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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 606 - 22 de março de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

 

1- MME confirma exoneração do presidente da Eletrobras


O Ministério de Minas e Energia confirmou, dia 21.03.2001, a exoneração de Firmino Sampaio da presidência da Eletrobrás e sua substituição por Cláudio Ávila da Silva, atual presidente da Eletrosul e membro do Conselho de Administração do ONS. Ávila assumirá o cargo depois de apreciação de seu nome pelo Conselho de Administração da Eletrobrás. A assembléia Geral Extraordinária deve ocorrer nos próximos dias. O novo presidente da Eletrobrás tem 47 anos é formado em administração de empresas pela Escola Superior de Administração (Esag) de Florianópolis (SC). Foi deputado federal constituinte e exerceu o cargo de secretário-geral da OEA. (Valor - 22.03.2001)

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2- Governo nega racionamento de energia


O governo negou, dia 21.03.2001, que esteja planejando racionamento de energia. No dia 20.03.2001, o ministro de Minas e Energia, José Jorge havia dito que o racionamento seria adotado "no cenário mais grave". No dia 21.03.2001, o secretário-executivo do ministério, Luiz Perazzo, e o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, disseram que o plano de redução de consumo e aumento de geração será suficiente para evitar falta de energia. Abdo disse que o plano, em elaboração na agência, não prevê a possibilidade de racionamento. Ele explicou que a Aneel ainda não trabalha com a possibilidade do corte de fornecimento de energia elétrica. A preocupação é com a etapa mais amena do plano, para que "se evite chegar ao quadro de racionamento", segundo Abdo. Perazzo não informou até quando o governo pretende esperar os resultados do plano para decidir se adota ou não o racionamento de energia. (Agência Folha - 22.03.2001)

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3- Aneel fala em racionalização


O governo federal decidiu amenizar o plano de racionamento de energia elétrica a ser implantado, caso os reservatórios das usinas hidrelétricas da Região Sudeste não atinjam 49% da capacidade de água. No dia 21.03.2001, após reunião com o ministro de Minas e Energia, José Jorge, o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, disse que será tentado um programa de racionalização, colocando usinas térmicas e nucleares operando a todo vapor e solicitando que a população diminua o consumo de eletricidade. O ONS e a Aneel vão tentar racionalizar o uso da energia para evitar medidas mais drásticas. Abdo diz que o plano alternativo vai permitir um acúmulo de água nos reservatórios até 13 pontos porcentuais em relação à situação de março de 2001, quando a água chegou a 34,7% da capacidade. (Estado - 22.03.2001)

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4- Dívida com o MAE volta para Furnas


O MAE acaba de desistir de qualquer projeto de acordo para pagamento da dívida de R$ 578 mi inicialmente atribuída a Furnas e, depois, assumida pela Eletrobrás, sua controladora. Reunido em São Paulo, o Coex do novo mercado deliberou que a Asmae efetue a contabilização dos negócios de compra e venda de energia no curto prazo realizados entre setembro e dezembro de 2000, seguindo as regras aprovadas pelo próprio mercado (e expressas na resolução no. 290). Como a maior parte dos compromissos desse período se refere às compras de energia para suprir o atraso no início de operação da usina nuclear Angra II, o que se presumia, até agora, é que a liquidação financeira fosse passar por alguma solução negociada. No dia 22.03.2001, a Asmae irá divulgar orientações sobre os novos procedimentos para os participantes do mercado. O prazo para liquidação financeira das operações é de 35 dias, embora a proposta inicial fosse de 50 dias. A decisão do Coex tem duas implicações. A primeira é permitir a retomada da normalidade das operações do MAE. A outra implicação da decisão é que a reponsabilidade pela quitação dos débitos deixa de ser da Eletrobrás e retorna a Furnas. (Gazeta Mercantil - 22.03.2001)

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5- Reservatório de Furnas bate baixa histórica

