1- Presidente da Eletrobrás aposta na venda em grupo
de geradoras de Furnas |
O
novo presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, disse, dia 10.04.2001,
que uma das possibilidades em estudo pelo governo é a venda das
empresas de geração de Furnas, que seriam repartidas em grupos.
Ele lembrou que o modelo ainda não está definido, podendo-se optar
pela venda do bloco de controle, pulverização ou desverticalização
antes da venda, o que significa separação dos ativos de geração
e da transmissão. Ávila recebe a Eletrobrás com R$ 3 bi em caixa
com planos de investir esses recursos em projetos de expansão
da geração, geração hidráulica e térmicas, além de linhas de transmissão.
Como exemplo de novos projetos citou a construção de uma nova
usina termoelétrica entre o Rio de Janeiro e São Paulo, além da
térmica "backup" das usinas nucleares, que deve gerar 500 MW.
Ávila explicou que a Eletrobrás não deseja ser sócia majoritária
desses empreendimentos, o que poderá aumentar o potencial de investimentos
globais no setor elétrico. (Valor - 11.04.2001)
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2- Crise do setor pode afetar privatização de Furnas |
O ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, admitiu, dia 10.04.2001,
que o governo pode rediscutir a viabilidade de privatizar Furnas
por causa da atual crise do setor elétrico. Segundo o ministro,
a questão energia é a principal preocupação do governo neste momento,
"fato que deve ser considerado" na decisão sobre Furnas. Essa
seria uma das causas do adiamento da decisão final sobre a empresa.
"É preciso saber quais as conseqüências de privatizar e de não
privatizar. A decisão tem que considerar o interesse nacional",
afirma Pimenta. Ele afirmou que se a opção for pela manutenção
da empresa nas mãos do governo, o modelo pensado há quatro anos
para o setor elétrico ficará comprometido, o que deve inibir investimentos
privados no setor. (Valor - 11.04.2001)
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3- Privatização de Furnas está prevista no acordo com
o FMI |
Uma desistência em relação a venda de Furnas pode significar abrir
mão de uma das mais importantes receitas de privatização previstas
no acordo com o FMI. A mais recente versão do memorando técnico
de entendimentos, divulgada em março de 2001, prevê uma arrecadação
de R$ 4,5 bi com a venda de estatais, apenas até setembro. O governo
não divulga quanto espera receber com a venda de Furnas, mas estimativas
de mercado dão conta de uma arrecadação de até R$ 9 bi. O eventual
adiamento da privatização poderá ter duas consequências negativas:
a dívida do setor público ficará maior que o planejado e o governo
perderá uma fonte importante para financiar as contas externas.
A exemplo dos cerca de R$ 100 bi já arrecadados com o programa
de privatização, o dinheiro de Furnas reduziria a dívida do setor
público, um dos pontos vulneráveis da economia do país. Sem vender
Furnas, o governo levará mais tempo que o planejado, ou terá de
ampliar o aperto fiscal, para atingir seu objetivo de estabilizar
o tamanho da dívida pública em 46,5% do PIB. Essa não é a primeira
vez em que o acordo com o FMI conta com recursos da venda de Furnas.
