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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 615 - 04 de abril de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Governo de SP mantêm preço da Cesp em R$ 1,74 bi

A Cesp Paraná irá a leilão no dia 16.05.2001 por um preço mínimo de R$ 1,739 bi. As informações foram divulgadas, dia 03.04.2001, pelo secretário de Economia e Planejamento de São Paulo, André Franco Montoro Filho, após reunião do PED. Montoro Filho disse que manterá o preço preço mínimo porque "os fatores que influenciam negativamente e positivamente o processo de venda da empresa se anulam". Do lado negativo estão o alto endividamento em dólar da geradora, o que a torna suscetível às variações cambiais. A Cesp Paraná tem dívida total de R$ 7,38 bi. Deste montante, 80% em dólar. Do lado positivo, o governo concluiu o enchimento do reservatório da usina Sérgio Motta (antiga Porto Primavera) e rolou uma dívida de US$ 300 mi em eurobônus que vence em maio de 2001. (Valor - 04.04.2001)

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2- Controlador da Cesp terá de adicionar 1.122 MW em oito anos

De acordo com informações divulgadas, dia 03.04.2001, pelo secretário de Economia e Planejamento de São Paulo, André Franco Montoro Filho, o futuro controlador da Cesp Paraná terá de adicionar 1.122 MW à capacidade de geração da empresa, num prazo de oito anos. Em valores atuais, isso significa um investimento adicional de cerca de R$ 2,2 bi. A ampliação corresponde a um aumento de 16,5% sobre a potência instalada de 6.825 MW que a companhia terá na data do leilão. O secretário paulista de Energia, Mauro Arce, explicou que esses 1.122 MW estão divididos da seguinte maneira: 500 MW correspondem à instalação de cinco novas máquinas na usina Sérgio Motta (antiga Porto Primavera) até setembro de 2002, conforme já estava previsto no leilão anterior, e 622 MW em energia nova.O grupo que arrematar a Cesp Paraná poderá pagar o ágio dez meses após o leilão, e não à vista como terá de fazer com a parcela equivalente ao preço mínimo. (Valor - 04.04.2001)

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3- Vários grupos planejam ir ao leilão da Cesp

Os grupos que visitaram o 'data-room' da Cesp e planejam ir ao leilão da Cesp são a Duke Energy, três empresas norte-americanas, a AES, a Southern Electric e a NRG, outros grupos interessados são a espanhola Endesa, a francesa Eletricité de France (EDF) e a belga Tractebel, esta última dona da Gerasul. A única brasileira na disputa, até o momento, é o grupo VBC, formado pela Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa. Em dezembro de 2000, os seis grupos que permaneceram na disputa justificaram a desistência em função das incertezas com o enchimento do reservatório de Porto Primavera e problemas com o alto endividamento da Cesp. A expectativa do governo paulista é que as nove empresas interessadas se agrupem em três a quatros consórcios até o dia do leilão, no dia 16.05.2001. (Gazeta Mercantil - 04.04.2001)

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4- Venda de energia de Angra 2 é um problema para a privatização de Furnas

A comercialização da energia gerada pela usina nuclear de Angra 2 continua sendo um problema para a privatização de Furnas e o governo ainda não encontrou uma solução. O presidente da Eletrobrás, Firmino Sampaio, negou a interpretação de que a energia da usina seja fornecida gratuitamente aos distribuidores, mas explicou que a Eletronuclear, controladora da usina, não está recebendo porque a energia vendida é contabilizada como receita realizável, provisionada pelos compradores, justamente pela indefinição na política de comercialização. O valor da energia vendida pela usina é de cerca de R$ 40 mi ao mês, além da energia excedente, que em abril deverá chegar a mais R$ 60 mi. Angra 2 tem vendido energia desde agosto de 2000, informou o diretor financeiro de Furnas, Márcio Nunes. Nunes explicou que, apesar de a empresa não ter contrato para vender a energia de Angra 2, a Aneel entende que Furnas deve comercializá-la. Por isso, as distribuidoras recebem a energia, mas Furnas não fatura com a venda. A Aneel determinou que Furnas fizesse um provisionamento de R$ 428 mi para pagar aos comercializadores do MAE, enquanto as distribuidoras devem arcar com o pagamento à Furnas da ordem de R$ 300 mi. A diferença de R$ 128 mi é que está sendo alvo de discordância entre as empresas envolvidas no problema. (Jornal do Brasil - 04.04.2001)

