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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 612 - 30 de março de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

1- Aneel vai licitar 8 hidrelétricas com potência de 2,3 MW


A Aneel vai realizar um leilão para construção e operação de oito novas usinas hidrelétricas, com capacidade de geração de 2.272 MW. A Anatel disse em um comunicado que as usinas vão precisar de investimentos de cerca de R$ 3,5 bi e devem entrar em operação em até sete anos. O leilão ocorrerá no dia 28.06.2001, na BVRJ. As novas hidrelétricas serão construídas no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Tocantins. O período de concessão é de 35 anos --durante os quais, segundo a Aneel, serão recolhidos R$ 20 mi a título de compensação financeira. O edital da licitação esta disponível no site da Aneel (www.aneel.gov.br) e a pré-qualificação dos interessados ocorrerá no dia 22.05.2001. (Reuters - 29.03.2001)

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2- Governo licitará 119 km de linhas de transmissão de energia


O governo vai licitar a construção de três novas linhas de transmissão no país, com a extensão total de 119,1 quilômetros, disse o CND em um comunicado divulgado no dia 29.03.2001. As linhas, que serão licitadas no dia 12.06.2001, consumirão investimentos da ordem de R$ 280 mi e entrarão em operação ao longo do ano 2003. A primeira linha ligará as cidades de Bateias a Jagariaíva, ambas no Paraná. A segunda ligará Ouro Preto II (em Minas Gerais) a Vitória (no Espírito Santo). A terceira linha, por sua vez, vai ligar as cidades mineiras de Itumbiara e Marimbondo. "As novas linhas ampliarão a capacidade de suprimento da rede básica à região Nordeste do Paraná e do sistema de atendimento dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo", disse o CND em seu comunicado. (Reuters - 29.03.2001)

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3- Trabalhador poderá usar 60% do FGTS para comprar ações de Furnas


O CND aprovou, dia 29.03.2001, a venda pulverizada das ações de Furnas. O conselho elevou em 10 pontos percentuais as cotas de depósitos do FGTS para a aquisição de ações de Furnas e de outras empresas incluídas no PND. Com a medida, aprovada na reunião do dia 29.03.2001, os trabalhadores com saldos no FGTS poderão utilizar até 60% de seus depósitos para a utilização no Programa Nacional de Desestatização. No entanto, a aquisição dos papéis da estatal está limitada aos R$ 2,2 bi da carteira vinculada ao Fundo de Compensação e Variação Salarial (FCVS).Na reunião o conselho aprovou o modelo pulverizado das ações de Furnas. O modelo será submetido ao presidente Fernando Henrique Cardoso, que deverá fazer as suas considerações antes da divulgação. (Folha Online e Jornal do Commercio - 30.03.2001)

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4- Governo estuda venda de ações de Furnas via conta de luz


Para tornar ainda mais acessível a compra de ações de Furnas, o governo estuda a possibilidade de financiar os papéis da estatal por meio da conta de luz. O ministro de Minas Energia, José Jorge, disse que a idéia é que os consumidores também possam ser sócios de Furnas, pagando as ações em parcelas que seriam cobradas na conta de energia. Ele acrescentou que, no caso da venda das ações de Furnas, também deverá ser dado um desconto, como foi feito para as ações excedentes ao controle do governo na Petrobras. "Você compra energia da CEB, quando o governo for vender as ações de Furnas, você quer comprar cem ações da estatal, dividido em seis prestações. Em vez de o consumidor precisar ir lá pagar todo mês, ele pode concordar e incluir na sua conta de luz a dívida. Quando pagar a luz, ele também pagará as ações", explicou José Jorge. (O Globo - 30.03.2001)

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5- Aneel descarta aumento de tarifa para conter consumo

