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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 592 - 23 de fevereiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

1- Eletrobrás endurece negociação com o MAE


A Eletrobrás indicou, dia 22.02.2001, que vai endurecer a posição do governo nas negociações com o MAE após o fracasso do acordo anunciado no início de fevereiro de 2001. Tudo isso porque 27 das 53 empresas que integram o mercado se negaram a assinar o acordo nos termos acertados com a Eletrobras após 18 meses de discussões. Cada empresa queria redigir um texto diferente com condicionantes ao acordo, a serem encaminhadas diretamente à Aneel. Enquanto o acordo não sai, novos débitos estão sendo gerados no mercado. As dívidas já estão sendo cobradas na justiça, mas é possível que novos processos tenham que ser abertos tendo a Eletronuclear como autora. Sampaio garante que sua posição tem o apoio do Governo, que o orientou a negociar de modo a "preservar o consumidor de novos encargos". Agora, a arbitragem deverá ser feita pela Aneel ou decidida na Justiça. (Valor 23.02.2001)

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2- Aneel faz reunião com credores da Eletrobrás


A Aneel realiza, dia 23.02.2001, em Brasília, uma reunião com as empresas participantes do MAE e credoras em R$ 578 mi da Eletrobrás. O que se comenta é que a Aneel tentará induzir as participantes a assinar o acordo proposto pela estatal no próprio encontro, chamado de "mediação" na circular de convocação distribuída no dia 22.02.2001. Fala-se, também, que a Eletrobrás recusa-se a participar da reunião. (Gazeta Mercantil - 23.02.2001)

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3- PPT terá menos usinas térmicas


De acordo com o governo, o PPT, será menos ambicioso do que o previsto inicialmente. Disposto a não ceder a pressões da iniciativa privada, que quer o repasse dos custos em dólar das usinas para as tarifas do consumidor final, o governo diz que o programa, que previa originalmente 49 usinas térmicas a gás natural, poderá incluir menos projetos e ser mais estatal do que privado. O novo mecanismo de compensação às variações cambiais para as termelétricas, a ser anunciado pelo governo, irá reduzir o número de participantes privados no PPT. "Nós vamos utilizar a Petrobras, sim, para viabilizar o programa. Também vamos utilizar a Eletrobrás, pois têm um papel estratégico no fomento à geração energética. E o programa vai sair, apesar de contarmos menos com o mercado do que o previsto anteriormente", disse o ministro, que tem sido alvo de especulações sobre uma possível demissão do governo. (Gazeta Mercantil - 23.02.2001)

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4- Governo anunciará mecanismo de compensação cambial para termelétricas


O ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, disse, dia 22.02.2001, que o governo vai anunciar, nos próximos dias, o mecanismo de compensação às variações cambiais para as termelétricas. Mesmo pressionado pela iniciativa privada, o governo não aceita repassar os custos cambiais mais do que uma vez por ano, conforme as regras em vigor desde a criação do Plano Real. Os investidores do setor chegaram a apresentar uma proposta de um fundo cambial no final de 2000, o Fundo Cambial de Geração Termelétrica, que previa repasses a cada três meses e não chegou a sair do papel. (Gazeta Mercantil - 23.02.2001)

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5- Governo deverá anunciar programa de energia eólica

O ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, revelou que o governo vai lançar um novo programa de geração de energia eólica em março de 2001, desenvolvido pela Petrobras. Embora demande um volume maior de investimentos por conta do valor dos equipamentos, segundo Tourinho, a energia eólica se tornaria viável a partir do momento em que fossem criadas condições para produção interna dos bens-de-capital. (Gazeta Mercantil - 23.02.2001)

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6- Inpe entrega à Aneel mapa das reservas hídricas do País