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5- Programa Luz no Campo investe R$ 112,5 mi no CE

Os contratos para ampliação do Programa Nacional de Eletrificação Rural no Ceará, conhecido como Luz no Campo, prevêem um investimento aproximado de R$ 112,5 mi, somente no Ceará. O projeto, iniciado pioneiramente no Estado há um ano e cinco meses, pretende atingir agora mais 75 mil ligações, totalizando 160 mil. A assinatura do contrato ocorreu, dia 03.04.2001, à tarde na sede da Secretaria Estadual de Infra-Estrutura (Seinfra). Na primeira fase do Luz no Campo, em dezembro de 1999, foram feitas 85 mil ligações. A coordenação do projeto é feita pela Seinfra, através de sua Coordenadoria de Energia e Comunicações. A execução fica a cargo da Coelce, que pretende agora, ao contrário da primeira fase, estabelecer uma parceria no investimento. "O alto custo da extensão das linhas elétricas até a zona rural não nos permite mais executar o projeto sozinhos", afirmou Manoel Camacho, presidente da empresa. "Por isso, estamos discutindo com a Seinfra a possibilidade de uma parceria", acrescentou o dirigente da Coelce. De acordo com Firmino Sampaio Neto, presidente da Eletrobras, o projeto consumiu inicialmente R$ 1,7 bi no País, e agora na segunda fase atingirá a marca de R$ 2,2 bi. (Diário do Nordeste - 04.04.2001)

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6- Indenização por apagão sairá mais rápido

As secretarias estaduais de Defesa do Consumidor e de Energia, Indústria Naval e Petróleo estão concluindo um termo de ajustamento de conduta, instrumento previsto pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), para que as concessionárias atendam melhor e mais rapidamente os clientes lesados. O documento deverá ser assinado em 15 dias. Os consumidores teram menos trabalho para conseguir ressarcimento por prejuízos causados por apagões de luz. As queixam dos consumidores referem-se, principalmente, de terem que providenciar três orçamentos de conserto do aparelho danificado para pleitear o ressarcimento. Este trabalho vai acabar, pois entre as normas do termo está a suspensão desta obrigatoriedade. (O Globo - 04.04.2001)

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risco e racionamento

1- Governo estuda sobretaxar tarifas de energia elétrica

O governo estuda sobretaxar tarifas de energia elétrica, como medida de racionamento, caso venha a adotá-lo. A medida afetaria, principalmente, os consumidores residenciais. Segundo o secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, Afonso Henrique Moreira Santos, um grupo executivo do ministério está empenhado, especificamente, em estabelecer mecanismos para reduzir o uso do insumo. O governo fixaria uma média histórica de consumo de acordo com as características de consumidores residenciais. Com isto, estabeleceria que quem consumisse acima da média, pagaria mais pela energia. Este aumento, no entanto, não seria repassado às distribuidoras, mas serviria como instrumento do governo para dar descontos àqueles que ficassem abaixo da média. "Mas há uma resistência muito grande de algumas pessoas do governo, pela falta de crença da aplicabilidade desta medida", disse. Ele cogitou até a criação de um fundo para absorver as diferenças no consumo. Outra medida é fixar cotas de utilização do insumo, também de acordo com as características de cada consumidor. "Neste caso, quem ultrapassasse a meta seria punido. A punição iria desde a aplicação de multa até o corte da energia", explicou. (Gazeta Mercantil - 03.04.2001)

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2- Plano de racionalização será anunciado

O secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, Afonso Henriques Moreira Santos, disse no dia 03.04.2001 que o plano de racionalização de energia elétrica será implementado em duas etapas e que a primeira delas será anunciada até o dia 13.04.2001. O enfoque estará na realização de campanhas do governo e das distribuidoras com consumidores residenciais; estabelecimento de metas de consumo aos prédios públicos e importação de energia elétrica. Segundo ele afirmou, consumidores residenciais e o setor industrial deverão ser preservados neste primeiro momento, quando o governo vai analisar se as medidas anunciadas serão suficientes para evitar o racionamento de energia. Caso as medidas sejam insuficientes, o governo estuda sobre taxar tarifas de energia elétrica, como medida de racionamento, caso venha a adotá-lo. A medida afetaria, principalmente, os consumidores residenciais. Segundo o secretário, um grupo executivo do ministério está empenhado, especificamente, em estabelecer mecanismos para reduzir o uso do insumo. (Gazeta Mercantil - 04.04.2001)

