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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 619 - 10 de abril de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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índice

 

regulação

1- FHC adia decisão sobre modelagem de venda de Furnas

O presidente Fernando Henrique Cardoso adiou por mais 15 dias a decisão sobre de modelagem da venda de Furnas Centrais Elétricas. A reunião extraordinária do CND, convocada pelo presidente da República para debater Furnas, não foi conclusiva. Também não foi marcada a data da próxima reunião do CND para tratar desse assunto. Pela manhã, a assessores próximos, Fernando Henrique já havia avisado que não bateria o "martelo" em proposta alguma, Apenas ouviria os argumentos de ambos os lados. FHC sofre pressão política para não vender a empresa e não foi convencido ainda pela equipe econômica, favorável à privatização. Segundo um interlocutor do presidente, a intenção de FHC ainda é vender a empresa, mas ele crê que, a depender do modelo de privatização, isso possa ter pouco efeito prático durante o seu governo. FHC teme também que, no momento em que o país enfrenta uma crise energética, a venda de Furnas venha a se tornar um símbolo ruim contra a sua administração no ano que vem, quando haverá eleição para a Presidência. O presidente está convencido de que a área energética foi mal administrada durante seus dois mandatos e crê que dificilmente a privatização trará melhorias imediatas ao setor, que enfrenta demanda crescente e oferta comprimida. Todos os envolvidos na discussão concordam com a venda pulverizada, mas não há consenso sobre o modelo: dividir a empresa em geradora e distribuidora e vender somente a parte de geração ou vender toda a empresa. (Folha Online e Valor - 10.04.2001)

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2- Tápias afirma que compra de ações de Furnas com FGTS não terá desconto

O ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, afirmou, dia 09.04.2001, em São Paulo que a venda pulverizada das ações de Furnas, para quem usar recursos do FGTS, não deverá ter o desconto de 20% no preço que foi oferecido na venda de ações da Petrobras. Segundo ele, o desconto não será oferecido porque as ações da geradora estatal já estão baratas. "Já vamos vender baratinho. A tendência é que as ações se valorizem", disse o ministro. Ainda de acordo com o ministro, a venda de ações da geradora estatal de forma pulverizada exigirá que a empresa tenha uma gestão empresarial. 'O profissional que for gerir a empresa tem de apresentar projetos que conquistem o grande público para as pessoas tomarem a iniciativa de comprar as ações'', disse. (Folha Online - 09.04.2001)

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3- Gros e Tápias rejeitam venda total de Furnas

O presidente do BNDES, Francisco Gros e o ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, consideram mais apropriado manter a transmissão de energia de Furnas nas mãos do Estado. Querem dividir a empresa e vender apenas a parte de geração. Eles argumentam que o governo obteria mais dinheiro com esse tipo de venda. Em posição diferente está Luiz Carlos Santos, presidente de Furnas, que defende a venda total, sob o argumento de que seria economicamente ruim o governo ficar apenas com a parte da empresa que dá menos lucro, o grosso da receita está na venda da energia. Durante a reunião com FHC, parte dos presentes não falou. Apenas assistiu ao duelo entre Gros e Luiz Carlos Santos. Ambos foram munidos para o encontro com propostas e estudos distribuídos aos presentes. Gros foi auxiliado na sua exposição pelo diretor de Desestatização do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho. Luiz Carlos Santos teve a ajuda do economista Paulo Roberto Lemos, coordenador do estudo que colocou a pulverização em pauta no ano 2000. (Folha - 10.04.2001)

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4- Alta de tarifas pode comprometer meta de inflação

