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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 624 - 18 de abril de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Aneel autoriza reajuste das tarifas de 6 distribuidoras

A Aneel autorizou, no dia 17.04.2001 o reajuste nas tarifas de seis distribuidoras, sendo quatro no Nordeste e duas no RS. O maior percentual de aumento foi concedido à distribuidora gaúcha de energia AES Sul, 20,94%. À RGE, também gaúcha, o aumento concedido foi de 18,21%. Nessas concessionárias o aumento começa a valer a partir do dia 19.04.2001. No Nordeste, onde o reajuste começa a vigorar no dia 22.04.2001, foram permitidos os aumentos nas tarifas da Energipe, em 15,80%; da Cosern, em 14,06%; da Coelba, em 14,84%; e da Coelce, 15,04%. (Agência JB - 17.04.2001)

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2- Entidades pedem supensão do leilão da Cesp Paraná

A assessoria do secretário de Estado de Energia de São Paulo, Mauro Arce, apresentou, no dia 17.04.2001, documento encaminhado pela Associação dos Aposentados da Fundação Cesp, pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Campinas, pelo Sindicato dos Eletricitários de SP e pelo Sindicato dos Engenheiros Paulista, solicitando a suspensão do leilão de venda da Cesp Paraná por um prazo de 12 meses. O pedido, protocolado com a data de 30.03.2001, aponta falhas no atual modelo de privatização do setor elétrico. Para o caso da manutenção do leilão, o documento solicita adequações no edital de privatização e no contrato de concessão. O edital de privatização da Cesp Paraná foi publicado, no dia 17.04.2001, e o novo leilão está marcado para o dia 16.05.2001, com preço mínimo de R$ 1,739 bi. (Gazeta Mercantil - 17.04.2001)

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3- Órgãos públicos de PE terão que economizar energia

O governo do estado de Pernambuco já traçou suas medidas de racionalização de energia elétrica nos órgãos. No dia 18.04.2001, o governador Jarbas Vasconcelos deverá assinar o decreto contendo todas as ações a serem tomadas. O governo do Estado deverá seguir a mesma tendência da União, com estratégias de economia de consumo como a troca de lâmpadas públicas por modelos mais econômicos e reeducação no uso da energia em horários considerados de pico. Outras medidas são a redução do uso de equipamentos como elevadores. A expectativa é se adequar a nova meta no prazo de 60 dias. Um dos alvos do Estado é a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), que responde por 60% dos gastos com energia. (Jornal do Commercio - PE - 18.04.2001)

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risco e racionamento

1- Nível dos reservatórios piora

Segundo o ministro das Minas e Energia, José Jorge, seria necessário um aumento de 110% nas chuvas na região Sudeste e no Centro-Oeste e 86% no Nordeste, até o final de abril de 2001, para regularizar o nível dos reservatórios, que deveriam estar com nível mínimo de segurança de 49% no Sudeste e Centro-Oeste e de 50% no Nordeste. Hoje, o nível dos reservatórios é de 35,1% e 37,2%, respectivamente. Entidades envolvidas na busca de soluções para o setor elétrico já discutem a adoção de medidas de racionamento a partir de maio de 2001, diante do agravamento da situação dos reservatórios. O discurso oficial ainda é o mesmo: há esperanças de que o plano de racionalização seja suficiente para equilibrar oferta e consumo para evitar as medidas mais drásticas. Nos bastidores, no entanto, há pouca crença de que isso aconteça. (Valor - 18.04.2001)

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2- CNI reúne-se com ONS

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez reunião, dia 17.04.2001, em Brasília com o presidente do ONS, Mário Santos, para saber o atual estágio da crise. Santos repetiu que a situação é grave, mas que é possível contorná-la com as medidas de racionalização, desde que haja empenho da população para reduzir o consumo. "O conjunto de medidas pode cobrir o desequilíbrio", afirmou. "O setor elétrico está com uma doença. Se o remédio não for bom, terá que ser adotado outro mais amargo". Por remédio mais amargo, leia-se racionamento. (Valor - 18.04.2001)

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3- Ministro admite descontos ou aumento de tarifa para restringir consumo

