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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 626 - 20 de abril de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Aneel ameaça agir mais intensamente no MAE

A paralisia do MAE, protagonizada pela dívida de Furnas junto aos agentes do setor, acendeu o sinal vermelho na Aneel, que ameaça agir com maior intensidade no ambiente de negociações de contratos de curto prazo, diagnosticando as vulnerabilidades do Mercado e exigindo providências por parte do Coex . Entre suas ponderações, a Aneel mostrou-se insatisfeita com a ausência de punições e de uma Câmara de Arbitragem, para penalizar eventuais infratores no MAE. A Aneel estaria preocupada também com a inexistência de um mecanismo de garantias financeiras vinculado às operações, o elevado número de componentes no Coex, além de questionar a representatividade desse Comitê. No setor, entende-se que não se pode classificar as sinalizações da Aneel como uma intervenção, no entanto, há o temor de que a questão ganhe contornos políticos e possa gerar uma entrada efetiva do órgão regulador. (Gazeta Mercantil - 19.04.2001)

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2- Segundo agentes, presença da Aneel pode beneficiar o MAE

A eventual presença da Aneel em espaços estratégicos de discussão do MAE não é mal vista entre os agentes. Eles acreditam que a medida solucionaria o problema de representatividade do Coex do MAE, causado tanto pelo fato de os agentes não conseguirem se desvincular da figura de suas próprias empresas, fazendo prevalecer nas reuniões a visão corporativa ao invés da colegiada, quanto pelo excessivo número de participantes, com o agravante de um mesmo grupo deter várias cadeiras no fórum. Esses pontos, aliados à dívida de Furnas, teriam levado o MAE à paralisia. (Gazeta Mercantil - 19.04.2001)

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3- Diretoria executiva do ONS é confirmada no cargo

Em reunião do Conselho de Adminstração do ONS no dia 19.04.2001, no Rio de Janeiro, a diretoria executiva foi confirmada no cargo por mais um mandato de três anos. A diretoria é composta por cinco integrantes, tendo como diretor-presidente o engenheiro eletricista Mário Santos. Os outros integrantes da diretoria são Carlos Ribeiro, diretor de Operação; Heitor Gontijo de Paulo, diretor de Assuntos Corporativos; Hermes Chipp, diretor de Planejamento e Programação da Operação; e Roberto José Ribeiro Gomes, diretor de Administração dos Serviços de Transmissão. Clique aqui para obter mais informações sobre a diretoria executiva do ONS. (Canal Energia - 19.04.2001)

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4- Agências criam Comissão de Resolução de Conflitos

As agências reguladoras tomaram decisões recentes sobre a partilha de infra-estruturas de energia elétrica, telecomunicações, petróleo e gás natural, consideradas essenciais. A principal medida por parte das agências foi a aprovação da Resolução Conjunta 002, de 27 de março de 2001, que estabelece o 'Regulamento Conjunto de Resolução de Conflitos das Agências Reguladoras dos Setores de Energia Elétrica, Telecomunicações e Petróleo.' O texto cria a 'Comissão de Resolução de Conflitos das Agências Reguladoras dos Setores de Energia Elétrica, Telecomunicações e Petróleo', que será o foro administrativo competente para decidir conflitos em matéria de aplicação e interpretação do 'Regulamento Conjunto para Compartilhamento de Infra-Estrutura entre os Setores de Energia Elétrica, Telecomunicações e Petróleo', aprovado pela Resolução Conjunta 001, de 24 de novembro de 1999. O Regulamento estabelece, como princípio, a livre negociação entre as empresas, desde que forma e preço de compartilhamento sejam estabelecidos em termos não discriminatórios e em condições justas e razoáveis. Chegar a esse acordo será a tarefa central da nova Comissão. (Gazeta Mercantil - 20.04.2001)

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5- Licenciamento ambiental de Furnas está parado na Feam