O reservatório da hidrelétrica de Furnas, localizada no rio Grande, no sudoeste de Minas Gerais, atingiu no mês de fevereiro de 2001 o mais baixo nível de água da sua história na média desse mês: 22,6%. Esse é um mês de referência em que o volume d'água deve ser maior pelo fato de estar entrando no fim o período chuvoso. Até então, a maior baixa registrada em fevereiro tinha sido em 1969, com 42,5%, segundo Carlos Eduardo de Almeida Silva, chefe do Departamento do Planejamento da Operação de Furnas. O índice registrado em fevereiro preocupa pelo fato de ser essa água reservada que vai alimentar a geração de energia elétrica daquela hidrelétrica pelos próximos oito meses, quando, espera-se, terá início novamente o período chuvoso. Para suportar o período de estiagem, o ideal é que o reservatório, que comporta 17,2 bilhões de m3 de água, estivesse com volume próximo de 50% da sua capacidade. No início de março, o índice chegou a 18%. Com as poucas chuvas dos últimos dias, o volume útil de água voltou a subir. No dia 20.03.2001, estava em 21,77%. (Agência Folha - 22.03.2001)

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6- Furnas afirma que não há risco de parar


Furnas afirma que não há o risco de a hidrelétrica parar de produzir por falta de água suficiente no reservatório que alimenta as oito geradoras. Carlos Eduardo de Almeida Silva, chefe do Departamento do Planejamento da Operação de Furnas, disse que pode acontecer de a geração de 1.216 MW ser reduzida, mas que não se pode fazer previsão neste momento. "Parar não pára. Você sabe que está baixo e vai monitorando", disse ele, assinalando que em dezembro de 1999, no fim do período de estiagem, o volume útil de água chegou a 6,28%, o menor já registrado no levantamento de todos os meses, e nem assim a geração ficou prejudicada. O chefe de produção da hidrelétrica, Joaquim Mateus de Sena, no entanto, havia dito, em entrevista no dia 19.03.2001, que se a água baixar mais seis metros a usina poderia parar. Sena disse que "a hidrelétrica foi projetada para trabalhar com variação de nível máximo e mínimo de até 18 metros. Hoje, nós estamos com 12,3 metros abaixo do nível máximo. Eu tenho uma coluna de água de seis metros ainda. Abaixo disso, não tem como eu gastar." (Agência Folha - 22.03.2001)

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7- Aneel multa Cemig em R$ 3,12 mi


A Cemig terá que pagar multa no valor de R$ 3,12 mi, aplicada pela Aneel, no um prazo de dez dias, contados a partir do dia 22.03.2001. A multa foi aplicada porque a Aneel verificou o uso indevido de recursos da empresa. A agência não acatou o recurso apresentado pela Cemig e informou que os recursos administrativos estão esgotados.O despacho do diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, está publicado no Diário Oficial da União. (Agência Folha - 22.03.2001)

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8- Usina de Angra I pára operação a partir do dia 07.04.2001


A partir do dia 07.04.2001, a operação da Angra I, no Rio de Janeiro, será interrompida para a realização da troca de combustível da usina nuclear. Em função do atual quatro energético da região Sudeste, desta vez a paralisação terá que ser feita num tempo menor, de 64 para 45 dias, conforme solicitação do ministro de Minas e Energia, José Jorge. Segundo a assessoria de imprensa da Eletronuclear, este tipo de operação acontece uma ou duas vezes por ano em Angra I, usina que opera hoje com uma capacidade de 630 MW. A redução do tempo de execução do serviço destina-se a atender o fornecimento de energia, em caso de um cada vez mais provável racionamento de energia, por causa dos baixos níveis dos reservatórios da região Sudeste. (Canal Energia - 22.03.2001)

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9- Secretaria publica edital de licitação para despoluição do rio Pinheiros


A secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo deve publicar, ainda em março de 2001, o edital de licitação para a despoluição do rio Pinheiros. As empresas vencedoras irão instalar sete estações de flotação (transformando os poluentes em flocos) ao longo do leito do rio. Com mais qualidade, a água poderia alimentar a represa Billings e a usina Henry Borden, em Cubatão, produzindo cerca de 280 MW de energia elétrica. As empresas terão direito a uma cota da energia produzida. Segundo a secretaria, o contrato traz riscos para as empresas mas o Governo não terá de arcar com nenhuma despesa. (Último Segundo - 21.03.2001)

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10- Privatização da Chesf vai ser acelerada


