1- Aneel autoriza recompra de energia |
A
Aneel autorizou, no dia 16.04.2001, a negociação da redução da
demanda de energia elétrica entre distribuidores e os grandes
consumidores. A medida vale para os consumidores com fornecimento
em alta tensão (acima de 2,3 kV). Com estes consumidores, os contratos
das concessionárias são para disponibilizar determinada potência
de energia. O consumidor paga pelo total que contratou, utilizando-o
ou não. A Aneel autorizou a negociação dessa demanda, que agora
poderá ser diminuída. As empresas terão que negociar o montante
de energia, o preço e o prazo. A energia que sobrar das negociações
será utilizada para outros fins. A Abrafe estima que, só em Minas
Gerais, a demanda pode ser diminuída em até 600 MW. (Agência JB
- 16.04.2001)
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2- Aneel mantém multa à Furnas |
A Aneel manteve uma das multas aplicadas a Furnas, no valor de
R$ 5,8 mi, em razão do desligamento de energia no dia 14.12.2000.
A empresa terá 15 dias para recorrer à diretoria-colegiada da
Aneel. Uma outra multa, no valor de R$ 648 mil, aplicada pelo
desligamento ocorrido no dia 12.12.2000 foi arquivada pela Aneel.
A agência acatou a defesa de Furnas, que alegou não ter sido confirmada
sua responsabilidade no problema. (Jornal do Brasil - 17.04.2001)
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3- Edital da Cesp exige geração maior |
O governo de São Paulo divulga no dia 17.04.2001 o novo edital
de privatização da Cesp Paraná, com as modificações decididas
nas reuniões do conselho diretor do PED e aprovadas pela Aneel.
A principal mudança do edital, é a obrigatoriedade de o novo controlador
da empresa ampliar a capacidade de geração em 16,5% num prazo
de oito anos. A Cesp Paraná vai ser leiloada no dia 16.05.2001
pelo preço mínimo de R$ 1,739 bi. Serão ofertados 38,67% do capital
total da empresa. O lote de mil ações terá o valor mínimo de R$
48. A Cesp hoje opera com seis usinas e potência de 6.822 MW parte
do aumento da capacidade, equivalente a 1.122 MW adicionais terá
de ser obtida com a instalação, até 2002, de cinco novas turbinas
na usina Sérgio Motta, num total de 500 MW. (Gazeta Mercantil
- 17.04.2001)
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4- Governo está otimista para leilão da Cesp Paraná |
O secretário estadual de Economia e Planejamento e presidente
do PED, André Franco Montoro Filho, está otimista com o leilão
e aposta em pelo menos três empresas na disputa pela Cesp, dentre
as quais a Duke Energy ,grupo americano que controla a Cesp Paranapanema,
e a francesa EDF e a belgo-francesa Tractebel, que estão em busca
de parceiros. O secretário espera ainda a presença da outra americana
NRG, que negocia para formar um consórcio.Também estão interessadas
na Cesp: as norte-americanas Southern Electric, AES, a espanhola
Endesa e a brasileira VBC. O presidente da Eletricidade de Portugal
no Brasil, Eduardo Bernini também declarou interesse na estatal
, mas afirmou que o edital será estudado com detalhes. A principal
dificuldade na venda da Cesp é seu elevado endividamento, cerca
de R$ 7,4 bi, mais de 80% em moeda estrangeira. (Gazeta Mercantil
- 17.04.2001)
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5- PE já gastou R$ 930,7 mi da venda da Celpe |
O governo de Pernambuco já gastou R$ 930,7 mi do dinheiro arrecadado
com a venda da Celpe. Como a aplicação financeira dos recursos
da privatização já renderam R$ 176,17 mi, ainda restam na conta
do Fundo de Desenvolvimento de Pernambuco (Fundepe), R$ 1,14 bi.
Do total gasto, R$ 251 mi foram aplicados na amortização e no
pagamento da dívida pública estadual. Outros R$ 331,42 mi foram
destinados aos investimentos feitos pelo governo na área de infra-estrutura.