O processo de licenciamento da usina de Furnas, uma das nove hidrelétricas que compõem o sistema Furnas Centrais Elétricas, está em curso na Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) desde 1999, mas foi paralisado por um impedimento legal. Segundo o gerente de Divisão de Infra-estrutura de Energia e Irrigação da Feam, Morel Ribeiro, a usina começou a operar antes que fosse criada a legislação ambiental, em 1981. A despeito disso, a empresa foi convocada em 1999, por determinação do Copam, para o licenciamento de operação corretiva, extensivo a outras hidrelétricas antigas em operação no Estado. Após entendimentos sobre o licenciamento corretivo, Furnas produziu relatório, encaminhado à Feam com parte da documentação legal exigida. Mas não foi apresentada, entre os documentos, a declaração das prefeituras municipais que representam as cidades localizadas no entorno do lago de Furnas. Furnas apresentou recurso à Feam e o processo foi encaminhado ao Departamento Jurídico da Fundação, onde se encontra paralisado. A questão também envolve a briga política em torno da privatização de Furnas. O principal temor dos prefeitos das cidades situadas em torno do lago é o gerenciamento dos recursos hídricos. (Superavit - 20.04.2001)

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6- Furnas não influencia venda da Copel

Enquanto o presidente Fernando Henrique Cardoso admite a hipótese de adiar a privatização de Furnas para 2002 ou de fazer uma pulverização na venda, o governo do estado do Paraná se mantém firme. Assegura que vai leiloar a Copel entre outubro e novembro de 2001 e em um bloco único, que englobará geração, transmissão e distribuição. Nem a crise energética que o País atravessa, nem o desgaste político que o governador Jaime Lerner sofrerá é empecilho para dar prosseguimento ao processo de privatização. "Que traz impopularidade traz, mas não podemos fazer nada. Paciência se prejudicar a eleição. Apenas lamentamos", afirmou, dia 19.04.2001, o chefe da Casa Civil, Alceni Guerra. (Folha do Paraná - 20.04.2001)

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7- Emenda pode mudar cobrança de ICMS da energia

O deputado federal Gustavo Fruet aresentou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que beneficia a arrecadação de ICMS de energia elétrica no Paraná. O deputado quer revogar dispositivo do artigo 155 da Constituição Federal, que prevê que o imposto seja cobrado no local da origem, com exceção dos derivados de petróleo e energia elétrica (cobrados no consumo). Com a revogação, ele estima que quinze estados obteriam receita adicional. Conforme os cálculos do secretário do Planejamento, Miguel Salomão, o Paraná acumulou perdas de R$ 7,4 bi entre 1990 e 2000 com a comercialização de energia elétrica. A cifra praticamente equivale à dívida do Estado, de R$ 7,5 bi. De acordo com Salomão, o prejuízo foi causado pela exportação de um excedente de 60 milhões de MW de eletricidade para outros Estados a preços abaixo do custo de geração e pela cobrança de ICMS na ponta do consumo. Desse total, R$ 1,5 bi refere-se apenas ao imposto. (Folha do Paraná - 20.04.2001)

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risco e racionamento

1- Nível de reservatórios cai ao nível mais baixo de 2001

O nível de água dos reservatórios das hidroelétricas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste atingiram, no dia 18.04.2001, os piores níveis desde o início do ano de 2001. No Sudeste e Centro-Oeste, os reservatórios estão com 33,96% de sua capacidade. Na região Nordeste, o nível dos reservatórios chegou a 34,88%. Nos dois casos, os dados são do dia 18.04.2001. O nível de segurança para as regiões Sudeste e Centro-Oeste é de 49% e, para a região Nordeste, de 50%. Já está descartada a possibilidade de chover o suficiente para recuperar o nível dos reservatórios. Deveria chover aproximadamente 130% da média do período nas regiões sul e centro-oeste de Minas Gerais, onde estão os reservatórios e a cabeceira do rio São Francisco, que abastece o Nordeste. (Folha Online - 20.04.2001)

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2- Governo determina corte de 25% no consumo do Planalto