A reunião do Conselho Nacional de Privatização, no dia 22.03.2001, deverá mudar o ritmo de privatização e o futuro das empresas estatais de energia elétrica, entre elas a Chesf. O governo vai tentar privatizar as geradoras Chesf, Furnas e Eletronorte, até o final de 2002. Para o deputado federal e ex-presidente da Chesf, José Carlos Aleluia, "o governo federal tem de começar pela verticalização dessas empresas, para depois discutir se vale a pena privatizá-las. O ideal será a criação de empresas de transmissão e de geração de energia". A sugestão de Aleluia é uma alternativa pensada, em 1999, para a Chesf. No modelo da cisão, esta empresa se transformaria em três outras empresas: uma de transmissão e duas de geração de energia. "Só que este modelo teve uma ré e não existe mais. Os modelos de privatização continuam sendo estudados", afirma o coordenador especial de relações institucionais da Chesf, Valdemar Freitas Jr. Inicialmente, o Conselho definirá providências práticas para acelerar a venda de Furnas, paralisada desde meados de 2000, por conta de pressões políticas contra a privatização. Por causa desta indefinição relacionada à Furnas, o Conselho não se reúne desde novembro de 2000. (A Tarde - BA - 21.03.2001)

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11- Conta de luz pressiona inflação


O aumento médio de 15,8% nas tarifas de energia elétrica previsto pelo Banco Central para 2001 poderá comprometer a meta de inflação projetada pelo governo para 2001. Segundo especialistas, com essa alta o item representará sozinho o índice limite de 4% por ano, negociado com o FMI. A dificuldade é que a energia é um componente de custo para os demais setores da economia e poderá ter impacto sobre os preços finais dos produtos. A previsão de aumento das tarifas do Banco Central está baseada nos reajustes de 13% a 18% autorizados pela Aneel a 12 distribuidoras dos Estados de SP, MG, PR, ES e PB. O reajuste anual está previsto no contrato de concessão das empresas. Segundo o diretor da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, além da reposição das perdas inflacionárias, entram na composição dos custos das empresas a energia elétrica comprada de outras empresas e a aquisição de combustível para a geração de energia devido à escassez de chuvas no país. (Diário do Grande ABC - 19.03.2001)

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12- Ceará lança atlas eólico


A Secretaria de Infra-Estrutura do estado do Ceará lança, dia 22.03.2001, o Atlas Eólico do Ceará que vai permitir que investidores da área obtenham informações sobre as características dos ventos cearenses, que posicionam o Ceará, atualmente, como o maior possuidor de geração eólica do País. O documento, composto por textos impressos e em CD ROM reúne informações desde a velocidade dos ventos, potencial de energia até as características de infra-estrutura do Estado, como estradas, sub-estações, linhas de transmissão e densidades populacionais. A idéia de aproveitar o potencial eólico do Ceará surgiu no início da década de 90, quando foi desenvolvida uma política de verificação desse potencial, ainda com a Coelce como empresa estatal. Atualmente dois parques eólicos estão em licitação no Ceará, com orçamento de US$ 60 mi e previsão de funcionamento em 2003. (Diário do Nordeste e Gazeta Mercantil - 22.03.2001)

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13- Estados do Nordeste buscam novos mecanismos de tributação para o setor


Com as mudanças no mercado de energia elétrica nacional, decorrentes do processo de privatização e da busca por novas fontes de energia, as secretarias da Fazenda do Nordeste estão buscando novos mecanismos de tributação do setor. De acordo com o secretário pernambucano, Jorge Jatobá, se os governos estaduais não ficarem atentos à reestruturação do setor energético, eles correrão o risco de perder receitas."Para cada R$ 100 gerados no setor, são recolhidos R$ 33 de impostos. Com as mudanças previstas, passaríamos a arrecadar R$ 10", calcula Jatobá. De acordo com o diretor de Administração Tributária da Secretaria, Antônio Alexandre da Silva, deverá existir um tratamento tributário específico para cada etapa da cadeia de energia elétrica, o que inclui geração, transmissão e distribuição. Silva explica que o recolhimento do ICMS corre na concessionária de distribuição, mas existe uma energia gerada que não é consumida por conta de perdas técnicas ou comerciais. Essa diferença entre geração e consumo final resulta em redução de receitas para o Estado. (Jornal do Commercio - PE - 22.03.2001)

