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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 609 - 27 de março de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

 

1- Campanha de racionalização de energia será lançada em abril de 2001


A campanha de racionalização do consumo de energia no rádio e na TV será lançada pelo governo na primeira semana de abril de 2001. O secretário de energia do MME, Afonso Henriques aposta na capacidade de mobilização da sociedade para reduzir o consumo e afastar o risco de racionamento. As medidas de conservação de energia deverão ser adotadas mesmo que o volume de chuvas aumente nos próximos dias. Uma das primeiras medidas será a redução do consumo nos prédios públicos. Henriques destacou a facilidade de se adotar a racionalização nesse setor, já que posse ser determinada por uma portaria ministerial com menor impacto para a sociedade. Outras medidas em estudo, são formas de financiamento para a substituição de lâmpadas comuns por outras eficientes e a criação de prêmios para quem reduzir o consumo. (FolhaNews - 26.03.2001)

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2- Governo reduzirá consumo de energia


Todas as repartições públicas federais, assim como as empresas estatais, terão de reduzir seu consumo de energia elétrica em 10% a partir de 01.04.2001. É a primeira medida adotada pelo governo para forçar a economia de energia no país. Os órgãos públicos que não cumprirem a meta acertada poderão ser punidos. A preocupação da Aneel cresceu no dia 26.03.2001, com a notícia de que o nível das barragens nas regiões Sudeste/Centro-Oeste caiu de 34,7%, de 19 a 23.03.2001, para 34,4% em 25.03.2001. No Nordeste, o nível passou de 38,2% para 37,2%, diz o ONS. (O Globo - 27.03.2001)

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3- Aneel discute racionalização com distribuidoras


O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, reuniu-se no dia 26.03.2001, com representantes de distribuidoras e geradoras de energia das três regiões. E recebeu sugestões para o plano de contingência para todos os consumidores, que estará pronto até 06.04.2001. O governo pretende reduzir o consumo no Sudeste, no Centro-Oeste e no Nordeste em 10%, uma economia de 3.300 MW médios, suficientes para abastecer uma cidade com 11 milhões/hab. O presidente FHC terá no dia 27.03.2001 reunião com o ministro do MME, José Jorge, e Abdo, para discutir o plano de racionalização de energia. Uma das propostas aprovadas no dia 26.03.2001, foi a de aumentar a capacidade de geração da Usina Porto Primavera, da Cesp, em 340 MW. Isto será possível com a antecipação, para 2001, da entrada em funcionamento de uma das turbinas da usina, com capacidade de 100 MW, prevista para 2002. Além disso, serão feitas adaptações para que cada uma das oito turbinas gere mais 30 MW. (O Globo - 27.03.2001)

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4- Aneel acerta importação de energia com distribuidoras e geradoras


Ficou acertada, na reunião de 26.03.2001 da Aneel com as distribuidoras e geradoras, a importação de mais 400 MW de energia do Paraguai, por meio da Usina de Itaipu. Isto será possível com a melhoria das linhas de transmissão que levam a energia gerada pela usina ao Sudeste. O impacto do aumento da importação de energia será pequeno, porque a capacidade instalada das usinas do país é de mais 72.208 MW, enquanto importa cerca de 1.200 MW de Paraguai, Argentina e Uruguai. A Aneel deverá autorizar ainda em 2001 a importação de 150 MW de energia da Venezuela, para atender o Norte do país. O impacto do aumento do dólar na tarifa de energia de Light e Cerj deverá ficar abaixo de 0,1 %, diz a Aneel. O aumento do dólar somente tem impacto na energia comprada pelas empresas da Usina de Itaipu, que não é muito grande. O presidente da Chesf, Mozart de Araújo, apresentou proposta semelhante à adotada pela Califórnia (EUA). O consumidor residencial que reduzisse o consumo de energia em 20% teria um desconto na tarifa também de 20%. Com isso, sua conta teria queda de 64%. (O Globo - 27.03.2001)

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5- Seis distribuidoras podem ser multadas pela Aneel