O risco de racionamento de energia fez com que o governo determinasse a redução do consumo de energia em 25% no Palácio do Planalto e anexo, em Brasília, até setembro de 2001. Os prédios do Planalto deverão economizar cerca de 162 mil kW/h de energia mensalmente. A previsão é de que sejam gastos R$ 2,52 mi para a implementação das medidas. Para atingir o percentual de redução determinado, as luzes da fachada do Palácio do Planalto, que permaneciam ligadas durante toda a noite, serão desligadas mais cedo. As luzes dos corredores de circulação estão sendo acesas parcialmente. Os funcionários da Presidência da República foram orientados a desligar as luzes das salas no fim do expediente. Os aparelhos de ar condicionado estão sendo ligados uma hora mais tarde e desligados uma hora mais cedo. Onde há dois elevadores, está funcionando apenas um. Também está prevista a troca de lâmpadas por outras mais econômicas e a substituição de interruptores por modelos automáticos com sensores para detectar presença de pessoas. A redução no consumo do Planalto faz parte do plano de racionalização de energia, lançado pelo governo. (Gazeta do Povo - 20.04.2001)

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3- Aneel lança plano para reduzir gastos de energia em seu prédio

A Aneel, a exemplo do que foi determinado para as dependências da Presidência da República, pretende reduzir em 25% o consumo de energia elétrica no seu prédio. Segundo a Aneel, somente com a redução do horário de funcionamento dos aparelhos de ar condicionado será possível economizar 12% do consumo total. O sistema funcionará das 10h ao meio-dia e das 14h às 16h, nos dias úteis, e será completamente desligado nos fins de semana. Os elevadores terão horários diferenciados de funcionamento. Além disso, para cada três luminárias, uma está sendo desligada. Está prevista também a redução da iluminação externa do prédio e dos corredores de acesso, o que, neste último, poderá chegar a 50%. Em todos os ambientes da agência foram colocados avisos incentivando a economia, como "Usou, desligue!". Também foi implantada uma ronda diária, a partir de 19h30, para garantir que sejam apagadas as lâmpadas das salas que não estão sendo usadas. Todas as luzes do prédio serão desligadas às 23h. (Gazeta do Povo - 20.04.2001)

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empresas

1- Furnas prepara lançamento de ADRs

O presidente do BNDES, Francisco Gros, confirmou no dia 18.04.2001 que sua equipe está trabalhando para que a SEC (Security and Exchange Comission), órgão que controla o mercado de capitais dos Estados Unidos, aprove o lançamento de American Depositary Receipts (ADRs) de Furnas no mercado americano até o final de 2001. O BNDES vem trabalhando para adequar o balanço de Furnas à cartilha da SEC, um dos pré-requisitos exigidos para a negociação de papéis de empresas de outros países no mercado americano. Uma vez autorizada pela SEC, Furnas poderá imediatamente colocar seus papéis na Bolsa de Valores de Nova York. Gros, entretanto, não quis adiantar as datas para a venda de ações da estatal no Brasil e no exterior nem confirmar se a privatização da empresa será concluída no primeiro trimestre de 2002. ''O cronograma será o possível. Depende do mercado. Não posso prever como estará o mercado dentro de oito ou dez meses'', declarou. (Gazeta Mercantil - 20.04.2001)

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2- Copel cria subsidiárias integrais

A Copel espera concluir o processo de criação de subsidiárias integrais até junho do ano 2001. A publicação, no dia 19.04. 2001, das escrituras de constituição das subsidiárias, ao todo cinco, nas áreas de geração, transmissão, distribuição, telecomunicações e tecnologia da informação. Para a direção da companhia, esse passo em nada afeta o processo de privatização em curso pois o prazo para conclusão do processo, junho de 2001, coincide com o da revisão dos contratos de concessão, quando serão realizadas também as reavaliações das tarifas. (Gazeta Mercantil - 20.04.2001)

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3- Cataguazes-Leopoldina negocia a redução de fornecimento

A Cia. Força e Luz Cataguazes-Leopoldina começou conversações com clientes industriais para renegociar contratos de venda de energia elétrica. O diretor financeiro e de relações com investidores da Cataguazes-Leopoldina, Maurício Botelho, diz que o plano de ação da empresa frente à iminência do racionamento passa pela renegociação com consumidores industriais para analisar redução no consumo de energia ou o "deslocamento da produção". O deslocamento significa que uma empresa pode parar a produção por um período determinado. A empresa vai compensar essa parada com a receita obtida pela venda da energia a qual teria direito para a distribuidora, que poderá repassá-la por um preço maior para o mercado "spot". Botelho considera que a compra da energia do cliente pode ser um bom negócio para uma distribuidora exposta no mercado "spot", cujo preço situa-se hoje em cerca de R$ 250,00 por MW/h. (Valor - 20.04.2001)