O presidente da Aneel, José Mário Abdo, negou que o governo considere a hipótese de aumento de tarifa de energia elétrica para conter o consumo. A possibilidade tinha sido admitida no início da tarde pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alcides Tápias, para quem essa seria "a medida mais dolorosa, que queremos evitar". Em reunião com a Associação de Consumidores e Indústrias, o presidente da Aneel garantiu que o governo não trabalha com a idéia de aumento de tarifa. Para resolver a crise no setor, Abdo disse ter recebido várias sugestões dos participantes da reunião. Uma delas veio da indústria de ferro-liga, que propôs economia de água no reservatório da região Sudeste, que equivale a 1%, o que, traduzido em energia, alcança índice de 150 MW, em média. (Diário do Nordeste - 30.03.2001)

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6- Aneel autoriza reajuste de tarifas a distribuidoras


A Aneel autorizou, dia 29.03.2001, quatro distribuidoras de energia elétrica a reajustarem suas tarifas. A Celpe, a Cocel/PR, a Urussanga/SC e a Empresa Força e Luz João Cesa (SC) devem aumentar as tarifas a partir do dia 30.03.2001. A Celpe, que atende a dois milhões de pessoas em 186 cidades de Pernambuco, reajustará as suas tarifas em 14,85%. O maior aumento fica por conta da Força e Luz João Cesa, operadora em Siderópolis, Santa Catarina. O reajuste será de 24,92%. Já a Cocel terá aumento em 16,40%, a Urussunga em 17,48%; e João Cesa em 24,92%. Os reajustes são anuais e coincidem com a data de assinatura do contrato de concessão. Para calcular o aumento, a Aneel considerou os custos não gerenciáveis e os custos gerenciáveis, sobre os quais incide o IGP-M. (Diario do Grande ABC - 30.03.2001)

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7- CND retoma processo de privatização da Cepisa


O CND decidiu retomar o trabalho de avaliação da Cepisa para sua privatização. Além da empresa, controlada pela Eletrobrás, estão sendo conduzidas pelo BNDES, o processo de privatização de três outras empresas estaduais sendo duas de saneamento e uma do setor elétrico, por solicitação dos governos estaduais. Os trabalhos de avaliação econômico-financeira e modelagem de venda da Celg, foram iniciados essa semana. As companhias estaduais de saneamento envolvidas no processo, cuja privatização está sendo conduzida pelo BNDES, são: Embasa (BA) e Compesa (PE). No caso da Bahia, os relatórios preliminares do plano de metas e estimativas de investimentos estão sendo finalizados e o leilão está previsto para setembro. Já no caso de Pernambuco, os documentos de metas e investimentos serão apresentados em maio pelo governo estadual aos prefeitos. (Folha Online - 30.03.2001)

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8- Volume de chuva em março de 2001 é o pior da média histórica


O nível dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste voltou a cair, segundo o diretor-presidente do ONS, Mário Santos. Ele informou que, diante da situação atual, seria necessário que o volume de chuvas até o final de abril fosse equivalente a 120% da média histórica. Santos disse que os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste estavam no dia 28.03.2001, com 34,17% da sua capacidade. No dia 26.03.2001, esse número era de 34,4% e, no dia 20.03.2001, de 34,7%. Segundo o diretor-presidente do ONS, o volume de chuvas no mês de março de 2001 é o pior da média histórica. No Nordeste, a afluência nos reservatórios está em 33% e, no Sudeste, em 67% da média. (Agência Folha - 29.03.2001)

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9- Aneel implanta sistema de melhoria de atendimento ao consumidor


