambial subiram, os bancos brasileiros já captaram quase US$ 1 bi no mercado externo, a maioria com o objetivo de ganhar com arbitragem. Nesse mesmo período, somente três empresas nacionais conseguiram levantar recursos externos, mas apenas por meio 'commercial papers' (Petrobras e CSN) e de empréstimo sindicalizado (Light). (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)

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4- Fundos derivativos ganham com alta de juros e dólar

Apesar da volatilidade do mercado nos últimos dias, alguns investidores não têm do que reclamar. Quem aplicou em fundos derivativos de algumas instituições obteve ganhos de mais de 3% até o dia 19.04.2001. Muitos gestores aproveitaram a alta do dólar e dos juros para elevar o ganho das carteiras. Outros profissionais ganharam com operações na bolsa paulista. Segundo especialistas, a vantagem de um fundo derivativo é justamente poder aproveitar os momentos de maior turbulência para conseguir retornos maiores. O que fica mais complicado com um fundo de renda variável. Em março de 2001, outro mês marcado por fortes oscilações dos mercados, 15 fundos derivativos agressivos, de um total de 38 carteiras, tiveram perdas; no mês de abril, o número caiu para nove fundos. O Fintex FIF, carteira agressiva da Dreyfus Brascan, rende 1,81% no mês de abril após perder mais de 13% no mês de março. Dos 139 derivativos moderados com cotas atualizadas acompanhados pelo InvestNews, 12 têm perdas no mês de abril ante 37 fundos em março. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)

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5- Custo do Dinheiro

Na terceira semana de abril de 2001, a taxa usada em negócios com prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 1,85% e 3,18% mensais no dia 20.04.2001. As pequenas e médias companhias fecharam negócios entre 1,93% e 3,86%. Em relação ao desconto de duplicata, nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 1,69% a 2,40% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi de 2,75% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram taxas entre 22,70% e 60,10% ao ano de capital de giro prefixado, enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 36,97% a 67,65%. Já a taxa do vendor e compror oscilou de 21,84% a 27,72% ao ano para grandes empresas e de 27,87% a 41,75% ao ano para pequenas e médias. A Conta Garantida, nas operações de 31 dias para grandes companhias, o intervalo ficou entre 1,80% e 3,50% ao mês. Pequenas e médias empresas conseguiram taxas de 2,82% a 5% ao mês. Em relação ao factoring, o custo das operações de fomento mercantil, fechou a semana com a taxa média baixa em 3,85% e a alta em 3,89% ao mês. A taxa média para o cliente, resolução 63, ficou em 13,60% ao ano. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- Governo só vai definir preço do gás em maio de 2001

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, informou que a questão cambial e de preço do gás natural importado da Bolívia só será decidida em meados de maio de 2001. Nesta semana, o ministro vai conduzir mais uma rodada de negociações para solucionar o impasse em torno do produto. Na mesa, estarão ainda representantes do Ministério da Fazenda, da Aneel e ANP. No entanto, José Jorge já manifestou seu desejo de manter a cotação do gás importado em dólar, com a Petrobras assumindo os riscos de uma desvalorização cambial. O gás nacional seria cotado em real. Uma das propostas prevê a cotação do transporte do gás em real, quando este estiver em solo brasileiro, e em dólar, em território boliviano. Com isso, o Governo acredita que estaria viabilizando as usinas térmicas a gás, especialmente as situadas em Campo Grande e Corumbá. Uma das barreiras para tornar o gás boliviano cotado em real está nas garantias oferecidas pelo Tesouro Nacional aos investidores estrangeiros, que se uniram à Petrobras para construir o Gasoduto Bolívia-Brasil. O Tesouro teme arcar com os prejuízos de uma possível desvalorização do produto. (Jornal Correio do Estado - 23.04.2001)

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2- Enersul espera que preço do gás boliviano seja tabelado em real

A expectativa do presidente da Enersul, Francisco Gomide, é que o preço do gás boliviano seja tabelado em real. "Não nos conformamos que o preço do gás natural seja dolarizado. E acredito que o Governo verá a necessidade de vender o produto em real", frisou. Além disso, Gomide defende o preço diferenciado para o combustível em Mato Grosso do Sul para que o Estado possa atrair as indústrias. "Estamos mais próximos do gás, e a tarifa igual prejudica o Mato Grosso do Sul, que perderá a competitividade em atrair empresas de outros Estados", frisou. Gomide reforçou, no entanto, que acredita que a diferenciação de preço poderá sair. "Se isso ocorrer, teremos um crescimento econômico de 7% a 8% nos próximos dez anos". (Jornal Correio do Estado - 23.04.2001)

