www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 576 - 01 de fevereiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Aneel vai interferir na briga de Furnas e MAE
02. Crescimento no consumo de energia será de 5,5% ao ano até 2004
03. BNDES investiu R$ 1,3 bi no setor elétrico em 2000
04. BNDES estuda abertura de financiamento para unidades produtoras de energia
05. BNDESPar venderá ações da Copel
06. Governo do Paraná criará agência para fiscalizar Copel
07. Licitações para hidrelétricas atraem grupos do setor
08. Alliant Energy formaliza entrada no capital da Saelpa
09. AES refaz oferta de recompra da Tietê
10. Nordeste terá mais duas termelétricas
11. Consumo na região Nordeste cresce 4,6%
12. Coelba descobre 28 mi ligações clandestinas na Bahia
13.
Crises estimulam investimentos em fontes alternativas
14. Nenhuma empresa se interessa por licitação de gás em MT
15. Portugal acredita em solução negociada para oferta da EDP sobre Hidrocantábrico

 

 



01. Aneel vai interferir na briga de Furnas e MAE


Caso o conflito envolvendo as empresas que integram o MAE e o sistema Eletrobrás não se resolva até o dia 02.02.2001, a primeira tentativa de auto-regulação do setor elétrico sem a imposição de regras pela Aneel vai fracassar. O prazo para uma solução terminou no dia 31.01.2001, mas os integrantes do MAE e a Eletrobrás continuam com reuniões agendadas sobre o tema em Brasília Por isso, a Aneel talvez precise entrar, dia 01.02.2001, nas discussões, se não houver acordo entre as partes. Eduardo Bernini, do MAE, afirmou, dia 31.01.2001, que ainda existem pendências de difícil solução como a queda na receita futura com a energia secundária que os credores terão de arcar. Na fórmula da Eletrobrás, ela será utilizada para a cobertura das falhas da energia nuclear. (Valor - 01.02.2001)

Índice

 

 

02. Crescimento no consumo de energia será de 5,5% ao ano até 2004


O crescimento no consumo de energia no País nos próximos 4 anos será em média 5,5% ao ano. A previsão é do Ministério de Minas e Energia, que reviu os números. Eles giravam em torno de 5%. No ano 2000, o consumo aumentou 4,8% em relação a 1999. O secretário de energia, Xisto Ferreira Filho, garante que o sistema elétrico brasileiro tem capacidade para atender à demanda. "Temos absoluta certeza de que não há risco de desabastecimento nos próximos anos", disse. O governo conta com o programa emergencial de termelétricas para atender ao aumento do consumo. "Esse programa nos dá uma tranqüilidade muito grande. O funcionamento das térmicas diminui a nossa dependência da situação hidrológica", afirmou. Cerca de 90% do setor elétrico nacional é formado por usinas hidrelétricas. As térmicas já viabilizadas irão gerar 2.759 MWs este ano, 2.293 MW, em 2002 e 5.863 MWs em 2003. Ferreira Filho também garante que os níveis dos reservatórios são satisfatórios. (Gazeta Mercantil - 31.01.2001)


Índice

 

 

03. BNDES investiu R$ 1,3 bi no setor elétrico em 2000


O setor elétrico recebeu um financiamento de R$ 1,3 bi do BNDES em 2000, ano em que o banco registrou um recorde histórico no desembolso de recursos, atingindo a marca de R$ 23,39 bi, volume 17% maior em relação ao ano de 1999. O setor de infra-estrutura recebeu um financiamento total de R$ 8,6 bi, sendo o segundo no ranking de quem mais obteve recursos, perdendo apenas para o setor industrial, com R$ 10,4 bi. Para 2001, a estimativa do BNDES é de desembolsar R$ 26 bi em financiamentos. O plano estratégico para o período 2000/2005 prevê um crescimento médio anual da ordem de 8,8%. Se a meta for cumprida, em 2005 o volume de recursos ficará na casa dos R$ 30 bi. (Canal Energia - 31.01.2001)


Índice

 

 

04. BNDES estuda abertura de financiamento para unidades produtoras de energia


O BNDES estuda a possibilidade de abrir uma linha de financiamento especial para as unidades produtoras de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Segundo informações da assessoria de imprensa do banco, ainda não existe nada de concreto sobre o estudo. As unidades produtoras de energia elétrica reivindicam a obtenção de financiamento específico para a cogeração, impulsionando o setor sucroalcooleiro. De acordo com informações de consultores do setor, das 195 unidades produtoras paulistas, apenas 20 estão prontas para gerar energia elétrica a partir do bagaço da cana. Outro dado divulgado pelos consultores é o custo para adaptação de uma usina paulista de cogeração, que é de R$ 6 mi. (Canal Energia - 31.01.2001)