As principais obras beneficiadas até agora foram a duplicação
da BR-232, a construção do novo terminal de passageiros do Aeroporto
Internacional Guararapes e os programas Estradas do Desenvolvimento
e Águas de Pernambuco. Além das obras, está recebendo dinheiro
do Fundepe o braço financeiro do novo fundo de aposentadoria do
Estado, o Funafin. Até agora, foram transferidos para o fundo
R$ 135 mi, embora a previsão é de que, pelo menos, outros R$ 165
mi devam servir como aporte financeiro. (Jornal do Commercio -
PE - 17.04.2001)
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1- Situação dos reservatórios é pior do que o previsto |
Os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas na Região
Sudeste devem chegar ao fim de abril de 2001 com apenas 34,1%
da capacidade. Esta previsão é 2,1% menor do que foi estimado
no início de abril pelo ONS. A situação é crítica já que, para
atravessar um período de seca - entre maio e setembro - sem problemas
de abastecimento de energia, as barragens deveriam estar com 49%
da capacidade no final do mês. Com isso, o Plano de Redução de
Consumo e Aumento da Oferta, lançado pelo Governo Federal no início
do mês, tem de ser suficiente para cobrir esta demanda. Uma redução
mais significativa dos níveis dos reservatórios pode levar ao
racionamento no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. O cenário no
Nordeste também é crítico. A previsão do ONS indica que a soma
dos níveis de todos os reservatórios da região devem chegar a
34% da capacidade de água, 16% abaixo da previsão feita pelos
técnicos para que as hidrelétricas pudessem atravessar o período
seco. (Jornal do Commercio - PE - 17.04.2001)
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2- Presidente sanciona redução de consumo em prédios
públicos |
O presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou, no dia 16.04.2001,
o decreto que determina a redução de 15% no consumo de energia
pelos prédios públicos, como parte do plano de redução do consumo
de energia para evitar o racionamento durante o período de estiagem
nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Determinou também
a redução do consumo em 20% até dezembro de 2002. De acordo com
o decreto, os órgãos da administração pública federal direta,
as fundações, as empresas públicas e as sociedades de economia
mista controladas, direta ou indiretamente, pela União, deverão
reduzir o seu consumo de energia elétrica para "iluminação, refrigeração
e arquitetura ambiental." O decreto prevê ainda a dispensa integral
ou parcial do cumprimento da determinação pelos órgãos ou as entidades
que, com base em parecer técnico elaborado pela secretaria-executiva
do Procel , já estejam com nível de eficiência igual ou próximo
ao da meta estipulada. O acompanhamento e a supervisão do programa
de redução do consumo ficará a cargo do Ministério de Minas e
Energia. (Correio Brasiliense e Folha News - 16.04.2001)
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3- Crise energética reabre discussão sobre Angra 3 |
Segundo assessores, o ministro de Minas e Energia, José Jorge,
está fortemente inclinado a revitalizar o Conselho Nacional de
Política Energética (CNPE). A primeira proposta que ele pretende
enviar aos conselheiros para exame é o projeto de construção da
usina nuclear Angra 3. De acordo com o ministro o CNPE é o ambiente
adequado para discutir o projeto de Angra 3, que deveria ter entrado
em operação comercial em dezembro de 1984, mas que se perdeu ao
longo dos anos com a crise financeira do Estado. No Ministério
de Minas e Energia, acredita-se que agora é a hora mais do que
adequada para rediscutir a questão. Afinal, o projeto total está
calculado em US$ 2,4 bi, dos quais são deduzidos US$ 700 mi, já
pagos na forma de equipamentos, hoje estocados em Angra dos Reis
em caixas de nitrogênio para evitar a corrosão, ao custo anual
de US$ 500 mil. Com 1,3 mil MW de capacidade, Angra 3 é um dos
principais centros de geração previstos para o Sudeste. (Gazeta
Mercantil - 17.04.2001)
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4- Angra 3 necessita de US$ 1,7 bi |
Segundo Ronaldo Fabrício, ex-presidente da Nuclen, de Furnas e
da Eletronuclear, e consultor da Associação Brasileira para o
Desenvolvimento das Atividades Técnicas e Industriais nas Áreas
Nuclear e Térmica (Abdan), o projeto de Angra 3 pode ser retomado
sem maiores dificuldades. Como o governo possui US$ 700 mi em
equipamentos, seria necessário um aporte de US$ 1,7 bi. A Eletronuclear
poderia entrar com US$ 700 mi em receitas próprias, e faltaria
um total de US$ 1 bi. Segundo Fabrício, o governo alemão tem compromisso
contratual de financiar US$ 500 mi e os US$ 500 mi restantes poderiam
ser financiados pelo BNDES. De acordo com Fabrício, "depois que
o governo tomar a decisão política de construir Angra 3, a usina
ficará inteiramente pronta em cinco anos. Há uma série de vantagens:
o Brasil é a sexta reserva de urânio do mundo; a energia por ela
gerada custará cerca de US$ 30 por MW/h, muito mais barato do
que as usinas térmicas a gás natural". (Gazeta Mercantil - 17.04.2001)
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5- Restrições da Alemanha podem atrapalhar projeto
de Angra 3 |
Alguns fatores que podem atrapalhar a retomada do projeto de Angra
3 são as restrições políticas e ambientais ao prosseguimento do
Acordo Brasil-Alemanha. A questão nuclear não é um tema fácil
para ser conversado hoje na Alemanha. Embora as centrais nucleares
sejam responsáveis por 30% da geração elétrica do país, o governo
alemão tem sido fortemente pressionado a abandonar a energia nuclear.