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3- Cancelada construção de termelétrica em Cubatão

A instalação da usina termelétrica Central de Co-geração da Baixada Santista (CCBS) na refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP), projetada para gerar 185 MW e de propriedade do consórcio formado pela Petrobras e Marubeni Corporation, está cancelada provisoriamente por decisão da juíza da 1ª Vara Cível da cidade, Simone Curado Ferreira Oliveira. Ela suspendeu liminarmente a licença ambiental prévia que havia sido concedida pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). A decisão atendeu a pedido do Ministério Público e de algumas ONGs, formulado em uma ação civil pública. Segundo o parecer apresentado, o principal problema do empreendimento é a sua localização em uma área já saturada de poluentes, principalmente de ozônio. A juíza levou em consideração o argumento de que a termelétrica não teria controles de poluição para emissões de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio, desrespeitado o artigo 42 do regulamento estadual 997/76. (Gazeta Mercantil - 23.04.2001)

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4- Usinas térmicas de bagaço podem ter financiamento

A Fiesp e o BNDES negociam a criação de uma linha especial de financiamentos abaixo de R$ 7 mi para investimentos em pequenas usinas térmicas de bagaço de cana-de-açúcar. O diretor do Departamento de Infra-estrutura Industrial da Fiesp, Luiz Gonzaga Bertelli, explicou que as garantias para o financiamento seriam a do contrato de compra de energia (PPA) produzida nas usinas sucroalcooleiras e os equipamentos industriais financiados. Porém, se elas forem insuficientes para a concessão de créditos, as usinas interessadas concederiam garantias reais, cujos valores seriam definidos na análise de cada projeto e operação. (Jornal do Commercio - 23.04.2001)

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5- Termonorte dobrará oferta de energia

A Termonorte investirá de US$ 280 mi em duas usinas termelétricas que dobrarão a capacidade de geração do parque térmico de Porto Velho de atuais 380 MW para 746 MW. Como a atual demanda da cidade é de cerca de 350 MW no pico de consumo, há um projeto para exportação do excedente para outras regiões do País. Os linhões de expansão do serviço ao longo da BR-364 vão proporcionar ainda o desenvolvimento da área vizinha a Porto Velho. O pacote da compra do equipamento, montagem e entrada em operação da Termonorte 1, usina de 64 MW e que entrou em funcionamento no ano 2000, custou US$ 60 mi. A implantação da segunda usina da Termonorte em Porto Velho começou no início de abril de 2001. Está avaliada em US$ 220 mi e, quando concluída, gerará 340 MW de energia e, de acordo como projeto, será constituída por três turbinas a gás e uma turbina a vapor. Esta última tem potência de 130 MW, já as demais, 70 MW cada. A primeira turbina entrará em funcionamento até o final de 2001 e a última, em 2003. (Gazeta Mercantil - AM - 23.04.2001)

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grandes consumidores

1- Indústria de cloro e soda já se prepara para racionamento

Um dos setores mais dependentes de energia elétrica para a fabricação de seus produtos, a indústria de cloro e soda, já se prepara para uma queda de 5% no ritmo de atividade das fábricas em 2001 por conta do racionamento de energia. "Essa redução na produção de cloro e soda vai ter impacto na fabricação de outras indústrias, como químicas, siderúrgicas, de produtos de limpeza e alimentos. Elas são grandes usuárias de cloro e soda", afirma Mário Cilento, presidente da Abiclor, associação que reúne os fabricantes do setor. A energia elétrica é matéria-prima básica para produção de cloro e soda, assim como a celulose é para a fabricação de papel. Segundo Cilento, as empresas do setor deverão tomar algumas providências para minimizar o impacto do racionamento de energia. Uma idéia já discutida entre elas é antecipar para o período da seca, que vai de maio a novembro, a paralisação das fábricas para manutenção das máquinas. Isso geralmente acontece no final do ano. (Folha - 22.04.2001)

