1-
Eletrobrás explica acordo com o MAE
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De acordo com nota oficial da Eletrobrás, do dia 02.02.2001,
a companhia irá assumir o direito à comercialização da energia
gerada pelas usinas de Angra I e II, vendendo no mercado livre
o excedente aos valores comprometidos em contratos com as distribuidoras.
Essa venda irá prover fundos para a liquidação das pendências.
A Eletrobrás irá liquidar a dívida de Furnas junto aos agentes
do mercado, através de pagamento à vista de cerca de R$ 183,9
mi, conforme apurado pelo MAE. Outros R$ 121,3 mi serão destinados
às empresas do Sistema Eletrobrás. O acordo ainda estabelece um
mecanismo de cobertura de riscos de indisponibilidade de geração
para as usinas nucleares. O seguro vale até dezembro de 2002.
(Eletrobrás - 02.02.2001)
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2-
Acordo firmado entre Eletrobrás e MAE destrava o mercado de energia
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De acordo com Fernando Quartin, presidente do Grupo Rede e conselheiro
do MAE, "o acordo firmado entre a Eletrobrás e o MAE irá destravar
todo o mercado de energia, que se encontrava parado desde o início
da inadimplência da estatal". Quartin lembra que desde as primeiras
faltas de pagamento de Furnas, a partir de setembro de 1999, o
mercado já dava sinais de que sofreria as conseqüências de possíveis
prejuízos na comercialização de energia. Essa situação se agravou
em maio de 2000, quando a inadimplência da estatal passou a ser
constante. "Independente da forma e do precesso para a solução
desta dívida, ela teria, obrigatoriamente, que ser resolvida neste
momento. Com um débito líquido de pouco mais de R$ 300 mi, os
credores já não viam mais como efetuar ajustes para segurar as
suas dívidas", assegura. (Canal Energia - 02.02.2001)
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3-
ASMAE quer executar transações paralisadas no MAE até o fim de
fevereiro de 2001
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A ASMAE só aguarda a Aneel fazer a aprovação final do acordo
da dívida de Furnas no MAE para iniciar um esforço concentrado
e executar os negócios parados desde o dia 01.09.2000. A previsão
é de que a Aneel dê sua palavra final sobre a proposta da Eletrobrás
até o dia 13.02.2001. Segundo o presidente da ASMAE, Mitisumori
Sodeyama, até o final de fevereiro de 2001 todo o processo de
contabilização e liquidação da energia que deixou de ser comercializada
no MAE, que envolve os meses de setembro a janeiro, esteja concluído.
"Vamos fazer um esforço concentrado para resolver logo a execução
dessas transações", disse Sodeyama, sem revelar o montante de
negócios relativo a este período. (Canal Energia - 02.02.2001)
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4-
Governo inicia reestruturação da Eletronorte
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O governo federal começa a colocar em prática a reestruturação
da Eletronorte tendo como objetivo a privatização da empresa.
Em princípio, a remodelação da companhia deverá ocorrer em duas
etapas, sendo que, com as modificações colocadas em prática até
o fim de julho de 2001, a empresa deverá reverter seu déficit
operacional de R$ 700 mi, em 1999, para um lucro bruto acima de
R$ 55 mi, em 2001. A primeira fase da reestruturação prevê o repasse
para a Eletrobrás de áreas deficitárias da Eletronorte e de pagamentos
de subsídios em tarifas de energia. Na segunda etapa, que deve
começar no fim de 2001, a Eletronorte deverá ser cindida em áreas
de transmissão e geração e, posteriormente, o setor de geração
será dividido em companhias regionais, com atuação por Estado,
controladas por uma holding a ser definida (Eletrobrás ou Eletronorte).
(Estado - 05.02.2001)
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5-
Horário de verão acabará no dia 18.02.2001
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O horário de verão acabará no primeiro minuto do dia 18.02.2001.
