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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 594 - 06 de março de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

 

1- Aneel debaterá conceitos para reajuste


A Aneel realizará, na segunda semana de março, uma audiência pública para debater o novo regulamento sobre os conceitos econômicos para reajustes e revisões das tarifas de energia elétrica. As novas regras, que devem ser aprovadas ainda no primeiro trimestre de 2001, vão definir um índice de redutor de produtividade, o chamado fator X, nos reajustes anuais. Esse fator poderá ser decrescente ano a ano, com um impacto menor na tarifa. O consumidor não sairá perdendo porque a diminuição do índice vai depender de metas adicionais de qualidade que a distribuidora terá que fazer. (Gazeta Mercantil - 06.03.2001)

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2- Termina prazo para inscrição em audiência pública da Aneel


Terminou dia 05.03.2001, às 18 horas, o prazo para que representantes do setor elétrico se inscrevam como expositores em audiência pública, a ser realizada em Brasília dia 15.03.2001, que vai debater os procedimentos para determinação de encargos sobre o sistema de transmissão de energia elétrica. (Gazeta Mercantil - 05.03.2001)

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3- Terceiro linhão de Itaipu sofre atrasos e fica para 2002


A partir de maio de 2002, Furnas colocará em operação a terceira e última linha de transmissão do complexo de Itaipú, e irá gerar toda a sua capacidade de energia, que é de 12 mil MW. Esta linha terá capacidade de fornecer ao país mais 4 mil MW, distribuídos a partir de São Paulo. Além disso, permitirá que a energia que sobra na região Sul do país seja transportada até a região Sudeste, que é a de abastecimento mais crítico de todo o país. O projeto de construção da linha, a terceira e última de corrente alternada de Itaipu (LT 1, LT 2 e LT 3), foi abandonada na década de oitenta por causa da estagnação da economia. Problemas estão causando atrasos e as obras estão levando dois anos para terminar. Segundo Furnas, o atraso ocorreu por problemas na obtenção de licenças ambientais entre o município de Itaberá e a localidade de Tijuco Preto, na cidade de Mogi Mirim (SP). No atual estágio, sem a LT 3 completa, a hidrelétrica fornece 6,3 mil MW. (Valor - 28.02.2001)

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4- Aneel passa a usar monitoramento via satélite


Antiga aspiração do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos, SP, o monitoramento via satélite de reservatórios já está nas mesas e nos painéis da Aneel. Com ele, a Aneel passa a produzir um índice confiável de enchimento/esvaziamento de todos os reservatórios. De interesse tanto do monitoramento da oferta de energia (regulando fluxos e refluxos de vazões) como da prospecção ambiental dos lagos e mananciais. Além disso, o índice recalibrará o pagamento, pelas geradoras e transmissoras, das taxas municipais de compensação financeira por território ocupado. (O Globo - 03.03.2001)

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1- Celesc aguarda abertura de propostas de consultoras para reestruturação


O Grupo de Trabalho responsável pela nova modelagem da Celesc está aguardando o dia 12.03.2001, quando serão abertas as propostas de 9 consultoras para a execução da modelagem. Escolhida a empresa consultora, esta terá 120 dias para executar os trabalhos de modelagem, sempre acompanhada pelo Grupo de Trabalho. O Grupo de Trabalho é coordenado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e tem a participação de representantes do Governo, da diretoria da empresa e dos empregados. (Celesc e UFRJ - 06.03.2001)

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2- Premissas para modelagem da Celesc já foram definidas


Algumas premissas para reestruturação da Celesc já foram definidas pelo grupo de trabalho responsável pela nova modelagem da empresa, tais como: o Estado manterá o controle acionário do sistema, sendo majoritário na Distribuição; o Estado não alienará parcelas de capital que mantém atualmente na Celesc; devem ser mantidos os atuais postos de trabalho e os atuais contratos individuais e coletivos de trabalho; pretende-se criar duas novas empresas (de Geração e Telecomunicações), nas quais o Estado poderá ser minoritário; as empresas poderão ter gestão compartilhada, disciplinada através de Acordo de Acionistas e/ou Contrato de Gestão. A empresa consultora terá como objeto de estudo alternativas para o saneamento financeiro da Celesc; melhores opções para constituição das novas empresas (especialmente Geração e Telecomunicações); Plano de Negócios para as novas empresas; avaliação de alternativas e repercussões da constituição de empresa "holding" e sugestão de minutas de Contrato de Gestão e Acordo de Acionistas. (Celesc e UFRJ - 06.03.2001)