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3- Estímulo a lâmpadas flourescentes está em estudo

Uma das alternativas em estudo no plano de contingência para economia de energia é o estímulo à utilização das lâmpadas fluorescentes compactas, chamadas de lâmpadas eficientes. Apesar de muito mais caras que as incandescentes, essas lâmpadas são mais econômicas e duram até 15 vezes mais que as tradicionais. O gerente de coordenação da Cerj, Carlos Evandro Naegele, informou que uma lâmpada comum dura mil horas, enquanto a eficiente chega a durar 15 mil horas. Segundo ele, uma lâmpada eficiente de 15 watts ilumina na mesma intensidade que uma comum de 60 watts e ainda proporciona economia de 45 watts. ''O consumo diminui, a iluminação é melhor e a conta fica mais barata'', observa o coordenador. A única desvantagem é o preço alto, porque as lâmpadas eficientes são importadas e no preço ao consumidor está embutido o Imposto de Importação cuja alíquota varia entre 15% a 20%. (Jornal do Brasil - 03.04.2001)

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4- Racionamento de energia pode perjudicar privatização da Cesp

A norte-americana Duke Energy, um dos principais grupos interessados na estatal paulista, que já controla da Cesp Paranapanema, admitiu que a possibilidade de racionamento de energia, com o baixo nível dos reservatórios da usinas hidrelétricas brasileiras, poderá atrapalhar novamente os planos do governo paulista de privatizar a Cesp Paraná em maio de 2001. 'O racionamento cria um quadro imprevisível, que pode levar à redução dos contratos de fornecimento de energia da Cesp, diminuindo a receita da empresa', afirmou Michael Dulaney, diretor presidente da Duke Energy International. Para o executivo, essa possibilidade afeta particularmente a Cesp, que tem um alto endividamento, principalmente em moeda estrangeira. (Gazeta Mercantil 04.04.2001)

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empresas

1- Faturamento de distribuidores de energia pode cair

O programa de racionalização de energia, a ser anunciado nos próximos dias pela Aneel, poderá resultar em queda de receita para as concessionárias de distribuição de eletricidade. A possibilidade foi admitida pelo diretor-executivo da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães. "Ainda não conhecemos o plano da Aneel mas, em princípio, a racionalização de energia, com a orientação para que o consumo seja reduzido, deve resultar na queda de receita das empresas", adiantou. Segundo o dirigente, o impacto no faturamento de cada companhia dependerá exatamente do programa apresentado pela Aneel. "Existem alguns casos em que a queda de faturamento não traz transtornos", esclareceu. Ele cita, por exemplo, o consumo das prefeituras em iluminação pública. "Como esse fornecimento é subsidiado, praticamente não há como prejudicar o faturamento das companhias", explicou. Na avaliação de Guimarães, os efeitos nocivos do plano de racionalização às receitas das empresas fazem parte dos riscos do negócio. "Não há o que ser feito senão minimizar os impactos dessas perdas." As empresas filiadas à Abradee querem, contudo, o início imediato das campanhas de conscientização do consumo de energia. "Ou começa já, ou teremos que adotar o racionamento em circunstâncias muito piores." (Estado - 04.04.2001)

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2- Investidores debatem custo de energia

A possibilidade de racionamento de energia será discutida, dia 05.04.2001, na reunião da Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE) em São Paulo. Segundo o presidente da CBIEE, Roberto Procópio Lima Neto o corte de energia é um problema para o setor porque aumenta os custos de fornecimento da eletricidade. A CDIEE também deverá apresentar ao governo, em aproximadamente um mês, sugestões para a ampliação dos incentivos aos investimentos no setor. Lima Neto disse que existem, no Brasil, dois grandes obstáculos à ampliação dos investimentos em energia. O primeiro é a falta de repasse dos custos não gerenciáveis para as tarifas de energia e o segundo é a indefinição quanto a formas de se absorver o risco cambial das termoelétricas que usam gás, cujo preço é cotado em dólar. (Tribuna do Norte - 04.04.2001)

