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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 601 - 15 de março de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

 

1- FGTS na compra de Furnas pode chegar a R$ 3 bi


O ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, defendeu, dia 14.03.2001, o uso de recursos do FGTS para a compra de ações de Furnas. A idéia dentro do governo é repetir o sistema utilizado na venda de ações da Petrobras em 2000. A proposta já está sendo discutida entre governo e trabalhadores e ainda precisa ser aprovada pelo CND e pelo Conselho Curador do FGTS. Pela proposta, os trabalhadores poderiam usar, no caso de Furnas, no máximo R$ 3 bi do FGTS que estão hoje aplicados em títulos do Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS). As ações da estatal poderiam ser compradas com um desconto no preço máximo de 20%. (O Globo - 15.04.2001)

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2- CND decidirá modelo de Furnas


O modelo de venda pulverizada das ações de Furnas vai depender da análise que o CND fará da participação relevante ou não dos acionistas minoritários do Sistema Eletrobrás. Cerca de 30% do capital total da holding que controla o setor elétrico federal está nas mãos de investidores privados. A informação é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alcides Tápias, a uma indagação sobre o mecanismo que o Governo federal dispõe para privatizar as geradoras de energia elétrica controladas pela Eletrobrás. O presidente de Furnas, Luiz Carlos Santos, antecipou que os papéis da Eletrobrás estão nas mãos de pequenos investidores e foram comercializados diretamente nas Bolsas de Valores do Brasil e dos Estados Unidos. Ou seja, a União tem 70% do controle de Furnas e 30% estão nas mãos de investidores diversos. Segundo Luiz Carlos Santos, o capital estaria bastante diluído e não representaria risco manter o modelo de venda defendido pelo Governo. (Jornal do Commercio - 15.03.2001)

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3- Governo terá golden share em Furnas


O ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, afirmou, dia 14.03.2001, que o Governo federal vai criar uma golden share - ação especial - para ter poder de voto e veto nas decisões de Furnas. Um dos pontos acordados na pauta do CND é a instituição da golden share. Tápias explicou que este mecanismo consiste em dar poderes à União para que venha a interferir em qualquer decisão relevante da empresa quando for privatizada. Segundo Tápias, esta ação poderia ter um determinado prazo de validade e o objetivo central é evitar que decisões da diretoria da empresa prejudique os demais sócios da companhia. ''O Governo ficaria com uma única ação em mãos, sem qualquer valor financeiro, mas que poderia ser utilizado caso fosse comprovado que decisões da diretoria profissional traria prejuízos aos sócios'', explicou. ''É o mesmo modelo que adotamos para a Embraer.'' (Jornal do Commercio - 15.03.2001)

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4- Ministro reconhece vulnerabilidade do setor elétrico


O novo ministro de Minas e Energia, José Jorge, reconheceu, dia 13.03.2001, que o setor elétrico está vulnerável por causa do baixo nível dos reservatórios. Segundo ele, o país pode adotar medidas de "racionalização" para evitar a escassez de energia. A prioridade inicial do ministério será o gerenciamento da demanda. "Temos que investir em termelétricas, hidrelétricas e outras formas de produção para aumentar a oferta e ao mesmo tempo procurar racionalizar a demanda, diminuindo as perdas, negociando com grandes consumidores de tal forma que se possa garantir para o crescimento econômico uma oferta de energia permanente", afirmou. O deslocamento do consumo nos horários de maior demanda, a substituição de fontes de energia para shoppings, que usariam gás, e até um desconto para consumidores residenciais ao economizarem energia foram exemplos de racionalização citados pelo ministro. Programas como o Procel, de economia de energia, devem ser intensificados. (Valor - 14.03.2001)

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5- Governo volta a falar em racionamento

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse, dia 14.03.2001, que eventuais medidas para conter o consumo de energia, em caso de crise, só serão adotadas a partir de maio de 2001. Medidas serão necessárias se não houver recuperação das reservas hídricas - que estão em níveis preocupantes- até final de abril. Segundo o relatório do ONS, os níveis dos reservatórios, que estão hoje em torno de 34%, terão que chegar a 50% para eliminar riscos. Dia 12.03.2001, após ser empossado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro afirmou que deve haver medidas de racionalização "não racionamento" para evitar que o consumo supere a demanda. (Valor - 15.03.2001)