Desde a primeira versão do acordo, assinado em 1998, a estatal
é citada. (Folha - 11.04.2001)
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4- Governo de Santa Catarina quer manter o controle
da Celesc |
Segundo o governador do estado de Santa Catarina, Esperidião Amin,
o modelo que ainda está em formatação para a futura gestão da
Celesc, manterá o estado como controlador, mas permitirá a parceria
com a iniciativa privada. A contrapartida do estado à continuação
do controle será o que chamou de "blindagem capaz de proteger
a empresa dos interesses dos políticos e dos sindicatos". Entre
as previsões para o modelo a ser utilizado na privatização, está
a venda de parte das ações do governo de forma que continue majoritário,
a formação de uma Sociedade de Propósito Específico ou mesmo a
implantação do sistema BOT, parceria em que um dos lados é o operador
do sistema. Para o presidente do BNDES, Francisco Gros, a estrutura
imaginada pelo governo de Santa Catarina é interessante, mas ele
só poderá dar um parecer após a formatação do modelo. O trabalho
da consultoria ficará pronto dentro de quatro meses. (Valor -
11.04.2001)
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1- ONS defende medidas urgentes para conter o déficit
hidrelétrico |
A situação do sistema hidrológico brasileiro ainda é crítica segundo
o presidente do ONS, Mário Santos. Ele disse que é "urgente" que
todos os recursos disponíveis sejam usados para aumentar a oferta
de energia na região Sudeste, numa ponta, e reduzir o consumo
na outra. Em suma, é necessário "administrar o déficit". Segundo
Mário Santos, hoje há um déficit de aproximadamente 13% entre
o nível atual - que é de aproximadamente 34% em média - e o nível
ideal, estimado em 49%. Para administrar esse déficit, o presidente
da ONS sugere algumas ações que considera suficientes para melhorar
um pouco a situação. No curto prazo, entre as medidas que poderão
minimizar o problema está a redução do nível de água do lago de
Itaipu e o aumento da produção da hidrelétrica de Ilha Solteira,
o que iria influir nas condições de navegabilidade da hidrovia
Tietê-Paraná. Outra medida sugerida pela ONS para aumentar a oferta
de energia prevê o aumento da geração da hidrelétrica de Henry
Borden, em Cubatão, que pode passar a operar com 60% da capacidade.
Outra solução seria a autorização imediata, pela Aneel, do despacho
de 450 MW da termoelétrica de Cuiabá para o sistema interligado
do Sudeste. Segundo Mário Santos, juntas, essas medidas poderão
reduzir o déficit hidrológico para algo entre 6% e 7%, que seriam
controlados por meio de racionalização do uso da energia. "Se
essas medidas fossem tomadas, restaria controlar o problema na
ponta da demanda, o que seria mais fácil", disse. (Valor - 11.04.2001)
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1- Santa Catarina será base da Tractebel para a América
do Sul |
Todos os negócios na Amércia do Sul da multinacional belga Tractebel,
empresa que detém o controle da Gerasul, serão coordenados a partir
de Florianópolis. A nova unidade de negócios foi inaugurada no
dia 10.04.2001, no Centro da Capital, e será coordenada pelo diretor
regional da Tractebel para a América do Sul, Eric De Muynck. A
atenção maior será para as atividades no Brasil, Argentina, Chile
e Peru. A empresa decidiu instalar o escritório em Santa Catarina
especialmente devido a proximidade com a sede da Gerasul, que
é o maior investimento do grupo na América do Sul. Também foram
consideradas questões como segurança e a facilidade de acesso
aos países da América do Sul. (Diário Catarinense - 11.04.2001)
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2- Itaipu paga royalties de US$ 11,88 mi |
Itaipu repassou, dia 10.04.2001, ao Tesouro Nacional, mais uma
parcela de royalties, desta vez no valor de US$ 11,88 mi. Quinze
municípios lindeiros ao Lago de Itaipu no Paraná e um no Mato
Grosso do Sul, além dos governos dos dois estados e órgãos federais
receberão, nos próximos dias, mais essa parcela de royalties.
Com esse repasse, chega a US$ 1,383 bi o montante quitado pela
atual gestão brasileira da binacional. O valor pago refere-se
à parcela de fevereiro de 2001, mais ajustes do dólar referentes
a parcela de 1996. (Itaipu -10.04.2001)
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1- Light já paga mais por empréstimo bancário de US$
150 mi |
O empréstimo de US$ 150 mi que a Light deve concluir nos próximos
dias foi acionado o chamado 'market flex', cláusula que permite
aos bancos coordenadores pedirem um reajuste nos custos (juros,
prêmios e comissões) se as condições do mercado mudarem muito
em relação ao custo de captação dos recursos. O custo inicialmente
previsto para a operação da Light era de um 'spread' de 2,25%
sobre a taxa Libor, que, dia 10.04.2001, era de 4,75%. Dá-se como
certo no mercado que empréstimo deve ser reajustado entre 40 pontos-básicos
a 50 pontos básicos. Esta operação está sendo aguardada com muita
atenção, já que será a primeira tentativa de uma empresa privada
brasileira, fora do setor bancário, obter recursos por três anos
sem cobertura de risco político. Até hoje, empréstimos nessas
condições só foram concedidos ao BNDES, Bradesco, Unibanco e Itaú.
