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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 591 - 22 de fevereiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

1- BNDES e Eletrobrás lançam Programa de PCHs


O BNDES e a Eletrobrás vão lançaram, dia 22.02.2001, na sede da Firjan, o Programa de Desenvolvimento e Comercialização de Energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH-COM). O objetivo é garantir condições para que a iniciativa privada possa implementar novas unidades geradoras. O BNDES vai conceder o financiamento para a construções das PCHs e a Eletrobrás vai garantir a compra da energia gerada através de contratos, de longo prazo, firmados com os empreendedores. A energia gerada pela hidrelétricas selecionadas pelo programa será agrupada em uma carteira e vendida através de contratos bilaterais firmados com concessionárias ou consumidores livres. A energia que exceder aos valores contratados será comercializada no MAE. A meta do programa é selecionar projetos que totalizem até 1.200 MW em um período de três anos. (Jornal do Brasil - 22.02.2001)

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2- Preço da energia de PCHs não agrada agentes privados do setor


Antes mesmo de oficializado, o Programa de Desenvolvimento e Comercialização de Energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH-COM) desagradou aos agentes privados do setor. De acordo com o programa, a Eletrobrás se propõe a comprar, em três anos, um total de 1,2 mil MW de energia de usinas de pequeno porte. A energia será comprada em três parcelas anuais de 400 MW, por cerca de R$ 70/MWh, tarifa calculada a partir do VN das térmicas a gás natural. Embora seja superior aos R$ 55 da primeira proposta da Eletrobrás, apresentada no fim de 2000, o valor definido para a energia das PCHs está longe dos R$ 85 considerados ideais pelo mercado. O problema é que a nova proposta resulta de um cálculo que leva em conta o VN das térmicas a gás, de R$ 72/MWh, em lugar do VN das PCHs, de R$ 85. (Gazeta Mercantil - 22.02.2001)

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3- Concessionárias recebem multa de R$ 5 mi


O não cumprimento à determinação da Aneel de fazer a separação dos processos de geração, transmissão e distribuição de energia rendeu às concessionárias Cemig, Ceb e Celesc multas que somadas superam R$ 5 mi. As empresas têm 15 dias, a partir da data do recebimento da notificação, para recorrer em primeira instância. Um diretor da Aneel julga a defesa em até 30 dias. Se for mantido o entendimento da Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira, há ainda mais uma possibilidade de recurso administrativo. A Diretoria Colegiada do órgão regulador analisará as defesas em última instância. Dificilmente a decisão da Superintendência será modificada. Foi a Diretoria Colegiada que negou o pedido de prorrogação para cumprir o compromisso de cisão. A posição final da Aneel só deve ser conhecida dentro de 90 dias, prazo previsto para que todas as etapas de recursos sejam cumpridas. Depois disso, mantida a decisão original, a situação das empresas pode ficar ainda pior. A Cemig foi multada em R$ 3,8 mi, a Celesc em pouco menos de R$ 1 mi. A CEB não quis informar o valor da multa. (Valor - 22.02.2001)

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4- Diretores do BC revisam aumento da energia elétrica de 12% para 15,8% em 2001


Os diretores do BC revisaram o porcentual de reajuste total da energia elétrica prevista para este ano, segundo a Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Com base nos reajustes já concedidos pela Aneel, o BC elevou de 12% para 15,8% a expectativa de reajuste total da energia elétrica durante em 2001. De acordo com o relatório de inflação do Banco Central, divulgado em dezembro de 2000, a estimativa da instituição para o conjunto de preços administrados era de uma variação de 6% em 2001, com uma contribuição direta de 1,3% para a inflação calculada pelo IPCA no ano. Segundo o BC, o comportamento recente da inflação está em linha com as percepções do Comitê. No entanto, pelo terceiro ano consecutivo, a variação dos preços administrados, deve superar por larga margem o valor da meta de inflação para o ano. (Estado - 22.02.2001)

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1- Celesc explica à Aneel atraso nos trabalhos


