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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 614 - 03 de abril de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

 

1- Ministro do Desenvolvimento considera racionamento inevitável


O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alcides Tápias, acredita ser inevitável racionar o uso de energia em breve. Tápias disse, dia 02.04.2001, que serão criados "planos de uso racional de energia" que prevêem "alteração de turnos e de volume de produção" pelas empresas. O ministro afirmou que a "escassez de energia é um fato", mas não atribuiu responsabilidade por isso apenas à falta de chuvas. De acordo com Tápias, "em 12 anos, foram feitos investimentos insuficientes no setor." (Gazeta Mercantil - 02.04.2001)

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2- Modelo da venda de Furnas ainda não está definido


O modelo de privatização de ainda não está pronto. A venda pulverizada de todas as ações da empresa em poder da União está encontrando resistências dentro da área econômica do próprio governo. Na reunião do CND, no dia 29.03.2001, alguns técnicos defenderam a venda do controle da empresa para um sócio estratégico e a pulverização do restante das ações. A decisão de pulverizar todas as ações da estatal, embora aprovada pelo CND, ainda aguarda a palavra final do presidente Fernando Henrique Cardoso. O principal argumento dos defensores da privatização em bloco para um acionista majoritário é de que ela garantiria um ágio de 30% sobre o preço mínimo de venda de Furnas. Isto significaria maior arrecadação. O modelo aprovado pelo CND prevê que Furnas será desmembrada da sua controladora, a Eletrobrás. Depois disso, a estatal será dividida em duas empresas, uma de transmissão e outra de geração. Furnas Transmissão continuará sendo controlada pelo governo, como determina a legislação do setor elétrico. A empresa de geração deverá ter um novo nome e terá suas ações pulverizadas. O governo também está preocupado em impedir que aos poucos, um acionista se torne o controlador de Furnas. Por isso, deverá fixar uma blindagem de 10% na venda das ações da estatal. A blindagem deverá valer por 10 anos. (O Globo - 03.04.2001)

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3- Níveis de água nos reservatórios têm pequeno aumento


O último relatório dos níveis de água nos reservatórios das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste apresentaram uma discreta melhora em relação aos dados apresentados no dia 30.03.2001. Nos reservatórios das regiões Centro-Oeste e Sudeste, o nível de água passou de 34,3% para 34,8%. A explicação foram as chuvas no final de semana no Rio Paranaíba, em Minas Gerais. No Nordeste, o nível passou de 37% para 37,6% por causa das chuvas no Rio São Francisco, na altura da cidade de São Romão, na Bahia. Apesar da melhora, o ONS considera o aumento nada significativo. Ainda não está afastada a possibilidade de racionamento, já que os níveis dos reservatórios deveriam estar em torno de 50%. (Agência JB - 02.04.2001)

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4- Eletrobrás é autorizada a implantar térmica em Angra


A Eletrobrás recebeu, dia 02.04.2001, oficialmente a autorização para implantar, no Rio de Janeiro, uma usina termelétrica com potência instalada de 500 MW, que funcionará como unidade de back-up para a comercialização da energia gerada pelas unidades nucleares de Angra dos Reis (RJ). O Diário Oficial da União publicou resolução, aprovada na última reunião do CND, no dia 29.03.2001. A resolução recomenda que a nova usina seja implantada no menor prazo possível, a fim de contribuir com o aumento da confiabilidade do sistema elétrico brasileiro. (Folha Online - 02.04.2001)

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5- Técnicos estudam uso de energia eólica no Rio

Técnicos de empresas do Japão, da Espanha e da França, instaladas no Rio de Janeiro, começaram a coletar dados para analisar a viabilidade de implantação de usinas de geração de energia eólica no estado. De acordo com o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, foram, instaladas torres de 50 metros de altura, que ficarão instaladas por cerca de um ano, quando estarão concluídos os estudos do projeto do sistema de geração eólica. O secretário lembrou que atualmente o Rio de Janeiro importa cerca de 60% da energia elétrica que produz e que considera a possibilidade de instalação de um parque de geração de energia eólica no norte fluminense. (Agência Brasil - 02.04.2001)

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1- Lucro da Cerj cai 13% em 2000


