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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 617 - 06 de abril de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Aneel autoriza reajuste de 17,13% nas tarifas da CPFL

O aumento da tarifa da CPFL foi autorizado em 17,13%, dia 05.04.2001, pela Aneel e ficou acima do IGP-M da FGV. Nos últimos 12 meses, a inflação apurada pela FGV ficou em 9,60%. A agência reguladora autorizou o reajuste de tarifas de eletricidade da Cemig, em 16,94%; Cemat, 16,24%; e Enersul, em 18,24%. O reajuste autorizado para os clientes da CPFL segue as diretrizes do contrato de concessão. Este documento permite o aumento de tarifa a cada 12 meses, sempre na data de aniversário da assinatura do contrato. A CPFL atua em 203 municípios do Estado de São Paulo e atende a 2,75 milhões de unidades consumidoras (residências, lojas comerciais, indústrias e propriedades rurais). (Estado - 06.04.2001)

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2- Aneel autoriza reajuste de 16% para MT

De acordo com a Aneel, a tarifa da Rede/Cemat terá reajuste de 16,24% e valerá para os 585.311 consumidores do Estado do Mato Grosso. Só na região da Grande Cuiabá a empresa conta com cerca de 300 mil consumidores. O anúncio do reajuste da tarifa foi feito no dia 05.04.2001. O último aumento de energia em Mato Grosso (10,22%) havia sido decretado em abril de 2000. De acordo com uma fonte da Rede/Cemat, o reajuste autorizado pela Aneel está previsto no contrato de concessão firmado entre a União e a empresa, cuja data-base é o mês de abril. Atualmente, o preço da tarifa residencial normal é R$ 0,17 KW/h para quem consome acima de 140 KW/h. Em Mato Grosso, mais de 50% dos clientes da Rede/Cemat têm consumo superior a 140 KW/h. (Diário de Cuiabá - 06.04.2001)

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3- Aumentos na tarifa refletem variação do câmbio

O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, informou ao Estado que parte do porcentual homologado reflete a variação do câmbio. Isso porque estas concessionárias compram energia da Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional. A energia vendida por Itaipu tem o preço fixado na moeda americana. Com isso, a Aneel já autorizou o reajuste de tarifas para 20 empresas de distribuição de energia do País. Em todos os casos, os porcentuais autorizados ficaram acima da inflação no período. Um técnico do governo explicou que os aumentos concedidos refletem também o custo da energia produzida por usinas térmicas. Esta eletricidade é mais cara do que a gerada pelas hidrelétricas. Neste cálculo estão incluídos os gastos com a Conta de Consumo de Combustível (CCC) - fundo composto por recursos das distribuidoras para financiar as térmicas movidas a diesel - e a Reserva Global de Reversão (RGR), que serve para financiar campanhas de economia de eletricidade. (Estado - 06.04.2001)

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4- Para governo, decisão da CCJ não atrapalha venda de Furnas

O governo federal não acredita que a aprovação do projeto, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, que proíbe a privatização de Furnas, vá atrapalhar a venda da estatal, prevista para acontecer até o final do primeiro trimestre do ano de 2002. "A CCJ não analisa o mérito do projeto'', disse o ministro de Minas e Energia, José Jorge. O projeto será analisado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) e, caso haja pedido de algum senador, será levado ao plenário do Senado e depois da Câmara. O senador Lúcio Alcântara, presidente da CAE, disse que não há prazo para a votação do projeto, mas que não há pressa. A proposta não deve ser aprovada, mas vai gerar discussões sobre a venda da empresa, afirmou ele. (Diário Brasiliense - 06.04.2001)

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5- Leilão da Cesp Paraná influenciará venda da Copel

O presidente da Copel e secretário de Fazenda do Paraná, Ingo Hübert, admitiu que o desempenho da privatização da Cesp Paraná, cujo leilão está marcado para o dia 16.05.2001, na Bovespa, servirá de termômetro para aferir o potencial de venda futura da estatal paranaense. ''O cronograma da Copel não precisa ser atrelado ao da Cesp, mas há, sem dúvida, alguma influência. Dependendo de quem participar do leilão da Cesp e de quanto for pago pela companhia, temos condições para criar uma expectativa melhor sobre o desempenho de venda da Copel'', analisa. O executivo afirma que mesmo que a venda da Cesp Paraná fracasse novamente, como aconteceu no leilão de dezembro, dificilmente o cronograma da Copel, com a venda marcada para outubro ou novembro de 2001, será alterado. (Jornal do Commercio - 06.04.2001)