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6- Perda de energia chega a 30% no Brasil


O índice de desperdício e perda de energia no país, da ordem de 13% a 15%, é elevado, afirmou, dia 14.03.2001, o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo."O índice é elevado e nós queremos melhorar'', observou. O percentual refere-se às perdas técnicas e comerciais das empresas. Algumas, informou, chegam a ter 30% de perda, enquanto o nível considerado bom é da ordem de 6% a 7%, como é o caso da CPFL, exemplificou. Na Light, as perdas chegaram a 15,3% até setembro de 2000, sendo 9% de perdas comerciais e 6,3% de perdas técnicas. Em razão dessa situação, o ministro de Minas e Energia, José Jorge, começará, dia 15.03.2001, a analisar o estudo do ONS, que prevê cenários sobre o abastecimento de energia no país, diante dos baixos níveis dos principais reservatórios do país. (Jornal do Brasil - 15.03.2001)

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7- Linhas de transmissão podem amplificar crise


A eventual crise energética, por causa do baixo nível do reservatórios, pode revelar outra vulnerabilidade do setor elétrico: a insuficiência do sistemas de transmissão. Apesar da Aneel ter aberto licitação para novas linhas, a fim de ampliar a rede básica, o sistema de transmissão ainda não está preparado para dar vazão a toda energia excedente que as regiões Sul e Norte poderiam mandar para as demais. Atualmente, essa deficiência é percebida especialmente no sistema que liga a região Sul à Sudeste. Enquanto o Sul tem excedentes, algumas áreas do Sudeste sofrem com a carência de energia. Por causa da insuficiência de linhas de transmissão, a energia contratada com a Argentina não está entrando no país em sua totalidade. O contrato prevê a importação de 1000 MW. A compra foi suspensa no final de 2000 e retomada em um terço, no dia 12.03.2001, devido a impossibilidade de trazer o volume contratado. As linhas de transmissão que ligam a região Sul à Sudeste têm capacidade para transportar somente 5,6 mil MW de energia. (Valor - 14.03.2001)

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8- Eletrobrás incentiva produtores independentes


A Eletrobrás vai promover, na segunda quinzena de março de 2001, chamada pública para investidores em PCHs. Com isso, os produtores independentes desse tipo de empreendimento poderão viabilizar seus projetos por meio de contratos de fornecimento de energia (PPA - Power Purchase Agreement) com a estatal, garantindo, também, acesso à linha de crédito do BNDES específica para projetos de pequenas hidrelétricas. Com o projeto, a estatal pretende garantir a compra, em três anos, de 1,2 mil MW de energia gerada por produtores independentes do setor. O diretor de Engenharia da Eletrobrás, Marco Aurélio Palhas de Carvalho, lembra que a chamada desta semana garantirá a compra, pela estatal, dos primeiros 400 MW de energia a serem adquirida pelos investidores. (Gazeta Mercantil - 14.03.2001)

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9- Privatização da Cesp deve sair em maio de 2001


O leilão de venda da Cesp Paraná deve acontecer somente no mês de maio de 2001, por conta do atraso na operação de enchimento do reservatório da usina hidrelétrica Sérgio Motta. Para que o leilão seja realizado, no entanto, é necessário publicar um novo edital, por conta da mudança do ano fiscal. Além disso, o preço mínimo definido para a realização do último leilão, de R$ 1,739 bi, deve ser reavaliado. Esse valor, no entanto, só deve ser definido depois da reunião do Conselho de Administração da Companhia, para a aprovação do balanço consolidado do ano de 2000. Somente com a definição destes valores será possível definir o novo valor de venda da Cesp, numa tarefa que deve ser desempenhada pelo consórcio Máxima e o banco UBS Warburg. (Elétrica - 15.03.2001)

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10- Secretário de energia do Rio ameaça pedir suspensão da concessão da Cerj