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1- Cesp registra prejuízo de R$ 414 mi em 2000


A Cesp informou, dia 22.03.2001, que teve prejuízo de R$ 414,299 mi em 2000 revertendo o lucro obtido em 1999, de R$ 29,199 mi. Em um comunicado a empresa disse que a receita líquida em 2000 foi de R$ 1,328 bi, abaixo da registrada em 1999 que ficou em R$ 1,548 bi. Os números são consolidados e calculados dentro da legislação societária. (Reuters - 22.03.2001)

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2- Copel divulgará vencedores das propostas técnicas para leilão


A Copel divulgará no dia 23.03.2001, o resultado da análise das propostas técnicas para a privatização da empresa. Após a análise das propostas técnicas, a Comissão Especial de Licitação do Estado do Paraná avaliará as propostas comerciais. Os vencedores das duas áreas, técnica e comercial, só devem ser conhecidos em torno de 15 dias, segundo informação da assessoria de imprensa da Secretaria de Fazenda do Paraná. A assessoria também informou que a empresa Booz Allen & Hamilton foi habilitada - e não vencedora, como chegou a ser noticiado - para a execução do serviço A, de avaliação, na área técnica. Apesar de ser a única concorrente nessa área, a proposta da Booz Allen pode ultrapassar os parâmetros estabelecidos pelo governo do estado para cada setor. Para o serviço A, o custo de avaliação não poderá passar de R$ 1 mi. Já para o serviço B, de avaliação e modelagem da empresa, a proposta deverá ser de até R$ 2,5 mi, mais uma comissão de êxito entre 0,15% e 0,20% sobre o preço final do lote de ações do governo do estado a ser vendida. Nesta área, concorre o consórcio liderado pelo Deutsche Bank e outro liderado pelo Dresdner e Kleinwort Benson do Brasil. (Canal Energia - 21.03.2001)

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3- Cemig acha racionamento inevitável


Evitar o racionamento de energia já não depende de chuvas, disse no dia 20.03.2001, o presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais. "Agora só nos resta rezar", afirmou ao criticar a falta de investimentos na geração de energia por parte do governo federal. De acordo com Morais, o sistema de Furnas obteve lucro recorde em 2000 ao operar, durante todo o ano, em sua capacidade máxima. Com isso, o lago da usina baixou 12 m em 2000, chegando ao estágio crítico, de possuir apenas 20% de reserva de água. "Se o lago baixar mais cinco metros, Furnas pára", afirmou, lembrando que as chuvas esperadas nesta época não estão ocorrendo. Furnas responde hoje por 43% do suprimento de energia do país. "A culpa (pelo iminente racionamento que ameaça o país) não é da chuva. É do uso excessivo do sistema" , afirmou Morais, dizendo que os recursos do BNDES usados no financiamento das privatizações deveriam ter sido aplicado em novas geradoras de energia e "não para comprar usinas já prontas". (Valor - 21.03.2001)

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1- Crise argentina reflete no mercado de colocação de bônus brasileiros


O BNDES suspendeu por tempo indeterminado uma captação de eurobônus de cerca de US$ 285 mi no mercado europeu, anunciou, dia 21.03.2001, o presidente da instituição, Francisco Gros. Segundo Gros, o adiamento da captação é o primeiro reflexo concreto da crise argentina no mercado de colocação de bônus brasileiros. 'Existe hoje uma prudência muito maior dos emprestadores em relação aos países emergentes', disse o presidente. 'Nesse cenário, decidimos adiar nossos planos'. O adiamento da captação não significa a revisão de todo programa de bônus do BNDES, que este ano deverá ser responsável pela captação de cerca de US$ 2 bi nos mercados europeu, asiático e americano. (Gazeta Mercantil 22/03/01)

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1- Perda da P-36 faz crescer a importação de gás


