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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 584 -13 de fevereiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

 

1- Consórcios depositam garantias para disputar o leilão de 1.575 km de linhas de transmissão


Os 15 grupos habilitados para participar do leilão de 1.575 km de novas linhas de transmissão, que acontecerá no dia 14.02.2001, na BVRJ, terão até às 17 horas do dia 13.02.2001 para fazer o depósito das garantias. São três as novas linhas de transmissão de energia elétrica: a expansão da interligação Sul-Sudeste, transmissão Tucuruí-Vila do Conde e expansão da interligação Norte-Nordeste. As linhas serão construídas com investimentos privados de R$ 1,2 bi e representarão mais de 4,2 mil MW, totalizando 1.575 km de extensão. Estão habilitados para participar do leilão 15 consórcios formados por empresas brasileiras, espanholas e argentinas. O vencedor do leilão será aquele que oferecer a menor tarifa de transmissão para os usuários das linhas. Segundo o diretor-geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, além de fortalecer a integração energética entre as regiões Sudeste e Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o leilão vai proporcionar o aumento da oferta de energia elétrica nessas áreas. (Estado e Canal Energia - 13.02.2001)

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2- Aneel aprova revisão de projetos básicos de duas empresas energéticas


A Cemig e a empresa Jari Energética tiveram aprovados seus projetos básicos relativos à subestação de Itajubá 3, em Minas Gerais, e a hidrelétrica de Santo Antônio, no Pará, respectivamente. A subestação de Itajubá 3 contará com duas unidades transformadoras de 300 MVA, 525 - 138 kV, e dois trechos de linha de transmissão com 3 Km de extensão, que ligarão a subestação de Itajubá 3 às subestações de Poços de Caldas e Cachoeira Paulista, pertencentes à Furnas. A Cemig também recebeu autorização para a substituição do sistema de proteção e telecomunicações das subestações de Poços de Caldas e Cachoeira Paulista. Em relação à hidrelétrica de Santo Antônio, a usina será constituída por três unidades geradoras, com três turbinas de 33,3 MW de potência. (Canal Energia - 13.02.2001)

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3- Licenciamento de linha de transmissão em SP é questionado


O Instituto Ambiental Vidágua, de Bauru (SP), entrou com uma representação no Ministério Público Federal contestando o processo de licenciamento da linha de transmissão de energia Taquaruçu - Assis - Sumaré, no interior de São Paulo. O linhão terá capacidade para 440 mil volts e se estenderá por 505 km, atravessando 36 municípios, entre Sandovalina e Sumaré, para distribuir a energia da usina de Porto Primavera. No meio do caminho ficam a estação ecológica da Santa Bárbara D´Oeste, a Área de Proteção Ambiental (APA) Corumbataí-Botucatu-Tajupá e mais de 100 Áreas de Preservação Permanente (APPs), às margens de afluentes dos rios Tietê e Paranapanema e nas escarpas da Serra de Botucatu. A licença de instalação foi concedida no final de 2000, pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, com base num Relatório Ambiental Preliminar (RAP), quando a legislação federal exige a apresentação de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima), uma vez que a tensão da linha de transmissão é superior a 230 mil volts. (Estado - 12.02.2001)

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1- Enel não terá participação na Inepar


O grupo Inepar informou no dia 13.02.2001, que a EnelPower, subsidiária do grupo italiano Enel, não terá participação na Inepar Energia, já que não haverá subscrição acionária. De acordo com comunicado publicado na imprensa pela Inepar S/A Indústria e Construções, controladora da Inepar Energia, "a associação se dará diretamente através das participações nos projetos específicos". Em outubro de 2000, a Inepar comunicou formalmente a discussão de um acordo para participação acionária da EnelPower, embora as negociações com a empresa italiana tenham iniciado há cerca de um ano. Na ocasião do anúncio, o mercado estimava que uma subscrição da EnelPower deveria significar uma entrada de recursos em torno de R$ 150 mi. (Reuters - 13.02.2001)

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2- Enel e Inepar mantém projetos de R$ 3 bi


Mesmo com a desistência da sociedade entre a EnelPower e a Inepar Energia, as duas companhias pretendem manter suas parcerias em três grandes obras, orçadas em R$ 3 bi. O maior desses projetos é a Usina Termelétrica Sepetiba, localizada em Itajaí, no Rio de Janeiro. Com investimentos previstos de R$ 2 bi nos próximos cinco anos, a termelétrica a carvão mineral importado irá produzir 1.320 MW. Outro empreendimento conjunto é a construção de uma linha de transmissão de 1.050 km e 500 kV entre os estados de Goiás e Bahia, que prevê investimentos de R$ 680 mi. O terceiro grande projeto é a Nova Central Independência (NCI), uma usina termelétrica de 240 MW que está sendo construída na província de Tucumán, na Argentina. As obras da NCI estão consumindo investimentos de R$ 322 mi. (Gazeta Mercantil - 13.02.2001)