O secretário estadual de Energia do Rio de Janeiro, Wagner Victer, ameaçou no dia 14.03.2001 pedir à Aneel a suspensão da concessão da Cerj e a abertura de uma CPI na Assembléia Legislativa para investigar o contrato entre o estado e a empresa. Segundo Victer, nos 66 municípios em que a Cerj atua - com 1,5 milhão de habitantes ao todo - são comuns apagões e reclamações por má prestação do serviço. O gerente de engenharia da Cerj, Albino Motta, usando dados da Aneel, afirmou que a empresa reduziu em 70% o tempo das interrupções no fornecimento de energia e o número de vezes em que ocorriam, contra a média de 25% entre as demais operadoras. O secretário se reúne no dia 15.03.2001 com o presidente da companhia, Javier Villar, para cobrar soluções. Villar rebate as acusações dizendo que a Cerj investirá R$ 196 mi e pretende eletrificar todas as propriedades rurais nos municípios atendidos até o fim de 2002. (O Globo e O Dia - 15.03.2001)

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1- Multinacionais investem em PCHs


O segmento de PCHs despertou o interesse de empresas de capital estrangeiro. A espanhola Guascor pretende investir R$ 600 mi no setor para, em três anos, chegar a uma capacidade instalada de 400 MW. A canadense Brascan Energética está em fase de expansão do seu parque elétrico no Brasil e planeja produzir 500 MW também no período de três anos. Segundo o presidente Antonio Carlos Novaes, 40% serão provenientes de PCHs e 60% de centrais de médio porte e um dos atrativos das pequenas centrais hidrelétricas é o fato de não haver necessidade de licitação. Novaes afirmou ainda que até hoje os projetos em andamento no País e em fase de implantação somam 90 MW, chegando a 150 MW no final de 2001. (Gazeta Mercantil - 14.03.2001)

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2- Espanhola Guascor investirá no sul


No Rio Grande do Sul, a Guascor tem uma parceria com a CEEE para a exploração de Furnas do Segredo, no rio Jaguari, com uma PCH com capacidade para 10 MW divididos em duas unidades geradoras. O licenciamento ambiental já foi concedido e o início da obra está previsto para meados de 2001. É um investimento de R$ 13 mi e deverá estar pronto em 18 meses. Pelo acordo, a CEEE terá direito a 30% da energia produzida. Matos revelou que no estado também há estudos com a CEEE para aproveitamento do rio Ijuí, com a construção de quatro PCHs num total de 84 MW. Há três anos em atuação no Brasil, a empresa espanhola mantém parcerias com a Celesc, de Santa Catarina, para utilização de ativos e aproveitamentos hídricos em mais quatro pequenas centrais. O diretor da Guascor informou que a estratégia da empresa para esse segmento é concentrar estudos e investimentos do Espírito Santo para o Sul. (Gazeta Mercantil - 14.03.2001)

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3- Celesc perde mais uma etapa na ação contra Gerasul


O desembargador Alcídes Aguiar, do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, julgou no dia 14.03.2001 improcedente a petição da Celesc para reconsiderar a liminar que autoriza a Gerasul cobrar 21,74% a mais da energia vendida para a estatal catarinense. Aguiar deve levar para julgamento, no dia 15.03.2001, o agravinho da Celesc contra sua decisão. A ação será analisado pela Câmara Civil Especial do Tribunal de Justiça. A Gerasul vende dois terços da energia elétrica distribuída pela Celesc. (A Notícia - SC - 14.03.2001)

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4- Siemens pretende alavancar sua atuação no Mercosul


A Siemens anunciou recentemente a nacionalização da produção de disjuntores de alta tensão. O objetivo é alavancar sua atuação no Mercosul. Para nacionalizar os componentes, a fábrica brasileira está sendo modernizada e a equipe foi capacitada por meio de treinamentos na Alemanha. A empresa já exporta para o Paraguai e Bolívia, e tem feito contatos em busca de oportunidades na Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia. (Valor - 14.03.2001)

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5- Rolls-Royce poderá produzir turbina para energia elétrica