O diretor administrativo da Celesc, Sebastião Berlinck Brito, e o diretor econômico-financeiro da empresa, Ênio Branco, vão, dia 22.02.2001, a Brasília relatar à Aneel o andamento do processo de levantamento patrimonial da empresa. O levantamento patrimonial é um dos requisitos do contrato que a Celesc assinou com a Aneel e que resulta na divisão das áreas de geração e distribuição de energia. Brito e Branco vão explicar à Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira que o trabalho ainda não foi concluído. A Celesc garantiu que vai recorrer da autuação da Aneel e que para isso tem ainda 15 dias. A justificativa da empresa para não ter concluído o levantamento patrimoninal é dificuldade em apurar dados de mais de 70 itens. (Diário Catarinense - 22.02.2001)

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2- Coelce facilita pagamento de contas atrasadas


Preocupada com a inadimplência que cresceu 30% no ano de 2000, em relação a 1999, a Coelce lançou, dia 21.02.2001, a campanha Plano Fácil. Com duração de dois meses, ela terá como público-alvo todos os clientes residenciais, comerciais, rurais e de baixa renda, com quatro ou mais contas de energia em atraso. A empresa está oferecendo desconto de 100% dos juros, multas e atualização monetária para pagamentos à vista ou parcelamento dos débitos. O plano deverá alcançar um universo de mais de 270 mil cearenses, 25% dos 1.795.824 clientes da empresa no Estado, que devem R$ 160 mi, o equivalente a dois meses de faturamento da companhia. (O Povo - CE - 22.02.2001)

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3- Ceam desenvolve projeto para reforçar iluminação pública em Manaus


A Manaus Energia/Ceam desenvolveram um projeto em parceria com a Universidade do Amazonas para reforçar a iluminação pública. O projeto de "Eficientização do Sistema de Iluminação Pública da Cidade de Manaus" será enviado à Aneel para aprovação final. O projeto piloto tem como meta a substituição de 2.500 lâmpadas a vapor de mercúrio por lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão, informou o engenheiro Rubem César Rodrigues, coordenador do Núcleo de Eficiência Energética (Nefen), da Universidade do Amazonas. De acordo com o engenheiro, não serão trocadas apenas as lâmpadas, mas todos os equipamentos para o funcionamento, provocando uma economia de energia da ordem de 950 MW hora/ano, e uma demanda retirada de 223 KW. (Em Tempo - AM - 22.02.2001)

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4- Distrito industrial de Manaus terá nova rede de distribuição


Um convênio no valor de R$ 1,4 mi fechado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus e pela Manaus Energia vai permitir a eletrificação de 30 km da área de expansão do distrito industrial de Manaus. A área a ser beneficiada comporta pelo menos 200 novas empresas. Os investimentos na ampliação da rede de distribuição de energia do distrito industrial fazem parte do programa estabelecido pela Suframa este ano para melhorar a infra-estrutura da ZFM. O convênio com a Eletronorte foi assinado em dezembro de 2000. A oferta de energia é uma das principais preocupações da Suframa na tarefa de definir o planejamento estratégico de desenvolvimento da ZFM. (A Crítica - AM - 22.02.2001)

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5- Estação em Caxias do Sul dará suporte para sistema elétrico do RS

As obras da Estação de Abastecimento de Energia Elétrica, que está sendo construída na localidade de São Luís da Terceira Légua, interior de Caxias do Sul (RS), já começaram. A convertedora de energia dará suporte para o sistema elétrico do Rio Grande do Sul e será feita pela Eletrosul e pelo consórcio de três outras empresas contratadas, ABB, Simens e Camargo Corrêa Equipamentos e Sistemas. A estação receberá energia dos sistemas de Itá e Campos Novos (SC) e Gravataí, e foi planejada para evitar futuros blecautes no Rio Grande do Sul até o final de 2001. A construção da convertedora de energia elétrica é considerada uma obra emergencial - deveria estar pronta em 18 meses e será concluída em nove. (Pioneiro - RS - 22.02.2001)

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6- Expansão do mercado de pequenas hidrelétricas anima construtoras


Tradicionais empresas de construção civil descobriram um novo filão de negócios com obras para as PCHs. São projetos que podem ser concluídos em até 12 meses e com investimento de menor porte. A Toniolo, Busnello já tem 20% de seu faturamento de R$ 60 mi baseado em construções de PCHs; e nos últimos 2 anos já executou três obras, 2 em Minas e uma no Rio, totalizando 36 MW. Estão projetados mais duas empresas, com capacidade de 55 MW. A construtora Queiroz Galvão também pretende entrar no mercado de PCHs, ela que já entrou firme no mercado de hidrelétricas de grande porte, com três projetos em construção, juntos com capacidade para gerar mais de 110 MW . (Valor - 21.02.2001)