Para um país como Alemanha, que já está pronto há décadas, a renúncia
não faz muita diferença. 'Para o Brasil, que precisa de 40 mil
MW até o final da década e tem dificuldades para atrair investidores
ao setor de geração elétrica, a capacidade instalada de Angra
3 faz muita diferença', afirmou Ronaldo Fabrício, consultor da
Abdan. Ele acredita que as restrições à energia nuclear na Alemanha,
dificultando um eventual empréstimo ao Brasil para a construção
de Angra 3 poderão ser contornadas por meio da empresa franco-alemã
Advanced Nuclear Power (ANP), que, na prática, é uma sucessora
da KWU. (Gazeta Mercantil - 17.04.2001)
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6- Governo do Ceará investe em novas fontes de geração |
Em virtude da escassez de água, o governo do Ceará admite acelerar
os projetos de geração de novas fontes de energia elétrica, como
a térmica e a eólica, para evitar o risco de racionamento. Atualmente,
94% da energia elétrica consumida pelo Ceará vem de hidrelétricas.
O secretário de Infra-Estrutura do Ceará, Francisco Maia Júnior
anunciou, no dia 16.04.2001, investimentos de R$ 637,6 mi no setores
de energia e comunicação para 2001. Do total, R$ 38,6 mi vêm do
Governo do Estado, R$ 206,4 mi da Coelce, R$ 290 mi da Telemar,
R$ 100,5 mi da Chesf e R$ 2,019 mi Cegás. Os valores foram anunciados,
no dia 16.04.2001, em Fortaleza, pelos principais executivos das
empresas. (O Povo - CE - 17.04.2001)
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1- Eletrobrás investirá R$ 30 mi em campanha publicitária
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Sistema Eletrobrás, tentando evitar racionamento, deve gastar
cerca de R$ 30 mi em campanha publicitária para convencer a população
a reduzir o consumo de energia nos próximos meses. Durante 54
dias serão inseridas peças nas emissoras de TV e rádio e publicados
anúncios nos principais jornais e revistas das regiões Sudeste,
Centro-Oeste e Nordeste. Serão gastos R$ 4 mi na primeira fase
da campanha, que teve início no dia 15.04.2001 com um pronunciamento
pelo rádio e TV do ministro de Minas e Energia, José Jorge. (Estado
- 15.04.2001)
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2- Eletrobras financia troca de iluminação em 85 municípios
do RJ |
O programa Reluz, vai substituir as velhas lâmpadas incandescentes
e a vapor de mercúrio por lâmpadas a vapor de sódio em 85 municípios
do estado do Rio de Janeiro. O programa começou por Maricá e Resende,
onde foram trocadas cerca de 30 mil lâmpadas, resultando em uma
economia de 40%. As trocas contam com financiamento da Eletrobrás.
Segundo o secretário estadual de Energia, Wagner Victer, os próximos
municípios beneficiados com a substituição de lâmpadas são Piraí,
Angra dos Reis, Rio das Ostras, Búzios, onde serão trocadas 980
lâmpadas de mercúrio por sódio na zona urbana da cidade. (Último
Segundo - 17.04.2001)
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3- Fornecedores de geradores e turbinas faturam com
o racionamento |
Nem só de prejuízos viverá a indústria nacional em caso de racionamento
de energia. Existe um grupo seleto de empresas que irá faturar
com a falta de energia, entre eles os fornecedores de geradores
e motores para usinas térmicas. A finlandesa Wartsila deve fechar
contrato de US$ 340 mi com a Eletrobras e será um grande lucro
frente aos US$ 50 mi faturados no ano 2000. A projeção da Wartsila,
é que em 2001 o seu faturamento seja superior ao registrado em
dez anos no Brasil. A empresa foi a única qualificada pela estatal
para prestar o serviço que inclui a engenharia, instalação e montagem
da térmica com capacidade de 500 MW, que funcionará como reserva
para as usinas Angra I e II. Além de atender grandes clientes,
como à norte-americana El Paso, a companhia tem em projeto 20
contratos de fornecimento a indústrias. Em 2000, eram apenas quatro.
