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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 604 - 20 de março de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

 

1- ONS recomenda programa de redução de consumo


A principal recomendação do ONS no relatório que entregará no dia 20.03.2001 ao ministro de Minas e Energia, José Jorge, é a adoção de um programa de redução de energia já em maio de 2001, se não chover o suficiente até abril. Segundo o presidente do ONS, Mário Santos, o Sudeste vive a maior seca em 40 anos. O nível dos reservatórios das usinas da região Sudeste está em torno de 34,7%, quando deveria estar em 49%. No Nordeste, o nível está em 38,2 %, quando deveria estar em 50%. Santos ressalta que está chovendo 30% a menos do que deveria no Sudeste e 70% a menos no Nordeste. As duas regiões são responsáveis por 80% do consumo do país. De acordo com Santos, quem vai decidir como será feita essa possível redução será o governo. (O Globo - 20.03.2001)

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2- Inmet prevê que chuvas não serão suficientes


O Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) divulgou em relatório, dia 19.03.2001, a previsão de que as chuvas na Região Centro-Sul do país no outono, não serão suficientes para normalizar o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. O relatório aborda o período de chuvas entre 20.03.2001 a 21.06.2001. O chefe do centro de Análise e Previsão do Tempo do Inmet, Francisco de Assis Diniz, disse que os reservatórios só ficariam cheios se chovesse em março e abril de 2001, mais do que o dobro da média. (O Globo - 20.03.2001)

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3- Furnas opera com baixa capacidade por falta de chuvas


A usina de Furnas, responsável por quase 70% da energia consumida no Sudeste, encerrou fevereiro de 2001 operando com apenas 22,6% de sua capacidade, o menor nível desde 1971. Segundo o gerente de Comercialização de Energia Elétrica de Furnas, Carlos Eduardo da Silva, o quadro é preocupante, já que está chegando ao fim a época das chuvas. "Já gastamos o excesso que tínhamos e estamos numa situação desconfortável até novembro de 2001, época de estiagem" - explicou o gerente. (O Globo - 20.03.2001)

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4- Eletrobrás aceita ofertas de venda de energia para PCH até o dia 31.05.2001


A Eletrobrás receberá até o dia 31.05.2001, no escritório central da companhia no RJ, ofertas de venda de energia elétrica para o PCH-COM. A energia a ser comprada deverá resultar da produção de centrais hidrelétricas ainda não-operacionais e/ou revitalizadas, que estejam de acordo com os critérios estabelecidos pela Aneel. O volume de energia a ser adquirido será de 1.200 MW em três anos, sendo 400 MW por ano. As centrais hidrelétricas deverão estar localizadas nas regiões atendidas pelos sistemas interligados Sul/Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste. As informações necessárias à elaboração da proposta constam do Guia de Habilitação de Projetos do PCH-COM, que está disponível aos interessados a partir do dia 19.03.2001. Os projetos serão examinados por uma Comissão de Análise Técnica da empresa. Os selecionados poderão contar com financiamento e incentivos do BNDES. Em aviso publicado nos jornais de 19.03.2001, a Eletrobrás deixa claro que as propostas recebidas não serão obrigatoriamente contratadas. (Gazeta Mercantil - 19.03.2001)

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1- Nove grupos se interessam pela Cesp


Nove grupos já visitaram o data-room da geradora paulista Cesp Paraná. Dentre eles, os seis pré-qualificados para o antigo leilão: AES, Duke Energy, Southern, EDP, EDF e Endesa. Além deles, estiveram visitando o data-room, a Tractabel, o consórcio brasileiro VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa) e a americana NRL. Segundo o presidente do Programa Estadual de Desestatizaçao, o secretário de Economia e Planejamento de São Paulo, André Franco Montoro Filho, o novo leilão da geradora será em maio de 2001. (Valor - 20.03.2001)

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2- Mercado e governo sinalizam manutenção de preço mínimo da Cesp


