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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 622 - 16 de abril de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Governo decide modelo de privatização de Furnas

O presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu que Furnas será cindida em duas empresas, uma de transmissão, que permanecerá estatal, e outra de geração. Ao bater o martelo nessa modelagem, o presidente resolveu parte da disputa em torno da privatização de Furnas. Não há mais prazo nem está claro que o governo abrirá mão, de uma só vez, do controle acionário. Firmou-se compromisso com a modelagem que vem sendo seguida pelo setor elétrico - de cisão com transmissão permanecendo sob controle estatal, e era essa a primeira questão que dividia o governo. Foi uma vitória da equipe econômica sobre a direção de Furnas, hostil a privatização, que pretendia criar uma holding com duas subsidiárias: de transmissão e geração. O governo federal também definiu que Furnas será privatizada através da pulverização de ações. Apesar da pulverização, o governo deve manter uma "golden share", que lhe garanta o controle provisório das empresas, mas por um tempo indeterminado, de forma a evitar que grupos privados nacionais e estrangeiros adquiram número excessivo de ações. (Valor e Infoenergia - 16.04.2001)

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2- Prazo para a privatização de Furnas continua incerto

A decisão do governo em relação ao modelo a ser utilizado na privatização, não significa que a venda de Furnas necessariamente ocorrerá em 2002. Muito menos que o governo tenha algum compromisso com a data que ele mesmo indicou, no plano de ação para os dois últimos anos da administração de FHC, que era concluir a venda até final de março de 2002. Nessa área, continuará o jogo de pressões. A área econômica tentará emplacar a privatização de Furnas na gestão de Fernando Henrique Cardoso, e a área política continuará insistindo que isso não é possível. O ministro das Minas e Energia, José Jorge, adiantou que os detalhes da venda de Furnas e o seu cronograma ficarão à cargo do BNDES. O ministro repetiu que a estatal será uma "grande corporação pública, com ações nas mãos da sociedade". Lembrou que o governo manterá uma "golden share" por algum tempo, mas não falou nada sobre prazos. (Valor - 16.04.2001)

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3- CAE recebe projeto contra privatização de empresas de energia

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado recebá, na terceira semana de abril de 2001, o projeto de lei do senador Roberto Freire que exclui do programa de privatização as empresas do setor de geração e transmissão de energia elétrica. O projeto foi aprovado na última semana pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Segundo Freire, as empresas do setor elétrico devem permanecer públicas para evitar que soluções de continuidade de uma privatização apressada proporcionem uma crise no setor e um aumento de tarifa para os consumidores. "A atividade do setor é extremamente complexa e importante. As decisões sobre a privatização não podem ser tomadas sem a efetiva participação do Congresso Nacional", enfatizou o senador. Afirmou ainda que sua proposta resultará em uma mobilização dos poderes públicos para a construção de novas usinas termelétricas e pequenas hidrelétricas, além de outras formas de produção de energia. (Agência Brasil - 14.04.2001)

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4- Audiências públicas na Câmara e no Senado debatem crise

O ministro das Minas e Energias, José Jorge, irá, na terceira semana da abril de 2001, ao Senado Federal e à Câmara dos deputados debater, em duas audiências públicas, a crise no setor energético brasileiro. Os pontos principais das discussões serão o racionamento do consumo de energia devido ao baixo nível de água dos reservatórios das hidroelétricas brasileiras e a privatização das empresas estatais de energia. Na audiência que ocorrerá no Senado, no dia 17.04.2001, o ministro deverá falar sobre as políticas governamentais de tarifas de energia. Na Câmara, a Comissão de Minas e Energia vai enfocar a discussão sobre o racionamento de energia que deve ser desencadeado a partir do próximo mês pelo NOS. Os deputados querem saber de José Jorge e do presidente da Aneel, José Mário Miranda, detalhes do programa que tem o objetivo de evitar blecautes, sobretudo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. A audiência na Câmara acontece no dia18.04.2001. (Último Segundo - 15.04.2001)