O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entregou, em fevereiro de 2001, o primeiro levantamento detalhado dos 123 reservatórios das hidrelétricas do País à direção da Aneel. Um dos objetivos do estudo, feito a partir de imagens do satélite Landsat, é obter um cálculo preciso das áreas dos 694 municípios que foram ocupados pelas represas. O índice reflete diretamente no pagamento dos taxas de compensação financeira, que é calculado sobre o espaço ocupado. Segundo o Inpe, a maioria das empresas não utiliza essas imagens nos cálculos das áreas ocupadas. O cruzamento das imagens com essas informações ambientais dará aos técnicos da agência um maior entendimento da dinâmica dessas represas e de seu comportamento ao longo dos anos e em períodos determinados, como nas influências climáticas El Niño e La Niña. A Aneel vai ainda utilizar o levantamento para confrontá-lo com as informações fornecidas pelas empresas responsáveis pelas construções das unidades hidrelétricas (Estado - 23.02.2001)

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7- CEA não será mais federalizada


A CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá) não mais será federalizada se o ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho Neto, cumprir o prometido ao deputado federal Antônio Feijão. No dia 20.02.2001, Feijão reuniu-se com o ministro quando discutiram a questão da renegociação da dívida da CEA para com o Governo Federal, o Linhão da Eletronorte para Calçoene, a transposição energética através de cabos submarinos da Ilha de Santana e o aumento de verbas para o Programa Luz no Campo. O deputado amapaense defende a tese de que para renegociar a dívida da CEA, hoje em torno de R$ 62 mi, o governo federal não poderia pressioná-la para que se federalizasse, ou seja, vendesse parte de sua dívida para a Eletrobrás, que seria incorporada através de ações patrimoniais. Assim fazendo, a estatal federal passaria a ter co-gestão, não só da propriedade como também da gestão pública da empresa. (Diário do Amapá - 23.02.2001)

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8- Reservatórios baixos podem comprometer oferta de energia


Na avaliação do ministro Tourinho, as chuvas na região sudeste estão abaixo das expectativas. Este fato pode comprometer a oferta de energia elétrica, em especial devido a tendência de aumento da atividade econômica. No Sul os reservatórios estão vertendo água pelos vazadouros, mas isso não está permitindo economizar água no Sudeste porque as linhas de transmissão do país são insuficientes para transportar para a região toda a energia que pode ser gerada no Sul. As soluções apontadas pelo Ministro são: torcer para que chova mais nos próximos dois meses, especialmente em Minas Gerais e agilizar a inauguração das usinas termelétricas que estão em construção no país. (FSP 22-02-2001 e Nuca-IE-UFRJ)

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1- Alta do dólar deve alterar resultados do primeiro trimestre de 2001


A disparada do dólar tem feito alguns analistas, ainda às voltas com lucros recordes nos balanços de 2000, avaliar possíveis mudanças nos resultados do primeiro trimestre de 2001. Um efeito negativo, porém, depende do comportamento do mercado até o fim de março. A valorização do dólar em 2001, até o dia 21.02.2001, estava em 3,7%, mas os especialistas ponderam que o impacto pode ficar aquém do verificado nos últimos três meses do ano 2000. Segundo analistas, todos os setores da economia sofrerão um primeiro efeito, que é o do aumento do dólar sobre as dívidas indexadas. No setor elétrico, analistas afirmam que a lista das empresas mais afetadas em termos de dívida pode conter a Light e Eletropaulo Metropolitana. No dia 30.09.2000, último dado disponível , essas companhias tinham, respectivamente, 75% e 65% do endividamento atrelados ao dólar. Outro ponto que deve ser levado em conta é a pressão do dólar sobre os custos das companhias. Algumas elétricas devem sofrer com esse efeito, pois compram energia indexada de Itaipu. (Estado - 23.02.2001)

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2- Cemig vai recorrer da multa


A Cemig irá recorrer da multa, imposta pela Aneel, de R$ 3,7 mi pelo descumprimento do prazo de divisão da companhia em três empresas independentes, nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia. A estatal tem até 15 dias para recorrer da punição imposta pela Aneel. De acordo com uma fonte ligada à empresa, a principal argumentação da defesa vai se basear no fato de que a Cemig não pode ser responsabilizada pelo não cumprimento do contrato de concessão assinado pelo governo mineiro durante a gestão do ex-governador Eduardo Azeredo com o governo federal. O contrato estabelece que cabe ao sócio majoritário efetivar a desverticalização da empresa, no caso o Estado de Minas Gerais. O julgamento do recurso da Cemig pela Aneel pode se arrastar por algum tempo, caso o governador Itamar Franco resolva levar adiante a idéia de questionar judicialmente o contrato assinado com a Aneel, que determina a cisão da companhia. (Estado de Minas - 23.02.2001)