Os recursos captados pela Light serão utilizados no refinanciamento
de uma dívida de US$ 200 mi em debêntures que vence em abril de
2001. Será a primeira parcela de um vencimento total de US$ 650
mi, feito em novembro de 1999 para pagar empréstimo-ponte utilizado
na compra da Eletropaulo em leilão de privatização. As outras
três parcelas vão vencer a cada seis meses. O banco líder da operação
é o Salomon Smith Barney, braço financeiro do Citigroup. Deutsche
Bank e Unibanco já estariam comprometidos a emprestar parte dos
recursos. (Gazeta Mercantil - 11.04.2001)
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2- AES Sul consegue alongar o perfil de seu passivo
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O empréstimo de US$ 300 mi da AES Sul fez parte da reestruturação
de dívida de US$ 410 mi que estarão vencendo em abril de 2002.
A empresa também lançou R$ 250 mi em debêntures no mercado local
com prazo de vencimento de três anos. O empréstimo da AES Sul
foi dividido em duas tranches (parcelas) de US$ 150 mi cada uma.
Na tranche com prazo de três anos o 'spread' (prêmio) sobra a
taxa Libor passou de 2,875% para 3,25%, enquanto na parcela com
prazo de cinco anos o prêmio subiu de 3,25% para 3,625%. O investidor
dos papéis de três anos poderia pela cobertura de risco político.
Nesse caso, não receberia um prêmio de 1,5% correspondente à apólice.
A tranche com prazo de cinco anos possui cobertura de risco político.
'O mais importante foi que a empresa conseguiu alongar o perfil
de seu passivo pagando taxa menor do que a que estava pagando
na dívida que venceria em 2002', diz Marcos Camargo, diretor de
corporate do BankBoston, que liderou tanto o empréstimo quanto
o lançamento de debêntures da AES Sul, ao lado do Unibanco, Bank
of America e WestLB Banco Europeu. Camargo afirma ainda que a
revisão das taxas ocorreu também para adequar os custos da operação
da AES no Brasil a outra operação feita pela empresa no Chile
na mesma época. 'O valor do empréstimo feito pela AES no Chile
era maior, o prazo menor e o custo maior. Como o Chile tem um
rating melhor do que o brasileiro, decidiu-se revisar os números
do empréstimo no Brasil.' (Gazeta Mercantil - 11.04.2001)
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3- ABCR cria instrumentos para a expansão da indústria
de capital de risco |
Os conceitos adotados pela recém-criada Associação Brasileira
de Capital de Risco (ABCR) seguem os mesmos critérios do mercado
internacional. A exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos, a
partir da década de 80, onde os fundos de 'private equity' e de
'venture capital' foram importantes instrumentos de financiamento
da criação e expansão de novas companhias de alta tecnologia.
'Private equity' envolve a aquisição de participações em empresas
existentes, de maior porte, e que precisam da participação direta
do investidor na gestão do negócio. Já os fundos de 'venture capital'
estão direcionados à compra de participação em companhias menores,
muitas vezes emergentes e voltadas para um produto, processo ou
serviço inovador, com grande potencial de crescimento e rentabilidade.
Trata-se, porém, de uma atividade associada a altos níveis de
risco e que geralmente inclui acompanhamento e apoio à gestão.