A perspectiva de falta de energia e a alta do dólar estão deixando economistas e analistas preocupados com a possibilidade de as tarifas de energia elétrica subirem acima do previsto, o que poderia comprometer a taxa de inflação de 2001, cuja previsão é de 4,8%. Na primeira semana de abril de 2001, a Aneel autorizou o repasse nas tarifas de quatro distribuidoras, entre elas a CPFL e a Cemig, cujo reajuste chegou a 16,94%. Com a valorização do dólar e o nível dos reservatórios ainda crítico, as concessionárias estão pleiteando aumentos a fim de cobrirem seus gastos operacionais. No fim de março de 2001, as distribuidoras de energia elétrica acionaram a Justiça para tentar garantir o repasse automático às tarifas de alterações de tributos e encargos legais, os chamados custos não gerenciáveis, como, por exemplo, energia comprada de Itaipu, que é paga em dólar. (Valor - 10.04.2001)

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risco e racionamento

1- FHC explica ações do governo para enfrentar redução de energia

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse, dia 10.04.2001, no programa Palavra do Presidente, que o governo vai manter a população informada sobre as ações desenvolvidas para enfrentar a queda de oferta de energia em três regiões do País. O presidente alertou que os brasileiros dessas regiões devem utilizar a energia de forma adequada. "Racionalizar para não faltar", recomendou. De acordo com o presidente, "a falta de chuvas ameaça o abastecimento nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. O Sul e o Norte não correm este risco porque suas barragens estão cheias". Segundo FHC, o governo está trabalhando em duas frentes: acelerando obras para aumentar a oferta e preparando o consumidor para racionalizar o uso da energia. (Correio Brasiliense - 10.04.2001)

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empresas

1- Novo presidente da Eletrobrás toma posse

Toma posse, dia 10.04.2001, o novo presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila da Silva, na sede da Firjan. A cerimônia será presidida pelo ministro das Minas e Energia, José Jorge. Ávila, que antes de ser indicado para o cargo era presidente da Eletrosul, vai substituir Firmino Sampaio, que esteve quase cinco anos á frente da estatal. Durante sua gestão, Sampaio, ligado ao senador Antônio carlos Magalhães, federalizou distribuidoras, algumas já vendidas e outras em fase de privatização. Deu início ao processo de venda das geradoras para o setor privado, conseguindo privatizar a parte de geração da Eletrosul. No ano 2000, ainda sob sua batuta, a Eletrobras registrou um dos maiores lucros de sua história, de R$ 2,49 bi. Apesar dessa excelente performance, Ávila assume o lugar de Sampaio num momento de grande tensão para o setor elétrico nacional. (Valor - 10.04.2001)

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2- Eletrosul aprova nome de Kleinübing para presidência da empresa

O nome de João Paulo Kleinübing, 28 anos, foi aprovado nesta segunda-feira pelos acionistas e pelo Conselho de Administração da Eletrosul para ser o novo presidente da empresa. O ex-prefeito de São Lourenço do Oeste Cairu Hack também recebeu aval positivo para assumir a função de diretor administrativo-financeiro. Os dois tomam posse no dia 11.04.2001, na sede da Eletrosul, no bairro Pantanal, em Florianópolis. João Paulo é formado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina e atualmente reside em Blumenau. (RBS - 10.04.2001)

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3- Iberdrola concentra ativos em energia

A Iberdrola resolveu sair do setor de telecomunicações no Brasil e se concentrar apenas em energia elétrica. A empresa fechou, dia 09.04.2001, um acordo com a sócia Telefónica, que assumirá suas participações na Tele Leste Celular, da qual era a principal controladora, na Tele Sudeste Celular, na CRT Celular e na Telesp fixa. Em troca, a holding de eletricidade receberá um total de 19.136.307 ações da Telefónica. A troca tem um valor aproximado de US$ 313 mi. Na prática, a mudança não interfere no dia-a-dia das companhias. A operação das teles sempre esteve a cargo da Telefónica, inclusive a da Tele Leste Celular. As duas empresas entraram juntas no leilão de privatização da Telebrás, com o objetivo de se tornarem parceiras para os negócios de telecomunicações no Brasil. (Gazeta Mercantil - 10.04.2001)