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1- Alta da inflação dos EUA surpreende mercado e dólar fecha em R$ 2,044


O dólar disparou no dia 21.02.2001, fechando em alta de 1,49%, cotado a R$ 2,041, pressionado principalmente pela iminente desvalorização cambial na Turquia e pelo anúncio de que o Índice de Preços ao Consumidor dos EUA subiu 0,6% em janeiro de 2001, bem acima do 0,3% esperado pelos analistas. Além disso, o temor de que a Argentina volte a entrar na mira dos investidores estrangeiros também afetou o câmbio, uma vez que a economia do país vizinho ainda não conseguiu reagir, mesmo depois do pacote de ajuda financeira coordenado pelo FMI. Esse cenário provocou uma busca dos investidores por hedge contra as oscilações da moeda americana. (Estado - 22.02.2001)

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2- Investimentos diretos diminuem no início de 2001


Os investimentos diretos feitos por estrangeiros no país começaram a diminuir no início de 2001. Até o dia 21.02.2001 eles somavam US$ 1,94 bil no ano, US$ 1,46 bi em janeiro e US$ 480 mi em fevereiro. Embora os números de fevereiro de 2001 ainda não estejam fechados, o resultado parcial indica o início de 2001 será bem pior do que os dois primeiros meses de 2000, quando os investimentos totalizaram US$ 4,8 bi. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, disse que esse resultado não preocupa e manteve a previsão de ingressos de US$ 24 bi em investimentos estrangeiros em 2001. (Folha - 22.02.2001)

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3- Mercado doméstico de capitais oferece prazos mais longos


O mercado doméstico de capitais já oferece prazos mais longos do que o mercado internacional. Uma comparação entre as operações feitas no exterior neste ano e as debêntures que serão lançadas no mercado local indica que as empresas brasileiras devem conseguir prazos mais amplos nos empréstimos em reais. Enquento os eurobônus privados lançados neste ano têm prazos de até 3 anos, as debêntures variam de 3 a 12 anos. Os especialistas acreditam que seja possível lançar papéis com vencimento de 7 anos, apesar da falta de um parâmetro na dívida emitida pelo Tesouro, como existe para as emissões no exterior. (Gazeta Mercantil - 21.02.2001)

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1- Cade aprova venda da CEG e da Rio Gás


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a privatização da CEG e da Rio Gás S/A. O plenário entendeu que as operações não alteraram a estrutura de mercado, ou seja, as empresas continuam a ser um monopólio, mas em vez de pertencer ao Estado são agora privadas. De acordo com o parecer do relator do caso, conselheiro Mércio Felsky, não cabe aos órgãos de defesa da concorrência interferir na escolha de governo pelo modelo usado nas privatizações. O Cade, no entanto, vai encaminhar à Associação Brasileira das Agências Reguladoras (Abar) e ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) sugestão para que estabeleçam limites da participação das distribuidoras de gás canalizado em mercados regionais. (Jornal do Commercio - 22.02.2001)

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1- Vale investe US$ 177 mi em auto-suficiência de energia


A Companhia Vale do Rio Doce vai investir US$ 177 mi em energia no ano de 2001. A empresa está colocando em andamento sete projetos de geradoras, duas delas termelétricas. Segundo o presidente da Vale do Rio Doce, Jorio Dauster, as negociações para colocar em funcionamento a termelétrica de Vitória estão bem avançadas, faltando apenas definir com o governo local o preço do gás que será utilizado na termelétrica. De acordo com Dauster, a companhia utiliza aproximadamente 4,5% da produção total de energia do país, por isso está dentro dos planos da Vale buscar a auto-suficiência. Dauster ainda afirmou que "até 2005, vamos investir cerca de R$ 1 bi na construção de geradoras de energia. Todos os projetos serão feitos em parceria". (Agência JB - 21.02.2001)

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1- Califórnia aprova volta de estatal