A expectativa do mercado é de que o preço mínimo da Cesp Paraná permaneça no valor vigente em dezembro de 2000, quando ocorreu a tentativa frustrada de venda da geradora. À época, o governo paulista ofertou seu último ativo de energia a R$ 1,74 bi, por 38,67% do capital total da empresa. O próprio secretário estadual de Energia, Mauro Arce, sinalizou que a neutralidade deve ser mantida, apesar de a análise ainda carecer de subsídios para sua conclusão. Esse parecer segue duas condições básicas. Primeiro porque as premissas válidas no final de 2000 foram mantidas, como as questões de endividamento da Cesp e a elevação do reservatório da usina hidrelétrica Sérgio Motta. O segundo ponto indica uma opinião do mercado, de que o preço anunciado para a venda em dezembro já não fora considerado baixo pelos "players". "Mas não foi isso que inviabilizou a venda", afirmou um executivo. A reavaliação da Cesp está em fase final e é coordenada pelo UBS Warburg. Em dezembro de 2000, os consultores recomendaram preço de R$ 1,5 mi, mas o governo optou por R$ 1,74 bi. Segundo Mauro Arce, a desvalorização do real contribui para diminuir o valor da empresa em dólares, apesar de elevar o valor de sua dívida. (Gazeta Mercantil - 19.03.2001)

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3- Deputados vão à Justiça e enchimento da usina Sérgio Motta entra na fase final


Os deputados do MS que questionam a privatização da Cesp Paraná, apresentam no dia 19.03.2001, dois recursos no Tribunal de Justiça local para tentar reverter a decisão dos juízes das comarcas de Bataguaçu e Três Lagoas. Na semana de 12 a 16.03.2001, ambas as ações populares impetradas pelos parlamentares foram indeferidas, o que torna mais remota a chance de paralisar o processo de enchimento do reservatório da usina hidrelétrica Sérgio Motta. A expectativa do governo paulista é de que o lago alcance a cota 257m acima do nível do mar até 24.03.2001. Apesar do enchimento estar em fase de conclusão, os políticos continuarão a questionar a venda da estatal e exigir o reparo dos danos ambientais supostamente causados. Eles pretendem interpor medida administrativa, junto ao Ministério Público Federal, contra o Ibama. Para os parlamentares, a entidade cometeu irregularidades no decorrer do enchimento do lago da usina. (Gazeta Mercantil - 19.03.2001)

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4- VBC amplia geração e chega a 7% do mercado


O grupo VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa), controlador da CPFL, vai chegar ao final de 2001 com 5,1 mil MW de energia provenientes de novas usinas, o equivalente a 7% do mercado nacional, segundo o diretor-presidente do grupo, Marcelo Corrêa. Se o grupo vier a comprar a Cesp Paraná, com outros 7,7 mil MW, passará a ser o líder nacional privado em energia elétrica. Dentre os novos projetos do grupo está a construção de três usinas hidrelétricas no RS, localizadas ao longo do Rio das Antas, com capacidade total de 360 MW. Outro contrato a ser assinado é o de concessão da hidrelétrica de Barra Grande, de 690 MW, um empreendimento no qual a VBC tem sociedade com o grupo do setor de alumínio Alcoa. Também está nos planos do grupo, a termoelétrica de Carioba, com 945 MW, ainda a ser viabilizada. Outros 1,8 mil MW serão agregados ao parque gerador da VBC e da CPFL Geração com três novas usinas hidrelétricas, cujos contratos serão fechados ao longo deste ano. (Valor - 20.03.2001)

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1- Investimentos estrangeiros tem saldo positivo em fevereiro de 2001


O saldo de investimentos estrangeiros no Brasil em fevereiro de 2001 voltou a ser positivo, mas a entrada de não-residentes foi bem menor que a retirada em janeiro de 2001. De acordo com levantamento divulgado pela CVM, no dia 19.03.2001, entraram no país US$ 716,49 mi e saíram US$ 613 mi, o que resultou em um saldo no período de US$ 103 mi. Em janeiro de 2001, o saldo havia sido positivo em US$ 432 mi. O fluxo de recursos é bem melhor do que o verificado em 2000, quando o Brasil perdeu R$1,8 bi. As carteiras são, na maior parte, formadas por ativos de renda variável. As ações representam 92,35% do estoque de recursos, ou US$ 17 bi. Em fevereiro de 2001, o estoque de investimentos estrangeiros no Brasil era de US$ 19,6 bi ou R$ 40,1 bi. (Valor - 20.03.2001)

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2- Empréstimos do BID caíram 40% em 2000