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6- Angra 1 será desligada para troca de combustível

A Usina Angra 1 será desligada entre os dias 07.04.2001 e 21.05.2001 para troca de combustível, realização de testes de rotina nos geradores de vapor e manutenção periódica nos seus equipamentos. Nos 246 dias em que funcionou ininterruptamente, a usina gerou 2.799.159 MWh, o suficiente para atender a 7% do consumo anual de energia elétrica do Rio de Janeiro. O tempo para realizar essas operações será otimizado. Os técnicos trabalharão 24 horas, revezando-se em turnos, para que a execução dos serviços não ultrapasse 45 dias, embora o prazo normal para essa operação seja de 60 dias. O objetivo é que o sistema fique o menor tempo possível sem a energia de Angra 1, que abastece 11% do consumo de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro. (Agência Brasil - 05.04.2001)

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risco e racionamento

1- Plano de Racionalização de Energia conta com 26 medidas para aumentar oferta

O Plano de Racionalização de Energia Elétrica conta com 26 medidas para aumentar a oferta do insumo no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, onde o nível de água dos reservatórios está muito baixo. O plano foi anunciado, dia 05.04.2001, pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge. Entre as medidas estão a importação de 400 MW médios de energia da Argentina, o que representará 0,5% de água nos reservatórios; otimização da geração da usina de Cuiabá, acrescentando 320 MW médios de energia ao sistema; e utilização plena da usina de Henry Borden (160 MW) e da usina de Piratininga (100 MW), economizando 1,2% de água dos reservatórios da região Sudeste. Consta ainda a utilização do volume de Itaipu até a cota de 215,5 metros (1,8 mil MW), 1% de economia no Sudeste; adequação de proteção de perda da interligação Norte-Sul (200 MW); antecipação da operação de usina térmicas e hidrelétricas que estão sendo construídas este ano (5 mil MW). Assim como o monitoramento da expansão de linhas de transmissão; reavaliação do parque gerador da Petrobras; utilização de excedentes de energia de altos produtores (35 MW); esforço adicional para operar a usina Hidrelétrica de Sobradinho com menos de 10% do volume útil; e maior utilização do sistema de transmissão já existente. Completam o pacote, a agilização da volta do transformador da subestação de Tijuco Preto e a terceira linha de transmissão entre Itabera e Tijuco Preto (400 MWmed); antecipação de máquinas da usina de Porto Primavera (120 MW). O volume da usina hidrelétrica de Ilha Solteira (SP) entre as cotas 323 metros e 314 metros, voltará a ser usado. Com isso, acrescentará ao sistema 4,9 mil MW médios. (Gazeta Mercantil - 06.04.2001)

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2- Plano pode aumentar oferta de energia em 11 mil MW no Sudeste

O plano de redução de consumo e aumento da oferta de energia elétrica apresentado no dia 05.04.2001, pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, prevê aumento na oferta entre 8 mil MW e 11 mil MW na região Sudeste. No Nordeste do País, o plano espera aumento de até 1,5 mil MW. Ainda de acordo com o plano, o órgão público federal que não cumprir a meta de redução de 15% nos gastos poderá ter servidores punidos com afastamento ou até mesmo demissão, conferme previsto pela lei número 101 de 4 de maio de 2000. A lei diz que as punições cabem no caso de descumprimento de determinações do Governo. Esta lei vale também para a Aneel, que, em cumprimento do plano, irá usar o 1% de seu orçamento destinado à racionalização para trocar as lâmpadas incandescentes de casas na periferia por lâmpadas fluorescentes. (Último Segundo - 05.04.2001)

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3- Plano contra escassez pode não evitar racionamento de energia