A Cerj fechou o ano de 2000 com faturamento de R$ 872,3 mi. O resultado foi 13,46% menor do que em 1999, quando a companhia faturou R$ 1,008 bi. A queda foi decorrente do aumento de perda de energia. O índice demonstrador passou de 19,3% para 20,6%. Segundo a empresa, essa perda é causada principalmente pelo aumento do número de ligações clandestinas na rede. As perdas comerciais também estão nesse cálculo, mas em menor escala. O impacto das perdas foi maior do que o aumento do consumo causado pelo forte verão verificado no Rio. No período de dezembro a fevereiro, a empresa bateu seis recordes no índice de consumo - foi de 1.571 MW para 1.648 MW, e o consumo de energia cresceu 4,8%, dentro da expectativa da empresa que era de elevação de 5%. O calor, entretanto, acabou provocando chuvas fortes e a empresa teve problemas com diversas interrupções de energia na região serrana. (Valor - 03.04.2001)

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2- Refis permite à Celesc lucrar 168,8% a mais em 2000


Os efeitos da adesão ao Refis e o crescimento de 23% na receita líquida para R$ 1,194 bi, permitiram à Celesc lucrar R$ 4,03 mi em 2000, 168,8% a mais do que no ano anterior, obtendo uma rentabilidade de 0,3% sobre o patrimônio líquido de R$ 1,146 bi em 31 de dezembro de 2000. A atividade de distribuição da companhia representou 98,4% da receita líquida apurada no período, enquanto a geração respondeu apenas por 1,6%. A Celesc produz 2,8% da energia que distribui, adquirindo a diferença da Gerasul, Itaipu e Copel. A adesão ao Refis gerou uma receita de R$ 43,7 mi em 2000, lançada como "item extraordinário" no balanço do exercício. A empresa renegociou um estoque de R$ 254,8 mi em débitos com Cofins, Pasep e Finsocial, dos quais abateu R$ 72,6 mi por conta da redução de multa e juros. Outros R$ 56,8 mi foram quitados com créditos tributários recebidos como pagamento de consumidores inadimplentes. Como resultado, restaram R$ 125,9 mi a serem amortizados pela estatal, à razão de 1,2% da receita bruta anual. (Valor - 03.04.2001)

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3- CEB fechou 2000 com lucro líquido de R$ 25,6 mi


A CEB fechou o ano 2000 com um lucro líquido de R$ 25,6 mi, um aumento de 19,6% sobre o resultado de 1999, mas ainda inferior à cifra de R$ 30,6 mi alcançada em 1998. Desde 1996, a distribuidora vem obtendo lucro. O faturamento bruto da CEB no ano passado foi de R$ 627,3 mi, representando um crescimento de 20,6% em relação a 1999. Em agosto, após autorização da Aneel, a empresa reajustou suas tarifas em 17,2%. O consumo de energia aumentou 4,47% no ano passado. A rentabilidade sobre o patrimônio, que no ano anterior havia ficado em 4,8%, em 2000 chegou a 5,5%. (Gazeta Mercantil - 03.04.2001)

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4- Merchant e Eletrobolt dobram capacidade instalada do RJ


Uma semana após o início da construção da Eletrobolt, térmica da norte-americana Enron, a El Paso lança a pedra fundamental da usina Macaé Merchant, também no Rio. O empreendimento de US$ 500 mi faz parte do PPT do MME e terá capacidade instalada de 700 MW. De acordo com o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, com esta usina, que entrará em operação no final de 2001, operando em conjunto com a Eletrobolt, a capacidade de geração instalada no Estado duplicará em relação à situação encontrada em 1999. "No final deste ano, teremos cerca de 5 mil MW sendo gerados no Estado do Rio de Janeiro", acrescentou Victer, afirmando que o programa de incentivo fiscal elaborado pelo governador Anthony Garotinho foi fundamental para a viabilização dos projetos. (Gazeta Mercantil - 02.04.2001)

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5- El Paso programa novos investimentos no país e inaugura escritório no Rio