A Aneel começará, a partir da primeira semana de abril de 2001, a implantação de cinco mil equipamentos para avaliar a qualidade no atendimento das empresas do setor elétrico, com um investimento inicial de R$ 4,6 mi. Esta implantação faz parte do acordo de cooperação técnica, assinado no dia 26.03.2001, com a agência norte-americana Pennsylvania Public Utility Commission (Papuc), que inclui ainda uma parceria nas áreas de call center e gerenciamento de processo de reclamação. O assessor de Superintendência de Fiscalização da Aneel, Nelson José Hubner, diz que num primeiro momento sete empresas serão beneficiadas com o projeto. São elas: Eletropaulo Metropolitana, Elektro, Light Serviços de Eletricidade, Cerj, Coelba, Coelce e Celpa. "Nosso objetivo é distribuir os equipamentos de forma que as empresas possam registrar os indicadores de qualidade", avisa. Outro objetivo apontado pelo superintendente é a melhora na qualidade do serviço prestado.Ele explica que este programa irá complementar o Projeto Argos, um sistema de monitoramento, em tempo real, de interrupções. "Até então as empresas nos informavam os seus índices de interrupção", lembra. Neste projeto, a Aneel acompanha o desenvolvimento do serviço prestado pelas concessionárias. A meta da Aneel é instalar 30 mil equipamentos em todas as concessionárias até o final de 2001 (Canal Energia - 30.03.2001)

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10- Aneel mantém multas aplicadas à Light


O diretor geral da Aneel, José Mario Abdo, anunciou que rejeitou os recursos apresentados pela Light para evitar o pagamento de duas multas no valor total de R$ 9,4 mi. As multas foram aplicadas em janeiro de 2001, em razão dos "apagões" ocorridos no Rio de Janeiro em dezembro de 2000. A Light tem dez dias para recorrer da decisão à diretoria colegiada da Aneel. O prazo será contado a partir do dia 30.03.2001, quando a decisão será publicada no D.O. (Estado - 29.03.2001)

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11- Governo deve negociar aumento de geração de duas usinas em SP


A exigência de que os reservatórios das usinas hidrelétricas tenham pelo menos 49% de sua capacidade ocupada para garantir o abastecimento normal de energia elétrica poderia ser reduzida caso fossem adotadas algumas medidas de aumento de oferta de energia, explicou o presidente do ONS, Mário Santos. Entre as medidas que estão em estudo para aumentar esse oferta de energia estão a ampliação da capacidade de geração das usinas de Ilha Solteira, no rio Paraná, e Henry Borden, em Cubatão. Para isso é necessária uma negociação entre os governos federal e do estado de São Paulo. O maior aproveitamento de Ilha Solteira, que pelos estudos só deveria ser ampliado em setembro de 2001, poderia trazer problemas para a navegação do rio Paraná e o transporte de cargas. (Cruzeiro do Sul - 29.03.2001)

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12- CND aprova construção de termelétrica para garantir energia de Angra


O CND aprovou, dia 29.03.2001, a construção de uma termelétrica de 500 MW, cuja principal função será garantir o fornecimento de energia quando houver interrupção na produção das usinas nucleares de Angra I e II. "O backup torna-se necessário no momento em que as máquinas das usinas nucleares são desligadas para permitir a troca do combustível das unidades", disse o CND em um comunicado divulgado no dia 29.03.2001. A solução para os problemas de fornecimento das usinas nucleares é considerada de vital importância para o funcionamento do MAE. "A usina termelétrica vai elevar índice de confiabilidade do fornecimento de energia pelo sistema e reduzirá o risco comercial da energia termonuclear", acrescentou o CND. Além disso, a nova termelétrica será utilizada como fonte suplementar do fornecimento de energia comprometido por eventuais baixas nos reservatórios de usinas hidrelétricas. (Reuters - 29.03.2001)

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13- Brasil comprará energia da Argentina

A Aneel autorizou a importação de 1,2 mil MW da Argentina, através da Energia do Sul LTDA (EDS) em duas etapas: 400 e 800 MW. Com a possibilidade de racionamento, a importação do primeiro lote (de 400 MW), será feito até o final de 2001. "É um esforço de antecipação de energia, que faz parte das ações dos planos de aumento de ofertas", afirmou José Mário Abdo, presidente da Aneel. O reforço significará um aumento de 0,5% no nível dos reservatórios que estão com 15% a menos da capacidade necessária nesta época do ano. (Agência JB - 29.03.2001)