Fontes envolvidas na busca de alternativas para conter a crise admitem que a possibilidade de o governo ter que lançar mão de medidas compulsórias para equilibrar oferta e consumo é maior a cada dia. O discurso geral, no entanto, é de esperanças de que a racionalização seja suficiente para evitá-las. José Jorge afirmou que o governo vai avaliar o resultado da racionalização num período de 60 a 90 dias para decidir se terá ou não que adotar medidas mais drásticas. Enquanto tenta implementar as ações de racionalização, uma equipe do ministério já trabalha na elaboração do plano de racionamento, afirmou o secretário de Energia, Afonso Henrique dos Santos. No início da semana, ele havia dito que o setor produtivo deve ser poupado o máximo possível, nesse caso. (Valor - 06.04.2001)

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4- Secretários dizem que risco de racionamento é iminente

A possibilidade de o racionamento de energia elétrica ser implantado no País em 2001 é muito grande de acordo com os secretários de energia do Rio e de São Paulo. O secretário de Energia do Estado do Rio, Wagner Victer, disse que se não chover muito acima do nível de 2000, o racionamento vai acontecer, principalmente no Nordeste. Victer participou, dia 05.04.2001, da reunião do governo federal com os secretários estaduais de energia. Segundo o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, o risco de racionamento este ano nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste chega a 80%. Ele disse que a situação dos reservatórios de água das hidrelétricas é crítica e que a experiência mostra que campanhas de racionalização não atingem economia superior a 5%, muito abaixo do que o País precisa. (O Globo - 06.04.2001)

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5- Nível dos reservatórios de água no Nordeste está crítico

Os reservatórios de água brasileiros podem fechar o ano de 2001 com apenas 10% de sua capacidade se não chover até 75% do previsto para o ano. Foi o que alertou, dia 05.04.2001, o presidente do ONS, Mário Santos, depois de uma reunião na Aneel com o Fórum de Secretários de Energia. "O Nordeste passa por um período profundamente crítico", afirmou Mário. Na última semana, o nível dos reservatórios no Nordeste chegou a 34%, enquanto no Sudeste a média era 37%". No ano de 2000, os reservatórios terminaram o ano com 18% de sua capacidade. (Agência JB - 05.04.2001)

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6- Governo deve esperar até 90 dias até decretar racionamento

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou, dia 05.04.2001, que, se dentro de dois a três meses o "Plano de Redução de Consumo e Aumento da Oferta" de energia elétrica não alcançar os resultados desejados, o governo federal vai decretar o racionamento de eletricidade no País. A proposta foi fechada após reuniões ocorridas nas duas últimas semanas e consiste em uma campanha para que a população diminua os gastos com luz elétrica. Além disto, busca ampliar a geração por meio de usinas hidrelétricas e térmicas. Para o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, ao contrário do ministro José Jorge, o racionamento poderá ser adotado no fim de maio de 2001 se os resultados pretendidos com a proposta não forem satisfatórios. Muitas destas propostas não entrarão em vigor imediatamente, como por exemplo, a utilização plena da Usina Henry Borden, em São Paulo. "Todas as medidas vão ser implantadas para evitar o racionamento", disse o ministro. "Isso será avaliado num período de 60 a 90 dias." Na prática, o plano do governo é encarado como uma preparação para o corte no fornecimento de energia. (Diário do Nordeste - 06.04.2001)

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empresas

1- Endesa investirá US$ 7 bi para ter 10% do sistema

O Brasil será o principal região de investimentos da Endesa fora da Europa até 2005. Até esta data a meta do grupo espanhol será garantir uma participação de 10% no sistema elétrico brasileiro por meio de investimentos que totalizarão US$ 7 bi - entre os recursos já aplicados e o dinheiro que ainda será desembolsado, de cerca de US$ 3,5 bi.Com esse propósito, a Endesa quer acrescentar 3,7 mil MW ao seu parque de geração no Brasil e, para isso, tem interesse nas privatizações da Cesp-Paraná e da Copel. Em todos esses negócios, o grupo espanhol faz questão de ter o controle da empresa, segundo afirmou, dia 05.04.2001, o presidente mundial da Endesa, Martín Villa. Apesar dessa estratégia, Villa não descarta de antemão o interesse da Endesa na privatização de Furnas, desde que, diz ele, "a venda pulverizada inclua a participação de um grupo de controle, mesmo que minoritário". (Valor - 06.04.2001)