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internacional

1- Canadá, EUA e México anunciam grupo para aumentar o comércio de energia

Os líderes do Canadá, EUA e México anunciaram, durante a Cúpula das Américas, a criação de uma força-tarefa para facilitar o comércio de energia na América do Norte, enquanto o continente caminha para um mercado comum de energia. O primeiro-ministro canadense afirmou que não porá nenhuma barreira a venda de energia aos EUA, mas antes assegurará o abastecimento de suas províncias para depois aumentar suas exportações. Disse ainda que serão anos e não meses que determinarão o fim desse processo. O presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou que seu país precisa de energia e se os seus vizinhos estão procurando mercado para vender sua produção, já encontraram. O governo mexicano afirmou que gostaria de vender mais energia ao seu parceiro do norte. (National Post - 23.04.2001)

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2- Bruxelas reinicia estudo da proposta da Ferroatlântico e EnBW sobre a Hidrocantábrico

A Comissão Européia retomou sua investigação da oferta de compra de ações da Hidrocantábrico pelo consórcio formado por Ferroatlântico e EnBW, informaram fontes da Comissão. O Executivo comunicou que havia suspendido a análise temporariamente pois as empresas não haviam fornecido todas as informações necessárias sobre o processo, que foram apresentadas em 20.04.2001. O Executivo agora tem dez dias para reavaliar a informação e procurar opiniões de terceiros e dar o veredicto final. (Enervia 23.04.2001)

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3- El Paso divulga lucros do primeiro trimestre de 2001

A El Paso anunciou, dia 23.04.2001, seu balanço dos três primeiros meses de 2001. O faturamento no período cresceu 39,7%, pulando de US$ 138,045 mi em 2000 para US$ 192, 879 mi em 2001. O lucro líquido aumentou em quase US$ 10 mi, indo de US$ 8 mi para 18,598 mi em 2001, um aumento de 43%. O lucro líquido por ação foi de US$ 0,36. (Dow Jones - 23.04.2001)

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4- Lucros da Edison SpA crescem 15% no primeiro trimestre de 2001

A Edison Spa, maior produtor privado de eletricidade da Itália, anunciou, dia 23.04.2001, que seu faturamento líquido no primeiro trimestre cresceu 52%, alcançando US$ 778,2 mi. Em 2000 foram arrecadados US$ 510 mi no mesmo período. A diferença foi proporcionada pelo aumento das vendas de energia e por preços favoráveis de petróleo. O lucro líquido cresceu 15%, alcançando US$ 150,6 mi contra 130,6 mi nos três primeiros meses de 2000. Os investimentos durante o período, que praticamente dobraram para US$ 90,18 mi, se concentraram no desenvolvimento de atividades ligadas a telecomunicações e a construção de novas usinas. (Dow Jones - 23.04.2001)

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internacional

1- COELBA convoca acionistas para AGE

A COELBA convocou os seus acionistas para Assembléia Geral e Ordinária, dia 25.04.2001, às 11:00h, na sede social, na Av. Edgar Santos, 300, bloco B, Salvador/BA, para deliberarem sobre: a) Demonstrações Financeiras e Relatório da Administração relativos ao exercício de 2000; b) destinação do lucro líquido e distribuição de dividendos; c) eleição dos membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal; d) Fixação da remuneração global anual dos administradores da companhia e do Conselho Fiscal para o exercício de 2001. Extraordinariamente, deliber sobre alteração do Estatuto Social.

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2- CAIUÁ convoca acionista para AGE

A CAIUÁ convocou seus acionistas a se reunirem em Assembéia Geral Ordinária e Extraordinária, dia 26.04.2201, às 08:00h, na sede social, na Av. Paulista, 2.439 - 5º andar, São Paulo/SP, para deliberarem sobre: a) Demonstrações Financeiras e Relatório da Diretoria, referente ao exercício social de 2000 e destinação do resultado do exercício; b) eleição de membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal; c) fixação dos honorários dos administradores para o exercício de 2001.

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3- RGE convoca acionistas para AGE

A Rio Grande Energia S/A convocou seus acionistas para Assembléia Ordinária e Extraordinária, dia 26.04.2001, às 16:00h, na sede social, na R. São Luiz, 77, 7º andar, Porto Alegre/RS, para deliberarem ordinariamente sobre: a) Relatório da Administração, Demonstrações Financeiras, Parecer do Conselho Fiscal e dos Autditores Independentes, refernetes ao exercício de 2000; b) distribuição de dividendos; c) eleição de membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal; d) fixação da remuneração dos Administradores e do Conselho Fiscal. E deliberarem extraordinariamente sobre: a) alteração do Estatuto Social; b) Consolidação do Estatuto Social da Companhia.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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