Após cinco anos de vigência da lei inovadora que desregulamentou o setor de energia na Califórnia, o Estado deu mais um passo significativo para voltar a atuar nesse campo. No dia 20.02.2001, o Senado estadual aprovou um projeto de lei que permite ao poder público comprar ou construir usinas de geração de energia elétrica para suprir o aumento da demanda. O projeto ainda precisa ser aprovado pela Assembléia estadual. O projeto prevê a criação da Autoridade de Financiamento de Energia aos Consumidores e Conservação da Califórnia, que, por meio da compra ou da construção de geradoras públicas, aumentaria o controle do Estado sobre o mercado de atacado de energia elétrica. As usinas sob controle estatal poderiam cobrar tarifas de eletricidade menores. (Gazeta Mercantil - 22.02.2001)

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2- Ministro espanhol afirma que Hidrocantábrico provavelmente será de estrangeiros


Em depoimento a deputados de seu país, o ministro da Economia da Espanha, Rodrigo Rato afirmou que a segunda maior eléctrica ibérica "provavelmente não será espanhola", numa clara referência às OPA lançadas pela EDP e pela alemã RWE à Hidroeléctrica del Cantábrico. Apesar da já manifesta opinião contrária do ministro, a proposta favorita é da portuguesa EDP, que oferece 24 euros por ação juntamente com a Cajastur, principal acionista da empresa espanhola. Rato afirmou que não se posiciona a favor dos vizinhos ibéricos por causa da participação acionária de 30% do Estado português na Elétrica de Portugal. O governo português declarou que caso o negócio não seja concretizado devido a esse motivo recorrerá da decisão na Comunidade Européia. As outras propostas são da alemã RWE, que espera aprovação de sua proposta de 26 euros por ação, e da espanhola Ferroatlântico, ainda estudando o aumento de sua oferta de 19 euros por ação. (EFE e Diário Econômico - PT - 22.02.2001)

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3- Aumento nos preços da energia eleva inflação norte-americana


Os preços mais elevados da energia puxaram o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) norte-americano, em janeiro de 2001. O CPI subiu 0,6% em janeiro, correspondendo à maior alta em dez meses. Enquanto a inflação industrial foi de 1,1%, a maior em mais de uma década, o gás teve um aumento de 17,4%. Os meses de dezembro e janeiro foram os mais frios do século e mais da metade dos lares americanos possuem calefação a gás. Além disso, as centrais elétricas demandaram mais gás durante o período. O CPI ficou acima das previsões dos analistas. Esses números indicam um aumento no risco de inflação alta, mas, para alguns especialistas, eles talvez não mudem a posição do Fed, favorável à redução das taxas básicas de juro. Os representantes do Fed têm mostrado que estão mais preocupados com a perspectiva de uma recessão do que com a inflação. (Estado, El País e Reuters - 22.02.2001)

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4- Eon lança proposta pela sueca Syd Kraft


A empresa alemã Eon lançou, dia 22.02.2001, uma proposta de aquisição da totalidade do capital da sueca Sydkraft. Os alemães já possuem 29,4% do capital da empresa e 42,8% dos direitos a voto. Por determinação do governo sueco, que manda empresas estrangeiras com mais de 40% de direito a voto fazerem oferta de compra de todo o capital de companhias das quais participam, a Eon oferece 26,78 euros por ação do tipo A e 22,32 pelas de tipo C. A intenção é adquirir 62% das primeiras e 36,1% das segundas. A Sydkraft é a segunda maior energética sueca, atrás apenas da estatal Vattenfall e abastece de eletricidade, gás e calefação cerca de um milhão de pessoas. A compra da empresa sueca reflete a estratégia de expansão da Eon para compensar as perdas no mercado alemão desde a liberalização do mercado em 1998. (Europa Press - 22.02.2001)

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5- Indústria de gás alemã chega a acordo sobre a liberalização

Representantes da indústria de gás da Alemanha chegaram a um acordo sobre as condições de liberalização do mercado, principalmente no que concerne ao acesso à rede e às medidas de prevenção em caso de escassez na distribuição. Dirigentes das federações de gás, água, da indústria e eletricidade terão um encontro no dia 01.03.2001 para assinar o acordo definitivo. O acordo foi uma reação à ameaça do ministro da economia alemão de apresentar um projeto de lei regulamentando o setor caso as negociações não se concretizassem. Os organismos haviam firmado um acordo em julho que fixava os custos e condições de acesso à rede de gás para empresas para evitar qualquer discriminação, mas a Comissão Européia considerou insuficiente e obrigou uma nova discussão. (Europa Press - 22.02.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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