O apetite da El Paso Energy pelo mercado brasileiro de energia não se resume aos investimentos que terão chegado a US$ 1,8 bi no final de 2002. Ao mesmo tempo em que os preços da energia no mercado atacadista aumentam a cada mês, com o risco de racionamento, a El Paso inaugura no dia 18.06.2001 seu novo escritório no Rio, onde vai funcionar sua comercializadora de energia, que terá 50 operadores. As únicas tradings desse tipo do grupo El Paso International ficam em Houston (com 350 operadores) e Londres (com 150). O novo escritório reunirá os funcionários da El Paso e os da Coastal, com a qual se fundiu no final do ano. (Valor - 03.04.2001)

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6- Previ e VBC vendem participação na RGE


A Previ (via consórcio 521 Participações) e a VBC (Votorantim,Bradesco e Camargo Corrêa), via a controlada Serra da Mesa, confirmaram, dia 02.04.2001, a venda de sua participação na RGE para a CPFL por R$ 1,33 bi. A empresa americana PSEG, que detém os 33,33% restantes do capital, não exerceu o direito de preferência de compra, que venceu no dia 26.03.2001. O diretor de investimentos da Previ, Gilberto Audelino, disse que a decisão da Previ faz parte da estratégia de fortalecimento da CPFL, de se tornar uma gigante do mercado. A Previ tem interesse na expansão da CPFL porque detém 38% do capital da empresa. (Valor - 03.04.2001)

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7- Reconstrução de velha sede da Cesp é orçada em R$ 30 mi


A Cesp, em fase de privatização, começou há cerca de uma semana a reconstruir as duas torres que abrigavam a sua matriz até 1987, quando um incêndio danificou o conjunto. Localizados na avenida Paulista, num dos quarteirões mais nobres da capital, os edifícios passarão por intervenções até o final de 2002. A obra, feita com recursos róprios, é orçada em R$ 30 mi. A reconstrução deve tornar as torres aptas a receber salas comerciais. Mas o destino final do conjunto, que será privatizado junto com os ativos da Cesp, será decidido pelos futuros controladores da empresa paulista. A obra atingiu em cheio os lojistas do Center 3, localizado sob as torres da Cesp. O shopping deve ser reformado quando acabar reconstrução. (Gazeta Grande São Paulo - 03.04.2001)

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1- BNDES tem R$ 2 bi para setor elétrico em 2001


O novo diretor de infra-estrutura do BNDES, Octávio Castello Branco, será empossado, dia 03.04.2001, no cargo atento ao principal problema do país enfrenta hoje: escassez de energia. Essa área, uma das três em que a diretoria atua, será também o foco mais imediato da gestão, conforme diretriz do presidente do banco, Francisco Gros, e do governo federal. Em conseqüência, para o ano de 2001, estão reservados o dobro dos recursos liberados no ano anterior. Serão aplicados R$ 2 bi em financiamentos a novos projetos. Seguindo a nova forma de atuação do banco, Octávio Castello Branco quer alavancar duas a três vezes o valor investido em cada financiamento. Essa alavancagem poderá ser feita diretamente com a iniciativa privada ou também junto à BNDESPar. Ainda no setor de energia, Castello Branco, sabe que um dos principais pontos a serem resolvidos para viabilizar novas construções de térmicas será a questão de repassar ou não os custos dolarizados das construções das usinas para o consumidor. A questão está sendo pleiteada pelos principais investidores do setor, entre eles multinacionais AES e EDF e nacionais como Cataguazes Leopoldina e VBC. (Valor - 03.04.2001)

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2- Brasil só volta a captar quando o juro cair


O secretário do Tesouro, Fábio Barbosa, disse que o Brasil só vai voltar a captar no exterior quando os juros declinarem. 'Somos referência para o setor privado e, por isso, não podemos induzir captações com taxas elevadas', disse Barbosa. Mas a turbulência do mercado externo não vai prejudicar a meta do governo de emitir entre US$ 5 bi e US$ 7 bi em títulos no exterior durante este ano. O País já captou US$ 2,5 bi até fevereiro de 2001, o que, segundo o secretário, dá certa tranqüilidade ao governo para cumprir seus compromissos. O serviço da dívida externa total do governo será de US$ 10 bi em 2001, dos quais US$ 4,2 bi correspondem à rolagem da dívida mobiliária no exterior. Uma parte desse valor, portanto, não poderá ser coberta pelos recursos captados com bônus. Segundo Barbosa, parte do serviço será financiado por créditos de organismos multilaterais, o Bird abriu recentemente uma linha para financiar o balanço de pagamentos, da qual o Brasil já sacou, em janeiro de 2001, US$ 750 mi. 'O mercado externo não está fechado para o Brasil', afirmou Barbosa. (Gazeta Mercantil - 03.04.2001)