O BID emprestou em 2000, US$ 5,3 bi para projetos na América Latina, volume mais de 40% inferior aos US$ 9,5 bi de 1999. Segundo o relatório anual divulgado no dia 19.03.2001, durante a 42ª Reunião Anual do BID, esta queda ocorreu por causa do fim do programa de empréstimo de emergência criado em 99, para salvaguardar a estabilidade da América Latina. Os desembolsos totais, incluindo outras formas de financiamento que não diretamente os créditos, foram de US$ 7,1 bi. Ao setor privado, foram aprovados 11 empréstimos e duas garantias no valor de US$ 512mi. Mas como cada dólar de financiamento do BID mobiliza outros cinco de outras fontes, estes projetos receberam investimentos de US$ 3 bi. O lucro do banco cresceu 49%, de US$ 568 mi para US$ 846 mi. Para custear os empréstimos, o banco captou US$ 8 bi no mercado, e pretende repetir o mesmo volume de captações em 2001. O capital total do BID atingiu US$ 100 bi em 2000. (Valor - 20.03.2001)

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3- BID emprestou US$ 658,2 mi para o Brasil em 2000


No ano 2000, o BID emprestou para o Brasil cerca de US$ 658,2mi e a carteira para o país chegou a US$ 22 bi. Em projetos do setor privado, receberam recursos ou garantias do BID o lançamento de US$ 200 mi em bônus de cinco anos da Light, o projeto da usina hidrelétrica de Cana Brava (no rio Tocantins, em Goiás), a eletrificação rural no norte do país feita pela empresa Guascor e a usina hidrelétrica Dona Francisca, construída pela Dona Francisca Energética no rio Jacuí, RS. O Brasil também recebeu recursos para o setor público, como para o programa de desenvolvimento sustentável do Pantanal. Em 2000, o BID criou novos mecanismos de crédito mais flexíveis, que espera serem mais utilizados em 2001. Uma nova modalidade é a de empréstimos em várias etapas, para programas de investimento com duração superior a 5 anos. (Valor - 20.03.2001)

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1- Distribuidoras de gás e investidores divergem sobre proposta da ANP


A proposta de cotar o gás natural nacional em real e manter o importado indexado ao dólar, feita pelo direto geral da ANP, David Zylbersztajn, provocou reações opostas entre os representantes da iniciativa privada. Distribuidoras do combustível que dependem do gás importado alegam serem prejudicadas com a medida. Já os investidores em termelétricas pensam de outra forma. Eduardo Bernini, presidente no Brasil do grupo EDP, entusiasmou-se com a idéia. O grupo EDP projeta ter uma potência instalada próxima a 2.000 MW em termelétricas movidas a gás natural. Segundo o executivo, na produção de eletricidade, o gás natural substitui principalmente a água, não o óleo combustível ou a gasolina. E a mudança do atual sistema de preços provoca, naturalmente, o aumento da competitividade da energia produzida a partir do gás natural, na comparação com aquela de origem hídrica. (Gazeta Mercantil - 19.03.2001)

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2- Gás importado é 50% mais caro


A diferença entre os preços do gás natural nacional e do importado pelo gasoduto Gasbol está sendo o centro de uma polemica entre as distribuidoras de gás canalizado do país. Dependendo da região e do tipo de gás, a diferença entre os valores praticamente chega a 65% . A CEG, no Rio, por exemplo, paga R$ 183 por mil metros cúbicos do insumo. Sua vizinha a Gás Brasiliano, na área noroeste de São Paulo, paga R$ 275 pela mesma quantidade. Na média, o gás boliviano está saindo 50% mais caro. (Valor - 19.03.2001)

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3- Comgás vai aumentar investimentos


A distribuidora de gás natural Comgás vai investir R$ 256 mi em 2001. O volume é quase R$ 100 mi superior aos valores inicialmente projetados, e sua maior parte será destinada à expansão da rede no interior do Estado de SP. Cerca de R$ 100 mi estão reservados à obras na rede já existente. Segundo Oscar Prieto, presidente da companhia, a revisão dos valores relaciona-se, basicamente, ao atraso das obras que estavam com início de operação previsto para 2000. No total, a empresa projeta construir, este ano, 320 km de dutos de alta pressão. Em 2002 a Comgás projeta investir mais de R$ 150 mi. "Será outro ano de investimentos pesados, por causa da construção de alguns sistemas de alta pressão e das usinas termelétricas", diz Pietro. (Gazeta Mercantil - 19.03.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Claudia Colares, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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