A Petrobras vai aumentar a importação de gás natural da Bolívia para substituir o que era produzido na plataforma de produção de petróleo P-36 que naufragou no campo de Roncador, na Bacia de Campos. É um volume de 1,3 milhão m³, que se soma aos 7,5 milhões já transportados pelo Gasbol. A P-36 produzia cerca de 8% do consumo nacional de gás. O volume adicional de gás importado da Bolívia, igual à produção de Roncador, não traz prejuízos para as contas externas do País, pois a Petrobras não consome todos os 10 milhões de m³ diários contratados com fornecedores bolivianos e com a TBG. O campo de Roncador é a maior província de gás natural associado a óleo do País - entre óleo e gás, são 2,7 bilhões de barris de óleo equivalente - e produziria, em 2004, 7,2 milhões de m³ por dia. Nesse tipo de reserva, o gás depende do óleo. Entre as províncias de gás não-associado, a maior é a de Urucu, na Amazônia. (Gazeta Mercantil - 22.03.2001)

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2- RN poderá ganhar segunda usina termoelétrica


O representante da companhia Florida Power & Light Energy Brasil HQ Ltda., Pedro Ribeiro, assinará, dia 22.03.2001, com o governador do estado do Rio Grande do Norte, Garibaldi Filho, o protocolo de intenção para a construção de uma usina termoelétrica em Macau. O volume de investimentos e a capacidade da unidade não foram anunciados pela empresa, que a partir de agora começa a desenvolver o projeto, propriamente dito. Com essa decisão da FPL, sigla como a empresa é conhecida, o RN terá mais outra termoelétrica. A primeira deve ser instalada até o final de 2003, em Alto do Rodrigues, num consórcio entre a Petrobras e a Iberdrola. (Tribuna do Norte - 22.03.2001)

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3- Termelétrica de Sepetiba criará até 4,5 mil empregos


A construção da usina termelétrica (UTE) de Sepetiba, autorizada na segunda semana de março de 2001 pela Aneel, vai gerar até 4.500 empregos diretos na região de Itaguaí e municípios vizinhos. A estimativa é de Mário Pereira, diretor da Inepar Energia, sócia da estatal italiana Enel no empreendimento. Do orçamento total de US$ 1 bi, cerca de 70% serão gastos com fornecedores nacionais, segundo estima o gerente de desenvolvimento da Inepar Energia, Francisco Höpker. A mão-de-obra para o projeto será contratada preferencialmente em Itaguaí, Mangaratiba e municípios adjacentes. 'A média de profissionais empregados durante a fase de construção será de dois mil. Mas, no período de pico, haverá 4,5 mil pessoas na obra', adianta Höpker. A entrada em funcionamento da primeira das duas turbinas da UTE Sepetiba está prevista para dezembro de 2003. (Gazeta do Rio - RJ -22.03.2001)

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1- Abrace acredita que cortes de energia na indústria podem gerar desemprego


Os cortes de energia no setor industrial, admitidos pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, como alternativa de racionamento de eletricidade, poderão resultar em desemprego. O alerta é do presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia Elétrica (Abrace), José Roberto Giannotti. Conforme Giannotti, as demissões poderão ocorrer nas indústrias da cadeia produtiva dos grandes consumidores de eletricidade, as quais podem não suportar a desaceleração da produção de seus principais clientes. O consumo industrial representa cerca de 42% da carga total de energia demandada pelo país, conforme dados da Eletrobrás. Entretanto, Giannotti alerta que o custo social do corte da energia industrial pode ser elevado. "Isso representa queda de arrecadação de impostos, de produção e, talvez, de empregos em pequenas empresas que atendem a grandes consumidores", avisou. (Hoje em Dia - MG - 22.03.2001)

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2- Valesul refaz contas por causa de perspectiva de racionamento


A Valesul, fábrica de alumínio que recentemente passou a ter a australiana BHP como uma das controladoras, já começa a refazer as contas para 2001 por causa da perspectiva de racionamento de energia. O diretor presidente da Valesul, Sérgio de Almeida Mota, disse que a empresa deixará de faturar cerca de US$ 4,5 mi, este ano, caso o governo decida por um corte de energia da ordem de 5% em seis meses. Embora tenha investido cerca de US$ 58 mi nos últimos dois anos, em projetos de geração própria, a companhia ainda depende de 60% do fornecimento da Light. "A Valesul já opera no limite do racionalização de energia. Não vemos como economizar mais ainda, como quer o Governo", disse Mota, que vai se encontrar, nos próximos dias, com o presidente do ONS, Mário Santos. No encontro, tentará discutir alternativas que não impliquem necessariamente racionamento energético. (Gazeta Mercantil - 22.03.2001)