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2- Guaraniana centraliza suas compras na Bahia

O consórcio Guaraniana, controlador da Celpe, Cosern e Coelba, vai centralizar todo o seu setor de compras de suprimentos na distribuidora baiana. Os representantes comerciais que fornecem materiais para a Celpe estarão se reunindo para tentar anular essa decisão que, segundo eles, vai ampliar o desemprego no Estado de Pernambuco. Atualmente, existem em Pernambuco cerca de 50 empresas de representação que vivem, basicamente, da relação comercial com a Celpe. Segundo empresários do setor, que não quiseram se identificar, cada uma delas emprega entre cinco e 10 pessoas. Com a mudança, a redução dos quadros será inevitável. Além disso, o impacto na mudança também vai recair sobre o recolhimento do ICMS. A maioria dos fornecedores está no eixo Sul-Sudeste do País e, quando há a compra de suprimentos, existe um recolhimento médio de 7% de ICMS para aqueles Estados e de outros 10% para Pernambuco, por conta do diferencial de alíquota. Se os fornecedores escolhidos forem da Bahia, o diferencial será de apenas 5%, já que a alíquota média daquele Estado é de 12%. Segundo a Celpe, o que está acontecendo é uma reestruturação do serviços, pela qual as empresas do consórcio irão compartilhar o trabalho, aumentando a eficientização e reduzindo custos. (Jornal do Commercio - PE - 06.04.2001)

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3- Abradee fará sugestões à Aneel sobre racionalização de energia

Em reunião realizada no Rio, cerca de 20 representantes da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), decidiram encaminhar no dia 06.04.2001, propostas à Aneel para o programa de racionalização de energia no país. Entre as medidas, o diretor-geral da associação, Luis Carlos Guimarães, afirmou que as distribuidoras vão patrocinar uma forte campanha publicitária com objetivo de alertar o consumidor sobre o risco de racionamento. "Vamos fazer com que o consumidor entenda os riscos de um racionamento, evitando assim que ele seja pego de surpresa", afirmou Guimarães. A verba para a campanha virá de parte da receita usada para conservação das estações das distribuidoras. A Abradee vai propor ainda que a Aneel regulamente um programa de incentivo tarifário para reduzir o consumo. "A questão dos incentivos depende de uma regulamentação. Isto porque a cobrança nas tarifas baseia-se na isonomia", explicou. A Abradee encaminhará também propostas de intensificação do programa Reluz, da Eletrobrás, que prevê a troca de lâmpadas de baixo consumo na iluminação pública, e convencer prefeituras e estados a reforçar a economia de energia em prédios públicos. (Agência JB - 06.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- Preço do gás terá reajuste

O preço do gás cobrado pela Petrobras nos contratos com termelétricas vai aumentar. Hoje, ele é de US$ 2,35 por milhão de Btu, equivalente a US$ 40 por MWh, e só existirá nos primeiros contratos que estão sendo fechados para produzir os 11 mil MW que cobrem a atual escassez de energia. Segundo o presidente da empresa, o preço só é possível graças ao gás nacional. O gás brasileiro tem um custo mais baixo. Quando a empresa quis viabilizar as termelétricas feitas no atual programa construiu a seguinte equação financeira: de um lado está fechando contratos por 20 anos. Nestes 20 anos, a empresa compradora de gás terá que pagar este mesmo valor, ainda que a cotação do gás caia no mercado internacional. Mas também terá a garantia de preço, mesmo que a cotação suba. Por outro lado, o mix de produto nacional e boliviano permite um preço mais baixo. Essa é a visão da Petrobras, que é contestada por várias empresas que atuam no mercado de energia. Primeiro, elas argumentam que é arriscado fazer um contrato de 20 anos. Dentro de quatro anos haverá um mercado aberto. Há grande chance de que em um mercado aberto, com competição e bem abastecido, o preço venha a cair. E quem assinou o contrato ficaria amarrado com a Petrobras por 20 anos no mesmo preço. Segundo, os participantes do mercado de energia, este preço cobrado pelo gás é tão alto, hoje, que tem inviabilizado a assinatura de contratos com a Petrobras. (O Globo - 06.04.2001)