O presidente mundial da Rolls-Royce Power Ventures, Kevin Smith, admitiu, dia 14.03.2001, que a fábrica de manutenção de motores aeronáuticos da Rolls-Royce Brasil, em São Bernardo, poderá ser utilizada também para fabricação de turbinas de geração de energia elétrica. Ele disse que a produção de turbinas ainda não é viável porque a Rolls-Royce fabrica versões dos equipamentos com capacidade de geração de até 50 MW enquanto os 59 projetos de termogeração em andamento no país exigem equipamentos com capacidade de 120 MW. Smith acredita que em cinco anos as usinas de termogeração no Brasil terão capacidade de produzir 8 mil MW. (Diário do Grande ABC - 15.03.2001)

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1- Empresas buscam mais empréstimo em dólar


Os repasses por meio das linhas de crédito regulamentadas pela Resolução 2770 - antiga Resolução 63, que caracteriza um empréstimo em dólar para as empresas, cresceram nominalmente 5% em janeiro, ou R$ 780 mi. O crescimento real foi de cerca de R$ 600 mi, considerada a variação cambial de 0,8% em janeiro de 2001. O estoque dos empréstimos atingiu em janeiro seu maior valor desde 1997, R$ 17,186 bi. Mas o perfil dessas linhas mudou, antigamente a grande procura das linhas de 63 eram para os empréstimos de longo prazo. Hoje é comum entre as empresas especular no curtíssimo prazo. Muitas tomam o empréstimo em dólar, fazem o swap para o CDI, mas esperam alguns dias para travar a operação, ficando à mercê da oscilação do dólar por alguns dias e eventualmente ganhando uma rentabilidade. (Gazeta Mercantil - 15.03.2001)

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2- Mercado financeiro internacional afeta taxa de câmbio


O nervosismo do mercado financeiro internacional, que começou logo pela manhã quando a agência de classificação de risco norte-americana Fitch colocou em perspectiva negativa 19 bancos japoneses, não deu trégua ao Brasil. O dólar comercial fechou na maior cotação do ano, a R$ 2,078, o preço mais alto desde o dia 03.03.1999, quando o dólar foi cotado a R$ 2,16. As projeções para as taxas de juros subiram. A Bovespa caiu 2,1%. Mesmo com a elevação na cotação do câmbio, o BC não interveio no mercado vendendo dólares ou títulos cambiais para estancar a desvalorização do real. "O BC agiu certo porque o nervosismo não é com fatores internos mas sim externos e não há como lutar contra isso", afirma o diretor de câmbio da Liquidez, Hermann Miranda. (Gazeta Mercantil - 15.03.01)

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1- Petrobras deve antecipar a operação de seis térmicas para agosto de 2001


A Petrobras deve antecipar para agosto de 2001, a operação de seis termelétricas localizadas na região Sudeste, que só deveriam ser concluídas entre outubro e dezembro de 2001, informou Delcídio Gomez, diretor de gás da estatal. A medida é um reflexo do alarme que se instalou no setor elétrico, desde o início de 2001, por causa do baixo nível dos reservatórios. O nível dos reservatórios está em 34% - 11 pontos percentuais abaixo do valor apurado em março de 2000. As seis novas usinas somariam 1,8 mil MW ao sistema energético do país. A tentativa do ministério de Minas e Energia é fazer com que a participação do gás natural na matriz energética do país pule dos atuais 2,5% para 12% até 2010. (Valor - 14.03.2001)

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2- Duas novas térmicas entram no contrato da CEG Rio


Outras duas térmicas foram incluídas no contrato de abastecimento de gás assinado no dia 14.03.2001 entre a CEG e a Petrobras. Pelo acordo, a empresa fluminense passa a distribuir o gás fornecido pela Petrobras para seis térmicas, entre elas Cabiúnas - controlada pela Light, Mitsui e Petrobras - e a Usina Termelétrica Eletrobras. No entanto, estas duas usinas fariam parte de um acordo posterior, não deste. As demais térmicas que vão comprar o gás intermediado pela CEG são: Termorio, da Petrobras; Termo Norte Fluminese, controlada pela Petrobras, Termobras e Light; Macaé Merchan, da norte-americana El Passo; e Eletrobolt, da Enron. As seis térmicas deverão consumir juntas 16 milhões m³ até 2003 e gerar 3 mil MW no período. Todas estão localizadas no Estado do Rio de Janeiro. (Gazeta Mercantil - 14.03.2001)

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1- Escassez de energia pode afetar produção