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risco e racionamento

1- Ministro vai a televisão para pedir economia de energia

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, fez uso de cadeia nacional de rádio e televisão, no dia 15.04.2001, para pedir à população que economize energia elétrica, com o objetivo de evitar um futuro racionamento. Ele pediu que sejam mantidas apagadas as lâmpadas nas dependências que estejam desocupadas das residências. O ministro também solicitou que seja reduzido o tempo do banho quente e que o ferro elétrico e o ar condicionado sejam utilizados de forma mais econômica. Começa no dia 18.04.2001 uma campanha publicitária onde serão publicados anúncios nos principais jornais e veiculados filmes nas emissoras de rádio e televisão das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do País. Serão gastos até R$ 30 mi com a campanha num período de 54 dias. Segundo José Jorge, o governo irá "utilizar a capacidade máxima das usinas em funcionamento e transferir a energia produzida nas regiões Norte e Sul para as outras afetadas pela estiagem". Mesmo assim, segundo o ministro, "é indispensável economizar, para evitar que falte energia nas escolas, nos hospitais e nas fábricas". (Agência JB e Transmite - 16.04.2001)

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2- Caixa Econômica incentiva uso de aquecimento solar

A Caixa Econômica Federal aceitará projetos de financiamento de casas que utilizem aquecimento solar. Os engenheiros responsáveis pela análise dos projetos de unidades habitacionais a serem financiadas pela empresa estão autorizados a aprovar propostas nas quais esteja previsto esse tipo de equipamento. A decisão se estende a todas as obras acompanhadas pela Caixa, inclusive aquelas que contam com recursos do Orçamento Geral da União. "Apesar de a instalação do equipamento solar ser um pouco mais cara do que o modo convencional, a decisão se justifica pela necessidade que o país enfrenta de economizar energia", diz o diretor de Desenvolvimento Urbano da Caixa, Aser Cortines. (Agência Brasil - 15.04.2001)

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empresas

1- Copel testa conexão à internet por condutores de energia

A Copel testará um novo sistema de acesso à internet que usa os cabos da rede pública de energia elétrica como o meio físico do trecho final para a conexão do computador, tecnologia batizada de PLC . A fase de testes, que deverá durar seis meses, será conduzida em Curitiba, a partir de maio de 2001, quando equipamentos que fazem a decodificação dos sinais digitais começarão ser instalados em 50 domicílios especialmente selecionados. "A grande vantagem estratégica do sistema PLC é o seu elevado potencial de penetração, pois com ele será possível integrar à internet qualquer residência ligada à rede elétrica da Copel", disse o superintendente da área de telecomunicações da Copel, Humberto Sanches Netto. "Encontram-se nessa condição 98% dos domicílios paranaenses", afirmou. (ABN - 12.04.2001)

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2- Eletronet negocia novos contratos para ampliar rede

Depois do recente contrato com a Intelig, a Eletronet, fornecedora de infra-estrutura para transporte de dados para operadoras de telecomunicações, pretende fechar três novos contratos nos próximos 30 dias, disse o presidente da empresa no dia 09.04.2001. ``Estamos com três grandes contratos em fase final de negociações com operadoras já posicionadas no Brasil,'' disse Elson Lopes sem fornecer maiores informações. O contrato com a Intelig prevê a utilização da rede de fibras ópticas montada pela Eletronet num trecho que une Fortaleza a Brasília. O trecho é o primeiro de uma rede de 22 mil Km de longa distância que está sendo construída pela companhia cujo projeto prevê atingir 30 mil Km de rede, sendo 22 mil Km na longa distância e oito mil Km em redes locais -- São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro -- até o final do primeiro trimestre do ano de 2002. O investimento de toda a rede de longa distância, com o qual a empresa espera cobrir 20 dos 27 Estados, está orçado em U$ 500 mi. (Reuters - 14.04.2001)