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3- Usina de Manso tem geração ameaçada por falta de chuva


Apesar de ter sido construída para produzir 210 MW de energia, volume que livraria o Mato Grosso da dependência de outros estados, a hidroelétrica de Manso deve produzir apenas 25 MW. Espera-se que com a usina operando com força máxima e com a chegada do gás que alimentará a termoelétrica da Enron, o estado produza cerca de 200 MW de excedente de energia. A baixa produção da hidroelétrica se deve à dificuldade de se formar um lago, pois as chuvas, assim como a vazão do rio, estão bem abaixo da média histórica. O resultado é que, apesar das obras estarem sendo concluídas, o cronograma de geração deve ser atrasado. Atualmente, as duas primeiras máquinas (cada uma com potência instalada de 52,5 MW) estão concluídas, e a terceira unidade está prevista para entrar em funcionamento no dia 31.03.2001. (Gazeta Mercantil - 05.03.2001)

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4- Usiminas amplia capacidade instalada


Em função das perspectivas de aumento da demanda com a retomada do crescimento insdustrial, a Usiminas está investindo US$ 30 mi na instalação de duas estações de tratamento de aço na usina de Ipatinga, no Vale do Aço, que deverão entrar em operação até o final de 2001. A instalação das novas estações não exigirá paradas na linha de produção da Aciaria II da usina de Ipatinga, onde serão instaladas. Isso porque as atuais estações de pós-tratamento de aço, instaladas entre os convertedores e as máquinas de lingotamento, não serão desativadas. (Gazeta Mercantil - 05.03.2001)

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5- Presidente da Duke afirma que Brasil caminha para crise semelhante à da Califórnia

O presidente da Duke Energy, Bruce Williamson, declarou que o mercado brasileiro de energia caminhará para a mesma crise ocorrida na Califórnia caso não se acelere a abertura do setor. A empresa já possui oito hidroelétricas no rio Paranapanema, em São Paulo. Segundo Williamson, a situação atual do Brasil se assemelha com a de alguns anos atrás do estado americano. Há demora em abrir o mercado e em garantir investimentos após ela, assim como aconteceu naquele país. A termelétrica de Pederneiras, empreendimento da empresa norte-americana, está com as obras atrasadas devido ao atraso do licenciamento ambiental. O presidente afirmou ainda que o problema se agrava devida a grande participação do governo no setor, o que é incompatível com o livre mercado. Ao comentar a transição do ministro de Minas e Energias, o executivo preferiu não opinar, dizendo apenas esperar que o sucessor de Tourinho acelere o processo de liberalização. (Gazeta Mercantil - 05.03.2001)

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6- Duke afirma interesse no país


Apesar das dificuldades que têm aparecido, a Duke Energy não pretende diminuir ou redirecionar os investimentos planejados para o país, afirmou o presidente da empresa. Três projetos de termoelétricas da empresa, que abasteceriam as regiões Sul e Sudeste, estão atrasados devido ao licenciamento ambiental necessário assim como a compra de gás natural da Petrobrás está complicada. O executivo disse ainda que a Duke já possui capital próprio, equipamento e capacidade para administração de riscos suficientes para começar a construir rapidamente as termelétricas de Pederneiras, Corumbá e Puerto Suarez. Quanto ao interesse da empresa nas estatais que serão privatizadas como Furnas, Chesf e Eletronorte, afirmou que há possibilidade de entrada em leilões. (Gazeta Mercantil - 05.03.2001)

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1- Empresas brasileiras recorrem cada vez mais aos empréstimos bancários