A Aneel poderá multar seis distribuidoras de energia elétrica, por descumprimento do prazo para a criação de centrais de atendimento por telefone a consumidores. Está sendo encaminhado à superintendência de fiscalização ofício apontando o descumprimento da Ceam, CER, Ceron e Boa Vista Energia. Também deixaram de cumprir o prazo as empresas Putinga (na região Sul) e Sulgipe (no Nordeste). Algumas dessas empresas alegam dificuldades financeiras e por isso não implementaram suas centrais. As distribuidoras apresentaram justificativas e algumas delas (ainda estatais) estão realizando processo de licitação a fim de contratar empresas para prestarem o serviço. Apesar disso, elas não poderiam ter descumprido a regra que determina que todas as 64 distribuidoras do País teriam de ter, desde janeiro de 2001, uma central de atendimento funcionando por 24 h, com serviços gratuitos. Se forem punidas, a multa será em torno de 0,1% da receita líquida. (Gazeta Mercantil - 26.03.2001)

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6- Aneel assina acordo com órgão dos EUA


A Aneel assinou, no dia 26.03.2001, um acordo de cooperação técnica com a Pennsylvania Public Utility Commission (Papuc), órgão similar à agência. Segundo a Aneel, o acordo vai permitir a troca de informações sobre a desregulamentação do setor elétrico, além de experiências em mercado atacadista de energia, consumidores livres e geradoras competitivas. O acordo, que tem validade de dois anos, poderá auxiliar o órgão brasileiro a enfrentar situações difíceis, como a atual crise do setor, com a escassez de energia. O Estado da Pensilvânia é atualmente um exportador de energia elétrica. (Gazeta Mercantil - 26.03.2001)

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7- Para Aneel, banco de energia é alternativa para economia


O superintendente da Aneel, Manoel Negrisoli, afirmou, dia 26.03.2001, que a criação de um banco de energia poderia ser uma forma de incentivar os consumidores residenciais a economizar energia elétrica. Com o banco, o consumidor "pouparia" a energia por um período, e, poderia ser, posteriormente, compensado pela economia de energia. Outra alternativa é a aplicação da chamada tarifa amarela, na qual são definidos valores distintos para vários horários do dia, como acontece na telefonia. No caso dos consumidores industriais, o superintendente garantiu que há espaço para se economizar energia, estabelecendo metas e definindo prêmios para quem cumpri-las. Mas ainda não há definição quanto às formas de incentivos. (Gazeta Mercantil - 26.03.2001)

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8- Preço da energia no MAE sobe 191,5% em 2001


O baixo nível dos reservatórios do país fez o preço da energia elétrica no MAE disparar desde o final de 2000. Segundo a Asmae, a energia elétrica no Sudeste e no Centro-Oeste do país está sendo vendida em março de 2001 a R$ 165,97 por MW/h, 191,58% mais do que em janeiro de 2001. Em setembro de 2000, o valor era de R$ 156,11 por MW/h. Além do preço, as empresas preocupam-se com um possível racionamento. O diretor do Departamento de Infra-Estrutura da Fiesp, Pio Gavazzi, afirmou que o maior problema é a falta de perspectiva de uma maior oferta de energia. Segundo ele, dos 18 projetos de termelétricas previstos para o Estado de SP, apenas um entrará em operação em 2001. A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) afirma que muitas companhias vão acabar adotando soluções caseiras - como a autogeração - para escapar de um eventual desabastecimento. Para Abrace, o maior problema da autogeração é o alto investimento necessário. Mesmo assim, dados da Fiesp mostram que 14% da energia consumida pelas indústrias paulistas em 2000 foram geradas por elas mesmas. Em 1996, o índice era só de 9%. (O Globo - 27.03.2001)

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9- País precisa investir US$ 34 bi em energia até 2009