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3- Juiz adia decisão e Cesp perde mais uma semana


A falta de uma definição da Justiça do Mato Grosso do Sul sobre a paralisação do enchimento da hidrelétrica de Porto Primavera fará com que o processo de privatização da Cesp Paraná seja prorrogue por pelo menos mais uma semana. O juiz Juliano Rodrigues Valentim, da 1ª Vara da Justiça do Estado, só deve se pronunciar sobre os pedidos da Secretaria de Energia de São Paulo e da Procuradoria do Estado para derrubar a liminar que paralisou o processo em março de 2001. O problema com a hidrelétrica de Porto Primavera é hoje principal entrave para a privatização da Cesp Paraná. As duas ações pedem que o juiz remeta o caso à Justiça Federal ou derrube a liminar. No dia 26.02.2001, a paralisação chegará a três semanas. O atraso, segundo o secretário de Energia de São Paulo, deve empurrar o leilão da Cesp Paraná de março para meados de abril de 2001, pois o novo edital para a privatização da geradora só será feito após a conclusão do enchimento de Porto Primavera. (Folha - 23.02.2001)

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4- AES e Duke Energy afirmam que nível de reservatório de Porto Primavera é essencial para compra da Cesp


Os grupos americanos AES e Duke Energy afirmaram que a sua participação no leilão da estatal está condicionada ao enchimento do reservatório da hidrelétrica de Porto Primavera, usina pertencente à Cesp. O enchimento do lago foi paralisado por força de uma liminar concedida pela 1ª Vara da Justiça Estadual de Mato Grosso do Sul. O enchimento do nível de 253 metros acima do mar para 257 metros foi considerado o principal motivo da desistência dos seis grupos que disputavam o leilão da Cesp em dezembro de 2000. Sem esse volume de queda d'água, a usina não poderá operar em sua capacidade máxima de geração, de 1.800 MW. Segundo analistas, o mais grave da liminar é impedir o represamento exatamente no período chuvoso. A partir de abril, quando entra o período da seca, será mais difícil encher o reservatório. A Duke Energy, considerada favorita pelo mercado na disputa para arrematar a estatal, afirmou, dia 22.02.2001, que considera "crucial" o enchimento do reservatório para a sua participação no leilão. (Valor -22.02.2001)

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5- Abdib diz que sistema energético chegou a seu limite

A Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base diz não acreditar que sistema elétrico entre em colapso em 2001, mas afirma que o país está operando no limite. Convicto da necessidade de participação da iniciativa privada no setor, o presidente da Abdib, José Augusto Marques, diz que o governo esta no caminho certo; mas lembra que ainda existem detalhes importantes que precisam ser corrigidos para que os investidores se sintam seguros e motivados a participar do processo. (Valor - 23.02.2001)

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6- Fórum promovido pela Abdib discutirá setor de energia


Acontecerá em São Paulo o 1º Fórum Brasileiro de Energia Elétrica, que será promovido pela Abdib entre os dias 24.04.2001 e 26.04.2001. Dividido em 4 módulos, no evento os participantes tentarão definir um cenário utópico, ideal para os investidores. Além disso, discutirão possíveis distorções causadas pelo sistema regulatório, instrumentos e soluções para o problema brasileiro, como modalidade de financiamento e novas tecnologias, e por fim os problemas ambientais. O Fórum dará origem a um documento que será enviado ao governo, nele serão identificados os gargalos que dificultam o desenvolvimento do setor no Brasil. (Valor - 23.02.2001)

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1- Petróleo e energia explicam cautela com os juros