Os investimentos são feitos por investidores institucionais e
individuais, em prazos que variam de dois a dez anos, em que os
aplicadores obtêm lucros na forma de ganho de capital. Administradores
de recursos não se satisfazem com projeções de retorno inferiores
a 40% para o conjunto do fundo e de 65% para cada projeto. No
Brasil, um dos entraves para o desenvolvimento da indústria de
capital de risco é a chamada falta de porta de saída. Este é o
ponto final do investimento, que é o lançamento primário de ações,
fazendo com que o investidor realize lucros elevados. (Gazeta
Mercantil - 11.04.2001)
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4- Captação Argentina continua elevada |
O governo argentino precisou pagar mais do que esperava para colocar
no mercado interno o equivalente a US$ 700 mi em letras do Tesouro
(Letes). O lote de US$ 350 mi com vencimento em 88 dias saiu à
taxa anual de 10,35%, abaixo dos 10,96% pagos no último dia 27.03.2001,
mas bem acima dos 9,5% previstos por analistas e técnicos da área
de finanças do Ministério da Economia. A outra metade, para 179
dias, foi licitada com juros de 11,91% ao ano. O resultado negativo
vai na contramão de outros sinais emitidos pelo próprio mercado.
A sobretaxa de risco-país caiu 3,7%, os títulos externos seguiram
com valorização e as reservas internacionais recuperaram US$ 1
bilhão este mês. Na opinião de analistas financeiros, os investidores
locais demonstraram ainda certa desconfiança com as decisões do
ministro Domingo Cavallo de exigir taxas mais altas. Seriam três
os maiores fatores de temor: a ausência de medidas de corte de
gasto público no pacote, apresentado em 'conta-gotas' por Cavallo,
a menor exigência de encaixes para financiamento bancário e o
uso de US$ 500 mi de reservas para financiamento da dívida federal.
(Gazeta Mercantil - 11.04.2001)
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1- Governo discute proposta para termelétricas |
Representantes dos ministérios da Fazenda e das Minas e Energia,
da Aneel e da Petrobras discutirão, dia 11.04.2001, em Brasília
a nova proposta para desatar o nó cambial que está segurando os
investimentos nas termelétricas. A Petrobras propõe a criação
de uma "conta gás", que seria zerada anualmente com o repasse
da variação cambial para o consumidor. O secretário-executivo
de Energia do Ministério das Minas e Energia, Afonso Henriques,
disse, dia 10.04.2001, que a proposta visa atenuar os impactos
para o consumidor e para a cadeia produtiva. Ele falou na criação
de uma "espécie de PPE (Parcela de Preço Específica) do gás",
um mecanismo de crédito e débito que manteria o reajuste anual
das tarifas. A PPE é o que o governo arrecada com a diferença
entre o preço do petróleo no mercado externo e o dos combustíveis
no interno. O mercado espera uma saída para uma equação que, aos
olhos do investidor, não fecha: os custos de equipamentos e da
matéria-prima (gás) estão em dólar, enquanto a receita vem em
real. Na Petrobras, discute-se a fixação do preço de fornecimento
de gás nos atuais US$ 2,475 por milhão de BTUs (preço do Programa
Prioritário de Termelétricas) por um ano. No aniversário, seriam
contabilizadas as variações cambiais para ver se a Petrobras teve
prejuízo ou lucro. O prejuízo seria repassado ao consumidor. (Folha
- 11.04.2001)
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2- Petrobras apresenta propostas para solucionar problema
de risco cambial do gás |
A direção da Petrobras apresenta ao governo, dia 11.04.2001, duas
propostas para solucionar o problema do risco cambial na compra
do gás boliviano que movimentará as termelétricas. Uma alternativa
refere-se à troca de cerca de R$ 7 bi em NTN-P - que a empresa
detém desde que privatizou as subsidiárias petroquímicas - por
títulos novos do Tesouro Nacional. Esses papéis teriam 20 anos
de prazo e rendimento pela variação do INPC, mais 6% de juros
e variação cambial, que pode ser um índice arbitrado. Esse novo
papel teria um rendimento bem melhor do que a remuneração das
NTN-P, título inegociável que rende apenas TR mais 6% de juros
ao ano. Com a diferença de rentabilidade, a Petrobras arcaria
com o risco cambial. (Valor -11.04.2001)
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3- ANP quer evitar confronto com Petrobras sobre gasoduto
Brasil-Bolívia |
O diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn, disse, dia 10.04.2001,
que a agência divulga, até a terceira semana de abril de 2001,
seu parecer sobre o acesso da British Gas ao gasoduto Brasil-Bolívia.
