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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 586 - 15 de fevereiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

 

1- Aneel considerou leilão das linhas de transmissão um sucesso


O diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo, considerou um sucesso o leilão das três linhas de transmissão, realizado, dia 14.02.2001, apesar de terem participado apenas três grupos, entre os quais a empresa estatal Furnas. Segundo ele, Furnas foi autorizada a participar do leilão pelo CND e a linha de transmissão arrematada por ela, interligação Sul-Sudeste, é fundamental para a companhia. (O Globo - 15.02.2001)

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2- Aneel licitará mais 18 linhas de transmissão e 18 hidroelétricas em 2001


O diretor-geral da Aneel, Jose Mario Abdo, disse, dia 14.02.2001, que ao longo de 2001 a Aneel vai licitar mais 4 mil km de linhas de transmissão. Ao todo, serão 18 linhas licitadas em 3 blocos, cujos editais devem ser lançados nos meses de março, agosto e dezembro de 2001. O investimento previsto é de R$ 1,6 bi. Abdo Informou ainda que a Aneel licitará este ano a construção de 18 usinas hidroelétricas, com um total de 6.700 MW. (Agência ZAP e O Globo - 15.02.2001)

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3- ONS considera novas linhas de transmissão cruciais para a expansão do sistema do país


O presidente do ONS, Mário Santos, considerou crucial para o sistema elétrico do país o leilão dos 1.575 km de novas linhas de transmissão, que aconteceu dia 14.02.2001, na BVRJ. Quando os projetos estiverem em operação, irão adicionar cerca de 4,2 mil MW na capacidade de transporte do sistema. "A linha Ibiúnas - Batéias é muito importante para a integração das regiões Sudeste e Sul. Ela vai aumentar em 1,5 mil MW médios a capacidade de transporte de energia entre estas regiões", exemplificou Mário Santos. "Esta linha vai ser uma espécie de usina virtual para a região Sudeste", comparou. (Canal Energia - 14.02.2001)

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4- Aneel diz que novas linhas podem elevar tarifas


De acordo com o diretor da Aneel, Luciano Pacheco, a entrada das três novas linhas de transmissão a partir de 2002, implicará em mais três valores de tarifas sendo cobrados na transmissão às distribuidoras, que, em cascata, serão repassados ao consumidor. Apesar disso, Pacheco garante que, nos médio e longo prazos, o consumidor sairá ganhando com mais linhas de transmissão, significando em crescimento do mercado, modelo mais equilibrado e garantia de energia. (Correio da Paraíba - 15.02.2001)

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5- Furnas afirma que já assinou acordo com o MAE

O presidente de Furnas, Luiz Carlos Santos, disse, dia 14.02.2001, que a estatal e a sua controladora, a Eletrobrás, já assinaram o acordo de renegociação da dívida de R$ 578 mi junto ao MAE. "Agora, só cabe aos agentes assinar o acordo", afirmou Santos, garantindo que todos os acertos verbais constam do texto final do termo. A declaração de Santos foi uma resposta aos credores que vêm questionando alguns desajustes na redação do acordo, que por sua vez estariam provocando divergências entre credores e devedores. "Eu acho que é conveniente para o mercado que o acordo seja assinado porque senão o MAE entrará em crise e poderá se desintegrar", afirmou o executivo. (Estado - 15.02.2001)

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6- Furnas pode não ser privatizada em 2001


O diretor do BNDES para a área de desestatização, Eleazar de Carvalho, disse que a privatização da parte de geração de energia de Furnas se realizará em 2001 somente se, "ao longo do primeiro semestre", o CND der o sinal verde e começar o processo de separação da parte de geração da de transmissão. "Essa é uma decisão para ser tomada pelo Presidente da República e pelos ministros", afirmou. Carvalho admite, no entanto, a possibilidade de a venda das ações não se realizar em 2001 mesmo que o CND tome as decisões ainda no primeiro semestre. "Se passar pelo CND ao longo do primeiro semestre, a privatização deve acontecer este ano. Não digo talvez o leilão, mas a definição da modelagem e do preço de venda", disse Eleazar. (Estado - 15.02.2001)