Segundo o gerente de Vendas da Wartsila, Antônio Lima, o empresariado
foi pego de surpresa com a possibilidade de racionamento. Neste
momento há uma corrida da indústria para instalar geradores e,
quando são de grande porte, térmicas de cogeração. A perspectiva
de que o custo da energia no mercado à vista alcance o teto de
R$ 684 por MWh estabelecido pela Aneel está motivando o empresariado
a investir na geração própria. (Panorama - 16.04.2001)
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4- Presidente da Duke Energy visita o Brasil |
O presidente da empresa norte-americana Duke Energy, Bruce Williamson,
chega no dia 17.04.2001 ao Brasil. A visita coincide com a publicação
do novo edital de privatização da geradora de energia elétrica
Cesp Paraná. A Duke Energy, que já é proprietária da geradora
Cesp Paranapanema, é uma das interessadas na compra da Cesp Paraná.
A visita, segundo a assessoria da empresa, é parte de uma tour
do executivo pelos negócios da empresa na América Latina, o que
inclui a Argentina e o Peru, entre outros países. A Duke Energy
comprou a Cesp Paranapanema em julho de 1999 por R$ 1,2 bi, pagando
ágio de 90% sobre o preço mínimo. A empresa também participa da
construção de uma usina termelétrica no Estado de São Paulo. (Folha
- 16.04.2001)
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1- Bancos e empresas obtêm US$ 715 mi no exterior |
A instabilidade do mercado financeiro não impediu empresas e bancos
brasileiros de obter, com sucesso, US$ 715 mi no exterior. Mais
US$ 1,8 bi em operações no mercado internacional estão em andamento
agora. A Petrobras anunciou que pretende concluir neste mês operação
de US$ 300 mi de vencimento em sete anos, em operação liderada
pelo USB Warburg com seguro de risco da seguradora Zurich. A AES
Tietê vai captar mais US$ 300 mi com cobertura de risco da Opic,
em operação de eurobônus liderada pelo Bank of America. A Votorantim
vai captar US$ 1 bi em pré-pagamento de exportação e a Usiminas,
US$ 200 mi. (Valor - 17.04.2001)
Índice
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2- Light lança empréstimo de US$ 150 mi |
A Light lançou empréstimo de US$ 150 mi, de prazo de vencimento
em três anos, na primeira operação sem cobertura de risco de uma
empresa não-financeira em muitos anos. Conseguiu obter US$ 190
mi, em operação liderada pelo Dresdner Bank e pela Salomon Smith
Barney. Teve de pagar ligeiramente mais -2,75% ao ano sobre a
Libor- do que os 2,50% ao ano que pretendia. Mas, mesmo assim,
os custos são atraentes: 7,40% ao ano para três anos, considerando-se
a Libor de 4,65% de um ano, dia 16.04.2001. A Petrobras anunciou
que pretende concluir neste mês operação de US$ 300 mi de vencimento
em sete anos, em operação liderada pelo USB Warburg com seguro
de risco da seguradora Zurich. A AES Tietê vai captar mais US$
300 mi com cobertura de risco da Opic, em operação de eurobônus
liderada pelo Bank of America. A Votorantim vai captar US$ 1 bi
em pré-pagamento de exportação e a Usiminas, US$ 200 mi. (Valor
- 17.04.2001)
Índice
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3- Mercado aposta na elevação da taxa de juro |
O mercado financeiro já aposta na elevação na taxa básica de juros
da economia em um ponto percentual. Atualmente, a meta Selic está
em 15,75% ao ano. As projeções para as taxas de juros futuros
negociadas na BM&F fecharam com alta. O contrato com vencimento
mais curto, de maio - que melhor indica a projeção para a taxa
básica de juros - fechou em 17,42% ao ano, 1,67 ponto percentual
acima da meta Selic. A alta sinaliza que o mercado aposta na elevação
dos juros básicos e já acrescenta um prêmio sobre a nova taxa.