A Petrobras controla a TBG, empresa que opera o gasoduto. Em parecer
inicial, a ANP concedeu autorização à British Gas para o transporte
firme de 3 milhões de metros cúbicos de gás natural proveniente
da Bolívia para oito pontos no Estado de São Paulo. A autorização
vale até o final de 2002. A Petrobras questionou o parecer sob
o argumento de que usará toda a capacidade de transporte de gasoduto
(30 milhões de metros cúbicos). Já a British Gas quer autorização
para operar até o final de 2003. Zylbersztajn disse achar possível
atender às duas partes aumentando a capacidade do gasoduto de
30 milhões para 60 milhões de metros cúbicos. ''Se tiver capacidade
(a British Gas) terá acesso. Senão, não terá''. Zylbersztajn também
negou que exista um confronto da ANP com o presidente da Petrobras,
Henri Philippe Reichstul. ''Existe uma divergência que será resolvida'',
afirmou. Ao final de seminário na Fiesp, em São Paulo, Zylbersztajn
e Reichstul descartaram a possibilidade de o problema alcançar
a esfera judicial. (Folha - 11.04.2001)
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1- AmBev e Comgás assinam contrato de venda de gás
em maio de 2001 |
A AmBev e a Comgás assinam na primeira quinzena de maio de 2001
um contrato de fornecimento de gás natural a ser utilizado nos
projetos de co-geração de energia elétrica em quatro das seis
indústrias da fabricante de bebidas instaladas no Estado de São
Paulo. Pelo projeto, a AmBev utilizará 300 mil metros cúbicos
de gás natural por dia, garantindo a co-geração e energia e vapor
em sua potência instalada de 25 MW. "Serão investidos US$ 25 mi
para garantir a geração de eletricidade e produção de vapor em
nossas fábricas de Jacareí, Jundiaí, Jaguariúna e Agudos", informa
o responsável pelas operações industriais da AmBev, José Carlos
Xavier. Com isso, as fábricas da Ambev passam a gerar dois terços
de toda a energia consumida pelos parques industriais da empresa
em São Paulo. O investimento não será efetuado pela fabricante
de bebidas. Um contrato de 15 anos firmado com a EnergyWorks do
Brasil, com sede em São Paulo, define que a AmBev pagará apenas
pela energia gerada e pelo gás natural comprado da Comgás. Em
troca, a empresa de energia vai construir, operar e executar as
manutenções da unidade co-geradora. (Estado - 11.04.2001)
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2- Petrobrás e Fiat iniciam obras de térmica em MG
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A Petrobrás e a Fiat Avio, subsidiária do grupo Fiat, iniciam,
dia 11.04.2001, as obras da Usina Termelétrica de Ibirité, localizada
na região metropolitana de Belo Horizonte. A usina, denominada
Ibiritermo, está prevista no PPT do governo federal e é uma das
13 consideradas emergenciais do programa. A previsão é de que
a Ibiritermo esteja concluída até maio de 2005 com três turbinas
a gás de ciclo combinado (gás e vapor) e capacidade para a geração
de 705 MW. A primeira fase de operações da usina, no entanto,
deverá ser iniciada em dezembro de 2001, com uma turbina a gás
de 155 MW, em ciclo simples (gás). A energia da termelétrica será
injetada no sistema interligado sul-sudeste-centro-oeste. A usina
vai ocupar uma área de 12 hectares da Refinaria Gabriel Passos,
da Petrobrás. (Estado - 11.04.2001)
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1- Ferroatlântica obtém 59,66% da Hidrocantábrico |
A Ferroatlântica e sua sócia, EnBW, ficaram com 59,66% do capital
da Hidrocantábrico, segundo os resultados divulgados pela Comissão
Nacional de Mercado de Valores (CNVM). O consórcio, entretanto,
esperava conseguir mais de 60%, pois já tinha garantido 20%, metade
da belga Electrabel e a outra parte das famílias Masaveu, Carceller
e Alvargonzález. O outro concorrente, a sociedade Adygesinval,