O Brasil precisará investir US$ 34 bi até 2009 para aumentar a oferta de energia necessária para garantir o crescimento da economia. A informação é do presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento Industrial nas Áreas Nuclear e Térmica (Abdan), Ronaldo Fabrício. Ele disse que o governo federal tem que decidir com urgência sobre a situação do setor de geração de energia. Segundo Ronaldo Fabrício, ou o governo decide privatizar as empresas geradoras e exige que o setor privado invista na expansão do sistema, ou autoriza essas empresas a investirem. Por estarem no PND, elas não estão realizando investimentos relevantes no setor. Para o presidente da Abdan, o governo precisa também decidir com urgência se vai construir a usina nuclear de Angra 3. Já foram gastos na compra de seus equipamentos cerca de US$ 700 mi e será necessário mais US$ 1,7 bi para a sua construção, que poderá ser concluída em cinco anos e gerar 1.300 MW. (O Globo - 27.03.2001)

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10- Crescimento do PIB pode ser afetado


Os economistas avaliam que uma escassez prolongada de energia, combinada a uma política de racionamento, pode pôr um freio no crescimento da economia brasileira em 2001, estimado em 4,2% na média do mercado. Ainda é cedo para avaliar o impacto sobre o nível de atividade, pondera Paulo Levy, economista do Ipea. Mas a tendência, diz, é que uma alteração brusca e grave do fornecimento reduza o ritmo de produção. A indústria, que foi a locomotiva do PIB em 2000, seria o setor mais afetado. Segundo Salomão Quadros, da FGV, a preocupação com a crise de energia vem desde 2000. Sondagem com 1,5 mil indústrias feita em outubro de 2000, cujo faturamento é de R$ 180 bi, apontou que 83% das empresas seriam fortemente afetadas pelo desabastecimento. (O Globo - 27.03.2001)

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1- Governo conclui enchimento de reservatório da Cesp Paraná


O governo paulista concluiu na madrugada do dia 26.03.2001 o processo de enchimento do reservatório da usina Sérgio Motta. A expansão do lago atingiu a meta de 257 m acima do nível do mar, superando a cota anterior de 253 m. A tarefa abre caminho para a retomada da privatização da Cesp Paraná. O estado possui a licença para a nova cota desde dezembro de 2000, quando estava marcada a primeira tentativa de venda da Cesp Paraná. No entanto, o passivo ambiental e uma série de incertezas quanto ao enchimento desmotivaram os lances dos grupos interessados. Sem propostas, o leilão foi cancelado e o governo trabalha na redefinição do cronograma de desestatização da empresa. A expectativa é de que o governo defina sua posição a respeito do preço mínimo no dia 27.03.2001, em reunião do PED. No final de 2000, a Cesp Paraná foi ofertada à R$ 1,739 bi. (Gazeta Mercantil - 26.03.2001)

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2- VBC e Previ arquitetam maior empresa de energia do país


A Bradespar e seus parceiros na VBC (Votorantim e Camargo Corrêa) mais a Previ, estão em fase final de criação de uma grande companhia energética. A nova empresa será a maior de capital nacional do país na geração, distribuição e comercialização de energia, asseguram seus idealizadores, atrás apenas da AES. A idéia é reunir todos os ativos em que detêm participações, que vão da CPFL à novas concessões de hidrelétricas, como complexo Rio das Antas, no Sul, sob uma único guarda-chuva, cujo nome preliminar é conhecido por "nova CPFL". O passo seguinte à formatação da empresa, que nascerá com 5 milhões de clientes em suas áreas de atuação e faturamento superior a R$ 5 bi, é a abertura de seu capital no Brasil e em bolsas estrangeiras, como a de Nova York, disse ao Valor Roger Agnelli, presidente da Bradespar, dona de um terço do capital da holding VBC. Na configuração societária da "nova CPFL" a VBC terá cerca de 45% do capital. A Previ ficará com aproximadamente 38% e Bonaire (consórcio que reúne os fundos de pensão Petros, Funcesp, Sistel e Fundação Sabesp) 16%. Essas participações serão o resultado da transferência de ações que esses acionistas têm em várias empresas de energia: além de CPFL, a Cia. Pitatininga de Força e Luz, Cia. Nacional de Energia-CNEA, recentemente adquirida, Serra da Mesa e Ceran para a nova holding. A energética gigante da VBC e Previ terá quatro áreas de atuação: geração, distribuição, comercialização e telecomunicações. (Valor - 27.03.2001)