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3- CPFL investe R$ 450 mi para ampliar geração


No dia 23.02.2001, a CPFL estará assinando o contrato para o início da construção de três usinas hidrelétricas no Rio Grande do Sul. Esse é mais um passo dentro do processo de reestruturação da empresa, que está investindo para aumentar a capacidade de geração. Os gastos já alcançam a casa dos R$ 450 mi. A distribuidora, hoje controlada pelo consórcio VBC, criou uma nova empresa na área de produção de energia, a CPFL Geração, e transferiu para ela os ativos representados pelas usinas de Dourados e São Joaquim, no interior de São Paulo. Ambas estão passando por reformas para ampliar a energia gerada. A CPFL Geração venceu o leilão de concessão para a construção de três usinas hidrelétricas no Rio Grande do Sul. Para construí-las, foi criada uma sociedade de propósito específico entre a CPFL (65%), a estatal gaúcha Companhia Estadual de Energia Elétrica (30%) e a construtora Desenvix (5%). O investimento será de R$ 420 mi e a expectativa da empresa é buscar 60% com o BNDES. (Valor - 13.02.2001)

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4- Vale do Rio Doce investirá US$ 177,7 mi em energia elétrica


A companhia Vale do Rio Doce investirá US$ 1,057 bi no ano de 2001. Destes, US$ 177,7 mi serão investidos em energia. Serão destinados US$ 115,9 mi a projetos de usinas hidrelétricas já em andamento (Aimorés, Porto Estrela, Candonga, Funil e Capim Branco) e US$ 61,8 mi estão programados para concessões a serem adquiridas. (Gazeta Mercantil - 13.02.2001)

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1- Brasileiros captam R$ 575 mi


Como resultado da queda dos custos e do alongamento dos prazos oferecidos pelo mercado de capitais internacional aos emissores do País e da América Latina, empresas e bancos brasileiros captaram, no dia 12.02.2001, cerca de US$ 575 mi no exterior. O cenário externo positivo e a forte demanda por papéis de emissores brasileiros de primeira linha levaram a Cesp, Bradesco e o Safra a lançar milhões em eurobônus. Segundo José Guilherme Lembi de Faria, diretor-executivo da área internacional do Bradesco, essa demanda reflete a melhora da imagem do País no exterior e poderia ser maior se houvesse demanda interna por empréstimos em dólar. (Gazeta Mercantil - 13.02.2001)

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2- Debêntures chegam a ser comparadas com risco de títulos públicos


Os investidores não só contam com os títulos do Tesouro Nacional como opção mais cautelosa durante turbulências no mercado financeiro. Três lançamentos de debêntures da companhia petrolífera Marlim e das hidrelétricas de Machandinho e Itá são comparados com os títulos da República. O mais próximo é a emissão de R$1 bi, feita pela Marlim, empresa criada para financiar a exploração de petróleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. A agencia de classificação de risco Fitch deu nota brAA+ para o lançamento, um grau abaixo do máximo para sua escala de risco nacional. O baixo risco é atribuído, conforme a Fitch, à relação próxima do projeto com a Petrobrás. A estatal é a operadora do projeto onde garante o cumprimento de metas de produção com suas reservas. (Gazeta Mercantil - 13.02.2001O)

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3- Cesp lança US$ 300 mi em eurobônus


A Cesp vendeu, dia 12.02.2001, no mercado externo US$ 300 mi em bônus de três anos. O objetivo da operação é rolar parte de uma dívida de US$ 500 mi em eurobônus que vence em maio de 2001. Os papéis emitidos têm vencimento em 05.03.2004 e carregam um cupom de 10,5%. A emissão foi liderada pelos bancos Westdeutsche Landesbank e Finantia S/A. O programa de eurobônus da empresa é de US$ 700 mi. Os especialistas apostam que, se o mercado continuar favorável, a Cesp pode vir a colocar mais títulos no valor de até US$ 400 mi até maio de 2001. Os títulos tiveram forte demanda, apesar de seu prazo de vencimento ultrapassar o final de 2002, quando acontecerá a eleição presidencial no país. Os investidores dos EUA compraram 29%, os brasileiros, 25%, e os Europeus, 46%. (Folha e Valor - 13.02.2001)

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4- Mercado externo aceita alongar prazos de eurobônus


O mercado externo está cada vez mais favorável ao Brasil. A demanda por títulos do país está tão forte que há espaço para o alongamento do prazo dos eurobônus de empresas brasileiras. A Cesp Paraná conseguiu emitir, dia 12.02.2001, US$ 300 mil com vencimento em três anos, o maior prazo de vencimento de um eurobônus de empresa do setor não-financeiro desde julho de 2000. Segundo analistas do mercado externo, os investidores estão cada vez mais interessados nos papéis brasileiros por causa da queda nos juros americanos. Com os títulos do Tesouro dos EUA pagando menos, os investidores são forçados a comprar papéis considerados de maior risco, como os brasileiros, em busca de rentabilidade. (Valor - 13.02.2001)