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3- Juro alto coloca bancos e empresas em situações distintas


Empresas e bancos nacionais que precisam rolar dívidas ou buscar novos recursos no mercado de capitais estão em situações totalmente distintas em relação à alta dos juros no Brasil. Enquanto as companhias colocam o 'pé no freio' e reavaliam seus planos de lançamento de papéis, os bancos aproveitam a subida dos juros domésticos para ganhar com a arbitragem, isto é, captam recursos no exterior para aplicar aqui no Brasil a taxas compensadoras. A situação ficou mais difícil ainda para as empresas, pois ao mesmo tempo em que o mercado de capitais internacional continua pouco receptivo aos papéis de risco, a alta dos juros internos reduziu, ao menos momentaneamente, a atratividade das emissões de debêntures ou de notas promissórias. Para os analistas, o mercado só volta a crescer quando os juros se estabilizarem. (Gazeta Mercantil - 03.04.2001)

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4- Gerasul está engavetando captação de R$ 150 mi


A Gerasul, controlada pela belga Tractebel, está engavetando o plano de captar R$ 150 mi em debêntures. Segundo seu diretor-financeiro, Marc Verstraete, a empresa deve levantar recursos também por meio de aumento de capital feito por seus controladores. O executivo ressalta porém que a decisão sobre o assunto será tomada em breve. (Gazeta Mercantil - 03.04.2001)

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5- Grandes corporações recorrem ao mercado de 'commercial paper'

Algumas grandes corporações estão recorrendo ao mercado de 'commercial paper' (notas promissórias) nos Estados Unidos (USCP), menos suscetível ao humor dos investidores, já que as operações contam com garantias de um grande banco estrangeiro, que normalmente é considerado de baixíssimo risco ('investment grade'). Isso atrai os grandes investidores institucionais americanos, como fundos de pensão. A Petrobras, por exemplo, está renovando um programa de USCP de US$ 500 mi nos próximos dias. (Gazeta Mercantil - 03.04.2001)

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6- Cerj vai emitir R$ 100 mi em notas promissórias


A alta dos juros reduziu o apetite dos investidores por emissões domésticas, principalmente as de longo prazo. Embora os compradores se mostrem mais cautelosos, o mercado não está arredio às operações de empresas de primeira linha. A Cerj vai emitir R$ 100 mi em notas promissórias de 180 dias. Luiz Carlos Bettencourt, gerente financeiro da companhia, está otimista com a demanda para a colocação, cujo registro na CVM deve sair em quinze dias. A empresa estuda o alongamento de seu passivo com a rolagem desse título. A opção por debêntures não está descartada. Casos como o da Cerj podem ser mais comuns depois da elevação na Selic. Empresas que necessitam de recursos neste momento de indefinição de cenário podem vir a optar por emissão de notas e posterior colocação de debêntures, isso porque a demanda é sempre maior por prazos mais curtos. A oferta da Cerj está garantida pelo BBV e pelo Citibank. Segundo Bettencourt, a operação foi acertada antes do cenário de nervosismo do mercado e a opção por notas já estava acertada. A taxa ainda será definida em book building. A empresa não revela a sugestão de preço, mas comenta-se que é de 101% do CDI. (Valor - 03.04.2001)

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7- Bancos estrangeiros têm risco menor