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7- Governo do PR criará agência reguladora para o setor


O governo do Estado do Paraná está finalizando os estudos para criação de uma agência reguladora para o setor de energia elétrica. A função do órgão será fiscalizar a atuação da Copel após a desestatização da empresa, prevista para o final de 2001. Segundo o governo, a agência reguladora estadual vai controlar as ações da Copel, buscando a universalização da oferta de energia elétrica, a justiça social na prática de tarifas e a satisfação dos clientes. A informação foi dada, dia 14.02.2001, pelos secretários da Fazenda, Ingo Hübert, e do Planejamento e Coordenação Geral, Miguel Salomão. (Tribuna do Paraná - 15.02.2001)

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1- Novos investimentos amenizam estrangulamentos da rede atual


Segundo o assessor técnico da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), César de Barros Pinto, a retomada de investimentos na área de transmissão de energia elétrica não resolve todos os problemas do sistema nacional, mas ameniza boa parte deles. Ele lembrou que apenas a melhoria na transmissão pode sanar os estrangulamentos da rede atual, evidenciados, por exemplo, pela diferença de preços no mercado spot. "Há pouco tempo, tínhamos energia vertida no Sul e falta no Sudeste. O que define a existência do submercado é a limitação na transmissão", afirma. Segundo o assessor, a injeção de recursos facilitará a transferência de energia entre os submercados do Sul e Sudeste, do Norte e Nordeste e do Norte/Nordeste e Sudeste. (Gazeta Mercantil - 15.02.2001)

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2- Indústria brasileira está pronta para atender demanda de equipamentos para transmissão


De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) o parque industrial brasileiro possui capacidade instalada para suprir a onda de pedidos na área de equipamentos para transmissão de energia elétrica. A expectativa é de que em 2001 ocorram várias disputas no segmento de transmissão, consolidando o modelo atual de venda, via leilão em bolsa, e aumentando a carteira de encomendas das fornecedoras de equipamento. Essa expectativa pode contribuir para a redistribuição de recursos no tripé geração-transmissão-distribuição (GTD) ainda em 2001. O faturamento desse filão, que em 2000 alcançou R$ 3,7 bi, tradicionalmente segue a proporção 50% (relativos aos negócios de geração), 30% (transmissão) e 20% (distribuição). (Gazeta Mercantil - 15.02.2001)

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3- Schahin e Alusa investem em linha de transmissão Blumenau - Campos Novos


Além de ser um dos vencedores do leilão das linhas de transmissão Norte-Nordeste e de Tucuruí - Vila do Conde, realizado no dia 14.02.2001 na BVRJ, o grupo Schahin Engenharia e Alusa Cavan também está investindo em uma nova linha de transmissão, que ligará Blumenau a Campos Novos, em Santa Catarina. Segundo o presidente da Alusa Cavan, Paulo Roberto Godoy Pereira, a linha Blumenau - Campos Novos terá 251 Km de extensão, com um investimento de R$ 129 mi. Godoy lembrou ainda que os recursos para concluir os projetos de linha de transmissão serão obtidos junto ao BNDES e outras fontes externas de financiamento. "Buscaremos retornos necessários para que os projetos sejam concluídos", disse. (Canal Energia - 14.02.2001)

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4- CPFL Geração vai investir R$ 2,7 mi na automação de usinas


Originada a partir da cisão da CPFL em setembro de 2000, a CPFL Geração tem planos para investir R$ 2,7 mi na automação das suas 19 usinas hidrelétricas e uma termelétrica, ao longo de 2001, além da implementação de um COG (Centro de Operação de Geração), em automação com autocomando para 7 usinas. A automação de uma hidrelétrica promove a implantação no sistema do CLP - Controle Lógico Programável - que permite o controle dos níveis de reservatório, sistema automático de controle de carga, controle de produção, partida e parada de máquinas, controle do nível de potência reativa e controle de equipamentos periféricos, como comportas e limpadores de grades. Empresas como Semi Engenharia, Quality Sistemas de Automação e Alston Power do Brasil são algumas das parcerias que estão envolvidas nos processos de automação das usinas da CPFL Geração. (Canal Energia - 14.02.2001)