formada pela Cajastur e pela EDP, obteve apenas os 19,2% que havia
garantido com a TXU e 14,98% da seguradora Caser, totalizando
34,2%.Porém, para mudar os estatutos da Hidrocantábrico, que limitam
a 10% os direitos políticos dos acionistas, é preciso contar com
o apoio de 75% do capital, o que proporciona um impasse. O maior
acionista não poderá controlar totalmente a empresa, já que não
possui esse apoio. A Villa Mir, dona da Ferroatlântica, já declarou
intenção de comprar a parte da EDP caso sua proposta vença. (El
Mundo - 11.04.2001)
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2- Tractebel faz oferta pela GTI |
A belga Tractebel, filial da francesa Suez, fez uma proposta amigável
de aquisição da holandesa GTI por US$ 297,4 mi. Cada ação estaria
avaliada em US$ 33,4, 53% mais do que a avaliação dos últimos
30 dias. A empresa pretende integrar as atividades de instalações
técnicas, gestão e manutenção da GTI e sua filial Fabricom, reforçando
sua oferta de serviços industriais para sua clientela européia.
Com a aquisição, a sociedade chegará a um faturamento de US$ 7,2
bi e contará com 60 mil empregados. (Enervia 11.04.2001)
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3- Privatização da Epesf adiada novamente |
O
processo de privatização da Epesf, distribuidora da província
argentina de Santa Fé, foi novamente adiado devido a modificações
necessárias na documentação. De acordo com fonte do governo, os
documentos estão sendo examinados e então serão enviados à empresa
para que sejam feitos pequenos ajustes pelo Comitê Legislativo.
A documentação final deve ser publicada apenas no fim de maio
ou junho. A Epesf distribui energia para a província de Santa
Fé, possui 900 mil clientes e é o terceiro maior distribuidor
da Argentina. (BNAmericas - 11.04.2001)
Índice
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4- Holanda dificulta negócio da Endesa |
Em dezembro de 2000 a Endesa conseguiu um acordo para adquirir
a holandesa Remu por US$ 1,03 bi e agora seus planos estão ameaçados.
Desde 1999, a empresa já havia feito da Holanda seu campo de ação
favorito, comprando 10% da Amsterdam Power Exchange, mercado livre
de energia onde participam também empresas como a Electrabel.
Ainda naquele ano, tomou o controle da distribuidora de gás e
eletricidade RNE, com 275 mil clientes e agora aposta na Remu,
com mais de 800 mil clientes. Só nessa última operação, a Endesa
anunciou investimentos de US$ 1 bi, e se tornaria a maior distribuidora
privada da Holanda, com aproximadamente 9% do mercado de gás e
eletricidade.Entretanto, o governo holandês decidiu dificultar
a operação limitando a participação de empresas estrangeiras no
país. A legislação deve ser modificada, pois a classe política
teme que a liberalização resulte em crise semelhante à da Califórnia.
O embaixador holandês iria se reunir com o presidente da Endesa
para discutir o assunto. (El País - 11.04.2001)
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5- Shell produzirá gás natural na Argentina |
A Shell informou ao governo argentino que planeja investir US$
1,5 bi na província da Terra do Fogo em uma fábrica para extrair
combustíveis do gás natural. Além de combustíveis líquidos, a
indústria deve produzir também 100 MW por dia, equivalente a todo
consumo da região. A multinacional já iniciou diálogo com a Total
Austral, que faz parte de um consórcio com a maior produção de
gás no território. O projeto necessitaria de 18 bilhões de metros
cúbicos diários durante 20 ou 25 anos, apesar da região ter capacidade
de produzir o dobro. (Clarín 11.04.2001)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca - Economista
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena,
Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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