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2- Petrobras e BG brigam por acesso ao Gasbol

A briga entre Petrobras e a British Gas (BG) por causa do acesso ao gasoduto Bolívia Brasil (Gasbol) pode acabar no dia 10.04.2001, ou parar nos tribunais. Ambas aguardam a decisão da ANP, a quem caberá manter ou não a decisão de obrigar a Transportadora Gasoduto Bolívia Brasil (TBG) - que é controlado pela Petrobras - a dar espaço para a BG importar gás para São Paulo, mercado da Comgás, que ela controla. Como dona do gasoduto, a Petrobras vem sendo acusada de prática de monopólio. Em março de 2001, a agência estipulou que o contrato a ser firmado entre a TBG e a BG vale até dezembro de 2002, mas as duas interessadas recorreram. A decisão final deve sair no dia 10.04.2001, quando a diretoria da ANP vai se reunir para votar o assunto. Enquanto isso não acontece, a BG - que também é sócia do gasoduto - está pleiteando o aumento da capacidade do Gasbol, além do acesso imediato. O Gasbol já tem oito empresas interessadas em importar gás usando a infra-estrutura do gasoduto, mas não existe capacidade para isso. (Valor - 06.04.2001)

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3- CST planeja construir termelétrica de 70 MW

A Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) mantém conversações com empresas do setor elétrico para terceirizar a construção de uma usina termelétrica de 70 MW junto à sua fábrica em Vitória (ES). Pelo projeto, a CST comprará até 30 MW a fim de garantir uma oferta firme de energia na produção de aço e liberará o investidor para vender ao mercado os excedentes de energia elétrica da térmica, que começará a operar em 2003. O diretor financeiro da CST, Leonardo Horta, disse, dia 05.04.2001, que a construção da termelétrica é uma oportunidade para a CST reduzir custos ambientais, já que a usina vai aproveitar o gás gerado na aciaria como matéria-prima para a produção de energia elétrica. Hoje, a CST tem outras três termelétricas dentro do seu parque industrial, com capacidade total de 225 MW, que utilizam o gás dos altos-fornos como fonte para a produção de energia. Deste total, a CST consome 190 MW e vende o restante para a Escelsa. Sem precisar o investimento na nova termoelétrica, Horta adiantou que a CST não deverá aportar capital no projeto. Ele não descarta a possibilidade da siderúrgica vir a se desfazer das outras três termolétricas, embora considere uma hipótese é "improvável". (Valor - 06.04.2001)

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4- Endesa poderá investir em projeto de termoelétrica no RJ

A Endesa é uma das únicas grandes operadoras internacionais que não têm projeto de geração no Estado do Rio. A Cerj, sua controlada, precisa apresentar um programa de aquisição firme de energia, sob pena de enfrentar novas contestações de sua concessão. Com base nisso, o governo fluminense tenta convencer a Endesa a investir de US$ 300 mi a US$ 350 mi numa termelétrica, e se dispõe inclusive a intermediar os contatos com a Petrobras. Os incentivos fiscais - como o aumento do prazo para recolhimento do ICMS sobre o gás natural e a isenção na compra de equipamentos - têm acelerado a instalação de projetos geradores no Estado, enquanto o programa federal ainda esbarra na falta de um acordo sobre a tarifação do gás e da energia fornecida. Parte dos recursos para a construção da usina virá da venda da fatia da Cerj no projeto de Cabiúna, iniciativa conjunta com a Light e a Escelsa. A Endesa exige, para decolar um projeto de geração no Estado, o controle integral do capital da nova usina.(Jornal do Comércio-06.04.2001).

