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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 581 - 08 de fevereiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

 

1- Novas tarifas de 11 distribuidoras começam a vigorar


A partir do dia 07.02.2001, 11 concessionárias de energia estarão autorizadas a promover o reajuste nas suas tarifas de energia elétrica. O aumento corresponde a segunda parte do reajuste concedidos inicialmente em novembro de 2000. A divisão é conseqüência do aumento parcelado da energia vendida pelas geradoras. As 11 empresas que reajustarão as suas tarifas são: Light - 1,32%, Cerj - 1,65%, Bandeirante Energia - 0,74%, Ceb - 1,48%, Celg - 0,48%, Escelsa - 1,53%, Cemar - 1,39%, Celpa - 1,60%, Cepisa - 2,06%, Ceal - 2,01% e Saelpa - 2,56%. (CanalEnergia - 07.02.2001)

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2- Aneel analisa pedido de cisão da Bandeirante


A EDP e sua controlada Enerpaulo, a CPFL e sua controlada Draft, e a Bandeirantes Energia informaram, dia 07.02.2001, que o pedido de aprovação para a cisão parcial da Bandeirantes encontra-se sob análise das entidades governamentais competentes, incluindo a Aneel. A partir do momento em que for obtida a aprovação da Aneel, o processo da cisão prosseguirá, podendo ser convocada uma assembléia geral extraordinária para a deliberação sobre a efetivação da cisão, na qual será divulgada a informação ao mercado nos termos das normas vigentes. (Último Segundo - 07.02.2001)

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1- Furnas assina acordo para explorar energia gerada na Argentina


O presidente de Furnas, Luiz Carlos Santos, e dirigentes da Gener e Energia do Sul, assinaram, dia 07.02.2001, no Rio de Janeiro, termo de compromisso para a implantação e exploração da transmissão de energia elétrica gerada da Argentina para o Brasil, em regime de parceria. O projeto está dividido em duas fases. A primeira será a transmissão, pela Gener, de 360 MW de energia a partir de 2001 e a segunda será para o abastecimento de outros 840 MW em meados de 2003. A potência total gerada será de 1,2 mil MW. A interligação do sistema se dará a partir da Argentina e a ligação será feita por meio de elo de interconexão a ser construído a partir de Puerto Iguazu, na fronteira entre os dois países. De lá passará por uma subestação em Foz do Iguaçu, cuja capacidade será ampliada, para chegar ao restante do país. (Agência Brasil e Valor - 08.02.2001)

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2- Furnas e Gener investirão US$ 602 mi para construir nova interconexão


Ainda em 2001, Furnas e a Gener, planejam iniciar as obras para a construção de uma linha de transmissão de 260 km, que conectará à subestação de Foz do Iguaçu a Puerto Iguazu, na fronteira entre os dois países. O investimento total no projeto será de US$ 602 mi, com uma participação de 70% da Gener e de 30% para Furnas. Na primeira fase, serão aplicados US$ 100 mi para a implantação da linha. O investimento ficará por conta da Gener. Furnas desembolsará US$ 2 mi para fazer adaptações na subestação. A segunda fase do projeto envolve a construção de uma nova linha de transmissão, com 900 km. O investimento nesta etapa, prevista para entrar em operação no início de 2003, é de US$ 500 mil ficando 70% dos recursos por conta da Gener e os outros 30% caberá à Furnas, que usará recursos próprios. (Valor - 08.02.2001)

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3- Distribuidoras do RS estudam pedido de reajuste


As distribuidoras gaúchas de energia elétrica AES-Sul e RGE estão atualizando suas planilhas de custos e pretendem encaminhar em março de 2001 os pedidos de reajustes de tarifa à Aneel. A data-base de ambas é 19.04.2001. O contrato de concessão dá às empresas direito à correção anual e a uma revisão tarifária a cada quatro anos. A formulação do pedido leva em consideração o repasse das despesas sobre a compra de energia e impostos e as despesas de operação e manutenção, baseado no IGPM. As empresas, no entanto, não adiantam o índice que será pedido. (Zero Hora - 08.02.2001)