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3- Hidrelétricas turbinam suas velhas usinas

As companhias do setor elétrico estão apostando na ampliação e na modernização das hidrelétricas já existentes, em vez da construção de novas usinas. Pretendem, dessa forma, ter mais megawatts para vender em um prazo menor: a modernização leva de seis meses a dois anos, enquanto uma nova hidrelétrica leva ao menos cinco anos. A estratégia é condizente em um cenário onde a escassez de energia aponta para preços cada vez maiores no curto prazo. A Aneel fez recentemente um estudo sobre modernização de hidrelétricas, no qual cálculos indicavam um ganho de potência que poderia chegar a 7 mil MW se todas as usinas hidrelétricas com mais de 25 anos de idade fossem modernizadas. Isso corresponde a 10% do consumo nacional de energia. Vários contratos de ampliação e modernização de hidrelétricas foram fechados no começo de 2001 com as principais fornecedoras desse tipo de serviço. A Voith Siemens fechou contratos com a AES, Duke Energy e com as estatais Cesp Paraná e Cemig. O volume total de megawatts a mais no sistema ainda não foi calculado, segundo o diretor da Voith Siemens, Sérgio Parada, porque alguns dos projetos ainda estão na fase de estudos. "Dependendo da usina, o aumento da capacidade de geração pode chegar a 30%", diz ele. (Valor - 04.04.2001)

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4- Alstom fecha contrato de modernização com Furnas e Light

A Alstom, grande fabricante de turbinas hidrelétricas, fechou recentemente com Furnas e Light contratos de modernização de suas usinas. Em Furnas será feita a ampliação da hidrelétrica de Mascarenhas de Moraes, de 500 MW. A usina, de grande porte, passará por dois anos de obras. Na Light, 19 MW serão adicionados a uma de suas usinas, que hoje produz 164 MW. O contrato, segundo o superintendente de geração da Light, Carlos Magno Goulart, é de US$ 90 mi e fica pronto em setembro de 2001. Os fabricantes de equipamentos estimam que o potencial de negócios nesse segmento pode chegar a US$ 2,5 bi nos próximos dois anos. O BNDES financia até 40% de todo o investimento de ampliação e modernização de usinas.(Valor - 04.04.2001)

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financiamento

1- Projetos de geração de energia são prioridade para o BNDES

O novo diretor de Infra-Estrutura do BNDES, Octávio Castello Branco, informou que a instituição analisa pedidos de financiamento que envolvem projetos orçados em R$ 70 bi. A preocupação do novo diretor é priorizar três segmentos: o de energia elétrica, telecomunicações e logística. A área de energia, segundo Castello Branco, receberá atenção especial. O executivo, sem dar maiores detalhes, disse que o apoio do banco transcenderá o financiamento. Ele acrescentou apenas que a transmissão de energia, além de distribuição, também está no foco do BNDES. A instituição deve finalizar até o fim do ano o processo de privatização de duas distribuidoras de energia estaduais federalizadas, a Ceal e a Cepisa no âmbito no PND, e também da Celg, como gestor. O presidente do BNDES, Francisco Gros, não quis fixar metas para a arrecadação com a venda das empresas este ano. Para o executivo o importante na privatização é caminhar e viabilizar as negociações. O presidente do banco reafirmou que o orçamento do BNDES para financiamento este ano é de R$ 26 bi e que energia é uma de suas prioridades. Estão em análise 53 projetos de PCHs. (Gazeta Mercantil - 04.04.2001)

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2- Rentabilidade dos fundos DI é maior que a dos fundos de derivativos

As fortes oscilações no mercado financeiro em março de 2001, afastaram os investidores dos fundos de derivativos. A perda de recursos foi da ordem de R$ 240 mi, segundo a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). A rentabilidade dos fundos de derivativos ficou em 0,77% enquanto os DIs renderam 1,15%. No acumulado do ano, a captação líquida dos derivativos é negativa em R$ 685 mi. O patrimônio dessas carteiras era de R$ 11,8 bi no dia 30.03.2001. Segundo consultores, a melhor opção, é colocar a maior parte dos recursos em um DI e o restante em um fundo cambial. Os cambiais foram as carteiras mais rentáveis em março de 2001. O ganho bateu em 5,35% segundo a Anbid. (Gazeta Mercantil 04.04.2001)