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4- RGE é comprada pela CPFL

A CPFL comprou a Rio Grande Energia (RGE), distribuidora de energia que atende 254 municípios nas regiões Norte e Nordeste do Estado, num negócio estimado em R$ 1,33 bi. A concretização do negócio e a efetiva transferências dos papéis está sujeita à aprovação pela Aneel e Cade. A CPFL adquiriu os 66,91% da RGE que pertenciam à Previ e à VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa). (RBS - 10.04.2001)

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5- NRG estuda compra de ativos de energia no Brasil

Apesar de ser praticamente desconhecida no mercado brasileiro, em que detém apenas 60 MW)líquidos, a norte-americana NRG é considerada a terceira maior autoprodutora de energia no mundo, atrás apenas da AES e Mission Energy. Seus projetos globais de geração somam 33 mil MW, sendo que 17 mil MW lhe pertencem diretamente. A NRG atua nos Estados Unidos, Europa, América Latina e Ásia Pacífico. Até julho de 2001, o grupo norte-americano pretende entrar em projetos de geração que revertam mais 1.100 MW à sua carteira de ativos na América Latina. Desse montante, aproximadamente 600 MW serão sediados no Brasil. Esse avanço demandará investimentos de US$ 400 mi. Hoje, a NRG possui 300 MW na América Latina, sendo 60 MW no Brasil. Os investimentos globais do grupo somarão US$ 2 bi a US$ 2,5 bi em 2001, e o diretor já avisou que há uma disponibilidade de aplicar uma média de US$ 400 mi no Brasil nos próximos três anos. (Gazeta Mercantil - 10.04.2001)

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6- NRG fecha sociedade para leilão da Cesp

Aproximadamente 30 técnicos da norte-americana NRG empresa desembarcaram em São Paulo, na primeira semana de abril, e já concluíram a avaliação da estatal paulista. A equipe espera apenas a aprovação do board da companhia para acertar sua entrada na disputa, marcada para o dia 16.05.2001. A NRG já definiu que irá participar do leilão apenas em aliança e já elegeu seu parceiro, mas o crivo final deve ser lançado nesta semana. O diretor-executivo da área de Desenvolvimento de Negócios da companhia, Gonzalo Torres Macchiavello, preferiu manter a sócia em sigilo, mas sabe-se que se trata de um grupo estrangeiro atuante no Brasil. A compra da Cesp Paraná, terceira maior geradora do País, será estratégica para que a NRG atinja sua meta e passe a conviver entre os grandes conglomerados de energia no País. (Gazeta Mercantil - 10.04.2001)

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financiamento

1- BM&F vai lançar mercado futuro de energia elétrica

A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) está coordenando um projeto para formatar a negociação de energia em formato futuro. O objetivo é proteger investidores de oscilações no preço da energia, eliminando riscos em prazo de seis meses ou até mais, disse o economista da BM&F, Antonio José Telles Bueno. O modelo de contrato futuro de energia deve ser concluído até o início de 2002, aproveitando os preparativos para a abertura do setor com a expiração dos contratos iniciais. Para isso, a minuta do contrato será submetida pela Bolsa a análise do MAE entre julho e agosto de 2001. Segundo Bueno, a nova ferramenta será complementar ao MAE e aos contratos iniciais. Com a tendência de preços crescentes da energia, as geradoras terão interesse em reservar uma parcela de energia para venda em escala ascendente ao longo do tempo e aumentar seus dividendos. O novo mecanismo atrairá quatro grupos: geradoras de energia, grandes consumidores (para fazer a cobertura da energia que não está contratada no longo prazo), comercializadores (dealers) e o agente especulador - "mal visto no Brasil, mas com participação efetiva no exterior, por dar liquidez ao mercado", afirmou Bueno. Os especuladores, disse, não prestam serviço, enquanto os dealers firmam contrato de compra e venda de energia e por isso possuem compromisso com o fornecimento de energia. (Gazeta Mercantil - 10.04.2001)