O ministro de Minas e Energia admitiu a possibilidade de conceder descontos ou aumentar tarifa para restringir o consumo de energia elétrica. "O racionamento não é inevitável. Estamos preparados para efetuar ações de emergência como, por exemplo, conceder descontos ou aumentar tarifas". O prazo final para o governo tomar uma decisão a respeito da adoção ou não do racionamento encerra no começo de junho de 2001. (Agência JB - 17.04.2001)

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empresas

1- Eletrobrás lança concorrências para reforçar Procel

A Eletrobrás lançou, no dia 17.04.2001, duas concorrências visando reforçar a atuação do Procel. A primeira selecionará uma consultoria para estruturar todo o arcabouço de atuação das empresas de conservação de energia (Escos), incluindo um fundo de financiamento e a definição do conjunto de projetos a serem beneficiados pelo fundo. A instituição contratada, que terá um ano para desempenhar seu serviço, deverá desenvolver ferramentas como contratos de empréstimo e de performance, além de identificar o potencial gerente do fundo garantidor. A segunda concorrência elegerá uma companhia para traçar a estratégia de marketing do Procel e também desenvolver o desenho e a implementação do Centro Nacional de Disseminação de Informação sobre Eficiência Energética. O prazo para o cumprimento das metas será de 4 anos sendo, no entanto, o prazo do contrato inicial de dois anos, com possibilidade de renovação vinculada ao desempenho da contratada. As companhias têm até 17.05.2001 para manifestar interesse em cada uma das concorrências. A Eletrobrás irá remunerar o vencedor com parte dos US$ 15 mi doados à estatal pelo Global Environment Facility (GEF). No total, os projetos de alavancagem à eficiência energética terão US$ 125,5 mi ao longo de 4 anos. Outros US$ 43,4 mi vieram de um empréstimo do Bird, sendo o restante composto de contrapartida da Eletrobrás e dos recursos oriundos das concessionárias de energia. (Gazeta Mercantil - 17.04.2001)

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2- Enron está pronta para disputar Copel

Segundo o presidente da Enron, Orlando González, a companhia não desistiu de adquirir novos ativos no Brasil e já definiu o próximo alvo: a Copel. "Estamos analisando a empresa e não descartamos a participação em seu leilão de privatização", disse. Além de ser a distribuidora de energia da capital paranaense, a Copel tem um parque de geração hidrelétrica de 4,5 mil MW e outros 2 mil MW em construção. "Para crescer é preciso ter ativos. E nó queremos continuar crescendo no Brasil", diz o presidente da Enron. (Valor - 18.04.2001)

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3- Balanço da Light deve melhorar com venda da Eletropaulo

Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diretor de Finanças e Relações com Investidores da Light , espera que a operação de venda da Eletropaulo, em cuja a participação da Light é de 30,97%, possa ser concluída até outubro de 2001. A expectativa é de que a venda ocorra antes do vencimento da parcela de U$ 220 mil que a Light deve pagar ao BNDES, referente a uma dívida total de R$ 1,7 bi adquirida para comprar a participação na Eletropaulo. Com 64,36% da Light, o grupo EDF negocia uma troca de ativos com um de seus sócios, a norte-americana AES, que por sua vez detém 23,89% das ações da distribuidora. A EDF compraria a participação da AES na Light e venderia as ações que possui na Eletropaulo. Assim, o foco da EDF estaria na Light. Com a troca, a Light, que já é controlada atualmente pela EDF, ficaria livre do endividamento resultante da aquisição de parte da Eletropaulo. (Gazeta Mercantil - 17.04.2001)

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4- Schneider Eletric inaugura fábrica em SP

A francesa Schneider Eletric, inaugura no dia 18.04.2001, sua primeira fábrica no País, construída em Guararema (SP) com investimentos de R$ 15 mi. A fábrica operará em duas linhas. Uma é na fabricação de produtos para controle industrial para serem utilizados em máquinas e instalações industriais. A outra é a fabricação de disjuntores, até então importados das fábricas da Schneider na França e Espanha. O mercado de disjuntores movimenta R$ 200 mi ao ano. (Gazeta Mercantil - 17.04.2001)