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gás e termoelétricas

1- BNDES estuda regras para facilitar projetos de termoelétricas

O presidente do BNDES, Francisco Gros, disse que estão sendo estudadas regras para facilitar a instalação dos projetos de geração de energia por usinas termoelétricas. Ele não detalhou que regras serão essas, mas disse que o papel do BNDES na área de energia é viabilizar o aumento dos investimentos no setor. "Precisamos de regras claras, que já foram dadas para as PCHs e que estarão sendo dadas em breve no setor de termoelétricas", disse Gros no discurso da cerimônia de posse do novo diretor de Infra-Estrutura da instituição, Octávio Castello Branco. No caso das PCHs, ficou decidido que a Eletrobrás irá garantir a compra da energia. Com a certeza de que haverá comprador para o produto os investidores conseguirão com mais facilidade financiamento do BNDES para os projetos. Castello Branco, que discursou em seguida, informou, também sem detalhes, que o BNDES vai participar da resolução "da questão cambial das termoelétricas". Empresários do setor reclamam que o preço do gás varia conforme o câmbio, mas a tarifa de energia elétrica não. (Estado - 04.04.2001)

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2- Mato Grosso terá termelétrica movida a resíduos de madeira

O Conselho de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Codeic) do estado do Mato Grosso aprovou, dia 03.04.2001, financiamento de R$ 19,8 mi do Fundo Centro-Oeste (FCO) para a implantação da primeira termelétrica a vapor movida a partir de resíduos de madeira. A usina, a ser construída pela Conspavi, Construção e Pavimentação, tem previsão de gerar 60 MW, na região de Sinop. O custo total do investimento é de R$ 140,18 mi, devendo garantir o aproveitamento de boa parte da produção de resíduos madeireiros. De acordo com levantamento da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt), Mato Grosso produz atualmente 1,8 milhão de metros cúbicos de resíduos de madeira por ano. Desse total, nem 5% chega a ser aproveitada. Atualmente, algumas empresas que trabalham com estufa utilizam a matéria-prima para acionar os secadores. Com a instalação da termelétrica em Sinop, Mato Grosso passará a aproveitar 33% de todo o seu excedente. (Diário de Cuiabá - 04.04.2001)

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grandes consumidores

1- Mais empresas buscam co-geração

Grandes empresas estão estudando cada vez mais a adoção de projetos de co-geração ou aumento de sua auto-suficiência em energia como meios de reduzir sua exposição ao fantasma do racionamento. A cervejaria Kaiser está analisando a implementação de projetos de co-geração em todas as fábricas do grupo. "Hoje somos auto-suficientes na fábrica de Jacareí, a maior do grupo, e em Pacatuba, no Nordeste, mas estamos estudando projetos de co-geração em mais unidades", diz Edmundo Albers, gerente da empresa. A farmacêutica Bayer é outra grande consumidora preocupada com o quadro atual. Se a crise energética apertar, ela pensa na implantação de projetos de co-geração em três de suas unidades industriais. O grupo Suzano também vai aumentar sua auto-suficiência nos próximos meses, de 40% para 60%. A empresa colocará uma nova turbina que gerará mais energia e deverá ficar pronta em quatro meses. Outra que está se mexendo é a Cosipa, que espera concluir até junho o projeto de uma usina térmica a gás em sua unidade de Cubatão. Com a usina, que deve ficar pronta em dois anos, a empresa aumentará sua auto-suficiência energética para 60%. (Valor - 04.04.2001)

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2- BNDES economiza energia

O presidente do BNDES, Francisco Gros, afirmou que já está sendo iniciado no Banco o programa de renovação de andares, que vai controlar os gastos com energia elétrica. Segundo Gros, serão instalados em cada dois andares sensores para acender as luzes das salas apenas com a presença de movimento de pessoas. Gros admitiu que a implantação do programa só estará concluído em dois anos, pois o prédio foi construído na década de 1970 e o sistema elétrico é todo interligado, impedindo que se apague ou acenda a luz da cada sala. (Agência Brasil - 03.04.2001)

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3- Usina térmica da Globo vai comercializar excedente de energia