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14- Governo comprará excesso de energia


Na tentativa de evitar o racionamento de energia elétrica em 2001, o governo deverá comprar do excesso de geração das empresas autoprodutoras. Essas 360 companhias geram 3,76 mil MW, que representam 5,21% do total de 72,2 mil MW gerados no país.A Aneel ainda não dispõe de números definitivos sobre o volume total de energia excedente dessas empresas. Para a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), a negociação com as auto-produtoras acontece normalmente, tendendo a se intensificar. Em razão disso, a Abradee acredita que poderá haver impacto nas tarifas de energia elétrica. No entanto, um possível reajuste dependerá da decisão do governo de fazer ou não o racionamento. Para a Aneel, o plano de contingência elaborado pela agência não prevê alteração no preço das tarifas, apesar de o programa estimar uma maior utilização da energia térmica. Com o aumento da produção das térmicas, a Conta de Consumo de Combustível (CCC), cobrada do consumidor, deverá ficar maior. O aumento ocasionado pela CCC já é incluído no reajuste anual das tarifas de energia. A Abradee afirma que a CCC está ''no máximo'' há muito tempo, tendo subido de R$ 700 mi, em 1999, para R$ 1,7 bi em 2000. (Jornal do Brasil - 29.03.2001)

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15- PED estuda data para o leilão da Cesp


O conselho diretor do Programa Estadual de Desestatização (PED) vem avaliando, desde o dia 27.03.2001, os estudos elaborados por duas consultorias formadas por consórcios - a Fator/Ernest Young e a UBS Warburg - sobre a venda da Cesp. Isso porque as propostas foram reajustadas, com alterações muito pequenas, que podem incluir uma variação de preço de até 10% do valor previamente estabelecido - de R$ 1,739 bi. Estas propostas devem ser analisadas pelo governador do Estado, Geraldo Alckminn, uma vez que as expectativas do governo são de que o leilão aconteça partir da segunda quinzena de maio de 2001. (Infoenergia - 29.03.2001)

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1- Eletrobrás vai construir usina como fonte suplementar de energia


A Eletrobrás foi autorizada, dia 29.03.2001, pelo CND a construir usina termelétrica de 500 MW, destinada a funcionar como fonte suplementar de energia em razão das recentes baixas nos reservatórios hidrelétricos do Sudeste brasileiro. A usina também funcionará como "back-up" da energia gerada pelas usinas nucleares de Angra dos Reis. A medida torna-se necessária sempre que as máquinas de Angra I e II são desligadas para troca de combustível. Na avaliação dos membros do CND, "a usina elevará o índice de confiabilidade no fornecimento de energia pelo sistema e reduzirá o risco comercial da energia termonuclear". (Agência Brasil - 29.03.2001)

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2- Abradee fará sugestões à Aneel sobre racionalização do uso da energia


Em reunião realizada no dia 29.03.2001, no Rio de Janeiro, cerca de 20 representantes da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), decidiram encaminhar propostas à Aneel para o programa de racionalização de energia no país. Entre as medidas, o diretor-geral da associação, Luis Carlos Guimarães, afirmou que as distribuidoras vão patrocinar uma forte campanha publicitária com objetivo de alertar o consumidor sobre o risco de racionamento. "Vamos fazer com que o consumidor entenda os riscos de um racionamento, evitando assim que ele seja pego de surpresa", afirmou Guimarães. A verba para a campanha virá de parte da receita usada para conservação das estações das distribuidoras. A Abradee vai propor ainda que a Aneel regulamente um programa de incentivo tarifário para reduzir o consumo. "A questão dos incentivos depende de uma regulamentação. Isto porque a cobrança nas tarifas baseia-se na isonomia", explicou. A Abradee encaminhará também propostas de intensificação do programa Reluz, da Eletrobrás, que prevê a troca de lâmpadas de baixo consumo na iluminação pública, e convencer prefeituras e estados a reforçar a economia de energia em prédios públicos. Na semana que vem, a Abradee discutirá propostas para o racionamento. (Agência JB - 29.03.2001)