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2- Expansão na geração de energia pode ser facilitada pelo novo mercado futuro

O recrudescimento do mercado futuro de energia elétrica poderá auxiliar as companhias do setor na oferta de eletricidade. Um dos principais gargalos para efetivação das usinas térmicas tem sido o estabelecimento de contratos de compra e venda de energia, os PPAs (Power Purchase Agreements). Os instrumentos servem como passaporte para a obtenção de financiamentos, permitindo a decolagem dos empreendimentos de geração. Na avaliação do economista da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), Antonio José Telles Bueno, o contrato futuro poderá assumir a figura do PPA, ainda que apenas na fase de estruturação das plantas, e oferecer cobertura à energia que será produzida pelas térmicas. (Gazeta Mercantil - 10.04.2001)

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3- Petrobras faz captação de US$ 500 mi

A Petrobras concluiu ontem a renovação de um programa de 'commercial paper' no mercado norte-americano (USCP) no valor de US$ 500 mi com prazo de um ano. O custo da operação caiu e a empresa vai pagar um 'spread' (prêmio) de 0,50% acima dos Fed Funds, taxa de juros do Federal Reserve, que está em 5% atualmente. No ano passado, o prêmio foi de 1,75%. A rolagem da Petrobras dá início a uma série de renovações de programas de 'commercial paper' de empresas e bancos brasileiros. Nos próximos dias, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vai renovar programa de USCP de US$ 250 mi com prazo de um ano. A operação da CSN está sendo liderada pelo banco JP Morgan. O programa de 'commercial papers' da Petrobras, como a maioria deles, funciona como um cheque especial, que permite à companhia sacar qualquer valor, com teto de US$ 500 mi, pelo prazo de um dia a 359 dias nas condições de custos já acertados. Uma das vantagens é de que os juros acertados são mantidos mesmo em situação de crise.(Gazeta Mercantil -10.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- Primeira térmica a utilizar gás boliviano começa a operar

A Termoelétrica William Arjona da Gerasul, instalada em Campo Grande, deverá começar a operar com gás natural no dia 15.04.2001. A usina será a primeira do País a utilizar o gás boliviano do Gasoduto Bolívia-Brasil. O ramal de nove quilômetros que levará o produto até a usina está concluído, e os testes de controle de qualidade estão previstos para começarem hoje. A MSGás investiu R$ 4,2 mi na construção do ramal. A data da inauguração da obra ainda não é oficial, porque os técnicos precisam realizar vários testes no ramal, verificando itens como segurança, pressão e gaseificação, antes de iniciarem a operação de distribuição. Segundo o diretor-presidente da MSGás, Luís Landes, a Usina William Arjona, que tem capacidade de gerar 75 MW de energia elétrica atualmente, operando com duas turbinas, passará a gerar 105 MW somente a partir de agosto. A termoelétrica vai consumir 870 mil metros cúbicos de gás natural por dia. Pela distribuição do gás, a empresa receberá R$ 435 mil por mês. (Jornal Correio do Estado - 10.04.2001)

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2- Fiat e Petrobras aceleram projeto de construção de termelétrica

O consórcio Petrobras/Fiat Avio acelera o projeto de construção da termoelétrica Ibiritermo, no municipio de Ibirité na região metropolitana de Belo Horizonte, que terá potência instalada final de 720 MW e utilizará sistema combinado de gás e óleo como combustíveis. O investimento é de US$ 130 mi e o consórcio pretende colocar a sua primeira turbina em operação ainda em 2001. A nova usina é uma das maiores previstas no programa prioritário do governo brasileiro e proporcionará um novo aporte de energia elétrica entre 168 e 200 MW ao sistema de abastecimento do sudeste, que bem enfrentando redução de oferta por parte das hidrelétricas, devido à falta de chuvas. A primeira turbina, contratada no ano passado e movida apenas a gás, será fornecida pela General Electric no próximo mês de julho de 2001. Mas duas usinas vão ser instaladas, no local, nos próximos dois anos. A expectativa do consórcio é que a Ibiriritermo alcance sua capacidade total no final de 2003.(Gazeta Marcantil - 09.04.2001)