Índice

 

 

05. BNDESPar venderá ações da Copel


O BNDESPar venderá suas ações com direito a voto da Copel, companhia de energia elétrica do Paraná, no leilão de privatização da companhia, em conjunto com o governo do estado. A privatização da empresa é aguardada pelo mercado para o segundo semestre de 2001. De acordo com o diretor do banco, Eleazar de Carvalho, "essa é a forma ideal de se desfazer das ações". O BNDESPar detém 26,41% das ações ordinárias da Copel e 22,17% das preferenciais. Mas a tendência, segundo Carvalho, é de permanecer com a participação no capital não-votante da companhia. (Gazeta Mercantil - 01.02.2001)


Índice

 

06. Governo do Paraná criará agência para fiscalizar Copel


Pressionado pela opinião pública, o governo do Paraná vai instituir uma agência de controle e fiscalização para avaliar o pós-privatização da Copel, que pode ser vendida até o fim de 2001. A idéia é fazer uma agência nos mesmos moldes da Aneel, para garantir que os futuros controladores da companhia mantenham o compromisso de apoiar o desenvolvimento do estado. A agência estadual cuidaria também de fiscalizar que os novos donos da Copel continuem a política de atender as regiões mais pobres do Paraná, onde o fornecimento de energia não é economicamente viável, mas representa um direito dos cidadãos. (Agência JB - 31.01.2001)


Índice


 

07. Licitações para hidrelétricas atraem grupos do setor


Os grandes grupos do setor elétrico estão atentos em relação às licitações que serão promovidas pela Aneel em 2001 para a construção de hidrelétricas. O volume será recorde, totalizando 7,3 mil MW de produção de energia, equivalentes a 11,5% de toda a demanda energética do país. Em 2000 foram leiloados 2,3 mil MW com ágios que ficaram acima de 200%. De acordo com analistas, a busca por geração própria é a melhor estratégia para as distribuidoras. As tarifas da maioria delas andam em descompasso com os reajustes pagos às supridoras, que são as geradoras. Isso somado aos recentes aumentos de custo representados pela conta de consumo de combustíveis. A EDP e a CPFL criaram recentemente companhias somente para a geração elétrica, a Energem e a CPFL Geração, respectivamente, sinalizando um aumento nos investimentos em geração. (Valor - 01.02.2001)


Índice


 

08. Alliant Energy formaliza entrada no capital da Saelpa


A Energipe, controlada pela Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, assinou, dia 31.01.2001, um contrato de participação e um acordo de acionistas com a Alliant Energy, que agora terá até 49,9% do capital total da PBPART-SE 1 S/A, uma empresa especialmente constituída para compra e controle da Saelpa. A Cataguazes-Leopoldina manterá os 51,1% restantes. No contrato estão previstos aportes de capital na PBPART-SE 1 S/A, no valor de US$ 110 mi, que serão efetivados em etapas até janeiro de 2002. Do total, R$ 118 mi foram capitalizados no dia 31.01.2001. (CFLCL - 31.01.2001)


Índice


 

09. AES refaz oferta de recompra da Tietê


O grupo norte-americano AES refez a oferta pública de recompra das ações da Companhia de Energia Elétrica Tietê em circulação no mercado. A operação chegou a ser anunciada em abril de 2000, mas não se concretizou em virtude das mudanças nas regras da CVM. Um novo pedido foi protocolado no dia 30.01.2001.O preço será o mesmo anunciado em abril, de R$ 7,50 por lote de mil ações ordinárias e R$ 12,50 por lote de mil preferenciais. Os valores, contudo, serão reajustados pelo IGP-M, mais juros de 12% ao ano até a data da nova oferta. A forma de pagamento dos minoritários e o veículo que será usado pela AES para fazer a oferta foram alterados. A liquidação financeira será feita da seguinte forma: 25% das ações serão pagas em dinheiro e o restante em debêntures da Energia Paulista, sendo que 35% do total terão prazo de 360 dias e 40% de 720 dias. (Gazeta Mercantil - 01.02.2001)


Índice


 

10. Nordeste terá mais duas termelétricas


Duas termelétricas, a Termopernambuco e a Termoaçu, esta última no Rio Grande do Norte, estão sendo implantadas pela Guaraniana - Celpe e deverão entrar em operação até 2003, segundo previsão do PPT para a Região Nordeste. Além das térmicas, a Chesf já anunciou a reativação da usina térmica a diesel da companhia, localizada no bairro do Bongi, na zona Oeste do Recife. A unidade tem capacidade para gerar 150 MW, 30% dos 500 MW do consumo do Recife e 15% da demanda do Estado, que é de mil MW. Construída nos anos 70, a planta está parada desde o início dos anos 80, depois de funcionar por uma década. (Gazeta Mercantil - 31/01/2001)