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5- Fachesf receberá R$ 400 mi para equilibrar contas

A direção da Chesf e a Fundação Chesf de Assistência e Seguridade Social (Fachesf) assinaram acordo de R$ 400 mi, provenientes dos cofres públicos federais, com os quais será custeado o pagamento das aposentadorias dos servidores. Os recursos serão repassados à Fachesf e desembolsados em um prazo de 10 anos. O acordo somente veio a público com a divulgação do balanço da distribuidora de energia, na segunda semana de abril de 2001. Os valores em questão são oriundos de dívidas que a companhia tinha com a entidade previdenciária na qualidade de patrocinadora do fundo de pensão. Os débitos eram reconhecidos pela Chesf desde agosto de 1997, quando a empresa já assumia em seu balanço provisões da ordem de R$ 215,8 mi. Em dezembro de 1999, com uma segunda atualização do passivo previdenciário, as provisões para as aposentadorias já chegavam a R$ 320,6 mi. Em 2000, com a última atualização do passivo previdenciário, a dívida chegou aos atuais R$ 400 mi, depois de acrescida de R$ 80,1 mi. (Jornal do Commercio - PE - 17.04.2001)

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financiamento

1- Aneel mantem Furnas como comercializadora de Angra II

A Aneel rejeitou a proposta da Eletrobrás para regularizar a comercialização da energia nuclear de Angra II e manteve Furnas como agente de compra e venda dessa energia. Segundo o diretor financeiro de Furnas, Márcio Nunes, "até a privatização, essa decisão terá de ser revista, pois a legislação determina que energia nuclear esteja sempre a cargo do Estado". Com a venda da estatal, a comercialização terá de ser realizada por outro braço do governo, e não por um grupo privado, de acordo com a legislação brasileira. A decisão foi comunicada às empresas na segunda semana de abril de 2001, quando representantes da Aneel e das três empresas se reuniram para tratar da regulamentação da energia de Angra II. Com a manutenção do papel de agente comercializador de Angra II, Furnas terá de arcar com a dívida do MAE, estimada em R$ 578 mi pelo mercado. A proposta não acatada pela Aneel previa que a dívida fosse transferida para Eletrobrás, que ficaria com os créditos de cerca de R$ 450 mi resultantes da energia fornecida desde julho sem cobrança de tarifa.(Gazeta Mercantil - 18.04.2001)

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2- Enron deve atuar em comercialização no Brasil em 2003

O principal negócio da Enron é a venda de gás natural e energia elétrica, sendo o maior volume do seu faturamento proveniente de vendas via internet. Mas a empresa também negocia outras commodities pela rede mundial como metais, celulose e papel e produtos petroquímicos. Seu site de comercialização, o The New Power Company, uma joint-venture com a IBM e America Online (AOL), já comercializou US$ 490 bi desde o início de suas operações, há pouco mais de um ano. Sua média diária de vendas é de US$ 3 bi, em mais de 4 mil transações /dia. O The New Power deve chegar ao Brasil quando o mercado de energia estiver liberado, em 2003, segundo o presidente da Enron, Orlando González. Nesse ano, todos os contratos assinados entre as distribuidoras elétricas e seus grandes consumidores estarão desfeitos, conforme regulamentação da Aneel. E os clientes poderão escolher à vontade o seu fornecedor. "Queremos atuar no mercado livre". O volume atual da energia comercializada livremente no Brasil não é significativo, segundo González. (Valor - 18.04.2001)

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financiamento

1- Light tenta renegociar sua dívida

Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diretor de Relações com os Investidores da Light, disse que a Light está empenhada em renegociar sua dívida, mas afirmou que o atual momento de nervosismo no mercado financeiro não é favorável. De acordo com ele, a empresa vem conseguindo aumentar os prazos e reduzir os custos de sua dívida. Em 1999, o prazo médio era de três anos e a correção era sobre a variação do dólar, mais 13% de juros. Já em 2000, o prazo médio aumentou para três anos e meio e a correção era sobre a variação do dólar, mais 11%. O diretor acredita que a renegociação na dívida ainda em 2001 e a troca de ativos da Light com a norte-americana AES dão boas perspectivas para 2001. (O Globo -18.04.2001)