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4- AES Sul implanta subestação e linha de transmissão em Montenegro


Com o objetivo de melhorar a eficiência do sistema elétrico na região de Montenegro, a AES Sul inaugurou sua nova subestação e linha de transmissão de 138 kV. A subestação ganhou um acréscimo de 25 MVA, produzindo melhor qualidade e confiabilidade ao sistema. A concessionária informa ainda que ampliou a potência de seu transformador de 69/23 kV - 25 MVA para 138/23 kV - 50 MVA, possibilitando um melhor atendimento na região, com um investimento total de cerca de R$ 3,7 mi. Segundo informações da empresa, a finalidade da nova subestação é absorver parte da carga que seria atendida pelas subestações existentes. A AES Sul explica que, com o crescimento do consumo na região de Montenegro, o subsistema não suportaria a carga solicitada, prejudicando o desempenho das outras subestações. (CanalEnergia - 07.02.2001)

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1- BNDES assegura US$ 100 mi para financiar co-geração


No dia 07.02.2001, Alexandre Carneiro Wendling, da área de projetos de infra-estrutura do BNDES, anunciou que o banco já disponibilizou US$ 100 mi no interior de São Paulo para financiar projetos de geração de energia a partir do bagaço de cana-de-açúcar. O dinheiro bancará seis empreendimentos já aprovados pela instituição. No total, os projetos asseguram a geração entre 300 e 400 MW de energia com bagaço. A escassez de energia e a abertura desse novo mercado para as usinas de açúcar deve atrair novos interessados. O banco garante não ter limite para financiar projetos de co-geração no interior paulista. O BNDES segue uma orientação do governo que quer elevar a produção energética do País para evitar colapso no sistema. De acordo com Wendling, pelo menos 30 usinas de açúcar e álcool já demonstraram interesse em produzir energia elétrica com a queima do bagaço. (Gazeta Mercantil - 08.02.2001)

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2- América Latina acelera captações externas


Os emissores da América Latina estão buscando acelerar suas captações de recursos no mercado internacional, pois temem que se reduza o apetite dos investidores pelos papeis de maior risco, preocupados com o impacto na economia mundial da desaceleração da economia norte-americana. Em 2001 a América Latina já captou US$ 12,1 bi e o volume deve crescer nas próximas semanas. Especialistas estrangeiros afirmam que o segundo corte de juros no mercado norte-americano reduziu o entusiasmo dos investidores. (Gazeta Mercantil - 07.02.2001)

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3- Empresas aproveitam facilidades na obtenção de recursos externos


A tomada de empréstimos no exterior continua com tendência favorável à demanda. Exemplo desta tendência foi a taxa obtida pelo Bradesco na captação de US$ 100 mi de eurobonds com juros de 6,625%. Mantendo-se esta tendência, as empresas do setor elétrico serão beneficiadas, mas tendo que analisar o risco cambial. (Gazeta Mercantil - 08.02.2001)

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4- Aumenta procura de Hedge contra desvalorização


O somatório de incertezas, derivadas do déficit na balança comercial, da desaceleração na economia dos Estados Unidos e da redução do ingresso de recursos no País, além dos problemas com a base de sustentação governamental, estão pressionando alta na cotação do dólar. Frente a este movimento, as empresas com dívidas em dólar, entre as quais várias empresas do setor elétrico, estão buscando hedge. O resultado é que os contratos futuros negociados na BM&F cresceram de R$ 9 bi no dia 01.02.2001 para R$ 11,2 bi no dia 06.02.2001. (Gazeta Mercantil - 08.02.2001)

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5- AES Sul e Eletropaulo trocam mercado de capitais por empréstimos sindicalizados