Índice



 

11. Consumo na região Nordeste cresce 4,6%


O consumo de energia na região Nordeste cresceu 4,6% de janeiro a setembro de 2000, segundo os dados mais atualizados da Chesf. O índice não atinge o Maranhão, atendido pela Eletronorte. O segmento comercial foi o responsável pelas maiores taxas, com um aumento de 8,9% (participação de 13,3%). As vendas de energia elétrica efetuadas pela Chesf em 2000 atingiram 48.003.841 MWh. O valor representa um crescimento de 4,5% em relação a 1999. (Gazeta Mercantil - 31.01.2001)

Índice


 

12. Coelba descobre 28 mi ligações clandestinas na Bahia


Uma inspeção feita pela Coelba revelou que 20% de 140 mil clientes residenciais, comerciais e industriais usam ligações clandestinas ou outros tipos de fraudes para reduzir o consumo de energia elétrica. Os resultados da operação realizada por técnicos da Coelba durante o ano 2000 foram divulgados, dia 31.01.2001, pelo gerente em exercício do departamento de inspeções da empresa, Pedro Dantas. De acordo com Dantas, quase 80% dos clientes que fraudam a Coelba estão localizados em quatro das maiores cidades da Bahia: Salvador, Feira de Santana, Ilhéus e Itabuna. Em 2000, os fraudadores causaram um prejuízo de R$ 30 mi à Coelba, 11% do valor investido pela empresa na melhoria da qualidade em 2000. Além dos artifícios encontrados pelos clientes para reduzir o consumo de energia elétrica, a Coelba também identificou cerca de 25 mil "gatos" somente em Salvador, 90% deles estão em bairros periféricos. (Folha - 01.02.2001)

Índice

 

13. Crises estimulam investimentos em fontes alternativas


A dependência excessiva dos combustíveis tradicionais e preocupações ambientais crescentes com as emissões de gás carbônico pela queima de combustíveis fósseis das usinas, torna viáveis investimentos cada vez maiores em fontes alternativas. Dos vários campos de energia alternativa, o de energia eólica é o mais maduro, com custos de geração próximos às usinas de eletricidade tradicionais. Entre 2000 e 2005, US$ 27 bi serão investidos no sistema eólico no mundo com possibilidade de geração de 400GW até 2020. Além da energia eólica, a solar encontra sua viabilidade no custo de geração de um único watt de eletricidade de uma célula solar: hoje, de US$ 3,50 contra US$ 200 em 1980. (Valor - 31.01.2001)


Índice

 

14. Nenhuma empresa se interessa por licitação de gás em MT


Nenhuma empresa ou consórcio depositou as garantias no valor de R$ 500 mil para participar da disputa da área de distribuição de gás natural em Mato Grosso, próxima ao gasoduto Bolívia- Brasil (Gasbol). O governo de Mato Grosso fixou em R$ 55 mi o valor mínimo para a concessão de uma área composta de 32 municípios, ao longo do gasoduto. Segundo analistas, um dos motivos pode ser o preço mínimo elevado, de R$ 55 mi. Outro fator seria a revisão tarifária que constava no edital. Ela previa o reajuste anual repassado para as tarifas seria corrigido pelo IGP-M. Mas o gás boliviano, que seria comprado pela distribuidora, tem parte de sua correção em dólar. Além disso, o edital previa uma revisão tarifária em função da eficiência a cada dois anos que poderia reduzir as tarifas. (Valor - 01.02.2001)


Índice

 

 

15. Portugal acredita em solução negociada para oferta da EDP sobre Hidrocantábrico


O Governo português acredita que será possível negociar com as autoridades espanholas uma solução para a oferta pública de aquisição (OPA) da EDP sobre a Hidrocantábrico. Apesar das reuniões realizadas no dia 29.01.2001, entre o ministro da Economia português, Mário Cristina de Sousa, e seu colega espanhol, Rodrigo Rato, terem sido inconclusivas, Lisboa conta com argumentos que poderão ainda ser usados, como o reforço da Telefónica na Portugal Telecom até 10%. Outros pontos da negociação são a futura privatização da EDP, ainda sem data fixa, e a abertura do mercado elétrico português a operadores espanhóis. (Diário Econômico - PT - 01.02.2001)


Índice

 


Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre de Aquino, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor

www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras