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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 621 - 12 de abril de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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índice

 

regulação

1- FHC convoca reunião para definir futuro de Furnas

O presidente Fernando Henrique Cardoso convocou os principais funcionários do governo envolvidos com a privatização de Furnas para um almoço, dia 12.04.2001, no Palácio da Alvorada. O encontro será decisivo para definir os rumos da estatal. Participarão da reunião os ministros da Fazenda, Pedro Malan, do Desenvolvimento, Alcides Tápias, da Casa Civil, Pedro Parente, e das Minas e Energia, José Jorge, além dos presidentes de Furnas, Luís Carlos Santos, e do BNDES, Francisco Gros. São os mesmos integrantes da reunião do dia 09.04.2001, no Palácio do Planalto, que terminou em impasse diante da posições divergentes de Tápias e do BNDES, favoráveis à venda apenas dos ativos de geração de energia, e do presidente de Furnas, que defende a privatização conjunta das usinas e das linhas de transmissão da estatal. (Gazeta Mercantil - 12.04.2001)

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2- Fatores políticos devem atrasar privatização de Furnas

O presidente Fernando Henrique Cardoso continua formalmente empenhado na privatização, mas já foi avisado, no dia 10.04.2001, de que a venda de Furnas não tem como ser feita durante seu segundo mandato como chefe do Executivo. O principal motivo é mais político que técnico. Os segmentos contrários ao processo da venda da estatal formaram uma frente de pressão tão ampla, que força o governo a rever seus planos. Durante a segunda semana de abril de 2001, parlamentares de oposição e da base de sustentação do presidente se movimentaram para impedir a iniciativa do governo. No caso específico de Furnas, as dificuldades vêm principalmente de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Mas a oposição ao programa de privatização encontra eco em gabinetes de vários outros governadores, que mais adiante estarão na mesma situação diante da venda da Chesf e da Eletronorte. De acordo com o deputado José Carlos Aleluia, atual relator do projeto que cria a nova lei de energia, "numa hora em que há o risco de racionamento, não há respaldo para a venda de Furnas. Está claro dentro do Congresso que neste governo ela não ocorrerá". (Gazeta Mercantil - 12.04.2001)

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3- Credores podem ir à Justiça contra Furnas

O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, admitiu a possibilidade de recorrer à Justiça para receber de Furnas o pagamento de R$ 34 mi. O valor refere-se ao crédito da Cesp e da Emae na dívida gerada pelo atraso no início das operações da usina nuclear de Angra II, o que levou Furnas a se expor no mercado de curto prazo, o MAE para honrar seus contratos. 'Se as outras empresas credoras acionarem a Justiça, entraremos também', disse Arce. Uma solução para o problema não é esperada a curto prazo, uma vez que o presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, acaba de assumir o cargo. (Gazeta Mercantil - 12.04.2001)

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risco e racionamento

1- Acidente em Furnas deixa Rio e ES sem luz

Uma explosão na subestação de Jacarepaguá, de Furnas, na Zona Oeste do Rio, no dia 10.04.2001, provocou apagões nos estados do Rio e Espírito Santo. O acidente provocou uma reação em cadeia que deixou sem luz parte da capital carioca, a região de Angra dos Reis, litoral sul do estado e grandes consumidores capixabas, de acordo com relatório divulgado pela Aneel. A entidade mandou técnicos para investigar a origem do desligamento. A usina Térmica de Santa Cruz, no Rio, foi desligada pelo sistema de segurança da rede de Furnas. A térmica gerava 300 MW no momento do acidente, segundo a estatal. Segundo a nota da Aneel, a reação provocou o desabastecimento de cerca de 1,5 mil MW nas áreas atingidas. No Rio, o apagão durou cerca de uma hora e deixou sem luz parte da região central, Zona Oeste e Zona Sul da cidade. (Gazeta Mercantil - 12.04.2001)

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2- Aneel exige de Furnas explicação sobre apagão no Rio

A Aneel determinou que Furnas apresente um relatório sobre as causas da interrupção da transmissão de energia na subestação de Jacarepaguá, no Rio de janeiro, e sobre as dificuldades na recomposição do sistema no dia 11.04.2001. A agência informou ainda que um técnico foi enviado ao local para verificar as causas da interrupção do fornecimento de energia que atingiu consumidores da Cerj, nas regiões de Angra dos Reis, Jacuanga e Muriqui, e da Light, nas zonas Oeste, Sul e Centro da cidade do Rio de Janeiro. (Correio Braziliense - 12.04.2001)

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3- Curto-circuito causa apagão em Recife

Um curto-circuito na subestação Bongi (Zona Oeste do Recife), da Chesf, trouxe de volta o fantasma do apagão à Região Metropolitana de Recife. Durante 22 minutos na tarde do dia 11.04.2001, 70% da cidade ficou sem fornecimento. Os reflexos se estenderam aos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, que integram a lista de pólos industriais mais importantes de Pernambuco. Nestas duas cidades, houve quedas de tensão de pouca duração, mas o suficiente para causar prejuízos às empresas. A Associação das Empresas de Pernambuco (Assimpra), vai começar a contabilizar as perdas provocadas pelo novo apagão e o número de associados que sofreram os efeitos da falta de luz. (Gazeta Mercantil Nordeste -12.04.2001)

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4- Light afirma que risco de racionamento é grande

O presidente da Light, Michel Gaillard, disse, dia 11.04.2001, que a probabilidade de o País ter que adotar o racionamento de energia é grande. Por isso, ele considera fundamental a participação de toda a sociedade no programa de conservação de energia a curto prazo. "Se não chover o suficiente, a probabilidade (de racionamento) é forte. O consumo racional pode afastar esse risco, mas, sobretudo, reduzir a dimensão do racionamento, se este acontecer um dia", alertou. Segundo Gaillard, se ninguém mudar seus hábitos, tanto nas residências como nas empresas, a intensidade do racionamento será maior. Por isso todos têm que contribuir para reduzir os riscos. O presidente da Light disse que uma mudança de hábitos em residências e empresas poderá resultar em uma economia de cerca de 10% na conta de luz, sem gastos adicionais. (O Globo - 12.04.2001)

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empresas

1- Receita das empresas de energia deve crescer no primeiro trimestre de 2001

Segundo analistas, as receitas das companhias de energia elétrica devem apresentar ligeiro crescimento no primeiro trimestre de 2001. Porém, os lucros serão pressionados e poderão até mostrar redução, por conta da desvalorização cambial. Essas empresas verão suas receitas aumentarem, na comparação com igual período de 2000, basicamente por causa da elevação da demanda e das tarifas, fatores já esperados pelo mercado. Isso não significa expansão de margens, já que os especialistas também esperam um crescimento dos custos. "Houve uma revisão da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que não deve apresentar redução em relação a 2000", lembram analistas. Outro fator de pressão é o encarecimento da energia de Itaipu, cujos preços são estipulados em dólar. As companhias mais afetadas pela variação cambial serão as que possuem dívidas altas ou pouco protegidas, como Light e Metropolitana. (Estado - 12.04.2001)

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2- Eletrobrás quer acelerar troca de lâmpadas de rua

A Eletrobrás determinou que os projetos do programa Reluz para a troca de lâmpadas na iluminação pública por modelos mais econômicos sejam aprovados em até 120 dias. Pela regra anterior, os projetos tinham até dois anos e meio, desde o início do ano 2000, para serem aprovados. A troca de lâmpadas na iluminação pública faz parte do plano do governo federal para evitar o racionamento de energia a partir de junho de 2001. A troca de 438 mil pontos de luz em São Paulo, com o custo de R$ 120 mi, é um dos projetos prioritários. As metas do programa, no entanto, não foram alteradas. O objetivo é trocar 8 milhões dos 14 milhões de pontos de iluminação pública existentes no país. Se o governo implementar todo o programa Reluz, a economia será de 540 MW por ano. (Folha - 12.04.2001)

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3- Copel anuncia advisers para desestatização

A proposta técnica definiu o vencedor para prestação do serviço B (avaliação financeira e modelagem de venda) para a desestatização da Copel. Apesar de pedir remuneração superior à do adversário, o consórcio Diamante - liderado pelo banco de investimento Kleinwort Benson - sagrou-se vencedor. Abre-se agora um prazo de cinco dias para interposição de recursos. Como era esperado, a Booz Allen & Hamilton levou a conta do serviço A (avaliação econômica e financeira). O anúncio foi feito no dia 11.04.2001, após cerimônia de entrega de propostas comerciais dos pretendentes. A Booz Allen & Hamilton embolsará R$ 749 mil pelo trabalho, cifra 25% menor do que o teto permitido no edital. O consórcio Diamante, vencedor na briga pelo serviço B pediu remuneração de R$ 543 mil, e comissão de êxito de 0,16% sobre o preço final do leilão. Os vencedores foram anunciados ao final da tarde do dia 11.04.2001. A privatização da Copel está prevista para outubro de 2001. (Gazeta Mercantil - 12.04.2001)

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4- Eletrobras priorizará investimentos em geração

Segundo o novo presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, os recursos disponíveis para investimento no setor elétrico serão, prioritariamente, aplicados na área de geração. Além da geração será, segundo ele, também prioridade, o setor de transmissão. Ao contrário do que vem sendo anunciado pelo governo, Ávila disse que o modelo de privatização de Furnas ainda não está definido - tanto poderá ser vendida com separação de seus ativos, ou através de blocos das suas onze usinas de geração. Ávila defendeu que a transmissão continue em mãos do poder público e se disse favorável também a construção da terceira usina nuclear de Angra dos Reis. (Jornal do Brasil - 12.04.2001)

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5- Enersis investirá US$ 700 mi em centrais no Brasil

O grupo chileno Enersis, controlado pela Endesa, pretende construir duas centrais de energia no Brasil. O investimento deverá atingir US$ 700 mi, segundo a empresa. Uma das centrais será instalada no Ceará, Estado onde o Enersis já possui a distribuidora Coelce, e a outra, no Rio de Janeiro. A intenção é que as duas companhias possam começar a funcionar até 2004. Em princípio, elas terão capacidade de geração de energia entre 300 MW e 350 MW, potencial que poderá ser ampliado. O Enersis afirmou ainda que acompanhará de perto as privatizações de empresas do setor no Brasil, Cesp, Copel e Elektro. (Folha - 12.04.2001)

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6- Eletrosul pode importar energia e vender excedentes

O novo presidente da Eletrosul, João Paulo Kleinübing, em substituição de Cláudio Ávila, que assumiu a Eletrobras, pediu a participação da iniciativa privada nos esforços para evitar racionamento. Responsável pela transmissão de energia elétrica na Região Sul e Mato Grosso do Sul, a Eletrosul já iniciou uma série de obras para garantir o abastecimento de energia dos estados do Sudeste, que correm sério risco de racionamento. Uma das possíveis soluções para o problema é justamente a venda da energia excedente do Sul e a importação da Argentina e Uruguai. `Mas a participação da iniciativa privada é essencial para que isso seja possível, não apenas com recursos mas também com sugestões`, afirma Kleinübing. (Gazeta Mercantil - 12.04.2001)

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financiamento

1- Brasil capta US$ 500 mi com reabertura de bônus

O Brasil captou mais US$ 500 mi com a reabertura de um bônus da República lançado originalmente em julho de 2000. Apesar de bem sucedida, a operação adicionou mais dúvidas a um cenário já marcado por incertezas. O BC se beneficiou da valorização dos títulos com vencimento em 2007 e conseguiu vender o novo lote em condições melhores do que a original, garantindo ao investidor um rendimento de 11,13% ao ano contra 12,43% ao ano, na anterior. O cupom foi mantido em 11,25% mas o preço do papel saiu com um pequeno ágio. O título foi negociado a 100,5% do valor de face contra 94,6% na operação original. (Gazeta Mercantil -12.04.2001)

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2- Empresas brasileiras fecham operações de 'hedging'

As empresas brasileiras que têm dívidas em dólar aproveitaram os momentos em que a cotação da moeda norte-americana recuou, nas últimas semanas, para fechar operações de 'hedging' contra a variação cambial. No entanto, por falta de políticas claras e definidas sobre como proteger a dívida em moeda estrangeira, muitas companhias não aproveitam o momento mais adequado para fechar a operação e acabam pagando mais caro. Na primeira semana de abril de 2001, quando o câmbio recuou de R$ 2,17 para R$ 2,12, empresas brasileiras corriam para fechar operações com 'hedging'. Esse movimento de procura por ativos indexados ao dólar impediu que a cotação do câmbio cedesse ainda mais. A operação mais comum de 'hedging' é o 'swap'. Nesse tipo de operação, a empresa troca a variação cambial em um determinado período mais juros, que variam entre 8% e 13%, pela rentabilidade do CDI no mesmo período. A liquidação financeira é feita pela diferença das taxas no vencimento da operação. Do total das companhias brasileiras, 40% não fazem 'hedging' porque não querem ou porque não têm informações sobre as operações, segundo consultores. (Gazeta Mercantil 12.04.2001)

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3- Projeções indicam elevação dos juros

As taxas de juros futuros voltaram a subir no pregão do dia 11.04.2001. As projeções indicam a aposta dos investidores de que o Copom poderá elevar os juros básicos da economia, que estão em 15,75% ao ano. Desde a segunda semana de abril, as taxas de juros registraram discretas desvalorizações. Os contratos das taxas de juros são negociadas pelo Preço Unitário (P.U.) que é R$ 100.000 no vencimento do contrato. Quanto menor é o P.U., mais alta é a taxa de juros efetiva. Quando o investidor decide vender os contratos para embolsar os lucros, ele aceita um preço unitário menor do que os R$ 100.000 do vencimento e, consequentemente, os juros sobem. Na BM&F, entre os contratos mais negociados, o de maio passou de 16,23% para 16,39% ao ano, 0,64 ponto percentual acima da meta Selic. A taxa de julho saiu de 17,39% para 17,64% ao ano. O contrato de outubro saiu de 18,23% para 18,73% ao ano. O contrato a termo de DI, de um ano, passou de 18,82% para 19,31%. 'As taxas estão com um prêmio que indica alta de 0,50 ponto percentual nos juros básicos e um prêmio pela instabilidade com as bolsas nos Estados Unidos e na Argentina', afirma o diretor de derivativos do Lloyds TSB, Maurício Zanella. O Copom estará reunido nos dias 17.04.2001 e 18.04.2001 para definir os juros básicos. (Gazeta Mercantil -12.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- Petrobrás deverá assumir o risco cambial do gás trazido da Bolívia

A Petrobrás deverá assumir o risco da variação cambial na compra do gás boliviano. Esta é uma das principais propostas a serem apresentadas, na terceira semana de abril de 2001, aos ministros de Minas e Energia e da Fazenda. O argumento dos técnicos é que o gás natural não é uma commodity e, deste modo, terá seu preço fixado em real. Dependendo dos demais pontos a serem decididos pelos técnicos, é possível que a proposta para o gás seja submetida ao presidente Fernando Henrique Cardoso. O secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, Afonso Henriques Moreira Santos, disse, dia 11.04.2001, que o produto adquirido da Bolívia poderá ser cotado na moeda americana no ponto em que o gás entra no Brasil, ou seja, na divisa dos dois países. Porém, o gás natural boliviano dentro do território nacional terá o preço estabelecido em real. "A idéia é fazer o acompanhamento contábil, com o repasse do débito ou crédito para as tarifas finais, ou seja, na ponta, no ano seguinte", explicou o secretário. (Estado - 12.04.2001)

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2- British Gas deve obter o acesso ao gasoduto

A diretoria da ANP deve acatar, dia 12.04.2001, integralmente o parecer da superintendência de gás que obriga a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil (TBG), controlada pela Petrobras, a dar acesso à British Gas (BG) no trecho brasileiro do Gasbol. O diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn, confirma a intenção de liberar o acesso mas a decisão final será tomada no dia 12.04.2001. "O entendimento é que há condições para atender o pedido da BG", explicou Zylbersztajn. O superintendente de comercialização de gás natural, José Cesário Cecchi, recomenda em seu parecer que a BG seja autorizada a transportar 2,1 milhões de metros cúbicos de gás diariamente pelo Gasbol até 2002. Mas ela quer ampliar o prazo para 2003 e deve ser atendida, em outras condições. Já a TBG recorreu alegando que não há espaço livre no gasoduto, já que a própria Petrobras já tem contratos para transportar 30 milhões de metros cúbicos de gás boliviano até lá. (Valor - 12.04.2001)

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3- Ibiritermo atrai sócios

A Ibiritermo, termoelétrica que começou a ser construída pelo consórcio Petrobras-FiatAvio, já tem dois candidatos a sócios no empreendimento que, nos próximos cinco anos, vai executar orçamento de US$ 600 mi. O fato de se levar menos de um ano entre o início de construção da usina e a entrada em operação de sua primeira turbina, aliado à possibilidade de uma usina a gás funcionar a plena carga durante 92% do ano, sem influência do regime de chuvas, são algumas das razões que aumentam o interesse em projetos de geração termelétrica a gás. A Petrus, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, e a norte-americana Intergen foram os primeiros a manifestarem interesse e já estão estudando em que proporção vão entrar no negócio. Decidimos abrir o negócio à participação de outros parceiros que queiram aportar recursos ao projeto e estamos observando que é muito grande o interesse em geração de energia elétrica', disse Roberto Vedovato, diretor da Fiat do Brasil, holding brasileira do grupo Fiat. Segundo Vedovato, estão avançando as negociações com a Intergen que poderá ser um dos primeiros parceiros do consórcio na Ibiritermo. (Gazeta Mercantil - 12.04.2001)

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4- Ibiritermo entra em operação no final de 2001

A Ibiritermo vai colocar em operação já no final de 2001 a sua primeira turbina a gás, com capacidade para 155 MW, a ser fornecida em julho de 2001, pela General Electric americana, por US$ 130 mi. Essa primeira turbina será abastecida pelo gasoduto Rio-Belo Horizonte e deve consumir 1,1 milhão de metros cúbicos por dia de gás da bacia de Campos. Para as próximas turbinas, a Ibiritermo terá que contar com o novo ramal do gasoduto Brasil-Bolívia, projetado para atravessar o Sul de Minas até Belo Horizonte. Em 2002, a usina receberá uma turbina a vapor, de 80 MW, iniciando a operação em ciclo combinado, sistema que aproveita o vapor produzido pelo gerador a gás. Mais duas unidades de gás e vapor serão acrescentadas, uma em 2003 e outra em 2005, quando a Ibiritermo passará a contar com capacidade instalada total de 705 MW. (Gazeta Mercantil - 12.01.2001)

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5- Térmica no MS poderá funcionar 24 horas para amenizar riscos de racionamento

O gás natural boliviano permitirá que a termelétrica William Arjona, localizada em Campo Grande, funcione 24 horas e amenize os riscos de racionamento de energia em Mato Grosso do Sul. A usina de 80MW, que pertence às Gerasul, será a primeira do País a operar com o gás trazido da Bolívia. O novo combustível começa a ser utilizado até o final de abril de 2001 em substituição ao diesel, que representa um custo três vezes maior na geração de energia. O diretor-presidente da Gerasul, Manoel Arlindo Zaroni Torres, disse que a empresa tem contrato no valor de US$ 58 mi e vigência de cinco anos assinado com a Petrobras e com a MSGás, companhia distribuidora, para fornecimento de 870 mil metros cúbicos dia de gás. Em época de seca prolongada, que afeta as bacias hidrográficas e, em conseqüência, a geração nas hidrelétricas do País, as usinas termelétricas ganham importância. Em Mato Grosso do Sul, o gasoduto Bolívia-Brasil favorece a instalação de novas usinas. (Gazeta Mercantil - MS - 12.04.2001)

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grandes consumidores

1- Apagão da Chesf afeta Rhodia

Uma das prejudicadas com o apagão ocorrido em Recife, na área da Chesf, é a subsidiária da Rhodia, a Rhodia-ster, localizada no Cabo de Santo Agostinho e que produz fibras de poliéster. A planta industrial registrou uma oscilação de energia com duração inferior a um minuto, mas que provocou a paralisação de todo o parque industrial, pois os equipamentos utilizados são bastante sensíveis às chamadas sub-tensões (variações de corrente). Como resultado, as atividades da unidade ficaram suspensas durante seis horas na divisão de produtos de primeira linha, tempo necessário para que as máquinas fossem novamente energizadas e voltassem a funcionar. Durante este intervalo, quantidades enormes de matéria-prima viraram refugo e tiveram de ser reaproveitadas na produção de segunda linha (com menor valor de mercado). (Gazeta Mercantil Nordeste - 12.04.2001)

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2- Indústria aumenta consumo de máquinas e equipamentos em 30%

No primeiro bimestre de 2001, o consumo aparente de máquinas e equipamentos aumentou 30,81% em relação a janeiro e fevereiro de 2000. O consumo aparente é determinado pela soma da produção interna e das importações desses produtos, excluídas as exportações. Em todo o ano passado, o indicador havia apresentado expansão de 4,73% em relação a 1999. A maior parte do aumento do consumo de bens de capital tem origem nas importações, que cresceram 39,1% nos primeiros dois meses do ano, enquanto a produção interna aumentou 17,73%. De acordo com o Ministério da Fazenda, a indústria foi a maior importadora de máquinas e equipamentos nos dois primeiros meses do ano, respondendo por mais de 50% das compras feitas no exterior. O crescimento do consumo de equipamentos e máquinas impulsionou o aumento da formação bruta de capital fixo (FBCF), principal indicador do nível geral de investimento da economia, que teve expansão de 10,06% nos dois primeiros meses deste ano, em comparação com janeiro/fevereiro de 2000. No futuro, a natureza dessas importações, vão permitir o aumento da capacidade exportadora do País. Ou seja, na avaliação do ecretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fernando Montero, o desequilíbrio da balança comercial seria momentâneo, um preço a pagar para a realização de investimentos. (Gazeta Mercantil 12.04.2001)

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internacional

1- EDP está disposta a negociar controle da Hidrocantábrico

A EDP está disposta a negociar o controle da Hidrocantábrico com a Ferroatlântica e a EnBW por considerar que a elétrica em processo de venda continua sendo estratégica, afirma fonte da empresa. Os resultados parciais já foram divulgados, com o consórcio formado pelas empresas espanhola e alemã possuindo 59,66% das ações da Hidrocantábrico e a EDP/Cajastur ficando com 19,2% que anteriormente pertenciam à TXU e mais 15% que já possuíam, somando, portanto, 35%. "Já conhecemos os nossos parceiros na Cantábrico e estamos dispostos a nos sentar à mesa de negociações, assim que seja oportuno para ambos (os lados) e após a liquidação financeira das propostas no dia 25.04.2001", afirmou a mesma fonte, em declarações à agência Reuters. Disse ainda que a EDP é uma aposta estratégica da empresa e por isso não abrirá mão. (Semanário Econômico -11.04.2001)

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2- Gás Natural faz novo acordo com a Sonatrach

A espanhola Gás Natural assinou novo acordo com a argelina Sonatrach para refazer os preços dos gás que abastece a Espanha. Apesar dos detalhes do acordo não terem sido revelados, a companhia ibérica afirmou que ele pode levar à cooperação em outras áreas como a geração de energia. A nova fórmula será aplicada em contrato de 1992 que garante nove bilhões de metros cúbicos por ano através do gasoduto Magreb-Europa. Também se aplica a 3,8 bilhões de metros cúbicos de gás liquefeito por ano. A espanhola acredita que a nova fórmula reduzirá o preço final do produto e permitirá às duas empresas negociar novos fornecimentos de acordo com o crescimento da demanda. Em 2000 a Sonatrach forneceu 59% da produção da Gás Natural, o equivalente a 6,2 bilhões de metros cúbicos através do gasodto e 4,1 bilhões de gás liquefeito. (FT Energy - 11.04.2001)

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3- EON quer vender filial de metalurgia

A Eon quer vender sua filial Kloeckner CO, que se encontra em dificuldades econômicas, à empresa inglesa de aço Balli por um valor entre US$ 2,7 bi e US$ 3,1 bi. A empresa alemã, que comprou a Powergen na última semana, deu à Balli um prazo até o final de abril para fazer uma oferta pela KloeCo, especializada em metalurgia. A negociação está em ponto crítico devido à transferência das dívidas da empresa, que em 1999, registrou dívida líquida de US$ 637,23 mi. (Enervia 12.04.2001)

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4- Novas leis da Califórnia visam economia de energia

Duas leis de conservação de energia foram aprovadas pelo governador da Califórnia, Gray Davis, no dia 11.04.2001. Planeja-se investimentos de US$ 850 mi para poupar mais de 2000 MW de energia durante o verão no estado. Dentro do valor, estão incluídos US$ 240 mi de assistência a pequenos consumidores, US$ 50 mi para equipamentos de economia de energia em aparelhos domésticos, US$ 60 mi para melhor eficiência de iluminação em prédios comerciais, US$ 35 mi em medidores de energia, US$ 50 mi de empréstimos para aumentar a economia em escolas e nas jurisdições locais, US$ 90 mi para redução de consumo e aumento do aproveitamento de energia na agricultura, US$ 50 mi para programas de redução de consumo no horário de pico, US$ 40 mi para aumentar a economia em edifícios estatais, US$ 10 mi para campanhas publicitárias e US$ 7 mi para programas educacionais em escolas. A legislação inclui ainda US$ 105 mi para projetos de energia renováveis e outras formas de geração limpas. O governador afirmou que espera que as medidas resultem numa economia de pelo menos 5000 MW nos horários de pico durante o verão.(Business Journal - 12.04.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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