O otimismo com a economia brasileira que tomou conta do mercado em janeiro de 2001, cuja origem esteve principalmente no corte dos juros norte-americanos e da melhora da nota de risco do Brasil, sofreu um forte arrefecimento. A euforia desapareceu, e o País já sente os efeitos da preocupação do mercado internacional com a crise na Turquia, com o possível contágio da Argentina e com o rumo incerto da economia dos Estados Unidos. É por esta razão que a expectativa é a de que as empresas brasileiras continuem recorrendo cada vez mais aos empréstimos bancários. As operações de empréstimos bancários oferecem vantagens expressivas, dizem os especialistas, já que permitem ao tomador obter recursos a prazos maiores e com custos menores do que os que conseguiria caso optasse por lançar títulos de dívida no mercado internacional. Nos primeiros dois meses de 2001, do total de US$ 3,06 bi captados pelas companhias brasileiras no exterior, US$ 1,835 bi (ou 60%) referem-se a empréstimos bancários e financiamentos de operações de comércio exterior. (Gazeta Mercantil - 02.03.2001)

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2- Spread de títulos brasileiros em queda


Desde o início de 2001, os papéis brasileiros estão com spreads em queda. De acordo com analistas, há espaço para que o spread dos títulos brasileiros caia ainda mais. Com a possibilidade de redução nos juros básicos dos Estados Unidos, que estão em 5,5% ao ano, o prêmio pelo risco País será mantido, mas a taxa de juros paga acima dos juros básicos norte-americanos ficará menor. A equação garantirá um spread mais baixo para os títulos da dívida brasileira. Para especialistas, a tendência é que os spreads dos títulos brasileiros continuem caindo após a conclusão da reforma da Previdência e a aprovação da Lei das S.A. (Gazeta Mercantil -05.03.2001)

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3- CTEE's da Cesp de R$ 200 mi vão a leilão


Os Certificados a Termo de Energa Elétrica (CTEE's) da Cesp, no valor total de R$ 200 mi, vão a leilão público no dia 07.03.2001, na BM&F. A sétima missão da Cesp envolve 1.214.700 títulos, divididos em 12 séries de 101.225 cada. Os CTEE'S terão valor unitário de R$ 164,65, o equivalente a 1 MW/h da tarifa B-3 (de baixa tensão) aplicável a CPFL, na data de emissão (01/02/2001). Os recursos, segundo edital publicado, serão destinados ao custeio das obras civis, fornecimento, montagem e supervisão de equipamentos para geração de energia elétrica da usina de Porto Primavera. As séries dessa emissão terão vencimento mensal e sucessivo a partir do dia 01.03.2003. O CTEE's poderão ser utilizados para pagamento da parcela de consumo expressa nas contas de energia elétrica. Para o resgate financeiro, será adotado o maior valor apurado segundo os seguintes parâmetros: juros correspondentes à variação acumulada das taxas médias diárias dos DI de um dia, Extra-Grupo, ou valor da tarifa de fornecimento, classe B-3 de 1 MW/h, aplicável à CPFL, vigente na data de vencimento. (Gazeta Mercantil - 05.03.2001)

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1- Comgás investe R$ 256 mi em expansão de rede


A Comgás irá investir R$ 256 mi em 2001 na ampliação de sua rede de distribuição de gás natural na área industrial. A estimativa é de que esse investimento eleve em 50% o volume de vendas da concessionária em 2001. Ainda em 2001 a Comgás, que conta com vinte (20) unidades de abastecimento de gás natural veicular, aumentará o número para 47 e tem a previsão de contar com mais de cem (100) postos de (GNV). Mais: 36 novas licenças estão em andamento para operação e instalação. (Gazeta Mercantil - 05.03.2001)

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2- Diferença de preços prejudica a Gás Brasiliano