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financiamento

1- CPFL está captando R$ 1,35 bi

A CPFL está captando R$ 1,35 bi para pagar a aquisição da RGE, empresa distribuidora gaúcha de energia. A CPFL vai lançar R$ 890 mi em debêntures, que serão divididas em duas séries, uma de R$ 450 mi com prazo de cinco anos e atrelada ao CDI e outra de R$ 440 mi com prazo de sete anos e indexada ao IGP-M. Os restantes R$ 460 mi serão obtidos por meio de um empréstimo bancário, provavelmente em dólares. 'Estamos olhando o longo prazo e estamos otimistas com o País', afirma Otávio Carneiro de Rezende, diretor administrativo-financeiro e de relações com o mercado da CPFL, distribuidora no interior de São Paulo. A operação está sendo liderada pelos bancos Bradesco, Banco do Brasil e Votorantim. (Gazeta Mercantil - 16.04.2001)

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2- Light finaliza empréstimo de US$ 190 mi

A Light ampliou para US$ 190 mi o valor do empréstimo bancário sindicalizado com prazo de três anos inicialmente previsto para até US$ 150 mi. A operação, liderada por Salomon Smith Barney e Dresdner Bank, foi finalizada na segunda semana de abril de 2001. A Light vai pagar 2,75% acima da taxa Libor, o que totaliza um custo de 8,30% ao ano, considerando a Libor de 4,55%. Inicialmente prevista para ser de 2,65%, a taxa foi reajustada pelos bancos por causa de mudança nas condições de mercado. 'As taxas foram muito boas, já que fizemos um 'swap' e vamos pagar 91% do CDI por três anos. A queda da Libor também nos favoreceu', ressaltou Lívia Baião, diretora financeira da Light. A executiva disse ainda que o fato da operação de três anos não ter cobertura de risco político mostra a confiança dos bancos na empresa e no Brasil. Os recursos vão pagar a primeira parcela do empréstimo do BNDES para a compra da Eletropaulo Metropolitana, de acordo com Lívia Baião. (Gazeta Mercantil -16.04.2001)

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3- AES vai lançar US$ 300 mi em bônus

A AES, empresa que controla a Geração de Energia Elétrica Tietê e sócia da Eletropaulo Metropolitana, vai lançar US$ 300 mi em bônus no exterior para quitar o empréstimo de R$ 938 mi obtido no BNDES em 1999 para a compra da Tietê. Os papéis terão prazo de vencimento de 15 anos, inédito para empresas privadas brasileiras. Os bônus terão garantia de risco político da Overseas Private Investment Corporation (Opic). A operação é liderada pelo Bank of America. (Gazeta Mercantil - 16.04.2001)

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4- Votorantim faz captação de US$ 1 bi

O grupo Votorantim está captando US$ 1 bi para financiar as exportações do grupo. A operação de pré-pagamento de exportação será dividida em duas tranches de US$ 500 mi. Uma parte terá prazo de cinco anos e a outra, de sete anos. Será uma das maiores operações de financiamento de pré-pagamento de exportação dos últimos anos, segundo os especialistas. Será também a primeira vez em que a Votorantim financia de forma conjunta as vendas externas de suas empresas. Os recursos vão beneficiar Citrovita (suco de laranja), VCP (papel e celulose), VM (metais e alumínio) e a Nitroquímica (produtos químicos). 'Vai ser uma operação marcante na história do grupo e também para o Brasil', disse um diretor do grupo que preferiu não ser identificado.(Gazeta Mercantil - 16.04.2001)

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5- Empresas brasileiras estão captando no mercado financeiro