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2- Light diz que ainda é cedo para avaliar impacto do dólar

O diretor de Relações com os Investidores da Light, Paulo Roberto Ribeiro Pinto disse, no dia 17.04.2001, que ainda é cedo para avaliar o impacto da alta do dólar nos resultados da empresa para o ano de 2001. A Light teve prejuízo de R$ 272 mi em 2000, e sua dívida em dezembro era de R$ 4,78 bi, sendo 64% em dólar. Segundo Paulo Roberto, a maior parte dos vencimentos (US$ 320 mi) será em outubro. De acordo com Paulo Roberto, a maior concentração de vencimentos da dívida este ano é no mês de outubro, somando US$ 320 mi. Deste total, US$ 220 mi são relativos a vencimento de uma parcela da dívida da Light Gas e US$ 100 mi são de debêntures emitidas pela Light em 1999. O impacto no balanço da empresa vai depender de como o dólar estiver até o fim do 2001, disse o executivo. (O Globo 18.04.2001)

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3- Crédito fica mais caro para empresas

As taxas de juros médias nas operações de crédito para pessoas jurídicas subiram, em março de 2001, pela primeira vez desde dezembro de 2000, alcançando 34,6% ao ano, próximo do nível de agosto de 2000, de 34,8%. Segundo pesquisa do BBV Banco, baseada em dados do Banco Central, essa taxa é recorde em quatro meses. A tendência é de uma alta maior em abril de 2001. O spread das operações direcionadas a empresas também subiu em março. atingiu 19% a.a, o que na comparação com janeiro representa aumento de 1,1 ponto. Os bancos afirmam que as operações de crédito para pessoa jurídica são as primeiras a sofrer reajuste, uma vez que a forte concorrência no segmento deixa o spread das operações apertado, fator que incapacita as instituições financeiras de segurar um aumento da taxa de juros. (Valor - 18.04.2001)

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4- Contrato de juro de curto prazo é preferido por investidores

A instabilidade do mercado financeiro nas últimas semanas abortou o processo de alongamento das operações que vinha se desenhando no início de 2001. Diante da incerteza, os investidores querem reduzir a exposição em ativos de risco e preferem apostar nos juros com vencimento de curto prazo. Isso reduziu a liquidez dos contratos longos e ficou complicado para os bancos conseguirem dinheiro para emprestar por períodos de um, dois ou três. A falta de liquidez nas taxas futuras de longo prazo já reflete na concessão de crédito às empresas. Os bancos estão a cada dia mais restritivos aos empréstimos, pois está difícil travar as operações. Para emprestar, é preciso antes ter dinheiro. Em uma operação perfeita, o banco captaria esses recursos no mercado futuro ou via Certificado de Depósito Bancário (CDB) a um determinado prazo e emprestaria com mesmo prazo de vencimento. Mas essa operação perfeita é exceção e não regra. (Gazeta Mercantil 18.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras poderá assumir custo da variação cambial do gás

O governo quer que a Petrobras assuma o custo da variação cambial do preço do gás natural, comprado da Bolívia, que será utilizado pelas usinas termelétricas. A idéia é que o preço do gás no País seja cobrado em reais e reajustado uma vez por ano, quando a Petrobras poderá repassar para a tarifa do gás a variação cambial. "A hipótese é de que a variação cambial do preço do gás para a geração térmica em um ano seja bancada pela Petrobras, que faria uma espécie de hedge, sendo ressarcida depois desse período", explicou o ministro de Minas e Energia, José Jorge. A espectativa do ministro é de que em três semanas a questão tenha sido decidida. Segundo o ministro, o sistema seria semelhante ao da energia gerada pela usina binacional de Itaipu, que também e cobrada em dólar. O reajuste do preço do gás deverá seguir a variação do IGP-M. Essas medidas só serão oficializadas depois do aval dos ministros Pedro Malan (Fazenda) e Minas e Energia (José Jorge). A proposta será encaminhada a esses ministros depois de combinadas pela equipe técnica.(O Globo e Gazeta Mercantil - 18.04.2001)