O consumo industrial de eletricidade não pode ser reduzido, a curto prazo, sem reduzir a produção. Dado o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, torna-se iminente, de acordo com analistas do setor, a adoção de programas de racionalização ou racionamento de energia elétrica por parte do governo. Assim, os índices de queda na produção industrial dependem da intensidade e do perfil do programa adotado de contenção de consumo. No Sudeste, as maiores negociações entre concessionárias do setor elétrico e consumidores industriais teve por objetivo deslocar parte do consumo do horário de ponta para outros períodos do dia. Nesse esforço já colaboram, por exemplo, Carbocloro, Cosipa e Petroquímica União (PQU). A questão, entretanto, envolve a redução do consumo, em qualquer horário do dia, para preservar a água dos lagos das hidrelétricas. No caso das indústrias, isso poderia ser feito através da substituição por gás natural ou diesel. Todavia, a indefinição de regras pelo governo dificulta o processo de investimentos em auto-suficiência energética, atrasando os projetos. Um deles é a termelétrica da PQU, com potência de até 240 MW, investimentos próximos a US$ 400 mi, cuja operação foi adiada de 2001 para 2003. (Gazeta Mercantil - 13.03.2001)

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1- Endesa investirá na América do Sul


A Endesa quer reordenar suas participações na América do Sul com intuito de reduzir custos. Esta medida se insere no plano estratégico divulgado recentemente. A empresa pretende comprar as partes de acionistas minoritários de companhias onde já possui maioria acionária, como a chilena Enersis, cujo 65% do capital é da espanhola. O plano prevê investimentos de US$ 1,86 bi até 2005 e objetiva a melhoria da rentabilidade nos países onde a Endesa já é líder e o crescimento no mercado norte-americano e brasileiro. Na Espanha, pretende vender centrais com 2.500 MW e redes com capacidade para abastecer 600 mil clientes. O anúncio de quais serão negociadas só será feito em alguns meses. (Diário Econômico - PT - 15.03.2001)

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2- RWE e EDF assinam acordo de comercialização de energia


A RWE anunciou, junto com a EDF, acordo para comercialização conjunta de energia, cumprindo com o pacto feito na Federação Européia de Energia (EFET). Essa união permitirá unificar os contratos dos projetos realizados entre as filiais da alemã e da francesa e abrange direitos e obrigações iguais para ambas as empresa nos pagamento e oferecimento de garantias. O projecto da EFET conta ainda com a participação da AEP, Mirant, Enron, E.ON, EnBW, Electrabel e Nuon.(Diário Econômico - PT - 15.03.2001)

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3- França e Reino Unido abrem sua rede à competição


Os gestores do cabo elétrico submarino que liga França e Reino Unido decidiram abrir o acesso à interconexão de 2000MW para a importação e exportação de eletricidade entre os dois países. Atualmente, só a EDF utiliza a conexão. A decisão foi tomada devido às pressões da Comissão Européia, que pretende ver o mercado europeu mais competitivo e integrado. O Comissário de Competição, Mario Monti, disse que a liberalização do mercado de eletricidade fará os preços baixarem e reduzirá os custos das empresas, não só na Europa como em todo o mundo. (Enervia - 15.03.2001)

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4- Hidrocantábrico examina proposta da RWE


O Conselho administrativo da Hidrocantábrico se reunirá no dia 19.3.2001 para se pronunciar sobre a oferta de aquisição da RWE, que propõe US$ 23,6 por ação. Pelo menos seis dos quinze conselheiros da companhia apóiam a aprovação dos alemães. No entanto, a proposta da EDP junto com a Cajastur, que oferece US$ 21,7, já garantiu apoio de 35% do capital, o que impede qualquer tentativa de mudança nos estatutos da empresa, que exigem respaldo de no mínimo 75% dos acionistas. O presidente da RWE pediu à Cajastur responsabilidade para chegarem a um acordo caso a proposta venha a ser aprovada e descartou a possibilidade de entrar na Justiça para reverter o quadro. A RWE afirmou ainda que seu objetivo é obter a maioria do capital e dos direitos de voto para poder administrar com suficiente apoio do Conselho de Administração. (EL Mundo - 15.03.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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