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1- Crédito não consegue explicar crescimento econômico


A economia vem surpreendendo principalmente pelo resultado do setor industrial, grande vilão do ano de 1999. O crescimento de 7,2% da produção industrial de dezembro de 2000, em relação a novembro, já garante uma expansão de 8,3% no segmento, de acordo com o economista Fábio Giambiagi, do BNDES. Parece difícil tentar explicar este desempenho através do resultado irrisório do crédito bancário que fechou o ano em cerca de 28% do PIB. Em 1996, auge do Plano Real, o crédito bancário já havia atingido 31,2% do PIB. Em comparação com outros países, este total de crédito é irrisório. O crédito total varia de 83% do PIB (Portugal) a 220% (Reino Unido) na Europa, é de 114% no Japão e 67% nos Estados Unidos. Outro dado a se considerar é o baixo grau de alavancagem no Brasil, ou seja, quanto crédito o sistema bancário está concedendo comparado ao seu patrimônio líquido. Esta relação já chegou a 4,6 em 1995, mas foi despencando para bater em 2,9, em 1999, e subir para 3,1 em 2000. Ela pode ser três ou quatro vezes maior, em países desenvolvidos. (Gazeta Mercantil - 15.02.2001)

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2- Mercado de Capitais surge como nova fonte de recursos


O mercado de capitais como um todo está tomando uma fatia crescente do que eram, no passado, operações de crédito bancário. Fundos de investimento e de pensão aparecem no cenário atual como novas fontes de recursos. Em 1990, seu patrimônio era de US$ 19,4 bi, ou 4,3% do PIB, equivalente a 17% do total de operações de crédito. Em 1995, somavam US$ 126 bi e eqüivaliam a 64% dos créditos. Já em 2000, atingiram US$ 214 bi, ou 37% do PIB, e superaram as operações de crédito em 31%. São estes os números que fazem o controle sobre fundos de pensão estatais uma peça central do poder político e econômico no Brasil. (Gazeta Mercantil - 15.02.2001)

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1- Portugal negocia com Espanha criação de mercado de eletricidade comum


Os governos de Espanha e Portugal estão negociando a criação de um mercado energético comum, destinado à compra e venda de energia. A necessidade de um pool vem da fraca dimensão do setor em Portugal, onde o número de agentes é pequeno. Trata-se de um mercado de ocasião, onde a energia seria comprada para depois ser revendida em pequenas quantidades. O processo deve ser dificultado pelo fato das relações entre os países nesse setor serem complexas, uma vez que a palavra caberá sempre ao Estado. (Diário Econômico - PT - 15.02.2001)

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2- Comercializadoras serão fundamentais para mercado comum entre Portugal e Espanha


Um aspecto fundamental para o mercado energético comum entre Portugal e Espanha são as comercializadoras. A EDP já criou sua subsidiária, a EDP energia, que permite oferecer preços mais baixos a seus clientes. Para isso compra energia da Espanha e recorre a unidades de produção que estão fora do sistema elétrico vinculado, o qual obedece às tarifas impostas pelo regulador. A Sonae e a Endesa, através da Ecociclo também se interessam pelo negócio, mas antes a última precisa ser reconhecida como comercializadora por Portugal, o que só o governo pode fazer ao mudar a legislação. Até o momento só a Rede Elétrica Nacional (REN) é considerada como agente externo no mercado espanhol, podendo fazer ofertas e aquisições. A EDP Energia deve seguir o caminho em breve. Durante o processo, os distribuidores tenderão a organizar-se como comercializadores que se reúnem num pool, ficando encarregados de usar e manter a rede, deixando passar a energia que os comercializadores compram e repassam aos clientes. Ou seja, os operadores perdem a relação que possuem com os clientes, já que estes relacionam-se agora com os vendedores. (Diário Econômico - PT - 15.02.2001)