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financiamento

1- Apine propõe fundo para manter preço de energia

No dia 19.04.2001, investidores, representados pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), tomaram a iniciativa de oferecer uma proposta ao Ministério de Minas e Energia para tentar resolver algumas questões fundamentais da regulação. Os investidores sugerem que as distribuidoras fechem contratos de longo prazo de pelo menos 90% de seus mercados, no período de cinco anos, sob supervisão da Aneel, sendo que 70% dessa contratação obrigatória seria realizada por meio de licitações, ou seja, pelo menor preço. Também seria criado um fundo para garantir aos distribuidores que os excedentes de energia sejam vendidos por um preço não inferior aos valores contratados pelas licitações. Caso a diferença do mercado spot seja menor que o valor do contrato, o fundo supriria a diferença. O resultado é que a expansão da oferta estaria assegurada, pois os investidores em geração teriam a energia contratada pelas distribuidoras, que, por sua vez, teriam acesso, por meio de licitação, à energia mais barata no mercado. Eric Westberg, presidente do conselho de administração da Apine, disse, dia 19.04.2001, após se reunir com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Gonzaga Perazzo, que o objetivo da proposta é garantir a oferta de curto e longo prazo no setor elétrico. (Gazeta Mercantil - 20.04.2001)

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2- Proposta da Apine pode gerar oferta adicional de 8,2 mil MW

Segundo Eric Westberg, presidente do conselho de administração da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), "há um gargalo no setor e os empresários entendem que era necessário oferecer uma contribuição ao governo diante das indefinições que inibem os investidores. Estamos investindo e queremos investir mais no Brasil e, com a proposta, que é plenamente factível, acreditamos que será possível criar uma oferta adicional, só entre os associados da Apine, de 8,2 mil MW'. A Apine é uma que reúne bancos, fornecedores, empresas do setor elétrico e consultores. Entre seus associados estão, por exemplo, grandes bancos, como ABN Amro, Itaú, Rothschild; operadores como El Paso, British Gas, Enron, Duke (ou estatais como Copel e Cemig); e empresas que estão interessadas nas oportunidades de negócios que se abrem na área de energia, como a argentina Perez Companc. (Gazeta Mercantil - 20.04.2001)

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financiamento

1- Emissões de debêntures ficam mais caras

As empresas que quiserem emitir debêntures vão pagar mais caro. Com a situação interna dando mais sinais de piora, o receio dos investidores aumenta e para carregar um risco maior a tendência é de que passem a cobrar mais. Para piorar, as companhias ainda têm pela frente a alta na remuneração dos títulos do governo, que servem de base para o custo da operação privada, já que esse é o menor risco encontrado no mercado e nenhuma empresa paga abaixo disso. Analistas calculam de que uma empresa de primeira linha captava no dia 19.04.2001 a dólar mais 8% no mercado externo, além de 0,25% de comissão ao banco. Soma-se a isso incidência do IR de 15%, elevando a operação para 9,70%. No caso de debêntures, a emissão saia a dólar mais 8,6% - custo do cupom cambial de um ano. Além disso, mais 1% referente à taxa de remuneração, comissão do banco e demais encargos como publicações. Resultado: 9,6%. Os bancos coordenadores de debêntures se mostram otimistas, apesar do receio sentido entre os compradores. O trabalho dos bancos nesse momento está sendo a conquista de novos tomadores. (Valor - 20.04.2001)

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2- Capital de risco pode chegar a US$ 3,8 bi no Brasil