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grandes consumidores

1- CNI não espera racionamento de energia

A indústria não espera racionamento de energia, mas sim medidas de racionalização do consumo. É o que afirmou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, para quem, se houver racionamento, terá forte impacto sobre o setor produtivo. O empresário e deputado lembra que, além da seca, uma das causas da crise de abastecimento de energia é a falta de investimentos, tanto da parte do governo quanto da iniciativa privada. De acordo com Ferreira, "faltaram investimentos do governo e do setor privado, que poderiam ter acelerado obras resultando em aumento da geração de energia". Ele ainda ressaltou que a maior dificuldade para esses investimentos é justamento o alto volume de recursos necessário para as obras. (Globo On Line - 05.04.2001)

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internacional

1- RWE se retira da disputa pela Hidrocantábrico

A RWE retirou, dia 05.04.2001, sua proposta de compra da Hidrocantábrico (HC) por US$ 23,4 por ação, 5% mais baixa do que a maior oferta, de US$ 24,6 da Ferroatlântica/EnBW. A empresa alemã chegou a estudar um pedido de ilegalidade da oferta do consórcio hispano-alemão por ela ter sido feita após pré-acordos com outras entidades, mas desistiu da idéia. A retirada se deu depois da declaração do Conselho Administrativo da HC de que a proposta da Ferroatlântico era "satisfatória", enquanto a da EDP-Cajastur foi considerada "razoável". A RWE possuía apoio de apenas 10% dos acionistas, que se comprometeriam caso não houvesse proposta maior, o que acabou acontecendo. Ainda assim, um porta voz da RWE afirmou que a empresa continua interessada no mercado espanhol, haja visto o seu crescimento e o contexto da liberalização européia. Além disso, as companhias espanholas possuem grande participação na América Latina. Afirmou ainda que RWE possui um caixa de US$ 18,9 bi para investir na expansão européia. (Diário Econômico -06.04.2001)

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2- EnBW está confiante na vitória pela Hidrocantábrico

O presidente da EnBW, Gehard Goll, afirmou que a sua oferta pela Hidrocantábrico (HC) será exitosa. Segundo ele, a oferta da Ferroatlântica, apoiada pela alemã, de US$ 24,6 possui o apoio da direção da HC, do Conselho de Administração, do Governo autônomo das Astúrias e dos bancos regionais. Esta proposta é a maior, depois que a RWE anunciou que se retiraria da disputa. De acordo com Goll, a "RWE sabia que não poderia contar com o apoio de 50% dos acionistas" e por isso decidiu abandonar o leilão, que agora está entre o consórcio hispano-germânico e o luso-espanhol EDP-Cajastur. (El Mundo -06.04.2001)

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3- Enel aprova a venda de companhia elétrica

A elétrica italiana Enel aprovou a venda da segunda das três companhias geradoras das quais deverá se livrar por causa da nova legislação sobre liberalização do mercado italiano de energia, informou o Ministério da Indústria. As três indústrias, juntas, somam uma capacidade de produção de 15 mil MW. A primeira a ter a venda anunciada, a Elettrogen, já está em vias de ser comprada, esperando apenas as propostas serem acompanhadas de um plano industrial. A seleção final deve ser feita em Junho. A venda da segunda empresa só será iniciada quando o processo da primeira for finalizado, para não haver interferências nos processos. (Enervia - 06.04.2001)

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4- Consumo mundial de energia deve crescer 59%

O consumo de energia no mundo deve crescer 59% nas próximas duas décadas de acordo com o International Energy Outlook 2001 (IEO), informe lançado pela Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA). O IEO é uma projeção anual dos negócios de energia para os vinte anos subsequentes. Metade do crescimento está previsto para se localizar nos países em desenvolvimento da Ásia (incluindo China, Índia e Coréia do Sul) e das Américas do Sul e Central, onde um grande crescimento econômico é esperado. O estudo prediz que os preços do petróleo se mantenham entre US$ 25 e US$ 28 por barril até 2003, quando devem retornar para a trajetória de preço antecipada no estudo de 2000, que era de US$ 22 a té o fim da projeção. (FT Energy - 06.04.2001)

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5- EnBW aumenta vendas em 2000, mas lucro diminui

A empresa alemã EnBW aumentou suas vendas de US$ 3,71 bi em 1999 para US$ 5,49 bi em 2000, segundo balanço divulgado em 05.04.2001. Por outro lado, os lucros operacionais diminuíram de US$ 394 mi para US$ 225,9 mi enquanto os lucros líquidos se mantiveram em US$ 103,85 mi. O fluxo de caixa diminuiu de US$ 830 mi em 1999 para US$ 660 mi em 2000. (Dow Jones - 06.04.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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