O Copom, que irá definir os juros que vão vigorar até maio, se
reúne, nos dias 17 e 18 de abril, para discutir a taxa. O resultado
sairá após o fechamento do mercado. (Gazeta Mercantil - 17.04.2001)
Índice
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4- Câmbio e juro pressionados por anuncio de Cavallo |
O mercado financeiro foi abalado depois que o ministro da Economia
da Argentina, Domingo Cavallo, levantou a possibilidade de inclusão
do euro no sistema de conversibilidade do câmbio. Os investidores
inseguros a respeito de como se dará a transição da conversibilidade
do peso com o dólar, o regime atual, para a cesta dólar e euro,
refugiaram-se na moeda norte-americana e fugiram dos títulos da
dívida argentina. O FRB, papel mais negociado, caiu 2,03%, a 84,250%
do valor de face. O preço dos papéis brasileiros também recuou.
Cavallo assegurou, uma vez mais, que não haverá desvalorização
da moeda local, o peso, e que a introdução do euro pode demorar
ainda vários anos. No Brasil, o dólar subiu 1,86% e chegou a R$
2,196, a maior taxa desde o início do Plano Real, em julho de
1994. Os juros para as operações de um ano subiram de 19,82% para
21,40%. (Gazeta Mercantil - 17.04.2001)
Índice
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1- ANP concede à BG livre acesso ao gasoduto até final
de 2002 |
A ANP decidiu, dia 16.04.2001, conceder à BG (British Gas) o direito
de livre acesso ao gasoduto Bolívia-Brasil, contrariando o interesse
da Petrobras, que tentava evitar a exploração compartilhada do
duto. Com a medida, a BG poderá transportar 700 mil metros cúbicos
por dia de gás natural de abril a agosto de 2001 e 2,1 milhões
de metros cúbicos por dia de setembro de 2001 a dezembro de 2002.
A partir de 2003, a empresa terá o direito de transporte interruptível,
ou seja, se a Petrobras precisar usar o duto, a BG será obrigada
a interromper o transporte. (Folha Online - 16.04.2001)
Índice
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2- Governo discute fórmula para preço do gás natural
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O governo federal promoverá uma reunião, dia 17.04.2001, para
tentar definir o preço do gás natural para as usinas termoelétricas
que serão construídas no País. O secretário de Energia do Ministério
de Minas e Energia, Afonso Henriques Moreira Santos, informou
que a reunião não deverá ser conclusiva. O secretário de Política
Econômica do Ministério da Fazenda, Edward Amadeo, deve participar
deste encontro. Estão sendo feitos estudos técnicos que exigem
o aval da equipe econômica quanto à fórmula de reajuste do preço
do gás natural. O diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn, e
o presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, ainda não
confirmaram se vão participar desta rodada de negociações. No
dia 16.04.2001, Zylbersztajn e Reichstul informaram que o superintendente
de Gás Natural da ANP, José Cesáreo, e o presidente da Gaspetro,
Luiz Rodolfo Landim, seriam os principais participantes deste
debate. (Estado - 17.04.2001)
Índice
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3- Empresas e governos estaduais disputam posições
no mercado de gás |
Estatais, multinacionais, governos estaduais e empresários estão
se movimentando silenciosamente para assumir posições estratégicas
no mercado de distribuição de gás natural. A expectativa de crescimento
para o setor é de cerca de 280% em quatro anos, com faturamento
anual que deve pular, no período, de aproximadamente R$ 1 bi para
pelo menos R$ 4 bi. A Petrobrás que, por meio da subsidiária Gaspetro,
é parceira de 14 distribuidoras estaduais, quer entrar em Minas
Gerais e no Rio de Janeiro. Para tanto, corteja a mineira Cemig,
dona de 90% da Gasmige, a fluminense CEG . A meta da Petrobrás,
a principal fornecedora do País, é clara: quer que o mercado de
gás passe de 1% de seu faturamento para 14% em 2005, com volume
de vendas pulando de 14 milhões de metros cúbicos ao dia para
35 milhões de metros cúbicos. Já a multinacional americana Enron
está negociando sua participação minoritária, por meio da subsidiária
Gaspart, em sete distribuidoras de gás estaduais, cinco na Região
Nordeste e duas no Sul. Embora não se manifeste publicamente,
decidiu sair do mercado de distribuição no Brasil para se concentrar
apenas na comercialização de energia. (Estado - 15.04.2001)
Índice
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4- Estados correm para criar distribuidoras de gás
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Os últimos Estados que ainda não tinham distribuidoras estão correndo
para criá-las mesmo sem ter o principal: o gás. Em março de 2001,
depois de dois anos de estudos, foi concluída a criação da CEBgás,
subsidiária Companhia Energética de Brasília. No fim de abril
de 2001, o governo de Goiás decidirá quem serão seus parceiros
na Sociedade Goiana de Gás Canalizado, que também terá a função
de procurar investidores. O gasoduto do Centro-Oeste está orçado
em US$ 210 mi e teria 828 km de extensão, a partir de Araraquara,
em São Paulo. Em 1999, a Rongás acertou o protocolo de construção
de um gasoduto ligando Urucu, no Amazonas, a Porto Velho, que
depende ainda de entendimentos técnicos e políticos com o governo
amazonense e da licença ambiental. Quando quando estiver pronto,
no mínimo em 2003, irá movimentar a usina termoelétrica da capital.