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3- Eletropaulo investe no combate ao desperdício


Todos os anos, conforme acordo fechado com a Aneel, a Eletropaulo destina 1% de seu faturamento para o Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica. Isso significará em 2001, R$ 49,8 mi aplicados em campanhas nas escolas, bônus para quem comprar produtos que gastam menos energia, convênios com universidades, prêmio para projetos de conservação e programas de gerenciamento de demanda. Um dos projetos pilotos dá 20% de desconto nas contas de luz para paulistanos que se dispuserem a não utilizar chuveiros e alguns eletrodomésticos no horário de pico - entre 17h30 e 20h30. O plano da Eletropaulo para 2001 é expandí-lo para 6.200 residências. Há projetos também para reduzir as perdas técnicas e comerciais, que, segundo dados da empresa, giram em torno de 9,1% da produção. Outros 20% são desperdiçados nas residências e, nas empresas, a perda varia de 6% a 30%. Os desperdícios em áreas públicas estão sendo revistos. (Estado de SP - 25.03.2001)

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4- CEEE diminui prejuízo e reduz endividamento


A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), estatal que opera nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia no Rio Grande do Sul, conseguiu reduzir em 17,4% o prejuízo líquido de 2000 em relação ao ano anterior. O resultado fechou em R$ 103,2 mi negativos, diante de R$ 124,9 mi em 1999, graças basicamente à transferência, para a União, das dívidas e da responsabilidade pela conclusão da usina termoelétrica Candiota 3, de 325 MW, uma pendência que se arrastava desde o início dos anos 80. Segundo o diretor financeiro, Antônio Carlos Machado, somente as dívidas por empréstimos e financiamentos no curto e longo prazos caíram 21%, para R$ 805,5 mi, ao mesmo tempo em que a parcela em moeda estrangeira recuou de 53,4% para 39,7%. O melhor resultado obtido pela CEEE no ano 2000 em relação a 1999 também foi beneficiado pela adesão da empresa ao Refis. A negociação permitiu à estatal aproveitar R$ 44,2 mi em créditos fiscais originários de prejuízos acumulados ao longo dos últimos anos no pagamento de dívidas previdenciárias e com a Receita Federal. A receita líquida da companhia cresceu 15,5%, para R$ 893,5 mi, graças ao aumento de 6,25% no montante de energia vendida e de 9% nas tarifas. (Valor - 27.03.2001)

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5- Reformulação da Celesc tem prazo de 120 dias

O primeiro passo concreto para a cisão da Celesc foi dado, dia 26.03.2001, durante uma reunião de mais de quatro horas na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). A empresa Accenture foi escolhida para prestar consultoria à estatal e está encarregada de gerir o processo de cisão no prazo de 120 dias. A Accenture foi contratada por R$ 755 mil, embora seu preço inicial tenha sido de R$ 895 mil. O presidente da Fiesc, José Fernando Xavier Faraco, entrega no dia 27.03.2001, às 16h, a proposta da consultoria ao presidente da Celesc, Francisco Küster. Das quatro empresas que apresentaram projetos, o comitê, composto por representantes do Conselho de Administração da Celesc, técnicos da Fiesc, representantes de trabalhadores e diretores da estatal e do governo do Estado, escolheu duas: Accenture e Fator Projetos e Assessoria. Para determinar o desempate, foi realizado um leilão de preços que garantiu um desconto de R$ 140 mil. A Deloitte Toouche Tohmatsu Corporate Finance e a Ernst & Young foram descartadas. O presidente da Fiesc, José Fernando Xavier Faraco, o diretor da Celesc, Ênio Branco e o representante dos funcionários da estatal no Conselho de Administração, Paulo Sá Brito, explicaram que o critério de escolha avaliou vários itens, entre eles, a metodologia de trabalho e a experiência no mercado. (DIário Catarinense - 27.03.2001)