A diferença de preços entre o gás brasileiro e o boliviano tem prejudicado a Gás Brasiliano, empresa que atua no Noroeste de São Paulo. Enquanto o produto nacional custa US$ 2,60 por milhão de BTU, o importado sai a US$ 3,60 por milhão de BTU. A companhia só utiliza o gás da Bolívia, o que prejudica a competitividade do produto em sua área de concessão. Um fato questionado por um executivo da empresa é que o governo subsidia os combustíveis não deixando os preços flutuarem livremente, enquanto o gás natural importado não é regulado e nem subsidiado. Além disso, há o problema do custo do transporte, que corresponde a metade do preço final do produto. (Gazeta Mercantil - 05.03.2001)

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3- Gás Natural estréia fornecimento em agosto de 2001


A Gás Natural São Paulo Sul irá construir seus primeiros dutos a partir de maio de 2001. As obras devem atingir, nesta primeira fase, os clientes de Itu, Salto e Votorantim, uma rede de 100 km. A estimativa é de que o fornecimento tenha início em agosto de 2001. A previsão de investimentos é de R$ 300 mi ao longo de dez anos. (Gazeta Mercantil - 05.03.2001)

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1- Bruxelas autoriza OPA de EDP e Casjastur sobre Hidrocantábrico


A Comissão Européia decidiu autorizar a aquisição da espanhola Hidrocantábrico pela portuguesa EDP e pelas sociedades espanholas Castajur e Caser. Segundo anunciou o executivo da União Européia, em comunicado, a oferta pública de compra, "não apresenta problemas de concorrência, pois a EDP e a Hidrocantábrico tem competidores reais ou potenciais em seus mercados internos". A investigação da Comissão sobre o impacto do acordo no mercado de eletricidade na Península Ibérica indica que a EDP e a Hidrocantábrico "não podem considerar-se competidores potenciais reais em seus respectivos mercados dadas as limitações da interconexão entre os dois países". (El Mundo - 06.03.2001)

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2- TotalFina Elf compra ativos de geração e distribuição da Gener na Argentina


A multionacional franco-belga TotalFina Elf comprou os ativos de geração e distribuição elétrica da Gener na argentina por US$ 612 mi, conforme divulgado pela companhia no dia 05.03.2001. A aquisição corresponde a 63,9% da sociedade Central Puerto, a 100% da central de TermoAndes e da linha elétrica InterAndesa, assim como a 70% da Hidroneuquén, que possui 59% da central Piedra del Aguila e um projeto de interconexão elétrica entre a Argentina e o Brasil. Esses ativos tem uma capacidade instalada de 4.200 MW de potência. A compra desses ativos permitirá a companhia petroleira reforçar sua posição na cadeia de gás e eletricidade, área onde estará concentrando sua estratégia de participação ativa nos mercados do Conesul, onde o grupo possui reservas de gás. (Europa Press - 05.03.2001)

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3- Califórnia assina contratos de longo prazo com geradoras


O Estado da Califórnia firmou 40 contratos de longo prazo destinados a reduzir o preço que o Estado estará pagando pela eletricidade durante a próxima década, segundo anunciou, dia 05.03.2001, o governador Gray Davis. De acordo com Davis, "esses acordos são a base de uma solução energética a longo prazo e proporcionam confiabilidade a um preço razoável". Os novos contratos, frutos de mais de um mês de negociações, deverão garantir um fornecimento de 8.886 MW anuais durante os próximos dez anos. Estes contratos estavam previstos em uma lei aprovada no dia 01.02.2001, que autoriza o Estado a comprar eletricidade em nome das distribuidoras Pacific Gas Electric e Southern California Edison. (EP e AFP - 06.03.2001)

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4- Iberdrola apresentará projetos de Internet


A Iberdrola apresentará à comunidade internacional seus projetos de Internet através da rede elétrica no encontro mundial UTC Global, que ocorrerá em Paris nos dias 16.03.2001 e 17.03.2001. As companhias do setor irão debater, nsse encontro, os avanços na otimização de recursos para os negócios de telecomunicações. A Iberdrola espera alcançar uma velocidade superior a 10 mbps no segundo trimestre de 2001, com o que oferecerá outros serviços como voz e vídeo-conferência, enquanto avança nos estudos para a sua comercialização. (Europa Press - 05.03.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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