Nessa data, os relógios devem ser atrasados em uma hora à meia
noite nos Estados de São Paulo, Rio, Espírito Santo, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Bahia, Tocantins e Distrito Federal. A Aneel
informou que não existe pedido de prorrogação. O horário diferenciado
vai durar 133 dias e possibilitará uma economia de energia de
5% sobre a demanda nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Adotada
desde 1933, esta é a 27ª edição do horário de verão e a 15ª vez
em anos seguidos. Uma pesquisa de opinião feita na última edição
do horário especial comprovou que 66% dos moradores nos Estados
que adotaram a medida aprovaram a mudança. Em outros Estados,
nesta edição, houve várias reações contrárias. Políticos e lideranças
sindicais pediram e conseguiram que a mudança do relógio não fosse
autorizada nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. (Estado - 05.02.2001)
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6-
Governo paulista fará cisão da Emae
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O governo de São Paulo pretende realizar uma cisão da Empresa
Metropolitana de Águas e Esgotos (Emae). O objetivo é preparar
a empresa para a privatização, em 2002, quando a despoluição do
Rio Pinheiros terá possibilitado à empresa um aumento de quase
três vezes na sua atual capacidade de geração, de 150 MW. O mais
provável é que o governo paulista transfira para a Sabesp a área
de controle de cheias da Emae, que não pode ser privatizada. (Jornal
do Commercio - 05.02.2001)
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1-
Cesp Paraná pode ser multada por não criar parque ecológico
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O procurador da República Luiz Roberto Gomes e o promotor de
Justiça do Estado de São Paulo Nelson Bugalho estudam a execução
de uma multa imposta à Cesp Paraná, no valor de R$ 100 mil por
dia. A companhia assumiu o compromisso de criar dois parques antes
do enchimento da represa de Porto Primavera, entre São Paulo e
Mato Grosso do Sul. O compromisso, assinado em 1998, foi fechado
em cumprimento de uma ação movida pelo Ministério Público Federal
por conta dos estragos ambientais que o enchimento traria à região.
O compromisso determina que a Cesp crie o Parque Estadual do Aguapeí
e o Parque Estadual do Rio do Peixe, numa área de 16,4 mil hectares,
equivalentes às áreas que serão suprimidas da reserva Lagoa São
Paulo e a da Grande Reserva do Pontal. "O parque do Aguapeí já
está no papel, mas, quanto ao do Rio do Peixe, ainda não foi feito
nem o decreto estadual", afirma o promotor Bugalho. "Nós já fizemos
a notificação para a empresa implantar os parques, dando um prazo
de 60 dias. E, até agora, ela não cumpriu", diz Gomes. (Valor
- 05.02.2001)
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2-
Olarias pedem indenização à Cesp
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As olarias e cerâmicas de Presidente Epitácio, cidade às margens
do Rio Paraná, entraram na Justiça contra a Cesp Paraná. Eles
pedem uma indenização, pois não podem mais retirar argila das
jazidas que foram inundadas pela represa da usina hidrelétrica
Sérgio Motta, antiga Porto Primavera. A Cesp fez um estoque de
argila para os oleiros de 1,944 milhão de metros cúbicos, suficiente
para o consumo durante oito anos. Mas, segundo os oleiros, isso
inibe os aumentos de produção das empresas. A ação dos oleiros
pede a revisão do cálculo do consumo anual de argila das cerâmicas.
A entidade quer também uma indenização correspondente a 30 anos
de retirada de argila, o que soma 30,24 milhões de metros cúbicos,
mais de 15 vezes o que foi estocado. (Valor - 05.02.2001)
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3-
Enchimento de Sérgio Motta causa impactos sócio-econômicos
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A inundação do reservatório da usina hidrelétrica Sérgio Motta
está causando impactos sócio-econômicos na região oeste do Estado
de São Paulo e do outro lado da fronteira, no Mato Grosso do Sul.