No Maranhão, o governo estadual encomendou um estudo para analisar
se o mercado local comportaria ter o gás como alternativa energética.
Enquanto isso, uma empresa canadense e outra americana estão avaliando
se existe gás em duas áreas no litoral maranhense, licitadas no
ano 2000 pela ANP. Para o presidente da Abegás e da Pbgás, Cícero
Leite: "de uma forma ou de outra, a infra-estrutura de distribuição
teria de ser criada nestes Estados". (Estado - 15.04.2001)
Índice
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5- Investidores aguardam garantias para construir termelétrica
no Ceará |
Embora a data de início da construção da termelétrica de Pecém
encontre-se indefinido, o secretário de Infra-Estrutura do Ceará,
Francisco Maia Júnior, disse, no dia 16.04.2001, que os pré-acordos
entre os acionistas (BP, Repsol e Endesa), com a Cegás para fornecimento
do gás natural e a Coelce já estão definidos. ``Falta apenas que
o Governo Federal defina garantias aos investidores quanto ao
risco cambial como, por exemplo, a criação de um fundo de compensação'',
acrescenta. Ele espera que até o dia 23.04.2001, se tenha alguma
resposta. ``Depois disso, os acionistas se comprometeram a iniciar
a obra''. A conclusão da primeira fase da usina, com produção
estimada em 245 MW está prevista para 2003 e segunda fase 270
MW para 2005. Os investimentos devem somar US$ 500 mi. O objetivo
é que essa energia responda por 25% do total consumido no Estado.
O preço será maior para o consumidor - atualmente o MW/hora custa
US$ 37 contra US$ 32 da energia hidráulica, mas Maia Júnio observa
que ``sai muito mais caro fazer racionamento''. (O Povo - CE -
17.04.2001)
Índice
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1- Votuporanga utilizará resíduos de madeira para geração
de energia |
O pólo moveleiro de Votuporanga (SP) está investindo no aproveitamento
de resíduos de madeira para gerar eletricidade. Uma parceria entre
a Associação Industrial da Região de Votuporanga (Airvo) e o grupo
português Companhia Geral de Distribuição de Energia Elétrica
(CGDE) vai resultar, até o final de 2001, na primeira micro-usina
termoelétrica do interior paulista movida a serragens e cavacos
de madeira. O projeto, com previsão de início para maio de 2001,
envolve investimentos entre R$ 2 mi e R$ 3 mi. O secretário-executivo
da Airvo e também da regional do Sindicato das Indústrias do Mobiliário
(SindMob), Marcelo Aparecido Francisqueti, revela que o consumo
da cidade é de 9.955,10 KW/hora, sendo 2.188,38 KW/hora (22%)
consumidos pelo parque industrial local. Ele afirma que cada tonelada
de resíduo sólido de madeira gera 350 KW. "Isso significa que
para gerar uma hora são necessárias 8,7 toneladas de serragens
e cavacos". Para garantir o abastecimento durante um mês (720
horas) o volume mínimo de materiais descartados pelas indústrias
deve ser de 4.341 toneladas. (Gazeta Mercantil - 16.04.2001)
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1- Privatização da Gaz de France adiada |
A Gaz de France, estatal francesa de gás que controla o setor
no país, não será privatizada até as eleições parlamentares de
2002. A abertura de capital da empresa é vista como a única forma
de ela poder competir no mercado internacional e se adaptar à
desregulamentação na Europa, onde é a terceira maior operadora
de gás, com um faturamento de US$ 8,5 bi ao ano. A demora se deve
à reação de parceiros do governo de Jospin, que não querem a privatização.