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3- Concessionárias incentivam clientes a racionalizarem energia elétrica


As concessionárias estão tentando conscientizar a população através de campanhas e dicas sobre como economizar energia. No dia 30.03.2001, a Coelce apresentará medidas à população sobre como racionalizar energia. O objetivo da empresa é contribuir para evitar o desabastecimento de energia. A Cemig com a Campanha Energia Inteligente destina 1% do seu capital para programas de combate ao desperdício de energia. Com esta determinação, a companhia lançou, nesta semana, a campanha Energia Inteligente. "Reunimos todos os projetos que serão realizados pela empresa durante o ano e dividimos em duas fases: a energia elétrica no lar e a energia elétrica no trabalho", explica Eduardo Carvalhaes Nobre, engenheiro Comercial da Cemig. Ele conta que a energia elétrica no lar é destinado a donas de casa e estudantes dos ensinos fundamental e médio. Já a energia elétrica no trabalho é direcionado para os órgãos públicos, prédios privados e universitários. (Canal Energia - 29.03.2001)

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4- Racionamento não teria impacto imediato na Copel


Um eventual racionamento de energia elétrica em 2001 não provocaria impacto imediato no resultado da Copel. O gerente de Relações com o Mercado da empresa, Ricardo Portugal Alves, disse que, em um primeiro momento, o racionamento não afetaria a região Sul do País, que está com os reservatórios cheios e tem enviado ao Sudeste o limite máximo de energia permitido no sistema de interligação. "Não adianta racionar energia no Paraná para vendê-la ao Sudeste porque o sistema de envio não comporta mais", explicou Luiz Hamilton Moreira, superintendente de Planejamento e Comercialização de Energia da Copel, em reunião promovida com analistas de mercado. O executivo admitiu, no entanto, que a Copel pode sofrer com a estiagem no futuro. Isso porque, se as geradoras do Sul continuarem a enviar o limite máximo de energia ao Sudeste e se a chuva não aumentar, o nível dos reservatórios dessas usinas também pode cair. (Estado - 30.03.2001)

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5- Copel afirma que cronograma de privatização está sendo cumprido

Durante reunião com analistas, o gerente de Relações com o Mercado da Copel disse que o cronograma de venda da companhia vem sendo cumprido rigorosamente. Segundo ele, várias empresas estrangeiras já manifestaram interesse na Copel, como as norte-americanas Duke Energy e AES e as européias EDF, EDP e Tractebel. A intenção do governo é vender a empresa em bloco. "O processo de cisão demoraria até um ano e meio, o que atrasaria o cronograma", disse. A venda da companhia está prevista para outubro ou novembro de 2001. O edital de privatização deve ser publicado em agosto, quando termina o prazo para que o consórcio a ser escolhido defina a modelagem de venda. Enquanto prepara a companhia para a venda, o governo está negociando com bancos uma forma de rolar a dívida de US$ 63 mi em "commercial papers" que vence em maio de 2001. O governo também está reafirmando as metas de crescimento da empresa. A Copel pretende chegar ao final de 2002 com uma rentabilidade de 12% sobre o patrimônio líquido. Em 2000, com lucro líquido de R$ 430,603 mi, a Copel teve retorno sobre o patrimônio de 8,8%, contra 6% em 1999. De acordo com Alves, para alcançar o resultado pretendido, a empresa terá de se tornar ainda mais eficiente e contar com os reajustes tarifários. (Estado - 30.03.2001)

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6- CPFL comunica alterações na sua estrutura acionária