Na avaliação dos especialistas, apesar da volatilidade dos mercados mundiais, que praticamente fechou o mercado de capitais internacional, as companhias nacionais são obrigadas a buscar alternativas para conseguir financiamento para seus compromissos. O mercado financeiro tenta viabilizar captações de grandes empresas brasileiras destinadas a financiar investimentos, exportações e pagar empréstimos feitos para aquisição de outras companhias. Estão em curso transações nos mercados interno e externo que somam mais de R$ 9,5 bi. Algumas dessas operações alcançam volumes pouco usuais para empresas brasileiras, ultrapassando a barreira de R$ 1 bi. A Usiminas prepara captação de US$ 200 mi em pré-pagamento de exportação com prazo de dois anos. Já a Petrobras deve lançar US$ 500 mi em bônus no exterior em duas operações distintas. (Gazeta Mercantil 16.04.2001)

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6- Analistas prevêem alta do juro básico

Os investidores estarão atentos, até 18.04.2001, às projeções dos analistas econômicos e do mercado financeiro para os juros básicos da economia, a meta Selic que está em 15,75% ao ano. Nos dias 17.04.2001 e 18.04.2001, o Copom estará reunido para definir a taxa de juros que vai vigorar até maio de 2001. A maioria dos analistas aposta em uma alta de 0,50 ponto percentual. A alta dos juros seria uma medida de precaução. Os analistas estimam que novos cortes nos juros só devem ocorrer no segundo semestre de 2001. De acordo com as previsões, a elevação dos juros básicos irá diminuir o ritmo de crescimento da atividade econômica. O efeito será a redução das importações de bens de capital, que são utilizados na ampliação do parque industrial brasileiro, e, consequentemente, melhora no saldo da balança comercial. (Gazeta Mercantil 16.04.2001)

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7- Custo do Dinheiro

Na Segunda semana de abril de 2001, a taxa usada em negócios com prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 1,79% e 2,70% mensais no dia 13.04.2001. As pequenas e médias companhias fecharam negócios entre 1,87% e 3,86%. Em relação ao Desconto de Duplicata, nos negócios de 32 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 1,55% a 2,50% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi de 2,51% a 3,80%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram taxas entre 20,60% e 42,58% ao ano de capital de giro prefixado, enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 35% a 62,90%. A taxa do vendor e compror oscilou de 19,84% a 28,02% ao ano para grandes empresas e de 25,64% a 46,78% ao ano para pequenas e médias, nas operações de 32 dias para grandes companhias, o intervalo ficou entre 1,60% e 3,40% ao mês. Pequenas e médias empresas conseguiram taxas de 2,58% a 5% ao mês. Em relação ao factoring, custo das operações de fomento mercantil, fechou a semana com a taxa média baixa em 3,82% e a alta em 3,85% ao mês. A taxa média para o cliente, a resolução 63, ficou em 13,60% ao ano. Já as operações prefixadas (Leasing) com prazo de 24 meses tinham taxas médias de 2,15% para carros e de 2,50% ao mês para máquinas, equipamentos e informática. (Gazeta Mercantil 16.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- Governo decidirá distribuição e preço de gás natural

O governo federal deve decidir, até o dia 17.04.2001, dois pontos importantes no setor de comercialização e distribuição do gás natural. Um deles diz respeito ao preço do gás e está ligado diretamente ao desenvolvimento de projetos de construção de usinas termelétricas e à produção industrial por meio da planta de gás natural. O outro tem relação com a utilização do Gasbol, que virou motivo de discórdia entre o diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn, e o presidente da Petrobras, Henry Philippe Reichstul. A inglesa British Gas (BG) reivindica o direito de passar o gás natural pela infra-estrutura da Petrobras. O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Delcídio Gomez, explicou, dia 15.04.2001, que técnicos da equipe econômica estão analisando a proposta de um preço fixo em dólar, equivalente a US$ 2,475 por milhão de BTU para o gás natural. Neste caso, a variação cambial seria repassada para a tarifa sempre na data de aniversário do contrato, ou seja, os reajustes ocorreriam em intervalos de 12 meses. Já o secretário de Energia, do Ministério de Minas e Energia, Afonso Henriques Moreira Santos, disse que o tratamento para o preço do gás terá por base a cotação em reais. Por este modelo, a Petrobras deverá assumir o risco da variação cambial na compra do gás produzido na Bolívia. O principal argumento dos técnicos do governo federal é que o gás natural não é uma commodity e, por isso, deverá ter o preço fixado em real. (Correio do Povo - 16.04.2001)