Não foi o nível de atividade, nem o quadro externo, mas sim os preços administrados, principalmente os derivados de petróleo e a eletricidade, que fizeram o BC usar cautela na política de redução dos juros. Em uma semana de notícias ruins, o mercado recebeu com um certo alívio a divulgação, no dia 22.02.2001, da ata da reunião dos dias 13.02.2001 e 14.02.2001 do Copom do BC, que interrompeu a trajetória de queda da Selic, mantendo-a em 15,25% ao ano. A ata foi muito clara ao descartar a idéia de uma corrente de mercado de que o BC poderia estar agindo preventivamente ao risco de que a demanda aquecida exercesse uma pressão direta sobre os preços internos ao longo deste ano. Os vilões da manutenção da Selic são os chamados preços administrados, que devem se mover no ano acima do esperado anteriormente pelo BC, especialmente os combustíveis e a eletricidade. (Estado - 23.02.2001)

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2- Programa de PCHs terá até 85% dos recursos financiados pelo BNDES


O BNDES financiará até 85% do valor total dos projetos que fizerem parte do Programa de Incentivo às Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH Com), que foi lançado, dia 22.02.2001, no Rio de Janeiro. O banco oferecerá uma taxa de juros TJLP, que atualmente está em torno de 9,25% ao ano, mais um spread básico de 2,5% e um spread de risco entre 0,5% e 2,5%. Os projetos poderão ter uma redução de 1% no spread básico se estiverem localizados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em relação aos prazos de pagamento, os investidores terão uma carência de seis meses a partir da entrada em operação total da usina e amortização de 10 meses a partir do término da carência. Segundo o BNDES, as operações de investimentos de até R$ 7 mi deverão ser feitas através de agentes financeiros do banco. Já as transações acima deste valor poderão ser feitas diretamente no BNDES ou através dos agentes financeiros. (Canal Energia - 23.02.2001)

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3- BNDES declara intenção de investir R$ 12 bi no setor elétrico até 2003


O presidente do BNDES, Francisco Gros, anunciou que o aporte de capital destinado a investimentos do banco para o setor elétrico, desde o ano 2000 até 2003, é de R$ 12 bi. Dentre os projetos beneficiados pelos recursos, estão 12 usinas hidrelétricas, que responderão pelo incremento energético de 5,8 mil MWs. Além disso, outros 15 projetos, todos voltados à exploração de potenciais hidrelétricos, aguardam a avaliação do BNDES. Caso venham a ser desenvolvidos, responderão pelo incremento de outros 2,9 mil MW. Outro investimento interessante é o de financiar a instalação de projetos de PCHs, que devem crescer em função do programa lançado pelo banco em parceria com a Eletrobrás. Atualmente, 53 projetos de PCHs aguardam, no papel, por investimentos. Além disso, o banco possui outros 14 projetos de usinas termelétricas com investimento total de R$ 3,8 bi e potência de 6,2 mil MW. (Infoenergia - 23.02.2001)

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1- Fábrica da Volks/Audi vai economizar com chegada de gás natural


A Volkswagen/Audi pretende reduzir até 20% dos gastos com gás com a chegada do gás natural ao município de São José dos Pinhais (PR), onde está instalada a fábrica, informou, dia 22.02.2001, o gerente de recursos humanos da montadora, Adilson Zanoni. Em janeiro de 2001, primeiro mês de fornecimento do combustível, a montadora consumiu 668 mil m3 de gás natural. Até dezembro de 2000, a fábrica utilizava gás GLP. Em 2000, o gasto com o combustível foi de R$ 7 mi. Segundo especialistas da montadora, o gás natural apresenta várias vantagens: além de ser mais barato, é mais puro do que o GLP, o que reduz a emissão de poluentes e problemas na manutenção dos equipamentos. O consumo de energia elétrica da Volkswagen/Audi é de aproximadamente 9 milhões de kW/h. (Folha - 22.02.2001)

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2- Cogeração conquista espaços em Pernambuco