A Aneel autorizou a empresa Infoglobo Comunicações Ltda, autoprodutora de energia elétrica, proprietária da Usina Térmica Globo, com potência instalada de 5,1 MW, a comercializar, pelo prazo de cinco anos, o excedente de energia elétrica. A térmica, localizada no parque gráfico da empresa, no município de Duque de Caxias (Rio de Janeiro), utiliza como combustível o gás natural. Auto-suficiente, já que produz a energia elétrica que necessita, a empresa poderá agora vender o seu excedente no mercado. (Agência Brasil - 03.04.2001)

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internacional

1- Aprovada proposta da Ferroatlântico pela Hidrocantábrico

A Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola (CNVM) aprovou, dia 03.04.2001, a oferta pública de aquisição da Hidrocantábrico (HC) feita pela Ferroatlântico a 24,4 dólares por ação. Pouco antes da proposta ser aprovada, a TXU comunicava a CNVM que venderá sua participação de 19,2% na HC à Adygesinval, empresa da Cajastur e EDP, cumprindo assim sua promessa com o consórcio. A empresa norte-americana recomendou aos bancos depositários das ações da Hidrocantábrico que aceitassem, com data de 04.04.2001, a proposta da EDP-Cajastur. Isso confirma o controle do consórcio sobre 35% da elétrica espanhola, reforçando seu papel na empresa. Os acionistas da Cantábrico têm até o dia 09.04.2001 para aceitar as propostas. (Enervia - 04.04.2001)

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2- RWE reage à Ferroatlântico

A alemã RWE está estudando pedir à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola que declare ilegal a última oferta da Ferroatlântico pela Hidrocantábrico. De acordo com o jornal Expansión, os alemães acusam a empresa de Villa Mir de fazer uma proposta melhorada após ter assegurado acordos prévios. As críticas da RWE fazem menção aos rumores de um acordo entre os outros dois consórcios concorrentes. Após a nova oferta da Ferroatlântica/EnBW, as chances da RWE diminuíram, pois sua proposta não é mais a maior e nem conta com o apoio de acionistas como a da EDP-Cajastur. (Diário Econômico - 04.04.2001)

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3- EDF não será privatizada antes de 2003

A EDF reiterou que não será privatizada antes de 2003, assim como não terá problemas de desregulamentação e nem revisará sua estrutura financeira até essa data. Em janeiro de 2001 a empresa anunciou investimentos de US$ 17 bi nos próximos anos para financiar seu desenvolvimento internacional, onde serão usados títulos de participação. Os investidores terão os mesmos direitos que os acionistas, mas sem direito a voto. Esse procedimento foi bastante utilizado na França nos primeiros passos das privatizações. A empresa ainda declarou que deseja um liberalização racional com baixo controle e não limitada a calendários. (Enervia - 04.04.2001)

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4- Endesa decide comprar holandesa Remu

A espanhola Endesa decidiu comprar a elétrica holandesa Remu em 2000, mas o negócio ainda depende da aprovação de autoridades. Caso a Ministra holandesa da Economia decidir não aprovar a proposta, os acionistas de ambas empresas pretendem apelar à Comissão Européia por bloqueio dos princípios de liberalização que estão sendo implantados. O parlamento holandês tem pressionado o governo a segurar a liberalização até os prazos se esgotarem, em 2003 ou 2004. A proposta da Endesa pode ser a prova final da competência de empresas estrangeiras, uma vez que três das quatro maiores geradoras já estão em mãos não holandesas. A ministra tem discutido com o parlamento uma lei que permitiria venda de até 49% de empresas de distribuição, mas nem isso deve deter o ímpeto da Endesa. (Financial Times - 04.04.2001)

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5- Estatais peruanas ganham US$ 661 mi

As 15 empresas estatais peruanas faturaram US$ 661 mi em 2000, 7,18% a mais do que o previsto de acordo com Fundo Nacional para Empresas Estatais. A EletroPeru, principal elétrica, que possui a hidroelétrica de Mantaro , excedeu em 19,1% suas previsões com US$ 284,8 mi como resultado de 6039,4 MWh vendidos e incrementos financeiros, assim como US$ 9,8 mi de outros negócios. A Etecen, companhia de distribuição, aumentou em 7,22% seu faturamento, acompanhando o resultado de oito das quinze estatais. (BNAmericas - 04.04.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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