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2- Petrobras tem fórmula para estabilizar preço do gás

A Petrobras está tentando criar uma banda de flutuação dos preços do gás comprado da Bolívia de modo a estabilizar o preço do produto, que hoje varia de acordo com uma cesta de óleos reajustada trimestralmente. Foi essa discussão que levou o presidente da Petrobras, Philippe Reichstul, à Bolívia no dia 12.04.2001. Em Santa Cruz de la Sierra, Reichstul teve um longo almoço com a alta direção da Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB), incluindo seu presidente, Carlos Salinas. Em seguida ele se reuniu com o presidente da Bolívia, Hugo Banzer, que viajou de La Paz para Santa Cruz para isso. O executivo de uma empresa com investimentos na Bolívia acha que é possível, sim, rever os preços do gás naquele país. "A Bolívia precisa exportar o gás e o Brasil, no momento, é o único comprador. Se a Bolívia não vender o gás para o Brasil a alternativa seria o mercado argentino, onde o gás chega a Buenos Aires custando US$ 1,80 por milhão de BTU". O gás boliviano custa hoje US$ 1,97, mas chega mais caro ao Brasil já que a esse valor se adiciona o custo de transporte por gasodutos, o que eleva o preço para US$ 3,70, sem impostos. Esse valor deve cair para US$ 3,33 no total no próximo reajuste. Já o gás nacional custa US$ 2,10 desde o dia 04.04.2001, sem contar a tarifa de transporte, que varia de acordo com o Estado comprador. Para o uso em termoelétricas, o preço foi fixado em US$ 2,55 (sem impostos), fruto de um mix dos preços do gás boliviano e brasileiro. Se houver uma queda dos preços do petróleo no mercado internacional, como prevêem as grandes companhias, a fórmula prevê uma redução em julho de 2001. (Gazeta Mercantil - 18.04.2001)

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3- Governo não consegue decidir preço inicial do gás

Em reunião dos técnicos dos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda, realizada no dia 17.04.2001, o governo, apesar de demonstrar clara intenção de que a Petrobras assuma os custos da variação cambial do preço do gás natural boliviano que será utilizado pelas usinas termelétricas, não conseguiu decidir qual será o preço inicial do gás natural e nem qual será a fórmula de reajuste do produto. Outro problema que vem sendo analisado pelo Tesouro Nacional é a questão do custo do transporte, que também é dolarizado. (O Globo - 18.04.2001)

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4- Light quer térmica Norte Fluminense

A Light quer o controle de 90% da térmica Norte Fluminense em Macaé (RJ), prevista para entrar em operação no final do ano 2002. Além de negociar a compra das fatias da Cerj, 26,6%, e da Escelsa, também 26,6%, a companhia negocia com a Eletrobrás, da qual pretende adquirir mais 10% na Sociedade de Propósito Específico (SPE) criada para viabilizar a construção da unidade. Se fechar negócio com essas empresas, a Light terá como sócia apenas a Petrobras, que detém 10% na SPE. A capacidade de geração da usina, de acordo com o projeto, será de 770 MW. O diretor de geração da Light, Paulo Roberto Monteiro de Barros, afirmou que os investimentos da empresa na térmica serão proporcionais à fatia controlada: a companhia será responsável por cerca de US$ 405 mi dos US$ 450 mi. Metade do financiamento virá, segundo ele, do BNDES. (Gazeta Mercantil e Valor - 18.04.2001)

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internacional

1- Califórnia criará organismo de Energia

O governo da Califórnia criará o cargo de autoridade elétrica para agir nas emergências, controlar os preços da energia e prevenir apagões. Esse organismo poderá comprar a rede elétrica de distribuição, atualmente privatizada, terá poderes sobre os programas de conservação, construção de novas usinas e a reabilitação das atuais. A autoridade terá a possibilidade de emitir bônus de até US$ 5 mi para comprar a rede da PG&E e Edison. A construção e operação de novas centrais só será concretizada caso as empresas não possam dar ao Estado uma caução de ao menos 15% além da capacidade. O encarregado será David Freeman, que ainda lançará um programa de economia de energia que dará descontos de 20% nas contas dos consumidores caso eles consigam diminui em 20% seu consumo. As iniciativas de economia, que ainda prevêem programas de aumento de eficiência da iluminação e reembolso de equipamentos poupadores de energia, têm orçamento de US$ 500 mi. (Enervia - NYT - 18.04.2001)