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3- Portugal caminha para liberalização do mercado de energia em 2005


Por ser um dos países da Comunidade Européia mais atrasados na liberalização do mercado de energia, Portugal deve começar a aumentar a participação de empresas privadas no setor. O ano de 2006 seria o prazo limite para a abertura total do setor, mas há previsões de que essa meta seja antecipada para 2005. O monopólio estatal lusitano foi quebrado em 1999, quando os clientes consumidores acima de 30 GWh puderam escolher seus fornecedores. No triênio 1999-2001, a taxa foi reduzida para 9 GWh por ano. Esse valor permite abrir cerca de 33% do mercado, além de 189 cleintes poderem se beneficiar de tarifas mais competitivas por não serem mais vinculados à estatal. Em dezembro de 2001 serão divulgados os novos limites de escolha, válidos para os próximos 3 anos. (Diário Econômico - PT - 15.02.2001)

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4- UCE pede a liberalização do setor de gás espanhol


A União de Consumidores da Espanha (UCE) pediu, dia 14.02.2001, ao governo espanhol que antecipe o processo de liberalização do setor de gás, previsto para o dia 01.01.2003. A UCE considera necessário o aumento da competição e o fim do monopólio da Gás Natural. Além disso, salientou a necessidade do estabelecimento de garantias sólidas para possibilitar uma competição verdadeira no mercado, facilitando a entrada de novas operadoras para que os interesses dos consumidores prevaleçam sobre os empresariais. (Europa Press - 15.02.2001)

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5- EnBW reitera interesse por Hidrocantábrico

O presidente do grupo energético alemão, EnBW, Gerhard Goll, reiterou, dia 14.02.2001, o interesse em adquirir a espanhola Hidrocantábrico, considerando que o processo de apresentação de ofertas "ainda não está encerrado". Assim a EnBW respondeu as especulações que apontavam para uma possível retirada da empresa no processo de OPAs sobre a Hidrocantábrico, devido a participação de 25% da EDF no seu capital. Como a EDF é uma empresa pública, a operação pode ser negada pelo executivo espanhol. "As ofertas sobre a hidrocantábrico não estão encerradas, não nos retiramos, nem fomos excluídos devido à entrada da EDF no nosso capital", explicou Gerhard Golf. A Ferroatlántica, apoiada pelo grupo alemão, afirmou o mesmo em comunicado. (Europa Press e Semanário Econômico - 14.02.2001)

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6- Governo de Portugal está otimista sobre OPA da EDP sobre Hidrocantábrico


O ministro da economia de Portugal, Mário Cristina de Sousa ,está moderadamente otimista sobre a OPA lançada pela EDP sobre a Hidrocantábrico. "Neste momento estou moderadamente otimista (sobre o sucesso da OPA da EDP sobre a Hidrocantábrico)", afirmou Mário Cristina de Sousa acrescentando ainda que, "a situação é demasiado confusa, neste momento temos só nos resta aguardar pela decisão da CNMV sobre quais as OPA's que vai ou não autorizar". (Semanário Econômico - PT - 15.02.2001)

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7- Califórnia pode comprar distribuidoras


Foram apresentados ao Senado da Califórnia dois novos projetos que buscam solucionar o problema de desabastecimento de energia que o Estado norte-americano enfrenta desde 2000. Um deles sugere que o Estado compre as duas distribuidoras de energia californianas, que estão à beira da falência. As companhias contraíram dívidas devido ao teto para a cobrança dos preços ao consumidor estabelecido pela lei de desregulamentação do setor, em 1996. Os preços da energia no atacado subiram mais do que o limite imposto e não puderam ser repassados aos clientes. As companhias tiveram de assumir os custos. Outra proposta prevê a criação de uma agência para a construção de centrais elétricas. (Folha - 15.02.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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