A CPFL enviou fato relevante à Bovespa informando que as empresas Serra da Mesa Energia e 521 Participações decidiram vender suas participações na Rio Grande Energia. A Serra da Mesa venderá 257.228.985 ações ON e 60.130.858 ações PN e a 521 Participações venderá 165.166.964 ações ON e 36.360.809 ações PN. O valor total da operação é de R$ 1,341 bi, e corresponde a 66,916% do capital social da RGE. As vendedoras aceitaram oferta firme da CPFL, uma vez que a companhia que possuía o direito de preferência para a aquisição de ações da RGE, a IPE Energia, não o exerceu. A CPFL informa que a concretização do negócio e a efetiva transferência dessas ações está sujeita a aprovação da Aneel e do Cade. (Estado - 30.03.2001)

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7- Cataguazes -Leopoldina terá 50 % de geração própria de energia


A Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina pretende aumentar seu parque gerador em aproximadamente oito vezes nos próximos quatro anos. Somente os projetos mantidos em carteira pelo grupo mineiro responderão pela produção de 465 MW. De acordo com o diretor administrativo, financeiro e de relações com investidores da companhia, Maurício Perez Botelho, esse porcentual de geração própria poderá variar em função do comportamento dos preços da energia elétrica. "Um índice de 40% a 50% seria confortável e deixaria a empresa com um bom hedge" (proteção de caixa), afirmou o executivo. A estratégia visa diminuir a dependência da Cataguazes no suprimento de energia e indica o interesse da empresa em participar de novos leilões de aproveitamento hidrelétrico, promovidos pela Aneel. A geração planejada pela Cataguazes poderá, a princípio, superar o teto de 30% de produção própria permitido pela Aneel. Botelho lembrou, no entanto, que as PCHs não são computadas nesse cálculo, o que abriria margem para a Cataguazes incrementar sua participação nessa área. Os investimentos consolidados da Cataguazes somarão R$ 790 mi nos próximos três anos, sendo 55% destinados aos empreendimentos de geração. (Gazeta Mercantil - 28.03.2001)

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8- Chesf aumenta produção de térmicas e hidrelétricas


O incremento de produção das hidrelétricas e das usinas termelétricas de Camaçari e Bongi serão as medidas adotadas pela Chesf para tentar reduzir os efeitos do racionamento de energia. Atualmente, Camaçari tem capacidade de gerar 290 MW. No primeiro trimestre de 2002, a usina deverá passar para 350 MW. No mesmo período, a térmica do Bongi já deverá estar convertida de óleo diesel para gás natural e produzindo 150 MW. As hidrelétricas de Boa Esperança e de Paulo Afonso 1, 2 e 3 também devem ser repotencializadas em 2002. "Estamos fazendo o máximo para acelerar esse incremento. Queremos de todas as maneiras aumentar nossa oferta de energia", declara o diretor econômico-financeiro da Chesf, Luiz Godoy, acrescentando que ainda não tem idéia do impacto do racionamento na receita da companhia. (Jornal do Commercio - PE - 30.03.2001)

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1- BNDES libera R$ 106 mi para SCGás ampliar rede


O BNDES liberou R$ 106 mi para a Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás). Os recursos fazem parte de um pacote de investimentos de R$ 212 mi, destinados à ampliação dos ramais que distribuem o combustível. O objetivo é aumentar a rede em 45 km, até 2004, para atender clientes residenciais e o abastecimento de veículos. Atualmente, os ramais atingem 300 km no Planalto Norte, Nordeste, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Sul. Os outros R$ 106 mi serão investidos pela própria SCGás com recursos próprios. Em abril de 2001, a empresa deve lançar no mercado os editais para a contratação das empresas que farão as obras de ampliação da rede. (A Notícia - SC - 30.03.2001)

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1- Ferroatlântico-EnBW aumenta oferta pela Hidrocantábrico