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2- Enel interessada em aquisições na Europa

A Enel, empresa italiana de energia, declarou em 18.04.2001 que está interessada em adquirir empresas de energia na Europa, afastando a hipótese de alianças. "Consideramos a possibilidade de adquirir utilities na Europa, desde que possamos deter o controle majoritário dessas empresas", afirmou o diretor-executivo da Enel, Franco Tato. A empresa desenvolveu estratégia de expansão internacional depois da liberalização do setor elétrico italiano e da decisão judicial que a obrigou a reduzir sua participação no mercado italiano de geração de energia. O interesse estaria nos mercados do Reino Unido, Espanha e Europa Central. (Diário Econômico - 18.04.2001)

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3- Comissão Européia aprova compra da Snet

A Comissão Européia anunciou, em 18.04.2001, que aprovou o acordo firmado entre a Endesa e a francesa CDF para a compra de 30% da Snet, empresa de termoelétricas a carvão. As duas empresas assinaram em novembro de 2000, com a aprovação do governo francês, compromisso para comprar conjuntamente a Snet. O acordo inclui a possibilidade da empresa espanhola aumentar sua participação a médio prazo. A Snet é a segunda maior elétrica francesa por capacidade instalada e a terceira em geração. Possui cinco usinas de carvão que somam 2600 mW e geram 6.838 GW/h por ano, o que representa 2,5% do sistema elétrico francês. (Enervia - 18.04.2001)

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4- Duke divulga lucros

Os lucros da Duke Energy aumentaram além das expectativas no primeiro trimestre de 2001. O lucro líquido ficou em US$ 458 mi, contra US$ 393 mi no mesmo período de 2000. Segundo a empresa, o ganho por ação foi de US$ 0,74, se excluídos os encargos, contra US$ 0,49 nos três primeiros meses de 2000. Os analistas dizem que o lucro líquido por ação foi de US$ 0,58. A Duke afirma que seus rendimentos cresceram 126% no período, somando US$ 16,5 bi. A empresa é acusada de ter sobretaxado em US$ 17,8 mi os consumidores da Califórnia durante a crise energética do estado. O CEO da Duke disse que os preços cobrados foram justos e razoáveis. Devido à crise, a companhia separou US$ 110 mi no último quarto de 2000 para se prevenir contra um possível calote, pois as distribuidoras da Califórnia lhe devem US$ 400 mi. Foi anunciada ainda a adição de 2000 MW à capacidade geradora da unidade de produção de energia. (NYT - 18.04.2001)

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5- Eon pode estar interessada na Saur

A Eon estaria interessada em comprar o grupo francês de distribuição de água Suar, filial da Bouygues, diz a revista alemã 'Wirtschaftswoche'. Segundo fontes da publicação, a empresa alemã nunca esteve tão próxima da Saur. O empresário François Pinault, que controla 16% da Bouygues e é o principal acionista individual da Saur, estaria disposto a trocar sua participação de 86% na empresa pelos 17,5% da Eon na Bouygues Telecom. A alemã se negou a comentar a notícia. (Enervia\Dow Jones - 18.04.2001)

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6- Schneider Eletric e Legrand negociam aliança

A empresa francesa Schneider Eletric negocia com a Legrand, também da área de produtos de baixa tensão, uma aliança a ser feita por meio de troca de ações. Se aprovada pelos órgãos reguladores europeus, surgirá uma gigante no ramo, com vendas de US$ 11,03 bi. O grupo chegou ao Brasil, discretamente, em 1988. Entre operações exclusivamente brasileiras e outras mundiais, comprou a Telemecanique, a Modicon, Merlin Gerin e Square D e a Telemecanique. (Gazeta Mercantil -17.04.2001)

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Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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