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2- Gerasul começa a utilizar Gasoduto Brasil/Bolívia

A Usina Termoelétrica William Arjona, da Gerasul, em Campo Grande, será a primeira usina do país a utilizar o gás boliviano do Gasoduto Bolívia/Brasil e começou a operar em fase experimental dia 15.04.2001. A usina tem capacidade de gerar 75 MW de energia elétrica atualmente, operando com duas turbinas, e passará a gerar 105 MW a partir de agosto de 2001. A termoelétrica vai consumir 870 mil metros cúbicos de gás natural por dia. A data da inauguração oficial será definida após a conclusão dos testes de controle de qualidade. A MSGás investiu R$ 4,2 mi na construção do ramal. (Campo Grande News - 15.04.2001)

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3- Candiota pode ter mais duas usinas

O pólo energético de Candiota pode aumentar ainda mais a capacidade de geração de energia a partir de 2003. Além da Eletrobrás, que junto com a iniciativa privada construirá Candiota 3, um grupo de chineses, da Província de Shandong, especula a instalação de uma quarta usina na região. Somente para Candiota 3 estão previstos investimentos de US$ 670 mi, sendo US$ 410 mi pela Eletrobrás e US$ 260 mi por um parceiro que será selecionado em licitação em julho de 2001. No ano 2000, uma comitiva da Yankuang Mining Group, empresa de mineração, e da Shon Electric Powee Group, de geração termelétrica, visitaram a usina Presidente Médici e levantaram a hipótese de erguer uma termelétrica e comprar o carvão mineral da CRM, o que seria Candiota 4. O grande interesse na região está vinculado à jazida de carvão mineral existente nas proximidades das usinas. O diretor-presidente da CRM, José Alcides Ferreira, calcula que existam 12 bilhões de toneladas com potencial de exploração. (Zero Hora - 16.04.2001)

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grandes consumidores

1- Crescimento do consumo industrial no RN caiu nos últimos anos

Apesar de nos últimos seis anos ter ocorrido um aumento do consumo de energia elétrica pela classe residencial, o Rio Grande do Norte vem registrando uma queda relativa junto ao setor industrial. Para se ter uma idéia, entre 1999 e 2000, o índice de crescimento de consumo nas residências foi de 8,76%, enquanto que nas indústrias, o percentual girou em torno de 1,03%. Em 96/97, essas mesmas classes apresentaram crescimentos de 4,08% e 8,12%, respectivamente. Para o presidente da Federação da Indústria e Comércio do Rio Grande do Norte (Fiern), Abelírio Rocha, essa queda no crescimento do consumo junto às indústrias pode ser atribuída às ações de racionalização da energia elétrica pelo setor. ''São formas alternativas para evitar um racionamento de energia, como esse que está sendo cogitado'', explica. (Diário de Natal - 16.04.2001)

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2- Indústria do RN se prepara para racionamento

A possibilidade de racionamento de energia elétrica já começa a preocupar alguns setores da economia do Rio Grande do Norte, principalmente o setor industrial, um dos maiores consumidores do Estado. Somente no ano de 2000, as indústrias instaladas no Rio Grande do Norte atingiram um percentual de consumo de 30% de energia, o que representa 842.823 MW/h. Elas só perdem para a classe residencial, cujo consumo é de 32%. Como não podem parar seu funcionamento, em virtude do corte no fornecimento de energia, algumas indústrias estão começando a se preparar antecipadamente, para evitar grandes perdas. O diretor regional da Cotene, João Lima, explica que um racionamento de energia, caso realmente ele venha a ocorrer, fatalmente irá gerar um corte na produção. ''E isso, com certeza, significa prejuízo para a indústria, que terá de buscar meios alternativos para continuar operando''. (Diário de Natal - 16.04.2001)