Os investimentos em empresas emergentes e de capital fechado feitos pelos fundos de 'venture capital' e de 'private equity' nos EUA vão se reduzir drasticamente para US$ 40 bi em 2001, em comparação com os US$ 100 bil aplicados em 2000, previu, día 19.04.2001. Peter Jones, diretor do Darby Technology, fundo administrado pela empresa de investimentos do ex-secretário do Tesouro americano, Nicholas Brady. Segundo Jones, o efeito no Brasil é a utilização de critérios mais rigorosos na escolha dos investimentos. Uma pesquisa elaborada pela FGV com os gestores de fundos de 'venture capital' e de 'private equity', sob encomenda da Associação Brasileira de Capital de Risco, revelou que no mínimo US$ 2,1 bi estão disponíveis para investimentos em empresas brasileiras, mas poderão chegar a US$ 3,8 bi, segundo o sócio-diretor da Mercatto Gestão de Recursos, Thomás Tosta de Sá. (Gazeta Mercantil - 20.04.2001)

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3- CPFL prepara lançamento de R$ 890 mi em debêntures

A elevação dos juros domésticos já preocupa empresas que planejam captar no mercado local via lançamentos de debêntures e notas promissórias, mas não deve adiar as operações já em andamento. Ao menos por enquanto. 'Olhamos o longo prazo e não nos preocupamos com o nervosismo de mercado, mas é claro que pode haver uma mudança nas taxas', diz Otávio Carneiro de Rezende, diretor financeiro-administrativo da CPFL, que prepara o lançamento de R$ 890 mi em debêntures. Rezende lembra que a captação da CPFL tem como objetivo a aquisição da RGE, distribuidora de energia no Rio Grande do Sul. A CPFL, distribuidora no interior de SP, precisará de R$ 1,35 bi para concluir a negociação. Os restantes R$ 460 mi serão levantados provavelmente por meio de um empréstimo em dólares. Na opinião do executivo, o fato de a tranche de R$ 440 mi - a outra é de R$ 450 mi - ser atrelada ao IGP-M deve atrair investidores como fundações e fundos de pensão. (Gazeta Mercantil - 20.04.2001)

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4- Bancos estudam possível aumento no custo do crédito

A alta de um ponto percentual, em menos de um mês, nos juros básicos da economia está pressionando os bancos que ainda não elevaram as taxas dos empréstimos bancários para pequenas empresas e pessoas físicas. O BB, por exemplo, elevou as taxas para empresas em linhas como desconto de duplicata quando o BC elevou a Selic para 15,75% ao ano. No día 19.04.2001, a assessoria de imprensa do banco somente informou que o BB avalia a situação atual. As grandes e médias empresas que tomam empréstimos prefixados, balizados no mercado futuro de juros, já pagam cerca de três pontos percentuais mais caro desde março e para elas a alta da Selic no día 18.04.2001 não alterou as taxas futuras. Com as incertezas, tem sido crescente a demanda por empréstimos pós-fixados, que tomam por base o CDI. Os juros pós-fixados também subiram, pois o CDI acompanha diretamente a Selic, mas subiram bem menos que as taxas prefixadas. (Gazeta Mercantil - 20.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- Bahiagás vai construir gasoduto

A Bahiagás, em conjunto com a Braspetro e a Geral Engenharia, vai construir um gasoduto ligando a Unidade de Processamento de Gás Natural da Petrobras, em Candeias, até Feira de Santana. O gás vai abastecer as empresas do Centro Industrial de Subaé, além do mercado de veículos. O gasoduto, de 75km, vai fornecer, no primeiro ano, 128 mil metros cúbicos do combustível. O superintendente de comercialização e movimentação de gás natural da ANP, José Cesário Cecchi, disse que estão sendo mantidos entendimentos com o governo estadual, acionista majoritário da Bahiagás, para agilizar a implantação do gasoduto. Segundo Cecchi, diversas empresas já demonstraram interesse na compra do combustível. Ele explicou que, em quatro anos, o fornecimento pode ser elevado para 275 mil metros cúbicos. Neste gasoduto, também seria criado um canal em direção ao município de Santo Amaro, para fornecer o combustível para indústrias locais. "O consumo de gás na Bahia é estável e existe um mercado potencial muito grande", destacou. (A Tarde - BA - 20.04.2001)

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2- TCN busca solução para proteção cambial