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6- Modelo no qual Celesc se transformaria numa holding pode ou não ser mantido


O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), José Fernando Xavier Faraco, afirmou que o presidente da Celesc vai eleger um grupo de trabalho para fazer o acompanhamento da implementação desta consultoria. Conforme ele, a Accenture tem carta branca para apresentar uma nova formatação da estatal. O modelo no qual a Celesc se transformaria numa holding, comandada pelo governo do Estado, e em três outras empresas privadas, de geração, transmissão e distribuição de energia, pode ou não ser mantido. "A partir das avaliações contábeis, de fisco e de patrimônio, a consultoria terá que desenvolver uma gestão capaz de transformar a Celesc em uma empresa viável, sem mexer no modelo estatal", disse Faraco. (DIário Catarinense - 27.03.2001)

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1- Custo do Dinheiro


Na terceira semana de março de 2001, a taxa usada em negócios com prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 1,80% e 2,70% mensais no dia 23.03.2001. As pequenas e médias companhias fecharam negócios entre 1,87% e 3,97%. Em relação ao desconto de duplicata, nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 1,73% a 2,35% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi de 2,77% a 3,80%. Nessa semana, as grandes companhias obtiveram taxas de capital de giro prefixado, entre 23,30% e 42,58% ao ano, enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 40,10% a 60,10%. A taxa de vendor e compro oscilou de 20,27% a 28,02% ao ano para grandes empresas e de 26,08% a 41,75% ao ano para pequenas e médias. As operações de conta garantida de 31 dias para grandes companhias, o intervalo ficou entre 1,83% e 3,40% ao mês. Pequenas e médias conseguiram taxas de 2,85% a 5% ao mês. Em relação ao factoring, o custo das operações de fomento mercantil fechou com taxa média baixa em 3,83% e a alta em 3,86% ao mês. A taxa média da resolução 63 para o cliente ficou em 10,10% ao ano. (Gazeta Mercantil - 26.03.2001)

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2- Estabilidade cambial em 2000 ajudou a reduzir despesas financeiras da CEEE


O diretor financeiro da CEEE, Antônio Carlos Machado, afirmou que a relativa estabilidade do real frente ao dólar verificada ao longo de 2000 ajudou a reduzir de R$ 149,1 mi para R$ 17,3 mi as despesas financeiras líquidas da empresa. A situação cambial, porém, voltou a preocupar no primeiro trimestre de 2001, quando o aumento das cotações do dólar gerou R$ 25,3 mi em serviço da dívida, ampliando em 7,3% o estoque de endividamento em moeda estrangeira registrado no dia 31.12.2000. O movimento também impacta os custos operacionais, pois 30% da energia distribuída pela empresa é comprada de Itaipu binacional. (Valor - 27.03.2001)

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1- Garotinho lança construção de segunda termelétrica do Rio


O governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, lançará no dia 27.03.2001, a pedra fundamental da termelétrica Eletrobold, na Rodovia Presidente Dutra, 200, em Seropédica, distrito de Itaguaí, região metropolitana do Grande Rio. Esta será a segunda termelétrica em construção no estado. De acordo com o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, o Rio está caminhando para se tornar exportador de energia elétrica em 2004. No momento, o Rio ainda importa energia. Segundo a Radiobrás, o empreendimento da empresa americana Enron faz parte do programa Emergencial Termelétricas e terá investimentos da ordem de US$ 300 mi. A previsão é de que no segundo semestre de 2001 a termelétrica já esteja gerando cerca de 360 MW. (Agência JB - 26.03.2001)

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2- CPFL assina PPA para termelétrica Carioba II