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internacional

1- Espanha acaba com monopólio de gás natural

A Comissão de Energia espanhola aprovará, em 19.04.2001, o plano governamental de desregulamentação do último monopólio energético daquele país, o de gás natural. A companhia Gas Natural, controlada pela Repsol-YPF e La Caixa domina todo o setor. O calendário imposto pelo governo determina que em janeiro de 2003 todos os consumidores possam escolher seus fornecedores. O processo deve ter início em junho de 2001, o que representa um atraso de seis meses em relação aos prazos da lei. A empresa deverá disponibilizar 25% do gás proveniente da Argélia e vender a Enagás, dona da distribuição. Para cada termia (um milhão de calorias) utilizada por empresas no gasoduto Espanha-Argélia, a Gas Natural-Enagás cobrará US$ 0,0025, o que ainda proporcionará lucro para as utilizantes. As empresas que já contam com autorização para vender gás são as quatro elétricas espanholas (Endesa, Iberdrola, Unión Fenosa e Hidrocantábrico) e as petroleiras que operam no país, entre elas a BP, Shell e Total Fina. (El País - 16.04.2001)

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2- Eon negocia compra da maior elétrica da Áustria

A Eon está em conversas avançadas para comprar partes da maior distribuidora austríaca, a Verbung. Esta fornece metade da energia da Áustria e possui 51% de participação do Estado. O ministro da Economia austríaco descartou a possibilidade da Eon conseguir maioria na empresa. As companhias estariam negociando uma participação da alemã na filial Austrian Hydro Power. (AFX Press - 16.04.2001)

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3- Unión Fenosa começa a operar usina no México

A Unión Fenosa começa a operar a central de ciclo combinado de Hermosillo, no México, em julho de 2001. Os investimentos foram de US$ 135 mi e proporcionarão 225 MW. A central foi projetada e construída por filiais criadas no México para esse empreendimento e será operada por outra subsidiária, a Soluziona. A estatal mexicana de energia CFE concedeu à Fenosa uma concessão de 25 anos em 1998 para construir e operar a central como parte do plano de abertura do mercado. A usina consiste em um gerador movido por uma turbina de gás e uma a vapor e será testada até a inauguração. (BNAmericas -16.04.2001)

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4- Relliant divulga resultados do primeiro trimestre

A Relliant Energy divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2001, que surpreendeu os analistas. Baseada na boa performance da venda de energia e gás natural, a empresa teve ganhos de US$ 274 mi nos três primeiros meses do ano, contra os US$ 134 mi de período equivalente em 2000. A Relliant, que ainda tem US$ 358 mi a receber das distribuidoras da Califórnia, contraiu empréstimo de US$ 38 mi para se prevenir contra falência dessas empresas, valor quase igual ao de 2000, de US$ 39 mi, feito pelo mesmo motivo. Os lucros operacionais da venda de energia foram de US$ 216 mi no período, contra um prejuízo de US$ 22 mi em 2000. O faturamento operacional do setor de distribuição de gás aumentou 29%, de US$ 105 mi para US$ 135 mi, enquanto o segmento de tubulações e armazenamento subiu de US$ 32 mi em 2000 para US$ 39 mi em 2001. A filial Relliant HL&P, teve queda de 8,6 %, tendo seus rendimentos caído de US$ 202 mi para US$ 186 mi. (Reuters - 16.04.2001)

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5- Rolls Royce fornecerá usina à Argentina por US$ 12 mi

A empresa britânica de engenharia Rolls Royce ganhou um contrato de US$ 12 mi para construir uma termoelétrica de 27 MW na cidade de Ushuaia, no lado argentino da Terra do Fogo. A unidade já está sendo construída em Liverpool e deve estar pronta para instalação no meio do ano. O cliente é a Direccion Provincial de Energia, que encomendou a turbina para atender à crescente demanda proporcionada pelo aumento da população e do turismo. (BNAmericas -16.04.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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