O próximo passo das negociações para a instalação da Termo Catarinense Norte (TCN), em Santa Catarina, será a busca de uma solução junto a Aneel para a proteção cambial do financiamento bancário do investimento. O vice-governador e presidente do Grupo Executivo de Energia, Paulo Bauer, vai à Brasília na próxima semana, discutir o assunto. A amortização do investimento será em 10 anos e uma cláusula no contrato prevê o reajuste da energia de acordo com a variação cambial. Caso a Aneel não aprove isso, será buscada outra solução: a Celesc comprará somente 20% ou 30% da energia da TCN e o restante será vendido ao mercado. (Diário Catarinense - 20.04.2001)

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grandes consumidores

1- White Martins estuda transferência de produção

A White Martins, em virtude do risco de racionamento, vem analisando a possibilidade de transferir uma parte da produção realizada no Cabo de Santo Agostinho (PE), que fornece gases para os clientes em Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Pernambuco, para a unidade que a empresa tem em Belém (PA). A companhia já encomendou um estudo de logística para analisar a possibilidade de os produtos fabricados em Belém serem distribuídos também para o Maranhão e Piauí. "Não temos outra alternativa, a não ser a transferência de parte da produção, caso ocorra o racionamento", afirmou o diretor executivo da White Martins para o Norte e Nordeste, Jorge Reis. A transferência da produção, segundo ele, não é boa para a empresa porque a planta de Belém é mais antiga, apresentando um custo mais alto do que a fábrica do Cabo. Na unidade local, foram implementadas várias medidas para economizar energia, a qual representa 60% do custo total de produção. (Jornal do Commercio - PE - 20.04.2001)

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2- Sendas economiza 22% do consumo

O Grupo Sendas, desenvolveu projeto para reduzir custos de energia elétrica na reforma e inaguração de lojas. A medida vem permitindo à Sendas uma economia média de 22% no consumo de eletricidade das novas lojas na comparação com as unidades mais antigas da rede. A estratégia incluiu a substituição do ar-condicionado convencional, movido a energia elétrica, por um sistema a base de gás natural em uma grande loja da de rede. "Com o sistema a gás temos uma economia entre 25% e 35%" disse o gerente da divisão de projetos da Sendas, Maurício Rosa. Ele calcula que o ar-condicionado representa 33% do consumo de energia de uma loja. O Grupo também atacou outros dois componentes responsáveis por grande consumo de energia elétrica nos supermercados: a refrigeração e os sistemas de iluminação e força. Na área de refrigeração, uma das medidas foi instalar novos equipamentos enquanto na parte de iluminação, a estratégia foi substituir lâmpadas de 60 watts por lâmpadas PL, de 9 watts. (Valor - 20.04.2001)

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3- Petroquímica União substitui eletricidade por vapor

A Petroquímica União, que utiliza cerca de 25MW de energia, poderá economizar entre 2MW e 3MW, entre 10% e 15% do seu consumo. A medida será feita através da intercalação no uso das bombas e compressores equipados com turbina a vapor e por eletricidade. "Temos que fazer o racionamento alternando esses equipamentos e o faremos, apesar de elevarem nossos custos", adianta o gerente industrial da PqU, Adalberto Giovanelli Filho. De acordo com o executivo, não há estudos indicando de quanto serão onerados os resultados da empresa em função desta prática, que será o único mecanismo possível da empresa para economizar energia.

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4- Indústria do RS protesta contra aumento nas tarifas de energia

As novas tarifas de energia elétrica que entram em vigor nas áreas de atuação da AES Sul, com reajuste de 20,94%, e RGE, de 18,21%, terá forte impacto sobre os custos do setor industrial gaúcho. A direção da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) alertou, dia 18.04.2001, que o aumento autorizado pela Aneel "atingirá diretamente os custos do setor produtivo e a sociedade como um todo, constituindo-se em perigosa ameaça de retorno da inflação". O presidente da entidade, Renan Proença, afirmou que o reajuste tem efeitos negativos, ao elevar os custos das indústrias e ao reduzir o poder de compra do mercado consumidor, pelo impacto no orçamento doméstico. `Assim, a majoração só beneficia a arrecadação de impostos pelos governos`, criticou Proença. (Gazeta Mercantil - 19.04.2001)