Segundo um estudo feito para o jornal Valor pela empresa Austin Asis, os bancos estrangeiros estão exibindo balanços com qualidade de crédito superior à dos bancos nacionais. Os estrangeiros têm 77,6% da carteira nas categorias de menor risco (AA e A), enquanto os nacionais privados apresentam 66,5% e os públicos, 66,25%. Considerando as categorias de risco médio, também há uma vantagem dos bancos estrangeiros. Os nacionais têm 14,5% dos créditos classificados como B e 9,72% como C. Os estrangeiros têm, respectivamente, 9,58% e 5,61%. A diferença se explica de várias formas: alguns bancos estrangeiros que compraram instituições falidas deixaram créditos ruins para o Banco Central e hoje administram uma carteira limpa. Além disso, bancos globais têm restrições das matrizes para a concessão de empréstimos e procuram concentrar-se em grandes corporações ou pessoas físicas de alta renda, mantendo-se distantes de mercados mais arriscados como o de médias empresas. É possível também que haja divergência de critérios nas classificações de crédito, porque hoje o Banco Central só estipula regras claras para escolher categorias de operações que estejam em atraso. (Valor - 03.04.2001)

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1- El Paso investe em geração térmica no Brasil


No dia 02.04.2001, a empresa inaugurou a pedra fundamental da térmica Macaé Merchant e os dois vice-presidentes senior da companhia, Eduardo Karrer e Roberto de Almeida adiantaram que já estão estudando a possibilidade de fazer novo investimento no Rio, de US$ 200 mi, para construir uma nova térmica. O objetivo é aproveitar duas turbinas com capacidade de gerar 200 MW de energia que estão "na prateleira" nos Estados Unidos. A El Paso está investindo US$ 500 mi na Macaé Merchant, que terá capacidade de gerar 700 MW de energia em dezembro de 2001, por meio de 16 turbinas GE LM 6000. Em setembro, ela começa operar gerando 180 MW com quatro máquinas. A capacidade irá aumentar paulatinamente até chegar a 700 MW. A El Paso já explora blocos de petróleo e gás no Brasil (no Paraná, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará), que foram "herdados" da Coastal, assim como desenvolve a produção nos campos de Pescada-Arabaiana (RN). A empresa já descobriu gás no bloco BAS-97, na bacia do Paraná, e está investimento agora em testes de vasão. Caso a descoberta seja declarada comercial, o objetivo da El Paso é usar o gás para gerar energia própria. Daí o interesse em participar do terceiro leilão da ANP. Além da Macaé Merchant, a El Paso está investindo US$ 250 mi na térmica de Porto Velho (RO), e tem 60% do projeto da térmica de Araucária (no Paraná, em sociedade com a Copel e a Petrobras) e onde estão previstos investimentos de US$ 350 mi. Outros US$ 180 mi serão investidos na térmica Norte Catarinense, em Joinville. (Valor - 03.04.2001)

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2- Usina Térmica em Macaé começa a operar em setembro de 2001


A usina térmica Macaé Merchant, que a El Paso Energy começou a construir no município fluminense de Macaé, deverá iniciar operação comercial parcial em setembro de 2001, gerando 180 MW de energia elétrica, com quatro turbinas de última geração. A unidade deverá atingir potencia total em dezembro de 2001, representando um recorde mundial entre o tempo de sua concepção e a entrada em funcionamento, segundo informou o vice-presidente da El Paso Energy International Cone Sul, Roberto Almeida. A usina térmica Macaé Merchant será a primeira do país a utilizar como combustível o gás natural nacional, produzido na Bacia de Campos, que, atualmente, está sendo queimado. (Agência Brasil - 02.04.2001)

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1- Setor hoteleiro quer investir em projetos de energia alternativa


Estabelecer as linhas de um projeto voltado à utilização de energia solar e outras fontes alternativas para o aquecimento de água nos hotéis das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Este é o objetivo do encontro que acontece no dia 06.04.2001, em Brasília, reunindo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, a Aneel e a Coordenadoria de Desenvolvimento Energético do Ministério da Ciência e Tecnologia. Na pauta da reunião estarãoa temas como as necessidades dos hoteleiros, as alternativas de equipamentos existentes no mercado, adaptações tecnológicas, as formas de financiamento e os incentivos institucionais para futuros projetos. Na reunião estarão presentes ainda ainda representantes do Procel, da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), do Centro Brasileiro para o Desenvolvimento de Energia Solar Térmica (Green Solar), Caixa Econômica Federal, do INMETRO, do Sebrae e concessionárias de energia das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. (Canal Energia - 03.04.2001)

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1- Endesa estuda a injeção de até US$ 3 bi no Brasil