"Hoje, jamais seria aprovado um empreendimento desse porte. É
pouca energia para tanto dano econômico, social e ambiental",
critica Luiz Roberto Gomes, procurador da República. A usina Sérgio
Motta terá uma potência de geração de 1.800 MW , proveniente de
uma área inundada de 225 mil hectares, enquanto a Hidrelétrica
de Itaipu tem potência de geração de 10.350 MW, com uma inundação
de 200 mil hectares, complementa o promotor Nelson Bugalho, do
Ministério Público de São Paulo. (Valor - 05.02.2001)
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4-
Companhias do RS projetam investimento recorde
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As companhias de energia elétrica do Rio Grande do Sul baterão
um recorde no ano de 2001. Juntas, injetarão o maior volume de
recursos no aprimoramento e na manutenção do sistema elétrico
gaúcho. A CEEE, a AES Sul e a Rio Grande Energia (RGE) investirão
R$ 397 mi. O diretor comercial da CEEE, Carlos Cecin, encara 2001
como o ano da retomada dos investimentos no setor elétrico. O
estímulo é a elevação das tarifas. Os investimentos da CEEE, de
R$ 240 mi, serão divididos entre geração, transmissão e distribuição
com a prioridade de atender a população sem luz. Os investimentos
no nordeste e e no norte do Estado, áreas de atuação da RGE, têm
o objetivo de aprimorar a rede de distribuição, com a substituição
de equipamentos e melhoria das linhas. Depois de ter sido privatizada,
em outubro de 1997, a distribuidora investiu uma média de R$ 65
mi por ano. Em 2001, serão R$ 82 mi. (Zero Hora - 05.02.2001)
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5-
Copel estima que horário de verão repita economia dos anos anteriores
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A estimativa da Copel é que o horário de verão de 2001 repita
os índices de redução na demanda por energia elétrica dos anos
anteriores. Na meia-noite do dia 18.02.2001 acabará o horário
de verão. Os relógios deverão ser atrasados em uma hora na ocasião.
O horário de pico no consumo, das 18 horas às 21 horas, tem uma
queda estimada de 5,5% no consumo, correspondendo a potência de
180 MW. A expectativa é que o horário de verão tenha economizado,
no Paraná, 60 mil MW/hora, o que representa metade do consumo
residencial de Curitiba durante um mês. (Gazeta do Povo - PR -
05.02.2001)
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1-
Crise na Califórnia beneficia alumínio brasileiro
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Com os apagões e o preço da energia elevado, produtores de alumínio
da Califórnia estão vendo seus lucros caírem, já que a enegia
compõe 30% do seus custos de fabricação. Mais de um terço das
fundições de alumínio da costa oeste dos EUA desativaram ou diminuíram
suas produções. Os cortes deixaram o mercado apreensivo, com medo
de uma escassez de alumínio, o que prontamente provocou a alta
da commodity na Bolsa de Metais de Londres (LME), beneficiando
as produtoras no Brasil que viram seu faturamento engordar sem
maiores esforços. De acordo com o presidente da Alcoa no Brasil,
Adjarma Azevedo, a maior influência que a crise da Califórnia
pode ter para o Brasil é servir de lição. "Precisamos estar atentos
a nossa estratégia de energia", diz Azevedo, que teme que a desregulamentação
da energia no Brasil acabe tornando o insumo no país mais. (Valor
- 05.02.2001)
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1-
Espanha aprova fusão entre Endesa e Iberdrola com restrições
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O governo espanhol aprovou a fusão das companhias elétricas Endesa
e Iberdrola, porém sob condições. Para completar a aquisição de
US$ 13 bi, a nova empresa deverá vender parte de seus ativos em
até 14 meses para que sua cota no mercado energético da Espanha
não passe de 42% na geração, 48% na distribuição e 40% na comercialização.
Além disso, deverá manter capacidade instalada de 19.400MW. Segundo
o governo espanhol, a venda de ativos da recém-criada Endesa Iberdrola
vai acelerar a abertura do mercado interno de eletricidade, assegurando
a concorrência com a participação de empresas estrangeiras. (El
País - 05.02.2001)
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2-
Endesa e Iberdrola apresentarão plano de desinvestimento
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A Endesa e a Iberdrola têm um prazo de 10 dias para apresentar
ao Ministério de Economia espanhol um plano de desinvestimento
em ativos. O órgão terá um prazo de 2 meses para aprovar o plano.