Uma nova tendência está se espelhando pelas grandes indústrias do Estado de Pernambuco: a de implantar sistemas próprios de cogeração de energia elétrica. Segundo o diretor da Associação das Empresas do Eixo Sul (Assimpra), Fernando Pimentel, algumas empresas como a Alcoa e a Açonorte estão estudando a implantação desse tipo de projeto, enquanto outras já deram um passo à frente e deverão iniciar as obras ainda em 2001, como é o caso do consórcio que une Rhodia, Petroflex, Alcoolquímica e Energy Works. O objetivo é garantir energia de qualidade que também proporcione redução dos custos. Pimentel diz que, na maioria dos casos, o custo da cogeração não é viável economicamente, mas a confiabilidade proporcionada acaba se tornando um fator de peso. Por isso, a idéia agora é investir nesse projeto, para utilizá-lo no horário de pico, quando o custo da energia é maior e também aumentar a possibilidade de falha na distribuição. (Jornal do Commercio - PE - 23.02.2001)

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3- Indústria investe em aumento da produção em 2001


A plena ocupação da capacidade instalada tem levado indústrias de bens intermediários, confiantes na manutenção da demanda interna e externa, a investir no aumento da sua produção. Basta ver que a indústria apresentou crescimento de 6,5% em 2000 e que o nível de ocupação se mantém na média de 83%. Os setores que mais atraem investimentos são metalurgia, siderurgia, celulose, papel, química e borracha, que apresentam uma média de 90% de utilização da capacidade. Esta utilização está crescendo em ritmo menor que o da produção, o que indica que são feitos investimentos em expansão industrial. (Gazeta Mercantil - 22.02.2001)

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1- El Paso estuda investir US$ 1,5 bi em gás natural


A El Paso Corp. está estudando um investimento de US$ 1,5 bi nos próximos cinco anos para construir seis instalações de gás natural liquefeito nos EUA, México e Caribe. A estimativa é de que o nível dos preços atinja US$ 3,50 a US$ 4 por mil pés cúbicos (mcf), o dobro do padrão dos últimos 15 anos, mas abaixo dos preços correntes do gás natural que estão em US$ 6 ou mais por mcf. O gás natural foi barato durante tanto tempo que os altos preços correntes parecem um erro ou uma injustiça. O nível de preço vai chegar perto de US$ 5 por mcf nos próximos dois a três anos, é o que prevê o analista Tom Robinson, da Cambridge Energy. O panorama para o combustível, para a energia elétrica e para as companhias que se anteciparem corretamente, é de crescimento. (Los Angeles Times - 23.02.2001)

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2- Grandes empresas norte-americanas estudam produzir sua própria energia


Pesquisa realizada pela consultora RKS com 831 empresas norte-americanas revelou que mais de um terço delas pensam em gerar sua própria eletricidade. O estudo revelou que as maiores companhias dos EUA consomem mais energia em seus negócios do que há cinco anos atrás e por isso precisam de fontes seguras e constantes de energia. Desta forma, planejam produzir eletricidade suficiente para substituir ou ao menos minimizar a dependência dos fornecedores. A solução preferida é a terceirização da produção e não o investimento de recursos próprios. O desejo de auto-geração vem do custo elevado que a irregularidade do sistema tem provocado. Cerca de um terço das empresas americanas já possuem seguro contra interrupções de fornecimento e quase o mesmo número declarou já ter tido prejuízo devido a cortes de energia. Metade já aluga geradores para prevenir esse problema. (Energy Bureau - 23.02.2001)

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3- Energéticas americanas pressionam por reforma tributária.


Representantes de diversos setores energéticos norte-americanos afirmaram a necessidade de cortes de impostos e o abrandamento de leis ambientais para conseguirem resolver a crise energética americana. A Associação americana de Energia reivindicou novos investimentos e a introdução de algum mecanismo que possibilite a competição justa e encoraje o suprimento e investimento. O pedido depende da aprovação do Congresso para ser posto em prática. Mas apesar das 17 leis introduzidas no ano de 2000, nenhuma conseguiu atingir um consenso. Os lobistas do setor de gás natural afirmaram ainda a necessidade de investimentos no setor, o que envolveria cerca de US$ 150 bi para melhorar a transmissão e a distribuição do sistema de gás até 2020. (Financial Times - 23.02.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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