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internacional

1- Conselho da Hidrocantábrico se reúne para debater nova composição acionária

O Conselho Administrativo da Hidrocantábrico se reúne, dia 20.04.2001, para analisar os resultados auditados e fixar a data do próximo encontro de acionistas. Além disso, será discutida a nova composição acionária e a conseqüente reorganização do conselho, pois os acionistas que se desfizeram de sua participação no processo de venda sairão de seus cargos. Enquanto isso, a EnBW admitiu a possibilidade de vender ações à portuguesa EDP para que possam administrar a Hidrocantábrico conjuntamente. O presidente da portuguesa já havia declarado anteriormente que gostaria de administrar a Hidrocantábrico devido a seu caráter estratégico. (Enervia/Diário Econômico - 20.04.2001)

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2- Comissão Européia interrompe o exame da proposta da Ferroatlântica pela Hidrocantábrico

A Ferroatlântico efetivou o pagamento dos US$ 1,62 bi referentes à compra de 59,66% da Hidrocantábrico, afirmam fontes do jornal El Mundo. Entretanto, a Comissão Européia paralisou o exame da oferta feita espanhola e pela alemã EnBW pois o relatório estaria incompleto. Bruxelas considera que a notificação apresentada sobre a operação de concentração não contém a informação necessária sobre a concorrência e por isso solicitou a todas as empresas envolvidas os dados ausentes para reiniciar seu exame, explicou a porta-voz europeu de concorrência. As fontes do conselho não precisaram qual seria a informação incompleta e disseram não haver prazo para que as empresas completem o informe. Assim que o dado ausente for apresentado, o Executivo voltará a abrir o expediente e, num prazo de 10 dias, reexaminará a proposta e fará consultas sobre ela. E, em um mês, decidirá sobre o negócio. Em caso de ele ser confirmado, uma investigação ainda mais detalhada sobre a concorrência será aberta. (El Mundo - 20.04.2001)

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3- Iberdrola se une a empresas menores para construir usina solar

A Iberdrola, juntamente com nove empresas locais, investirá US$ 63,7 mi na construção de uma usina de geração elétrica movida a luz solar de 13 MW no sudeste espanhol, em Murcia. A Iberdrola ficará com metade das ações do empreendimento e as outras empresas dividirão o restante. (AFX press - 20.04.2001)

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4- Regras do leilão da Epec serão divulgadas em maio de 2001

A documentação para a privatização da elétrica argentina Epec, baseada na província de Córdoba, será publicada em maio de 2001, afirma fonte do site BNAmericas. "Há vários fatores econômicos e políticos que devem ser analisados no momento, logo não há como precisar o dia de publicação dos documentos", diz a fonte. Os primeiros passos para a publicação, como a aprovação das regras do leilão pelo Banco Mundial e a finalização de uma tabela de participação, já foram concluídas. O banco BNP Paribas examinou os documentos. De acordo com jornais locais, as norte-americanas PSEG, Duke Energy e AES, assim como a belga Tractebel, a francesa EDF e a espanhola Endesa estariam interessadas na Epec. A última avaliação da empresa argentina, de 1998, apontava que sua capacidade instalada era de 417 MW, vendas de 3677 GWh por ano e 600 mil clientes. (BNAmericas - 20.04.2001)

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5- FPL lucra no primeiro trimestre de 2001

A FPL divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2001, que foram positivos devido ao crescente consumo e ao frio no hemisfério norte. A companhia afirmou esperar ganhos de 7% por ação em 2001. Os lucros líquidos foram, nos três primeiros meses, de US$ 129 mi, ou US$ 0,76 por ação, comparados aos US$ 121 mi ou US$ 0,71 no mesmo período de 2000. Excetuando-se os custos da fusão não concretizada com a Entergy, os lucros foram de US$ 110 mi, ou US$ 0,65 por ação. O faturamento no período foi de US$ 1,94 bi, contra US$ 1,47 bi do período em 2000. (Reuters - 20.04.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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