Assim que o veredicto for dado, as empresas terão mais um mês
para propor o pacote de ativos a serem vendidos. A proposta será
reexaminada em mais dois meses e a partir daí haverá um período
de 60 a 90 dias de pré-qualificação das ofertas de compra. Somados
os prazos a serem cumpridos pelo governo e pelas empresas, a venda
de ativos deverá acabar num prazo de 10 a 14 meses. (El Mundo
- 05.02.2001)
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3-
Fenosa se interessa na compra de ativos
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A Unión Fenosa expressou interesse em adquirir os ativos provenientes
da fusão entre a Endesa e a Iberdrola com intuito de duplicar
sua participação no mercado espanhol. Desta forma, seria a segunda
maior empresa elétrica espanhola e poderia fazer frente à nova
companhia. A participação da Fenosa pularia de 12,5 para 25% do
mercado. O objetivo é atuar como um contrapeso, garantindo assim
a competição. Entretanto, a Fenosa esperará a divulgação de quais
ativos serão vendidos e a que preço antes de tomar uma decisão
definitiva.(El País - 05.02.2001)
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4-
A BBK, que controla 7,5% da Iberdrola, se opõe à fusão
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A Bilbao Bizkaia Kutxa (BBK), que controla 7,5% da Iberdrola,
manifestou que "em uma primeira leitura, as condições da fusão
não são aceitáveis". O BBVA, que controla 10% da Iberdrola e 2,6%
da Endesa, não quis se pronunciar sobre a fusão "até que seja
informado pelo conselho da Iberdrola", que se reunirá no dia 05.02.2001.
A BBK e o BBVA se opuseram à fusão em outubro de 2000. (El País
- 05.02.2001)
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5-
Pacote para crise energética na Califórnia é recusado
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A Assembléia Legislativa da Califórnia rejeitou um pacote de
emergência de US$ 10 bi para ajudar a Pacific Gas & Eletric (PG&E)
e a Southern California Edison, as duas principais distribuidoras
de energia do Estado, a pagarem suas dívidas. Faltaram apenas
três votos para o projeto ser aprovado. A Assembléia ainda pretende
reexaminar a questão. As duas empresas correm o risco de ir à
falência. O chefe da Área Financeira da PG&E, Peter Darbee, pediu
aos credores institucionais que tenham paciência. Segundo ele,
a companhia está trabalhando com o governo estadual para encontrar
uma solução para os seus problemas financeiros. (AE - 05.02.2001)
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6-
Controle de preços piora crise energética na Califórnia
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Um relatório da Comissão Federal de Regulamentação de Energia
(FERC - na sigla em inglês) para os governadores dos estados da
Região Oeste dos EUA reportou que o estabelecimento de um teto
para os preços de energia na Califórnia piorou a situação do setor
no Estado. Além disso, o documento, do dia 01.02.2001, faz uma
crítica sobre como os oficiais do governo responderam à situação
de emergência no último verão, apontando que o governo da Califórnia
perdeu todo o período de verão discutindo o teto de preços, deixando
de lado a identificação dos verdadeiros problemas deste mercado.
(Gazeta Mercantil - 05.02.2001)
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Errata
No IFE de número 577, na matéria "Aneel atualiza valor normativo
", do assunto Regulação, a informação sobre o valor normativo
do carvão saiu errada. O dado correto é o seguinte: "Assim, o
valor máximo a ser repassado para o (...) segmento de carvão natural
passou de R$ 61,80/MWh para R$ 74,86/MWh". Estaremos disponibilizando
uma cópia da Resolução da Aneel no 22, do dia 01.02.2001, que
atualiza procedimentos, fórmulas e limites de repasse dos preços
de compra de energia elétrica para as tarifas de fornecimento.
Para receber a resolução, basta fazer um pedido para o e-mail
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Clarissa Ayres, Fernando
Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa,
Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ
Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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