AES Sul e Eletropaulo Metropolitana buscam empréstimos sindicalizados, que têm se mostrado mais atraentes do que o mercado de capitais, por oferecerem prazos mais longos a custos mais acessíveis. A AES Sul obteve US$ 300 mi em empréstimos com 3 e 5 anos de prazo, com custos entre 8,10% e 8,70%. Já a Eletropaulo conseguiu mais US$ 100 mi com prazo de 3 anos, somando US$ 550 mi, e vai pagar a taxa Libor mais um "spread" de 3,85%, atingindo cerca de 9,2% a.a.. Em ambos os casos as taxas dificilmente seriam obtidas no mercado de capitais. (Gazeta Mercantil e Valor - 08.02.2001)

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1- Norte do Paraná recebe gás natural


A Companhia Paranaense de Gás (Compagás), empresa responsável pela implantação da rede de distribuição de gás natural no estado do Paraná, calcula que vai investir entre R$ 30 mi e R$ 40 mi para formar os 200 km da rede de distribuição que vai abastecer as cidades de Sarandi, Maringá, Marialva, Jandaia do Sul, Apucarana, Cambira, Mandaguari, Arapongas, Rolândia, Cambé e Londrina. Estão sendo estudadas duas possibilidades de fornecimento do gás natural para a região. A primeira é uma extensão do gasoduto Bolívia-Brasil. Por esta proposta, um ramal do gasoduto Bolívia-Brasil viria de Penápolis (SP) até o Norte do Paraná. Outra possibilidade, considerada mais viável pela Compagás, seria utilizar o gás que existe na bacia de Pitanga, na Região Central do estado. (Gazeta do Povo - PR - 08.02.2001)

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2- Paraná debate chegada do gás natural


A Compagas realiza, a partir do dia 08.02.2001, uma série de audiências públicas nas 11 cidades da Região Norte do Estado do Paraná que deverão receber a rede de distribuição de gás natural. As audiências foram marcadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e terão como objetivo principal debater com a comunidade todos os aspectos relativos à chegada do gás natural à região. A partir dessas reuniões, o IAP irá decidir sobre a liberação da licença prévia para que a Compagas possa continuar os estudos para a disponibilização do novo combustível na região. As audiências acontecerão nas cidades de Sarandi, Maringá, Marialva, Jandaia do Sul, Apucarana, Cambira, Mandaguari, Arapongas, Rolândia, Cambé e Londrina. (Tribuna do Paraná - 08.02.2001)

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1- Eletropaulo fecha projeto de eficiência energética com a Sabesp


A Eletropaulo fecha, dia 08.02.2001, com a Sabesp, estatal paulista de saneamento, um convênio para reduzir seus os custos com energia elétrica, que chegam a R$ 170 mi anualmente. A conta de eletricidade representa a segunda maior despesa da Sabesp, perdendo apenas para a folha de pagamento dos funcionários. Para obter a economia a Sabesp terá que pagar primeiramente R$ 1,3 mi para a Eletropaulo executar o serviço, que serão aplicados em substituição de equipamentos, modernização de instalações e otimização operacional. A parceria tem duração de 42 meses. Nos seis primeiros meses serão concluídos os serviços e obras necessários. Todos os equipamentos instalados na estação elevatória serão incorporados ao patrimônio da Sabesp. Nos 36 meses restantes, a estatal amortizará todo o investimento feito pela Eletropaulo. (Valor - 08.02.2001)

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1- Espanha vira campo de batalha no setor energético


O fracasso do negócio entre a Endesa e a Iberdrola atraiu ainda mais os estrangeiros para o mercado energético espanhol. A Iberdrola é uma das que está sendo assediada, porém a mais atraente no momento é a Hidrocantábrico, a quarta maior do setor no país. Três empresas, todas estatais, já demonstraram interesse na compra: as alemãs EnBW e RWE e a portuguesa EDP. Por trás da EnBW há ainda a francesa EDF, que recentemente comprou 25% da alemã e que já buscava penetrar no mercado espanhol há tempo. Das 16 maiores companhias energéticas do mundo, cerca de um terço já está ou se interessa em estar na Espanha. A Enron, a Suez Lyonnaise des Eaux -matriz da belga Electrabel, acionista da Hidrocantábrico, a RWE, a Duke Energy e a portuguesa EDP, entre outras, querem crescer no país ibérico. A atração não se deve somente ao mercado nacional, mas também à participação que as empresas espanholas possuem na América Latina, principalmente a Endesa e a Iberdrola, tendo a Unión Fenosa um investimento menor na região. (El País - 07.02.2001)