A CPFL assina, dia 27.03.2001, com a Shell e a InterGen o contrato de compra da energia a ser produzida pela termelétrica Carioba II, a ser instalada no município de Americana (SP). A CPFL comprometerá US$ 240 mi anuais com a compra da energia produzida pela usina, por um prazo de 20 anos. A assinatura do PPA (Power Purchase Agreement) garante a sua viabilidade econômica. Maior termelétrica a gás do país, com investimento inicial de US$ 600 mi, Carioba II é a primeira a sair do papel sem a parceria da estatal Petrobras. Sua capacidade instalada, de 945 MW, é fundamental dentro da estratégia da companhia, de ter 5,1 mil MW totais até o final de 2001. Essse volume energético representa uma fatia de 7% do mercado nacional, onde 82% ainda estão em mãos estatais como o sistema Eletrobrás e Cesp Paraná. (Valor - 27.03.2001)

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1- Comissão Européia vigiará monopólios energéticos


A Comissão Européia, reunida no Encontro de Estocolmo, afirmou que vigiará de perto o comportamento dos monopólios energéticos para que não se beneficiem indevidamente da livre concorrência. Porém não se declarou a favor da privatização do setor. O encontro esteve marcado pela batalha pela fixação de datas para a liberalização total do mercado. Espanha e Áustria queriam 2005 como data limite, enquanto França, Alemanha, Bélgica e Luxemburgo não aprovaram datas. Os quinze decidiram então por um objetivo mais aberto ("mais cedo possível), ainda tendo em conta que as necessidades dos usuários e a necessidade de transparência no mercado através de instrumentos reguladores apropriados devem ser respeitados. Quanto a privatização, afirmaram ser assunto interno de cada país, mas que não poderia haver benefícios às estatais em uma situação de livre comércio. (El Mundo - 27.03.2001)

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2- E.ON tem interesse em lançar oferta de compra sobre a Iberdrola


O grupo energético alemão E.ON, tem interesse em fazer uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) pela Iberdrola. A compra seria uma forma da empresa alemã se estabelecer em outros mercados, principalmente na América Latina, onde a espanhola possui grande participação, principalmente no Brasil e no México. Além disso, permitiria a E.ON se tornar o segundo operador elétrico da Espanha, com 35% do mercado podendo ainda complementar-se com outros ativos, acordos e empréstimos importantes no país ibérico. (Enervia - 27.03.2001)

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3- EDP aumenta lucros no exterior em 2000


A EDP melhorou sua performance no mercado internacional em 2000 e o destaque vai para as participadas brasileiras. Os lucros foram de US$ 29 mi na área internacional, sendo mais da metade proveniente do Brasil. Esse resultado contrasta com o prejuízo acumulado em 1999, que foi de US$ 23,2 mi. Só a CERJ, onde a EDP possui 19,15% contribuiu com US$ 19,9 mi, enquanto a Bandeirante lucrou US$ 12,9 mi. Já a Escelsa e a Enersul foram menos expressivas, com pouco mais de US$ 712 mil. A guatemalteca EEGSA aproximou-se do zero. Adquirida em 1999, juntamente com a Iberdrola e a TECO, deve ter sua participação vendida à espanhola pelo preço de custo. A EDP pagou por 21% da empresa cerca de US$ 80 mi. Na Ásia, a Companhia de Eletricidade Macau (CEM) continua com bons resultados, de US$ 13 mi. Com o aumento da participação de 5 para 22%, a EDP passou a ser o maior acionista da macauense. (Diário Econômico - 26.03.2001)

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4- EDP prioriza Brasil


O Brasil será o mercado-alvo da elétrica de Portugal devido ao tamanho do país e ao seu alto consumo de eletricidade. Nos últimos quatro anos, a EDP tornou-se o segundo maior investidor de energia do país. A prioridade será adquirir o controle das empresas participadas, com exceção da CERJ, que é controlada pela Endesa. Outra área a receber investimentos é a de produção. Estão previstos investimentos de US$ 800 mi, o equivalente a 4 mil MW de potência instalada. Destes, 2,5 mil terão origem hídrica, sendo o resto proveniente de gás natural. O destaque vai para a central hidroelétrica no rio Tocantis, onde está construindo o empreendimento do Lageado, em parceria com o grupo REDE, a Companhia Eléctrica de Brasília e a norte-americana CMS. Na área termoelétrica, as atenções concentram-se no estado de São Paulo. (Diário Econômico - 27.03.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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