O presidente francês já declarou que manterá a maioria estatal
no controle da empresa e só permitirá a entrada de empresas selecionadas.
Os possíveis parceiros são as francesas TotalFinaElf e EDF. O
único parceiro estrangeiro mencionado foi a norueguesa Statoil.
Até mesmo essa solução francesa foi rejeitada pelos trabalhadores
da Gaz de France e da EDF, que se manifestaram contra a privatização
e a desregulamentação. A França está atrasada em relação aos outros
países da União Européia no que concerne às leis de liberalização
do mercado. Desde que a Gaz de France foi obrigada a aceitar o
limite mínimo de desregulamentação em Agosto de 2000, perdeu 5%
de seus clientes de grande porte. (Financial Times - 17.04.2001)
Índice
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2- PG&E divulga prejuízo do primeiro trimestre de 2001 |
A Pacific Gas & Eletric (PG&E) divulgou, em 16.04.2001, seus resultados
do primeiro trimestre de 2001. A empresa teve um prejuízo líquido
de US$ 4,12 bi ou US$ 11,34 por ação nos três primeiros meses
de 2001, contra uma perda de US$ 611 mi ou US$ 1,67 por ação no
mesmo período de 2000. Os prejuízos da empresa têm crescido ao
longo dos anos. Em 1999 foi de US$ 73 mi, enquanto em 2000 foi
de US$ 3,4 bi. O resultado se deve à crise energética na Califórnia,
que fez com que a companhia não pudesse reajustar suas tarifas
enquanto a energia que recebia para distribuir aumentava de preço.
Em 6.04.2001 a PG&E pediu concordata por achar que o plano de
ação do governo californiano não seria suficiente para salvá-la
da falência. A empresa tenta na Justiça reaver as perdas causadas
pela impossibilidade de aumento das tarifas. Segundo seu CEO,
Robert Glynn, os valores chegariam a US$ 6 bi. (Financial Times
- 17.04.2001)
Índice
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3- Enron divulga resultados positivos |
A
Enron, maior empresa de gás e eletricidade da América do Norte,
divulgou em 16.04.2001 seus resultados do primeiro trimestre de
2001. Superando as expectativas dos analistas, os lucros líquidos
foram de US$ 406 mi, 20% a mais do que os US$ 338 mi no mesmo
período de 2000. Do valor deste ano, foram excluídos ainda US$
19 mi relacionados a mudanças na contabilidade da empresa. O faturamento
praticamente triplicou, passando de US$ 13,1 bi nos três primeiros
meses de 2000 para US$ 50,1 bi em 2001. O volume de eletricidade
negociado no período foi de 111 milhões de MW/h para 232 milhões
de MW/h, enquanto o de gás aumentou 55%, de 23,5 trilhões de BTU's
para 36,4 trilhões de BTU's. A divisão de serviços teve um aumento
de 59% nos contratos, saltando de US$ 3,7 bi em 2000 para US$
5,9 bi no primeiro trimestre de 2001, enquanto os lucros saltaram
de US$ 6 mi para US$ 40 mi respectivamente. A nascente divisão
de negócios on-line teve uma queda de US$ 35 mi nos lucros se
comparado com o primeiro trimestre de 2000.Ainda assim, o número
de transações realizadas aumentou para 580, enquanto em 2000 inteiro
foram feitas 321 negociações apenas. (Reuters - 17.04.2001)
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4- Edison International perdeu US$ 1,943 bi em 2000 |
A Edison International declarou que perdeu US$ 1,943 bi em 2000
devido a débitos de US$ 2,5 bi de sua filial Southern California
Edison, segunda maior operadora de energia da Califórnia. A Edison
já havia anunciado que poderia vir a arcar com débitos de até
US$ 2,7 bi de custos de energia. Isso fez com que houvesse perdas
de US$ 5,84 por ação em 2000, mas, excluindo esses débitos, houve
lucro de US$ 1,74 por ação. Ainda assim, a companhia esperava
alcançar um lucro de US$ 2,02 por ação no ano. A crise de energia
da Califórnia ocasionou perdas de US$ 14 bi às empresas no ano
2000. (Reuters - 17.04.2001)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca - Economista
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena,
Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
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