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3- Alagoas quer reduzir preço do gás natural

O governo do estado de Alagoas está reivindicando da Petrobras a redução de tarifas de gás natural de Alagoas em relação ao resto do País. A decisão do governador Ronaldo Lessa é considerada de fundamental importância para o desenvolvimento do estado. "Não considero justo que Alagoas tenha uma reserva de 13 bilhões de m³, uma produção diária de 1.800.000 m³, e cobre uma tarifa igual à de Estados vizinhos como Pernambuco e Paraíba, que não produzem gás", afirmou o governador.Para a Secretaria de Indústria e Comércio, caso o governador consiga vencer essa batalha junto à Petrobras, Alagoas dará um grande passo na consolidação do Pólo Industrial de Marechal Deodoro. O pólo produz vapor a partir do gás natural e conta ainda com uma estação de distribuição para queima em fornos e caldeiras. (Gazeta de Alagoas - 10.04.2001)

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4- SCGás terá financiamento do BNDES

A expansão da rede de distribuição de gás natural em Santa Catarina, pela SCGás, será garantida, dia 10.04.2001, com a liberação de financiamento de R$ 106,2 mi pelo BNDES. O contrato será assinado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, com a presença do governador Esperidião Amin e o presidente da SCGás, Luiz Gomes. A contrapartida da empresa será de R$ 106,2 mi. Com esses recursos, a SCGás vai garantir a expansão da oferta para outras cidades, ligações para o gás combustível e o fornecimento de gás para a Termo Catarinense Norte. (Diário Catarinense - 10.04.2001)

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grandes consumidores

1- Racionamento prejudicará a fruticultura no São Francisco

O anunciado racionamento de energia elétrica pode trazer problemas para a agricultura pernambucana, principalmente para a fruticultura irrigada. O corte de 20% no consumo de energia na agricultura irrigada do Vale do São Francisco, por exemplo, significa 20% a menos de água para atender as necessidades do plantio, o que significa perda de produtividade e da qualidade do produto. De acordo com agricultores, nesse tipo de cultura, cortar o consumo de energia significa diminuir a quantidade de água enviada para as plantas e, conseqüentemente, perda de parte do pomar de uvas, por exemplo. "Na fruticultura, não podemos fazer como na indústria, onde se pode reduzir a produção para atender a necessidade de corte no consumo de energia. Na agricultura, eu não posso dar 80% da água que a planta precisa. Não posso dar menos nem mais água do que o necessário", avalia o produtor José Gualberto, da Milano. (Jornal do Commercio - PE - 10.04.2001)

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2- Plano federal de contingência preocupa empresários de SC

Apesar do superávit de energia em Santa Catarina, os empresários do Estado estão preocupados com a escassez no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. É que se o plano de contingência proposto pelo governo federal falhar, deve haver um racionamento nestas regiões. Os empresários catarinenses avaliam como impacto desta medida a redução da produção e do consumo, que pode afetar Santa Catarina, afirma o presidente da Câmara de Energia Elétrica da Federação das Indústrias (Fiesc), Albano Schmidt. (RBS - 10.04.2001)

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3- Gasto de energia cresce 7% no MS

O crescimento do gasto de energia no setor industrial puxou o aumento de 7,7% do consumo em Mato Grosso do Sul no ano de 2000, segundo o balanço divulgado, dia 09.04.2001, pela Enersul. Os resultados apontam que as indústrias do Estado, consumidoras de 20,7% de toda a energia vendida pela Enersul, precisaram em 2000 de 23,3% mais de potência que no ano anterior. Conforme o balancete da Enersul, o abastecimento dos 72 municípios em que a ex-estatal atua exigiu 2.836.417 MW/h em 2000, contra 2.637.868 do ano anterior. Além do setor industrial, houve aumento de consumo das empresas comerciais, mas em escala menor. Esse setor exigiu 9,6% a mais de potência do que em 99. (Folha do Povo - MS - 10.04.2001)