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2- EON planeja comprar Iberdrola


A alemã EON, fruto da fusão da Veba com a Viag, fará uma oferta de compra da Iberdrola. Os detalhes da fusão ainda não forma revelados, mas não se descarta a possibilidade de compra de 100% do capital da empresa espanhola. Adquirindo a empresa espanhola, a EON seria a segunda maior companhia da Espanha, com cerca de 35% do mercado, além de poder cortar custos e poder complementar ativos. A compra serviria também para entrar na América Latina, principalmente no Brasil e no México, onde a Iberdrola já possui investimentos consideráveis. Para os espanhóis, o negócio abriria as portas do mercado europeu, uma das falhas das empresas ibéricas, de baixa participação no continente. Além disso, desta forma escaparia da limitação imposta por Madri de se limitar à produção de até 2800 MW. O fato da EON ser de capital totalmente privado a diferencia das concorrentes como a EDP, a EDF e a EnBW e afasta a possibilidade de intervenção do governo espanhol no negócio. (El Mundo - 08.02.2001)

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3- Endesa e Elecnor investem em energia eólica na Patagônia


Com investimentos previstos em US$ 2,25 bi em dez anos, as empresas espanholas Endesa e Elecnor firmaram um acordo estratégico de construção de parques eólicos na Patagônia, região sul da Argentina. O projeto vai criar uma nova empresa, chamada Enarsa (Energias Argentinas), e a geração de 3000 MW em 2010, valor que será equivalente a 11,5% da demanda por energia nesta data. O projeto esta dividido em 3 etapas, a primeira entre 2001 e 2002, com a geração de 300MW, seguida de uma entre 2003 e 2006, gerando 1200 MW, e os últimos 1500 MW entre 2007 e 2010. Segundo cálculos da Endesa e Elecnor, os 3000 MW permitirão a economia de 1 milhão de toneladas de petróleo ou ainda, 1 bilhão de metros cúbicos de gás. Na Patagônia, os ventos chegam a velocidade de 11 metros por segundo, enquanto que na Europa, as eólicas funcionam com ventos de 6 metros por segundo. (Valor - 08.02.2001)

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4- Republicanos têm projeto sobre energia para os EUA


Um projeto de lei para a área de energia, a ser apresentado pelos republicanos na terceira semana de fevereiro de 2001, dará ênfase ao desenvolvimento de tecnologias limpas de uso de carvão, à revitalização do setor nuclear e à busca de novas reservas de petróleo e gás natural, inclusive numa área de proteção ambiental no Alasca, de acordo com um esboço do projeto. O senador Frank Murkowsky, do Alasca, chairman da comissão que vai apreciar o projeto, discutiu as propostas durante um encontro com o vice-presidente Dick Cheney, chefe de uma força-tarefa presidencial encarregada da área de energia. Murkowsky disse que o encontro "girou em torno da constatação de que temos uma crise energética no país" e que devem ser encontrados meios de produzir mais energia e de reduzir a dependência do petróleo importado. (Gazeta Mercantil - 08.02.2001)

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5- California assina contrato de dez anos para compra de eletricidade

A geradora independente de eletricidade, Calpine Corp., assinou um contrado de preço fixo para fornecer energia ao estado da Califórnia, no valor de US$ 4,6 bi. O contrato, assinado com o Departamento de Recursos Hídricos da Califórnia, é de dez anos. Como a ordem federal para que as geradoras vendam eletricidade ao estado expirou dia 06.02.2001, agora o estado da Califórnia precisará assinar contratos de longo prazo para compra de energia. (Reuters - 07.02.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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