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1- TDC afirma que governo espanhol pode pedir a CE para examinar propostas sobre Hidrocantábrico


O vice-presidente do Tribunal de Defesa da Concorrência espanhol (TDC), Javier Huerta, afirmou que o governo daquele país pode pedir à Comissão Européia para examinar as propostas de compra da Hidrocantábrico lançadas por empresas estrangeiras com participação estatal. Huerta disse ser esse órgão o responsável por analisar se as negociações afetam ou não a livre concorrência, já que há empresas européias envolvidas, como a RWE, Enbw e EDP. Declarou ainda que o TDC não é favorável a presença de empresas estatais em setores liberalizados. A EDP, apesar de estar em processo de privatização, possui ainda forte participação estatal, enquanto a RWE tem participações de administradores locais. A estatal francesa EDF controla 25% do capital da EnBW. Por outro lado, o vice-presidente do tribunal assegurou que os processos abertos contra as petroleiras espanholas Repsol YPF e Cepsa para decidir se houve ou não combinação de preços será finalizado no final de abril ou início de maio de 2001. O relatório determinará se houve ou não acordo de preços, o que sempre foi negado pelas empresas e também analisará a situação do setor em relação à concorrência. (Enervia - 22.03.2001)

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2- Espanha será flexível em impostos caso as interconexões sejam aceleradas


O governo espanhol declarou que será flexível na hora de negociar os novos impostos sobre o setor de energia caso outros países, em especial a França, adotarem compromissos de melhoria e aumento das interconexões energéticas. Para os espanhóis, a liberalização do mercado está intimamente ligada à melhores condições de infraestrutura, sem a qual fica difícil a comercialização entre os países de dentro e fora da União Européia. O governo espanhol quer ver o processo de liberalização pronto o mais rápido possível, enquanto países como a França ainda colocam barreiras ao processo. Segundo proposta da Comissão Européia, em 2003 deverá estar estabelecida a liberdade de escolha de fornecedor de energia para todas as empresas; em 2004 para o de gás e em 2005 todos os consumidores poderão optar pelos forncedores, negócio que envolverá perto de US$ 230 bi por ano. (Enervia -21.03.2001)

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3- Eon deve entrar no mercado espanhol


A Eon pedirá em breve licença para comercializar eletricidade na Espanha como agente externo, afirmou o seu diretor de Comercialização para o Sul da Europa, Hanf Lerchl. Disse ainda que caso haja oportunidade, entrará na comercialização física de energia a partir da fronteira francesa, o que seria o passo seguinte do projeto da divisão de Trading da companhia alemã no mercado ibérico. Um dos objetivos da Eon na Espanha será fazer negócios relacionados com os preços do "pool" no mercado de grandes consumidores com intuito de obter experiência na região. De acordo com Lerchl, a Eon fará investimentos por considerar o setor "muito interessante". No momento, a empresa germânica está preparando o plano de trabalho, falando com as empresas, realizando contratos e preparando negócios futuros. Quanto ao interesse de adquirir a Iberdrola, descartou rumores por ser um assunto de "alto nível", mas reiterou que o mercado espanhol é muito interessante. (El Mundo - 21.03.2001)

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4- TotalFinaElf descarta fusão com Repsol YPF


A TotalFina Elf desmentiu os boatos de que iria se unir à espanhola Repsol YPF e deixar a Cepsa, cujo 44% do capital é de sua propriedade. Fontes da empresa francesa descartaram qualquer interesse na fusão por estarem "muito satisfeitos com a presença na Cepsa". O porta-voz da Total Fina Elf disse ainda que esses boatos são cíclicos e se repetem com freqüência na imprensa espanhola. (El Mundo - 21.03.2001)

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5- Bush considera fundamental um plano de energia a longo prazo

O desenho de um "Plano Nacional Compreensível de Energia" de longo prazo, é a solução vista pelo presidente George W. Bush para a crise energética que atravessam os Estados Unidos, segundo informou no dia 19.03.2001, a Casa Branca. Bush insiste em que seu país deve ser menos dependente da produção energética estrangeira e por isto deve desenvolver projetos nacionais, embora sem deixar de trabalhar com as nações aliadas e integrantes da OPEP. (Notimex - 19.03.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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