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5- Machadinho e Itá emitem debêntures

A hidroelétrica Machadinho irá emitir R$ 320 mi para construção de uma hidrelétrica na fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. O BNDES garante a compra dos papeis após o quarto ano, caso os atuais compradores desistam. Além disso, o lançamento conta com a garantia de cartas fiança de quatro dos onze sócios do empreendimento, os grupos Votorantim, Vale Sul, Alcoa e Camargo Correa. A hidroelétrica Itá, no Rio Grande do Sul, também irá emitir R$ 168 mi, com garantia do BNDES de recompra após tres anos. Gracas a esse incentivo, as duas debêntures terão prazo final de 12 anos. (Gazeta Mercantil, 13.02.2001)

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1- Contrato da Gaspetro para fornecimento às termelétricas será assinado


O Ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, informou que está para ser assinado o contrato da Gaspetro com as distribuidoras de gás para o fornecimento do produto às termelétricas. Tourinho classifica a assinatura como a etapa mais importante do PPT. "É o grande momento nessa área", diz o ministro. Serão 509 milhões de metros cúbicos de gás que garantirão o fornecimento de 12 mil MWs adicionais de energia para o país. Com a consolidação do programa, Tourinho diz que não faltará energia no país. "Isso está sendo assegurado pelas termelétricas que têm a Petrobras como sócia", diz Tourinho. Ele não nega que a Petrobras foi utilizada como indutora de investimento nesse processo. (Folha - 13.02.2001)

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1- Gas Natural entra no setor elétrico espanhol


A Gas Natural, participada da Repsol, tornou-se a primeira empresa estranha ao setor elétrico espanhol e ao grupo das quatro empresas principais (Endesa, Iberdrola, Unión Fenosa e Hidrocantábrico) a entrar no mercado de eletricidade espanhol. A companhia conseguiu 12 clientes à Fecsa e Enher, filiais da Endesa. Através dos contratos firmados, a empresa gasista vai fornecer 200 GW/hora por ano. Os objetivos a curto prazo da Gas Natural apontam para uma quota de mercado de 1% (2.000 GW/hora) e uma carteira de 1.000 clientes. Até ao início de 2002, a empresa vai inaugurar a sua primeira central elétrica de ciclo combinado, em Cádis, e em Março de 2002 espera ter em funcionamento uma outra, na zona de Barcelona. (Diario Econômico - PT - 13.02.2001)

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2- Lucro líquido da GasNatural sobe 16,7% em 2000


O Grupo GasNatural encerrou o ano de 2000 com lucro líquido de US$ 456,84 mi, um avanço de 16,7% frente ao lucro apurado em 1999. Em comunicado divulgado no dia 13.02.2001, a empresa espanhola anunciou que o lucro operacional da companhia aumentou 24,9% de um ano para outro, com US$ 847,09 mi em 2000. A GasNatural atribuiu seus ganhos ao aumento de seus investimentos, de seus esforços de distribuição e das contribuições de suas atividades fora da Espanha. (Dow Jones Newswires - 13.02.2001)

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3- Ferroatlantica quer retirar oferta sobre Hidrocantábrico


A espanhola Ferroatlantica pediu à Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola (CNMV) para retirar a oferta pública de aquisição lançada, conjuntamente com a EnBW, sobre a Hidrocantábrico. Este pedido por parte da ferroatlantica surge na seqüência de uma intervenção da CNVM que pedia que a oferta da empresa fosse alargada à totalidade do capital da Hidrocantábrico e não apenas a 60% deste. Contudo um responsável da CNVM já explicou que legalmente "não é possível" retirar a oferta, recusando-se no entanto a confirmar se por este motivo a OPA da Ferroatlantico será rejeitada. (Diario Econômico e El País - 13.02.2001)

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4- Juiz não autoriza aumento do preço de energia elétrica na Califórnia


Um juiz federal de Los Angeles não autorizou, no dia 12.02.2001, o aumento de até 30% das tarifas solicitado por uma das maiores distribuidoras de energia elétrica da Califórnia para conseguir aliviar a crítica situação financeira em que se encontra. A Southern California Edison atacou nos tribunais a lei estatal que fixa a tarifa limite ao consumidor. Os advogados da companhia tentaram fazer com que a Justiça forçasse a Comissão de Serviços Públicos da Califórnia (CPUC) a autorizar um aumento de 18% para o abastecimento de energia nas residências e de até 30% para as empresas. A CPUC autorizou um ligeiro aumento das tarifas no início de janeiro de 2001, mas desde então tem se negado a fazer um reajuste. (France Presse - 13.02.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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