A gigante espanhola de energia Endesa realizará uma série de avaliações sobre suas possibilidades de investimento na América Latina, disse, dia 02.04.2001, um importante executivo da companhia. Entre os planos da empresa está a possibilidade de injetar no Brasil entre US$ 2,7 bi e US$ 3 bi nos próximos cinco anos. "Temos uma certa capacidade para seguir crescendo no Brasil e estamos pensando em aumentar a produção em 3.300 MW", disse o conselheiro delegado da Endesa Espanha, Rafael Miranda, a jornalistas no Chile. A Endesa atua na América Latina por meio do grupo Enersis, com sede em Santiago. (Reuters - 02.04.2001)

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2- Endesa divulga planos no Chile


A Enersis pode vir a comprar ações em empresas brasileiras, como a da Eletrogen, que está sendo vendida pela norte-americana Enron. Quanto a comprar o restante das empresas nas quais possui participação, a Endesa declarou que seu objetivo é melhorar a eficiência e o rendimento da produção, não necessariamente comprando partes de acionistas minoritários. O presidente da Enersis declarou que a interconexão continental é uma das prioridades da empresa. A Segunda fase da conexão Brasil-Argentina já começou, enquanto as ligações entre Chile e Argentinas ainda estão sendo estudadas e desenvolvidas. Já em setembro a Enersis pretende começar as provas de transmissão de voz e dados através da rede da Chilectra. (Estratégia - 03.04.2001)

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3- Rolls Royce aumenta participação na América do Sul


A empresa de energia e engenharia inglesa Rolls Royce vai aumentar sua participação na América do Sul nos setores de energia, aviação e transportes marítimos. A companhia abrirá escritório no Rio de Janeiro, de onde coordenará os investimentos da Rolls Royce Power Ventures South America. A previsão é de que o faturamento aumente de US$ 150 mi para US$ 500 mi. Apesar de hoje grande parte do faturamento vir da aviação, o volume extra deve ter origem na energia.A empresa investirá em serviços, negando rumores de que iria construir turbinas de geração no Brasil. A Rolls Royce já possui seis fábricas, quatro no Rio e duas em São Paulo. Um dos mais recentes contratos feitos foi o fornecimento de oito turbinas de geração de 200MW cada para operações nas plataformas de Barracuda e Caratinga em contrato de US$ 84 mi. (BNAmericas - 03.04.2001)

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4- EDP possui poucas possibilidades sobre a Hidrocantábrico


O Ministro da Economia português, Mário Cristina de Sousa, admitiu que no momento vê "poucas ou nenhuma esperança no sucesso" da proposta lançada pela EDP pela Hidrocantábrico. Declarou ainda que "é uma pena porque creio que teria sido uma excelente solução para a EDP em termos de presença no mercado ibérico". A EDP disse que só fará declarações aos outros acionistas da HC após os processos serem concluídos. (Semanário Econômico -03.04.2001)

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5- EDP e CajAstur não vendem posição na HidroCantábrico

O consórcio formado pela EDP e pela Cajastur não pretende vender a posição de 35% que possui na Hidrocantábrico por considerar a participação estratégica e não um mero investimento financeiro. Irão esperar o desfecho das ofertas públicas de aquisição para começar a conversar com outros acionistas. Esperam somente a definição de quem serão os novos participantes para só depois iniciar conversas, pois são um sócio de peso e que deverá ser consultado sempre, disse fonte do consóricio. (Diário Econômico - 03.04.2001)

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6- Adaptação contábil não afeta lucros da Iberdrola


A Iberdrola afirmou que mesmo tendo que refazer os cálculos dos lucros no exercício de 2000 de vido a um decreto que elimina a aplicação de 4,5% da tarifa elétrica devido aos custos de transição de concorrência (CTC). A empresa divulgou um lucro de US$ 76,2 mi, que não foram diminuídos devido a um saneamento de US$ 608 mi de CTCs, que uma vez eliminado supõe uma economia às reservas da empresa de US$ 395,1 mi. A Iberdrola explica que a decisão de sanear essa diferença não inclui uma renúncia tática expressa na cobrança dos direitos de compensação da retribuição fixa a que a elétrica afirma ter direito Segunda a legislação vigente na Espanha que já eliminou as taxas de CTC. (Enervia - 03.04.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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