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internacional

1- Califórnia compra linhas da Edison

O governo da Califórnia anunciou um acordo de compra das linhas de distribuição da segunda maior empresa de energia do estado, a Southern California Edison, por US$ 2,76 bi. O negócio dará à Edison dinheiro para reorganizar seus débitos e pagar as geradoras, algumas das quais não recebem desde novembro de 2000. Em contrapartida, a empresa deverá fornecer energia a baixo custo para o estado durante 10 anos e retirar o processo em que busca o aumento das tarifas de consumo.O plano original do governo era comprar partes das linhas de transmissão possuídas pelas tr6es empresas atuantes. Porém, não se concretizou, uma vez que a PG&E, a maior elétrica do estado, pediu concordata e saiu das negociações. A Edison e a PG&E afirmam ter perdido mais de US$ 13 bi desde junho devido ao aumento dos preços de energia que não podem ser repassados devido a lei de 1996. (USA Today -10.04.2001)

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2- Ministro português diz que a privatização da EDP não tem data

O governo português defende a criação de um núcleo acionista para a EDP, afirmou o ministro da economia Mario Cristina De Sousa. A EDP não possui como objetivo encontrar um parceiro internacional do mercado de energia, pois privilegiará o seu projeto de desenvolvimento com o Banco Comercial Português (BCP), cuja parceria na área de telecomunicações, a ONI, tem sido muito mais proveitosa do que a que possuía coma Iberdrola. A privatização não tem previsão, de acordo com o ministro, pois ela só deverá ser pensada após a definição das negociações em andamento na Espanha e no Brasil. A formação do núcleo, segundo ele, nada tem a ver com uma defesa da empresa de propostas de compra. (Semanário Econômico - 10.04.2001)

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3- Hidrocantábrico ficará fora da Bolsa espanhola até definição de comprador

O Comitê Técnico do índice Ibex, que mede a movimentação de ações das 35 maiores empresas espanholas, decidiu excluir a Hidrocantábrico de hoje, 10.04.2001, até a data em que o processo de venda for decidido. Em 17.04.2001, quando se dará o resultado, o Comitê se reunirá em caráter de urgência para decidir se reincluirá a empresa ou a substituirá. Em qualquer caso, o novo valor a ser incluído caso a Hidrocantábrico seja posta de fora, só entrará em 24.04.2001. (Enervia 10.04.2001)

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4-Unión Fenosa mudará razão social

O Conselho Administrativo da Unión Fenosa proporá a seus acionistas, no dia 04.05.2001, a mudança na denominação da empresa. De Unión Elétrica Fenosa, passará a ser apenas Unión Fenosa. Apesar de não causar grande impacto, a modificação ilustra o novo posicionamento da empresa no mercado. O grupo já não é mais somente uma elétrica, pois já possui negócios em gás natural, telecomunicações, Internet e serviços profissionais. O banco Credit Suisse First Boston estima em US$ 6,8 bi o valor da empresa, apesar de estar valendo US$ 4,9 bi nas bolsas européias. (Enervia - 10.04.2001)

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5- Rating da Pacific Gas & Eletric é rebaixado

A Standard & Poors, uma das maiores agências de classificação de risco do mundo, anunciou redução do rating da Pacif Gas & Eletric. A empresa pediu concordata em 06.04.2001 e por isso sua avaliação de risco foi alterada para D, que indica risco de não-pagamento. O mesmo fez a Moody's , outra agência de peso. A PG&E possui dívidas de US$ 9 bi. (Folha de S.Paulo - 10.04.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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