O consórcio Ferroatlântico-EnBW deve apresentar, dia 30.03.2001, nova proposta pela Hidrocantábrico (HC). A oferta inicial era de US$ 16,7 por ação. O prazo final para a apresentação de nova proposta é 31.03.2001, mas o grupo não deve esperar. O novo preço a ser oferecido é de US$ 24,1, 5% a mais do que o proposto pela RWE, US$ 22,9. O valor total do negócio alcançaria US$ 2,723 bi e seria financiado pela EnBW. Fontes próximas à Hidrocantábrico afirmam que caso a proposta seja mesmo confirmada, a empresa será obrigada a aceitá-la, uma vez que seria a maior apresentada. Se o negócio tiver apoio de pelo menos 51% dos acionistas, Villa Mir, proprietário da Ferroatlântico, será o novo presidente da HC. Caso contrário, estaria disposto a negociar uma eventual participação ou vendê-la à melhor proposta. A EDP e a Cajastur, que detém 25% do capital da elétrica em disputa, oferecem 21,1 dólares por ação. (Diário Econômico - 30.03.2001)

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2- EnBW e EDF compram 35% de geradora polonesa


O consórcio formado pela francesa EDF e pela alemã EnBW comprou 35% das ações da central elétrica de Rybnik, localizada no estado polonês da Silésia. O negócio custou US$ 120 mi, afirmou o ministro do Tesouro polaco. Nos próximos meses, mais 15% da central deve ser adquirido. O objetivo é alcançar pelo menos 51,5% das ações para obter controle total da empresa. O consórcio se comprometeu a investir até 2010, US$ 84,3 mi na central, que produz a energia de carvão mineral mais barata do país, tem potência instalada de quase 1800 MW e produz 6% da eletricidade gerada na Polônia. (Enervia - 30.03.2001)

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3- EDP lucra em Portugal e no Brasil


A EDP, encerrou o exercício de 2000 com lucros, com grande participação na área internacional, principalmente no Brasil. Os ganhos foram de US$ 483,8 mi, 6,8% a mais do que em 1999. A empresa deve distribuir um dividendo de US$ 0,12 por ação, o que corresponde a um pay-out de 76%, aos acionistas. Os resultados internacionais contribuíram bastante, com US$ 29,5 mi, dos quais US$ 11,8 mi vêm do Brasil, país estratégico para os portugueses. Investimentos de US$ 1,3 bi de dólares garantiram a presença da EDP no Brasil, onde possui 13% do mercado de distribuição. O alvo agora é a geração. Além da hidroelétrica de Lageado, o grupo quer partilhar investimentos de US$ 880 mi em centrais de ciclo combinado, estando disposta a gastar até US$ 264 mi. Tudo depende da confirmação do governo brasileiro de que os aumentos no preço do gás poderão ser repassados para as contas finais. O volume total de negócios foi de US$ 3,9 bi, tendo a participação do setor energético subido 6% e as prestações de serviço, 6,1%, refletindo o desenvolvimento das atividades em telecomunicações e serviços. Os resultados operacionais relativos à produção e distribuição decresceram 8,2%, devido à desconsolidação da REN e à redução de preços da eletricidade. Os resultados financeiros diminuíram 24,5% e os gastos com pessoal, 5,1%, graças à saída dos trabalhadores da REN. (Diário Econômico - 30.03.2001)

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4- EDP cria sub-holding de produção


A EDP-Gestão de Produção de Energia é a nova sub-holding da EDP para a área de produção, em resposta ao processo de liberalização do setor. A CPPE, A Enernova - Novas Energias, a EDP Cogeração, TER - Termoeléctrica do Ribatejo, a Hidrocenel, a HDN, a Selfor, a Enerfin, a Proet e a Hidrorumo estarão sob o comando da nova subsidiária. Essa reorganização envolve 2280 trabalhadores (17% do total do grupo) e ativos de US$ 4,3 bi. Em 2000, o conjunto de empresas contribuiu com US$ 449,2 mi para os resultados operacionais do grupo. (Diário Econômico - 30.03.01)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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